Conservação Dos Solos e Dimensionamento de Terraços

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Bráulio Cesar RA 607681 Bruno Braz RA 604068 Juliana Silvanto de Almeida RA 605185 Mirella Gonçalves Teixeira RA 608197 Pedro Henrique Moretto RA 607033 Ricardo da Silva Teixeira RA 607740 5° módulo B Conservação do Solo e Terraceamento

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Terraceamento e conservação do solo

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Conservao do Solo e Terraceamento

Paulo LazzariniBrulio Cesar RA 607681Bruno Braz RA 604068Juliana Silvanto de Almeida RA 605185Mirella Gonalves Teixeira RA 608197Pedro Henrique Moretto RA 607033Ricardo da Silva Teixeira RA 6077405 mdulo B

Conservao do Solo e Terraceamento

CONSERVAO DO SOLO E DA GUA

O solo um recurso natural que deve ser utilizado como patrimnio da coletividade, independente do seu uso ou posse. um dos componentes vitais do meio ambiente e constitui o substrato natural para o desenvolvimento das plantas.A cincia da conservao do solo e da gua preconiza um conjunto de medidas, objetivando a manuteno ou recuperao das condies fsicas, qumicas e biolgicas do solo, estabelecendo critrios para o uso e manejo das terras, de forma a no comprometer sua capacidade produtiva.Estas medidas visam proteger o solo, prevenindo-o dos efeitos danosos da eroso aumentando a disponibilidade de gua, de nutrientes e da atividade biolgica do solo, criando condies adequadas ao desenvolvimento das plantas.A soluo dos problemas decorrentes da eroso no depende da ao isolada de um produtor. A eroso produz efeitos negativos para o conjunto dos produtores rurais e para as comunidades urbanas. Um plano de uso, manejo e conservao do solo e da gua deve contar com o envolvimento efetivo do produtor, do tcnico, dos dirigentes e da comunidade.O Agrnomo e outros Profissionais das cincias agrrias e ambientais devem ser consultados para elaborao do planejamento de conservao do solo e da gua.Dentre os princpios fundamentais do planejamento de uso das terras, destaca-se um maior aproveitamento das guas das chuvas. Evitando-se perdas excessivas por escoamento superficial, podem-se criar condies para que a gua pluvial se infiltre no solo. Isto, alm de garantir o suprimento de gua para as culturas, criaes e comunidades, previne a eroso, evita inundaes e assoreamento dos rios, assim como abastece os lenis freticos que alimentam os cursos de gua.Uma cobertura vegetal adequada assume importncia fundamental para a diminuio do impacto das gotas de chuva. H reduo da velocidade das guas que escorrem sobre o terreno, possibilitando maior infiltrao de gua no solo e, diminuio do carreamento das suas partculas.

A escolha dos mtodos / prticas de preveno eroso feita em funo dos aspectos ambientais e scio-econmicos de cada propriedade e regio. Cada prtica, aplicada isoladamente, previne apenas de maneira parcial o problema. Para uma preveno adequada da eroso, faz-se necessria a adoo simultnea de um conjunto de prticas.

Apresentam-se, a seguir, comentrios resumidos acerca de algumas destas prticas conservacionistas:

Plantio em nvel- neste mtodo todas as operaes de preparo do terreno, balizamento, semeadura, etc, so realizadas em curva de nvel. No cultivo em nvel ou contorno criam-se obstculos descida da enxurrada, diminuindo a velocidade de arraste, e aumentando a infiltrao dgua no soloCultivo de acordo com a capacidade de uso- as terras devem ser utilizadas em funo da sua aptido agrcola, que pressupe a disposio adequada de florestas / reservas, cultivos perenes, cultivos anuais, pastagens, etc, racionalizando, assim, o aproveitamento do potencial das reas e sua conservao.Reflorestamento -reas muito susceptveis eroso e de baixa capacidade de produo devem ser mantidas recobertas com vegetao permanente. Isto permite seu uso econmico, de forma sustentvel, e proporciona sua conservao. Este cuidado deve ser adotado em locais estratgicos, que podem estar em nascentes de rios, topos de morros e/ou margem dos cursos dgua.Plantas de cobertura- objetivam manter o solo coberto no perodo chuvoso, diminuindo os riscos de eroso e melhorando as condies fsicas, qumicas e biolgicas do solo.Pastagem- o manejo racional das pastagens pode representar uma grande proteo contra os efeitos da eroso. O pasto mal conduzido, pelo contrrio, torna-se uma das maiores causas de degradao de terras agrcolas.Cordes de vegetao permanente: So fileiras de plantas perenes de crescimento denso, dispostas em contorno. Algumas espcies recomendadas: cana-de-acar, capim-vetiver, erva-cidreira, capim-gordura, etc.Controle do fogo: Fogo, apesar de ser uma das maneiras mais fceis e econmicas de limpar o terreno, quando aplicado indiscriminadamente um dos principais fatores de degradao do solo e do ambiente.Correo e adubao do solo: Como parte de uma agricultura racional, estas prticas proporcionam melhoramento do sistema solo, no sentido de se dispor de uma plantao mais produtiva e protetora das reas agrcolas.A conservao do solo e da gua melhora o rendimento das culturas e garante um ambiente mais saudvel e produtivo, para a atual e as futuras geraes.(*) 1. Terreno desmatado. 2. Terreno cultivado morro abaixo. 3. Assoreamento de rios e audes. 4. Eroso com vooroca invade terras cultivadas. 5.xodo rural. 6. Lavouras cultivadas sem proteo. 7.Pastagem exposta eroso. 8. Inundaes

(*) 1. Terreno com explorao florestal. 2. Terreno cultivado em curva de nvel e outras prticas conservacionistas. 3. Rios e audes livres de assoreamento. 4. Culturas com prticas conservacionistas. 5. Desenvolvimento de comunidades agrcolas. 6. reas de pastagens protegidas contra a eroso. 7. reas de pastagens protegidas. 8. Inundaes controladas e reas agrcolas reaproveitadas

CONSERVAO E PREPAROA conservao do solo envolve diversos fatores que devem ser devidamente analisados, antes de sua implantao, como: Tipo de solo; Tipo de corte (mecnico ou manual); poca de plantio e de colheita; Sistema de preparo do solo; Tipo de traado (em nvel ou reto); Cobertura do solo com outras culturas ou com palha Tamanho dos talhes.

Sulcos de plantio em rea de de cana crua. Foto: Raffaella Rossetto.As prticas de preparo de solo devem atender aos critrios de eliminao ou atenuao dos fatores limitantes ao bom desenvolvimento da cultura (fsicos, qumicos e biolgicos). Em reas onde os restos vegetais da cultura so queimados ou enterrados na operao de preparo, o solo sem cobertura estar exposto ao impacto direto das gotas de chuva, desencadeando o processo de eroso hdrica. Este processo ocasiona a reduo da permeabilidade na superfcie do solo.A adoo de sistemas de preparo de solo onde se faz o mnimo de operaes motomecanizadas com eficcia e na poca correta, pode reduzir os riscos de eroso. Alm disso, dispensa a construo deterraos at uma determinada declividade, podendo melhorar o planejamento das linhas de plantio, aumentar a produtividade e reduzir custos de produo pela diminuio do nmero e intensidade de operaes durante o perodo de preparo do solo.

TERRACEAMENTO

O terraceamento uma prtica de conservao do solo que visa reduzir a perda de gua e solo pela interceptao de enxurradas que ocorrem quando a intensidade da chuva supera a capacidade de infiltrao de gua no solo. Atualmente, o dimensionamento dos terraos tem sido feito com base em conhecimento emprico; no entanto, um conhecimento mais detalhado da fsica dos processos que regem o funcionamento dos terraos possibilitaria otimizar o dimensionamento dos terraos. Avalia se a capacidade de infiltrao de gua no canal de um terrao em nvel pelos mtodos da densidade de fluxo e da armazenagem de gua em diferentes condies de manejo agrcola (solo nu, solo gramado e solo sob preparo convencional e plantio direto para a implantao da cultura de milho) num Latossolo vermelho com declividade mdia de 0,08 m m-1. Em cada tratamento instalam-se sondas de TDR em trs pontos de observao no centro do canal do terrao (distanciados de 4 m entre si e considerados como repeties), nas profundidades de 0,05, 0,10, 0,20, 0,40, 0,60 e 0,80 m. Nestas mesmas profundidades amostras indeformadas de solo foram retiradas para determinao da densidade e curva de reteno de gua no solo. As leituras das guias de onda do TDR so feitas automaticamente e a intensidade de chuva monitorada por um pluvimetro automatizado. Ao final de cada evento de chuva erosiva a deposio de solo foi medida por meio de 14 pontos de observao dispostos ao longo do centro do canal do terrao de cada tratamento. Uma metodologia para se realizar medies da umidade nas deposies sobre o canal deve ser desenvolvida para aumentar a acurcia da medida da armazenagem. A taxa de infiltrao de gua no canal do terrao no pode ser estimada pela variao da armazenagem da gua no solo somente, devido ao papel importante da drenagem profunda e, possivelmente, da absoro de gua pela camalho do terrao. Uma adequada estimativa da taxa de infiltrao no canal do terrao, imprescindvel para seu dimensionamento, deve aliar um grande nmero de repeties, alm da medio da umidade no interior da camada de material depositado sobre o canal ao longo do tempo.A funo do terrao a de reduzir o comprimento da rampa, rea contnua por onde h escoamento das guas das chuvas, e, com isso, diminuir a velocidade de escoamento da gua superficial. Ademais, contribui para a recarga de aquferos.

rea com terraos de infiltrao e suas faixas de proteo

CARACTERSTICAS BSICASO terraceamento baseia-se no parcelamento das rampas, isto , em dividir uma rampa comprida (mais sujeita eroso) em vrias rampas menores (menos sujeitas eroso), por meio da construo de terraosTerrao um conjunto formado pela combinao de um canal (valeta) e de um camalho (monte de terra ou dique), construdo a intervalos dimensionados, no sentido transversal ao declive, ou seja, construdos em nvel ou com pequeno gradiente.

PARTES COMPONENTES DE UM TERRAO.

Os terraos tm a finalidade de reter e infiltrar, ou escoar lentamente, as guas provenientes da parcela do lanante imediatamente superior, de forma a minimizar o poder erosivo das enxurradas cortando o declive. O terrao permite a conteno de enxurradas, forando a absoro da gua da chuva pelo solo, ou a drenagem lenta e segura do excesso de gua. Cada terrao protege a faixa que est logo abaixo dele, ao receber as guas da faixa que est acima (Figuras 2 e 4). O terrao pode reduzir as perdas de solo em at 70-80%, e de gua em at 100%, desde que seja criteriosamente planejado (tipo, dimensionamento), executado (locado, construdo) e conservado (limpos, reforados). Embora apresente custo elevado (e que aumenta com a declividade), esta prtica necessria em muitas reas agrcolas onde tcnicas mais simples (como o plantio em nvel, as culturas em faixas ou a rotao de culturas), por si s, no so suficientes para uma eficaz proteo do solo contra a eroso hdrica.

Vista parcial da gua da enxurrada retida em um terrao.Nem todos os solos e declives podem ser terraceados com xito. Nos pedregosos ou muito rasos, com subsolo adensado, muito dispendioso e difcil manter um sistema de terraceamento. As dificuldades de construo e manuteno aumentam medida que cresce a declividade do terreno. O uso do terraceamento recomendado para declives superiores a 3%, comprimentos de rampa maiores que 100 metros e topografia regular. O terraceamento, quando bem planejado e bem construdo, reduz as perdas de solo e gua pela eroso e previne a formao de sulcos e grotas, sendo mais eficiente e menos oneroso quando usado em combinao com outras prticas, como o plantio em contorno, cobertura morta e culturas em faixas; aps vrios anos, seu efeito se pode notar nas melhores produes das culturas, devido conservao do solo e da gua.

TERRACEAMENTO AGRCOLA (ESQUEMA)

Consiste na distribuio de terraos em reas agrcolas. Os terraos so distribudos de acordo com as caractersticas da chuva, como quantidade, durao e intensidade, e da paisagem, comprimento da rampa, rugosidade do terreno, profundidade e permeabilidade do solo, e prticas de manejo agrcola, como plantio convencional, cultivo mnimo, plantio direto.O terrao composto de duas partes: a) canal coletor, de onde retirada a massa de solo e; b) camalho ou dique, construdo com a massa de solo movimentada do canal

Corte transversal de um terrao com seo trapezoidal: B = base maior do trapzio; b = basedo canal do terrao ou base menor do trapzio; H = altura do camalho; L = largura da crista.RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Agricultura.Manual de conservao do solo. 3.ed. Porto Alegre, 287p.

CLASSIFICAO DOS TERRAOS

QUANTO FUNO:

TERRAO EM NVEL DE RETENO OU DE INFILTRAORecomendado para solos com elevada permeabilidade, regies de precipitaes baixas e at 12% de declividade.So terraos construdos sobre as niveladas demarcadas em nvel e com as bordas bloqueadas, cuja funo interceptar a enxurrada e permitir que a gua seja retida e infiltre. So terraos recomendados para solos de boa permeabilidade, como os Latossolos, Nitossolos, anteriormente denominados Terras Roxas Estruturadas, alm dos arenosos, como os Neossolos Quartzarnicos, Areias Quartzosas.

Cultivo de arroz de terras altas sobre palhada de braquiria em um Latossolo Vermelho de textura argilosa, em Santo Antnio de Gois, GO.TERRAO EM DESNVEL (COM GRADIENTE, DE DRENAGEM, COM DECLIVE OU DE ESCOAMENTO)Recomendado para solos com permeabilidade lenta ou moderada (B textural e solos rasos), regies de precipitaes elevadas e de at 20% de declividade. um terrao que apresenta declive suave, constante (uniforme) ou varivel (progressivo), com uma ou as duas extremidades abertas. Os terraos de drenagem interceptam a enxurrada e, ao invs de promover a sua infiltrao no canal do terrao, conduzem-na para um sistema de escoamento que pode ser uma grota vegetada ou um canal escoadouro, sem que haja eroso no leito do canal. Em alguns tipos de solos bastante permeveis, como alguns Latossolos Vermelhos argilosos, consegue-se, s vezes, dispensar com segurana os canais escoadouros, mediante o emprego de prticas mecnicas (como terraceamento de infiltrao) e vegetativas que produzam quase a reteno completa das guas da chuva. Nos terraos de drenagem, os princpios hidrolgicos envolvidos no dimensionamento so mais bem conhecidos e mais simples do que nos terraos de infiltrao. No quadro 1 so apresentados os valores de declividade recomendados para grupos diferentes de solos, ao longo de terraos locados com gradiente progressivo

QUANTO LARGURA DA BASE OU FAIXA DE TERRA MOVIMENTADARefere-se largura da faixa de movimentao de terra para a construo do terrao, incluindo o canal e o camalho.

TERRAO DE BASE ESTREITA OU CORDO DE CONTORNO Faixa movimentada de at 3 metros; Uso em declividades de 12-18% ou mais, Em reas pequenas e culturas perenes; Normalmente do tipo Nichols;

Terrao de base estreita

TERRAO DE BASE MDIA Faixa de movimentao de terra de 3 a 6 m; Utilizao em declividades de 10-12 %, Necessitando de trator e arado; Terrao de base mdia.

TERRAO DE BASE LARGA

Faixa de movimentao de 6 a 12 m; Adequado para declividades menores que 10%, Em solos de boa permeabilidade: at declividade de 20%; Possibilita o uso de mquinas no plantio, dentro do canal e sobre o camalho; Normalmente construdo em nvel;

Terrao de base larga.

Figura 6.Esquema comparativo da seco transversal de terraos de base larga(A),mdia(B) e estreita(C).

Ilustrao:Pedro L. O. de A. Machado

Os terraos de base larga e nivelados devem ser construdos em Latossolos e Neossolos Quartzarenicos, solos arenosos. Tm a vantagem de permitir o cultivo em praticamente toda a sua superfcie e de facilitar sua manuteno com as operaes normais de preparo do solo.Os terraos de base mdia so indicados para pequenas ou mdias propriedades onde h maquinaria suficiente para os implementos recomendados, com declividade do terreno de at 15%.Os terraos de base estreita so recomendados apenas em condies em que no seja possvel instalar terraos de base mdia ou larga. Normalmente, so recomendados para pequenas propriedades, com baixa intensidade de mecanizao agrcola e devem ser construdos em terrenos com declividade acima de 12%. Sua principal desvantagem a diminuio da rea til para o cultivo agrcola.

QUANTO AO PROCESSO DE CONSTRUO

TIPO NICHOLSNa sua construo, o solo cortado com arado, e no se deve usar grade-aradora, e movimentado sempre de cima para baixo, de modo que a massa de solo que forma o camalho retirada da faixa imediatamente superior, o que resulta no canal. Esse tipo de canal pode ser construdo em rampas com declive de at 15% e, excepcionalmente, se o solo apresentar boa cobertura de palhada, a 18%.

Terrao tipo Nichols

TIPO MANGUM OU CAMALHONa sua construo, movimenta-se uma faixa mais larga de solo que a do terrao tipo Nichols. A massa de solo deslocada tanto da faixa imediatamente superior como da inferior ao camalho, ora num sentido da arao, ora noutro, em passadas de ida e volta com o trator. Esses terraos podem ser construdos com terraceadores em terrenos de menor declividade.Quanto dimenso da estrutura e volume de movimentao de terras, os terraos podem ser de base estreita, mdia ou larga.

Terrao tipo Mangum ou camalho.

QUANTO FORMA DO PERFIL DO TERRENO

TERRAO COMUM a combinao de um canal com camalho construdo em nvel ou com gradiente, cuja funo interceptar a enxurrada, forando sua absoro pelo solo ou a retirada do excesso de gua de maneira mais lenta, sem provocar eroso. A declividade mxima para sua construo de 20%. Deve ser combinado com prticas vegetativas e sistemas de manejo que proporcionem proteo superficial, amenizando o impacto das gotas de chuva. o tipo de terrao mais usado.

Terrao Comum

TERRAOS TIPO PATAMAR construdo atravs da movimentao de terra com cortes e aterros, que resultam em patamares em forma de escada. A plataforma do patamar deve apresentar pequena inclinao com direo ao seu interior e um pequeno dique, a fim de evitar o escoamento de gua de um terrao para outro, o que poderia provocar eroso no talude. No patamar deve ser plantada a cultura, e o talude deve ser recoberto com vegetao rasteira, desde que no seja invasora, para manter sua estabilidade. Em solos pouco permeveis esse tipo de prtica no recomendada. construdo manualmente ou com trator de esteira equipado com lmina frontal. Em virtude do alto custo de construo, normalmente recomendado para explorao de culturas de alta rentabilidade econmica. Pode ser contnuo (semelhante a terraos) ou descontnuo (banquetas individuais). indicado para terrenos acima de 20% de declividade.

Terrao Apatamar

TERRAOS TIPO BANQUETAS INDIVIDUAISQuando o terreno apresenta obstculos ou afloramentos de rochas ou existe deficincia de mquinas ou implementos para construo do terrao tipo patamar, pode ser utilizada uma variao deste tipo de terrao, chamada de banquetas individuais ou patamar descontnuo.So bancos construdos individualmente para cada planta, onde a movimentao de terra se d apenas no local onde se vai cultivar, indicados para culturas perenes. As ferramentas empregadas so manuais: enxada e enxado, porque so construdas em reas com declividade bastante acentuada, sendo impraticvel o uso de mquinas. Inicialmente, retira-se toda a camada superior mais frtil que amontoada ao lado da rea onde vai ser construda a banqueta. Em seguida faz-se o corte no barranco e aproveita-se a terra retirada no corte para fazer o aterro. Da mesma forma que o patamar, acerta-se a superfcie da plataforma com ligeira declividade no sentido inverso ao da declividade original do terreno. Vegeta-se com gramas a parte de aterro para melhor estabilidade e, finalmente, espalha-se a terra raspada da superfcie a fim de conservar a fertilidade da banqueta.

Terrao tipo baquetas individuais

TERRAO TIPO MURUNDUM OU LEIRO o termo utilizado para terrao construdo raspando-se o horizonte superficial do solo (horizonte A), por tratores que possuem lmina frontal, e amontoando-a para formar um camalho de avantajadas propores (pode chegar a mais de 2 m). O murundum recomendado para reas com uso agrcola intensivo com declividade mxima de 15. Normalmente, esse tipo de terrao no segue dimensionamento adequado. Visando facilitar o trnsito de mquinas e caminhes na rea agrcola, a distncia entre eles maior do que a recomendada para os terraos comuns; de forma errada, tenta-se compensar esta medida aumentando a dimenso do camalho para segurar maior volume de gua. Uma limitao apresentada por esse tipo de terrao que a remoo da camada mais frtil do solo prejudica o desenvolvimento das plantas na rea que foi raspada. Alm disso, por requerer grande movimentao de terra, seu custo de construo elevado. Pelo fato de ser locado com distncias maiores, apresenta eroso acentuada e est sujeito a rompimento.o

Terrao Murudum ou Leiro

TERRAO TIPO EMBUTIDO mais difundido em reas de plantio de cana-de-acar e sua forma assemelha-se dos murunduns. construdo de modo que o canal tenha forma triangular, ficando o talude que separa o canal do camalho praticamente na vertical. Apresenta pequena rea inutilizada para o plantio, sendo construdo normalmente, com motoniveladora ou trator de lmina frontal.

Terrao embutido

SELEO DO TIPO E FUNO DO TERRAOA deciso de quando se utilizar terrao em nvel e quando utilizar terrao com gradiente deve considerar as vantagens e desvantagens:

Terrao em nvel: Vantagens: Armazenam gua no solo, no necessitam de locais para escoamento do excesso de gua. Desvantagens: Maior risco de rompimento e exigncia de limpezas mais freqentes.Terrao com gradiente: Vantagem: Menor risco de rompimento. Desvantagens: Desvio da gua cada sobre a gleba, necessidade de locais apropriados para escoamento da gua, maior dificuldade de locao.Alm das vantagens e desvantagens relacionadas aos terraos em nvel e com gradiente, tambm devem ser considerados outros fatores para a seleo do tipo a ser utilizado, como: permeabilidade do solo e do subsolo, intensidade das chuvas, topografia, cultura (anual ou perene), manuteno e outros custos em longo prazo.

DIMENSIONAMENTO E ESPAAMENTOS DOS TERRAOS

Consiste em determinar o espaamento entre terraos e sua seco transversal. Os principais fatores a serem considerados so:Os espaos entre os terraos devem ser estabelecidos rigorosamente de acordo com a declividade da rea, de forma a se evitar super ou sub-dimensionamento dessas distncias; eAs seces mnimas dos terraos devem ser estabelecidas conforme a velocidade de infiltrao da gua no solo, intensidade mxima provvel de chuvas e volume de gua a ser captado, inclusive da drenagem das estradas.O espaamento entre terraos calculado de acordo com a capacidade de infiltrao de gua no solo, a resistncia que o solo oferece eroso e o uso e manejo do solo. Vale ressaltar que a metodologia de clculo utilizada a mesma para terraos em nvel e para terraos em desnvel.Existem vrios modelos para a determinao do espaamento entre os terraos. O mais apropriado baseado nos valores tolerveis de perda de solo obtidos com o uso da Equao Universal de Perdas de Solo Revisada (RUSLE). Entretanto, seu emprego para as condies brasileiras tem restries em razo dos limitados bancos de dados para estimar os fatores considerados no modelo, bem como informaes de pesquisa de campo nas vrias regies. Face a essas limitaes, pode-se utilizar metodologia proposta por Lombardi Neto, com adaptaes para o sistema de plantio direto.Como regra geral, e uma vez considerado iguais as variveis relativas a classe de solo e tipo de cultivo, o espaamento vertical entre os terraos determinado de acordo com o manejo do solo e dos restos culturais, na seguinte proporo:E = ev x n, onde:E = espaamento vertical entre os terraosev = espaamento vertical entre os terraos em sistemas de preparo do solo com grade aradora ou grade pesada ou enxada rotativa, e com incorporao ou queima dos restos culturais.n = fator de distanciamento dos terraos de acordo com o preparo do solo e o manejo dos restos culturais, conformeTabela 1.

Conhecido o espaamento vertical, que a diferena de cotas entre dois terraos consecutivos, pode-se ento determinar o espaamento horizontal (EH) entre os terraos e, dessa forma, determinar a rea de captao pluvial, para que finalmente, sejam dimensionados os terraos, canais em nvel ou em desnvel, ou seja, calcular as seces mnimas dos terraos. As dimenses dos canais dos terraos vo variar de acordo com a situao destes, se em nvel ou desnvel.Para a o clculo do espaamento vertical de terraos so adotados critrios referentes a: solo, uso da terra, preparo do solo e manejo do restos culturais e declividade.

COMPRIMENTO DOS TERRAOS

Para definir o comprimento dos terraos deve-se considerar se os terraos so em nvel ou com gradiente. Para os terraos em nvel, teoricamente, o comprimento do terrao no tem limite. No entanto, por medida de segurana, recomenda-se construir travesseiros que so pequenos diques ou barreiras de terra batida dentro do canal, distanciadas de 100 a 200 m, para evitar que, em caso de arrombamento do terrao, toda a gua nele acumulada v atingir o terrao de baixo. Essas barreiras, porm, dificultam os trabalhos de manuteno dos terraos.Os terraos em desnvel devem apresentar uma pequena inclinao para um lado ou para os dois lados. A inclinao do canal deve ser criteriosamente dimensionada, a fim de que a gua no cause eroso dentro do terrao. O comprimento normalmente recomendado para terraos com gradiente de 500 a 600 m. Quando a rea a ser terraceada apresenta dimenses maiores, principalmente quando o terreno for de baixa permeabilidade e/ou o solo for bastante degradado pela eroso, e as condies topogrficas permitirem, deve-se procurar reduzir o comprimento dos terraos.

POSSVEIS CAUSAS DO ROMPIMENTO DOS TERRAOS Tipo de terrao inadequado ao tipo de solo e regime de chuvas, planejamento mal feito; Conhecimento deficiente dos solos, em termos de classificao; Entrada de guas de fora da gleba; Extremidades dos terraos abertas ou marcadas com pequeno desnvel; Falta de manuteno e acompanhamento tcnico; Compactao excessiva dos solos entre os terraos; Espaamento inadequado, locao do primeiro terrao inadequada, erros na locao, Seo do canal mal dimensionada por economia nas passadas de mquinas Construo mal executada; Falta de manuteno; Achar que s o uso de terraos resolve;

REFERNCIA BIBLIOGRFICA

http://www.ceplac.gov.br/radar/conservacaosolo.htmhttp://www.agricultura.gov.br/desenvolvimento-sustentavel/conservacao-solo-aguahttp://www.iapar.br/modules/noticias/article.php?storyid=1013http://www.mundoeducacao.com/geografia/cultivo-conservacao-solo.htmhttp://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fohgb6cq02wyiv8065610dfrst1ws.htmlhttp://www.dcs.ufla.br/site/_adm/upload/file/slides/matdispo/geraldo_cesar/terraceamento.pdfhttp://www.agr.feis.unesp.br/noroeste/11plano_de_manejo.htmwww.aba-agroecologia.org.br/revistas/index.php/rbagroecologia/.../5198