Sess ã o An a tomo-cl í nica

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Sess Sess ã ã o An o An a a tomo-cl tomo-cl í í nica nica Coordenadores: Coordenadores: Dra Ivania Gouvea Dra Ivania Gouvea Dr Paulo Roberto Margotto Dr Paulo Roberto Margotto Alunos: Alunos: Francyne Britto Funayama Francyne Britto Funayama Luiz Alberto de Sousa Cunha Machado Luiz Alberto de Sousa Cunha Machado Escola Superior de Ciências da Saúde Escola Superior de Ciências da Saúde

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Sess ã o An a tomo-cl í nica. Coordenadores: Dra Ivania Gouvea Dr Paulo Roberto Margotto Alunos: Francyne Britto Funayama Luiz Alberto de Sousa Cunha Machado Escola Superior de Ciências da Saúde. Sess ã o An a tomo-cl í nica. RN de ASLSN Unidade de Neonatologia de: 20-01-05 a 29-01-05 - PowerPoint PPT Presentation

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SessSessãão Ano Anaatomo-cltomo-clíínicanica

Coordenadores:Coordenadores:Dra Ivania GouveaDra Ivania GouveaDr Paulo Roberto MargottoDr Paulo Roberto Margotto

Alunos:Alunos:Francyne Britto FunayamaFrancyne Britto FunayamaLuiz Alberto de Sousa Cunha MachadoLuiz Alberto de Sousa Cunha MachadoEscola Superior de Ciências da SaúdeEscola Superior de Ciências da Saúde

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SessSessãão Ano Anaatomo-cltomo-clíínicanica

RN de ASLSNRN de ASLSN

Unidade de NeonatologiaUnidade de Neonatologia de: 20-01-05 a de: 20-01-05 a 29-01-0529-01-05

Motivo da internação:Motivo da internação: RN prematuro + RN prematuro + desconforto respiratório levedesconforto respiratório leve

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Prematuro de Prematuro de 30s + 5d30s + 5d, parto cesareano, em virtude de , parto cesareano, em virtude de DHEG, peso ao DHEG, peso ao nascer=1230gnascer=1230g, Apgar=5/8, apresentara , Apgar=5/8, apresentara desconforto respiratório leve, ficou em Hood por 22h e desconforto respiratório leve, ficou em Hood por 22h e depois em ar ambiente. Evolução clinica favorável atédepois em ar ambiente. Evolução clinica favorável até o sétimo dia de internação quando apresentou sinais de o sétimo dia de internação quando apresentou sinais de choque sépticochoque séptico (m (máá perfusão periférica e hipoatividade) perfusão periférica e hipoatividade) e e distensão abdominaldistensão abdominal. Evoluiu com insuficiência . Evoluiu com insuficiência respiratória em poucas horas, foi colocado em VMC, respiratória em poucas horas, foi colocado em VMC, manteve-se em choque não respondendo ao uso de manteve-se em choque não respondendo ao uso de drogas vasoativas. HC mostrando leucopenia, drogas vasoativas. HC mostrando leucopenia, neutropenia, e plaquetopenia acentuadas, recebeu neutropenia, e plaquetopenia acentuadas, recebeu hemotransfusão inclusive cc de plaquetas. Realizados hemotransfusão inclusive cc de plaquetas. Realizados durante a internação: imunoglobulina, patologia clinica, durante a internação: imunoglobulina, patologia clinica, radiologia sem contraste e ecografia transfontanelar. radiologia sem contraste e ecografia transfontanelar. Grave evoluiu para óbito em 29-01-05 as 6:45.Grave evoluiu para óbito em 29-01-05 as 6:45.

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Evolução ClínicaEvolução Clínica

20-01-05 20-01-05 P: 1230, PC: 28,5cm, P: 1230, PC: 28,5cm,

Estatura: 39,5cmEstatura: 39,5cm Hood 40% FiO2 Hood 40% FiO2 cateterismo umbilicalcateterismo umbilical RX de tórax RX de tórax

(infiltrado pulmonar (infiltrado pulmonar difuso leve retardo de difuso leve retardo de absorção de liquido absorção de liquido aminiotico)aminiotico)

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21-01-0521-01-05 diurese de 0,7ml/kg/h(feito fase rápida) diurese de 0,7ml/kg/h(feito fase rápida) Hood 30%Hood 30% observado observado secreção escura advinda da SOGsecreção escura advinda da SOG

22-01-0522-01-05 HC: HM-5,2 milhões Hb-17, g/dl Ht-56,3% leuc-HC: HM-5,2 milhões Hb-17, g/dl Ht-56,3% leuc-

20.900(seg:46%/linf:51%/Mono:3%). 20.900(seg:46%/linf:51%/Mono:3%). drenando secreção amarronzada(2ml) pela drenando secreção amarronzada(2ml) pela

SOGSOG ictérico zona III de Kramer bilirrubina(ictérico zona III de Kramer bilirrubina(BT:BT: 12.312.3, ,

BD: 1,4 e BD: 1,4 e BI: 10,9BI: 10,9))

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23-01-0523-01-05 sob ar ambiente sob ar ambiente dieta por SOG e NPT (inicio)dieta por SOG e NPT (inicio)diurese 4ml/kg/h, tipagem sangüínea A+, diurese 4ml/kg/h, tipagem sangüínea A+,

BEG BEG eliminou mecônioeliminou mecônio

24-01-0524-01-05 ictérico, hipoglicêmico(58mg/dl), D5 de ictérico, hipoglicêmico(58mg/dl), D5 de

cateter umbilical, SOG improdutivacateter umbilical, SOG improdutiva

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25-01-0525-01-05

fototerapia fototerapia diurese 3ml/kg/h, 2 evacuações apresentou resíduo diurese 3ml/kg/h, 2 evacuações apresentou resíduo

gástrico escuro gástrico escuro dieta suspensadieta suspensa FR= 80irpmFR= 80irpm

26-01-0526-01-05 sem intercorrências, ativo, eupénico, sem edema, sem intercorrências, ativo, eupénico, sem edema,

ausculta cardiopulmonar normal, abdômen flácido, ausculta cardiopulmonar normal, abdômen flácido, diurese e dejeções conforme a normalidade, solicitada diurese e dejeções conforme a normalidade, solicitada

Eco cerebral = normalEco cerebral = normal

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27-01-0527-01-05

RN extremamente RN extremamente gravegrave e sob ventilação mecânica, e sob ventilação mecânica, nutrição parenteral, em uso de ranitidina, dopamina, nutrição parenteral, em uso de ranitidina, dopamina, dobutamina, fototerapia contínua, diurese 3,2ml/kg/h, dobutamina, fototerapia contínua, diurese 3,2ml/kg/h, evacuou 2 vezes, evacuou 2 vezes, abdômen distendidoabdômen distendido, doloroso, pouco , doloroso, pouco depressível, globoso, RHA diminuídosdepressível, globoso, RHA diminuídos

HD: HD: enterocolite necrosnteenterocolite necrosnte

CD: CD: dieta zero, tienamdieta zero, tienam (30mg de 12/12h) + (30mg de 12/12h) + amicacinaamicacina (12mg/dia), HC, PCR, BT, solicitado RX abdominal. (12mg/dia), HC, PCR, BT, solicitado RX abdominal. Parada cardiorrespiratóriaParada cardiorrespiratória as 17:30, reanimado as 17:30, reanimado encontrava-se hipocorado ++/4+, mal perfundido, encontrava-se hipocorado ++/4+, mal perfundido, cianose central importante, taquidispnéia em Hood a cianose central importante, taquidispnéia em Hood a 30%, desidratado, entubado e colocado sob VMC: 30%, desidratado, entubado e colocado sob VMC: PIP=15, PEEP=5, FiO2= 60, PIP=15, PEEP=5, FiO2= 60, retirado cateter umbilicalretirado cateter umbilical, , feito plasma frescofeito plasma fresco

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28-01-05 28-01-05

insuficiência respiratóriainsuficiência respiratória

sepsesepse, icterícia( BT:18,4, BD:12,1) plaquetas 10.000, , icterícia( BT:18,4, BD:12,1) plaquetas 10.000, hipoglicemia, hemograma:leucócitos(seg:58%/ hipoglicemia, hemograma:leucócitos(seg:58%/ bastões:6%/ linf:30%/mono:6%) uréia=89, bastões:6%/ linf:30%/mono:6%) uréia=89, creatinina=0,6, antibioticoterapia e aminas vasoativas creatinina=0,6, antibioticoterapia e aminas vasoativas mantidas, feito cc de hemácias e plaquetasmantidas, feito cc de hemácias e plaquetas

RX abdominal mostrando pobreza de gasesRX abdominal mostrando pobreza de gases

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29-01-0529-01-05

RN gravíssimo, chocado, cianótico, tempo de RN gravíssimo, chocado, cianótico, tempo de reperfusão muito aumentado, desidratado, reperfusão muito aumentado, desidratado, bradicárdico, embolia séptica em primeiro e bradicárdico, embolia séptica em primeiro e segundo pododáctilos a esquerdasegundo pododáctilos a esquerda

gasometria(pH=6,89/ pCO2=47,9/ pO2=24,2/ gasometria(pH=6,89/ pCO2=47,9/ pO2=24,2/ HCO3=7,5/ ABE=-21,4/ satO2=48,7%/) HCO3=7,5/ ABE=-21,4/ satO2=48,7%/) ás 6:45 ás 6:45 constatado óbito. constatado óbito.

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Hipóteses diagnósticas principaisHipóteses diagnósticas principais

Síndrome de choque séptico Síndrome de choque séptico

Etiologias consideráveis:Etiologias consideráveis:Enterocolite necrosanteEnterocolite necrosanteSepticemia por Septicemia por StaphilococcusStaphilococcus

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Enterocolite Necrosante (ECN)Enterocolite Necrosante (ECN)

isquemia intestinal, lesão da mucosa, edema, isquemia intestinal, lesão da mucosa, edema, ulceração e passagem de ar ou bactérias ulceração e passagem de ar ou bactérias pela parede da víscera pela parede da víscera

doença dos sobreviventesdoença dos sobreviventes (hipóxia e quadros (hipóxia e quadros infecciosos)infecciosos)

associada a prematuridade, apnéia, baixo associada a prematuridade, apnéia, baixo peso choque endotóxico ou hipovolêmicopeso choque endotóxico ou hipovolêmico

75 a 90% RN pré-termos (31-32 semanas) e 75 a 90% RN pré-termos (31-32 semanas) e peso menor que 1500g peso menor que 1500g

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Isquemia, edema e ulceração Isquemia, edema e ulceração intestinalintestinal

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mortalidade de 20-40% mortalidade de 20-40% metade pode apresentar gangrena intestinal metade pode apresentar gangrena intestinal

ou perfuração ou perfuração cateter umbilicalcateter umbilical exsanguíneotransfusãoexsanguíneotransfusão Klebsiella spKlebsiella sp isolada com frequência isolada com frequênciavômito bilioso e hematoquesia, peritonite vômito bilioso e hematoquesia, peritonite

(fleimão periumbilical), pneumoperitôneo(fleimão periumbilical), pneumoperitôneodistensão abdominal, resíduos gástricosdistensão abdominal, resíduos gástricosacidose metabólica persistenteacidose metabólica persistente

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cateter umbilicalcateter umbilical

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distensão abdominaldistensão abdominal

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distensão abdominaldistensão abdominal

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coagulação intravascular disseminada coagulação intravascular disseminada choque séptico choque séptico

dieta enteral relacionada a colonização no dieta enteral relacionada a colonização no intestino (previamente estéril) razão da intestino (previamente estéril) razão da apresentação da ECN após seu inícioapresentação da ECN após seu início

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Septicemia por Septicemia por StaphilococcusStaphilococcus

Gram positivos: microorganismos mais isolados, Gram positivos: microorganismos mais isolados, estafilococos coagulase negativos (estafilococos coagulase negativos (S. epidermidisS. epidermidis, , S. haemolyticusS. haemolyticus, , S. warnieri, SS. warnieri, S. . hominishominis e e S. S. capitiscapitis), principais agentes de infecção (79/118 = ), principais agentes de infecção (79/118 = 66,8%) seguidos pelo 66,8%) seguidos pelo S. aureusS. aureus (21/118 = 17,8%) (21/118 = 17,8%)

sensibilidade, estafilococos coagulase resistentes sensibilidade, estafilococos coagulase resistentes à oxacilina, mas não à vancomicinaà oxacilina, mas não à vancomicina

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Perfil dos germe isoladosPerfil dos germe isolados

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StaphylococcusStaphylococcus Coagulase Negativo ( Coagulase Negativo (S. epidermidisS. epidermidis): ): 83% dos RN são colonizados até o 4º dia de vida83% dos RN são colonizados até o 4º dia de vida

causa 10 - 20% da sepse nosocomial causa 10 - 20% da sepse nosocomial clinicamente mais importante no período neonatalclinicamente mais importante no período neonatal fatores de Risco: RN<1500g (6 vezes mais),cateteres fatores de Risco: RN<1500g (6 vezes mais),cateteres

umbilicais, nutrição parenteral, derivação ventrículo-umbilicais, nutrição parenteral, derivação ventrículo-peritoneal, suporte ventilatórioperitoneal, suporte ventilatório

INFECÇÕES MAIS COMUNS: Meningite, enterocolite INFECÇÕES MAIS COMUNS: Meningite, enterocolite necrosante, pneumonia, osteomielitenecrosante, pneumonia, osteomielite

fisiopatotogenia relacionada à presença de corpo fisiopatotogenia relacionada à presença de corpo estranho se deve à aderência que se estabelece entre a estranho se deve à aderência que se estabelece entre a bactéria e o biopolímero do catéter, com a formação de bactéria e o biopolímero do catéter, com a formação de um biofilme e uma produção copiosa de um muco um biofilme e uma produção copiosa de um muco viscoso e exopolissacarídeo (significativamente maior na viscoso e exopolissacarídeo (significativamente maior na criança infectada) que cobre a bactéria e a protege criança infectada) que cobre a bactéria e a protege contra o antibiótico, imunoglobulinas e a contra o antibiótico, imunoglobulinas e a opsoninofagocitoseopsoninofagocitose

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Complicações potencialmente fatais da septicemia Complicações potencialmente fatais da septicemia por Gram +por Gram +

MeningoencefaliteMeningoencefalite

EndocarditeEndocardite

Tromboembolismo BacterianoTromboembolismo Bacteriano

Hepatite CrônicaHepatite Crônica

Falência RenalFalência Renal

Tromboses (ex: veia porta)Tromboses (ex: veia porta)

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A-006-05

RN masculinoPrematuro1600 g CT 40cm e 29cm CCIctérico com equimosesHepatoesplenomegaliaDerrames cavitáriosEdema generalizado

CM SepticemiaPneumonia bacteriana bilateralMeningoencefalite Endomiocardite bacterianaHepatite necrótica e tromboem

bolia bacterianaPielonefrite aguda Microbscessos visceraisTimo involutivoAlterações intestinais isquêmicas

DIAGNÓSTICO PATOLÓGICODIAGNÓSTICO PATOLÓGICO

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DIAGNÓSTICO PATOLÓGICODIAGNÓSTICO PATOLÓGICO

Pulmão: vaso com colônias de bactériasPulmão: vaso com colônias de bactérias

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DIAGNÓSTICO PATOLÓGICODIAGNÓSTICO PATOLÓGICO

PulmãoPulmão

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DIAGNÓSTICO PATOLÓGICODIAGNÓSTICO PATOLÓGICO

Coração: infiltrado difuso agudoCoração: infiltrado difuso agudo

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DIAGNÓSTICO PATOLÓGICODIAGNÓSTICO PATOLÓGICO

Rim: vaso com colônias de bactériasRim: vaso com colônias de bactérias

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DIAGNÓSTICO PATOLÓGICODIAGNÓSTICO PATOLÓGICO

Fígado: vaso com colônias de bactériasFígado: vaso com colônias de bactérias

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DIAGNÓSTICO PATOLÓGICODIAGNÓSTICO PATOLÓGICO

Tireóide: vaso com colônias de bactériasTireóide: vaso com colônias de bactérias

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DIAGNÓSTICO PATOLÓGICODIAGNÓSTICO PATOLÓGICO

Cérebro: vaso com colônias de bactériasCérebro: vaso com colônias de bactérias

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DIAGNÓSTICO PATOLÓGICODIAGNÓSTICO PATOLÓGICO

Cocos gram +Cocos gram +

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DIAGNÓSTICO PATOLÓGICODIAGNÓSTICO PATOLÓGICO

Timo: pobreza de linfócitosTimo: pobreza de linfócitos

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DIAGNÓSTICO PATOLÓGICODIAGNÓSTICO PATOLÓGICO

Intestino: extensa hemorragiaIntestino: extensa hemorragia

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CausaCausa mortismortis: : Septicemia Septicemia bacterianabacteriana

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SepseSepse e septicemiae septicemia

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Septicemia é a presença de bactérias no Septicemia é a presença de bactérias no sangue (bacteremia).sangue (bacteremia).

Sepse é uma síndrome de resposta Sepse é uma síndrome de resposta inflamatória sistêmica inflamatória sistêmica (SRIS)(SRIS) causada por causada por um processo infeccioso.um processo infeccioso.

Se não reconhecida e tratada precocemente, Se não reconhecida e tratada precocemente, a sepse pode evoluir para a sepse pode evoluir para sepse gravesepse grave, , choque sépticochoque séptico, síndrome de disfunção de , síndrome de disfunção de múltiplos órgãos múltiplos órgãos (SDMO)(SDMO) e morte. e morte.

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SRIS é a resposta inflamatória sistêmica SRIS é a resposta inflamatória sistêmica que ocorre em que ocorre em qualquer variedade de qualquer variedade de agressão clínica.agressão clínica.

SRIS é definida pela presença de pelo SRIS é definida pela presença de pelo menos 2 dos seguintes critérios:menos 2 dos seguintes critérios:

Hipertermia ou hipotermia;Hipertermia ou hipotermia; Taquicardia;Taquicardia; Taquipnéia ou hiperventilação;Taquipnéia ou hiperventilação; Aumento ou redução da Aumento ou redução da

contagem de leucócitos ou mais contagem de leucócitos ou mais de 10% de formas imaturas.de 10% de formas imaturas.

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SepseSepse

É a resposta sistêmica à infecção ou é a É a resposta sistêmica à infecção ou é a SRIS causada por uma infecção.SRIS causada por uma infecção.

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Sepse graveSepse grave

É caracterizada pela ocorrência de É caracterizada pela ocorrência de sepse mais um dos seguintes critérios:sepse mais um dos seguintes critérios:

Diminuição do estado de Diminuição do estado de consciênciaconsciência

Lactato sangüíneo arterial Lactato sangüíneo arterial acima de 1,6mEq/lacima de 1,6mEq/l

Débito urinário menor que Débito urinário menor que 1ml/kg/hora1ml/kg/hora

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Choque SépticoChoque Séptico

É a sepse com hipotensão, apesar de É a sepse com hipotensão, apesar de adequada ressuscitação volumétrica adequada ressuscitação volumétrica mais manifestação de acidose láctica, mais manifestação de acidose láctica, oligúria e/ou alteração aguda do oligúria e/ou alteração aguda do sensório.sensório.

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O critério diagnóstico para O critério diagnóstico para choque sépticochoque séptico é a presença de é a presença de hipotensão com 2 medidas hipotensão com 2 medidas distintas de pressão arterial distintas de pressão arterial depois da administração de mais depois da administração de mais de 20ml/kg de cristalóide ou de 20ml/kg de cristalóide ou colóide mais:colóide mais:

Necessidade de suporte Necessidade de suporte inotrópico ou vasopressorinotrópico ou vasopressor

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A A SDMOSDMO é caracterizada pela disfunção é caracterizada pela disfunção simultânea ou seqüencial de vários órgãos.simultânea ou seqüencial de vários órgãos.

Cada disfunção ou falência de órgão ou Cada disfunção ou falência de órgão ou sistema é definido pela presença de um ou sistema é definido pela presença de um ou mais critérios.mais critérios.

Disfunção respiratóriaDisfunção respiratóriaDisfunção cardiovascularDisfunção cardiovascularDisfunção hematológicaDisfunção hematológicaDisfunção neurológicaDisfunção neurológicaInsuficiência hepáticaInsuficiência hepáticaDisfunção gastrointestinalDisfunção gastrointestinalDisfunção renalDisfunção renal

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EpidemiologiaEpidemiologiaHá apenas quatro estudos clínicos Há apenas quatro estudos clínicos

controlados com crianças com controlados com crianças com choque séptico. choque séptico.

Há uma melhora nos índices de Há uma melhora nos índices de mortalidade em criançasmortalidade em crianças com choque com choque séptico, que passaram de 97% na séptico, que passaram de 97% na década de 1960 para 60% na década década de 1960 para 60% na década de 1980, atingindo 9% em 1999. de 1980, atingindo 9% em 1999.

Fonte: J Pediatr (Rio J) 2002;78(6):449-66: hemodynamic support,septic shock, sepsis, persisten pulmonary hypertension, nitric oxide.

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EpidemiologiaEpidemiologiaO índice de O índice de sobrevivênciasobrevivência registrado registrado

em crianças admitidas em hospitais em crianças admitidas em hospitais norte-americanos em choque séptico norte-americanos em choque séptico foi, em 1999, três vezes maior do que o foi, em 1999, três vezes maior do que o índice observado entre adultos.índice observado entre adultos.

A fisiopatologia do choque e a resposta A fisiopatologia do choque e a resposta a terapias variam de acordo com a a terapias variam de acordo com a idade do pacienteidade do paciente..

Fonte: J Pediatr (Rio J) 2002;78(6):449-66: hemodynamic support,septic shock, sepsis, persisten pulmonary hypertension, nitric oxide.

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Fisiopatologia da sepseFisiopatologia da sepse

AtualmenteAtualmente há evidências de que a maior há evidências de que a maior parte dos danos celulares e teciduais são parte dos danos celulares e teciduais são causados pela reação inflamatória do causados pela reação inflamatória do hospedeiro à infecção.hospedeiro à infecção.

A reação do hospedeiro torna-se deletéria A reação do hospedeiro torna-se deletéria quando o processo se apresenta de modo quando o processo se apresenta de modo generalizado ou desregulado atacando as generalizado ou desregulado atacando as próprias células do hospedeiro, podendo próprias células do hospedeiro, podendo resultar em casos graves de sepse severa, resultar em casos graves de sepse severa, choque séptico e SDMO.choque séptico e SDMO.

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Antígeno bacterianoAntígeno bacteriano

Macrófagos, leucócitos

e células endoteliais

PCR, fibrinogênio, interferon λ, C3, radicais livres e citocinas pró-inflamatórias (TNF e IL-1)

TNF e IL-1

Cascata de inflamação

IL-6, IL-8 e PAF

NO, endotelina, metabólitos do ácido araquidônico e histamina

Linfócitos T

Mediadores antiinflamatórios

(IL-4, IL-10 e IL-13)

Lesão Celular

SRIS Sepse SDMO Morte

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FisiopatologiaFisiopatologia da sepseda sepse

As disfunções de órgãos observadas As disfunções de órgãos observadas em casos de sepse severa e SDMO não em casos de sepse severa e SDMO não são diretamente causadas por fatores são diretamente causadas por fatores exógenos.exógenos.

Sepse severa e SDMO comportam-se Sepse severa e SDMO comportam-se como um processo inflamatório como um processo inflamatório incontrolado.incontrolado.

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Choque séptico neonatalChoque séptico neonatal

Pode ser agravado pela transição Pode ser agravado pela transição fisiológica da circulação fetal para a fisiológica da circulação fetal para a neonatal.neonatal.

In uterIn utero, 85% da circulação fetal evita a o, 85% da circulação fetal evita a passagem pelos pulmões, deslocando-passagem pelos pulmões, deslocando-se através do canal arterial e forame se através do canal arterial e forame oval patentes. oval patentes.

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Choque séptico neonatalChoque séptico neonatal Ao nascimento, a inalação de oxigênio desencadeia Ao nascimento, a inalação de oxigênio desencadeia

uma cascata de eventos que, ao final, resultam na uma cascata de eventos que, ao final, resultam na redução da PA pulmonar e na transição da redução da PA pulmonar e na transição da circulação fetal para neonatal, com o fluxo circulação fetal para neonatal, com o fluxo sangüíneo sendo conduzido através da circulação sangüíneo sendo conduzido através da circulação pulmonar. O fechamento do canal arterial e do pulmonar. O fechamento do canal arterial e do forame oval patentes completa essa transição. forame oval patentes completa essa transição.

A acidose induzida por sepse e a hipóxia podem A acidose induzida por sepse e a hipóxia podem aumentar a PA pulmonar e manter pérvio o canal aumentar a PA pulmonar e manter pérvio o canal arterial, resultando em um quadro de hipertensão arterial, resultando em um quadro de hipertensão pulmonar persistente do RN (HPPN) e em circulação pulmonar persistente do RN (HPPN) e em circulação fetal persistente. O choque séptico neonatal com fetal persistente. O choque séptico neonatal com HPPN está associado a um aumento do trabalho do HPPN está associado a um aumento do trabalho do ventrículo direito. ventrículo direito.

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Diagnóstico ClínicoDiagnóstico Clínico

Deve-se suspeitar de choque séptico Deve-se suspeitar de choque séptico em qualquer recém-nascido com em qualquer recém-nascido com desconforto respiratório e perfusão desconforto respiratório e perfusão reduzida.reduzida.

A sepse pode apresentar-se tanto com A sepse pode apresentar-se tanto com quadros súbito e/ou graves quanto quadros súbito e/ou graves quanto com quadros insidiosos e/ou com quadros insidiosos e/ou silenciosos.silenciosos.

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Quanto mais jovem a criança, mais inespecífica a Quanto mais jovem a criança, mais inespecífica a sintomatologia.sintomatologia.

Os antecedentes patológicos do paciente são Os antecedentes patológicos do paciente são muito importantes: muito importantes:

PrematuridadePrematuridade Condições perinataisCondições perinatais Desmame precoceDesmame precoce Doenças e hospitalizações préviasDoenças e hospitalizações prévias Realização de cirurgias ou Realização de cirurgias ou

procedimentosprocedimentos

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Os recém-nascidos com sepse precoce Os recém-nascidos com sepse precoce podem apresentar sinais de infecção podem apresentar sinais de infecção antes do nascimento ou imediatamente antes do nascimento ou imediatamente após o parto:após o parto:

Sinais de sofrimento fetalSinais de sofrimento fetalTaquicardia fetalTaquicardia fetalEscore baixo de ApgarEscore baixo de Apgar

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Avaliação laboratorialAvaliação laboratorial Deve-se fazer investigação microbiológica Deve-se fazer investigação microbiológica

do paciente com exames diretos e culturas do paciente com exames diretos e culturas de sangue, urina, liquor, fezes, secreções, de sangue, urina, liquor, fezes, secreções, exsudados, petéquias, preferencialmente exsudados, petéquias, preferencialmente antes da utilização de qualquer antes da utilização de qualquer antimicrobianoantimicrobiano..

Atualmente o melhor marcador de infecção é Atualmente o melhor marcador de infecção é o exame de cultura, mas os resultados o exame de cultura, mas os resultados apenas são disponíveis depois de pelo apenas são disponíveis depois de pelo menos 1 ou 2 dias.menos 1 ou 2 dias.

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Pode-se utilizar as provas de atividade Pode-se utilizar as provas de atividade inflamatória na suspeita de sepse, inflamatória na suspeita de sepse, porém carecem de sensibilidade e porém carecem de sensibilidade e especificidade.especificidade.

Outros exames:Outros exames:Provas de coagulaçãoProvas de coagulaçãoRX, US, TCRX, US, TCEletrólitos, glicoseEletrólitos, glicoseCreatinina, bilirrubinas Creatinina, bilirrubinas Transaminases e pH.Transaminases e pH.

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Suporte antiinfecciosoSuporte antiinfeccioso

Selecionam-se esquemas Selecionam-se esquemas antibióticos antibióticos empíricosempíricos para iniciar precocemente o para iniciar precocemente o tratamento de infecções graves.tratamento de infecções graves.

Ajustes ou a descontinuidade dos Ajustes ou a descontinuidade dos medicamentos devem ocorrer em medicamentos devem ocorrer em função dos resultados da cultura.função dos resultados da cultura.

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INFECÇÃO COMUNITÁRIA INFECÇÃO HOSPITALAR

Faixa etáriado hospedeiro

Recém-nascido

Foco Respiratórioou indeterminado

Foco Digestivo ou Urinário

Foco Digestivo ou Urinário

Foco Respiratórioou Cateter

Ampicilina + gentamicina

ou cefotaxima

Ampicilina + gentamicina ou cefotaxima

Vancomicina + cefotaxima

ou ceftazidima

Cefotaxima +amicacina

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Reconhecer estado mental reduzido, perfusão reduzida, cianose.Manter via aérea e estabelecer acesso venoso.

Infusão rápida de 10ml/kg em bolo de cristalóide ou colóide até 60ml/kg.Corrigir hipoglicemia e hipocalcemia.

Recomendações para o manejo do suporte hemodinâmico em recém-nascidos

Responde à fluidoterapia Choque refratário à fluidoterapia

Observar na UTIPEstabelecer acesso venoso central, iniciar tratamento com dopamina Ajustar dobutamina e adrenalina

0 min5 min

15 min

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Obrigada!Obrigada!