Vivacidade ed. 87 - Outubro 2013

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0,50€ Fernando Rocha “Rei das anedotas” tem raízes em Gondomar V P.6 e 7 ETAR de Rio Tinto Movimento acusa Águas de Gondomar de matar o rio. Empresa defende-se com legalidade da licença de descarga. V P.12 Sociedade Presidentes de Junta eleitos já estão em funções EXCLUSIVO: Conheça os pelouros atribuídos aos novos vereadores da Câmara V P.17 V P.16 e 17 “Fazer drama para mim é um drama” Gondomar tem novo presidente Primeira entrevista a Marco Martins após tomada de posse DR V P.18 e 19

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Vivacidade ed. 87 - Outubro 2013

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0,50€

Fernando Rocha“Rei das anedotas” tem raízes em Gondomar

V P.6 e 7

ETAR de Rio TintoMovimento acusaÁguas de Gondomar de matar o rio. Empresa defende-secom legalidade da licençade descarga.

V P.12

Sociedade

Presidentes de Junta eleitos já estão em funçõesEXCLUSIVO: Conheça os pelouros atribuídos aos novos vereadores da Câmara V P.17

V P.16 e 17

“Fazer drama para mim é um drama”

Gondomar tem novo presidentePrimeira entrevista a Marco Martins após tomada de posse

DR

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Editorial

POSITIVOA Águas de Gondomar recebeu uma distinção de qualidade por parte da Entidade Reguladora dos Servi-ços de Águas e Resíduos (ERSAR). A distinção premiou as AdG com o Selo de Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano. O certificado e o selo serão entregues numa cerimónia pública a realizar a 27 de Novembro, no âmbito da 8ª Expo Conferência da Água, promo-vida pelo Jornal Água e Ambiente.

NEGATIVOA quem de direito:Para uns (Câmara) espaço públi-co, para outros privado, na Prace-ta Henrique Santana, freguesia de S. Cosme - Gondomar, até à data continuam 160 fogos completa-mente às escuras há cerca de um ano. Talvez agora com um pouco de boa vontade e algum entusias-mo, se consiga que os mais velhos não caiam e os mais novos não se “percam”.

Algumas histórias ou estórias, como queiram es-crever, tocam o nosso ima-ginário coletivo, ainda mais se as mesmas tiverem a ver com factos reais ocorridos e que possam ser relatados por elementos credíveis que as vivenciaram de algum modo. Há alguns anos atrás, uma parente afastada da fa-mília do lavrador Marques Arruda, que por razões ób-vias omitirei aqui o nome, relatou-me uma história em que Baguim do Monte era conhecida por “terra do mata e rouba”. Contou-me então que, nos inícios do século passado, habitavam e labutavam em Baguim do Monte dois conhecidos e abastados lavradores que se detestavam, um era o dito

Marques Arruda e o outro era conhecido por simples-mente por Gramão. Na-quele tempo, era costume os lavradores partilharem o uso das águas de rios e rega-tos, bem como a lavagem de presas e limpeza de canais em determinadas alturas do ano para irrigarem os seus campos e culturas. Era esta-belecido pelo costume entre os lavradores quais os dias e horas em que cada um deveria abrir e fechar a pre-sa, e regar os seus campos, devendo todos cumprir fielmente com o estabele-cido. Mas, como acontece por vezes, há sempre al-guém que procura fugir ao combinado e aproveitar-se indevidamente do vizinho. Uma noite, depois de regar

as suas culturas, o lavrador Gramão alegadamente não teria fechado intencional-mente a presa e a água con-tinuou a jorrar sobre o seu campo. Na manhã seguinte, o lavrador Marques Arru-da viu que não havia água na presa para regar o seu campo e constatou que a mesma havia sido alegada-mente indevidamente apro-priada pelo vizinho. Pala-vra puxa palavra, no calor do momento, a mulher de Marques Arruda que pre-senciara a discussão e que detestava o Gramão mais que o marido disse: «Mata--me esse ladrão». Sem pen-sar nas consequências e no calor dos acontecimentos, Marques Arruda ergue a sua sachola e desfere logo ali um golpe letal sobre a cabeça do Gramão. Algum tempo depois, Marques Arruda era condenado em tribunal e sentenciado a ser deportado para África, onde esteve bastantes anos. Assim, um roubo de água a um vizinho transformou-se na morte do ladrão e fez do outro um homicida, dando a Baguim do Monte um in-feliz título.

Paulo Santos SilvaProfessor, Historiador e Escritor

Memórias do Nosso PassadoTerra do “Mata e Rouba”

Caros Leitores,

Está a decorrer a festa das tomadas de pos-se por parte dos eleitos nas eleições autárquicas e não há duvida que em Gondomar se inicia em novo ciclo político, com muitos novos interve-nientes e com uma completa nova realidade do ponto de vista da distribuição dos poderes. Para todos os que vão tomar posse, os meus vo-tos de um muito bom mandato em defesa da nossa terra e os parabéns sinceros pela eleição.

O que faltou aos perdedores, para vencer, não foram apoios ou movimentos de fundo dos partidos ou zelo a menos do tribunal constitu-cional. Não. Foi apenas e só falta de profissio-nalismo, dedicação, respeito pelas autoridades, uma grande falta de liderança e de equipas sé-rias e competentes.

Mesmo o estado da Nação e o esforço fi-nanceiro que os cidadãos têm que fazer não serve de desculpa, pois em muitas autarquias os partidos que estão no poder receberam a confiança do povo, em muitos casos até contra as sondagens e contra os poderes bem estabe-lecidos.

O grande vencedor é Marco Martins. Mar-co Martins consegue capitalizar 70% dos votos que Valentim Loureiro teve em 2009 e conse-gue o feito de ter um vereador a mais para ter a maioria na camara, facto a que um dia vamos dar muito mais importância do que hoje. Além da vitória absoluta para o executivo municipal, o PS e os seus diversos candidatos quase eli-minam do mapa autárquico de Gondomar as outras forças, com a excepção do agrupamento de freguesias de Fanzeres e São Pedro da Cova, que é ganho folgadamente pela CDU e pela vi-tória tangencial e, curiosamente mal contada no dia da coligação PSD/CDS no agrupamento de São Cosme, Valbom e Jovim.

Disse na edição anterior que votar é um acto de escolher. O povo escolheu. Agora aos eleitos compete provar que o povo escolheu bem, gerindo bem as diversas autarquias de Gondomar. A concretização dos programas é difícil, pois é agora passar da definição do que é que queremos fazer para o bem mais difícil como fazer. É que agora são as dificuldades da falta de recursos, da organização e da imple-mentação. A bem da nossa terra, desejo que os agora eleitos tenham uma elevada capacidade de concretização.

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva AlmeidaRedação:Ricardo Vieira Caldas (TP-1732)Diretor Comercial:Luiz Miguel AlmeidaPaginação:José VazEdição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Administrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOColaboradores: Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Simões, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Oliveira, Pedro Santos Ferreira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgE-mail: [email protected]

Sumário:

BrevesPágina 4

SociedadePáginas 5 a 12

PolíticaPáginas 14, 15, 18 e 19

DestaquePáginas 16 e 17

DesportoPágina 22 a 24

Empresas & NegóciosPágina 26

OpiniãoPáginas 27 e 28

EmpregoPágina 29

LazerPágina 30

Próxima Edição 21 de novembro

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

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Breves

Cerâmica, Talha e Metal estão, desde o dia 3 até 27 de outubro, em destaque no Auditório Municipal de Gondomar. A Asso-ciação Artística de Gondomar promove, in-tegrada no programa das Festas do Conce-lho 2013, mais uma edição do “Cer.Ta.Me” – juntando 27 artistas que dão a conhecer um total de 65 trabalhos.

Cer.Ta.Me 2013Dionísio Machado desapareceu no dia

20 de setembro e sobreviveu durante 17 dias numa antiga cabine de um motor de rega (desativada) com apenas três m2. O cidadão de Baguim do Monte foi encontrado ame-drontado e desorientado, no dia 8 de outu-bro, por Domingos Leça, dono do pinhal em que se encontrava refugiado, que alertou Nuno Coelho, presidente da Junta de Fregue-sia baguinense. Dionísio encontra-se agora a ser seguido para acompanhamento psicoló-gico. Segundo Nuno Coelho, “o envolvimen-to da população ajudou à resolução do caso.”

Dionísio Machado encontrado em Baguim do Monte

Os Centros Escolares da Venda Nova e de Baguim do Monte foram formalmen-te inaugurados pela Câmara Municipal de Gondomar nos dias 15 e 18 de outubro, respetivamente. Com um custo total supe-

rior a sete milhões de euros, as obras foram comparticipadas pela União Europeia e são agora local de estudo para uma comunida-de escolar de praticamente meio milhar de alunos.

Câmara inaugura centros escolaresda Venda Nova e Baguim do Monte

“O nosso clube tem história antiga, que vamos defender com emoção, tem a febre amarela como amiga, e o amarelo e o preto à campeão”. Assim começa o Hino Oficial do Sport Clube de Rio Tinto, apresentado aos sócios no dia 20 de outubro, no jogo SCRT - C.D. Candal e que passará a ser tocado em todos os jogos realizados no Estádio Cidade de Rio Tinto. O hino foi cantado pelo Duo Broa de Mel e gravado posteriormente para divulgação a sócios.

SCRT inaugura hino oficial

Valentim Loureiro inaugurou, no dia 13 de outubro, o novo relvado sintético do Es-trelas Futebol Clube de Fânzeres. A inaugu-

ração do relvado aconteceu em dia de jogo com o Desportivo de Portugal.

A partida acabou empatada a um golo.

Estrelas de Fânzeres inauguram novo relvado sintético

No dia 17 de outubro a Associação Por-tuguesa de Certificação, entregou o Certifi-cado de Qualidade às Piscinas Municipais de Gondomar, no âmbito da Gestão das Pisci-nas Municipais e das Atividades de Natação Orientadas e Livres. A cerimónia realizou-se no Salão Nobre da Câmara. Valentim Lou-

reiro recebeu das mãos da representante da Associação Portuguesa de Certificação (APCER), Dora Gonçalo, o Certificado de Qualidade das Piscinas Municipais de Gon-domar, tornando-se este o primeiro serviço da Câmara de Gondomar a receber esta cer-tificação.

Piscinas Municipais de Gondomar recebem certificado APCER

A Câmara Municipal de Gondomar for-malizou, no dia 8 de outubro, os apoios anuais para todo o movimento associativo do conce-lho. Com o valor global de 1.270.000 euros, a verba é destinada a associações sociais, des-portivas, recreativas e culturais. No total, são apoiadas 180 instituições, que representam a celebração de 217 protocolos.

CMG formaliza apoio anual ao movimento associativo

O Grupo de Música Tradicional Portu-guesa “Arco do Bojo” lançou  o seu 4.º CD, intitulado “Baile (en)Cantado”, no dia 14 de setembro de 2013, às 21.30 h, no Auditório

Municipal de Gondomar, com um espetáculo integrado nas Festas do Concelho de Gondo-mar. O grupo de Baguim do Monte conta já com 23 anos de carreira.

Arco do Bojo lançam 4.º CD

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O objetivo é aumentar o con-sumo diário de fruta nas crian-ças até aos 10 anos, contribuindo

para a prevenção da obesidade infantil e das restantes doenças associadas. Das 132 escolas do Porto, envolvidas no projeto, 17 são de Gondomar.

Mário Silva, Presidente e fun-dador da APCOI, que também

esteve presente neste arranque oficial afirma que “esta terceira edição do projeto Heróis da Fru-ta superou todas as expectativas da organização. Nesta edição a APCOI conseguiu envolver mais crianças do que o total das duas edições anteriores juntas.

No ano letivo 2013/2014 se-rão abrangidos por esta iniciativa gratuita 69649 alunos, de 3222 turmas, de 1146 creches, pré--escolar, jardins de infância e es-colas básicas do 1º ciclo de todos os distritos do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

De 15 de outubro de 2013 a 24 de Janeiro de 2014, os professores e educadores expõem na sala de aula o ‘Quadro de Mérito dos He-

róis – Hoje Comi Fruta’ e sempre que um aluno comer uma porção de fruta ao lanche deverá assina-lar junto ao seu nome uma estrela de ‘Herói da Fruta’ como forma de recompensa imediata pelo comportamento correto.

Em Gondomar, são 17 as es-colas que vão participar na ter-ceira edição deste projeto – uma em Baguim do Monte, quatro em Fânzeres, nove em Rio Tinto, uma em S. Cosme (Gondomar), e duas em S. Pedro da Cova.

Escolas de Gondomar contra a obesidade infantilSão 17 as escolas do concelho de Gondomar que vão tentar lutar contra a obesidade infantil. A terceira edição do projeto ‘Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável’, desenvolvido pela Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI), entrou no dia 14 de outubro, na sua primeira etapa que inclui um programa educativo de intervenção motivacional.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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A sua infância foi feita na Invicta?Ia muitas vezes para a Ribeira,

tinha lá familiares. Até aos 6 anos era dos putos que mergulhavam para o rio, quando os camones ati-ravam as moedinhas, ia para a pis-cina de Campanhã por 25 escudos e faltava às aulas para ir às Antas ver os treinos do Porto. Basicamen-te a minha infância foi vivida na fronteira entre o Porto e Rio Tinto.

Considera que foi essa sua faceta mais traquina que lhe permitiu ter mais à vontade para ser ator, humorista e apresentador?

Sim, acho que a minha vertente traquina deu-me as bases para ser mais humorista que ator. Uma das coisas que tenho e não quero curar é a minha parte Peter Pan. Eu não sou responsável e não quero saber quem pagou a luz ou a água, quero é abrir o frigorífico e ter comida, carregar no interruptor e ter luz, abrir a torneira e ter água. Tenho comigo uma equipa de sucesso que faz o que eu não quero fazer, a parte burocrática. Eu quero é criar e fazer um espetáculo ou uma peça de teatro.

Alguma vez imaginou vir a fazer car-reira do hu-

mor, depois de ter sido eletricista de construção civil e trabalhador da CP?

Nunca imaginei que um passa-tempo pudesse ser a minha fonte de rendimento. É a mesma coisa

que eu ser pescador por hobby e passar a ser pescador profissional.

Quando se tornou vencedor do programa ‘Ri-te, Ri-te’ despertou para essa realidade?

A vitória foi um despertar, mas só percebi que podia ganhar a vida a contar anedotas quando me paga-ram pela primeira vez para o fazer. Eu

pensei:

“Este tipo está a pagar-me, ou é maluco ou eu não estou a ver a po-tencialidade disto” (risos). A deter-minada altura o bar – Tic-Tac, em Gaia – começou a encher, todas as quintas-feiras, e depois a concor-

rência chegou a oferecer-me o do-bro do que eu estava a ganhar. Não aceitei porque era muito próximo do bar onde eu estava e sempre honrei a minha palavra.

Em 2003, começou a entrar no ‘Levanta-te e Ri’, era a última atuação da noite. Como viveu esse período?

Inicialmente as pessoas viam o “Levanta-te e Ri” por minha causa. O programa precisou de mim para ter audiências e os humoristas que apareceram precisaram do ‘Levan-ta-te e Ri’ para serem conhecidos. Estamos a falar desta nova vaga de humoristas: Bruno Nogueira, Gato Fedorento, Nilton, Aldo Lima… Claro que se não existisse o ‘Levan-ta-te e Ri’, todos eles mais cedo ou

mais tarde tinham que aparecer.

Como caracteriza a influência do programa?

É mítico, virou uma página no panorama nacional do humor. Os portões abriram-se para uma nova geração de humoristas e demos a

conhecer o standup comedy, um novo formato da comédia.

Vários humoristas que participa-ram no ‘Levanta-te e Ri’ dizem que o programa acabou por ser injustiçado ao nunca ter sido pre-miado…

Foi injustiçado, mas é para o lado que durmo melhor. Globos de Ouro serão sempre atribuídos à parte mais lúdica e intelectual deste país, tudo o que for popular não re-cebe um Globo de Ouro, nem que tenha muita gente a gostar. Uma peça de teatro contemporânea vista por poucas pessoas provavelmen-te tem mais capacidade para ser premiada do que um ‘Balas e Boli-nhos’, que foi um sucesso de bilhe-teira e o filme português mais visto de todos os tempos. Nem sequer nomeado foi.

Fazia falta, hoje em dia, um pro-grama como o ‘Levanta-te e Ri’?

A comédia faz-nos falta. Atual-mente ligamos a televisão e não temos comédia popular. Temos programas de humor muito bons, como o ‘5 para a Meia Noite’ e pro-gramas do Bruno Nogueira, mas todos percebem aquele tipo de humor? Não percebem. É só para algumas pessoas. Fazem falta pro-gramas populares como o ‘Maré Alta’, ‘Malucos do Riso’, ‘Levanta-te e Ri’… São formatos diferentes mas com um público transversal.

Com o contrato d e exclusividade com a SIC começa a fazer partici-pações nos programas do canal. Foi fácil adaptar-se?

Nunca consegui deixar de ser o gajo dos palavrões e das anedotas, mas nem quero. Se falarem de ane-dotas, o primeiro nome que se lem-bram é provavelmente o meu. Isso quer dizer que se em Portugal exis-te um rei das anedotas, quem está neste momento sentado no trono sou eu. Não me vou levantar e dar o lugar a outro. (risos)

Alguma vez o incomodou essa ca-racterização?

É indiferente. Podem dizer o que quiserem, o meu objetivo é fa-zer rir o meu público.

Em Portugal é difícil viver do humor?

“Se falarem de anedotas, o primeiro nome que se lembram é provavelmente o meu”Aos 38 anos, Fernando Rocha considera-se um humorista, mais do que um ator ou apresentador. Com 12 CD’s, três DVD’s e dois livros editados, o homem que põe Portugal a rir admite ser “o rei das anedotas” e continua a percorrer o país e o estrangeiro com espetáculos ao vivo. Natural de Rio Tinto, o criador de personagens como Tone, Matumbina e Tibúrcio, vive atualmente em Baguim do Monte e confessa ao Vivacidade que trabalha para o público. Espera um dia parar por Gondomar, para dar aulas de teatro a crianças menos favorecidas.

Texto: Pedro Santos Ferreira

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Nunca consegui deixar de ser o gajo dos palavrões e das anedotas, mas nem quero.“

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“Se falarem de anedotas, o primeiro nome que se lembram é provavelmente o meu”Aos 38 anos, Fernando Rocha considera-se um humorista, mais do que um ator ou apresentador. Com 12 CD’s, três DVD’s e dois livros editados, o homem que põe Portugal a rir admite ser “o rei das anedotas” e continua a percorrer o país e o estrangeiro com espetáculos ao vivo. Natural de Rio Tinto, o criador de personagens como Tone, Matumbina e Tibúrcio, vive atualmente em Baguim do Monte e confessa ao Vivacidade que trabalha para o público. Espera um dia parar por Gondomar, para dar aulas de teatro a crianças menos favorecidas.

V Para Fernando Rocha, Miguel 7 Estacas é o melhor humurista português da atualidade

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Para mim não. Tenho que ser honesto, não tenho razões de quei-xa. Os valores dos meus cachês vão-se moldando e ajustando à rea-lidade do país. É uma estratégia que faz sentido e tem-me permitido trabalhar durante 15 anos. Mesmo com este deserto televisivo que pas-sei, durante 5 anos, trabalhei todos os fins-de-semana.

Houve uma variação do cachê du-rante os últimos anos?

Houve umas oscilações. Tem que haver um jogo de cintura para que a pessoa que me contrata fique satisfeita e volte a contratar.

Qual é para si o melhor humoris-ta português?

Para mim o melhor é um gajo chamado Miguel 7 Estacas.

No humor vale tudo?Não, para mim não vale tudo.

Detesto humor negro, não gosto

de contar piadas sobre doenças, cancros, pedofilias, etc… Prefiro contar piadas sobre santos e falar de religião, do que estar a brincar com doenças e problemas sociais. Outra coisa que também não gos-to – e por isso nasceram as minhas personagens – é utilizar nomes de figuras públicas. Há pessoas que menosprezam e humilham figuras públicas em prol do riso de uma plateia. O Charlie Chaplin tem uma frase que diz: “A minha dor

pode ser motivo de gargalhada, mas a minha gargalhada não pode causar dor a ninguém”. Eu comun-go dessa ideia.

O humor é um dom ou consegue--se através de aprendizagem?

Os cursos ajudam a lapidar, mas se não existir talento não adianta nada. No entanto, os workshops fazem muita falta, porque se uma pessoa percebe que tem talento e faz rir os amigos ou a família, um workshop é a solução ideal.

O curso da ESAP (Escola Superior Artística do Porto) trouxe-lhe no-vos conhecimentos na representa-ção. Isso permite-lhe fazer nove-las como ‘Sol de Inverno’?

A faculdade ensinou-me alguns métodos mais fáceis, nomeada-mente de representação e memori-zação dos textos, mas a essência já estava lá. A parte teórica faz sempre falta, mas a prática é que dá a ta-rimba do dia-a-dia. O melhor pro-fessor que tive até hoje continuam a ser os erros que cometo.

Sempre o vimos associado ao hu-mor, podemos agora passar a vê--lo em representação de papéis dramáticos?

Não, o papel na novela também

é cómico (risos).

Mas enquanto tirava o curso su-perior teve essa necessidade?

Sim, fiz o Rei Édipo. Aquilo nem era drama, era uma tragédia grega que ainda era pior (risos). Mas fazer drama para mim é com-plicado, é um drama (risos).

Continua a ter espetáculos no país e no estrangeiro. Tenciona manter sempre esse ritmo?

Para já não penso em abrandar. Um dia que não possa fisicamente, aos 65 anos gostava de parar com as viagens malucas e dar aulas no espaço da antiga feira do Rio Tinto [no fórum anteriormente previsto para o espaço] às crianças dos bair-ros. Gostava de dar formação às crianças menos favorecidas.

Ou seja, gostaria de parar por Gondomar?

Sim, no dia em que parar tem que ser para ficar aqui. Estão aqui as minhas raízes, eu faço parte de Gondomar.

Como quer ser recordado quando terminar a sua carreira?

Quero ser recordado como bom homem, bom marido e bom pai.

O Charlie Chaplin tem uma frase que diz: “A minha dor pode ser motivo de gargalhada, mas a minha gargalhada não pode causar dor a ninguém.”“

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Sociedade: Iberanime 2013

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Geeks, Cosplayers, Retro-gamers, Board-Gamers e Otakus, são as designações atribuídas aos aficio-nados por tecnologia, persona-gens de manga [banda desenha-da japonesa] videojogos antigos, jogos de tabuleiro modernos e desenhos animados japoneses, respetivamente. Todos marca-ram presença no Iberanime OPO 2013, que durante os dias 12 e 13 de outubro, trouxe ao Pavilhão Multiusos a cultura pop japonesa.Por Gondomar passaram mais de 10 mil visitantes, no evento que “tem crescido anualmente”, segundo André Manz, o respon-sável pela Manz Produções, pro-dutora do evento. “O evento tem triplicado o número de visitas anualmente. As últimas edições foram um sucesso e através dos primeiros vi-sitantes, vie-ram os ami-gos”, refere.

Surpreendido pelo número de visitantes ter ultrapassado a edi-ção de abril, realizada em Lisboa, André Manz sublinha a intenção de continuar em Gondomar “até porque existem mais dois anos de contrato”. Um dos principais des-taques desta 4ª edição em Gon-domar, 6ª no Porto, foi o World Cosplay Summit, concurso que veio pela primeira vez a Portugal, eleger o melhor disfarce de uma personagem japonesa. O júri ele-geu uma dupla portuguesa que irá marcar presença em Nagoya, no próximo ano. O evento contou ainda com um parque de diversões instalado para agradar aos mais jovens e aos adultos com videojogos antigos, sushi, bonsai, cursos de origami – arte japonesa de dobrar o

papel – concertos, concursos, passatem-pos e expo-sições.

(O Japão trouxe milhares de pessoas a Gondomar)Durante dois dias, a cultura pop japonesa marcou presença no Pavilhão Multiusos. Os fãs das séries de desenhos animados, bandas desenhadas e videojogos japoneses reuniram-se para um fim-de-semana repleto de atividades, concursos e diversão. André Manz, responsável pela produtora do evento promete dar continuidade à realização do Iberanime em Gondomar.

Texto: Pedro Santos Ferreira

Flávio Pimenta – Itachi“Podia haver mais eventos assim”

Anaís Resende - Hatsune Miko“É uma boa oportunidade para comprar certos artigos que não estão disponíveis em Portugal”

José Malveiro - Kakashi“No próximo ano espero repe-tir a experiência”

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Sociedade: Romaria do Rosário

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O ponto alto da Romaria do Rosário deu-se no feriado munici-

pal, este ano a 7 de outubro, com a tradicional Procissão em Louvor e Honra a Nossa Senhora do Rosá-rio e aos Padroeiros S. Cosme e S. Damião. Com a saída dos andores da Igreja Matriz de Gondomar, mi-

lhares de pessoas juntaram-se perto das grades colocadas para delimitar o percurso da procissão. Ao fundo, ouviam-se ainda alguns comercian-tes que compunham a parte mais profana da romaria. A tarde foi de

fé, em Gondomar, e ao final do dia o balanço revelou-se positivo para a principal celebração religiosa do concelho.

Música, dança e leitura Como todos os anos, nesta

edição houve também espaço para o já habitual Encontro de Bandas, os “Corais nas Festas” e o Concer-to dos Padroeiros. Dedicados mais ao público jovem, os concertos dos “Deolinda”, “Ponto Fixo” e o “Tributo aos Queen” tornaram-se nos mais “populares” das Festas do Concelho. O lançamento do CD do grupo “Arco do Bojo”, no Auditório Municipal, deixou também a sua marca na cultura musical conce-lhia.

No que toca à dança, o Largo do Souto acolheu a realização do 23.º Encontro de Dança que, anual-mente, junta mais de dois milhares de jovens dançarinos em represen-tação de quatro dezenas de associa-ções locais.

Já no ramo da literatura, a Feira do Livro trouxe autores conceitua-dos ao recinto que apresentaram os seus livros perante o público pre-sente.

Os nabos foram uma vez mais os donos da gastrono-mia nas Festas do Concelho

Apesar das nozes, da regueifa e do vinho doce terem um papel im-portante na Romaria do Rosário, os nabos assumiram o principal desta-que no que toca à gastronomia.

A 22.ª edição do Festival Gas-tronómico “Hoje há Caldo de Na-bos”, em inúmeros restaurantes locais, foi complementada com um desfile etnográfico, a oferta de “Cal-do de Nabos para todos” e a prova e cerimónia de entrega de prémios do concurso gastronómico. Des-taque também para 15.ª edição da Feira das Tasquinhas, que decorreu de 4 a 7 de outubro, no espaço do Mercado Municipal, com especiali-dades preparadas pelos grupos fol-clóricos concelhios.

Milhares de pessoas encheramas ruas de Gondomar nas festas do concelhoTerminaram a 13 de outubro mas duraram mais de um mês. As Festas do Concelho de Gondomar, tra-dicionalmente designadas por Romaria do Rosário ou Feira das Nozes, trouxeram milhares de pessoas a Gondomar e ofereceram aos visitantes um vasto leque de iniciativas.

Texto: Ricardo Vieira Caldas Rosa CastroEmpresária, 50 anosGondomar

“As festas têm sido sempre do meu agrado. Gosto imenso. Venho às festas há três anos e já noto dife-rença. Este ano estão bastantes pessoas. Muita gente dá valor à procissão. Quanto a mim para o ano cá estou novamente e então às tas-quinhas é que prometo mesmo vir porque adoro!”

Inquérito de rua

Maria José VieiraReformada, 74 anosS. Mamede Infesta

“Venho às Festas de Gondomar já há dez anos e o que gosto mais é da procissão. O dia está maravilhoso e está muita gente porque estacionei o carro a quilómetros de distância! Comi à pressa para vir para aqui. Gosto muito de ver a igreja e os an-dores. Também adoro as nozes e o vinho doce.”

Jaime MouraDesempregado, 43 anosGondomar

“Costumo vir aqui todos os anos porque o meu filho é escuteiro e tenho que o acompanhar. Gosto de tudo. Este ano está tudo muito pa-recido com os anos anteriores. A ilu-minação este ano é que está muito mais bonita.”

V Algumas centenas de pessoas assistem à passagem do andor da Nossa Senhora do Rosário na procissão

VMesas cheias na 15ª Feira das Tasquinhas de Gondomar

V Concerto de Tributo aos Queen juntou centenas no Largo do Souto, em Gondomar

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“Eles continuam a dizer que cumprem a lei e é mentira. Estes são os valores oficiais deles, não são feitos noutro laboratório, nem recolhidos de outra maneira, são deles”, afirma Paulo Silva, porta voz do Movimento em Defesa do rio Tinto (MDRT), enquanto mos-tra ao Vivacidade uma tabela onde constam os resultados alegada-mente disponibilizados pela AdG.

Em causa, para o MDRT, es-tão pelo menos duas situações. A primeira é o facto de no período de julho a setembro de 2012, os valores mínimos de remoção de resíduos das águas que saem da ETAR estarem “muito aquém” do previsto na licença de descarga ou seja, por exemplo, no campo de “carência química de oxigénio” onde deveria haver uma remo-ção de 75%, Paulo Silva denuncia que só foram removidos 12%. Já a percentagem mínima de remoção obrigatória no campo dos “sólidos suspensos totais”, Paulo Silva refe-re que a AdG deveria ter removi-do 90% e, nesse período, removeu apenas 22%. A segunda situação é que “imaginando que a AdG cum-prem com a licença, como se ex-

plica o aspeto do eflutente que sai da ETAR?”, questiona Paulo Silva. “A AdG têm autorização legal para matar o rio Tinto”, afirma.

Concessionária da ETAR do Meiral afirma que “cumpre sempre” a licença de des-carga

A nova ETAR do Meiral esta-rá, segundo Jaime Martins, admi-nistrador da AdG, brevemente em pleno funcionamento e passará de “rudimentar a uma ETAR que tem tudo do bom e do melhor” para o tratamento de águas residuais.

Até ao final do ano, tudo estará a funcionar, garante Jaime Mar-tins. E ‘tudo’ significa “uma grande obra de entrada, com dois canais, grelhas mecânicas automáticas, com step screens e máquinas com-pactas para a remoção de gorduras

como tem a ETAR de Gramido.” A ETAR terá ainda “capacidade de alimentar um físico químico se houver uma carga muito grande

ou então fazer logo um bypass di-reto ao decantador primário.”

Quanto às acusações feitas pelo MDRT, o administrador diz “não compreender” porque a AdG “sempre cumpriu” com a licen-ça que a Agência Portuguesa do Ambiente [ex- Administração da Região Hidrográfica do Norte] passou à empresa. “O programa de controlo analítico, decorrente da licença emitida em 2008 e que tem sido renovada e foi estendida e validada até 31 de dezembro, é cumprido. As percentagens de re-moção são cumpridas. O que te-mos é um regime de exceção. Foi autorizado pelas entidades compe-

tentes porque as ETAR já tinham bastante idade e os processos de tratamento estavam desatualiza-dos e havia um compromisso de

obra”, refere o administrador que indicou ao Vivacidade que, após o término das obras na ETAR de Rio Tinto esta passará a ter uma licença com valores de remoção diferentes, mais exigentes.

Questionado pelo Vivacidade sobre as percentagens de remo-ção de julho a setembro de 2012, o administrador volta a repetir que “sempre cumpriram” com as percentagens de remoção e indi-cou que a ETAR apenas esteve a “descarregar diretamente para o rio durante 48h”, aquando de uma intervenção da EDP nas obras da ETAR. Essa mesma intervenção, explica Jaime Martins, “coincidiu

com a caminhada pela margem do rio, organizada pelo MDRT, com os autarcas”.

Sobre o aspeto do efluente que

sai da ETAR, o administrador ex-plica que “não é por estarmos a olhar para um copo que saiu com mais pressão e outro que saiu à pressão normal que são diferentes. Passado um tempo, a água sedi-menta, o gás liberta e a água está igual. “Não quer dizer que a ETAR não esteja a cumprir”, acrescen-ta Jaime Martins. “Terá sempre impacto porque nenhuma ETAR consegue transformar carga orgâ-nica em água para beber”, diz.

No entanto, segundo o admi-nistrador, muito em breve a AdG terá “todo o gosto em fazer um convite para que as pessoas possam aparecer para ver a ETAR.”

Movimento em Defesa do rio Tinto acusa Águas de Gondomar de descargas ilegais no rioEmpresa rejeita a acusação e reivindica legalidade da licençaA ETAR do Meiral, em Rio Tinto - que se encontrava em obras - está agora “completamente pronta, em fase de arranque e, brevemen-te, em pleno funcionamento”. Garantias dadas pelo administrador das Águas de Gondomar (AdG), Jaime Martins que aproveita para defender a empresa das acusações que o Movimento faz em relação ao “não cumprimento da licença de descargas” da ETAR.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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V Caudal do rio Tinto antes da ETAR do Meiral V Caudal do rio Tinto depois da ETAR do Meiral

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EleiçõesAutárquicasem Gondomarderam vitória claraaos socialistasNo dia 29 de setembro, a festa foi para os socialistas em Gondomar. As Elei-ções Autárquicas 2013 deram a maioria absoluta socialista para a Câmara Municipal de Gondomar, numa lista encabeçada pelo ex-presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins. No que diz respeito às Juntas e Uniões de Freguesia, os socialistas venceram também em quase todas, com a exceção da União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, para a CDU e da União de Freguesias de S. Cosme (Gondomar), Valbom e Jovim, com uma vitória, depois do Apuramento Geral, para o PSD/CDS.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Aos sete lugares garantidos na vereação [Marco Martins, Luís Fi-lipe Araújo, Aurora Vieira, Carlos Brás, José Fernando Moreira, San-dra Brandão, Hélder Figueiredo], juntaram-se três da Coligação PSD/CDS e um conseguido pela CDU.

Para as freguesias [ver gráficos], Nuno Coelho conseguiu uma ree-leição para a Junta de Freguesia de Baguim do Monte com um resul-tado superior às eleições de 2009, onde obteve 62,83% dos votos. Na União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, Daniel Vieira, ex-presidente da Junta de S. Pedro da Cova, obteve 35,50% permitin-do eleger o seu lugar como presi-dente da união. Já Foz do Sousa e Covelo contou com a eleição do ex--presidente de Foz do Sousa, Isidro Sousa que passa a gerir também Covelo. A União que alberga a sede de concelho - União de Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim – teve inicialmente um re-sultado que, por 19 votos, premiava o candidato do PS, António Braz. Após a Assembleia de Apuramento Geral, José Macedo, candidato do

PSD/CDS, assumiu o lugar da pre-sidência com 33%. Para a Junta de Freguesia da Lomba, os socialistas venceram, com Rui Vicente, que conquistou o lugar de presidente. Em Melres e Medas, José Andrade, do PS, foi vitorioso, permitindo--lhe, com a eleição, governar agora as duas freguesias. Os riotintenses apostaram na continuidade do pro-jeto do agora presidente da Câma-ra, Marco Martins, elegendo Nuno Fonseca como presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto.

Eleições de 2013 marcadas também por algumas irre-gularidades nas mesas de voto

Foram 60 o número de irregu-laridades registadas nas mesas de voto, só no concelho de Gondo-mar, que constam na ata da As-sembleia de Apuramento Geral da Eleição dos Órgãos das Autarquias Locais. A Assembleia contou com a presença de José António Mace-do, na altura presidente da Junta de S. Cosme, Luís Filipe Araújo, presidente da Concelhia do PS de Gondomar, António Braz, candi-dato à União de Freguesias de S. Cosme, Valbom e Jovim, Joaquim Barbosa, candidato da CDU à Câ-

mara, entre outros.De várias irregularidades na

contagem e trocas de votos, o pon-to principal na assembleia - que culminou na alteração do vence-dor para a União de Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim - foi a secção de voto n.º7. Para essa secção – e segundo a ata – decidiu-se “excecionalmente” colocar à deliberação da mesa se os dados teriam sido “corretamen-te registados ou se, em relação às diversas votações poderá ter exis-tido erro no registo”. Posto à vota-ção, foi decidido por unanimida-de proceder-se à recontagem dos votos. A conclusão foi clara: “sem qualquer dúvida, percebeu-se existir erro notório no registo do voto daquela secção. Com a recon-tagem, concluiu-se, sem qualquer dúvida, que os dados referentes à eleição da Assembleia de Fregue-sia e à eleição da Assembleia Mu-nicipal foram trocados, podendo até questionar-se se tal alteração resultou de mero lapso ou poderia, ter outra finalidade.” A presidência da União de Freguesias que, no dia 29 de setembro, havia sido atribuí-da a António Braz, do PS, foi assim atribuída a José António Macedo, da coligação PSD/CDS.

Resultados

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Política

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15VIVACIDADE OUTUBRO 2013

Política

“Agradeço a presença de todos”, disse Marco Martins no início do seu discurso como presidente da Câmara Municipal de Gondomar. A Sala D’Ouro do Pavilhão Multiu-sos encheu para receber o autarca

eleito pelos gondomarenses numa cerimónia que contou com famo-sos e desconhecidos, apoiantes e simpatizantes, candidatos e eleitos.

Marco Martins começou por dirigir uma palavra de saudação ao executivo cessante, encabeçado por Valentim Loureiro. “Muitas vezes divergimos, mas quero que fique o respeito institucional que todos

aqueles que serviram a causa públi-ca justamente merecem”.

A pensar no futuro no presen-te, Marco lançou o desafio: “agora é hora de, todos juntos, trabalhar-mos num único projeto, para o qual estão todos convocados: Gon-domar!” Com “muito para fazer”, o presidente conta “com todos os au-tarcas” do concelho e “em especial” com a nova equipa de vereadores.

“Mudança” foi a palavra de or-dem para o concelho, que a partir de agora deixará de ter um “Cora-ção de Ouro” para se afirmar com a marca “Gondomar é D’Ouro”. Seguiu-se a grande ovação da noite para o presidente que não terminou a intervenção sem anunciar para o dia seguinte a primeira reunião de Câmara, até porque “não há tempo a perder”.

Marco Martins toma posse com sentimento de mudançaFoi perante mais de mil pessoas que Marco Martins tomou posse como presidente da Câmara Municipal de Gondomar, na Sala D’Ouro do Pavilhão Multiusos, no dia 23 de outubro. Em discurso, o autarca reforçou a necessidade de mudança num projeto “para o qual estão todos convocados: Gondomar!”

Texto: Pedro Santos Ferreira

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Entrevista a Marco Martins

VIVACIDADE OUTUBRO 2013

Agora que tomou posse, qual é a primeira coisa que vai fazer?

Conhecer os funcionários, os serviços e começar a preparar o Orçamento para 2014, que nos vai obrigar a conhecer em concreto a realidade da Câmara Municipal. Vamos tentar perceber um con-junto de situações que se andam a passar nestes últimos dias, com funcionários a serem diariamente dispensados. Parece que há aqui uma tentativa de tirar a classe mais baixa da pirâmide e perpetuar al-guns dirigentes. Não deveria ser este o momento para renovar as comissões de serviço.

Vai tentar perceber essa situação?Nós vamos ter que começar a

trabalhar tendo em conta a situação orgânica da Câmara, que ainda não conhecemos em profundidade.

Estava à espera de uma vitória tão significativa?

Sempre estivemos à espera da vitória. A fasquia era eleger, não o quinto, mas o sexto vereador. Quando deixou de haver menos uma candidatura a concorrer a fas-quia elevou e conseguimos eleger o sétimo vereador. Em alguns pon-tos, a vitória foi surpreendente.

Em relação à derrota do PSD, es-tava à espera deste resultado?

O PSD venceu a única freguesia que era expectável. As nossas previ-sões eram ganhar a Câmara e cinco freguesias, foi o que aconteceu.

Que leitura faz dessa reviravolta em Gondomar (S. Cosme)?

O resultado é final e temos que o respeitar. Foi um erro inexplicá-vel e quem o cometeu deve ser res-ponsabilizado. Julgo que não terá sido propositado.

Qual a primeira coisa que tencio-na mudar em Gondomar?

Há muitas coisas, mas acima de

tudo a relação entre os eleitos e os eleitores e na transparência da Câ-mara. Isso será feito no dia-a-dia, com um conjunto de práticas e pro-postas do programa.

No que diz respeito à delegação de competências, já tem alguma ideia do que passará para as jun-tas?

Tenho muitas ideias. Obvia-mente que dependerá do facto de as juntas aceitarem ou não. Mas os presidentes de junta só não terão as competências que não quiserem aceitar. Há uma total vontade da Câmara em delegar e poder fazer uma execução de serviços que a po-pulação reclama e quem está mais próximo é a Junta de Freguesia. Eu tenho que ser coerente com aquilo que eu próprio reivindiquei duran-te oito anos enquanto presidente de junta.

No caso de Rio Tinto, por exem-plo - e uma vez que já reivindicou competências nos seus mandatos – o que delegará para a junta?

Muitas coisas. Por exemplo a gestão deste espaço [Quinta das Freiras], a sinalização de trânsito e a conservação da sinalização hori-zontal como as passadeiras, a no-tificação de proprietários de casas devolutas, a finalização de obras na via pública e mais um conjunto grande de competências.

Isso vai facilitar a vida a um presi-dente de junta?

Vai dar mais trabalho aos pre-sidentes de junta mas vai permitir--lhes executar a sua função e o seu trabalho de uma forma mais célere e, acima de tudo, com eficiência porque vai poupar muito à máqui-na do Estado.

Essas delegações vão também tra-duzir-se num maior investimento nas juntas por parte da Câmara?

Isso vai-se traduzir no reforço dos meios que a Câmara delega nas juntas. Sejam meios financeiros ou meios humanos. Há muitos recur-sos humanos que podem ser desco-lados da Câmara para as juntas.

E no que diz respeito ao Plano Di-retor Municipal, o que se propõe a fazer?

É preciso revê-lo rapidamente. Juntar a comissão – que só reuniu uma vez nos últimos dois anos e meio – e depois é preciso que as entidades que fazem parte da Co-missão de Acompanhamento da revisão do PDM se juntem e come-cem a trabalhar.

E porque é que isso ainda não foi feito?

Terá que ser o executivo que agora findou a responder a isso. Fiz muitas vezes essa pergunta e nunca

me responderam.

Está à espera de encontrar algum buraco financeiro na Câmara?

Estou à espera de que o buraco seja só aquele que é conhecido. Os tais 145 milhões.

Mas segundo o executivo de Va-lentim Loureiro ainda há 13 mi-lhões de euros disponíveis no banco...

Havia, há três meses atrás. Duvido que hoje ainda existam. E, aliás, se os encontrar, parte de-les serão para amortizar a dívida. E serão também para pagar duran-te o mês de novembro - se houver liquidez para tal - os subsídios para o movimento associativo que a Câ-mara não pagou agora.

Vai haver alguma auditoria às contas da Câmara?

Nunca chamarei auditoria por-que tecnicamente pode não ser correto, mas vamos desencadear mecanismos para perceber a reali-dade financeira e orgânica da Câ-mara.

Sempre falou em mudança para Gondomar. O concelho vai deixar de ser um dormitório?

Temos que fazer um trabalho a médio prazo para que aumente a oferta de emprego e para que se reduza as movimentações pendu-

lares diárias da população e para que isso faça com que diminua a ideia de dormitório. Mas isso só se consegue ao longo de vários anos, atraindo investimento para criar emprego.

O que é que um cidadão gondo-marense poderá ter como garan-tido no seu primeiro ano de man-dato?

Um conjunto de projetos que vão avançar logo no primeiro ano. Há uma coisa que em 2014 vai acontecer para todos os gondomarenses: a redução do IMI. O portal da transparência e um provedor do muní-cipe também são para a v a n ç a r, ass im

como a q u e s t ã o dos pro-jetos de requalifi-cação da Feira da Belavista e do Mer-cado da Areosa e a atribuição de mais competên-cias às juntas.

R e l at i v a m e n -te à questão da recolha dos lixos em Gondomar. A

O novo presidente de GondomarFoi com 46,41% dos votos que Marco Martins venceu a Câmara nas eleições de 29 de setembro, elegendo sete dos 11 vereadores. Marco quer “mudar a imagem de Gondomar” começando pelo edifício da Câmara, ao unir todo o seu executivo nos Paços do Concelho. Na primeira entrevista enquanto presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins revela ao Vivacidade os seus planos para o concelho e os pelouros que criou para cada um dos vereadores.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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O novo presidente de GondomarFoi com 46,41% dos votos que Marco Martins venceu a Câmara nas eleições de 29 de setembro, elegendo sete dos 11 vereadores. Marco quer “mudar a imagem de Gondomar” começando pelo edifício da Câmara, ao unir todo o seu executivo nos Paços do Concelho. Na primeira entrevista enquanto presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins revela ao Vivacidade os seus planos para o concelho e os pelouros que criou para cada um dos vereadores.

17VIVACIDADE OUTUBRO 2013

recolha dos resíduos está agora entregue a uma empresa privada e já gerou alguma controvérsia no concelho. Pretende manter as coi-sas como estão?

O que eu sei é que há um con-trato por dez anos. Importa perce-ber se está ou não a ser cumprido e importa também perceber um pro-blema a montante – que foi uma fa-lha grave da Câmara – que é o facto de o caderno de encargos ter sido mal elaborado. O caderno de en-cargos estaria abaixo da realidade que é necessária. Temos que estu-dar o contrato, analisá-lo e tomar decisões. Mas quem fala do con-trato da recolha de resíduos, fala do contrato do fornecimento de água e do tratamento de águas

residuais.

Outra si-t u a ç ã o sensível para os gondo-

m a -ren-

s e s – porque também ela foi contesta-da – é o esta-cionamento pago em a l g u m a s zonas do

concelho. Há algo que ten-cione fazer a esse respeito?

Para a Areosa já apresentámos

uma proposta sobre essa ma-

téria. Para o centro de Gondomar temos que analisar o que se passa. Mais uma vez digo que estamos vinculados a um contrato feito, bem ou mal. Mal na minha opi-nião. Temos que negociar com o operador porque a tarifa no centro de Gondomar é muito cara. Não estamos contra o princípio da re-gulamentação do estacionamento mas o preço é exagerado.

Na área dos transportes, o que vai ser feito em Gondomar?

Na questão da mobilidade, temos que melhorar as ligações internas e as interfaces – com a interação entre os operadores – e rapidamente tratar do alargamento da rede ‘Andante’ a todo o conce-lho. Neste momento, a única fre-guesia que tem cobertura da rede ‘Andante’ a 100% é Rio Tinto e, mo-déstia à parte, foi um trabalho meu de contacto direto da Junta com as entidades próprias.

Os quadros comunitários de apoio são para aproveitar para Gondomar?

Há uma obra que será provavel-mente das mais caras nos próximos anos e que depende dos quadros comunitários de apoio. É a linha do

metro para Valbom e S. Cosme e será para Gondomar exigir do Governo.

Tendo em conta o contexto finan-ceiro, na eventualidade da pro-posta do metro falhar, poderão haver alternativas para os gondo-marenses?

Mas porque é que há-de falhar? Eu não vejo porque é que o Gover-no possa ser capaz de falhar num investimento nacional de ‘trocos’ [27 milhões de euros]. Não consigo sequer prever esse cenário. Alter-nativas claro que há.

E um alargamento do Polis de Gramido entrará também na es-tratégia dos quadros comunitá-rios?

Não há ainda certeza se esse tipo de investimentos será ou não

financiado. Mas o prolongamento do Polis de Gramido a Marecos já devia ter avançado. Só não avançou por falta de vontade política e, se for financiado, naturalmente terá que avançar.

Para o alto do concelho, o que é que a Câmara vai fazer para con-cluir o saneamento?

O que a Câmara vai fazer é exigir à Águas de Gondomar que cumpra o contrato que tem e que execute o plano de investimentos.

O plano é simples?Implica um investimento. Mas

a empresa Águas de Gondomar tem essa obrigação. Não pode dar--se ao luxo de cobrar taxas e não cumprir a sua parte.

E quanto ao rio Tinto?Há duas questões no rio Tinto.

Há a questão da ETAR do Meiral, em que existem algumas dúvidas se o problema vai ficar ou não resol-vido com esta intervenção que está agora a ser concluída e há a questão da reabilitação das margens do lei-to. E para aí é fundamental que haja financiamento comunitário e que a Câmara do Porto e de Valongo se mantenham disponíveis para cola-borar.

Está prevista a criação de algum parque urbano?

Nós temos previsto no progra-ma, para executar - não em 2014 mas no primeiro mandato – um parque urbano em Rio Tinto, junto à Levada, e outro no território de S. Cosme/Valbom.

Uma vez referiu que o Centro Cultural de Rio Tinto poderia servir para descentralizar os ser-viços da Câmara. Continua com essa ideia?

O Centro Cultural de Rio Tin-to é um local que voltará a acolher serviços da Câmara. Mas ainda não pensamos que serviços poderão ir para lá. Mas há um compromisso da Câmara em voltar a ter serviços em Rio Tinto.

Marco MartinsPresidente

- Estudos Estratégicos- Proteção Civil e Segurança- Mobilidade- Obras Municipais- Ação Social- Habitação

Luís Filipe AraújoVice-presidente

- Cultura- Departamento Jurídico- Gestão Urbanística e ObrasParticulares- Planeamento e Ordenamento do Território

Aurora VieiraVereadora

- Desenvolvimento do Potencial Humano (educação, saúde, em-prego e formação)- Atendimento Municipal e Mo-dernização Administrativa- Cidadania e participação- Apoio à Presidência

Carlos BrásVereador

- Turismo- Finanças e Contabilidade- Património- Comunicação- Desenvolvimento económico e empreendedorismo

José Fernando MoreiraVereador

- Ambiente e Serviços Urbanos- Zona Polis- Feiras, mercados e eventos promocionais- Espaços verdes

Sandra BrandãoVereadora

- Recursos Humanos- Desporto e Juventude- Protocolo

Pelouros atribuídos

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18 VIVACIDADE OUTUBRO 2013

Política: Juntas e Uniões de Freguesia

De Rio Tinto à Lomba, os elei-tores foram a votos no dia 29 de setembro. A certeza era uma: com a contagem ao final do dia teria início um novo ciclo. O Partido Socialista foi o grande vencedor da noite, com a eleição do novo Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, do presidente da Assembleia de Gondomar, Carlota Teixeira, e de cinco dos sete Presidentes de Jun-tas e Uniões de Freguesia.

Reeleição com vitória his-tórica em Baguim do Mon-te

Nuno Coelho foi reeleito com maioria absoluta em Baguim do Monte. Os baguinenses resolve-ram reforçar a votação do autarca socialista eleito pela primeira vez em 2005. Em entrevista ao Viva-cidade, o presidente da Junta de Freguesia caracterizou esta vitória como “um resultado histó-rico”. “Transmite--nos um con-forto ainda maior, mas também nos obriga a não defraudar a po-pulação”, refere Nuno Coelho. O mandato ago-ra será, na o p i -nião d o so-

cialista, de “concreti-zação” e o principal objetivo, o Centro de Saúde de Ba-guim do Monte. “Temos o terreno e o projeto. A Câ-mara quer avançar com a constru-ção, mas está à espera que o governo permita des-bloquear o d i n h e i ro”, e x p l i c a . Mas não é só na

saúde que Nuno Coelho pensa. “Temos também outros projetos, como as escolas primárias onde queremos colocar a Casa da Cul-tura e Juventude e de apoio ao Movimento Associativo, que é

fundamental. Na outra escola queremos colocar uma divi-

são da PSP”, afirma.

A CDU está prepa-rada para gerir Fân-zeres e S. Pedro da Cova

“A maioria abso-luta muito

s i g -

nificativa, nesta fregue-sia, é resultado de um bom trabalho e do reconhecimento do projeto que apre-

sentámos às p e s -

soas”, começa por referir Daniel Vieira, reeleito para S. Pedro da Cova pela CDU mas que agora tem pela frente uma realidade diferente com a agregação à fre-guesia de Fânzeres. A garantia da “mesma atenção” às duas fregue-sias é dada pelo autarca que pre-tende começar por uniformizar procedimentos e um conjunto de taxas. Já sobre a relação com o novo presidente da Câmara, Da-niel Vieira espera encontrar um novo entendimento com as Juntas de Freguesia e manter as relações institucionais positivas.

Sousenses e c o v e l e n s e s apostam na continuida-de

I s i d r o S o u s a , alargou a g e s t ã o

do território que dirigia. A toma-da de posse, a 18 de outubro, foi um ponto de viragem para uma nova realidade. A gestão da União de Freguesias de Foz do Sousa e Covelo está agora a cargo de Isidro Sousa que foi surpreendido com o resultado eleitorial. “Se disses-se o contrário estaria a men-tir”, afirma o autarca. Ape-sar de ter decidido manter a sede em Foz do Sousa, o au-tarca irá delegar em Silvino Paiva [ex-presidente da Junta de Freguesia de Covelo] al-gumas competências para a gestão em Covelo. “É minha intenção uniformizar os preços em Foz do Sousa e Covelo.

Também pretendo implementar uma unidade de trabalho em rede e plena sintonia”, conclui.

Reviravolta nas contagens dá vitória ao PSD em S. Cosme (Gondomar), Val-bom e Jovim

Na noite de 29 de setembro, 19 votos deram a vitória ao PS na

União de Fre-guesias de

S. Cosme, V a l b o m e Jovim. No entan-to, com a reunião

de Apu-

ramento Geral dos votos, José António Macedo passou a ser o presidente eleito para estas fre-guesias. Um erro numa mesa de voto esteve na origem do proble-ma. Poderá haver consequên-cias jurídicas? “Poderá haver, porque isto não é uma situação normal. Há que apurar o que se passou porque estas situa-ções não podem ficar impunes”,

responde José Macedo. Já sobre o trabalho a realizar, o autarca

espera alargar as compe-tências e projetos imple-mentados em S. Cosme, a Valbom e Jovim. Nos próximos quatro anos, Macedo quer melhorar o relacionamento com a Câmara Municipal

e vê em Marco Mar-tins “uma pessoa de

bom senso”. “Es-tou confiante que vamos ter uma

Os Presidentes para os próximos quatro anosNo dia 29 de setembro Gondomar virou uma página. O ciclo de Valentim Loureiro foi encerrado e de 11 freguesias o concelho passou a ter apenas sete. Entre Presidentes de Junta eleitos e reeleitos, Gondomar passou a ser governado por uma onda socialista que não se alargou somente a dois territórios agregados: Fânzeres e S. Pedro da Cova e Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim. O Vivacidade falou com os autarcas e procurou conhecer as propostas para os próximos quatro anos de executivo.

Texto: Pedro Santos FerreiraRicardo Vieira Caldas

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19VIVACIDADE OUTUBRO 2013

Os Presidentes para os próximos quatro anosNo dia 29 de setembro Gondomar virou uma página. O ciclo de Valentim Loureiro foi encerrado e de 11 freguesias o concelho passou a ter apenas sete. Entre Presidentes de Junta eleitos e reeleitos, Gondomar passou a ser governado por uma onda socialista que não se alargou somente a dois territórios agregados: Fânzeres e S. Pedro da Cova e Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim. O Vivacidade falou com os autarcas e procurou conhecer as propostas para os próximos quatro anos de executivo.

boa relação”, assume.

Melres e M e d a s q u e -

rem apostar no DouroJosé Andrade saiu vitorioso

das eleições autárquicas de 2013. O socialista tem a consciência “que foram as pessoas que qui-seram mudar a conjuntura” mas admite que Melres e Medas têm “imensas coisas para fazer”. “O primeiro compromisso será exigir uma rede de saneamento. Temos uma parte já feita, mas não temos saneamento e um território sem saneamento não pode pensar na maior valência que tem, o turis-m o ”, admite José

A n d r a -de. É

nesse

turismo que o autarca pla-neia apostar, aproveitando as potencialidades que o rio Douro oferece às fre-

guesias e ao con-celho. “Es-

tão cá

os recursos todos, falta re-pensar Gondomar”, salienta José Andrade.

Na Lomba o objetivo é a p r o x i m a r as pessoas à autarquia

Nos próximos quatro anos, o destino da Lomba será lide-

rado por Rui Vicente. O jovem autarca pro-

mete “confiança, empenho, dedi-cação e trabalho” a uma freguesia que, na opinião de Rui Vicente, ficou esquecida

durante a gover-nação de Joaquim Viana. “Vamos es-tar mais junto das pessoas, porque o Sr. Joaquim Via-

na era um presidente muito au-sente e desconhecedor”, lamenta. Prioridades para a Lomba? “Efe-tuar um levantamento e colocar em curso todas as pequenas obras, que tenham pouco impacto finan-ceiro e sejam de execução rápida. Esperamos até ao final do ano dotar a nossa Freguesia de uma Caixa Multibanco”, afirma Rui Vi-cente.

Riotintenses querem con-tinuidade do projeto socia-lista

A freguesia mais populosa de Gondomar e do norte de Portu-

gal, Rio Tinto, escolheu Nuno Fonseca como sucessor

de Marco Martins para a Junta. O ex-secretá-rio sempre esperou “uma vitória expres-siva” e espera agora

reorganizar a Junta de Freguesia com um “in-

vestimento profundo no edifício”. Nuno

Fonseca ad-m i t e

qu e o

projeto socialista “não está acaba-do” e terá a partir de agora “novas adaptações e um registo diferente”. Na opinião do autarca recém-elei-to, é preciso criar um espaço po-livalente “para os grandes eventos de Rio Tinto”, no local do antigo mercado de Rio Tinto e espera en-contrar em Marco Martins apoio para “acabar” com a “injustiça” e conseguir um “investimento ur-gente” na freguesia. “Rio Tinto, durante 20 anos, sempre foi a fre-guesia que mais financiou o con-celho de Gondomar e sempre foi das que menos recebeu”, lamenta Nuno Fonseca. Junta de Freguesia de Rio Tinto: Nuno Fonseca - 22 de outubro

Junta de Freguesia de Baguim do Monte: Nuno Coelho - 21 de outubro

União de Freguesias de S. Cosme, Valbom e Jovim: José António Macedo - 22 de outubro

União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova: Daniel Vieira - 14 de outubro

União de Freguesias de Foz de Sousa e Covelo: Isidro Sousa - 18 de outubro

União de Freguesias de Melres e Medas: José Andrade - 19 de outubro

Junta de Freguesia da Lomba: Rui Vicente - 19 de outubro

Tomadas de posse

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Desporto

VIVACIDADE OUTUBRO 2013

Pinto da Costa é cidadão honorário de GondomarFoi pelas mãos de Valentim Loureiro que, no dia 7 de outubro, Pinto da Costa recebeu a Medalha de Honra do Município, Grau Ouro. A proposta tinha sido aprovada em reunião de Câmara, em 2012, mas só agora foi atribuída a distinção ao Presidente do Futebol Clube do Porto que na hora de agrade-cer, não esqueceu o apoio dos adeptos gondomarenses.

Texto: Pedro Santos Ferreira

No dia 7 de outubro, o Salão Nobre da Câmara Municipal de Gondomar, recebeu a visita de Pinto da Costa, que foi distingui-do por Valentim Loureiro com a Medalha de Ouro da Cidade de Gondomar. Em 2012 o ato foi aprovado por unani-midade pelo executivo do Major, que só agora concretizou a distinção.

D u r a nt e a entrega, Jorge

Nuno Pinto da Costa não esqueceu o apoio dos adeptos de Gondomar, concelho com o maior número de associados do clube, e expressou gratidão pelo gesto da Câmara de Gondomar e de Valentim Loureiro, que considerou um “amigo de todas as horas”.

“Há um ano os médicos ofereceram-me um coração novo. Agora, Valentim Lourei-ro oferece-me outro. Qualquer dia só tenho corações, mas preciso deles para viver estes momentos”, disse o líder portista durante a entrega da distinção de cidadão honorário

de Gondomar.O ex-presidente da Câmara Municipal

de Gondomar, lamentou que o gesto de reconhecimento não tenha sido tomado pela Junta Metropolitana do Porto (JMP) e criticou Fernando Gomes, ex-presidente da Câmara do Porto e da JMP, presente na cerimónia. “Não se percebe como é que na Área Metropolitana do Porto nunca nin-guém foi capaz de lhe prestar homenagem”,

criticou Valentim. O Major admitiu ainda

que só não distinguiu Pinto da Costa en-quanto foi presidente da JMP, por não ter encontrado o melhor “ambiente” para esse ato.

O autarca deixou também um repto a Marco Martins, sucessor na Câmara de Gondomar para continuar o trabalho “nas áreas sociais”. Pinto da Costa aproveitou o tema para lembrar que um dia também ele terá sucessor mas mostrou disponibilida-de total para acompanhar os destinos do clube.

V Pinto da Costa recebeu a medalha das mãos do “amigo de todas as horas”

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Desporto

VIVACIDADE OUTUBRO 2013

Para quem é portista, Ildeberto Ribeiro, presidente do Clube Naval Infante D. Henrique, gosta de com-

parar o clube de remo que dirige com o F.C. Porto. Isto claro, ao nível das classificações porque a modali-dade desportiva em nada se com-para com o futebol. O remo, diz o presidente, “é o único desporto em que o atleta corre sempre de costas para a meta.”

O Naval Infante D. Henrique “tem agora uma visibilidade que nunca teve”

Nas palavras de Ildeberto Ri-beiro, o clube começou a crescer na década de 70. “Foi o clube que in-troduziu o remo feminino em Por-tugal!”, refere.

Com o programa Polis, a Câ-mara precisava do terreno que pertencia ao clube. “Tivemos uma oportunidade de ouro para a cria-ção das novas instalações”, explicou Ildeberto.

As novas instalações têm vis-ta privilegiada para o rio

Douro e encontram-se em linha com o passeio onde, diariamente, circulam milhares de pessoas, em Gramido. Edificado para servir o clube de remo, o novo edifício al-berga no piso superior um restau-rante e um bar, assim como a parte

social do clube. No rés-do-chão, um hangar de grandes dimensões acolhe algumas dezenas de barcos para o remo de vários tipos e ori-gens. Alguns skiff [barcos de um remador], uns double-scull [barcos de dois remadores], quadri-scull [barcos de quatro remadores] e shell [barcos de oito remadores] compõem o conjunto de barcos que servem para os treinos diários e, posteriormente, as competições. Um Shell, segundo o presidente do clube, poderá custar 40 mil euros e cada um dos remos, 50 euros apro-ximadamente. É, por isso, um des-porto “dispendioso”.

Para além do hangar, há ainda uma oficina, na parte traseira do edifício, que se dedica à manuten-ção e reparação de novos e antigos barcos. Também no piso de baixo, o Infante D. Henrique possui todas as

condições para a prática do remo: um ginásio, uma sala com dois tan-ques e vários ergómetros [para trei-nos no interior] e balneários.

Com as novas condições o clu-be cresceu, atingindo agora os 220 atletas para os escalões de infantis e benjamins, iniciados, juvenis, ju-niores, seniores e veteranos. “A nos-sa ambição é que o clube seja cada vez maior”, explica o presidente Il-deberto Ribeiro. O objetivo é “che-gar aos mil sócios” mas o problema, segundo o dirigente, é que “o remo não tem divulgação”.

Quase tricampeões nacio-nais

Comparados pelo presiden-te com “o F.C. Porto” do remo, o Clube Naval Infante D. Henrique encontra-se numa posição privi-

legiada no panorama nacional. Tendo sido campeões nas duas épocas passadas, o futuro do clube de Gondomar avizinha-se “de boas perspetivas”. Ilberto afirma mesmo: “há uns anos atrás éramos um clube pobre, sem equipamentos e hoje em dia somos forte em equipamentos

e resultados desportivos. Este ano, se tudo correr bem,

seremos

tricampeões nacionais.”Nuno Coutinho é treinador do

Infante D. Henrique há seis anos. Nesta época, dedica-se aos esca-lões de formação mas já esteve li-gado este ano a juniores e seniores femininos. “No ano passado, com os seniores, várias tripulações al-cançaram as primeiras classifica-ções e uma tripulação feminina foi campeã nacional. O Shell 8 alcan-çou também as medalhas”, explica. O sucesso, esse deve-se “ao traba-lho dos atletas e a sua disponibi-lidade e o que o clube tem dispo-nível como material físico”, refere o treinador. O maior inimigo do remo, para Nuno Coutinho, é o vento. Sendo o remo um desporto de equilíbrio as ondas, provocadas pelo vento, dificultam a prática do desporto. Mas o vento não é o úni-

co causador das ondas no rio Dou-ro. “O rio é cada vez mais navegá-vel e isso é um problema”, adverte Nuno Moutinho.

Com ou sem ondas, mas sempre “quando as condições de seguran-ça estão asseguradas”, os atletas do Clube Naval Infante D. Henrique treinam diariamente no rio Douro para alcançarem os primeiros luga-

res nas tabelas classifi-cativas nacionais.

Clube Naval Infante D. Henrique“O F.C. Porto do remo”Na margem direita do rio Douro, em Gramido, Gondomar, existe um clube de remo em crescimento. O Clube Naval Infante D. Henrique nasceu em 1925 e começou com barcos de madeira depositados em hangares velhos. Hoje é um dos maiores clubes a nível nacional e encaminha-se para ser tricampeão nacional de remo.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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EquipaFC Pedras RubrasSobradoUD ValonguenseSC Rio TintoPadroenseParedesAliados LordeloSerzedoOliv. DouroCandalVila MeãLeçaS. Pedro da CovaLousadaS. MartinhoRebordosaNogueirense FCInfestaVarzimBarrosas

Pontos14131312111110101099766554421

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EquipaBoavistaFreamundeCamachaSalgueiros 08GondomarAmaranteSousenseVila FlorCoimbrõesPerafita

Pontos15131110986541

Campeonato Nacional de Séniores - Série C

Divisão Pro-EliteNacional - AF Porto

Próximos JogosJornada 7 - 27 Outubro

Gondomar -Camacha (15h)

Perafita -Sousense (15h)

Próximos JogosJornada 7 - 27 Outubro

S. Pedro da Cova -FC Pedras Rubras (15h)

SC Rio Tinto -UD Valonguense (15h)

Tabela Classificativade Futebol

CalendárioNacional de RemoPróximas Provas

26 Outubro1ª Prova Torneio de Escolas 2013/49 Novembro5ª Regata CFP - Yolle16 Novembro2ª Prova Torneio de Escolas +Reg. Complementares16/17 NovembroRemoTur - Yole e Shell 16 + 22 km

V Na foto: Ildeberto Ribeiro, presidente do Clube e Nuno Moutinho, treinador

V O Clube Naval Infante D. Henrique prepara-se para ser tricampeão nacionale já acumula troféus na sua Sede Social

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Águas de Gondomar quer nova sede para o centro de GondomarA Águas de Gondomar (AdG) quer ver incluída a construção de uma nova sede, no centro de Gondomar, na alteração do Contrato de Concessão com a vinda de um novo executivo para a Câmara Municipal de Gondomar. A empresa espera ainda poder concluir a rede de saneamento no alto do concelho com a ajuda da Câmara.

A construção de uma nova sede é um dos “objetivos fundamentais” para a AdG. Pelo menos é o que pensa o administrador Jaime Martins que admite que há uma ne-cessidade “em termos de coesão de equi-pas.” “Temos alguma dificuldade agora porque temos a sede e depois temos um parque operacional fora daqui. Jaime Mar-tins elaborou um projeto e “a ideia é conse-guir juntar as valências todas num só local, no centro de Gondomar.” “Aí poderíamos ter melhores condições para os clientes e para os colaboradores trabalharem. É uma construção exequível e pensada muito ba-rata, com qualidade. Não há aqui megalo-manias mas há conceitos mais modernos, de open space”, refere.

Num momento em que a AdG se en-contra num “processo de reequilíbrio” e

com a entrada de um novo executivo para a Câmara de Gondomar, Jaime Martins mostra total abertura para o novo execu-tivo e caracteriza-o como “mais dinâmico”. “Havia sempre uma abertura e sinceridade de ambas as partes e é aquilo que espera-mos com este novo executivo. Não temos nada a esconder. Sabemos que este execu-tivo poderá ser mais dinâmico”, explica.

Sobre o saneamento para o alto do con-celho, o administrador admite que houve algumas “dificuldades na escolha dos ter-renos, licenciamento e aquisição” devido ao Plano Diretor Municipal e ao Plano de Ordenamento da Albufeira de Crestuma--Lever, mas garante que “neste momento, a questão passa por um desbloquear dessas situações burocráticas que não consegui-mos resolver”.

Câmara de Gondomarentrega 43 habitações novasValentim Loureiro entregou no dia 10 de outubro, as chaves de 43 novas habitações na Urbanização Padre Joaquim Alves das Neves, em S. Pedro da Cova. A entrega é resultado de um acor-do de colaboração estabelecido com o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana.

No dia 10 de outubro, Valentim Lourei-ro entregou as chaves de 43 novas habita-ções (em regime de renda apoiada) durante a cerimónia realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal de Gondomar. As ha-bitações situadas na Urbanização Padre Joaquim Alves das Neves, em S. Pedro da Cova, resultam de um acordo ao abrigo do “Prohabita”, estabelecido com o Instituto de

Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU). “Quero que esta mudança represente

uma forte modificação na vida destas fa-mílias. Espero que, agora, tenham possibi-lidade de ser mais felizes e, com estas novas condições de vida, possam efetuar uma mudança que lhes traga mais felicidade”, disse o ex-presidente da Câmara Municipal de Gondomar, antes do ato simbólico da entrega das chaves.

No total foram alojadas duas famílias em habitações tipologia T1, 35 em T2, e seis em tipologia T3. Todas as habitações têm lugares de garagem. O valor global da aquisição é de quase três milhões de euros, sendo comparticipado a fundo perdido em 40% pelo IHRU, 40% financiado a 25 anos e 20% com capitais do Município.

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Empresas & Negócios

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Em S. Pedro da Cova o restau-rante Adega Azul não passa des-percebido. Situado na Rua Manuel Sequeira, o espaço que chegou a ser uma mercearia é agora um “restaurante com uma faceta de tasca” conhecido pelos petiscos e especialidades da casa. Amêijoas, tripas à moda do Porto, salpicão, presunto tradicional e sandes de javali contagiam os clientes, bem como os pratos do dia, servidos de segunda a sábado.

A imagem do cavalete, um dos símbolos da Adega Azul, tem uma divulgação “propositada”, segundo Gil Sousa, proprietário do restau-rante. “É um ícone que por vezes

é esquecido e por isso tentamos passar essa imagem às pessoas que frequentam a nossa casa”, refere.

Aberto às segundas e terças das 8h às 19h e quintas a domin-

gos das 8h às 22h, a Adega Azul só fecha às quartas-feiras. O es-tabelecimento é também conhe-cido pelos jantares temáticos – o primeiro contou com a presença

do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho – jantares do dia dos namorados e festas da francesinha que organiza.

A Adega Azul caracteriza-

-se por ser um espaço muito em conta com refeições de qualida-de, desde o Bacalhau à Braga até às Postas das Minas com batata à murro.

Adega AzulPetiscos e especialidades com tradiçãoÉ quase secular em S. Pedro da Cova. A Adega Azul, um restaurante e casa de petiscos sampedrense tem cativado o público com as iguarias como a “Posta das Minas” e o “Bacalhau à Braga”. O restaurante que chegou a ser uma mercearia tem várias especia-lidades de segunda a sábado.

‘O Cabeças’ inaugurarestaurante em MatosinhosA empresa de Baguim do Monte, conhecida pelo porco no espe-to, abriu no dia 18 de outubro uma casa em Matosinhos, situada na Av. Serpa Pinto. Na inauguração, Saúl e Patrícia, responsá-veis pelo Cabeças, contaram com casa cheia e muita animação.

Muitos amigos e clientes do Cabeças marcaram presença na inauguração do novo restaurante em Matosinhos, no dia 17 de outubro. O espaço está situado na Av. Serpa Pinto e conta com o famoso por-co no espeto, bem como outras iguarias e petiscos. A empresa de Baguim do Monte, liderada pelos empresários Saúl e Patrícia, decidiu expandir o negócio e no dia em que o novo restaurante abriu as portas, apenas para convidados, houve muita anima-ção, leitão e porco assado. Saúl aproveitou para agradecer a presença de todos e dis-

se que o sucesso da empresa dependeu da sua equipa de trabalho e dos seus clientes que “gostam do porco e do leitão servidos pelo Cabeças”. A inauguração contou com a presença de Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, que marcou presença para desejar felicidades e felicitar os responsáveis pelo restaurante.

Com esperança de tornar este novo espaço numa referência para continuar a saborear o bom leitão e o porco no espeto, o restaurante foi oficialmente aberto ao pú-blico no dia 18 de outubro.

Paulo VI arrancaem festa!

O ano letivo não podia começar da me-lhor maneira para os alunos e docentes do colégio Paulo VI, em Gondomar. A tercei-ra edição do ‘Paulo VI arranca em festa!’ chegou, desta vez, a 28 de setembro ao colégio gondomarense e proporcio-nou um dia de divertimento a to-dos os que nele quiseram parti-cipar. Dos bebés aos alunos do 12.º ano, passando pe-los docentes e pais, todos se juntaram nas dezenas de ati-vidades organizadas pelo colégio, começando pelo hino. Workshops de música, ballet, ginástica acrobática e zumba, bem como zumba, futsal, karaté, bowling e matrecos foram al-gumas das atividades postas à dis-posição das centenas de pessoas presentes na iniciativa.

Para além do aspeto lú-dico, também o pedagógico compôs a tarde no Colégio Paulo VI. Várias foram as pessoas que assistiram a uma projeção de cinema documental e muitas outras participaram em ateliês de pintura, manicure e pentea-

dos. Foi também instalado um laboratório de ciências onde os alunos eram convida-dos a abrir um porco e perceber as partes

que o compunham. A terceira edição do ‘Paulo VI ar-

ranca em festa!’ contou também com jogos tradicionais, exposições e

ainda crepes, para quem qui-sesse adoçar a sua tarde.

O objetivo, segundo a diretora do Colégio

Paulo VI, Dulce Ma-chado, era simples: “proporcionar um

dia de festa para que os estudan-tes arranquem assim o início do ano letivo.” “É também abrir o colégio aos nossos alunos, pais e familiares e colaboradores no sentido de mostrar um pouco

aquilo que este colégio é, para além da parte académica que é

muito importante mas também a parte da criatividade e desen-

volver experiências diferentes”, acrescentou Dulce Machado.

“Acima de tudo um dia de partilha diferente e de estreitar amizades”, finalizou.

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Opinião

Este espaço de opinião jorna-lística tem tido como princípio de orientação, desde o seu início, não se ocupar com questões locais. Sempre privilegiamos uma análise à situação política nacional, com dois objetivos: por um lado pro-porcionar, uma vez por mês, aos

leitores deste jornal, uma visão das grandes temáticas nacionais; por outro evitar que as paixões da po-lítica local se convertam num pre-texto divisionista entre leitores que têm em comum a proximidade de quem convive no mesmo espaço territorial. Muito raramente, por isso, nos ocupámos aqui de assun-tos locais, sendo que a exceção de hoje deve ser entendida nesse mes-mo sentido – uma exceção.

Durante mais de década e meia o concelho de Gondomar foi geri-do pelo major Valentim Loureiro, uma personalidade com carac-terísticas muito próprias, que o tornaram, indiscutivelmente, – já antes de ser autarca – numa figu-ra nacional. E em abono da justiça devemos todos reconhecer que o seu reinado legou ao concelho um conjunto de equipamentos de rele-vante mais-valia para o bem-estar de todos os cidadãos. Pavilhões e parques desportivos, infantários e creches, piscinas e centros de lazer, escolas e lares de idosos, centros de saúde e equipamentos de socorro, vias de comunicação e transportes, habitação social e centros de aco-lhimento, etc. etc.

Terminado este ciclo, e inde-pendentemente das circunstâncias

políticas especiais em que ocorre-ram as eleições autárquicas no con-celho, os gondomarenses optaram pela mudança, dando uma folgada vitória aos socialistas. E escolhe-ram para seu presidente um jovem mas já experiente autarca, que pra-ticamente se estreou nestas lides como presidente da maior Junta de Freguesia do concelho, o Dr. Mar-

co Martins. Ou seja, alguém que não é virgem na gestão de proximi-dade da coisa pública, e que, indis-cutivelmente, foi construindo uma imagem muito positiva, sobretudo na cidade de Rio Tinto, que inclui, também, a freguesia de Baguim do Monte.

Os tempos que atravessamos são particularmente difíceis para qualquer autarca. Com um brutal estrangulamento de meios finan-ceiros – sejam eles os resultantes

de receitas próprias, sejam os que decorrem de transferências do po-der central – o novo presidente tem um enorme desafio, e um penoso caminho para percorrer. Manda a honestidade intelectual que todos os gondomarenses tenham a cons-ciência plena destas dificuldades, e das suas consequências. Por isso mesmo, exigir-lhe mundos e fun-

dos, como se estivéssemos a revi-ver tempos de vacas gordas seria, para além de uma tremenda in-justiça, uma prova de menoridade intelectual.

Senhor Presidente: Vossa Ex-celência não ignora que o autor destas linhas conhece muito bem o que é gerir uma grande autarquia. E com as devidas diferenças em re-lação ao Porto, o nosso concelho é parte integrante da segunda maior região metropolitana do país. O

que lhe confere particulares res-ponsabilidades no desenvolvimen-to global e harmonioso da Área Metropolitana do Porto. Uma hon-ra, mas sobretudo um desafio para quem passa a ser um “inter pares”. Por isso mesmo, o que desde já lhe pedimos, como gondomarense, é que comece por apostar no nosso orgulho coletivo, e na afirmação de uma nova imagem do concelho de Gondomar.

Sabemos que os cidadãos lhe vão exigir, muitas vezes, o impos-sível. E por isso precisará de ter ideias claras sobre as prioridades deste seu mandato. Se nos é permi-tida uma sugestão, e em tempos de penúria de recursos, comece por apostar na manutenção e melhoria do espaço público: pisos e passeios das nossas artérias; disciplina no tráfego; iluminação pública; re-colha de lixos e limpeza; jardins e zonas de lazer; rede de abaste-cimento de água; saneamento e condução de águas pluviais. Aqui reside o primeiro cartão de visitas das nossas freguesias. Não permi-ta, pois, que Gondomar continue a ser olhado como um concelho dor-mitório dos arrabaldes do Porto. Porque não pode haver pior desig-nação ou qualificativo…

“Carta Aberta” ao presidente eleito da Câmara de Gondomar

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

Uma boa gestão das finanças pessoais é determinante para me-lhor administrar os rendimentos e controlar as despesas, permitindo ainda poupar para acautelar algum imprevisto e para investir, caso seja possível. Em outubro, mês em que se celebra o Dia Mundial da Pou-pança, aqui ficam alguns conselhos úteis:

- Elabore, mensalmente, o seu orçamento familiar. É uma tarefa fácil e o melhor instrumento de controlo dos rendimentos e das despesas;

- Faça uma poupança, inde-

pendentemente do valor. Se possí-vel, retire mensalmente um valor do seu rendimento para poupan-ça, qualquer que seja a quantia. É muito importante que tenha uma reserva que lhe permita fazer face a algum imprevisto e acautelar o futuro;

- Recorra ao crédito apenas para antecipar uma compra que lhe seja absolutamente indispensável e desde que a capacidade financeira do seu agregado o possa suportar. O crédito é uma forma de antecipar rendimentos para efetuar consu-mos no presente, mas que terá que

pagar no futuro;- Se decidir recorrer ao crédito,

analise a sua situação financeira e avalie se o seu orçamento familiar lhe permite contrair uma dívida. Os encargos mensais com emprés-timos não devem ultrapassar os 35% do rendimento mensal dispo-nível;

- Pesquise, compare e negoceie o seu crédito: Compare a TAE, a TAER ou a TAEG que refletem o custo total do crédito. Quanto mais baixas são estas taxas mais baratos são os créditos.

Não se esqueça que mais im-

portante do que o que ganhamos é o dinheiro que poupamos!

Mas, mesmo com uma gestão cuidadosa e um endividamento controlado, podem sempre surgir imprevistos que podem levar ao desequilíbrio das finanças pessoais. Caso se encontre numa situação de sobre-endividamento, saiba que o Gabinete de Apoio ao Sobre-endivi-dado da DECO presta, gratuitamen-te, informação e aconselhamento para a gestão do seu orçamento fa-miliar e pode ajudá-lo no contacto com entidades credoras. Contacte--nos: www.gasdeco.net

Porque o dinheiro não cai do céu, mas parece que voa do bolso…Mais vale prevenir do que remediar!

Joana Simões

Jurísta da DECO

Para qualquer esclarecimento adicional pode dirigir-se à DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor - Delegação Re-gional do Norte, sita na Rua da Torrinha nº 228, H, 5º andar, 4050-610 Porto, ou através do endereço: [email protected]

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Opinião

Sim os nossos idosos, porque se tratam dos nossos pais, dos fa-miliares, vizinhos, etc, trata-se de um problema que a cada dia que passa vai-se tornando mais difícil de resolver e que não podemos ig-norar. E os nossos idosos não po-dem constituir um problema, mas sim a solução para o bem-estar na vida, pois se eles estiverem bem, também nós podemos ficar bem. Com os cuidados médicos a me-lhorarem, a idade média de vida vai aumentando exponencialmen-te, logo o número de pessoas com a idade de reforma vai aumentan-do, bem como a dependência de muitas desta pessoas dos cuidados básicos de vida, que passam pelas necessidades diárias na alimenta-ção, higiene, cuidados de saúde, etc. Certo é que os Lares da 3ª Idade constituíram uma mais-valia na as-sistência aos idosos, do qual temos bons exemplos na nossa terra como sejam o Lar Paroquial de Rio Tin-to e o de Baguim do Monte, onde diariamente um conjunto de pro-fissionais tudo fazem para melho-rar a vida deste grupo etário com

inúmeras necessidades. Conheço bem a qualidade destas instituições pois fui responsável médico do Lar Paroquial de Baguim do Monte mais de 25 anos, onde, apesar das grandes dificuldades económicas com que se debatem, substituem por um lado o Estado que não tem capacidade de organizar institui-ções destas e por outro a família que também, por outras razões, não tem possibilidade de prestar os cuidados necessários a muitos dos seus familiares. No entanto, muitas vezes são a única solução, mesmo para cuidar idosos muito debilita-dos, com sequelas graves de patolo-gias crónicas, que obriga estas insti-tuições a contratar profissionais de saúde e outros, com claro agrava-mento das suas despesas, sem que sejam devidamente compensados pela segurança social. Substituem--se assim, aos Serviços de Cuidados Continuados, que tal como o nome indica, deveriam seguir-se aos hos-pitais e não os lares. Torna-se assim necessário uma equipa médica e de enfermagem quase permanen-te, fisioterapeutas, nutricionistas,

psicólogos, enfim um número de profissionais que vão condicionar a rentabilidade destes Lares, que tudo fazem para minorar esta ca-rência, enfim, para solucionar um problema para o qual não foram criados. É assim, eu diria, quase he-roica a entrega destes profissionais, no empenho diário aos seus idosos. É nisso que os familiares dos idosos aí internados, devem pensar, e mais do que criticar, ajudar a encontrar as soluções dignas para melhorar a qualidade de assistência aos seus familiares. Isso não justifica que tudo esteja bem, aceitando as pro-postas de restruturações organiza-tivas de modo construtivo, pois as condicionantes técnicas do lares, são inúmeras e por vezes algo com-plexas. Não se devem fechar sobre si mesmo, abrindo-se aos familiares e populações locais.

Hoje em dia começaram a sur-gir outro tipo de assistência a ido-sos e não só, profissionais que sob a forma de empresas ou grupos, vão aos domicílios de idosos ou pessoas solitárias que, no seu meio ambien-te, nas suas casas, necessitam de

ajuda nas tarefas diárias mais bá-sicas, ou simplesmente de alguém que fale com eles, lhes traga confor-to material e humano, muitas vezes difícil de criar e manter nas suas casas. São psicólogos, enfermeiros e outros profissionais que se deslo-cam diariamente aos seus utentes para deste modo prestar assistên-cia. Muitos dos Lares da 3ª Idade, também iniciaram esta atividade, mas com limitações impostas pelas condicionantes dos inúmeros uten-tes que carecem deste apoio. Trata--se sem dúvida, de uma solução interessante e que pode minorar o conflito que constitui para o idoso o ir para um lar de internamento, bem como para os familiares. É ób-vio, que nem todos têm a possibili-dade económica de uma assistência destas, mas não deixa de ser uma alternativa digna e tecnicamente eficaz.

Finalmente um agradecimento, a todos os profissionais que diaria-mente, em lares ou na assistência domiciliaria, tornam mais fácil a vida a quem no passados nos criou e cuidou.

Os Nossos Idosos... Lares e Serviços de assistência domiciliária

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

A estrada de D. Miguel, que na prática liga o Alto da Serra ao nó da A29, e daqui para a marginal do Douro, faz jus à memória histórica que lhe deu o nome, já que propor-ciona uma invejável vista sobre o Grande Porto, razão porque servi-ra de plataforma ao controlo mili-tar da cidade nas guerras entre os irmãos desavindos, D. Pedro e D. Miguel. Nunca foi, talvez por isso, uma via pacífica…

Desde os anos noventa que foi objecto de várias intervenções e melhorias, numa primeira fase para o seu alargamento e recon-figuração de traçado e piso, e de-pois, em diferentes momentos, para intervenções sobretudo de segurança, com a construção de rotundas, desnivelamentos, insta-lação de semáforos e controlo de velocidade, baías de paragens de

transportes públicos e estaciona-mento, iluminação, lombas e pas-sadeiras, etc.

No seu histórico recente regis-ta vários acidentes, alguns particu-larmente graves e mortíferos. Com o seu perfil atual de vias duplas em alguns troços, é propícia aos desafios de velocidade, sendo que as armadilhas, nomeadamente as suas acentuadas lombas, assinalam o elevado índice de sinistralidade que nela se regista. Se dúvidas houvesse, basta fazer o percurso com particular atenção, e anali-sar o estados dos rails e de muitos postos de iluminação para não res-tar a mais pequena dúvida sobre os acidentes que por ali acontecem.

A estrada de D. Miguel nunca foi uma via bem amada por nin-guém. Poder-se-ia mesmo dizer que D. Miguel ali deixou uma es-

pécie de maldição enraizada nos seus instintos fratricidas, que se têm prolongado até aos nossos dias…

Há poucos anos atrás, a via foi iluminada em grande parte, sendo instalados postos de iluminação pública em ferro, com ramal de ali-mentação subterrâneo, em grande parte do seu percurso. As luminá-rias, não sendo de grande potên-cia, são ainda assim aceitáveis para o fim em vista. Mas quem percorre a via durante a noite, sobretudo a partir do Alto da Serra, no sentido de norte para sul, fica estupefacto com o estado em que se encontra a iluminação.

Mais de dois terços dos can-deeiros têm lâmpadas fundidas, avariadas, ou simplesmente não existem. Uma quantidade signi-ficativa de postos estão tortos ou

caídos por sucessivos acidentes de viação. A estrada tende para a escuridão total, e torna-se uma ameaça para quem por lá se aven-ture a circular a pé ou de bicicleta. E quem tiver de parar não está li-vre de riscos ou sustos.

Este é um dos muitos exem-plos que abundam no concelho de Gondomar. Mas neste caso con-creto, a degradação da iluminação atingiu todos os limites. De quem é a responsabilidade por este pés-simo exemplo de gestão pública? Da Câmara ou do fornecedor da eletricidade? O “Bisturi” desco-nhece os termos do contrato que necessariamente existe entre o Município e o fornecedor de ener-gia. Mas também não é relevan-te, porque em última instância a Câmara Municipal será sempre a principal gestora da via…

Quem manda na estrada de D. Miguel?Bisturi

Henrique Villalva

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Lazer

VIVACIDADE OUTUBRO 2013

Tome cuidado com este mês. Poderá superar facilmente o seu estado de alma, basta querer. Não se deixe dominar pelos seus impulsos e medite muito bem antes de tomar qualquer decisão definitiva so-bre o seu futuro amoroso.

Conte com a ajuda de amigos e familiares. Boa oportunidade para estreitar os seus laços de amizade e familiares. No plano afectivo, os astros não estão muito favoráveis. Controle o seu ímpeto e não facilite. Daqui a nada é outro mês.

Abuse da sua intuição. Tudo está a seu favor. Mudança de cargo tem tudo para ser benéfica. Todas as suas qualidades estão em alta neste período. Para quem está só, poderá aparecer o seu romance.

Facilidade de comunicação com os outros. Se tem contactos a fazer , aprovei-te. Usufrua da boa fase astral deste mês, mas não a demonstre a terceiros. No amor, não seja tão individualista. Cuidado com relação desgastada.

Em desordem nada de bom se rea-lizará . Discipline-se. Não seja demasiado pretensioso. Poderá ser mal aceite! Não tome decisões importantes, a menos que sejam inadiáveis. Fique atento. Coloque o seu instinto em prevenção. Siga-o!

A sua sedução e magnetismo pes-soal estão em alta. Use-os para conquistar alguém de quem tanto gosta. Ele(a) não terá muitas chances de resistir. Irá des-cobrir interessantes possibilidades na sua vida futura. Quem sabe faz a hora!

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A defesa de um amigo injustiçado poderá trazer-lhe dissabores. Se souber manter a calma, chegará ao fim com o dever cumprido. Não aja por impulso. Reserve momentos de descanso e lazer. A sua criatividade mental está em alta.

Seja mais discreto na sua vida par-ticular. Não se exponha a falatórios. Lute pelo que deseja, mas de maneira subtil. O seu romantismo tornará possível que al-guém que muito ama se declare. Incentive o seu par, seja mais amorosa(o).

Apoio que há muito esperava poderá finalmente chegar à sua vida. É hora de lutar com entusiasmo e afinco pelos seus objectivos. Pessoas e factos do passado podem interferir no seu plano afectivo.

A sua sensualidade e sorte estão em alta. Aproveite. Pare de sonhar, tente levar à prática o que deseja. Bom dia para tentar a sua sorte. Tente auxiliar quem precisa e que tanto espera de si.

Intrigas e mexericos nunca trouxeram nada de bom. Afaste-se deles para preser-var a sua imagem íntegra. Saiba manter a calma em condições adversas e chegará ao fim com resultados positivos. Aproveite a sua maré de sorte.

Possibilidade de momentos de ansie-dade e nervosismo. Mantenha a calma. Oportunidade de aperfeiçoamento profissio-nal ou cultural. Ser-lhe-á útil no futuro. No amor, boas chances de entendimento a dois. A sua iniciativa será benéfica.

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIADE

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA AREOSA - RIO TINTOFUNDADA EM 12/09/1922

INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA

ASSEMBLEIA -GERAL ORDINÁRIA

CONVOCATÓRIA

Ao abrigo do artigo 35º alínea h) e dando cumprimento à alínea b) do nº 2 do artigo 39º, dos Estatutos, convocam-se os Associados da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Areosa – Rio Tinto, no pleno uso dos seus direitos, para uma Assembleia-Geral Ordinária, que terá lugar no próximo dia 15-11-2013, pelas 21h15m, na Rua dos Marques, Rio Tinto, com a seguinte ordem de trabalhos:

ORDEM DE TRABALHOS:

1º - Analisar, discutir e votar Plano e Orçamento para o ano de 2014, bem como o Parecer do Concelho Fiscal.

2º - Alteração e aprovação de morada da SEDE SOCIAL

3º - Informações.

Rio Tinto, 21 de Outubro de 2013

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

(Amadeu José Branquinho Mota)

Nota : A Assembleia-geral, reunirá à hora marcada na convocatória se estiverem presentes mais de metade dos Associados com direito a voto.

Se, à hora marcada para a Assembleia-geral, não se verificar o número mínimo de presen-ças previstas no parágrafo anterior a Assembleia-geral reunirá em 2ª convocatória, 30 MINUTOS depois, com qualquer número de Associados

SEDE: RUA DOS MARQUES, 4435-466 RIO TINTO

SERV. EMERGÊNCIA: 112 TELEFONES 229732009 / 229732010 – FAX: 229730024

Na foto: António Martins dos Santos e Ana Martins Ferreira

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