TECNOLOGIA DE CARNES Profa. Elizonete Peres de Farias.
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TECNOLOGIA DE CARNESTECNOLOGIA DE CARNESProfa. Elizonete Peres de FariasProfa. Elizonete Peres de Farias
O conceito de carne depende do ponto de vista:
CarneCarne = músculo
CarnesCarnes = todos os tecidos comestíveis dos
animais de açougue, englobando músculos, com ou
sem base óssea, gorduras e vísceras, podendo os
mesmos ser in natura ou processados.
Porções que sobram após a remoção do
sangue, cabeças, pés, couro, trato digestivo,
intestino, bexiga, coração, traquéia, pulmões,
rins, baço, fígado e tecido gorduroso aderido.
Miofilamentos Organização das proteínas do músculo
(Função motora) Miofibrilas Organização dos miofilamentos Miofibra Unidade Estrutural do Músculo
Perimísio Tecido conjuntivo que rodeia as fibras musculares
Músculo Conjunto de feixes de fibras musculares
ElastinaElastina – Presente em vasos sanguíneos e apresenta termo – estabilidadeTecido Adiposo Tecido Adiposo – gordura externa (subcutânea), interna (envolvendo os órgãos e vísceras), intermolecular (ao redor do músculo) e intramuscular (gordura entremeada ás fibras musculares, marmoreio). Esta relacionada às suas características organolépticas.
Metabolismo pós-morteMetabolismo pós-morte
Após o abate, o músculo é convertido em carne
As principais mudanças que ocorrem são:
Depleção das fontes de energia (ATP, ADP,
fosfocreatina)
Depleção das reservas de glicogênio muscular
Produção e acúmulo de ácido lático
Diminuição do pH da carne
Metabolismo pós-morteMetabolismo pós-morteExigência de ATP para relaxamento muscular e bombeamento de
Ca2+ para dentro do retículo sarcoplasmático.
Produção e acúmulo de ÁCIDO LÁCTICO ÁCIDO LÁCTICO no músculo
Queda do pH muscular
Metabolismo pós-morte
A quantidade de glicogênio muscular no A quantidade de glicogênio muscular no
momento do abate e a velocidade do momento do abate e a velocidade do
metabolismo muscular pós-morte irão metabolismo muscular pós-morte irão
influenciar a qualidade da carneinfluenciar a qualidade da carne
Do inglês: dark, firm and dryCarne de cor escura, de textura firme e que possui grande capacidade de retenção de águaOcorre em aves, bovinos, ovinos e suínos
CausasCausasJejum prolongado pré-abate Estresse crônico antes do abateExaustão físicaMaior freqüência em machos inteiros
É a capacidade da carne de manter sua umidade ou
água durante a aplicação de forças externas como
corte, aquecimento, trituração e prensagem
É importante
para manter a aparência da carne antes do
cozimento
a suculência durante a mastigação
a maciez
É o primeiro aspecto a ser avaliado pelo
Consumidor
Indica a qualidade da carne
É determinada pela quantidade de pigmentosquantidade de pigmentos
na carne (hemoglobina e mioglobina e
citocromos) e pelo estado do ferro estado do ferro presente na
mioglobina
Maciez ou textura é a manifestação dos
elementos estruturais da carne
relacionados à aparência, à mastigação e a
resistência à aplicação de uma força
Quantidade e maturidade do colágenoDiâmetro da fibra muscularCorrelação negativa com a maciez (r = -0,73)Estrutura física da célulaComprimento do sarcômero é correlacionadopositivamente com a maciez (r = 0,80)Atividade das enzimas proteolíticasGrau de Marmoreio
Tempo 1 até 2 – Desenvolvimento do rigorTempo 1 até 2 – Desenvolvimento do rigor Processo de formação das ligações actino- miosina O músculo começa e perder a extensibilidade Diminuição do tamanho do sarcômero
Tempo 2 - Estabelecimento do rigor-mortisTempo 2 - Estabelecimento do rigor-mortisNão existe mais energia nas células para desfazer as ligações actina-miosinaPerda completa da extensibilidade do músculoO sarcômero atinge seu menor tamanho
Tempo 2 a 3 – Resolução do rigor (maturação da Tempo 2 a 3 – Resolução do rigor (maturação da carne)carne)
Processo enzimáticoHidrólise das proteínas celulares
Provoca encurtamento por descongelamento
O rigor-mortis após o descongelamento é mais
acentuado (mais de 40% de encurtamento)
A perda por exudação pode chegar a mais de
25%
Chamado de Maturação da carne
É o amaciamento progressivo da carne durante
certos período de estocagem
Processo enzimático
Odor e sabor – combinação de odor, sabor e pH. São agrupados em um complexo denominado de saboroma Suculência - depende da sensação de umidade nos movimentos mastigatórios iniciais
Requisitos das fábricas Classificação Tipos de produtos embutidos e não embutidos Cura
Emulsão Defumação
Produtos cárneos picados cominuidos ou migadosem vários graus, constituídos por carnes das diversas espécies e/ou sangue, vísceras e outros tecidos animais aprovados para o consumo, curados ou não, embutidos ou não.
Produtos de salsicharia embutidos Embutidos de massa cozida a seco – cozimento lento , a seco em estufas. Ex: mortadelas e salsichas Embutidos de massa escaldada – cozimento rápido por imersão em água quente. Ex: morcela, patês Embutidos de massa crua ou semi-crua
dessecados (dessecação parcial), maturados salames tipo italiano e milano. Brandos (Menor grau de dessecação) – Ex:salaminho Santa Catarina, Blumenau, paio, alguns tipos de lingüiças. Frescais (De consumo imediato e de quadra sob refrigeração.
Produtos de salsicharia não embutidos- produtos migados ou picados (hamburguês, almôndegas, etc.)
Produto elaborado com carne ou órgãos comestíveiscurados, ou não, condimentado, cozido ou não defumado e dessecado Ou não tendo como envoltório, tripa, bexiga ou outra membrana animal
É permitido o emprego de películas artificiais Autorizadas Pela legislação
Coração
Carne de toalete de língua
Musculatura do esôfago
Limpeza da sangria
Pilar do diafragma
Carne de cabeça
Fígado,
Estômago
Conservantes – (Nitratos e Nitritos) Estabilizantes – (Polifosfatos) Antioxidante – (Ácido ascórbico) Corantes – Corante Natural (Urucum) Acidulantes – (Glucona-delta-lactona) Umectante – (Propileno-glicol) Antiumectante – (Fosfato tricálcio) Aromatizantes – Flavorizantes – (essências naturais)
Processo de CuraProcesso de Cura
Consiste no tratamento das carnes com sal, nitrito, açúcar, Tempero e outros ingredientes
ObjetivosObjetivos::
Preservação do produtos Desenvolvimento e fixação de cor, sabor, aromas e melhoria do rendimento
Cura propriamente dita Maturação e secagem
Escolha da Peça a ser Defumada Escolha da Peça a ser Defumada e Cuidados com a Carnee Cuidados com a Carne
Cura direta Cura à seco Cura por imersão em salmora Cura por injeção de salmora Cura por injeção múltipla
Temperatura das salas de cura: 2 a 4o C
Tratamento térmico da carneTratamento térmico da carne CuradaCurada
Sem tratamento térmico – alto teor de agentes de cura Tratamento térmico moderado – (pasteurizado) Tratamento térmico intenso – Não necessitam de refrigeração
Ingredientes de CuraIngredientes de Cura
Sal/NaCl – conservante, flavorizante Nitrato/Nitrito – coloração, conservante, Açúcar – flavorizante, substrato das bacterías Ascorbatos - Estabilizante Fosfatos – aumenta a CRA, o rendimento, Glucona-delta-lactona (GDL) – Estabilizantes
Formação e estabilidade de Formação e estabilidade de cor dos produtos curadoscor dos produtos curados
Sal comum – 3 a 4 % Nitratos e nitritos – 15 g/100 Kg de carne picada
Aditivos usados na curaAditivos usados na cura
Açúcar Polifosfatos Ácido Ascórbico
Fatores que afetam oFatores que afetam o processamentoprocessamento
Matéria-prima Composição da salmoura de cura Valor do pH Potencial de óxido-redução Flora Bacteriana da Salmoura
Colocam-se gorduras quente ou fundidas no cutter Adiciona-se de uma só vez o líquido fervente Faz-se girar tudo com grande velocidade durante alguns minutos A massa homogeneizada é posta a ferver escoar e depois Levada a câmara fria até o momento de uso. Antes de incorporar-se á pasta do embutido, esta emulsão é picada No cutter, no momento em que esta muito fria.
Produto preparado com carnes, toucinho, condimentos, perfeitamente misturados, embutidos em tripas naturais ou artificiais, cozidos fefumados ou não.
Resfriamento
Matéria-Prima
Preparo e Formulação
Moagem
Trituração
Mistura
Embutimento
Cozimento
Depelagem
Tingimento
Lavagem
Resfriamento
Fluxograma deFluxograma deProcessamentoProcessamento