Apostila de Navegação

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1- INTRODU(;AO

1.1 DEFINI<;;:AO

A palavra naveqacao tem origem latina:

NAVIS (embarcacao) e AGERE (Iocomover-se).

Podemos definir naveqacao aerea como a

ciencia que possibilita a um navegador conduzir

uma aeronave no espaco, levando-a de um

ponto a outro, com seguranc;a e eficienda.

Implicitamente verificamos que navegar implicaem determinar constantemente dois elementos

fundamentais: LOCALIZA<;;:AOE ORIENTA<;;:AO.

...~----"" .......~..... _ ' - " ' . _ ~ " , . ,/ . N A V E G A R !t~''){ LOCAUZAR E?- , O R I E N T A R . I /_ _" /

"7~- ..._---.

-::;::..~;/

1.2 METODOS

Para 0 navegador obter os elementos

indispensaveis a naveqacao (posicao, direc;ao,

distancia e tempo) poderao ser utilizados osseguintes rnetodos:

a) navega~ao visust. por contato ou praticagem:

Consiste em determinar a posicao e direc;ao

de uma aeronave por interrnedio de reterencias

visfveis na superffcie terrestre, tais como vilas,

rios, lagos, montanhas, ferrovias e rodovias,

pontes,etc. Este rnetodo e 0 mais utilizado pelos

principiantes na aviacao e apresenta 0

inconveniente de depender de condrcoes detempo favoravels e luz solar, normalmente.

b) navega~ao estimada

Neste metodo a conduceo da aeronave

vale-se do uso de informac;6es de tres

instrumentos de bordo: bussola, velodmetro e

reloqio e, quando possfvel, aplicando a

influencla do vento atuante, considerando-se a

direc;ao e distance voada a partir de um ponto

de referenda conhecido, "estimando-se" assimnova posicao.

c) navega~ao radio, redtoneveascso

radiogoniometria

Consiste em determinar a pos

qeoqraflca e ortentacao de uma aeronave

meio de interpretacao de mostradores de bo

da direcao de ondas de radio emitidas

estacoes terrestres especialmente instala

proximo a aerodromes ou locais convenientes

d) navega~ao eletronk»Baseada em equipamentos eletron

munidos de computadores, podendo ou

depender de estacoes terrestres. ComOAexem

podemos citar os sistemas DOPPLER, OMEG

INERCIAL.

e) navega~ao estronomice ou celestial:

Baseado na observacao de corpos cele

e tem como base a utilizacao do instrume

conhecido como sextante.

f) navega~ao por satelite

Sistema baseado em 24 satelites coloca

em orbits de 12900 milhas nauticas, iniciado

junho de 1977 e conhecido como GPS (Gl

Positioning System).

1.3 A TERRA E SEUGRADEADO

A superffcie terrestre e de forma irregucom elevacoes e depressoes, e tamb

apresenta um achatamento nas reqioes pol

que ocasiona uma diferenc;a entre os diame

medidos entre os poles e no sen

perpendicular a este, num valor aproximado

43 qullornetros.

Entretanto, como estas diferenc;as de co

dlarnetro, se comparadasao tamanho

superffcie terrestre, sao considera

desprezfveis, para efeito de naveqaconsideramos a Terra uma esfera.

Tarnbern e de conhecimento que a T

gira em tome de um eixo trnaqinarto (cham

polar ou terrestre) num movimento de rota

realizado no senti do antl-horario

considerarmos a vrsao do polo Norte.

Aos lugares formados pela lnterseccao

eixo polar com a superffcie terrestre chama

de polos qeoqraficos ou verdadeiros. Tem

polo Norte verdadeiro e 0 polo Sui verdadeiro

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Polo Norte

verdadeiro Eixo polar

S entid o de ro ta ciio

\

__ U--~·-"~-·'~~~

Polo Sui verdadeiro

Dados estes elementos vamos verificar que

o melhor modo de fabricar um gradeado na

superffcie terrestre sera por interrnedio de

drculos. Temos duas espedes de drculos que

podem ser construfdos numa esfera:

c!rculomaximo - formado numa esfera por um

plano que a divide em duas semi-esferas iguais.

Sendo assim, 0 plano passa pelo centro da

esfera, fazendo com que 0 raio e centro do

cfrculo sao os mesmos da pr6pria esfera.

cfrculomenor- formado por um plano que N

passa pelo centro da esfera, dividindo-a

duas partes desiguais.

Com estes cfrculos rnaximos e meno

formaremos um sistema de gratfcula

superficie terrestre que facilitara a deterrnlna

dos dois elementos basicos: localizacao

orientacao.

linha do Equador - e um drculo max

formado por um plano perpendicular ao

polar, que divide a Terra em do is hernisfe

chamados; Norte (N=North), acima do Equa

e Sui (S=South); abaixo do Equador.

paralelos de latitude ou paralelos - sao

cfrculos formados por pianos paralelos ao p

do Equador.

Devemos concluir que formaremos infin

paralelos de latitude, sendo que 0 Equador

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unico paralelo que e urn cfrculo maximo; todos

os outros sao cfrculos menores.

Plano de um

paralelo

Plano do

Equador

meridianos de longitude ou meridianos - sao

semicfrculos rnaxirnos, limitados pelos palos,

cujos pianos que os formam contem 0 eixo

polar.meridiano de Greenwich/ zero/ de origem/

primerio ou primeiro meridiano - e 0 meridiano

que passa pelo taboratorlo naval de Greenwich

(Inglaterra) .

meridiano 1800 - e 0 meridiano que esta oposto

1800 ao Meridiano de Greenwich.

o cfrculo maximo formado pelos meridianos

de Greenwich e 1800 divide a Terra em dois

hernisferios, chamados de Oeste (W=West) e

Leste ou Este (E=East).

~

\ \ \~' \

t y } )I /I

Meridiano de

Greenwich

Sendo assim, podemos ter uma visao da

gratlcula ou gradeado formado imaginariamente

no globo terrestre pela linha do Equador,

paralelos e meridianos.

E importante observar que:

- os meridianos sao convergentes do Equador

para os palos, onde se encontram;- os paralelos rnantern entre si urn mesmo

afastamento;

- os meridianos e os paralelos se cruzam n

anqulo de 90°;

o cruzamento de urn paralelo e

meridiano define um ponto chamado

ponto geogrMico.

Meridiano de 1800

Unha do Equador Meridiano de Greenwich

coordenadasgeograficas

Todo paralelo e meridiano (Iinhas) tera

sua posicao geogrMica informada atraves

valores angulares. Estes valores angular

acompanhados de letras designativas de

hernisferio, nos fornecerao as coordena

geogrMicas, expressas em graus

minutos( '), e segundos(''), sendo que 1° =e l'= 60".

latitude de um ponto - e 0 angulo definido

arco de meridiano que parte do Equador

ponto considerado. E facil observar que

latitudes assumem valores entre 00° ate

para Norte ou SuI.

Latitude de A = 45°N

Plano do

Equador

longitude de um ponto - e 0 anqulo defin

pelo men or arco de paralelo que partemeridiano de Greenwich ao ponto considera

Verificamos que as longitudes assumem val

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entre 000° a 1800 para Este ou Oeste. Os graus

inteiros de longitude sao informados sempre

com tres algarismos, e os minutos e segundos

com dois algarismos.

((

Lo\itude de B =

080",·

i

/Plano do meridiana

Devemos ressaltar que em algumas

situacoes as letras dos hemisferios devem ser

omitidas. Como exemplo temos a latitude de um

ponto que esta sobre a linha do Equador:

latitude 00°. Outros exemplos seriam um ponto

no meridiano de Greenwich: longitude 000°, ou

no meridiano 180: longitude 180°.

Conclusao: Um ponto geogrMico na

superffde terrestre (cruzamento de um paralelo

com um meridiano) e formado atraves das

coordenadas qeoqraficas (latitude e longitude,

nesta ordem), sendo que a latitude e medida

sobre um arco de meridiano e a longitude e

medida sobre um arco de paralelo.

2- POSI~AO, DIRE~AO E DISTANCIA

2.1 POSI<::AONA SUPERFiCIE TERRESTRE

o primeiro passo de um navegador e

localizar numa carta aeronautica a posicao dos

aerodromes de decolagem, destino e

alternativa, bem como verificar posicoes ao

longo da rota em que tera referendas quando

em vao. Na carta aeronautica aparecerao os

paralelos e meridianos numerados com as

latitudes e longitudes, mas estas nao virao

acompanhadas da letra designativa do

hemlsferio. A primeira preocupacao seria entao

verificar quais sao os hernisfenos ali

representados. Para isto, uma observacao

importante: "toda parte superior de uma cartaaeronautica esta voltada para 0 polo Norte

qeoqrafico ou verdadeiro". Assim sendo, ficara

facil determinar os hernlsferlos, observando-se

lonoitudes.Aqora a preocupacao sera em ac

as coordenadas geograficas de um po

qualquer aa carta. 0 procedimento e 0 dado

exemplo.

Exemplo: achar as coordenadas geogrMi

do ponto A, indicado pela seta, na figura aba

latitude - trace, a partir do ponto A, uma l

paralela ao paralelo mais proximo ate encon

com um meridiano. Leia, na escala de latitu

(sobre um meridiano) os graus e minucorrespondentes. No exemplo = 20°40'5.

longitude - trace, a partir do ponto A, uma l

paralela ao meridiano mais proximo

encontrar com um paralelo. Leia, na escala

longitudes (sobre um paralelo) os grau

minutos correspondentes. No exem

=053020'W.

Importante: note que os minutos

contados partindo da men or latitude

longitude para a maier, acompanhando

crescimento dos graus de latitude ou longitu

Em virtude de se medir a latitude na es

impressa sobre um meridiano, esta e cham

de ESCALA DE LATITUDES: e como medimo

longitude sobre a escala do paralelo, es

chamada de ESCALADE LONGITUDES.

Para se plotar um ponto, conhecido

coordenadas geograficas, 0 procedimento

inverso. Ache sobre um meridiano a latitud

trace uma linha paralela ao paralelo

proximo. Ache sobre 0 paralelo a longitud

trace uma linha paralela ao meridiano

proximo. 0 cruzamento das duas li

determina um ponto chamado de p

qeoqraflco.

2.1 DIRE<::AONA SUPERFicIE TERRESTRE

Para navegarmos precisamos constantem

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partir de determinado ponto para chegarmos a

outro. Vimos anteriormente que uma dire~ao

sempre podera ser expressa por um valor

angular. Numa carta, onde teremos a trejetoria

(rota) definida por uma linha que une dois

pontos, podemos tarnbern utilizar este processo.

Inicialmente, vamos estabelecer que toda

dire~ao NORTE VERDADEIRO (NV), que seria a

propria dire~ao do meridiano, e a direcao de

referenda. Sendo assim, qualquer direcaoforrnara com a direcao de referenda um valor

angular que, como ja vimos, sera medido no

sentido horatio.

Com um transferidor graduado em 3600

utilizamos os meridianos ou paralelos

interceptados pela trajetoria como referenda

para ajuste do transferidor.

2.3 DISTANCIA ENTRE DOIS PONTOS

Aunidade de distancia mais utilizada em

naveqacao aerea e a milha nautica, sigla NM

(nautical mile) ou, raramente, chamada MIMA

(milha marftima).

Por que a milha nautica e largamente

utilizada em naveqacao ?

o comprimento de um drculo maximo na

Terra (Equador ou sobre meridianos) foidividido em 21600 partes iguais. A uma destas

partes foi estabelecido valor 1 NM. Sendo

assim, a distancia para efetuar uma volta em

torno da Terra sobre um drculo maximo sera

de 21600 NM. Nesta volta, 0 arco em graus vale

360 e, se quisermos em minutos, acharemos 0

valor de 21600. Daf podemos concluir que:

1 1 NM = i:de area de um dreulo maximo

Como em todas as cartas aeronauticassempre teremos drculos maxlrnos

representados (meridianos ou Equador),

podemos uultza-los como escala para obter

distanda entre dois pontos.

o procedimento a seguir e 0 utilizado

maioria das vezes, quando a distancia entre

dois pontos nao for maior que 350 milh

nauticas (650 qullometros), em qualquer t

de carta.

Inicialmente, ligue os do is pontos entre

quais se quer medir a distancia com uma lin

reta. Com uma requa ou compasso, transpoa medida obtida entre os dois pontos para

meridiano mais proximo (drculo maxim

Conte os minutos que correspondem a e

medida sobre a escala de latitudes. Como

cada minuto de arco corresponde a uma mi

nautica, a quantidade de minutos lida fornece

distanda em mil has nauticas,

A figura ilustra 0 procedimento descrito.

Devemos observar que com uma folha

papel poderfamos medir a distancia entrepontos, sem necessidade da requa

compasso. Caso queira comprovar, experimen

utilizando uma folha

3- MAGNETISMO TERRESTRE

3.1 CAMPO MAGNETICO TERRESTRE

o espaco em torno de um [ma, em que

faz sentir sua force rnaqnet ica, e chama

campo rnaqnet ico. Em qualquer parte do cam

a force maqnetica tem uma intensidade

direcao definida. 0 campo rnaqne

normal mente pode ser representado por lin

de force rnaqnet ica que nunca se cruzam

interrompem, convergem para dois pon

chamados poles.

A Terra age como um grande fma esfe

tendo suas propriedades caracterfsticas.

magnetismo terrestre em qualquer luga

medido pela deterrntnacao da direcao

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intensidade do campo rnaqnetico. Os dois

valores variam com 0 tempo, entretanto, a

variacao da intensidade e abandonada em

naveqacao,

Os p610s rnaqneticos atualmente estao

localizados nas coordenadas geogrMicas 730N -

1000W (ilha do Principe de Gales = p610 Norte

rnaqnetlco) e 68° S - 14400 E (Antartica = p610

Sui rnaqnetico).

Polo

Norte

Verdadeiro

NVNMNV NM NVNM

t\

lVA

DMG E

B

DMG 0°

C

DMGW

Sendo assim, em determinado lugar da

superffcie terrestre, poderemos obter a direcao

do Norte maqnetico (NM = dire~ao da linha de

forca rnaqnetica) e a dlrecao do Norte

verdadeiro (NV = direcao do meridiano). Ao

valor angular obtido do NV ate 0 NM chamamos

de DECLINA<;;:AOMAGNETICA, sigla Dmg.

A Dmg pode variar de 0° a 1800 para Este

ou Oeste. Se 0 NM esta a esquerda do NV a

Dmg e W (Oeste), quando a direita E (Este), e

se as direcoes coincidirem e NULA.

Ao navegador interessa saber 0 valor da

Dmg de uma regiao que pretenda voar pols as

direcoes obtidas nos equipamentos de bordo

sao referenciadas ao NM, e nao ao NV. Send

conhecido 0 valor da Dmg, atraves de um

operacao rnaternatica simples, chega-se a

resultado pretendido. As cartas aeronautica

terao impressas 0 valor da Dmg atraves d

LINHAS ISOGONICAS. Estas linhas, que une

pontos de mesma Dmg, serao representada

por uma linha tracejada, acompanhada do valo

da Dmg e a letra designativa E ou W, conform

o caso.linha agonica - linha numa carta aeronautic

que une pontos de decllnacao rnaqnetica nu

(00), representada na carta atraves de um

linha tracejada duplamente. Normalmente, a

inves do algarismo ZERO, aparecerao escrita

as palavras "NO VARIATION".

3.2 BUSSOLA MAGNETICA

Sem duvida alguma, 0 mais important

equipamento de naveqacao a bordo daeronaves e a bussola, Basicamente, a busso

rnaqnetlca se comp5e de um ima montad

sobre uma superffcie circular ou corn

graduada que, suspensa sobre um piv

tenderia a se alinhar com a direcao Norte-S

maqnetica da superffcie terrestre, indicando

piloto 0 valor angular que a direcao do ei

longitudinal da aeronave faz com 0 q

chamarnos de Norte Magnetico (NM).

Entretanto, a agulha ou fma no interiorbussola, sofre influencia tarnbern de forc

maqneticas da estrutura da aeronave e se

sistemas eletricos, Estas forces podem caus

um desvio da agulha e, consequenternente, u

erro no valor indicado na linha de fe do viso

Ou seja, na realidade a agulha de uma busso

se alinha com um norte resultante dos camp

rnaqneticos terrestre e do pr6prio avia

batizado de Norte bussola, sigla NB, ou ain

Norte agulha, sigla NA.o erro provocado, expressa por um va

angular para Este ou Oeste a partir da dire~

NM a dlrecao NB, e chamado de DESV

BUSSOLA (DB), DESVIO AGULHA (DA)

simplesmente DESVIO (D). 0 desvio busso

varia com a direcao em que a aeronave estiv

orientada e sera definido por interrnedio de u

cartao de desvios colocado pr6ximo da Busso

o erro pode ser diminufdo por intermedio

compensadores maqneticos, nao devenatingir nunca valor maior do que 5°.

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CARTAO GRADUADO

LINHA DE F E VISOR

3.3 PEDE GALINHA

Para abandonar um ponto qualquer na

superffcie terrestre, uma aeronave poderia

tomar infinitas direcoes. A direc;ao que esta

aeronave voa poderia ser informada atraves de

nomes conforme se verifica. A rosa-dos-ventos

formada ao lade possui as chamadas direcoes

CARDEAIS (N,E,S,W), as COLATERAIS

(NE,SE,SW,NW), e as SUBCOLATERAIS

(NNE,ENE,ESE,SSE,SSW,WSW,WNW). A pratica

nos mostra que informar a direc;ao destamaneira causaria muita confusao, 0 que levou 0

homem a expressar a direc;ao atraves de valor

angular medido em graus, a partir do Norte de

referenda, Sendo assim, criou-se a PE-DE-

GALINHA.

o Pe-de-qalinha ou Calunga e um artiffcio

qrafico muito utilizado pelo navegador para

determinar direcoes de proa e rumo. Como ja

vimos anteriormente, um vao sera planejado

inicialmente sobre uma carta aeronautica, ondepodera ser medido um valor angular entre um

meridiano e a rota pretendida. Como os

equipamentos de bordo fornecem direcoes

(valores angulares) referidas ao Norte

rnaqnetlco, precisamos converter 0 valor lido na

carta. Esta conversao sera feita somando ou

subtraindo a DMG (dedinacao maqnetica) da

regiao voada (obtida na carta atraves da linha

isoqonica). Entretanto, uma bussola tera erros

e provocara 0 aparecimento do que chamamosde NB (Norte bussola) e, como sera este 0

equipamento basico de orientacao, nova

transforrnacao de valor angular sera realizada.

N N N E

W N WE N E

E S

S S W S S S E

Passemos a definir os elemen

componentes destas operacoes:

Rumo verdadeiro (RV) - e 0 valor ang

obtido do NV, no sentido horario ou NESO a

rumo.

Rumo rnaqnetico (RM ou RMG) - e 0 v

angular medido do NM, no senti do horatio

NESO, ate 0 rumo.

Proa verdadeira (PV) - e 0 angulo forma

do NV ate a proa da aeronave, medido

sentido horario ou NESO.

Proa maqnetica (PM ou PMG) - e 0 anq

obtido do NM ate a proa da aeronave, medno senti do horario ou NESO.

Proa bussola (PB) -e 0 valor ang

existente a partir do NB, no sentido horario,

a direcao do eixo longitudinal da aeronave.

N V

4- ESTUDO DO TEMPO

Todas as vezes que nos referimos a tem

imediatamente nos vem 0 ato continuo de o

o rel6gio, pols e um instrumento destinad

mensurar ou medir 0 tempo. 0 navega

necessltara constantemente deste instrume

e precisamos, portanto, conhecer particularida

deste ente flsico. Para isto, estudaremos

movimentos relativos que a Terra executa

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torno do Sol, pois 0 tempo esta relacionado a

eles.

Sabemos que a Terra executa um

movimento de rotacao em torno do seu eixo

polar, fazendo com que aparentemente 0 Sol

ocupe pos icoes ao longo da aboboda celeste, se

movimentando. Existem ainda os movimentos

de translacao e outros, mas que vamos

desprezar para 0 nosso objetivo atual.

Aceitemos simplesmente que a Terra estaparada e que 0 Sol executa orbitas em torno

dela, se posicionando sempre sobre a linha do

Equador. Este e, pelo menos, 0 movimento

aparente que percebemos. Alern disso, temos a

nocao de que 0 horatio marcado no reloqio estarelacionado a posicao que 0 Sol ocupa em

relacao ao meridiano que estamos.

Verifica-se facilmente que se os 360° de

arco que 0 Sol executa em torno da superffcie

terrestre, para realizar uma volta completa saonecessar ies 24 horas, podemos estabelecer

uma re lacao basica entre LONGITUDE e

TEMPO.

Arco de longitude

15°10

tempo gasto pelo Sol

1 hora

4 minutos

Na figura mostramos 0 movimento aparente

pelo Sol em torno da Terra. Considerando aposicao que 0 Sol ocupa em relacao a

determinado meridiano, podemos obter os

diversos horarios que ocorrem na superfide

terrestre. E interessante observar no exemplo,

que os locais que estao a esquerda da posicao

do Sol, possuem horarios mais cedo e os locais

que estao a direita possuem horarlo mais tarde.

Sentidodo

movimento

aparente do Sol

,~

Trajetoria

.aperente

do Sol

Desta maneira podemos entender 0 queocorre, por exemplo, em diferentes reqioes do

Brasil num mesmo instante. A figura ilustra a

Greenwich sao 1200 horas. Como estamos

Oeste de Greenwich teremos horatio mais ce

do que 1200 horas. Como Sao Paulo esituado na regiao do meridiano de longitud

0450 W (representa uma di ferenca de 3 hor

em retacao a Greenwich) 0 horario que ocorre

0900 horas. No Amazonas (longitude 0600W

Acre (longitude 075° W) a diferenc;a e mai

ou sejam, 4 e 5 horas de diferenca do hora

de Greenwich.

Passemos agora a definir diversas horas.

hora universal coordenada ou UTe (univer

time coordinated)

E a hora computada no meridiano

Greenwich, valida para qualquer ponto

superffcie terrestre, internacionalmente usa

na aviacao. Tarnbern conhecida como hora

(Zulu, em fonia) ou hora media de Greenw(GMT) expressando-se sempre em horas

minutos acompanhados da letra Z. Poderfam

dizer que esta e uma hora mundial.

hora legal (HLE)

E a hora computada no meridiano cen

de uma determinada zona pre-estabelecida,

possui uma faixa de 150 de longitude, sen

que esta faixa se entende de 7°30' para E e

domeridiano de reterencia ou central.zonas foram divididas segundo 0 que segue:

- A primeira zona tem como meridia

central 0 meridiano de Greenwich (0000) e e

compreendida entre as longitudes 007°30W

007°30'E.

As outras zonas tern como meridia

central as longitudes 0150, 0300, 0450, 06

0750, 0900, 1050, 1200, 1350, 1500, 165° E

W e tarnbem 0 meridiana de longitude 18

que na realidade produziu duas faixas de 7°3Percebe-se entao que para sabermos

hora legal de uma localidade qualquer, tem

que primeiro localizar a faixa e, apes isso

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situacao que ocorre quando no meridiano de

horario que ocorre no meridiano central desta

faixa.

hora local (HLO)

E a hora computada no meridiano

considerado, ou seja, a hora exatamente na

longitude do observador, desconsiderando a

zona em que este meridiano esteja localizado.

Por exemplo, se 0 Sol esta exatamente

sobre 0 meridiano de Greenwich (0000), tem-seque ao longo deste meridiano sao 1200 horas.

Qual seria a HLO (hora local) no meridiana de

longitude 007° 30' W ?

Observa-se que, considerando a Terra

parada, 0 Sol tem um movimento aparente na

direc;ao W . Como 15° de longitude seraopercorridos em 1 hora, 007°30' (metade de

150) serao percorridos em 30 minutos. Sendo

assim, no meridiano considerado a' hora local

sera 11h30. Se anal lsassemos, neste caso,longitudes a Este, verificaremos que a hora

local obtida seria mais adiantada que 12h.

Resumindo um reloqio indicara:

hora UTC (Z):

Quando a referenda e 0 meridiano de

Greenwich. 0 exemplo tipico e 0 reloqio que

encontramos nas chamadas salas de

mtorrnacao aeronautica, onde 0 piloto preenche

o seu FPL (plano de voo),

hora legal (HLE):

Quando a referenda e 0 meridiano central

de uma zona horaria de 150 de longitude.

hora local (HLO)

Quando a referenda e 0 meridiano do

observador.

tusos horerios

A adocao de fusos horarios (zonas de

tempo) pelos parses evita a confusao criada

pela variacao da hora em funcao da longitude.

A cada um destes fusos horarios foi

estabelecida uma letra designativa e um

nurnero com sinal (+ ou -), que somado

algebricamente a hora legal nos fornece a hora

UTe.

HEMISFERIO LETRA N° DO FUSO

Y +12

X +11

W +10

V +9

U +8

T +7

S +6

R +5

Q +4

P +3

0 +2

N +1

Z 0

A -1

B -2

C -3E D -4S E -5

T F -6E

G -7

EH -8

I -9

K -10

L -11

M -12

, 0 Brasil adotou, em 1913, 0 sistema

fusos horarios, Em virtude de sua gran

extensao, 0 territorio brasileiro cornpreendera

fusos horanos, a saber::

1 - fuso 0 (+2) - arquipelaqo Fernando

Noronha e Ilha de Trindade.

2 - fuso P (+3) - todo 0 litoral ate os limit

a Oeste do terntorio do Arnapa, contorno do

Xingu, estamos de Golas, Sao Paulo e regi

SuI.

3 - fuso Q (+4) - do fuso anterior ate

arco de um cfrculo maximo que liga Tabatinga

Pouso Alegre (Acre).

4 - fuso R (+5) - do fuso anterior ate

limites a Oeste com os parses da America

SuI.

A figura mostra os fusos horanos adotad

pelos parses da America do SuI. As faixas

longitude de 150 sao vartaveis em funcao

hora legal adotada pelos parses. Pode

observar que a Argentina, mesmo estan

situada na faixa do fuso horario +4, utiliza

fuso +3 para 0 calculo da hora legal. A Guiautiliza +3h45 e Suriname +3h30.

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Se por exemplo em Greenwich sao 12

horas, terfamos Fernando de Noronha com 10

horas, Rio de Janeiro com 9 horas, Manaus

(Amazonas) com 8 horas, Rio Branco (Acre)

com 7 horas, Suriname com 8h30, Guiana com

8h15, Argentina com 9 horas.

mudence de data nas longitudes

Nas longitudes a Oeste (W), as horas locais

e legais sempre serao mais cedo do que a horano meridiano de Greenwich (UTe), e nas

longitudes a Este (E), as horas serao mais

adiantadas. Isto ocorre devido ao movimento

aparente do-So l em torno da Terra.

E fikil verificar portanto, que iraQ ocorrer

rnudancas de data em certos locais da

superffcie terrestre. Por convencao, se

considerarmos a hora local ou legal, havera

rnudanca de data obriqatoria no meridiano 1800

(Iinha internacional de rnudanca de data,tarnbern chamada de datum line). Esta linha,

em virtude de leis de parses, podera nao

coincidir com 0 meridiano 180°, para evitar que

certos parses apresentassem dias diferentes em

cada regiao.

Na figura, consideramos 0 Sol sobre 0

meridiano 090° E e assim originando horarios

diferentes para cada regiao. Observa-se que

havera rnudanca de data no meridiano 1800 e

no meridiano 090° W (oposto a posicao do Sol).

ca lc ulo d e hora s

EXEMPLO 1 - Se a hora local sobre

Meridiano 0450 E sao 12 horas. Qual a h

local (HLO) no meridiano de Greenwich?

Solucao:

450 : 150 = 3 horas

HLO Greenwich = 12 - 3

HLO Greenwich = 9 horas

EXEMPLO 2 - No meridiano 135° W

HLO=13h30. Qual a HLO no meridiano 0470

Solucao:

OLO = 1350 - 0470 = 88° x 4 = 352m

352min = 5h52min

A diferenca horaria e de 5h52miHLO 047°W = 13h30min + 5h52min

HLO 047°W = 19h22min

EXEMPLO 3 - Se no meridiano

Greenwich sao 20h35, qual e a hora UTe

longitude 0150E ?

Solucao:

Sao 20h35 Zulu, pois a hora UT

computada no meridiano de Greenwich, va

para qualquer ponto.

EXEMPLO 4 - Sabendo-se que HLO

23h30 do dia 18 janeiro na longitude 073calcule data e hora UTe.

Solucao:

73° x 4 = 292 min

A diferenca horaria e de 4h52min

23h30min - 4h52min = 18h38min

Hora UTe = 18h38min Zulu do dia 1

janeiro.

EXEMPLO 5 - Se uma aeronave de

de SBMQ (Macapa-Abf), que tem fuso +3,SBSN (Santarem-Px), que tem fuso +4,

tempo de voo de 40min, qual sera a HLE (

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5/10/2018 Apostila de Navega o - slidepdf.com

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legal) de SBSN que efetuara 0 pouso se na

decolagem a HLE de SBMQ eram 12h40?

Solucao:

4 - 3 = 1h (diferenc_;:ahoraria entre as

duas cidades)

Quando em SBMQ a HLE = 12h40, em

SBSN a HLE = llh40. 40 minutos apos a

aero nave pousa em SBSN, portanto:

llh40min + 40min = 12h20min (HLE

SBSN)

EXEMPLO6 - Na longitude 045°W a HLO

= 22h40 do dia 31 marco, Qual a Hora UTC ?

Solucao:

0450 : 150 = 3 horas

hora UTC = 22h40 + 3hhora UTC = 25h40

hora UTC = 25h40 - 24h

hora UTC = 1h40 do dia 01 de abril

EXEMPLO7 - Considerando horas legais,

sabendo-se que na longitude de 125045W a

HLO = 12 horas, em quais longitudes havera

mudanc_;:ade data?

Solucao:

A mudanc_;:a de data ocorrera na

longitude 1800 (por convencao) e na longitude

que esta oposta em 1800 do local onde sao 12

horas.1800 - 125045'

179045' - 125°45' = 074°15' E

5- UNIDADES DE MEDIDA

A unidade de distancia de uso ~eneralizado

na naveqacao aerea e a MILHA NAUTICA (NM

= NAUTICAL MILE).

Alern da milha nautica, ainda tem alguma

aplicaceo a MILHA TERRESTRE (ST - STATUTEMILE) , sendo que no Brasil muito comumente

aplicamos, tarnbern 0 QUILOMETRO (KM =QUILOMETRO) .

Por tal motivo 0 navegador deve estar

perfeitamente familiarizado com 0 uso e

correspondence entre essas unidades.

Milha nautica (NM) ou milha maritima

(MIMA); milha terrestre, sao unidades que nao

fazem parte do sistema rnetrico decimal, usado

no Brasil, havendo necessidade de relacrona-Iascom 0 sistema por nos adotado, para podermos

com para-las. Assim, podemos estabelecer a

seguinte relacao:

1 NM = 1.852 metros = 1,852 km

1 ST = 1.609 metros = 1,609 km

Alern dessas unidades, ainda temos 0

(KT = KNOT), que e a unidade padrao

velocidade adotada na naveqacao maritima.

Um no corresponde a velocidade de u

MILHA NAUTICA por hora.

Para facilitar a conversao das unidad

mais aplicadas na naveqecao aerea,

adotadas regras praticas, que visam a evcalculos prolongados e racrooruo dif

Algumas dessas regras dao resultados rigoros

e outras, aproximados, mas dentro de lim

plenamente satistatorio para os fins

naveqacao,

1-de metros para pes

Divide-se 0 nurnero de metros por

multiplica-se 0 quociente por 10.

m : 3 X 10 = pes

2 -de pes para metros

Multiplica-se 0 nurnero de pes por

divide-se 0 quociente por 10.

FT x 3 : 10 = metros