Terraços fluviais e materiais de construção em Teresina

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    VIII Simpsio Nacional de Geomorfologia I Encontro bero-Americano de GeomorfologiaIII Encontro Latino Americano de Geomorfologia I Encontro bero-Americano do Quaternrio

    FORMAO DOS TERRAOS FLUVIAIS E SUA APLICAO COMO FONTE DE

    MATERIAIS PARA A CONSTRUO CIVIL EM TERESINA - PI

    Bartira Arajo da Silva Viana -Doutoranda do DINTER UFMG/UFPI em Geografia e

    Professora da UFPI.Endereo para correspondncia: Campus Ministro Petrnio Portella, Bairro Ininga,CCHL/DGH, Teresina - Piau, Telefone: (86) 3215-7777, CEP: 64.049-550.

    E-mail:[email protected]

    Iracilde Maria de Moura F Lima - Doutoranda do DINTER UFMG/UFPI em Geografia eProfessora da UFPI.

    E-mail:[email protected]

    Cristiane Valria de Oliveira - Professora/Orientadora do IGC-UFMGEndereo para correspondncia: IGC-UFMG, Av.

    Antonio Carlos 6.627CEP: 31270-901- Belo HorizonteMGE-mail:[email protected]

    Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin- Professora do IGC-UFMGEndereo para correspondncia: IGC-UFMG, Av.

    Antonio Carlos 6.627CEP: 31270-901- Belo HorizonteMGE-mail:[email protected]

    RESUMO

    O presente trabalho trata, preliminarmente, da caracterizao dos terraos fluviais do

    municpio de Teresina-PI. Nesses terraos, materiais de granulometrias variadas (seixos,areia, silte e argila) formam um composto mineral, chamado, localmente, de massar, e que,juntamente com a areia e os seixos, tem larga utilizao na construo civil, principalmente nacidade de Teresina. A expanso urbana dessa capital nas ltimas dcadas motivou uma maiorexplorao de minerais nesses terraos fluviais, ampliando essa atividade e, tambm,

    provocando srios problemas ambientais. Dessa forma, torna-se necessrio aprofundar acompreenso sobre a formao desses materiais e sua distribuio espacial. Foram utilizadas,como base da pesquisa, diferentes fontes bibliogrficas sobre a temtica e a superposio demapas geolgicos, hipsomtricos e de drenagem. Conclui-se que esses materiais, que,atualmente, formam terraos de at cem metros acima do nvel de base local, resultam daatuao de processos fluviais desde tempos pretritos (Plio-pleistoceno), e em condiesambientais de maior energia fluvial do que as atuais. Ele constitui o retrabalhamento deconglomerados formados na bacia sedimentar do Parnaba a partir, provavelmente, da erosodas rochas cristalinas presentes nas zonas perifricas dessa bacia sedimentar.

    PALAVRAS-CHAVES: terraos fluviais, massar, fonte, construo civil.

    __________ Universidade Federal do Piau (UFPI)..Universidade Federal do Piau (UFPI). Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).4.Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    FORMATION OF FLUVIAL TERRACES AND ITS APLICATION AS SOURCE FOR

    CIVIL ENGINEERING USE IN TERESINA - PI

    ABSTRACT

    This paper aims, in the first place, at the characterization of fluvial terraces in the city ofTeresina- Piau, where a material formed of a mineral compound, locally known as massarcan be found. This compound is a mixture of material of different glanulometrys (pebble,sand, silt and clay), and together with pebbles and sand it is widely used in construction,mainly in the city of Teresina. Urban expansion of capital in recent decades led to extending

    building activities, resulting in an increase of this compound exploitation in the river terraces,causing, therefore, serious environmental problems. Thus, it became necessary to broaden theunderstanding about the processes involved in the formation of these materials and theirspatial distribution. As a basis for this research literature sources on this topic were used, aswell as superposition technique using geological, topographic and drainage maps. Theconclusion is that this material, which forms the terraces up to one hundred meters above the

    base level along the Parnaba River, especially near Teresina, resulted from fluvial processesin environmental conditions of higher fluvial energy than today. The material in fact wastaken from old conglomerates that formed the Parnaiba sedimentary basin and it was probablyformed as the result of erosion of the crystalline rocks form the peripheral depression to thissedimentary basin. The compound alluvial material results therefore, from the rework ofsedimentary conglomerates which has been since the Plio-Pleistocene carried through fluvialtransport and deposited along the Parnaba river basin.

    KEYS WORDS: fluvial terraces, massar,sources, building uses.

    1-INTRODUO

    A configurao espacial urbana teresinense adquiriu nova expanso a partir da dcada

    de 1970, atravs dos fluxos migratrios, da intensificao da poltica habitacional e da

    modernizao do sistema virio. Essa expanso pode ser expressa pelo crescimento de sua

    populao urbana, que foi triplicada entre as dcadas de 1970 e 1990, passando de um total

    de 181.062 habitantes para 555.985 e sua quase quadruplicao entre a dcada de 1970 e o

    ano 2000, passando a corresponder a 677.470 habitantes (TERESINA, 2002). No ano de

    2007, o municpio de Teresina contava com 778.341 habitantes (IBGE, 2007a),

    concentrando-se, em sua rea urbana, mais de 90% de sua populao total (Fig. 1).

    O crescimento acelerado que vem ocorrendo na rea urbana de Teresina deve-se ao

    crescimento natural, associado aos elevados contingentes de imigrantes. Estes so oriundos

    tanto da zona rural, como de outras cidades piauienses, alm de estados como Maranho,

    Cear e outros, atrados pelo desenvolvimento e pela adoo de inovaes tecnolgicas e,

    principalmente, pelos servios de educao e sade oferecidos na capital piauiense.

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    O presente estudo pretende caracterizar, quanto a sua gnese e espacializao, os

    terraos fluviais do Municpio de Teresina-Piau, formados, principalmente, por seixos e o

    massar. A grande expanso urbana das ltimas dcadas trouxe como efeito colateral, o

    aumento na utilizao do massar como matria-prima de construes. Portanto, o

    crescimento populacional e o aumento das taxas de desenvolvimento urbano impem a maior

    necessidade de consumo desses materiais presentes, em especial, nos terraos fluviais da

    capital e reas de seu entorno.

    Vale destacar que os problemas socioeconmicos e ambientais da rea de estudo esto

    condicionados explorao desordenada e predatria dos recursos naturais locais presentes

    nos terraos fluviais. Tambm se faz notar a escassez de estudos realizados sobre a atividade

    extrativa mineral desenvolvida nos terraos fluviais de Teresina, sendo que os mesmos no

    do nfase aos aspectos geomorfolgicos desses terraos.

    Segundo Correia Filho (1997), esse material seria parte da decomposio dos materiais

    da Formao Pedra de Fogo, datada do Permiano, e unidade geolgica que compe a Bacia

    Sedimentar do Parnaba, a qual aflora em rea de maior expresso geogrfica no municpio de

    Teresina. Essa formao constituda por alternncia de silexitos, arenitos e siltitos, comafloramentos frequentes na rea urbana de Teresina. Esse autor destaca que o conjunto de

    Figura 1: Localizao do Municpio e rea urbana de Teresina no Estado do Piau e no Brasil.Fonte: Adaptado de IBGE (2007). Elaborado por Lenidas F. Pereira da Silva.

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    rochas atribudas a esta formao possui um largo emprego na construo civil e que sua

    alterao e desagregao formam a maioria dos depsitos secundrios dessa rea,

    denominados formaes superficiais. So representados por areias, argilas e cascalhos em

    aluvies, lateritas e cangas laterticas, barro, massar e seixos que se encontram numa

    estreita ligao gentica. Nas reas onde aflora a Formao Piau, so encontrados,

    principalmente, arenitos, cuja alterao e desagregao produzem um solo esbranquiado,

    arenoso e de baixa fertilidade.

    No entanto, mesmo que os depsitos secundrios resultantes da alterao e

    desagregao das rochas que compem a Formao Pedra de Fogo sejam semelhantes aos

    depsitos aluvionais dos terraos do baixo Poti em Teresina, com destaque para o massar,

    torna-se prematuro concluir, neste estudo, que esses depsitos sejam resultantes da

    decomposio in situ das rochas dessa formao, uma vez que, por definio, os materiais

    aluvionais so resultantes do transporte e deposio por correntes fluviais.

    Diante da realidade local aqui esboada, coloca-se, como hiptese de trabalho, que a

    formao desses materiais grosseiros numa matriz fina areno-argilosa (massar) que,

    atualmente, formam terraos de at cem metros acima do nvel de base local atual (foz do rio

    Poti no Rio Parnaba), resultam de processos fluviais que atuaram desde tempos pretritos

    (Plio-pleistoceno) em condies ambientais de maior energia fluvial, atravs do transporte e

    retrabalhamento dos seixos e areais, tendo, como fontes, os conglomerados da borda da bacia

    sedimentar do Parnaba e as rochas cristalinas do alto curso do rio Poti.

    Com este trabalho, pretende-se analisar alguns aspectos dos terraos fluviais no

    municpio de Teresina, como decorrentes de processos fluviais pretritos, os quais, hoje, se

    constituem fonte de minerais para a construo civil, tendo, como eixo central, a

    caracterizao desses terraos fluviais, destacando sua gnese e espacializao, assim como as

    relaes existentes com a sua explorao mineral na rea urbana desse municpio.

    Como suporte terico bsico, utilizou-se a pesquisa da Companhia de Pesquisas deRecursos Minerais CPRM (CORREIA FILHO, 1997), assim como as contribuies de

    Suguio (2003), Bizzi et. al., (2003), Lima (2002), Rivas (1996), Christofoletti (1981), Suguio

    e Bigarella (1979), Mabesoone e Rolim (1973; 1974) e AbSaber (1960).

    2-MATERIAL E MTODOS

    O presente trabalho teve como base, pesquisa bibliogrfica realizada tanto em livros,

    dissertaes e artigos cientficos, como tambm em fontes pesquisadas em websites,

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    referentes a estudos realizados sobre os aspectos geoambientais e a extrao de materiais para

    construo civil na cidade de Teresina-PI.

    Concomitantemente, realizou-se o levantamento e anlise dos estudos sobre a

    geologia, a geomorfologia e a drenagem do municpio de Teresina (PI) com base em imagens

    e dados hipsomtricos utilizando o SRTM da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria -

    EMBRAPA (MIRANDA, 2005), malhas digitais do IBGE (2007b), disponveis online e

    dados sobre as formaes geolgicas no mapeamento do Projeto Teresina Norte (BRASIL,

    CPRM, 2006). Esses mapas e imagens produzidas na escala 1:50.000 foram trabalhados nos

    programas ARC GIS 9.2 e GLOBAL MAPPER 10.0, efetuando-se superposies dos mesmos

    e elaborando-se perfis topogrficos.

    Com base nesses dados, procurou-se obter a espacializao dos elementos naturais,

    com vistas a se estabelecer a relao entre eles e o desenvolvimento da atividade extrativa

    mineral.

    3-RESULTADOS E DISCUSSO

    A rede de drenagem de Teresina O municpio de Teresina cortado por dois grandes rios

    que cruzam todo o estado do Piau: o Parnaba e o Poti. A bacia hidrogrfica do rio Parnaba,

    que tem como um dos seus grandes afluentes o rio Poti, est situada na poro ocidental da

    Regio Nordeste do Brasil, com uma rea drenada de 339.390 km, da qual 75%

    correspondem ao Estado do Piau, 19% ao Estado do Maranho e 6% ao Estado do Cear. A

    bacia caracteriza-se por uma configurao assimtrica com maior concentrao de afluentes

    na margem direita, sendo os principais os rios Long, Poti, Canind e Gurguia (RIVAS,

    1996).

    O rio Parnaba nasce numa das soleiras da Chapada das Mangabeiras, nas confluncias

    dos Estados de Tocantins, Bahia, Maranho e Piau. Suas nascentes principais localizam a 10

    15 09 de latitude Sul e 45 56 54 de longitude Oeste, onde recebe o nome de riacho gua

    Quente. A partir da, percorre 1.480 km at a sua foz no oceano Atlntico, onde se bifurca em

    cinco braos, formando um grande delta, com cerca de oitenta ilhas. O rio Parnaba o

    principal rio piauiense, perene em todo o seu curso, porm, a maioria de seus afluentes da

    margem piauiense tem regime temporrio, como o Poti, que tem sua foz na cidade de

    Teresina.

    Devido reduo de velocidade das suas guas, ainda no seu alto curso, ocorre a

    reduo dos transportes de sedimentos em suspenso, ocasionando a reduo progressiva da

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    profundidade do leito e a formao de bancos de areia, comuns nas paisagens dos trechos dos

    mdio e baixo cursos.

    O rio Poti tem sua origem nos contrafortes orientais da serra Grande, no Estado do

    Cear (na depresso cristalina), com altitude de cerca de 600m sendo formado pela

    confluncia dos riachos Santa Maria e Algodes, com uma extenso de 350 km. jusante do

    municpio de Prata do Piau, o rio Poti sofre uma inflexo de 90 e toma o rumo noroeste at

    desaguar na jusante da cidade de Teresina (RIVAS, 1996).

    Vale ressaltar que, na cidade de Teresina, esses dois grandes rios recebem afluentes de

    pequena extenso, inclusive alguns formados na rea urbana, mas com regime temporrio.

    Aspectos da relao entre a base geolgica, o relevo e a hidrografia de Teresina O

    Projeto Avaliao de Depsitos Minerais para a Construo Civil PI/MA, realizado pelaCompanhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CORREIA FILHO, 1997), identifica que as

    rochas aflorantes em Teresina so integrantes das Formaes Pedra de Fogo, datada do

    Permiano e, Piau, do Carbonfero Superior. A primeira composta por silexitos e calcrios

    oolticos e pisolticos creme a brancos, eventualmente estromatolticos, intercalados com

    arenitos finos a mdio amarelados, folhelhos cinzentos e anidrita branca. Este material possui

    um largo emprego na construo civil, pois sua alterao e desagregao formam a maioria

    dos depsitos secundrios, denominados formaes superficiais, representadas por areias,

    argilas, barro, massar e seixos. A Formao Piau constituda por arenitos de colorao

    cinzenta a esbranquiada, geralmente finos, a mdios e bem selecionados, por vezes

    conglomerticos, intercalados com folhelhos vermelhos e calcrios esbranquiados, aflorando

    ao norte da cidade, prximo ao rio Parnaba.

    Essas formaes pertencem estrutura geolgica da Bacia Sedimentar do Parnaba,

    que ocupa uma rea de 400.000 km2, unidade estrutural da provncia Parnaba (BIZZI et. al.,

    2003). Os sedimentos que compem essas formaes geolgicas se dispem em camadas

    horizontalizadas ou com mergulhos suaves, denotando o basculamento de blocos por efeito de

    falhamentos. Na poro sul do Municpio, essas rochas so cortadas por soleiras e diques de

    rochas gneas bsicas (diabsios) de idade Cretcea (MENDONA, 2005).

    Refletindo essa estrutura geolgica, os grandes compartimentos do relevo dessa bacia

    sedimentar apresentam uma topografia de topos tabulares e sub-horizontais, apresentando

    cerca de 900m de altitude no limite com o Cear e descendo de forma escalonada pelo

    desdobramento da cuesta da Ibiapaba em planaltos e depresses interplanlticas, para o

    interior da bacia, caindo para altitudes de 150 metros no entorno da cidade de Teresina. Esses

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    baixos planaltos que se apresentam nas Zonas Sul e Norte da cidade so compartimentados

    pelos rios Poti e Parnaba e dissecados pelos seus afluentes de pequenas dimenses que

    cortam a cidade (LIMA, 2002).

    Observando a Fig. 2 (perfil topogrfico C-D), percebe-se que, ao entrar no stio urbano

    de Teresina (limite sul da cidade), o rio Parnaba forma um vale bem encaixado, enquanto o

    vale do rio Poti encontra-se j bem alargado, percebe-se, tambm, que, nesse ponto, o divisor

    topogrfico entre as duas bacias fica bem prximo do rio Parnaba, o qual, depois da

    confluncia do rio Poti com seu leito (perfil topogrfico A-B), apresenta o seu vale bem

    alargado.

    A partir de observaes locais, constata-se, nesses locais, a formao de vrios

    depsitos aluviais arenosos no interior do seu leito menor, demonstrando que, na rea do

    entorno da foz do rio Poti, o rio Parnaba tambm contribuiu para a formao dos terraos

    fluviais (Ver fig. 3 e 4).

    Fig. 2: Perfis topogrficos transversais aos leitos dos rios Parnaba e Poti, nas Zonas Norte e Sulda cidade de Teresina-Piau.Fonte: IBGE (2007) e Miranda (2005). Elaborado por Lenidas F. Pereira da Silva.

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    Teresina tem, na Zona Norte, uma rea, naturalmente, inundvel, caracterizando como

    um ambiente deposicional extremamente dinmico, sendo que as lagoas esto dispostas em

    cordes subparalelos, correspondentes a antigos leitos do rio Parnaba. Resultam da migrao

    para oeste do leito do rio, em curso, nos ltimos 10.000 anos. Os depsitos aluvionares esto

    sujeitas aos alagamentos peridicos pela cheia dos rios Poti e Parnaba, bem como aos

    alagamentos permanentes, nas antigas cavas, geradas pela extrao de cascalho e de argila,

    posteriormente abandonadas sem qualquer recomposio ou recuperao ambiental

    (MENDONA, 2005) (Fig. 5 e 6).

    Fig. 3: Terraos fluviais com destaque para omassar e seixos no bairro Bela Vista, na ZonaSul de Teresina-PI (Corte na alta vertente voltada

    para o rio Poti, na rea do perfil topogrfico C-D).Fonte: Viana 2007 .

    Fig.4: Terraos fluviais com destaquepara o massar no bairro Santa Mariada Codipi (Conjunto Monte Verde), na

    Zona Norte de Teresina-PI (Corte namdia vertente voltada para o rioParnaba, na rea do perfil topogrficoA-B).Fonte: Viana (2007).

    Fig. 5 Antigos canais e principais

    linhas de deposio reconhecidos na

    plancie aluvionar da barra do Poti.I.

    direita da figura, o rio Poti e seus

    meandros e es uerda o rio

    Fig. 6Vista panormica da Zona Norte deTeresina, com destaque para as lagoas dobairro So Joaquim.Fonte: Meneses 2005 .

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    Acrescenta-se que o trabalho de deposio de sedimentos nas suas plancies de

    inundao, no trecho da cidade de Teresina, ocorreu de forma conjunta com a deposio do

    rio Poti, uma vez que o divisor topogrfico dessa drenagem apresenta-se imperceptvel nessa

    rea. Mesmo tendo o curso formando meandros com curvas muito suaves, ao contrrio do

    Poti, que tem, nesse trecho, curvas fortemente acentuadas, nos perodos de transbordamento

    das guas fluviais, esses dois rios formam lagoas e faixas de sedimentos de grande extenso

    no entorno da confluncia Poti/Parnaba. Destaca-se, tambm, que, nessa rea, as inundaes

    desses rios trazem, periodicamente, grandes problemas sanitrios populao, ao mesmo

    tempo em que amplia as fontes de argilas, largamente usadas pelos oleiros da regio para a

    confeco de peas artesanais, assim como para a construo civil. Note-se que essas lagoas

    tm carter permanente devido ao fato de estarem no nvel do leito dos rios e serem

    abastecidas, tambm, pelo lenol fretico.

    Os plats e colinas mais baixas desse interflvio Poti/Parnaba, antes chamados

    Chapada do Corisco, chegam at prximo da foz do Poti no Parnaba, onde seu topo

    apresenta-se com apenas 90 metros de altitude, na rea do Parque da Cidade e arredores,

    tendo um nvel de base local de 55m, na barra do Poti (LIMA, 2002). Moreira (1972) destaca

    que as topografias que descem, suavemente, da parte mais elevada do interflvio

    Poti/Parnaba no constituram obstculo ao crescimento da cidade em direo da chapada, ao

    contrrio, sendo alongado de sul para norte, favoreceu a sua inicial expanso nessas direes.

    O rio Poti, na cidade de Teresina, por encontrar-se no seu baixo curso, apresenta

    traado meandrante, desviando seu curso ao encontrar, como obstculos principais, as baixas

    colinas sustentadas por depsitos aluvionais antigos, com destaque para o massar. Este se

    apresenta como camada superficial de baixas colinas, tendo seu entorno rebaixado por eroso.

    Desta forma, as condies geomorfolgicas do stio urbano teresinense so

    caracterizadas pela presena dos baixos planaltos e dos baixos plats interfluviais,

    seccionados por trechos dos rios Poti e Parnaba, apresentando a direo geral sul-norte,acompanhados por seus respectivos terraos aluviais. No trecho de confluncia, esses terraos

    so mais estreitos no rio Parnaba, pois se trata do seu mdio curso, e mais largos no rio Poti,

    aonde corresponde ao seu baixo curso.

    Destaque-se, tambm, a presena de pequenas plancies lacustres que se formam sobre

    os terraos do Poti e Parnaba, onde esses grandes rios recebem seus pequenos afluentes.

    Nessas reas, ocorre crescente ocupao habitacional, tanto no entorno dessas lagoas fluviais

    (inclusive com frequentes aterramentos das mesmas na rea urbana), como ao longo do rioPoti, em todo o municpio de Teresina. Na confluncia do rio Poti com o Parnaba, a plancie

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    areno-argilosa alcana extenso em torno de 10 km, com largura mxima de 2 km, abrigando

    um conjunto de lagoas alongadas, com extenso de at 2 km e largura da ordem de 500m,

    ocupada, parcialmente, por conjuntos habitacionais construdos pelo poder pblico e

    habitaes precrias constitudas por vilas e favelas.

    Os terraos fluviais de Teresina e os minerais primrios usados na construo civil nessa

    cidadeSegundo Suguio (2003), os sedimentos fluviais so, comumente, bimodais, exibindo

    assimetria positiva em termos granulomtricos, especialmente, os sedimentos de paleocanais.

    Em uma sequncia vertical de depsitos fluviais, verifica-se, portanto, uma tendncia

    granodecrescena ascendente, ou seja, de afinamento rumo ao topo nos tamanhos das

    partculas, que pode repetir por vrias vezes.

    Christofoletti (1981) relata que os terraos fluviais so compostos por materialdentrtico aluvional, cujas estruturas sedimentares refletem os mecanismos e os processos

    deposicionais do leito fluvial, dos diques marginais, das bacias de inundao e de outros

    elementos das plancies de inundao.

    Segundo Suguio e Bigarella (1979), os depsitos de areia e cascalho (seixos) so

    frequentes entre os sedimentos fluviais, constituindo os principais materiais de construo

    civil. Dessa forma, considera-se que os depsitos de cascalhos e areia que compem os

    terraos fluviais do stio urbano de Teresina, e que formam agregados largamente utilizados

    como materiais de construo estejam associados a sedimentos fluviais recentes provenientes,

    porm, de depsitos de paleocanais e terraos fluviais subrecentes a antigos. Esses terraos de

    rios situam-se dentro e nas proximidades da cidade, constituindo-se importantes reservas de

    cascalho e areia.

    Para Cavalcanti (1990), os agregados so materiais duros, inertes e adequados por

    formar uma massa estvel, pela adio de cimento ou materiais aglomerantes (de liga) que

    produzem concreto. Estes so usados, pela compactao ou peso natural, para produzir uma

    base de estrada ou fundao, correspondendo de 80 a 100% do volume de material nas

    argamassas nas quais so usados.

    Nos terraos fluviais do Municpio de Teresina, a atividade mineral est voltada,

    principalmente, para a extrao dos seixos e do massar, sendo que este um sedimento

    conglomertico de cores e colorao variadas, creme, vinho, rosa, esbranquiada, amarelada,

    arroxeada e avermelhada, com matriz areno-argilosa, mdia a grosseira, e at conglomertico,

    ligante, de pouca consistncia, facilmente desagregvel (frivel), contendo seixos brancos de

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    slica bem arredondados, com tamanho variando de subcentimtricos at cerca de 10 cm (mais

    raros), predominando, contudo, o intervalo entre 1 e 3 cm (CORREIA FILHO, 1997) .

    Dependendo da composio do massar, com maior ou menor presena de seixos,

    so realizados processos diversificados. Nos locais em que material areno-argiloso

    predominante, a atividade simplificada, pois a procura pelo massar, que ser usado

    diretamente em aterros ou na construo de casas populares, utilizado na composio da

    argamassa. Nesses locais, a p carregadeira utilizada para a remoo da laterita e

    carregamento dos caminhes, j que no necessrio o peneiramento para a separao dos

    seixos. Depois de carregados, os caminhes conduzem esse mineral extrado para depsitos

    de materiais de construo, diretamente para consumidores ou para o local da obra onde ser

    utilizado (VIANA, 2003).

    Em Teresina, h locais onde o seixo aparece, nos terraos fluviais, em maiores

    propores em associao com o massar. A etapa inicial de extrao o desmonte do

    material para peneiramento, com uso de peneira com abertura que vai de 7 a 12 mm,

    separando os seixos da matriz areno-argilosa. Aps este processo, os caminhes so

    carregados mecanicamente, sendo o massar comercializado para uso em argamassa, e os

    seixos, para concreto (viga, coluna, radier, piso e outros) e recapeamento, inclusive asfltico.

    Depois que o seixo separado do massar, este direcionado para uma lagoa de decantao

    onde ser lavado. Atravs de um motor-bomba, movido a leo diesel, a gua sugada e, por

    um sistema de canalizaes, o excesso da gua ser jogado para fora da lagoa, ocorrendo,

    dessa forma, a secagem dele para que possa ser comercializado (VIANA, 2003).

    A atividade mineral desenvolvida nos terraos fluviais de Teresina (PI) Entre os

    principais tipos de agregados usados na construo civil na regio de Teresina, destacam-se as

    areias, o massar, os seixos e o barro, encontrados nas plancies e terraos fluviais da

    capital (CORREIA FILHO, 1997, p.7-8). entre as latitudes 0515S e 530S e as

    longitudes 4240W e 4255W que so encontradas as maiores reservas de areia, argila,

    massar, seixos e barro, dispostas ao longo dos vales dos rios Parnaba e Poti e em seu

    interflvio, constituindo as maiores fontes de materiais para a construo civil regional.

    No limite sul da cidade de Teresina, ocorre uma seo de terraos fluviais, em alguns

    trechos, sobre a Formao Pedra de Fogo, de idade Permiana, e, em outros, sobre a Formao

    Piau, do Carbonfero, em altitudes que variam de cerca de 70 a 120 metros, formando

    camadas de topos de elevaes residuais, no espao urbano de Teresina-PI (margem direita do

    Parnaba) e de Timon-MA (margem esquerda do Parnaba).

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    Uma das explicaes para a ocorrncia dos terraos fluviais de Teresina encontra-se

    nas explicaes de Mabesoone e Rolim (1973-1974), ao revelarem que os depsitos

    sedimentares das primeiras fases glaciais foram reunidos na formao Guararapes do grupo

    Barreiras, com depsitos correlativos do Pediplano inferior da regio (Pd1) e uma aridez mais

    acentuada no interior do continente, durante o ltimo perodo glacial (WrmWisconsin). Os

    depsitos Quaternrios mais antigos, portanto, so os correlativos do Pediplano Pd1, muito

    abundantes na faixa costeira nordestina (Grupo Barreiras).

    Para Mabesoone e Rolim (1973-1974), embora in locu sejam observados, mais

    nitidamente, os afloramentos de rochas cristalinas e sedimentares antigas, nas reas

    interioranas, os estudos hidrogeolgicos da regio demonstram que existem frequentes

    acumulaes detrticas, em depresses do antigo relevo, que apresentam espessuras

    compatveis com depsitos Quaternrios e no so apenas solos ou colvios.

    Os autores destacam tambm que, na rea do escudo cristalino (nordeste oriental) de

    clima semi-rido, os mais recentes nveis de eroso so os pedimentos P2 (nveis mais altos

    da superfcie desnudada) e P1(nveis mais baixos da superfcie desnudada), que ocorrem na

    faixa costeira, mas que penetram para o interior pelos vales dos grandes rios, onde

    provocaram um rebaixamento do Pd1. Ao considerarem que no houve coalescncia desses

    pedimentos para formar pediplanos, os sedimentos correlativos no formaram grandes faixas

    contnuas, ficando restritos aos terraos fluviais. Assim, seus depsitos so tpicos de

    acumulao fluvial, compostos de material grosseiro que varia at cascalheiras e, mais

    raramente, de material mais fino.

    Vale destacar que os materiais de granulometria grosseira, cimentados em material

    fino (massar), testemunham processos contemporneos deposio do Grupo Barreiras,

    portanto, do Tercirio ou Plio-pleistoceno. H indcios de que a ocorrncia de massar em

    Teresina e suas adjacncias resultem de paleoterraos, uma vez que no ocorreu o processo de

    diagnese nessas camadas de sedimentos e que baixa a competncia atual dos rios Parnaba(mdio curso em Teresina) e Poti (baixo curso na cidade) para transportar, atualmente,

    material desta granulometria. Assim, no passado, os rios que compunham o sistema de

    drenagem de Teresina possuam maior energia do que atualmente para transportar

    conglomerado, rocha presente na borda da bacia sedimentar, encontrada na Formao Serra

    Grande.

    Considerando que esses terraos com presena de massar esto sobre a Formao

    Pedra do Fogo e que esta datada do Permiano, ou seja, no final da Era Paleozica; que naconstituio do bordo da bacia sedimentar do Parnaba h presena de seixos e areia

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    cimentados por materiais de granulometria mais fina (silte e argila); e, finalmente, que no

    existe material com essa granulometria (presena de seixo) em outras formaes dessa bacia

    sedimentar, provvel que o rio Poti, ao aprofundar seu leito, passando pela Formao Serra

    Grande, tenha retirado e retrabalhado esse material (seixos e areia) num perodo de maior

    competncia fluvial, transportando-o at seu baixo curso, onde esto depositados, formando

    terraos fluviais.

    O massar, que um material coeso e formado por camadas e faixas de seixos numa

    matriz areno-argilosa, com o material de granulometria mais fina encontrado nas camadas

    superiores, permanece, at os dias atuais, como material estratificado em acamamentos que

    no sofreram litificao (diagnese).

    Portanto, esse material deve ter sido depositado pelo rio Poti, a partir do Cretceo,

    perodo da histria natural da Terra, a partir do qual ocorreu a reorganizao da posio dos

    continentes/abertura do Atlntico Sul (BIZZI et. al., 2003) e da drenagem no Brasil

    (ABSABER, 1960).

    Dessa forma, possvel observar, na regio de Teresina, o resultado da atuao de

    processos fluviais ocorridos em tempos pretritos, e em condies ambientais de maior

    energia fluvial do que as atuais. Estes foram responsveis pelo transporte de materiais

    provenientes de reas cristalinas, a exemplo do quartzo, e sua posterior deposio nos

    paleoterraos, constituindo esse ambiente de minerais primrios, como o massar e seixo,

    bastante utilizados como materiais para construo civil na cidade de Teresina.

    4-CONCLUSO

    1. Pode-se concluir que as relaes entre a base geolgica e o relevo foram os principais

    condicionadores do traado da drenagem em Teresina. O rio Poti, na cidade de

    Teresina, por se encontrar no seu baixo curso, apresenta traado meandrante,

    desviando seu curso ao encontrar, como obstculos principais, as baixas colinas

    sustentadas por coberturas de massar.

    2. Ao longo do baixo Poti, localizam-se as maiores extenses de depsitos aluvionais,

    com destaque para o massar, que ocorre como camada superficial de baixas

    colinas, tendo seu entorno rebaixado por eroso. Os depsitos aluvionais que formam

    o massar nos terraos do baixo Poti no sofreram diagnese, embora se encontrem

    bem consolidados por cimentao de materiais finos como silte e argila, com datao

    provvel do Plio-pleistoceno, ou seja, contemporneos formao do Grupo

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    Barreiras, que ocorre na faixa pr-litornea da regio nordeste e outros pontos do

    Brasil. excitado

    3. Esses depsitos de massar se formaram por processos fluviais em tempos pretritos

    e em condies ambientais de maior energia fluvial, responsvel pelo transporte de

    materiais provenientes de reas cristalinas, a exemplo dos seixos de quartzo, e sua

    deposio nos paleoterraos do rio Poti, em Teresina. Essa deposio possibilitou a

    formao de ambientes de minerais primrios, como o massar e seixo, bastante

    utilizados como materiais para construo civil na cidade de Teresina.

    4. A possibilidade de explorao mineral na capital piauiense est sendo cada vez mais

    limitada devido a uma extrao desordenada e predatria desses recursos naturais e,

    tambm, em decorrncia da expanso horizontal da cidade, ou seja, pela construo de

    grandes conjuntos habitacionais pelo poder pblico. Tambm contribui para essa

    degradao, a construo, por meio de ocupaes irregulares de vilas ou favelas, e

    demais formas de uso e ocupao do solo, que continuam a acontecer sobre esses

    terraos aluvionais, tornando aleatrias as perspectivas de garantia de suprimento

    futuro e inviabilizando a manuteno de uma atividade mineral sustentvel.

    5-AGRADECIMENTOS

    A Roberto C. Valado, Vilma M. Carvalho e demais professores/orientadores do Doutorado

    Interinstitucional (DINTER) do IGC/UFMG por colaborarem com seus conhecimentos e

    experincias durante as aulas e viagens de campo essenciais na elaborao desse trabalho. A

    Lenidas F. Pereira da Silva pela elaborao das figuras.

    6-REFERNCIAS

    ABSABER, Aziz Nacib. Contribuio Geomorfologia do Estado do Maranho.NotciaGeomorfolgica. Instituto de Geocincias.Universidade de Campinas, Agos. 1960.

    BIZZI, Luis Augusto et. al. (Org.). Geologia, Tectnica e Recursos Minerais do Brasil.Braslia: CPRM, 2003.

    BRASIL. Ministrio das Minas e Energia. Secretaria de Geologia, Minerao eTransformao Mineral. Servio Geolgico do Brasil (CPRM).Projeto Teresina Norte: mapageolgico, 2006.

    CAVALCANTI, R. N. Caracterizao da oferta e demanda de agregados minerais emCampinas. Dissertao (Mestrado)Programa de Mestrado em Geocincias, Universidade

    estadual de Campinas, Campinas, SP, 1990.CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia fluvial. So Paulo: Edgard Blucher, 1981.

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