Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

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SIM, sou candidato à Câmara Municipal. “...sei que vou ganhar.” “...tenho recebido apelos não só de pessoas de Rio Tinto como de outras freguesias de Gondomar...” Entrevista exclusiva ao VIVACIDADE Av. Dr. Domingos Gonçalves de Sá, nº 434 – 1º sala 19 4435-213 Rio Tinto Tel/Fax: 224 887 545 | Tlm: 937 839 878 Junto da Igreja de Rio Tinto atarina Costa Cartório Notarial C [email protected] [email protected] 2ª a 6ª das 09h às 17,30h (abertos hora almoço) Sábados sob marcação Centro de Estudos de Matemática Explicações em grupo e individuais Ensino Básico, Secundário e Universitário Telf.22 488 8440 tlm.93 424 3539 Rua da Ferraria, 240 - Rio Tinto (Junto a secundária de Rio Tinto) www.mathriders.com [email protected] 3 2 5 9 + = 8 3 3 7 3 3 3 3 3 3 3 8 8 4 3 4 4 4 4 4 3 5 5 5 5 5 5 9 5 5 5 7 2 9 9 9 9 α β 2 6 6 6 2 2 α 9 1 9 9 + + + + + 0 + 9 3 4 4 6 4 = = 4 1 2 5 4 5 2 2 % % + + 1 % % % = 2 = + 6 8 8 0 0 γ 6 3 3 8 3 3 4 2 9 + 3 4 1 2 5 + > 4 8 9 0 7 2 1 1 1 Inscreve-te já! MathRiders = Sucesso 2 dos 4 aos 18 Acordos com: Allianz • SAMS Quadros • Seguradoras • GNR • CGD • ADM • Segurança Social • Associações Socorros Mútuos RIO TINTO 224 893 329 BAGUIM DO MONTE 224 893 477 GONDOMAR 224 637 651 ERMESINDE 220 963 747 MATOSINHOS 220 926 562 Óptica Lisboa R ua da Granja, 555 • 4435-269 Rio Tinto • e-mail: [email protected] • Telm.: 93 314 42 46 • Telf.:229 734 079 • Fax: 229 734 080 Recolha de paletes●plástico●cartão Compra, venda e reparação de paletes Tratamento HT de acordo com NIMF-15 Gondomar: propostas revelam 7 freguesias em vez de 12 Fernanda Vieira quer recandidatar-se à Junta de Fânzeres 3200 aves ‘invadiram’ Exposição Internacional no Multiusos Página 04 Página 06 Página 09 VIVA CIDADE Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte Mensal Ano 7 - nº 76 Diretor: Miguel Almeida Dir. Adjunto: Ricardo Vieira Caldas [email protected] Quinta-Feira 22 Novembro 2012 0,50€ www.vivacidade.org

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Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

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SIM,sou candidato àCâmara Municipal.“...sei que vou ganhar.”

“...tenho recebido apelos não só de pessoas de Rio Tinto como de outras freguesias de Gondomar...”

Entrevista exclusivaao VIVACIDADE

Av. Dr. Domingos Gonçalves de Sá, nº 434 – 1º sala 19 4435-213 Rio Tinto

Tel/Fax: 224 887 545 | Tlm: 937 839 878

Junto da Igreja de Rio Tinto

atarina CostaCartório NotarialC

[email protected]@sapo.pt

2ª a 6ª das 09h às 17,30h(abertos hora almoço)

Sábados sob marcação

Centro de Estudos de Matemática

Explicações em grupo e individuais

Ensino Básico, Secundário e Universitário

Telf.22 488 8440 tlm.93 424 3539Rua da Ferraria, 240 - Rio Tinto (Junto a secundária de Rio Tinto)

www.mathriders.com • [email protected]

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RIO TINTO224 893 329

BAGUIM DO MONTE224 893 477

GONDOMAR224 637 651

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Rua da Granja, 555 • 4435-269 Rio Tinto • e-mail: [email protected] • Telm.: 93 314 42 46 • Telf. :229 734 079 • Fax: 229 734 080

Recolha de paletes●plástico●cartãoCompra, venda e reparação de paletesTratamento HT de acordo com NIMF-15

Gondomar: propostas revelam 7 freguesias em vez de 12

Fernanda Vieira quer recandidatar-se à Junta de Fânzeres

3200 aves ‘invadiram’ Exposição Internacional no Multiusos

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VIVA CIDADE

Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte

MensalAno 7 - nº 76

Diretor: Miguel AlmeidaDir. Adjunto: Ricardo Vieira [email protected]

Quinta-Feira22 Novembro 2012 0,50€

www.vivacidade.org

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Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal.Envie-nos as suas fotos para [email protected]

É um fator negativo haver um equipamen-to público [Centro de Acolhimento Tempo-rário, junto das Pisci-nas Municipais], com

recheio, pronto desde 2009 e que está ainda por estrear e por ter vida lá den-tro.

Junta de Freguesia de Baguim do Monte

No âmbito da Semana Europeia da Preven-ção da Produção de Resíduos realizou-se no dia 17 de novem-bro, no Auditório Mu-

nicipal de Gondomar, uma “Feira de Trocas”.Perto de um milhar de pessoas, du-rante várias horas, aumentaram, com a troca, a vida útil de muitos produ-tos.

Quinta-feira | 22 de Novembro 2012

Próxima Edição - 13 de Dezembro02.

Ficha TécnicaRegisto no ICS/ERC 124.920Depósito Legal: 250931/06Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE873)Edição, Redação, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação

Social, S.A.Administrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Josorac SGPS, SASede de Redação: Rua do Niassa, 133, Sala 3 4250-331 PORTODiretor Comercial: Luiz Miguel Almeida - 910600079

Colaboradores: Alfredo Correia, Álvaro Gonçalves, Alzira Rocha, André Campos, António Costa, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Aires, Domingos Gomes, Fernando Nelson, Fernando Silva, Goreti Teixeira, Henrique de Villalva, Joaquim de Figueiredo, Joana Silva, José António Ferreira, Juliana Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos,

Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Mário Magalhães, Miguel Almeida, Pedro Costa, Ricardo Caldas (TP-1732), Rita Ferraz, Sandra Neves, Susana Ferreira e Zulmiro Barbosa.Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgE-mail: [email protected]

Caros Leitores,

A campanha para as autárquicas de Outu-bro de 2013 é hoje inaugurada no Vivacida-de, com a grande entrevista que publicamos ao primeiro candidato assumido e valida-do num partido político à Presidência do Município de Gondomar.

O Vivacidade pretende vir a fazer este traba-lho com os outros candidatos que venham a ser aprovados pelos partidos ou movimen-tos que os possam apoiar, pois a cidade de Rio Tinto influencia e também sofre uma grande influência do Município e o futuro da nossa terra será em grande parte ditado pelas decisões que os eleitores vão tomar em 2013.

Claro que um outro fator que vai influen-ciar fortemente a cidade é a evolução do processo de integração administrativa do território; cujo estudo técnico aponta para uma alteração significativa, pois sugere a integração de parte do território da cidade – o da freguesia de Baguim do Monte – num conjunto em que esta freguesia se junta a Fânzeres e a São Pedro da Cova.

Independentemente da solução que venha a ser colocada em prática, a necessidade de que esta reforma seja concluída rapida-mente é imperiosa, pois a vida de muitos candidatos às freguesias não vai poder fi-car definida enquanto isto não for concluí-do.

É pena que já não se vai a tempo de fazer a necessária reforma administrativa dos Municípios, pode ser que a sétima avaliação da Troika a tal obrigue. Se acontecesse, tudo mudava…..

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, SA.Economista e Docente Universitário

Editorial

É verda-de que as terras de

Rio Tinto e de Baguim do Monte possuem uma identidade que lhes é muito própria e diferente daquela que vemos no resto do con-celho de Gondomar. Isto é provado pela História, pois muitos documentos referen-tes ao Mosteiro de S. Cristóvão de Rio Tin-to provam inequivo-camente que outrora estas terras estiveram, antes e após a fundação do Reino de Portugal, integradas no Julgado da Maia e não no de

Gondomar. Durante séculos, várias igrejas do direito de apresen-tação do Mosteiro de Rio Tinto situaram-se na região do Julgado da Maia, incluindo a de S. Mamede de Valongo. A própria geografia pode explicar em parte esta distinção de identida-de cultural e histórica, uma vez que este ter-ritório foi e continua a ser atravessado por vias de comunicação estratégicas desde o período romano. Tam-bém foi em Rio Tinto que, em 1905, foram descobertos vestígios arqueológicos de uma

necrópole familiar ro-mana em Monte Pe-nouço. Rio Tinto e Ba-guim do Monte foram a terra de origem de várias personalidades históricas importantes, cujo estudo merecia ser feito por investigado-res, como a do bispo do Porto Frei Manuel de Santa Inês por exem-plo. Como podemos suprimir a falta de uma falha grave na nossa identidade local? Falta na nossa terra o conhe-cimento e a valorização da nossa história e do património local que ainda nos resta, faltam infraestruturas e polí-

ticas que investiguem e divulguem seriamente o nosso passado aos nossos filhos e netos. Para quando um mu-seu etnográfico? Para quando um gabinete ou centro histórico com arquivo e répli-cas de monumentos históricos locais que pudessem transmitir esse conhecimento às nossas crianças? Este é o nosso caminho, não o de Gondomar, mas o nosso.

Paulo Santos Silva (Professor, Historiador

e Escritor)

O nosso caminho Sumário:SociedadePáginas 4 à 7 e 9

BrevesPágina 8

DestaquePágina 10 e 11

AssociativismoPáginas 14 e 15

DesportoPágina 16 e 17

OpiniãoPáginas 18 e 19

Empresas & NegóciosPáginas 22 e 23

PolíticaPáginas 25 à 28

LazerPágina 30

Memórias do Nosso Passado

Page 3: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

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Quinta-feira | 22 de Novembro 201204.

De acordo com o docu-mento da UTRAT e confor-me foi deliberado por una-nimidade em setembro, a Assembleia Municipal mos-trou-se contra qualquer alte-ração ao mapa do concelho. Assim, a UTRAT afirma que “a deliberação da assembleia municipal que não promo-va a agregação de quaisquer freguesias é equiparada, para efeitos da presente lei, a ausência de pronúncia”. No documento também se lê que “em caso de ausência de pronúncia da Assembleia Municipal, a UTRAT deve “apresentar à Assembleia da República propostas concre-tas de reorganização admi-nistrativa do território das freguesias”. Foram por isso apresentadas duas.

Na proposta A, são agre-gadas as freguesias de Fânze-res com São Pedro da Cova e Baguim do Monte, Gondo-mar (São Cosme) com Val-bom e Jovim, e ainda Melres com Medas [ver infografia].

Na proposta B, a agre-gação é das freguesias de

Fânzeres com São Pedro da Cova, novamente Gondomar (São Cosme) com Valbom e Jovim, Foz de Sousa com Covelo e Melres com Medas. Lomba e Rio Tinto não fazem parte de nenhuma agregação apresentada nas propostas permanecendo assim inalte-radas [ver infografia].

O documento gerou al-guma revolta nas freguesias mais afetadas pelas propos-tas e a Junta de Freguesia de Baguim do Monte foi palco, no dia 14 de novembro, de uma reunião informal com praticamente todos os pre-sidentes de Junta de Gon-domar. Da reunião surgiram “três grandes conclusões”. A primeira, citada por Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, foi que “os presiden-tes da Junta, no seu conjunto, e sem exceções são absoluta-mente contra qualquer tipo de agregação em Gondomar forçada e da maneira como está feita, quer na proposta A, quer na proposta B.”

A segunda conclusão,

foi, segundo o autarca, a de sensibilização do “presiden-te da Assembleia Municipal e do presidente da Câmara no sentido de ver qual é a viabilidade que a Assem-bleia Municipal tem para fazer cumprir aquilo que foi a deliberação da Assembleia Municipal, aprovada em setembro por unanimida-de, que foi manter o mapa autárquico como está em Gondomar. E à Câmara que encete todas as diligências necessárias para fazer cum-prir esse mesmo documen-

to, não só da Assembleia Municipal mas também das Assembleias de Freguesia e analisar junto do seu De-partamento Jurídico a via-bilidade que tem – depois de saída a lei e aprovada, se for – de travar este proces-so juridicamente.” Como terceira “grande conclusão”, Nuno Coelho refere que os presidentes se prontificaram a ficar “alertas e – caso seja aprovada e publicada esta lei – mantendo o mapa que tem – proposta A ou pro-posta B – fazer tudo quer a

nível coletivo quer a nível de cada autarquia de na altura e instâncias devidas tentar travar judicialmente a im-plementação da lei, pela via dos tribunais e até Tribunal Europeu, se for caso disso.”

Para já, resta esperar para ver mas segundo o do-cumento apresentado às fre-guesias, a “UTRAT conside-ra que a Proposta B constitui a resposta mais adequada para a reorganização admi-nistrativa pretendida para o município”.

Ricardo Vieira Caldas

Fernanda Vieira Fânzeres Freguesia afetada

“A agregação de freguesias não é de maneira nenhu-ma boa para Gondomar. É uma perda, é mau para a população e deveria estar tudo como está. A união

faz com que fique uma freguesia enormíssima quando há outras freguesias que vão ficar sozinhas com menos ha-bitantes. Não sei qual foi o critério. Penso que a Unidade Técnica não usou um critério muito rigoroso para todas as freguesias. Não sei o que se pode fazer, se é que se pode ainda fazer alguma coisa.”

Marco Martins Rio TintoFreguesia não afetada

“São completamente ab-surdas. Por um lado, esta reforma do modo a que está a ser feita não traz poupan-ça nenhuma nem se alcança vantagem. Por outro lado,

estas propostas só podem vir de quem não conhece o conce-lho. Que lógica faz juntar S. Pedro da Cova – com uma iden-tidade própria – a Fânzeres? Que lógica faz juntar Jovim a Valbom? Eu sou a favor de uma reforma do território global que comece de cima para baixo. Isto só serve para cumprir calendário e por uma ‘birrice’ do ministro Miguel Relvas.”

Nuno CoelhoBaguim do MonteFreguesia possível de ser afetada

“A minha posição é a de muita solidariedade para com os outros. Obviamen-te agrada-me mais uma proposta em que Baguim

do Monte como freguesia fica autónoma mas sou muito so-lidário com os outros e estou na primeira linha, desde que começaram a falar em agregações e extinções de freguesias, contra fazerem as coisas sem que haja participações dos au-tarcas e das populações.”

Gondomar com menos 5 freguesiasSociedade

Das 12 freguesias que compõem o concelho de Gon-domar apenas fica-rão 7. Pelo menos é o que propõe a Unidade Técnica para a Reorgani-zação Administra-tiva do Território (UTRAT) que já fez chegar ao municí-pio, um documen-to que comtempla duas propostas, a A e a B. Em ambas, surgem agregações e apenas há certeza que as freguesias de Lomba e Rio Tinto irão manter--se sozinhas.

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Quinta-feira | 22 de Novembro 2012

As propostas apresenta-das este mês pela Unidade Técnica para a Reorgani-zação Administrativa do Território (UTRAT) para a agregação de freguesias no concelho de Gondomar não ficaram indiferentes em Valbom. José Augusto Pereira Gonçalves Olivei-ra, presidente da Junta de Freguesia de Valbom dis-se “basta” e demitiu-se do partido ao qual era mili-tante [Partido Social De-mocrata].

O presidente de Valbom luta já há vários meses com a lei que defende a agregação das freguesias e já fez saber junto do presidente da As-sembleia Municipal de Gon-domar, José Matias Alves, a sua demissão do partido e que se considera “a partir daquela altura um deputa-do da Assembleia Municipal sem qualquer coloração par-tidária ou de movimento.” A decisão foi tomada a 12 de novembro e na carta lê--se: “dado que, não concor-

do, com as políticas atuais do Governo, no entanto fui aguentando, mesmo com prejuízos económicos para a minha família, chegou a altu-ra de dizer basta, sou Autar-ca de Freguesia (Presidente de Junta) há quinze anos, na freguesia de Valbom, Gon-domar, com a categoria de Cidade, e nunca pensei que seria o coveiro desta, com a sua extinção/agregação, por isso, peço a partir de hoje a demissão do Partido, con-siderando-me por isso, sem qualquer ligação ao mesmo.”

Em entrevista ao Viva-cidade, José Gonçalves co-mentou que “tudo aquilo que tem sido feito em ter-mos de políticas atuais do Governo, em termos eco-nómicos, sociais, etc.” o tem “desagradado.” “No entanto, como tenho a consciên-cia plena de que o país está com problemas económicos, vamos aturando e conse-guindo que as coisas se vão perdoando, até que a gota de água surgiu com esta lei

fantasma do ministro Relvas sobre as agregações das fre-guesias em que eu estou to-talmente em desacordo com

isto. Não é por aí que se pou-pa dinheiro, não é por aí que se vai melhorar a situação económica do país - pelo

contrário, vai ser muito pior até porque a proximidade do poder político às populações deixa de existir – há a cria-ção de um desemprego de funcionários das autarquias porque não vão ser neces-sários tantos e portanto foi a gota de água. Extravasou. E eu como não devo nada a ninguém e sempre fui livre, como entendo que devo ser, pedi a demissão. Deixo de ser militante, neste momen-to sou uma pessoa indepen-dente e não tenho partido nem movimento político”, explicou o autarca.

Segundo o presidente da Junta, não haverá “nenhu-mas implicações” com a sua demissão do PSD. “Eu sou eleito pelo povo, não sou eleito pelo partido e tenho que defender é a população que me elegeu. É essa popu-lação que eu devo de facto no final do ano prestar contas. Mas se para o presidente e o seu executivo não existem “implicações”, para a fregue-sia, com a lei da agregação

das freguesias e segundo o autarca, já haverão algumas. ”Há uma questão aqui que é fundamental. Nós com esta agregação vamos ter a extinção de alguns serviços de proximidade, tais como os serviços dos correios, centro de saúde, Polícia de Segurança Pública, que de-pois numa agregação não é racional economicamente ter no mesmo território exe-cutivo mais do que uma re-presentatividade destas for-ças”, referiu. Para além disso, disse José Gonçalves, “nós em Valbom nunca tivemos bom relacionamento com S. Cosme. Isto é um casamento forçado que um dia destes terá que dar divórcio. Espe-ro é que não haja violência nesta agregação.”

A sua convicção é “não desistir.” “Lutarei até ao fim. Posso perder a Junta mas não posso perder a minha dignidade. E a minha dig-nidade leva-me a lutar até à exaustão”.

Ricardo Vieira Caldas

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Presidente de Valbom pede a demissão do PSD

"Nós em Valbom nunca tivemos bom relacionamento com S. Cosme. Isto é um casamento forçado que um dia destes terá que dar divórcio. Espero é que não haja violência nesta agregação.”

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A Junta de Freguesia de Fânzeres poderá - se o Par-tido Socialista e a popula-ção o entenderem – voltar a ter a mesma presidente na freguesia nas próximas eleições autárquicas. Fer-nanda Vieira explicou ao Vivacidade que se encon-tra “disponível” para se re-candidatar ao executivo da Junta.

Começando pela As-sembleia de Freguesia no mandato anterior, a autarca é desde 2009 a presidente da Junta de Freguesia de Fân-zeres e a única mulher com este mesmo papel no conce-lho de Gondomar.

Até agora, Fernanda Vieira faz um balanço po-sitivo do seu mandato. “Re-tenho uma boa imagem de tudo o que foi feito por este executivo ao longo destes três anos, desde logo a li-quidação dos débitos a for-necedores – que rondavam os 90 mil euros – que conse-guimos sanar em dois anos e meio”, disse.

Mas, segundo a autarca, a liquidação da dívida que o “anterior executivo deixou” não foi o único aspeto posi-tivo desta candidatura, que ainda decorre. A presidente deu ainda outros exemplos. “Nos dois anos e meio para além de conso-lidar as con-tas também f i z e m o s a l g u m a s aquisições, entre elas uma car-rinha de transporte pessoal e m a t e r i a l e tivemos que pagar um ter-reno que tinha pro-prietário – e tinha sido ocupado pelo anterior exe-cutivo – porque quando chega-mos à Junta fomos confrontados com uma decisão do tribunal em que tínhamos que pagar esse terre-no no valor de 30 mil euros. Houve um

acordo para que não pa-gássemos tudo de uma vez porque não tínhamos di-nheiro para isso e o valor foi liquidado no fim deste mês. É uma questão de dias para fazer a escritura do citado terreno”, comentou a líder do executivo de Fânzeres.

Com as dívidas saldadas, começou, para Fernanda Vieira, “uma nova fase” para

a Junta de Freguesia de Fân-zeres. “Dívidas não temos e estamos na fase de c o m e ç a r -mos a c o n -s e -

guir fazer alguma coisa”, re-feriu entusiasmada.

E é por essas e outras razões que a única mulher à frente de uma Junta em Gondomar pretende reno-var a candidatura. Isto, men-cionou, “se o PS quiser.” “O partido ainda tem uma pala-vra a dizer. Da minha parte estarei disponível, dado o carinho que tenho sentido

dos fanzerenses. O pedido das coletividades e da pró-

pria população é que me incentiva a voltar

a candidatar.” Questiona-

da pelo Vi v a c i -d a d e sobre a inten-ção do Parti-do So-

cialista na sua

r e c a n d i -datura, Fer-

nanda Vieira r e s p o n d e u .

“Na abordagem q u e

tenho com alguns camara-das do partido, creio que sim. Mas vamos ter que ir a uma reunião com a Comis-são Política Concelhia do PS Gondomar e depois os mili-tantes e membros da comis-são é que dirão se serei eu ou não a recandidatar-me ou se escolherão outro candidato.”

De resto, e apesar de um orçamento anual “apertado”

de cerca de 435 mil euros – com cerca de 100 mil

proveniente da Câmara Municipal de Gondo-mar (CMG) e 159.826 do Estado [Fundo de Financiamento das Freguesias] –

Fernanda Vieira identifica as

necessidades da freguesia e tem alguns planos. “Em F â n z e r e s não há qua-se nada, como dá para ver, e por isso vamos ter

que come-çar quase

do nada. Não temos um fórum

para que possamos fazer eventos culturais e não te-mos espaços verdes para que a população possa usufruir

de momentos de lazer. Por-tanto as nossas prioridades seriam essas. Com certeza

que teremos que ter a ajuda da CMG. Mas vamos lutar para que algumas dessas coi-sas possam acontecer. Se não for tudo, pelo menos uma gostaria imenso”, explicou a autarca.

A socialista de Fânze-res indicou também boas infraestruturas na Vila de Fânzeres, dando como exemplo o metro que elogia por ser um agente de mobi-lidade para a freguesia e um modo de divulgar a vila. “O nome de Fânzeres pelo me-nos ficou mais conhecido. No Porto podemos ouvir a todo o momento falar da freguesia de Fânzeres e em Matosinhos e no aeroporto”, aclarou.

Indústria e comércio

também têm evoluído, se-gundo a presidente, mas foi a população que esteve

sempre no discurso de Fer-nanda Vieira à qual teceu vários elogios. “Em Fânzeres há muita hospitalidade. As pessoas são simpáticas, calo-rosas, generosas. Há pessoas que fazem disto dormitório, é certo, mas também já te-mos pessoas a deslocarem--se para cá. Temos aqui indústria, um atrativo no campo empresarial, alguns restaurantes. É uma fregue-sia cuidada, limpa”, finali-zou.

(Fotografias em facebook.com/jornalvivacidade)Ricardo Vieira Caldas

Quinta-feira | 22 de Novembro 201206.

“Uma nova fase” com Fernanda VieiraSociedade

"Em Fânzeres não há quase nada, como dá para ver, e por isso vamos ter

que começar quase do nada. Não temos um fórum para que possamos fazer

eventos culturais e não temos espaços verdes para que a população possa

usufruir de momentos de lazer. Portanto as nossas prioridades seriam essas."

“O pedido das coletividades e da própria população é que me incentiva a voltar a candidatar.”

FânzeresVila desde

30 de Junho de 1989

População:

23.150

Page 7: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

Quinta-feira | 22 de Novembro 2012 .07

A Divisão de Gondo-mar da Polícia de Seguran-ça Pública (PSP) já tem, desde outubro, Esquadra de Trânsito. Localizada na sede da Divisão – na Rua da Boavista, em Rio Tinto – esta nova esquadra já está em funcionamento e terá funções de “fiscalização da circulação rodoviária, con-trolo de tráfego e registo de acidentes” e divide as instalações com a Esqua-dra Territorial de Rio Tinto (sede) e com a Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial (EIFP).

A Esquadra de Trânsi-to completa assim o ciclo adaptação orgânica da PSP ao Concelho de Gondomar, responsável pelo policia-mento nas Freguesias de Rio Tinto, Baguim do Monte, S. Cosme (Gondomar) e Val-bom. Em 2008 foi criada a Divisão de Gondomar da PSP que, para além das 3 esquadras territoriais (Rio Tinto, Gondomar e Valbom) e do Posto de Atendimento da Areosa, compreende ain-

da a EIFP e, agora, a Esqua-dra de Trânsito.

O comandante da Di-visão, o subintendente Fer-nando Lopes, explicou ao Vivacidade que a criação da nova esquadra é “muito po-sitiva” e elogiou o “precioso auxílio das Juntas de Fre-guesia de Baguim do Monte e Rio Tinto na cedência de material de escritório e pes-soal”.

“É uma esquadra peque-na com dez efetivos neste momento, de recrutamento interno da Divisão. O objeti-vo é de ter uma valência es-pecífica nas áreas de trânsito porque na área da Divisão há muitos acidentes, questões específicas com o trânsito, como infrações ao código da estrada, e precisávamos de ter pessoal específico e liber-tar o pessoal das Esquadras Territoriais desse encargo”, referiu o comandante da Di-visão de Gondomar.

A Esquadra de Trân-sito criada agora tinha já sido proposta pela Divisão ao Comando Distrital em

Maio e traz algumas mu-danças à área de atuação no concelho. Até agora, as participações de acidentes de viação era feitas em cada esquadra da PSP no conce-lho e eram remitidas para a de Gondomar. Posterior-mente, seria em Gondomar que eram levantadas as cer-tidões mas agora passam a ser na sede da Divisão, mais especificamente na Esqua-dra de Trânsito, em Rio Tinto.

Para aumentar a capaci-dade e condições, foi adap-tado um espaço contíguo ao edifício que alberga a Divisão de Gondomar, fun-cionando aí o atendimento ao público da Esquadra de Trânsito – de 2ª a 6ª feira en-tre as 9h e as 16h, e onde de-verão ser tratados todos os assuntos relacionados com trânsito/foro rodoviário ocorridos na área da atua-ção da PSP em Gondomar, nomeadamente certidões de acidentes, que passam a ser requeridas e levantadas na secretaria da Esquadra de

Trânsito. A Brigada de Trânsito

patrulha agora diariamente algumas das freguesias de Gondomar, com a exceção do período entre a uma e as 7h da manhã, devido à “pouca ocorrência de aci-dentes” durante esse espaço temporal.

Ricardo Vieira Caldas

Pouco passava das 21h quando os Bombeiros Vo-luntários da Areosa-Rio Tinto (BVART) receberam uma comunicação de um incêndio nas garagens de umas habitações em Rio

Tinto. “A primeira indica-ção seria de duas viaturas a arder. Mandamos para o local logo uma viatura e pedimos outra de apoio de Gondomar, só que os co-

legas quando chegaram lá, na primeira intervenção, verificaram que a garagem já estava completamente cheia de fumo e portan-to a progressão deles já foi muito limitada”, contou ao

Vivacidade Virgílio Pereira, segundo comandante dos BVART.

Durante mais de três ho-ras, as dezenas de moradores do prédio de cinco andares

da Avenida da Conduta, em Rio Tinto, foram obrigados a deixar as suas habitações e a deslocarem-se para a rua.

Num incêndio sem víti-mas, o fogo acabaria por ser controlado mas as dimen-sões da garagem dificulta-ram o trabalho dos bombei-ros. “Estamos a falar de um prédio com 55 habitações, com bastantes lugares de garagens no piso -1 e -2, que também nos dificultou algum acesso para conse-guir identificar o local onde estava o incêndio. Tivemos que fazer várias equipas de busca e detecção do local, os elementos tiveram que ir equipados com aparelhos respiratórios. O incêndio acabou por ser detetado fa-cilmente no entanto a maior dificuldade acabou por ser a ventilação do espaço”, expli-cou o segundo comandante dos BVART.

Só por volta da meia noite e meia, já com as con-dições de segurança assegu-radas, é que os moradores regressaram às suas casas. A

causa do fogo ainda está nas mãos da Polícia Judiciária que iniciou uma investiga-

ção no dia 7. Ao todo estiveram no

local 6 veículos e 24 homens

dos bombeiros de Rio Tinto e Gondomar.

Ricardo Vieira Caldas

Circulação rodoviária mais controlada em Rio Tinto

Incêndio em garagem destrói 3 carros

Área de atuação da Esquadra de Trânsito:

Baguim do Monte, Rio Tinto S. Cosme (Gondomar) e Valbom106000 pessoas63,25% da população do concelho

Número de acidentes de viação [15 a 31 de outubro]: 45

Três carros destruídos na totalidade, um parcialmente e outros 17 danificados, para além de danos nas estruturas físicas do edifício, nomeadamente placa e canalizações. Foram estes os principais prejuízos de um incêndio que deflagrou na garagem do número 191 da Avenida da Conduta, em Rio Tinto, na noite de 6 de novembro.

Page 8: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

Breves

Breves

O projeto “Rio Tinto com Poesia” está a cres-cer. Desta vez, no mês de novembro, ao dia 17, pelas 21,30h, a poesia vestiu-se de luze inundou de amor, o espaço-sede da Banda Marcial de S. Cristóvão de Rio Tinto, onde a autora do projeto, Maria José Guimarães, fa-lou dos autores em destaque e envolveu com palavras serenas onde a temática da noite foi valorizada como sendo uma atitude a adotar nas vidas.Sob a luz ténue e a melodia tocada pelo Quinteto da Banda, um público atento, sensível e emocionado, num ambiente in-

timista, recitou poemas de autores como Luís Vaz de Camões, Sophia de Mello Breyner Andresen, Miguel Torga, Eugénio de Andrade, António Ramos Rosa, e Maria Guimarães.A Música e a Poesia nesta noite em que o tema foi o AMOR, tornou-se gratificante e ao sentir o entusiasmo dos presentes que en-cheram a sala salientamos um fator que nos emocionou deveras, o público era composto de várias gerações, da criança ao adolescente, do jovem  ao adulto,  até ao adulto sénior.

O 1.º classificado da 1ª Divisão dos juvenis, da Juventus da Triana enfrentou no passado sábado, dia 17 de novembro, o Grupo D.C. Cohaemato no pavilhão da Escola Secundá-ria de Rio Tinto vencendo a partida por 6 bolas a três.  O jogo de futsal contou com um “ambiente excelente” assistindo-se na primeira parte a um respeito mútuo de amabas as equipas. Ao intervalo o resultado era de duas bolas a uma a favor da equipa da casa, que con-seguiu inverter a marcha do marcador, uma vez que a primeira equipa a obter o golo nes-

ta partida foi o Grupo D.C. Cohaemato.Já no segundo tempo ambas as equipas deci-diram abrir o jogo e os golos apareceram, o que dita o resultado final. No mesmo fim de semana, a Juventus per-deu por dois a um, no escalão infantil, com o F. C. Unidos Pinheirense. Já nos iniciados, o resultado inverteu-se tendo a equipa da Triana vencido por 2-0 ao Arsenal C. Para-da. Nos juniores, oito golos deram o desta-que à Juventus que apenas deixou escapar um golo à equipa J. D. Gondomar.

A Câmara Municipal de Gondomar reali-zou, no dia 9 de novembro, uma homena-gem a D. João de França Castro e Moura. Natural de Gondomar, D. João de França foi, há 150 anos, indicado para desempenhar as funções de Bispo do Porto.Missionário durante toda a sua vida, D. João de Castro concretizou esta última missão, enquanto Bispo do Porto, até à data da sua morte, em 1868.Primeiro, na casa onde nasceu, e mais tarde, em conferência realizada na Biblioteca Mu-nicipal, o nome (e o relevante percurso deste missionário) estiveram em evidente desta-que. O Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, esteve em Gondomar, no dia 9 de novembro,

para presidir a uma homenagem a um dos seus antecessores, D. João de França Castro e Moura. “É uma figura de relevo da história de Gondomar, que merece ser lembrada, va-lorizada e conhecida”, sublinhou o presiden-te da Câmara de Gondomar, Valentim Lou-reiro. O Bispo do Porto destacou, por seu lado, o papel de D. João de França para que a Igreja obtivesse autonomia face aos pode-res monárquicos da época. Esta homenagem foi decidida na sequência da Visita Pastoral que, em dezembro de 2011, o Bispo do Porto fez à Vigararia de Gondomar. Em reunião de Câmara de 31 de outubro de 2012, foi apro-vada, por unanimidade, tal homenagem.

O Multiusos Gondomar acolheu, nos dias 17 e 18 de novembro, a 8.ª edição da “Por-toNoivos”. Esta iniciativa, nos dois dias de realização, foi visitada por inúmeros interes-sados em analisar as propostas, de distintas entidades e empresas, a nível de cerimónias de casamento. Em perto de 3.000 metros quadrados foram diversificadas as propostas desta edição da “PortoNoivos”.Nesta feira de serviços e preparativos para o casamento foram, também, apresentadas as novas tendências da moda nupcial e de serviços.Os visitantes do certame tiveram oportuni-dade de encontrar ou conhecer tudo o que

eventualmente venham a necessitar para a realização dos respetivos casamentos. Quin-tas, hotéis, catering, vestidos de noiva e fatos de noivo, floristas, fotografia e vídeo, agên-cias de viagem, brindes e convites, anima-ção, aluguer de viaturas, joalharia, estética, entre outros, foram algumas das muitas pro-postas na “PortoNoivos”.Animação de rua e espetáculos de música e dança foram uma constante do decurso des-te evento – que, durante dois dias, transfor-mou o Multiusos num espaço de autêntica festa. O certame foi organizado pela “Código 365”.

Banda de Rio Tinto com poesia

Juventus lidera na 1ª divisão de juvenis

Homenagem a antigo Bispo do Porto

Porto Noivos no Multiusos

No meu trabalho como advogado e formador, constatei que a maioria dos cidadãos está desligada do Direito, e esse desconhecimento do conjunto do sistema jurídico prejudica as pessoas singulares e coletivas.Tenho conhecido muitos clientes que estão desencantados com o sistema judicial, e a minha atitude pedagógica visa reconciliar, explicar como funciona a nossa justiça, e muitas vezes até partilhar algumas perplexidades.Quero desmisti�car algumas ideias falsas, como contratar um advogado é caro, ou que não há justiça em Portugal, que são simpli�cações perigosas que tendem a ganhar mais adeptos em tempos de crise económica e de valores. Mas quero em 1º lugar, ajudar a informar cidadãos.Tendo já publicado vários artigos sobre temas de Direito, chegou a hora de criar uma nova forma de diálogo com os leitores deste jornal. Neste espaço, os leitores poderão colocar as perguntas para o jornal, e reencamin-hadas para o meu correio electrónico, para selecionar uma ou duas por mês (conforme o tema) e dar uma opinião.Não serão proferidas opiniões sobre casos concretos, por uma questão de deontologia pro�ssional, e porque tal abordagem poderia ser prejudicial para os próprios visados.

Enquadramento Legal – pela informação do cidadão

Dr. Miguel Páris de VasconcelosAdvogado

Page 9: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

Um chilrear intenso era tudo o que se ouvia às por-tas do pavilhão Multiusos de Gondomar entre os dias 9 e 11 de novembro. Classi-ficado como um “espetácu-lo diferente”, numa inicia-tiva do Clube Ornitológico de Gondomar, realizou-se o ‘17º Ornishow Interna-cional do Douro’, uma ini-ciativa direcionada para to-dos os amantes e criadores de aves.

A abertura oficial des-te ‘Ornishow’ aconteceu na tarde de 10 de novembro, contando a inauguração com a presença de Valen-tim Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Gon-domar, acompanhado pelos vereadores Fernando Paulo e Joaquim Castro Neves, as-sim como de José António Macedo, presidente da Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cosme).

A iniciativa, promovida pelo Clube Ornitológico de

Gondomar, confirmou o su-cesso de edições anteriores e Amílcar Dias, responsável pela organização do ‘17º Ornishow Internacional do Douro’, diz que a exposição ornitológica tem “vindo a crescer, ano após ano mes-mo olhando à conjuntura económica do país” tendo mais uma vez, num espaço amplo, pleno de condições e apelativo à visita, justificado o incremento do número de aves expostas [3200 aves] e contado com 207 exposito-res, criadores de aves.

“Isto é um concurso, es-tão aqui reunidos t o d o s os cam-peões do m u n d o e a qua-lidade é excecio-nal em t e r m o s de qua-

lidade de aves”, disse o or-ganizador, ao definir o ‘Or-nishow’.

Esta iniciativa, para além de se caracterizar por uma exposição de aves e material para os que se dedicam a esta atividade, também apre-senta uma vertente compe-titiva, com vários prémios em disputa. Este ano, Victor Jesus foi o vencedor do pré-mio ‘Coração D’Ouro Cor’ e Fernando Vilela ganhou o ‘Coração D’Ouro Porte’. José Fernandes obteve o Troféu Manuel Pinto Gonçalves e Pedro Valentim, o prémio

Interna-cional do D o u r o . Amílcar Dias ex-p l i c o u ao Viva-c i d a d e como se processa a atri-b u i ç ã o

dos prémios aos criadores de aves. “Cada ave é avalia-da. Nós tivemos dois dias de avaliação, com 22 juízes nacionais e internacionais a julgarem cada uma das aves. Todas elas têm uma pontua-ção e os critérios são técni-cos [do Conselho Nacional de Juízes] e que obedecem a regras. Cada ave tem um certo número de pontos e pode atingir no máximo en-

tre os 93 a 94 pontos e um mínimo de 80 e tal, atribuí-dos de acordo com a cabeça, a cauda, a plumagem, as pa-tas, o porte, etc.”

Para além dos pássaros, o ‘Ornishow’ contou ainda com expositores de comida e assessórios para aves que divulgaram o seu negócio na feira internacional. Era ainda possível – para além de expor – comprar uma ave

que, dependendo da catego-ria e características poderia chegar às centenas de euros.

Um evento marcado pe-las sonoridades das aves em exposição, que contou com o apoio da Câmara Munici-pal de Gondomar.

(Fotografias em facebook.com/jornalvivacidade)

Francisco FonsecaRicardo Vieira Caldas

.09Quinta-feira | 22 de Novembro 2012

Exposição Ornishow decorreu no Multiusos

Page 10: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

É o primeiro candida-to confirmado à Câmara Municipal de Gondomar (CMG). Vai pelo Partido Socialista, partido que aliás milita “desde o tempo das jotas”. Com 64 votos, um contra e um branco, Marco Martins foi eleito quase por unanimidade na reunião da Comissão Política Con-celhia do PS Gondomar, no dia 16 de novembro. Atualmente, preside a Junta de Freguesia de Rio Tinto no segun-do mandato e é dono do lugar de autarca de Freguesia eleito com maior número de votos, nas eleições au-tárquicas de 2009. Em primeira mão, o autarca conta na entrevista ao Vivacidade, o que con-sidera que está mal na CMG, os planos para esta candida-tura, entre ou-tras coisas.

É autarca de Rio Tinto há alguns anos. O que o fez candidatar-se à Câmara Municipal de Gondomar?

Por um lado, o facto de me sentir impotente e de sentir que,

como presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, não posso fazer mais nada pela cidade porque estamos sempre a embarrar naquilo que são as competências da Câmara. Por outro lado, o

apelo de muitos cidadãos de Gondomar –

de Rio Tinto e fora de

Rio Tin-to – no s ent i -do de

r e c o -n he c e -rem em m i m traba-

l h o e va-l o r

e sobre-t u d o

u m a maneira

diferente de fazer po-lítica e que-rerem que t r a n s p o r t e

esta forma de gestão autárqui-ca em Rio Tinto para algo mais

amplo, neste caso todo o

Concelho.

Independentemente das sondagens, crê que vai ter um apoio para lá da po-pulação de Rio Tinto?

Sim, sem dúvida algu-ma. Aliás, ao longo destes últimos dois anos tenho recebido apelos não só de pessoas de Rio Tinto como de outras freguesias de Gon-domar e de outros quadran-tes políticos. E tem sido esse apelo que tem feito que le-vasse a tomar a decisão – e já há uns meses atrás disse que estaria disponível para ser candidato pelo PS no momento próprio e no ór-gão próprio – e o partido definiu um calendário que até ao final do ano teria que aprovar os candidatos e por-tanto daí ter apresentado a minha candidatura que foi aprovada.

Não existem ainda ou-tros candidatos confirma-dos para a CMG. Mesmo não conhecendo ainda os seus “rivais” qual vai ser a sua linha de atuação polí-tica?

É uma linha de campa-nha com um projeto abran-gente. E é importante que possamos ouvir as pessoas. E o PS tem aqui o grande trunfo que é partir a um ano das eleições. Faltam cerca de 11 meses. Vai dar tempo para ouvir os gondomaren-ses, das várias freguesias de Rio Tinto a Lomba, e para fazer um projeto da-quilo que as pessoas dese-jam, obviamente limitado pela conjuntura económica

atual. Vamos fazer isso brevemente, ao abrir um

site dentro de poucas semanas, e potenciar

isso através das redes sociais para que as pessoas façam pro-postas. Algumas autarquias fazem um orçamento p a r t i c i p a t i v o , nós vamos fazer uma candidatu-ra participativa em que a voz é dos cidadãos. Só assim é que tem lógica. Fazer uma candidatura para o concelho, com gente do concelho.

Dentro do próprio Par-tido Socialista, nota algu-ma divisão nos apoios à candidatura?

O PS em Gondomar ao longo dos últimos dois me-ses – depois de ter sido frag-mentado uma luta interna para a concelhia e numa luta para a distrital – deu sinais claros de que, nas grandes causas como esta de com-bate pelo mesmo interesse,

está unido e a prova é que por exemplo eu e o presi-dente da concelhia [Luís Filipe Araújo] estivemos em lados opostos e agora esta-mos unidos a convergir para o mesmo sentido. A prova da união é o resultado que tive de uma quase unani-midade em torno da minha candidatura. E isso já foi vi-sível quando cumprindo os requisitos - que obrigavam a um terço - consegui mais

10. Quinta-feira | 22 de Novembro 2012

"Vamos fazer uma candidatura participativa."Entrevista a Marco Martins

Problemas / Soluções

O que está mal:

Problema social (desemprego) – problema mais urgente de Gondomar com 16283 cidadãos inscritos no Centro de Emprego o que corresponde a 19,27% da população ativa (dados de 1 de outubro)Ambiente – falta de qualificação de espaços verdes e de mais espaçosProblemas graves de mobilidadeDesordenamento urbanístico - agravado pela inexis-tência do PDM (Plano Diretor Municipal). O PDM é de 1994, caducou em 2004 e desse ano até hoje não há PDM, o que condiciona em muito o desenvolvimento e a fixa-ção da população no Alto Concelho

O que quer fazer:

5 linhas de intervenção prioritárias:Desenvolvimento económico e da promoção de em-prego – reduzir taxas de construção para a construção de indústria e para o investimento que crie novos postos de trabalho; reduzir o IMI para os empregadores; criação de Gabinete de Empreendedorismo da CMG; recupera-ção em pareceria com a ACIG (Associação Comercial e Industrial de Gondomar) da indústria da pequena ouri-vesaria e da filigrana.Mobilidade – generalizar o Andante à população de todo o concelho; defender a construção da linha do metro até ao centro do concelho, de ligação Campanhã, Freixo, Valbom, S. Cosme.Aproveitamento de recursos naturais – “Nós temos 30 quilómetros de marginal de rio Douro que estão total-mente desaproveitados. Temos 150 mil pessoas que so-bem o Douro de barco por ano. Não há um único ponto em Gondomar onde possam atracar, onde se possa fazer um novo cais, onde as pessoas possam gastar algum di-nheiro e dinamizar a economia local.”Qualificação da democracia – “A CMG tem que tirar esta imagem que tem perante o país inteiro de uma Câ-mara camuflada. Nós temos que ser transparentes, na elaboração das contas, na aplicação do dinheiro público e na prestação de contas. Temos que aproximar o poder local das pessoas. Coisas tão simples como mudar a As-sembleia Municipal do salão da Câmara para o Auditório Municipal, onde as pessoas possam estar à vontade e não estejam no corredor e pelas escadas abaixo atrofiadas. Fazer reuniões do executivo municipal centralizadas pe-las freguesias. Quantas vezes é que o presidente da CMG veio visitar Rio Tinto? Na junta, zero. Entrou uma vez quando veio cá o Pinto da Costa.”Qualificação do espaço público – criar ciclovias, aprovei-tar zonas urbanas para inserir pistas de footing, requalificar espaços verdes, levar o saneamento para o Alto do Conce-lho e apostar também num parque urbano em Rio Tinto.

Page 11: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

do que dois terços dos mem-bros da comissão política, o que evitou eleições diretas. Foi um processo que tem sido considerado a nível dis-trital e a nível nacional como exemplar. Havia de facto uma fragmentação interna que foi posta de lado, foram ultrapassadas questões e as pessoas trabalham todas por um objetivo que é ganhar Gondomar.

No segundo mandato para Rio Tinto, obteve um resultado histórico sendo o presidente a nível nacional com o maior número de vo-tos. Para Gondomar, prevê algo semelhante?

Em 2009, tivemos 12527 votos, quando apontávamos para os 10 mil. Acho since-ramente que vale a pena tra-balhar honestamente. E os cidadãos hoje já sabem qual é a sua pretensão e acho que os cidadãos de Gondomar também vão reconhecer o que se tem feito em Rio Tin-to ao longo destes últimos oito anos, com a dinâmica que tem tido, com a forma como se gere, com a forma como se está próximo e aci-ma de tudo com a transpa-rência que se tem. Acho que isso vai ser importante.

Quem é que gostaria de ter ao seu lado no executivo da CMG se vencer as elei-ções?

Essa é uma questão que será daqui a uns meses de-finida. Mas há critérios que tenho para a elaboração da lista. São seis, representati-vidade política, representa-tividade geográfica, abertura à sociedade civil, competên-cia, capacidade e confiança. Portanto, é dentro destes seis critérios que depois pessoas do PS ou independentes que se encaixem aqui serão con-vidadas a fazer parte e terá depois a lista que ser aprova-da pelo PS.

Sempre reclamou a fal-ta de competências que a CMG dá às Juntas de Fre-guesia. Há algo que, como presidente da CMG, pode-rá vir a fazer a esse respei-to?

Claro que sim. Eu sofri

durante oito anos na pele portanto, nesse aspeto – se ganharmos e vamos ganhar certamente – iremos nego-ciar com as Juntas e tudo aquilo que seja mais barato, mais eficaz e mais eficiente fazer em proximidade, ob-viamente será delegado.

Relativamente ao paga-mento por parte da CMG ao consórcio para recolha de resíduos sólidos, apro-

vado em outubro, há algo que lhe deixe descontente?

Há duas questões que eu contesto. Primeiro, é a CMG ter hipotecado o futuro du-rante dez anos. Não digo que não tivesse que haver alterações. Não digo que o serviço não vai ser melhor prestado porque, de facto, vai ser já que o serviço de recolha de lixos, neste mo-mento, é uma vergonha em Gondomar. Agora, acho que não se devia ter concessio-nado o concelho todo de uma vez. Deveria-se dividir

em lotes para experimentar primeiro e depois, se fosse uma mais valia e trouxesse de facto benefícios, genera-lizar para o concelho todo. Por outro lado, é uma in-justiça para com algumas juntas de freguesia porque a CMG vai pagar pela limpe-za urbana e varredura mui-to mais pelo mesmo serviço do que pagava às Juntas. No caso de Rio Tinto, até aqui transferia para a Junta apro-

ximadamente 137000€ ano e vai passar a pagar à empresa 470.000€

Num concelho com um dos rios mais poluídos da Europa [rio Tinto] já pen-sou em alguma medida para solucionar esse pro-blema?

Convém não esquecer que durante anos perdeu-se o III QCA e perdeu-se tam-bém o QREN e é necessário ver o que é que o próximo Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020 trará em

relação à requalificação de linhas de água e aos recursos naturais. No início de 2010, depois das graves cheias que mediatizaram a causa do Rio Tinto, conseguimos colocar a Câmara do Porto e de Valongo a dizer “nós queremos requalificar o rio Tinto”. Só Gondomar é que ficou parado. É necessário primeiro despoluir e depois, há medida que vai havendo dinheiro, criar um pequeno percurso ao longo do leito e ligar o Parque Aventura na Lipor ao Pólis, na marginal do Douro. Há também que ter coragem política para acabar com as ligações de sa-neamento ilegais para o rio.

No que diz respeito ao associativismo a CMG não cortou com os atuais apoios às coletividades. Qual é a sua ideia para as associações?

Nós temos obviamen-te que continuar a apoiar o movimento associativo. Nomeadamente aquele que presta um serviço de for-mação desportiva, educa-ção, cultura e social. Agora temos é que diferenciar os critérios por forma a não generalizar. Temos que per-ceber em cada território, em cada sector, o que é que cada associação faz. Muitas vezes, muito mais do que um apoio financeiro é um apoio logís-tico que se pode dar.

Caso não vença as elei-ções, deixa a política?

Esse cenário não se põe, porque sei que vou ganhar. Agora há uma coisa que eu sempre fiz na vida, honrar os compromissos até ao fim e portanto, se hipoteticamen-te esse cenário se colocar, o mandato que me for conferi-do será cumprido até ao fim [como vereador].

Dedicou parte da sua vida a Rio Tinto. Poderá vir a sentir saudades?

Não irei alterar a minha residência. Nasci e sempre vivi em Rio Tinto e portanto terei sempre alguma nostal-gia das funções que agora exerço, mas faz parte da vida.

Ricardo Vieira Caldas

O que penso de...Valentim Loureiro“Deixa uma marca em Gondomar. Podia ter feito muito mais do que o que fez. Foram feitas coisas positivas mas poderiam ter sido feitas muito mais. E acima de tudo, Gondomar podia não estar associada a uma imagem negativa que é a que tem, fruto de todos estes processos.”

José Luís Oliveira“Há uma parte relacionada com a Justiça sobre a qual a mesma é que se pronuncia sobre ele. Sobre o resto, reconheço que é quem manda, quem controla, quem domina a máquina da Câmara.”

Fernando Paulo“Conheço-o há mais de 20 anos do tempo das jotas. Tenho por ele respeito, consideração e amizade. Acho que perdeu muito por durante 20 anos não se ter desvinculado da figura de Valen-tim Loureiro.”

Castro Neves“É um vereador esforçado e dedicado.”

Daniela Himmel“Falei com ela três ou quatro vezes. Não lhe reconheço nenhum trabalho feito pelo concelho. Está no lugar onde está apenas por relação familiar.”

Nuno Fonseca“É um político da minha geração que é meu amigo. Está comigo desde o início. Está neste momento como tesoureiro no execu-tivo da Junta e julgo que terá um papel importante na Junta de Rio Tinto.”

Alfredo Correia“Conheço mal. Reconheço algum valor, alguma dedicação. Já estive no papel dele. Já lhe disse que acho que a estratégia dele não é a correta, no lugar dele faria de outra forma mas reconhe-ço alguma vontade de fazer mais. Acima de tudo reconheço-lhe capacidade de separar a ‘partidarite’.”

Isabel Santos“Foi uma desilusão na política para mim.”

Rui Quelhas“Um riotintense de referência e uma pessoa séria, competente e honesta.”

Pimenta Dias“O eterno líder da CDU em Gondomar.”

Zulmiro Barbosa“Um riotintense de causas e um resistente.”

Rui Nóvoa“É um verdadeiro político de esquerda na postura, combativo, muito preocupado.”

Adérito Machado“Cidadão preocupado, meu amigo, que peca por ser excessiva-mente partidarizado na atuação.”

Nuno Coelho“Grande amigo, um autarca de referência que também terá ainda muitas provas para dar na política e no concelho de Gondomar.”

Pedro Passos Coelho“O coveiro do país.”

António José Seguro“Conheço-o há 18 anos ou mais e é uma pessoa que nunca ab-dicou dos seus princípios, valores e convicções e por isso é que está a fazer o trabalho que faz e dará um futuro bom primeiro ministro do país.”

José Sócrates “Uma pessoa dedicada, de garra e com vontade de fazer mais que perdeu muito por causa de quem estava à volta dele.”

.11Quinta-feira | 22 de Novembro 2012

Nuno Coelho, presidente de Baguim do Monte“É um excelente candidato.”

Fernanda Vieira, presidente de Fânzeres“Penso que o Marco Martins tem todas as possibilida-des de ser vencedor nas próximas eleições em Gondo-mar.”

António Macedo, presidente de S. Cosme (Gondomar)"O Partido Socialista fez uma escolha certa e foi inteli-gente. O que eu não posso dizer é se ele é bom candida-to ou mau candidato."

José Gonçalves, presidente de Valbom“Estarei com Marco Martins desde que Fernando Paulo não seja candidato.”

Page 12: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

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Page 13: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

A edição 2012 da Sema-na Europeia da Prevenção da Produção de Resíduos decorre de 17 e 25 de no-vembro em toda a União Europeia. A iniciativa, no âmbito do território na-cional, é organizada pela Agência Portuguesa de Ambiente e tem a LIPOR como parceira do projeto.

A Câmara Municipal de Gondomar (CMG) candida-tou à Semana de Prevenção um total de sete projetos que incentivam o acesso à infor-mação do cidadão para con-tribuir para a redução dos resíduos gerados, que passa, logicamente, por otimizar as regras de consumo.

No âmbito da SEPPR 2012, a CMG organiza, com a parceria do Pelouro da Ju-ventude e LIPOR, quatro workshops – que visam moti-var e ensinar os participantes para as boas práticas de com-postagem caseira, o aprovei-tamento de sobras na confe-ção de pratos equilibrados e saborosos e a reutilização de

materiais na criação de belos presentes de Natal. Estas ofi-cinas vão decorrer na Biblio-teca Municipal de Gondomar e Casas da Juventude, sendo de acesso gratuito.

Feira de Trocas inserida na Semana Europeia

No dia 17 de novembro, o Auditório Municipal de Gondomar recebeu a “Feira de Trocas”. Durante mais de três horas, o salão foi invadi-do por muitas pessoas que, neste evento “verde”, que-riam trocar produtos.

À entrada, e em função daquilo que cada um levava, era-lhe atribuído um deter-minado “Eco-valor”. Depois, já no espaço da “Feira”, con-vertiam os “vales” em pro-dutos que, individualmente, cada um considerasse (mais) necessário.

Esta “Feira de Trocas” é uma das iniciativas que, em Gondomar, assinala a Sema-na Europeia da Prevenção da Produção de Resíduos. Comemorada em toda a União Europeia até 25 de

novembro, esta iniciativa é organizada pela Agência Portuguesa de Ambiente.

Intitulada “Trocar, para reduzir”, esta Feira traduziu--se numa constante troca de centenas de objetos em segunda mão e que, normal-mente, já não têm uso para o

seu primeiro detentor.Esta Feira é promovida

com a colaboração de alguns Agrupamentos Escolares do Concelho de Gondomar e Associações de Pais, sendo uma excelente oportunidade para, com custos reduzidos, concretizar as suas compras

de Natal.Gondomar recolhe

anualmente cerca de 71 mil toneladas de resíduos.

Durante a Semana Euro-peia da Prevenção da Produ-ção de Resíduos é possível participar em diversas ati-vidades implementadas no

concelho como a “Reutiliza-ção criativa”, de 22 de outu-bro a 27 de novembro, “Não leves lixo para casa”, de 12 a 23 de novembro e participar nos workshops de “sobras requintadas” e “composta-gem caseira, a 22 e 24 de no-vembro, respetivamente.

Realizou-se, nos dias 26 e 27 de outubro, a 7.ª edi-ção do Rali de Gondomar. Luís Mota, ao volante de um Mitsubishi Lancer Evo VII, venceu a prova (que contava para o Open de Ralis) e, com este triunfo, alcançou o títu-lo do Regional Norte.

Numa prova que teve um número recorde de ins-critos, e que chamou muito público a assistir às sete es-peciais, a salientar que a du-pla Luís Mota e Alexandre Ramos repetiu o sucesso de 2011.

Diogo Gago e Jorge Car-

valho sagraram-se, também em Gondomar, Campeões do Desafio Modelstand. Luís Mota, piloto do Cartaxo, repetiu a vitória de 2011 no Rali de Gondomar.

Fazendo dupla com Ale-xandre Ramos, Luís Mota fi-nalizou o Rali de Gondomar

com mais de um minuto de vantagem para o segundo classificado, Nuno Cardoso, enquanto que a terceira po-sição caberia a Luís Bastos. Diogo Gago, ao volante de um Peugeot 206 GTi, ficou no quarto posto, tendo sido o melhor concorrente do Desafio Modelstand.

O Rali Cidade de Gon-domar teve início na sexta--feira, dia 26, com uma Super-Especial noturna. De-pois, já a 27, realizar-se-iam as restantes seis provas (em percursos nas freguesias da Foz do Sousa, Covelo, Me-das e Melres).

O Rali de Gondomar,

prova a contar para o Cam-peonato Open de Ralis, contou com um surpreen-dente número de 45 equi-pas inscritas. A iniciativa, que contou com o apoio da Câmara Municipal de Gon-domar, foi dinamizada pelo GAS (Gondomar Automó-vel Sport).

.13Quinta-feira | 22 de Novembro 2012

Prevenção da produção de resíduos em Gondomar

Luís Mota e Alexandre Ramos vencem rali de Gondomar

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Quinta-feira | 22 de Novembro 201214.

O Centro Paroquial de Baguim do Monte vai aco-lher no dia 9 de dezembro o 14.º Aniversário da Coo-perativa Cultural Arco do Bojo (CCAB). Considerada já como “uma referência no associativismo gondoma-rense” a instituição é res-ponsável por, entre outras coisas, organizar há 13 anos o concurso gastronó-mico de ‘rojões e papas de sarrabulho’.

O Grupo de Música Tra-dicional Arco do Bojo re-monta a 1991 mas foi sete anos depois que surgiu a Cooperativa Cultural Arco do Bojo. Na lista de ativida-des que organiza, a CCAB trouxe o concurso gastronó-mico de ‘rojões e papas de sarrabulho’ – realizado pela altura das Festas de S. Brás – para a freguesia de Baguim do Monte.

Agora – e porque dentro da CCAB existe também há dois anos a Escola de Músi-ca ‘Comcordas’ – a institui-ção decidiu celebrar o seu 14.º aniversário na freguesia onde nasceu e divulgando um pouco de tudo o que se faz na cooperativa.

Com um espetáculo mu-sical a partir das 15h, o gru-po ‘Arco do Bojo’ interpreta-rá alguns temas tradicionais do seu repertório e alguns dos alunos de viola da Esco-la ‘Comcordas’ irão também  mostrar os seus dotes artísti-cos num concerto de entra-da livre no Centro Paroquial de Baguim do Monte.

Na CCAB, o grupo de música tradicional desem-penha um papel de destaque com três CD’s gravados e com o próximo a ser lançado no início do próximo ano. Paulo Araújo, presidente da CCAB e membro do grupo

musical divulgou que este concerto de aniversário vai também servir para o “gru-po apresentar alguns temas do próximo CD” e para a escola apresentar algumas

músicas, com os “alunos a tocarem e cantarem o que aprenderam.”

Outra das iniciativas com sucesso, é a Mostra de Cascatas Sanjoaninas «Ci-

dade de Rio Tinto» que pro-move esta tradição no mês de Junho, por altura dos santos populares.

Para o presidente da CCAB, o objetivo futuro

é “manter as atividades da instituição” e levar “o grupo para a estrada, por esse país fora”.

Ricardo Vieira Caldas

O Rotary Club de Gondomar escolheu Rio Fernandes, docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e Professor Catedrático de Geografia, para ser home-nageado num jantar do clube. A Estalagem Santia-go, em Gondomar, foi o lo-cal escolhido para o jantar ‘Homenagem ao Profissio-nal’ dos Rotários.

Após as intervenções ha-bituais de protocolo para as mais de três dezenas de pes-soas presentes no jantar, o primeiro a discursar foi Ri-cardo Bexiga que, não sendo rotário, saudou a iniciativa. “O José Alberto Rio Fernan-des tem uma característica invulgar em pessoas que, como ele, atingiram aquilo que ele já atingiu na vida - ser Professor Catedrático e um investigador considera-díssimo – que é a humilda-de. E tem também a capaci-dade de intervir socialmente e politicamente. Mas eu que-ria intervir sobretudo para elogiar um gondomarense, que se afirma orgulhosa-mente gondomarense, que deu muito aquilo que é a investigação universitária”,

comentou Ricardo Bexiga.Seguiu-se, Nuno Coelho,

presidente da Junta de Fre-guesia de Baguim do Monte, que também não pertence ao clube e que “sublinhou por baixo” as palavras de Ricar-do Bexiga, explicando que o Rotary Club de Gondomar é “um grande exemplo de democracia” e lembrando um episódio da candidatura de Rio Fernandes à Junta de Freguesia de S. Cosme Gon-domar em 1989.

Após as duas interven-ções, foi a vez de o Rotary Club expor o extenso cur-rículo de Rio Fernandes com óbvio destaque para a Geografia. Docente da Fa-culdade de Letras da Uni-versidade do Porto desde 1981, tirou um mestrado na Universidade de Coimbra em 1985, o doutoramento na Universidade do Porto em 1993 e foi o primeiro licenciado de Geografia da Universidade do Porto a to-mar posse como Professor Catedrático.

“Não sou muito dado à timidez e ao embaraço”, co-meçou o professor, aquan-do da sua intervenção. “Mas confesso que esta homena-gem me enaltece e me esfre-

ga o brilho do meu orgulho e da minha vaidade mas ao mesmo tempo me descon-forta. Sinto-me como um peixe fora de água. É ver-dade que tenho uma vida profissionalmente preen-chida, mas estive a pensar e ocorreu-me que nunca tinha tido um prémio.” De seguida, com a sala em silêncio, disse, “a minha primeira palavra é de um enorme agradecimento ao Rotary Club por se ter lem-brado de mim e por ter en-tendido que o meu desem-penho profissional merece um destaque. É a primeira vez que me acontece uma coisa destas na vida e isso toca-me muito.”

“Isto causa algum des-conforto, mas sabe bem”, disse Rio Fernandes que discursou ainda alguns mi-nutos, terminando com “três notas preocupantes”, na sua opinião. “A universidade portuguesa”, “a geografia” e “a intervenção cívica” que, segundo o seu currículo, resumem um pouco a sua vida.

(Fotografias em facebook.com/jornalvivacidade)Ricardo Vieira Caldas

Arco do Bojo – Cooperativa com 14 anos de história

Rotários homenageiam Rio Fernandes

Sociedade

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Quinta-feira | 22 de Novembro 2012 .15

O Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhado-res da Câmara Municipal de Gondomar (CCD) realizou, no passado dia 10 de novem-bro, no pavilhão Multiusos, um magusto destinado aos seus associados, que contou com a presença de Valentim Loureiro, presidente da edi-lidade gondomarense, que se encontrava acompanhado pelos vereadores Fernando Paulo e Joaquim Castro Ne-ves, bem como de sete repre-sentantes de várias Juntas de Freguesia do concelho.

A iniciativa, a quarta onde todos os participantes estiveram sentados, ao con-trário do que acontecera em magustos efetuados em anos anteriores, nas instalações da ex-Interforma, foi bastan-te participada e contou com animação musical, a cargo do grupo de música ligeira da Banda de Gondomar.

Tal como no ano tran-sacto, o serviço esteve a car-go do responsável da cantina camarária e da sua equipa de colaboradores, que foi ir-repreensível no serviço que efetuou, do inteiro agrado

de todos os presentes.Por ocasião das inter-

venções, Guilherme Cruz, presidente da Direção do CCD, principiou o seu dis-curso referindo que “o CCD tem desenvolvido uma ativi-

dade importante na vertente social, que não seria possível sem a ajuda do Executivo ca-marário”.

Depois do presidente da Direção ter referido que o CCD conta já com mais de

dois mil sócios, Guilher-me Cruz salientou que têm “trabalhado afincadamente para criar mais e melhores condições aos associados”, anunciando, entre outras “a criação de uma sala de estu-

do, que será incluída no pla-no e orçamento para 2013”.

A finalizar a sua inter-venção, depois de ter refe-rido que conta com “uma excelente equipa, muito empenhada, dedicada e dis-ponível”, Guilherme Cruz recordou as próximas inicia-tivas do CCD: espetáculo de patinagem artística no Mul-tiusos [16 de Dezembro]; espetáculo de circo [22 de Dezembro].

Por seu turno, o presi-dente da Câmara manifes-tou a sua satisfação por estar presente naquela iniciativa do CCD, fazendo votos para que os presentes “continuem a ser bons trabalhadores e a prestigiarem a Câmara Mu-nicipal de Gondomar, uma instituição séria, que paga a tempo e horas e que serve de exemplo para muitas autar-quias”.

Francisco Fonseca

Realizou-se, na noite de 17 de novembro, a terceira sessão do encontro “Corais D’Ouro”. A iniciativa, orga-nizada em parceria entre o Grupo Coral Sr. dos Aflitos e o Pelouro da Cultura da

Câmara Municipal de Gon-domar (CMG), prolonga-se até 1 de dezembro. Todos os sábados atuam, no Auditó-rio Municipal, vários grupos corais concelhios. No dia 17 foi a vez do Coral Juvenil do Orfeão de Rio Tinto, do Orfeão de S. Pedro da Cova, do Grupo Coral N.ª Sra. das Mercês e, a finalizar, o Or-feão de Rio Tinto.

Entre 3 de novembro e

1 de dezembro, sempre ao sábado [21h30], realiza--se a 11.ª edição do “Corais D’Ouro”. Nas cinco sessões deste encontro passará, pelo palco do Auditório Munici-pal de Gondomar, um total

de 19 grupos corais.Os espetáculos já deram

a conhecer as sonoridades de “Os Psallitinhos”, Orfeão de Gondomar, Grupo Chama, Grupo Coral Psallite, Coro Infantil do Centro Social de Soutelo, Orfeão da Associa-ção Estrelas de Silveirinhos, Madrigal, Fides – Orfeão de Valbom, Coral Juvenil do Orfeão de Rio Tinto, Orfeão de S. Pedro da Cova, Grupo

Coral N.ª Sra. das Mercês e do Orfeão de Rio Tinto.

No próximo dia 24 de novembro “sobem” a palco o Coral Infantojuvenil Kyrios, o Grupo JoviMaisAlém, o Coral da Ala Nun’Álvares de

Gondomar e, por último, o Kyrios. O derradeiro espetá-culo, agendado para 1 de de-zembro, conta com o Canta-bile, Grupo Coral de Jovim e o BMG Chorus (da Banda Musical de Gondomar).

De realçar que esta ini-ciativa tem vindo, ano após ano, a demonstrar a inegá-vel qualidade dos grupos corais do Concelho de Gon-domar.

A Associação Huma-nitária dos Bombeiros Voluntários de Valbom (AHBVV) comemorou, no passado dia 11 de novem-bro, o seu 85.º aniversário. Em data festiva, além de várias homenagens, a Cor-poração de Valbom empos-sou o novo Comandante e inaugurou uma ambulân-cia de socorro.

No 85.º aniversário, a AHBVV “ofereceu” várias prendas à vasta comitiva que compareceu nas comemo-rações. Logo pela manhã, depois da formatura oficial e receção aos convidados, foi inaugurada a Galeria de

Fotografias da corporação. Seguiu-se a Sessão Solene que integrou a tomada de posse do novo Comandante e, ainda, várias homenagens. Já ao final da manhã, e a an-teceder uma visita às reno-vadas instalações do quartel, foi também inaugurada uma nova ambulância de socorro.

As comemorações, que arrancaram a 3 de outubro, tiveram, de facto, no dia da Sessão Solene, o seu ponto alto. José Fernando Alves foi empossado como novo Comandante. Afirmando--se como “mais um bombei-ro desta equipa forte e soli-dária”, José Fernando Alves

defendeu que o novo ciclo que agora começa terá que ser “produtivo, mas acima de tudo muito responsável”. Quanto à sua postura, as-segurou, não irá ser de um Comandante “mudo, resig-nado ou ausente”.

Das muitas presenças nestas cerimónias, destaque para Alberto Costa, da Au-toridade Nacional de Prote-ção Civil, José Luís Oliveira, vice-presidente da Câmara de Gondomar e responsável pela Proteção Civil, além dos principais responsáveis da Direção, Conselho Fiscal e Assembleia Geral da institui-ção aniversariante.

Multiusos recebeu magusto do CCD

Encontro: 19 grupos corais 85 anos a servir Valbom

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Quinta-feira | 22 de Novembro 2012

Vive em Leça da Pal-meira, estuda Veterinária no Porto e é profissional de Patinagem Artística pela Académica de Gondomar. Paulo Santos tem 22 anos e a sua vida é uma constante gestão de tempo. No dia 12 de outubro, ganhou a me-dalha de bronze na moda-lidade de ‘Solo Dance’, no Campeonato do Mundo Juniores e Seniores de Pa-tinagem Artística, que se realizou em Auckland, na Nova Zelândia. Agora, di-vide a sua rotina em ir às aulas, dar treino aos mais pequenos e treinar para melhorar ainda mais a sua performance.

Na competição, Pau-lo Santos foi construindo ao longo de vários anos de completa entrega à patina-gem artística. 2005 foi deci-sivo na sua carreira – depois de ter ficado em 5.º lugar no Campeonato Nacional de ‘Solo Dance’, Paulo Santos foi convocado pela Federa-ção de Patinagem de Portu-gal para participar na Taça da Europa da modalidade.

Era a sua primeira partici-pação internacional e aca-bou por ficar em primeiro lugar. Depois, foi um somar de sucessivas vitórias. Con-quistou cinco Campeona-tos Nacionais, um “Trofeo Pieris Solo Dance”, venceu por duas vezes o “Open In-ternacional Hettange Solo Dance”, ficou por seis vezes no pódio da Taça da Euro-pa e foi Vice-Campeão do Mundo em 2009. A fase mais recente da sua vida desportiva contou-a ao Vi-vacidade.

“No ano passado tam-bém estive no Campeonato do Mundo [em Brasília, no Brasil] e estava em terceiro lugar, no primeiro dia, e no segundo dia – na dança livre – passei para quarto lugar. Depois deste lugar, decidi-mos repensar o porquê de ter ficado em quarto e não em terceiro. Então este ano, voltei em janeiro com um preparador físico, coreógra-fo e dois treinadores técni-cos mais três internacionais italianos e com um plano bem estruturado de maneira

a conseguir obter o melhor resultado este ano. Treinava – de janeiro a junho – três a quatro horas diárias e agora nesta parte final treinava seis a sete horas diárias”, confes-sou.

A vinda para a Acadé-mica de Gondomar, com as instalações em São Pedro da Cova, não foi por acaso. “Era o clube que na altura achava que tinha melhores condições para ter um atleta de alta competição, que na altura já o era”, disse.

Questionado se estava satisfeito com o 3.º lugar, Paulo Santos respondeu. “Eu penso que ainda se pode melhorar este trabalho. Este ano foi bom mas para mim não é suficiente. Posso me-lhorar à modalidade e ain-da sou muito novo por isso espero conseguir subir mais uns degraus no pódio.”

O próximo Campeonato do Mundo Juniores e Senio-res de Patinagem Artística, em 2013, é em Ontário, no Canadá.

Ricardo Vieira Caldas

O Parque da cidade de Paredes esteve, no dia 28 de outubro, repleto de máqui-nas, pilotos, ação, adrena-lina e, acima de tudo, mi-lhares de espectadores que assistiram ordeiramente a um espetáculo do Campeo-nato Nacional de Trial 4x4 [CNTrial4x4], organiza-do pelo Clube TT Paredes Rota dos Móveis.

As expectativas de Jorge Silva, antes da prova, eram as melhores mas a dupla da Paljet ficou-se pelo 5.º lugar na prova, que lhe confere o 4.º lugar na tabela classifica-

tiva geral.Horas antes da prova,

Jorge Silva ambicionava o “terceiro lugar” mas o motor do Nissan Patrol pregou uma partida à equipa, já que fi-cou ao descoberto, fruto dos problemas mecânicos que os apoquentaram ao longo da prova. “Queremos ganhar porque estamos perto de nossa casa e era uma coisa boa”, comentava previamen-te Jorge Silva, piloto da em-presa riotintense Paljet.

A perda da quarta posi-ção para o campeão nacional foi por um escasso minuto e

meio, enquanto se defendeu bem a sua quinta posição.

O piloto sabia que “o ob-jetivo era difícil” e que esta era uma prova “trabalhosa”. Contudo, tentou aplicar a estratégia que revelou ao Vi-vacidade às portas da prova, “manter-me calmo e saber gerir o carro”. A missão que tinha não foi, no entanto, bem sucedida.

Mesmo com praticamen-te todas as equipas a termina-rem a prova, algumas neces-sitaram de apoio nas boxes fustigadas pelo desgaste do material que teimava em não colaborar e, em algumas cir-cunstâncias, pela dureza da pista e insistência do piloto em ultrapassar o obstáculo.

Nos lugares cimeiros fi-caram Paulo Candeias e Ge-rardo Sampaio e Luís Jorge e Nuno Passos.

A gala de entrega de pré-mios do CNTrial4x4 está agendada para 2 de dezem-bro no restaurante Assador.pt, no Porto.

Ricardo Vieira Caldas

Académica de Gondomar no pódio mundial

CNTrial4x4 – Dupla da Paljet fica-se pela 4ª posição

Sociedade16.

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Quinta-feira | 22 de Novembro 2012 .17

O centenário está cada vez mais perto. 86 anos foi quanto fez o Clube Atlético de Rio Tinto (CART) que celebrou com um jantar e uma sessão solene no dia 7 de novembro. A Churras-queira Central de Rio Tin-to foi pequena para tantos sócios e simpatizantes que quiseram estar presentes numa altura em que o clu-be atravessa algumas mu-danças. Algum orgulho e espírito familiar foi o que se sentiu no jantar de ani-versário organizado pelo CART.

Comida e bebida em abundância e boa disposição foi o que caracterizou o jan-tar de aniversário do Clube Atlético de Rio Tinto. Para o ‘manjar’ foram convida-dos os sócios mais antigos, bem como os membros da direção e da assembleia do clube, o vereador Fernando Paulo da Câmara Munici-pal de Gondomar (CMG), Ernesto Santos, represen-tante da Associação de Fu-tebol do Porto, Correia da Silva, presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Areosa-Rio Tinto, Marco Martins, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Coelho, presidente

da Junta de Freguesia de Baguim do Monte e alguns membros do executivo e as-sembleia das duas Juntas de Freguesia.

Após as entradas e os pratos principais, iniciou--se o período dos discursos, com intervenções de quase

todos os convidados ligados às autarquias locais e à Dire-ção e Assembleia do clube. O discurso talvez mais espe-rado foi o último – de Fer-nando Paulo – com a ânsia dos sócios em receber novi-dades sobre o apoio da Câ-mara à aquisição do tão es-perado campo sintético. As novidades, no entanto, não chegaram tendo o vereador frisado que se vivem “tem-pos difíceis” e tendo contu-do garantido ao CART que a CMG irá manter os apoios ao associativismo. No final, cantaram-se os parabéns ao clube.

O CART celebrou o seu 86.º aniversário no dia 1 de novembro, com um hastear de bandeiras, uma missa por alma dos sócios falecidos, atletas e dirigentes, uma ro-magem ao cemitério de Rio Tinto e com um convívio na atual sede social do clube.

Demissão do presidente e encerramento da sede da estação

O CART tem assistido nas últimas semanas a algu-mas mudanças no que diz respeito aos corpos gerentes e à sede social. O clube não estava contente e o presi-dente Ângelo Campos pe-diu a demissão. “Surgiu uma

má gestão durante quatro ou cinco meses e o passivo do clube aumentou fora do normal.” Foi esta a justifi-cação dada por Luís Silva, atual presidente da Assem-bleia do CART. O membro da Assembleia apercebeu-se de um descontentamento

geral no clube e convocou uma reunião com os corpos gerentes. Quando confron-tado com a situação de des-contentamento no clube, o presidente Ângelo Campos pediu a demissão do cargo de presidente. Por agora, em sua substituição nas funções

de presidente está o vice do executivo, Carlos Silva. Mas as mudanças não ficam por aqui. Em conversa com o Vi-vacidade, Luís Silva explicou que a sede social do clube, localizada na Praça da Esta-ção, já “estava fechada há al-gum tempo”. Em causa esta-va uma licença que caducara

devido a algumas obras que a sede precisava. Sem condi-ções financeiras para assegu-rar essa obra o clube decidiu transferir a sede para Parque Desportivo Fernando Pedro-sa, que, segundo o presidente da Assembleia, “já servia de sede há algum tempo” tam-bém. Para dia 2 de dezem-

bro, às 17h, está marcada uma Assembleia Geral Ex-traordinária no clube, aberta aos sócios, com vista à apro-vação dos novos estatutos e à entrega da chave da antiga sede social, à senhoria.

(Fotografias em facebook.com/jornalvivacidade)Ricardo Vieira Caldas

86 anos de Atlético

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1 – Durante as próximas se-manas os deputados estarão maioritariamente ocupados, nas respectivas comissões, a analisar a proposta do Orça-mento do Estado apresen-tada pelo Governo para de-bate e aprovação. Já se sabe que a maioria PSD/CDS só poderá contar com os seus próprios votos, pois todos os demais deputados repetirão, nas votações da especialida-de, o voto contra que já uti-lizaram aquando da votação na generalidade. O que sig-nifica dizer que, mais coisa menos coisa, a proposta do Governo entrará mesmo em vigor no primeiro dia do próximo ano.Em face do que atrás se diz, já quase todos os portugue-ses sabem o que os espera em matéria de impostos. Com este orçamento, entra em vigor um dos planos de mais dura austeridade de que há memória na história recente do País. O próprio Ministro das Finanças, ao apresentar a proposta aos jornalistas, não hesitou em reconhecer que se trata de

um “enorme aumento de impostos”. Mas não são ape-nas os impostos clássicos que sobem, com especial relevo para o IRS. Sobem muitos outros, de que só aos poucos vamos dando conta, para além de dezenas de ta-xas diretas e indiretas. 2 – É contra este pesadíssi-mo fardo fiscal que as cen-trais sindicais, os partidos da oposição, e um significa-tivo número de instituições e grupos, orgânicos e inor-gânicos, têm vindo a fazer ouvir a sua voz nas ruas, em manifestações ou gre-ves. Na prática, reclamando a demissão do Governo, e a renegociação do acordo celebrado com a troika, acordo esse que tem garan-tido ao País a libertação de sucessivas tranches do em-préstimo de 78 mil milhões de euros que nos foi assegu-rado para que o País possa cumprir as suas obrigações com outros credores e for-necedores.Há quem admita que esta pressão de rua será suficien-te para fazer cair o Governo,

e forçar uma mudança do rumo político, com esta ou com outra maioria. Não é crível que assim seja, a me-nos que o agravamento das condições de vida da gene-ralidade dos portugueses venha a potenciar um de-sespero tal que descambe para actos de violência co-lectiva, de forma insistentes e continuada, o que não é expectável. Por isso, e em alternativa a estes extremis-mos, só mesmo uma estraté-gia concertada das centrais sindicais poderia, em tese, conseguir por vias pacíficas levar o Governo à demissão. 3 – O que se pode, então, esperar no atual cenário po-lítico? Apenas a continua-ção dos protestos, e o des-gaste do Governo perante a opinião pública e a opinião publicada. Tudo o resto de-verá continuar assim, até à primeira avaliação da exe-cução orçamental, no início da Primavera. Se então as previsões do Governo fa-lharem novamente, tudo se pode complicar. Se as previ-sões consagradas no Orça-

mento de 2013 se vierem a confirmar, o ajuste de contas político passará apenas para as eleições autárquicas em Outubro próximo, com ris-cos muito elevados para a maioria PSD/CDS. Enquanto isto, o debate po-lítico dos próximos tempos será recentrado na análise do atual modelo de Estado Social. Querem os portu-gueses beneficiar dos servi-ços que hoje o Estado lhes assegura na saúde, na educa-

ção, na segurança social, na defesa interna e externa, na justiça, nos transportes, etc., etc.? Então só com uma pe-sadíssima carga fiscal. Acei-tam os portugueses cortes nestas prestações e serviços? Então estamos perante um novo modelo político, com um Estado menos assisten-cialista, e uma sociedade mais individualista. Todas as outras alternativas serão um sonho lindo, e pouco mais…

Uma das medidas, com a qual eu concordaria, que falta ao nosso governo to-mar, será a obrigatorieda-de de uma inspeção anual obrigatória à sua condição física. A qual, em caso de incumprimento seria alvo de uma coima bastante ele-vada.Poderão julgar que é uma brincadeira da minha parte, mas falo muito a sério. Infelizmente, a grande maioria das pessoas, esque-cem que têm de cuidar de si e isso vai muito além das idas ao cabeleireiro, com-prar roupas novas e arran-jar as unhas …O nosso corpo, como um todo, necessita de cuidados diários. Desde que inventaram as Licras, um grande aliado da silhueta foi criado, princi-palmente para as mulheres. Que muito embora possam estar com excesso de peso

e totalmente flácidas, co-locam umas calças de licra bem apertadinhas, um top e parece que perdem instan-taneamente 15 quilos.Os homens, como têm ver-gonha de aparecer em pú-blico com calças de licra ou cintas para disfarçar as barrigas XXL. Usam-nas na mesma, mas por cima vestem uma T-shirt Larga e usam umas calças de fato de treino, para que ninguém possa ver o truque de ilu-sionismo. O problema é quando tiram as roupas e a realidade é re-velada !A idade passa, e o tempo com a sua implacável for-ma de nos revelar as ver-dades, muitas vezes envia--nos mensagens, umas mais suaves outras fulminantes e só nessa altura, e quando a doença nos bate à porta, é que nos lembramos que temos um corpo, o qual ne-

cessita que tratem dele.Poderá eventualmente vir a existir um tempo, em que nos bastará ir a uma loja e trocar peças defeituosas ou gastas … um fígado, uma articulação, mudar de pele, colocar uns olhos novos, usar uns músculos mais fortes … no entanto, e en-quanto não chegamos a esse ponto, lembrem-se que o nosso organismo necessita de exercício físico, para po-der estar em harmonia. As-sim como leva o seu carro a um mecânico, esteja com atenção ao seu corpo e à sua saúde, não espere que algo comece a falhar, para só de-pois corrigir o problema … muitas vezes é irreversível !Inicie o mais rápido pos-sível uma atividade física e peça aconselhamento a profissionais devidamente credenciados.

Bons treinos.

Opinião

Posto de Vigia

Manuel TeixeiraJornalista e Professor Universitário

Crónica Musculação

João CarvalhoPersonal Trainer (Spiritus Fitness Concepts)

Futuro do Estado Social colocapartidos entre a espada e a parede

"Inspeção periódica ao seu veículo"

Quinta-feira | 22 de Novembro 201218.

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Quinta-feira | 22 de Novembro 2012 .19

O sistema nacional de saú-de, é uma conquista do 25 de Abril, que orgulha os seus utentes e os profissio-nais que nele prestam ou prestaram serviço. Só que alguém nos enganou ao longo do tempo, querendo nos convencer que “saú-de é de borla”... As dívidas do mesmo foram crescen-do largamente ao longo do tempo, não só porque quem as fez deixou o pro-blema para ser resolvidos pelas gerações do futuro, posição aliás muito cómoda e hipócrita, porque a saúde é cada vez mais exigente e sofisticada em meios téc-nicos e logo mais cara, mas também devido ao enve-lhecimento da população, entre outros fatores. Como resposta a tutela reage au-mentando o valor das taxas moderadoras, que numa urgência podem chegar aos 50€, logo, num valor que já não é simbólico e mui-to menos de moderação. Resta então aos doentes re-

correrem ao sector privado da saúde, que todos os dias vão aumentando os seus serviços, não só em nú-mero quer em qualidade e humanização, tentando dar algo que o sistema publico não dê, ou pelo menos terá cada vez mais dificuldade em fornecer.E então não existirá outra alternativa? Claro que existe, e passa pe-las associações Mutualistas, cuja atividade é muito im-portante em países como Espanha e principalmente em França, que o digam os nossos emigrantes. Não te-mos é tradição em Portugal, mas se funciona com os ou-tros certamente funcionará entre nós. Será certamente uma alternativa, equilíbrio entre o privado e o publico, que pode ser uma solução muito eficaz para a maio-ria das pessoas, mesmos os que tem maiores dificulda-des económicas. Existem perspectivas de algumas associações Mutualistas

evoluírem para criarem es-truturas de apoio à sua saú-de com criação de clinicas e até hospitais com fins sociais, com um verdadei-ro espírito mutualista, em que conjuntos de cidadãos se empenhem em resolver um problema que outros insistem que deve ser o Es-tado, numa atitude hipócri-ta e até conformista. Meus caros amigos, temos de ter um espírito de cidadania e trabalhar de uma forma eficaz e verdadeira para o bem comum, mas de forma realista e não idealista ou de filosofias baratas, desses estamos fartos...Bem hajam os que estão a trabalhar e a caminhar neste sentido, no desenvol-vimento do mutualismo, reforçando o papel destas Associações nos locais onde se inserem, certamente em breve esse trabalho e empe-nho dará frutos com claros benefícios para as pessoas.

Até breve....

Nos finais do último man-dato autárquico, há cerca de quatro anos, os gondo-marenses foram animados por debates em torno de um projeto de criação de transportes urbanos inter-nos, ligando algumas zonas do concelho teoricamen-te carenciadas de carreiras inexistentes e tidas como necessárias. Uma ideia pere-grina, alimentada por diver-sos políticos locais e outras personalidades da socieda-de civil. Praticamente em cima das eleições, a Câmara de Gon-domar sacou da cartola um acordo com a Gondomaren-se, segundo o qual, no atual mandato seriam criadas no-vas linhas entre pontos onde até então não existiam cir-cuitos diretos.Por esse acordo, o Muni-cípio assegurou à empresa transportadora uma com-pensação de 150 mil eu-ros por ano. O acordo está prestes a completar dois anos, e foi agora denuncia-do pelo Município, acaban-do assim aquelas linhas a

partir do final do corrente ano. A razão apresentada para pôr fim ao contrato é simples: aquelas carreiras não têm procura suficiente que justifique a sua conti-nuidade.Ao tempo o “Bisturi” mani-festou-se neste mesmo es-paço, considerando a ideia destituída de qualquer sen-tido, puramente demagógi-ca, porque todos os estudos da STCP diziam que não ha-

via movimento ou procura por parte da população que justificasse a criação de tal linha. Logo, o acordo que o Município viria a fazer com a transportadora estava con-denado a ser um injustifica-do sorvedouro de dinheiros públicos.Felizmente que não chegou a ir em frente a ideia, então tornada pública como hipó-tese, de ser a própria Junta de Freguesia de Rio Tinto a

adquirir um autocarro e ex-plorar directamente aquela carreira. O “Bisturi” alertou então que se tal acontecesse não tardaria a concluir-se que esse projeto estava con-denado ao fracasso, e seria um buraco financeiro. A linha não foi assumida pela Junta, mas foi-o pela Câma-ra, por razões exclusivamen-te eleitorais…Este triste caso, que comeu aos cofres públicos pelo me-

nos 300 mil euros, morre, enfim, como se esperava. E vem demonstrar que a lu-cidez escasseia sempre que o espírito dos decisores po-líticos é inundado por ver-tigens eleitoralistas. O pior é que quem paga é sempre o povo; direta ou indireta-mente, porque os dinheiros públicos não nascem nem crescem como os nabos no nabal…

O Mutualismo e os cuidados de saúde

A miragem dos transportes em Rio Tinto

Viva Saúde

Paulo AmadoMédico Especialista em Or-topedia e Traumatologia

Mestre em Medicina Des-portiva

Coordenador de Ortopedia do Instituto CUF

Docente da Universidade Fernando Pessoa

BisturiHenrique Villalva

Page 20: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

Salão dedicado aos sénioresPela primeira vez em Portugal, nos próximos dias 30 de Novembro, 1 e 2 de Dezembro surgirá, na Exponor, um conceito inovador: o salão Expo Idade do Saber. Este é o primeiro salão dedicado exclusivamente aos seniores, no âmbito da Saúde, Turismo e Bem-Estar. Direccionado clara- mente para o público 50+, este salão, além de uma ampla oferta de produ- tos e serviços, onde poderá fazer compras e usufruir de descontos, terá também um amplo programa com palestras, e s p e c t á c u l o s , w o r k s h o p s , degustações e rastreios, todos eles inteiramente grátis para os visitantes. Além disso, o salão contempla também uma vertente solidária. Denominada por Banco dos Afectos, apoiando nesta edição a Associação Nacional de Combate à Pobreza, este conceito visa ajudar aqueles que mais necessitam: uma contribuição para aqueles que nada têm, depositando nos dias do evento os afectos que eles mais precisam. Uma forma de passar um dia especial com família, �lhos e netos, num local único de experimentação e interactividade, onde os principais inter-esses deste público estarão reunidos num só local.

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DEBOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA AREOSA – RIO TINTO

FUNDADA EM 12/09/1922INSTITUIÇÃO DE UTLIDADE PÚBLICA

ASSEMBLEIA -GERAL ORDINÁRIA

CONVOCATÓRIA

Ao abrigo do artigo 35º alínea h) e dando cumprimento à alínea b) do nº 2 do artigo 39º, dos Estatutos, convocam-se os Associados da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Areosa – Rio Tinto, no pleno uso dos seus direitos, para uma Assembleia-Geral Ordinária, que terá lugar no próximo dia 29-11-2012, pelas 21h15m, na Rua dos Marques, Rio Tinto, com a seguinte ordem de trabalhos:

ORDEM DE TRABALHOS:

1º - Analisar, discutir e votar Plano e Orçamento para o ano de 2013, bem como o Parecer do Concelho Fiscal.2º - Informações.

Rio Tinto, 09 de Novembro de 2012

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

(Amadeu José Branquinho Mota)

Nota : A Assembleia-geral, reunirá à hora marcada na convocatória se estiverem presentes mais de metade dos Associados com direito a voto.Se, à hora marcada para a Assembleia-geral, não se veri�car o número mínimo de presenças previstas no parágrafo anterior a Assembleia-geral reunirá em 2ª convocatória, 30 MINUTOS depois, com qualquer número de Associados

Page 21: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

Informação de Rio Tinto e Baguim do MonteVIVA CIDADE

Page 22: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

Quinta-feira | 22 de Novembro 201222.

Empresas & Negócios

Qualidade, segurança e Conforto são os adjetivos que melhor caracterizam as clínicas dentárias Oralklass. A Oralklass Gondomar, em Rio Tinto, é desde 5 de no-vembro, o mais recente es-paço de cuidados de saúde oral desta empresa.

Situada no número 173 da Avenida Prof. Aníbal Ca-vaco Silva – junto à estação do metro da Venda Nova - a Oralklass Gondomar possui instalações “amplas, mo-dernas e devidamente equi-padas com instrumentos de última geração.”

Com prática clínica em ortodontia, implantologia e reabilitação oral o Dr. David Morais faz parte da equipa de médicos da Oralklass e vê a “inovação” como um dos principais objetivos da clí-nica. O nascimento da nova clínica, em Rio Tinto, foi a forma encontrada de estar mais próximo dos seus pa-cientes.

Aliada à boa localização, a Oralklass tem disponível toda a tecnologia de ponta existente no mercado para melhor servir os clientes. Além disso consideram um dos seus trunfos o corpo clí-nico que após provas dadas de sucesso nas clínicas do Porto e Valongo irá também estar presente na Oralklass Gondomar. “Não é nossa pretensão ser uma clínica ‘low-cost’. A nossa aposta é na qualidade e segurança dos nossos serviços, mate-riais utilizados e na quali-ficação dos nossos profis-sionais”, refere o Dr. David Morais.

O médico dentista men-ciona também o conceito de “Soluções Num só Dia” que consiste em realizar o máxi-mo de tratamentos possíveis num só dia ou no caso dos implantes dentários a colo-cação de dentes no mesmo dia da cirurgia. Isso atrai

muitos pacientes (inclusiva-mente de fora do país), que não têm disponibilidade para várias visitas à clinica conseguindo assim realizar os tratamentos de forma rá-pida e eficaz.

A Oralklass disponibiliza serviços tais como: reabilita-ção oral, medicina dentária

(endodontia, periodontolo-gia, cirurgia e dentisteria), branqueamentos e ortodon-tia invisível (método clini-camente testado que corrige a posição dos dentes através de alinhadores transparen-tes e removíveis, sem ser necessário utilizar aparelhos metálicos), próteses removí-

veis (acrílicas, esqueléticas e combinadas) e fixas, implan-tes dentários, aparelhos de correção (fixos e removíveis) e odontopediatria.

Para eliminar o “medo de ir ao dentista” dos mais pequenos

A Oralklass criou há dois

anos a Oralkids, vertente da empresa que se dedica à odontopediatria (cuidados de saúde oral para crianças) proporciona aos mais pe-quenos uma ida ao dentista mais divertida. Para além da dedicação dos médicos den-tistas com formação espe-cifica em odontopediatria, toda a envolvência é propí-cia ao bem estar dos mais pequenos – consultórios coloridos e instrumentos camuflados aliado a uma pa-nóplia de jogos e brincadei-ras. O ambiente em si acaba por cativá-las”, explica Dr. David Morais. A Oralklass junta a este conceito a sua mascote, o Joka.

(Fotografias em www.vivaci-dade.org)

Oralklass – dentes saudáveis com inovação e qualidade

• Campanhas promocionais e passatempos nas redes sociaisA Oralklass organizou em Maio mais uma campanha nas redes sociais intitulada de ‘Oralklass preciso de aju-da’ na qual ofereciam, através de um passatempo, um tratamento dentário. Para o início do próximo ano, a clínica já garantiu ao Vivacidade, a elaboração de um novo passatempo na sua página oficial do Facebook (https://www.facebook.com/OralKlass.OralKids).Na foto vemos a vencedora do concurso acompanhada com a mãe e parte da equipa Oralklass e o Joka.Em baixo fotografia do antes e depois do tratamento num só dia.

• Primeira consulta de check-up gratuita

• Facilidades de pagamento até 36 meses

• Acordos com a Oralklass SSCGD – C. G. Depósitos SAMS – Quadros Advancecare Saúde Prime entre outros

• Contactos:

Oralklass GondomarAv. Prof. Aníbal Cavaco Silva, nº 1734435-600 Rio TintoT: +351 224 805 847 / +351 934 195 808E-mail: [email protected]

Oralklass PortoRua Sta Catarina, nº 6354000-272 PortoT: +351 222 087 410 / M: +351 918 408 770E-mail: [email protected]

Oralklass ValongoRua Padre António Lino de Sousa Vale nº1604440-682 ValongoT: +351 220 161 447 / M: +351 934 195 812E-mail: [email protected]• www.oralklass.pt

Page 23: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

‘Personalização’ é a palavra de ordem no Atelier Susana de Castro, em Rio Tinto, que agora chega aos olhos dos franceses. Numa casa onde se “prima pela qualidade”, Susana de Castro, a proprie-tária e estilista que dá nome ao atelier, prefere produzir as suas confecções e criações em “pequenas quantidades” num serviço único para

cada cliente. Em funcionamento desde 2006 e com marca registada desde 2008, o nome de Su-sana de Castro já não é indi-ferente no mundo da moda. Desde o inicio, as colabora-ções com nomes da moda como José António Tenente, Nuno Baltazar e Escola de moda MODATEX, em apoio ao jovens finalistas de curso

de designer onde expuseram os seus trabalhos nos palcos do Portugal Fashion e na pra-ça da alegria no passado dia 1 de Novembro, entre outros espaços, aliados à vasta car-teira de clientes e ao crescente sucesso, fizeram com que o atelier assumisse um desen-volvimento constante. “Este ano notou-se um desenvolvi-mento favorável e esta última coleção Outono/Inverno que fizemos, apresentamos em França para publicitar, divul-gar e cativar o público Gaulês. explica a estilista Susana de Castro que acrescenta que “o primeiro feedback foi bom.”A internacionalização da marca é só uma das mudanças registadas nos últimos meses. “Temos criado coleções mais regulares. Inicialmente criá-vamos uma coleção por ano, agora estamos com duas. Uma de Primavera/Verão, outra de Outono/Inverno. Sendo a de inverno mais de prêt-à-porter [pronto a vestir] e de verão mais de cerimónia”, diz.

A empresa de Susana de Castro trabalha com peque-nas, médias e grandes em-presas nacionais e clientes habituais do atelier. Habituais mas também muito específicos, na ótica da pro-prietária do atelier. “Temos clientes fixos. São clientes que quando querem uma peça diferente - porque têm uma festa ou mesmo para usar no dia a dia - recorrem ao nosso atelier.” Susana de Castro diz ainda que não há “uma ten-dência” no tipo de confecções escolhidas pelos simpatizan-tes do atelier. “A pessoa vem com uma ideia e chega aqui e tem uma diversidade de pro-dutos”, refere. Contudo, na época atual, Susana de Castro nota “que as pessoas querem ser dife-rentes” e que ,apesar de não existir uma tendência, os clientes recorrem à confec-ção por medida nos mais di-versos artigos. Em qualquer dos casos, no Atelier Susana de Castro existirá sempre um

“atendimento diferenciado e personalizado, a prova está na qualidade da confeção e vá-rios tipos de “acabamentos” e “matérias primas” à escolha.Num futuro próximo, a casa de moda localizada na ave-nida Dr. Domingos Gonçal-ves de Sá, número 434, loja 15, no Edifício Rio Tinto, pretende produzir “coleções de homem” já que atualmen-te neste campo apenas o faz por pedido deste pequeno leque de cliente. Não só as senhoras mas também os ca-valheiros cada vez mais gos-

tam de se personalizar. A Marca Susana de Castro que se iniciou apenas com a moda feminina começa a dar cartas no masculino.Também para breve, Susa-na de Castro pondera par-ticipar no “Exponoivos”, na EXPONOR, já que no ano passado a 1ª e 2ª Feira de Casamentos organizada no Centro Comercial Dolce Vita Porto foi um “sucesso” e deu “algum destaque” à mar-ca Susana de Castro.

(Fotografias em www.vivaci-dade.org)

.23Quinta-feira | 22 de Novembro 2012

Atelier de Rio Tinto já está em França

Câmara�Municipal�de�Gondomar

LS

oja

ocial

SERVIÇOS

Programa�Dá�-�Direto�Apoio�a�Famílias�Carenciadas

Clube “Idade�Mais”

Gabinete�de�Ação�Social

Gabinete�de�Atendimento�e�Orientação�Psicológica

Gabinete�de�Inserção�Profissional�(GIP)

Espaço “Ser�Mãe”

Espaço “Ser�Família”

Gabinete “Visitadoras�Domiciliárias”

Gabinete�da�Igualdade

Gabinete�da�Saúde

Banco�Local�de�Voluntariado

Rua�5�de�Outubro,�220���4420-086�GondomarTelef.:�224�663�980�|�Fax:�224�663�984E-mail:�[email protected]

Segunda a sexta-feira:09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30

Pelouro�da�Ação�Social�e�Saúde

Inaugurada�em�12.05.2011

Atelier Susana de Castro

Page 24: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

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Page 25: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

Os Lares de Infância e Juventu-de (LIJ) são equipamentos sociais que se destinam ao acolhimento de crianças e jovens em perigo, consi-derando-se que se encontram nessa situação quando, estão abandonadas ou vivem entregues a si próprias, sofrem de maus tratos físicos ou psíquicos ou são vítimas de abusos sexuais.O acolhimento institucional destas crianças e jovens em perigo é uma das medidas de promoção e prote-ção, previstas ordenamento jurídico de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, que visa afastá-las do perigo em que se encontram, colocando-

-as ao cuidado de uma entidade que disponha de instalações e de equipa técnica adequadas à satisfação das necessidades das crianças e jovens em acolhimento, proporcionando--lhes condições que permitam a sua educação, bem-estar e desenvolvi-mento integral.Esta resposta social, acolhe crianças e jovens em situação de perigo com idade até aos 18 anos, podendo a tí-tulo de excecionalidade ir até ao 21 anos e que terá sempre uma dura-ção superior a seis meses.Uma outra resposta social, neste âmbito, são os Centros de Acolhi-mento Temporário ( CAT) que têm

por finalidade o acolhimento de crianças e Jovens em perigo, com idades compreendidas entre os 0 e os 18 anos, procurando responder às atuais necessidades postas pela temática das crianças e famílias em situação de risco, devendo carac-terizar-se, fundamentalmente, por garantir o acolhimento imediato e absolutamente transitório de crian-ças em situações de urgência, de-correntes de abandono, maus tratos, negligência ou outros fatores.O Governo, através do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, assinou, recentemente, um protocolo com a União das Misericórdias Por-

tuguesas, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade e a União das Mutualidades Portugue-sas visando reforçar o apoio aos lares de Infância e Juventude e aos Cen-tros de Acolhimento Temporário. Neste protocolo há um aumento de 1,3% da comparticipação finan-ceira da segurança social. No biénio 2012-2013 o aumento é de 2,6%, ou seja, mais 30 milhões de euros. Atualização gradual da compartici-pação financeira da segurança social para as estruturas de acolhimento que tinham um valor mínimo 475€ por utente, vai passar para 700€ (esta implementação será feita de forma

gradual até 2014, sendo imediata para os LIJ SERE + e 14 CATs), ha-vendo um aumento de compartici-pação de pelo menos 48%.É de realçar que, o Ministério neste protocolo não só visa o estabele-cimento de uma comparticipação mínima para as estruturas, mas também a implementação de pro-jetos-piloto, de um novo modelo de funcionamento para os Lares de In-fância e Juventude, como unidades especializadas, de modo a permitir um aumento na qualidade da res-posta e favorecer uma lógica de de-sinstitucionalização destas crianças e jovens.

A manifestação do dia 14 de Novembro, foi muito para além daquilo que estamos habitua-dos a ver em Portugal. Ou pelo menos, muito para além do que pode ser considerado aceitável, num Estado de direito democrá-tico, como é aquele em que nós vivemos. O direito de organizar, convocar ou participar numa manifestação, seja ela qual for, não está em causa. Como tam-bém não está em causa, a liber-dade nem a legitimidade, desse mesmo exercício, nomeadamen-te em locais com a simbologia

da Assembleia da República, a chamada “casa da democracia”. Porém, os lamentáveis episódios a que assistimos naquele fim de tarde, em frente à escadaria do Parlamento, não constituem, no meu entender, o retrato mais fiel e fidedigno daquilo que é o sentimento, modo de estar ou de agir dos portugueses, que verda-deiramente sentem as limitações que este difícil momento nos impõe, no nosso país. Da total legitimidade da manifestação da CGTP, passou-se em poucos instantes para uma condenável

atitude e postura por parte de um determinado “grupo”, que estava organizado numa lógica de actuação digna de autênticos vândalos desenfreados. Ao logo de mais de uma hora, os limites foram testados e o corpo de in-tervenção da PSP, ia resistindo estoicamente àquilo que todos pudemos ver pela televisão. De-pois de avisados, por mais que uma vez, por parte da polícia, os manifestantes dispersaram em consequência da “carga” policial que se seguiu. Depois...depois foi ver montras partidas, carros des-

truídos, ruas e lojas vandaliza-das, caixotes do lixo a arder...um rasto de destruição que não hon-ra o sentimento de angústia que muitas famílias portuguesas hoje vivem e sentem. Não é isso que os representa. Não é certamen-te esta anarquia inconsequente, que vira forças policiais contra cidadãos, ou cidadãos contra forças policiais, num episódio em o feitiço pareceu virar-se contra o feiticeiro... Este tipo de “manifs” não defende ninguém, não protege a democracia e pode efectivamente pôr em causa a

verdadeira liberdade. Aliás, deve levar-nos a fazer um exercício de reflexão sobre a melhor forma de exercermos a cidadania, num país democrático como é Portu-gal. Fica a minha homenagem ao comportamento exemplar da parte da polícia, que naque-le, como em tantos outros dias, protege de forma anónima e discreta o Estado de Direito De-mocrático, em que todos que-remos continuar a viver..É que há manifs...e manifs...e a minha liberdade termina onde começa a dos outros.

Ainda o orçamento do Estado para 2013 não foi aprovado e o Governo já vem dizer que irá fa-lhar. Nada mais justifica que para lá de todos os cortes em serviços públicos e todo o assalto fiscal, se anuncie já um corte de mais 4 mil milhões de euros na educação, na saúde, na segurança social.Depois de aumentar os impos-tos até à ao nível do confisco, o governo não os pretende reduzir arrasando o direito à saúde ou à proteção social. Não. A solução da direita é menos Estado e mais impostos, menos democracia

para mais sacrifícios, trabalha-dores mais pobres para um país mais desigual.Sejamos claros. Diminuir o acesso aos serviços públicos e aumentar os seus custos é uma nova forma de aumentar os impostos, mesmo quando já pensávamos que isso era impensável. Pior: na falta de oferta pública, ou com ou aumen-to do seu custo, quem puder terá de pagar aos privados; quem não puder, simplesmente perderá o acesso a cuidados essenciais. Se os custos da educação ou saúde pú-blica aumentam, os mais pobres

não têm outra opção. Haverá boas escolas privadas e boas escolas públicas, mas só as públicas não têm a entrada con-dicionada a quem pode pagar ou tem o apelido certo. Haverá bons hospitais privados e públi-cos, mas só o Serviço Nacional de Saúde garante que todos e todas têm direito aos melhores cui-dados médicos sem olhar à sua carteira. É na escola pública e na saúde pública que está a proteção da vida das pessoas.Bem sei que o governo alega que não há outra possibilidade senão

privatizar o que é de todos. Mas, se não há outra possibilidade, por-que é que não foram às eleições a propor privatizar tudo o que já estava previsto no PEC4 e no memorando com a troika e ainda acrescentar mais 4 mil milhões de euros dos serviços essenciais? Entendamo-nos bem. Não, não foram os serviços públicos e as prestações sociais que nos con-duziram a esta crise. Pelo contrá-rio. É o Estado Social que garante democracia, que garante respeito, dignidade. O serviço público é a própria base e o cimento da de-

mocracia real. Da mesma forma que não aceitamos a democracia pela metade, não aceitamos um país em que o governo e os seus amigos decidem quem é que tem direito à educação ou saúde. Onde o mercado discrimina, o servi-ço público protege e torna todos iguais. Onde a ganância explora, o serviço de saúde, a escola pública ou a segurança social pública fa-zem a diferença da democracia.O que o Governo quer não é “re-fundar”; é sim afundar o Estado Social. E é por isso que tem de ser demitido.

Sei que os leitores do Vivacidade esperam que, como é hábito, fale de política. E, como diz o povo, have-ria “pano para mangas”. A greve ge-ral, a austeridade, o orçamento que será apresentado a votação final global nos próximos dias, os desa-catos e a intervenção policial junto à Assembleia da República, a extin-ção de freguesias, a visita da Senho-ra Merkel, tudo temas políticos que enchem páginas de jornais e nos entram pela casa dentro através dos ecrãs de televisão. Mas tenho que vos pedir desculpa, estou cansada desses assuntos e, por isso, peço--vos licença para falar dessa coisa a que bem ou mal chamamos vida. Hoje, dia 18 de Novembro, Manuel

António Pina faria 69 anos e uma série de eventos assinalam esta data, numa homenagem após o seu recente desaparecimento.No dia em que Manuel António Pina partiu escrevi, no Facebook, esse sítio mal frequentado que teimo em visitar, que todas as pa-lavras tinham ficado mudas e o Porto (dentro e fora da grande mu-ralha da Circunvalação) tinha fica-do mais cinzento.Tinha-se abatido um silêncio en-surdecedor sobre todos aqueles que ao longo dos anos se habituaram a vê-lo pela cidade e a ler a sua poe-sia e as suas crónicas. A “ira divina”, uma “vontade superior”, ou o que quer que lhe costumemos ou quei-

ramos chamar, eu prefiro chamar--lhe a vida, tinha-nos levado o cida-dão inquieto, o poeta, o jornalista.Manuel António Pina tinha um sentido único da palavra, da sua cadência, do seu sentido.Mas não era apenas um artífice da palavra, era também, acima de tudo, um homem de palavra. Cada palavra escrita por ele ganhava um peso próprio que lhe era conferido pelo caráter de quem a escrevia.Analista exímio, cidadão em toda a plenitude, jamais se demitiu de in-tervir, de interpelar e de se indignar. Não cedia ao politicamente correto ou a facilitismos. Tinha a solidez e a sobriedade do granito que marca a paisagem do Porto, aliadas àquele

calor dos afectos que caracteriza a vivência da cidade. Quem o quisesse ver sabia bem onde o encontrar. Ano após ano, mês após mês, dia após dia, lá o encontrávamos à hora de sempre, no local de sempre, com os amigos de sempre. Num tempo dominado pelos números, em que o discurso se encontra capturado pelo défice e pelos milhões, Manuel António Pina foi um resistente. Persistiu em falar-nos da política, da cidade, do país, do mundo, dos homens e das mulheres. Persistiu em falar-nos da vida, essa danada que persiste em fazer falhar previsões baseadas em grandes modelos teóricos.Só alguém com a poesia a correr--lhe nas veias daquela maneira con-

seguiria resistir assim. Conseguiria falar da vida como ele falou.Partiu quando ainda precisávamos dele. Atrevo-me mesmo a dizer que isso aconteceu quando mais preci-sávamos dele. Num tempo tão árido como este, precisamos de gente assim, com caráter, capaz de se envolver, de se indignar, de se apaixonar, de se questionar e de nos questionar, de escrever palavras duras sem perder o sentido de humor, de recusar ceder.Precisamos de gente capaz de recu-sar todos os dias a santidade, mas que jamais recuse a poesia.Precisamos de safanões com poesia dentro. Obrigada, Manuel António Pina!

Margarida AlmeidaPSD

Reforçado o apoio aos LIJs e CATs

Refundar ou afundar?

Falar da vida

Há manifs... e manifs!

Vera RodriguesCDS

Catarina MartinsBE

Isabel SantosPS

Quinta-feira | 22 de Novembro 2012 .25

Política Vozes da Assembleia da República

Page 26: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

Portugal foi o 3º país da OCDE, depois da Grécia e da Espanha, que mais destruiu empregos no 2º trimestre deste ano. É verda-de que nós não temos nenhum Ministério do Desemprego e, pelo menos do ponto de vista formal, até temos um Ministério do Emprego, ainda que isso pas-se despercebido. De qualquer forma, interessava conhecer que medidas tem tomado o Gover-no com vista a travar este flagelo social que não pára de crescer, assim como interessava saber de que forma é que a decisão do Governo em despedir uns bons milhares de funcionários da Administração, se integra no combate ao desemprego. Por

outro lado, quando este Gover-no fala em cortar na despesa, é exactamente o mesmo que di-zer cortar nas políticas sociais porque, para este Governo, as gorduras do Estado estão nos doentes e nos alunos, estão nas políticas sociais. O Governo continua sem querer ver as ver-dadeiras gorduras do Estado. Ao mesmo tempo que corta nas políticas sociais, avança com o processo de privatização de di-versas empresas públicas, que está a ser acompanhado, na fase preparatória, por diversas en-tidades onde se incluem, entre outros, escritórios de advoga-dos. E agora importava pergun-tar: mas isto é absolutamente

necessário? O Estado não tem especialistas nos vários serviços que façam esse trabalho? Con-cretamente, qual é o objeto do trabalho dessas consultadorias, servem para quê? Qual o mon-tante global envolvido nessas consultadorias? Que custos re-presentam para o Estado? Aqui não há gorduras? E, por falar em privatizações, vejamos o que se está a preparar para a ANA. Um verdadeiro truque. O Governo quer concessionar à ANA um serviço público... que a ANA já faz. E esta opção vai implicar um endividamento da ANA junto da banca, porque a ANA vai pagar antecipadamente ao Estado a concessão de um ser-

viço público... que já faz. De fac-to, parece confuso. Parece um golpe de malabarismo. Trocado por miúdos, e em termos prá-ticos, o Governo pretente usar a ANA para obter empréstimo, para se autofinanciar. O Estado autofinancia-se através da ANA para ir buscar dinheiro a qual-quer preço. E qual é o preço? Es-

tamos mesmo a ver, vamos ter uma Empresa Pública com um passivo a que acrescem os ju-ros bancários decorrentes desta operação, com risco da eventual privatização ocorrer ao preço da chuva. Importava assim saber, para além da banca, quem mais fica a ganhar com esta brilhante operação, com este truque?

Em tempos de dificuldades é comum ouvir-se dizer que a Arte ou a Cultura “não dão de comer” ao povo. Também é verdade! No entanto, não será a Cultura de um povo, o conhe-cimento da sua ancestralidade, o rever-se na sua História pas-sada recente, um caminho para enfrentar os desafios da atuali-dade? Rio Tinto, uma terra secular, com uma Cultura e Identidade próprias, precisa que a ajudem a desenvolver-se pois, como Hermet, 1999, referiu: “A Cul-tura atua como fermento do desenvolvimento, pois é ela que gera e transmite os valores de geração em geração, tornando necessário conhecer a realidade

cultural de um grupo social lo-cal em profundidade, porque é a Identidade Cultural que rege a permanente evolução dos sentimentos e das maneiras de perceber as coisas, que carate-rizam todas as comunidades num dado momento.”Neste pressuposto, Rio Tin-to precisa criar um sentido de Cultura Identitária forte nos seus jovens para que se ponha a cidade a “mexer”, para que as estruturas existentes possam ser dinamizadas, para que os riotintenses possam Crescer com “a prata da casa”, para que o sentido de pertença à sua ci-dade se desenvolva e se adense. Como exemplo de uma marca riotintense refiro os maravi-

lhosos azulejos da Estação do Caminho de Ferro, preservem--nos por favor! Eles pertencem--nos! Os marcos fronteiriços em pedra precisam também que olhem para eles, não os percam de vista!Assim, não terá Rio Tinto que lutar pelo não encerramento do Centro Cultural Amália Rodrigues? É um dos poucos espaços criados com finali-dades culturais a desenvolver na cidade. Não terá a Junta de Freguesia de Rio Tinto a obri-gação de um maior empenho no sentido de evitar o encer-ramento do Centro Cultural? É que uma população que se pretende seja cada vez mais culta, mais escolarizada, mais

informada, terá necessidade de promover colóquios temáticos, seminários, conferências, com convidados nacionais e estran-geiros, ligados a universidades, a empresas, e onde recebê-los? E porque não ampliar o espólio existente da personalidade que dá o nome ao Centro Cultural e que tantos admiradores tem em Rio Tinto? E porque não criar aí um espaço museu para preservação de algumas marcas identitárias desta terra? A não existir, perder-se-á muito… E porque não promover, nes-se espaço, atividades culturais devidamente calendarizadas e pertencentes às gentes da terra? Afinal, se pensarmos em es-tratégia e finalidades, não será

a afirmação e dinamização da Cultura uma das finalidades de um Centro Cultural?É urgente juntar sinergias para afirmar Rio Tinto como uma cidade com História, Cultura, Identidade,Vida…

O Desem-prego e as gorduras do Estado

Como eu gosto destes azulejos!

José Luís FerreiraPEV

Conceição LoureiroPS

Maria José GuimarãesPSD

Quinta-feira | 22 de Novembro 201226.

Vozes da Assembleia da República

Recentemente o governo por-tuguês anunciou a intenção de responsabilizar as famílias que abandonam ou maltratam os seus idosos. É de facto neces-sário preencher o vazio legal existente quanto a este assunto.Estranhamos não haver legis-lação capaz de contrariar um fenómeno em crescendo nas últimas décadas, mas também não nos questionamos sobre as suas causas. Apenas julgamos e julgar é fácil. Encontrar solu-ções, mais difícil. Responsabi-lizar, ainda mais. Sabemos que há quem seja capaz de ignorar os seus idosos, quando não de os maltratar, mas também não desconhecemos que a grande maioria das pessoas não tem essa coragem e tenta por tudo, dar o que pode para minorar o sofrimento e limitações que a parte final da vida acarreta.

É pelo menos essa a minha ex-periência. Segundo os censos de 2011, residiam em Portugal cerca de dois milhões de ido-sos, o que justifica, desde logo, a preocupação do governo nesta matéria, principalmente, quando é do conhecimento ge-ral que muitos deles são vítimas de maus tratos, não só no seio familiar como nas instituições de acolhimento. Urge uma profunda reflexão e um amplo debate, bem como a organização de um conjunto de iniciativas capazes de sensibili-zarem a sociedade portuguesa para um assunto, com tantas e tão variadas causas, às quais, não é alheia a crise ou as trans-formações sociais dos últimos trinta anos.Nasce-se cada vez menos e morre-se cada vez mais tarde. A mulher deixou de ser ape-

nas a “educadora” ou a “cuida-dora” e passou também a ser a trabalhadora (fora de casa, entenda-se). Deixa os filhos nos infantários, com os horários ajustados às necessidades fami-liares, porque se deve, e muito bem, proteger a maternidade. É a normalidade da vida familiar. O drama só acontece quando surge a doença ou a velhice e o idoso se torna dependente, ne-cessitando de cuidados perma-nentes. Cuidar de uma pessoa de idade, implica uma grande alteração na vida familiar, por vezes quase insustentável. Uns, porque não podem abandonar o seu emprego, outros, porque não têm condições logísticas e económicas, para o fazer. Essa alteração, passa ainda por uma reação negativa, mas com-preensiva, do próprio idoso que tendo já vivido a sua vida, não

está na disposição de deixar que outros a governem, ou lhes prestem cuidados tão elemen-tares como dar-lhe de comer ou tratar da sua higiene pessoal. Os lares ou os hospitais surgem, então para as famílias como o último recurso, capaz de garan-tir algum conforto no final da vida dos seus “velhinhos”. Para tratar com carinho e sem que nada falte, é preciso algo mais do que amor e se as famílias deixam de ter dinheiro para pa-gar, ou condições para os tratar, deixam-nos ficar, acreditando que é o melhor lhes podem proporcionar. Neste contexto, será difícil a avaliação de “res-ponsabilidades”, salvo em casos extremos de negligência ou maus tratos, de que aliás, a lei já se ocupa. Conclui-se, assim, que não de-vendo a sociedade demitir-se

de cuidar dos seus mais ido-sos, também o Estado tem por obrigação criar mecanismos de incentivo e acolhimento destes, preferencialmente, no seio das respetivas famílias. Ninguém nega a necessidade de serem tomadas medidas, mas todas, e contrariamente a algumas que por aí circulam, devem ser bem ponderadas, porque é a vida das pessoas que está em causa. A intenção do governo é boa, mas deve sempre ter em conta que, nenhum idoso que-rerá ser considerado como uma ameaça ou imposição a quem quer que seja, muito menos aos seus familiares. Finalmen-te, é imperioso que os cidadãos se consciencializem que têm a responsabilidade de denunciar este tipo de “crimes” bem como o de apoiar as suas vítimas. To-dos seremos idosos um dia.

Idosos abandona-dos – quem responsabi-lizar?

Vozes de Rio Tinto

Page 27: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

O Governo da Troika PSD/CDS quer-nos fazer acreditar que não há alternativa às políti-cas de austeridade, o que não é verdade. Desde quando é que o desemprego e os baixos salários ajudam a economia? O Bloco de Esquerda apresentou seis medidas que, se fossem apli-cadas teriam um efeito positi-vo na economia e na vida das pessoas.Em 2012 a dívida pública já au-mentou 13,4 mil milhões e, só em julho e agosto cresceu mais 700 milhões. No final de 2012, esta dívida será mais do do-bro do que era há 8 anos e em 2013, aumentará mais 12 mil milhões. Portugal está a em-pobrecer, a perder emprego e a promover a imigração, ficando

cada vez mais endividado.Responder a esta falência anun-ciada é a maior tarefa da De-

mocracia.1ºMedida: anular o aumen-to do IRS, imposto pelo PSD/

CDS, mudando o sistema fiscal com base na progressividade e alterando para isso o IRC, in-troduzindo um imposto sobre grandes fortunas, reintroduzin-do um imposto sobre finanças;2ºMedida: renegociar e cortar a dívida, para um nível sustentá-vel para criar investimento, de modo a limitar o pagamento da dívida a metade nos próximos dois anos;3ºMedida: promover políticas sociais, de base local com o IMI que inclua a banca, a igreja e o estado, e com as receitas do im-posto sobre fortunas;4ºMedida: terminar o escânda-lo das PPP e proteger os contri-buintes das rendas financeiras;5ºMedida: aumentar os recur-sos da segurança social para

garantir o seu futuro;6ºMedida: proteger as pessoas dos despejos e do sobreendivi-damento.Com o conjunto destas medi-das seria possível financiar o esforço do investimento e de criação de emprego, corrigindo ao mesmo tempo o défice para evitar o ciclo de dependência, chantagem e destruição da eco-nomia portuguesa.Estas medidas supõem uma modificação urgente do sistema fiscal e da vida social em Por-tugal. Representam a proteção dos contribuintes e trabalha-dores e uma forte imposição de obrigações fiscais ao capital. Essa regra de Democracia fiscal que nunca foi imposta em Por-tugal.

Não posso, em consciência com o programa eleitoral que sufraguei, e com aquilo que defendo, deixar de discordar com a posição do Presidente do meu partido relativamente ao sentido de voto do CDS no que diz respeito à aprovação do orçamento, pelo menos, senão houverem alterações significa-tivas no documento final, no-meadamente que diz respeito à redução concreta do estado, e a redução da despesa. Pessoal-mente, não posso dar o meu aval a um documento que só apresenta medidas extraordi-nárias do lado da receita atra-vés do aumento massivo dos impostos, e que não apresenta medidas de cortes na despesa. Sempre defendi publicamen-te que o Estado deve funcio-

nar como um regulador, e não como um empresário, da mes-ma forma que sempre defendi que o Estado não pode conti-nuar a ser o maior empregador do País. Este não pode ser o papel do estado, esse papel é da competência dos privados que

tem como função dinamizar a economia e criar emprego. Também continuo sem enten-der as diferenças contractuais existentes entre o público e o privado. Não consigo perceber a lógica dos funcionários públi-cos trabalharem apenas 7 horas

diárias, terem direito a mais dias de férias por ano, um sis-tema de saúde próprio, e a não poderem ser despedidos.Se de facto há Autarquias a mais, então que se agreguem. Se há funcionários públicos a mais, então que se rescindam contractos. Se existem empre-sas públicas a ser mal geridas e a dar prejuízo, então que se pri-vatizem, deixando a tarefa de as gerir aos privados que o fazem de forma eficiente, e a um custo bem menor para o erário pú-blico.Se continuam a existir empre-sas municipais a dar milhões de euros de prejuízo, e que apenas servem para dar emprego aos Boys do PSD e do PS, então que se extingam. Se existem funda-ções, observatórios, e institutos

que tem exactamente a mesma função que é dar emprego aos Boys, então que sejam todas extintas.Se existe pessoal a mais nos Mi-nistérios então que se reduza ao mínimo as nomeações. São este tipo de propostas que os Portu-gueses querem ver contempla-das no orçamento de estado. O Governo não pode continuar a pedir sacrifícios sucessivos aos contribuintes e às empresas, quando o próprio estado é in-capaz de o fazer. Está na hora de passar das palavras aos ac-tos e de deixar de Governar em função das sondagens, mas sim governar em função do Pais e dos cidadãos. Para o bem de todos, haja coragem e vontade política para fazer o que é ne-cessário fazer.

A Greve Geral do passado dia 14, convocada pela CGTP-IN, contra a exploração e o empo-brecimento do nosso País, foi uma grande greve geral e uma das maiores até hoje realizadas.Foi dada uma “enorme” res-posta dos trabalhadores, dos reformados, dos estudantes e dos desempregados ao Gover-no, ficando a clara ideia, que há cada vez mais portugueses cientes de que o PSD e CDS enganaram tudo e todos duran-te a campanha eleitoral que os levou ao poder, onde esconde-ram as maldades que tinham em mente…Uma greve contra a obsessiva austeridade do Governo, que é igualmente criticada por quase todos os sectores da sociedade, incluindo pessoas ligadas aos partidos agora no poder...mas que outrora passaram pelos

sucessivos governos, sozinhos ou coligados…que nos foram impingindo demagogicamente que estávamos no bom cami-nho.Esta jornada de luta, foi apoiada pelo PCP, e outra posição não era de esperar, tendo em conta o que está em causa, já que o

Governo pratica uma política irresponsável, que vai contra os mais pobres, fazendo apenas umas cócegas aos mais ricos, a fim de não os melindrar.Teve também em conta o Orça-mento de Estado 2013, que irá agravar ainda mais as nossas condições de vida, já que nele

estão previstos aumentos, agra-vamentos e despedimentos… Orçamento que está em fase de discussão e será aprovado dia 27. Até lá serão analisadas as propostas de alteração, apre-sentadas por todos os partidos com assento parlamentar, dos votaram a favor ou contra.O PCP – que votou contra – apresentou um conjunto de propostas de alteração que vi-sam corrigir as mais gravosas injustiças nele contidas…Mas, é importante salientar a estra-tégia demagógica da maioria – votou a favor – ao apresentar 100 propostas, entre as quais a redução de 4 para 3,5% a so-bretaxa do IRS, que não irá ali-viar a pesada carga fiscal a que os portugueses ficarão sujeitos no próximo ano. As ditas alte-rações não passam de “bluff ”, já que baixam umas coisas e

aumentam outras, tal como fi-zeram aquando da alteração da TSU pelo IRS.Era preciso ter sensibilidade social, para que não se apos-tasse em mudanças radicais e a uma velocidade suicida e que ao mesmo tempo não se tenha em conta que para o ano tere-mos agravamento de IMI e a nova Lei de Arrendamento ou lei dos despejos, pois é disso que, na realidade, se trata.No plano partidário, há a as-sinalar a realização XIX Con-gresso do PCP – 30 Nov. e 1-2 Dez. Foram realizadas centenas de assembleias de militantes por todo o País, incluindo Rio Tinto/Baguim do Monte, onde foram discutidos os documen-tos – Teses - Projectos de Reso-lução Politica e de Alteração ao Programa – e eleitos os respec-tivos delegados.

Rui NóvoaBE

Pedro CarvalhoJuventude Popular

Adérito MachadoPCP

Não aceitamos o precipício. Há outro caminho.

Orçamento de Estado

Ainda a Greve Geral

Quinta-feira | 22 de Novembro 2012 .27

PolíticaVozes de Rio Tinto

Page 28: Vivacidade ed. 76 - Novembro 2012

Hoje vou dedicar algumas li-nhas às nossas associações, com algumas sugestões que possam ser úteis à nossa população.Em primeiro lugar quero cum-primentar com saudações des-portivas, culturais e recreativas, todas as associações de Ba-guim. A minha sugestão é: para que a nossa população - jovem e menos jovem – possa intervir, é necessário iniciarem encon-tros entre as várias associações na perspectiva de criarem em Baguim do Monte uma Fede-ração, que organize iniciativas com estas finalidades de ser-vir, organizando passatempos em que possam – aos fins de semana e não só – com os pais e filhos, divertirem-se e passa-rem algumas horas. Pois, como

sabem, os pais de hoje dizem que não têm tempo para se de-dicarem aos seus filhos, daí esta minha sugestão.Quero também informar que na área da nossa freguesia já existem alguns espaços que podem ser aproveitados para algumas atividades, tanto ao ar livre como nos outonais, ou seja, espaços para serem prepa-rados que já estão à disposição da população, como sejam os polidesportivos do Crasto e de Entrecancelas, Pavilhão Gim-nodesportivo da Escola EB 2,3, como ainda o auditório da Lipor – com quem a Junta de Freguesia já há alguns anos tem um protocolo para a sua utili-zação – e ainda tem também na Lipor a zona verde, espaço

agradável para várias ativida-des. Convém que haja vonta-de de todos para que isto seja possível e aproveitado para os nossos jovens e menos jovens, por isso, a sugestão é haver uma entidade que assuma e organize estas coisas e os pais assim já

tenham possibilidades de pas-sar algumas horas com os seus filhos. Mais uma sugestão às as-sociações, ou seja, uma possibi-lidade de angariar mais associa-dos para as suas coletividades.Espero que as nossas associa-ções aproveitem esta sugestão

amiga a bem de todos nós, de um modo particular às nossas crianças e jovens, para além dos pais também da nossa popula-ção, para que possamos contri-buir para amanhã termos bons jovens e melhores pais.Um abraço amigo.

Está na hora dos nossos gover-nantes começarem a pensar no que queremos ser daqui a uns anos. E são dois os caminhos. Um é o caminho da continuidade do estado atual, em que os viga-ristas, os ladrões e aqueles que fazem negociatas e acordos de que apenas beneficiam eles pró-prios, os seus amigos, e os seus familiares; quando conseguem ser processados e quando con-seguem ser levados aos tribu-nais, dali saem como se nada ti-vesse acontecido e ainda como se fossem os donos da razão, da sabedoria e do direito. O outro caminho é o caminho

da limpeza do país e da renova-ção dos políticos e das políticas de tal modo que a seriedade, a confiança, a honestidade e a di-ligência possam ser premiadas e desencadear uma nova cons-ciência política dos cidadãos.Nestes próximos tempos vamos perceber muito bem quem é quem; pois as escolhas que os partidos estão a fazer das pes-soas que vão ser candidatas são o melhor sinal que pode haver de como os partidos políticos olham para o que querem que o país seja daqui a alguns anos. A responsabilidade dos parti-dos vai ficar com essas escolhas, pois, desta vez, os partidos não

vão poder dizer que não sabiam ou que não imaginavam coisas que são óbvias para todos.E o povo vai considerar os fac-tores relacionados com a serie-

dade e integridade das pessoas, nas escolhas que vão fazer para tomarem as suas decisões de voto; o que vai implicar uma profunda renovação nacional

dos autarcas.O CDS continua a trabalhar para promover um país melhor e com pessoas melhores.Cumprimentos.

O Orçamento de Estado para 2013, apresentado pelo Gover-no PSD/CDS, ainda em discus-são na Assembleia da Repúbli-ca, não inverte este caminho que já demonstrou ser errado, pelo contrário, acentua ainda mais a austeridade, impõe sa-crifícios mais dolorosos aos cidadãos e elimina qualquer possibilidade de crescimento económico.Aqui ficam alguns dados da rea-lidade provocados pelas opções políticas: 1 milhão e 400 mil desempregados, os quais 35,9% com menos de 25 anos, sem contar com os milhares que emi-graram, nomeadamente jovens licenciados (mais de 100 000 no desemprego), destes desempre-gados só 1/3 é que recebe sub-sídio de desemprego; 3 milhões de pessoas a viverem na pobre-za entre as quais um milhão de

idosos que vivem com menos de 280 euros por mês, este número pode aumentar para o dobro, caso continuem a reduzir ou eli-minem as prestações sociais; en-tre Janeiro e Março 53 empresas encerraram por dia, represen-tando um aumento de 23% face a 2011, sobretudo na área do co-mércio, e restauração. Face a este quadro tão negro é legítimo perguntar: quem be-neficia com esta política de aus-teridade? Quem beneficia com o acordo da “Troika” (FMI, UE, BCE)? A quem vai servir este Orçamento de Estado?Os lucros escandalosos apre-sentados pela Banca e por al-guns grupos económicos em 2011 e em 2012, anos de gran-de sofrimento para as famílias portuguesas, dão uma resposta parcial às questões colocadas. Aqui ficam alguns números que

dificilmente passam, ou passam despercebidos pelos grandes meios de comunicação social:Lucros de 2011: BES (282 mi-lhões de euros), Grupo Melo (192 milhões de euros); Gru-po SONAE (103 milhões de euros); EDP (1125 milhões de euros, + 4% do que em 2011).Lucros entre Janeiro e Setembro de 2012: GALP (277 milhões de euros, + 57% período homólo-go de 2011), Grupo Jerónimo Martins (271 milhões de euros + 6,2 % período homólogo de 2011), EDP (795 milhões de euros). Só este ano a GALP e o grupo de detêm o Pingo Doce, tiverem uma média de lucros, por dia de 1 milhões de euros, enquanto a EDP o lucro diário foi de 3 milhões de euros.Em 2011, os quatro grandes gru-pos económicos privados que operam na área da saúde, Grupo

José Melo, Grupo Espírito Santo, HPP e Trofa facturaram mais de 924 milhões de euros (+ 13% do que em 2010), um crescimento

de actividade claramente bene-ficiado pelo desmantelamento e degradação do Serviço Nacional de Saúde.

Serafim SilvaPSD

Maria Alzira RochaCDS

Miguel MartinsPEV

Às associações de Baguim do Monte

O país que queremos ser

Quem beneficia com esta política de austeridade?

Quinta-feira | 22 de Novembro 201228.

Vozes de Rio Tinto

Vozes de Baguim

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