Ruído - edisciplinas.usp.br

58
1 Ruído

Transcript of Ruído - edisciplinas.usp.br

Page 1: Ruído - edisciplinas.usp.br

1

Ruído

Page 2: Ruído - edisciplinas.usp.br

2

Ruído:

É definido como um sinal indesejável ou distúrbio que altera um sinal

elétrico ou degrada o comportamento de um sistema.

Algumas fontes de ruído:

• ruídos internos de componentes elétricos (térmico),

• escovas de motores, ignição, imperfeição de conexões elétricas,

• radiação eletromagnética,

• tempestades elétricas,

• radiações extraterrestres.

A principal fonte de ruído que se conhece é o ruído térmico, que está

presente nos componentes elétricos e eletrônicos.

Introdução

Page 3: Ruído - edisciplinas.usp.br

3

Os elétrons livres em um material condutor possuem energia cinética

devido à troca de calor entre material e meio ambiente. Assim:

Estes elétrons estão em movimento,

Devido às colisões internas este movimento é aleatório,

A densidade de elétrons através do condutor dá origem a uma tensão

de ruído em seus terminais.

Ruído térmico ou Johnson (primeiro a estudá-lo em 1928).

As seguintes propriedades são observadas:

O valor médio da tensão é nulo.

O valor quadrático médio é finito e vale:

1. Ruído Térmico

fKTRvE N 42

Page 4: Ruído - edisciplinas.usp.br

4

fKTRvE N 42

Em que: K = 1.3810-23 [J/ºk] ( constante de Boltzman ),

T: temperatura em graus Kelvin,

R: resistência interna do condutor em ,

f: largura de faixa do dispositivo de medida.

Potência média do ruído:

wattsfKT

R

vEP N

N 4

2

Em analogia com uma fonte elétrica, pode-se definir a “potência média de

ruído“, como a máxima potência que a fonte pode oferecer para uma

resistência de carga RL igual à resistência R da fonte:

Page 5: Ruído - edisciplinas.usp.br

5

~ 2NvE

R

Equivalentes de Thevenin e de Norton:

Equivalente de Thevenin:

fKTRvE N 42

Page 6: Ruído - edisciplinas.usp.br

6

fKTG

R

vEiE NN 4

2

22

~ 2NiE G=1/R

Em que a corrente

de ruído é dada por:

Equivalente de Northon:

Page 7: Ruído - edisciplinas.usp.br

7

Se tivermos M resistores em série:

22

22

1

2 4

NMNN

sN

vEvEvE

fKTRvE

em que Rs = R1 + R2 + . . . + RM

Se tivermos M resistores em paralelo:

fKTRvE pN 42

em que Rp = R1 // R2 // . . . // RM

22

22

1

2 4

NMNN

pN

iEiEiE

fKTGiE

em que Gp = 1/R1 + 1/R2 + . . . + 1/RM

Page 8: Ruído - edisciplinas.usp.br

8

Função densidade de probabilidade do ruído térmico:

O número de elétrons livres em um material condutor é extremamente

grande.

seus movimentos aleatórios são estatisticamente independentes.

Em concordância com o teorema do limite central:

A função densidade de probabilidade do ruído térmico é gaussiana com:

Valor médio nulo

Valor quadrático médio 2NvE variância

Page 9: Ruído - edisciplinas.usp.br

9

Densidade Espectral de Potência

1

2

kT

|f|hv

e

|f|RhfG

kT

|f|he kT

|f|h

1

HzV

v RkTfG2

2

Utilizando-se a mecânica quântica, determina-se a densidade espectral

de potência do ruído tal que:

Em que: h = 6.6210-34 J.s. ( constante de Plank )

T = temperatura em graus Kelvin

Admitindo f < 1012 Hz, a seguinte aproximação é válida:

substituindo esta equação na acima tem-se que:

Page 10: Ruído - edisciplinas.usp.br

10

HzV

v

NfG

2

2

0

HzV

v RkTfG2

2

observe que a densidade espectral de potência é independente da

frequência (plano) ==> ruído branco em analogia com a luz branca.

na literatura ele é representado da seguinte maneira:

100 105 1010 1015

0.5

1

1.5 D.E.P. do Ruído Branco

frequência em Hz

2R

kT

“ Densidade espectral de

potência bilateral “

KRTN 40

Page 11: Ruído - edisciplinas.usp.br

11

22

020 Ndfe

N fjx

Função de autocorrelação

Para o ruído branco, duas

amostras quaisquer

são descorrelacionadas

x

2

0N

Page 12: Ruído - edisciplinas.usp.br

12

Ruído Branco

Assim, define-se o ruído branco como um processo estacionário cuja função

de autocorrelação é dada por:

20

2xx

N

E cuja densidade espectral de potência é dada por:

HzV

xv

NfG

220

2

Page 13: Ruído - edisciplinas.usp.br

13

2. Ruído branco em sistemas lineares

Quando um ruído branco passa por um sistema linear com função

de transferência H(f) a densidade espectral de potência na saída do

sistema será dado por:

20 |fH|fGfG v

0

22020 4

2df|fH|kTRdf|fH|

NvE

Assim, a tensão quadrática média na saída será:

Escrevendo de outro modo tem-se:

NkTRBvE 420

0

2 df|fH|BN

HzV

v

NfG

2

2

0em que:

em que:

Largura de faixa equivalente de ruído

Page 14: Ruído - edisciplinas.usp.br

14

fRCj

fH

21

1

0

2 4

1

21

1

RCdf

fRCBN

C

kT

RCkTRvE C

4

142

Exercício 1: Cálculo da largura de faixa equivalente de ruído para uma

rede RC.

~ KTRvN 42

R

C R C

2

2

21

1

fRC|fH|

Page 15: Ruído - edisciplinas.usp.br

15

Observe neste exemplo que o valor quadrático médio da tensão de ruído no

capacitor independe de R.

Como:

NkTRBvE 420

0

2 df|fH|BN

Explicação:

• Conforme o resistor R aumenta a largura de faixa do circuito diminui,

mantendo a relação acima constante.

• Assim:

C

kTvE C 2

Page 16: Ruído - edisciplinas.usp.br

16

Exercício 2: Cálculo da largura de faixa equivalente de ruído para uma

rede RLC.

R

L

C

R L

C ~ 4kTR

QRCf

fHff

0

02

1

fQBN 2 fkTRQvE C 22 4

Page 17: Ruído - edisciplinas.usp.br

17

Apêndice

Page 18: Ruído - edisciplinas.usp.br

18

-5 0 5 0

0.1

0.5

0.7

1 PDF Gaussiana

2

2

2

2

1

mx

exp

Função Densidade de Probabilidade

1/

-/2 /2

PDF Uniforme

.c.c,

/|x|,/xp

0

21

Ruído branco gaussiano

Ruído térmico

Ruído de quantização

12

22 x

Page 19: Ruído - edisciplinas.usp.br

Ruído de Quantização

Quando um sinal analógico é digitalizado por um circuito ADC, o valor da

amostra é aproximado para um dos 2N valores digitais, denominados níveis

de quantização. A diferença entre o valor original da amostra e o valor

digitalizado é denominada erro de quantização. Desta forma, uma vez

digitalizado, o sinal original não pode mais ser recuperado com exatidão.

Em termos práticos, na etapa em que o sinal digitalizado é reconstruído pelo

DAC, considera-se que foram obtidos dois sinais adicionados

o sinal original sem erros de quantização

um ruído que corresponde ao erro de quantização subtraído de seu

valor médio, denominado ruído de quantização.

A excursão do ruído de quantização está compreendida no intervalo

-/2 < n(t) < +/2, onde é o valor máximo do erro de quantização

(diferença entre dois níveis consecutivos).

19

Page 20: Ruído - edisciplinas.usp.br

20

Estimação da Densidade Espectral

de Potência

Periodograma

Page 21: Ruído - edisciplinas.usp.br

21

Sinais de informação apresentam comportamento imprevisível, suas

flutuações são complexas e por isso eles são caracterizados como

processos aleatórios.

Assim, para caracterizar um sinal de informação é necessário um

tratamento estatístico.

No domínio do tempo as principais medidas são:

• Média, variância, função de autocorrelação, correlação cruzada, ...

No domínio da frequência a medida principal é o:

• Densidade espectral de potência.

Nesta parte vamos estudar como estimar a densidade espectral de potência

de um sinal aleatório utilizando a transformada discreta de Fourier.

Introdução

Page 22: Ruído - edisciplinas.usp.br

22

A densidade espectral de potência

Caracterização dos sinais aleatórios no domínio da frequência:

Sinais aleatórios apresentam energia infinita Não possuem

Transformada de Fourier.

Mas eles apresentam potência finita Densidade Espectral de

Potência.

Definição:

Seja x(n) um processo aleatório discreto. A sua função de

autocorrelação é definida como:

)()()( * knxnxEkxx

A função de autocorrelação é uma medida no tempo que está

diretamente relacionada com as variações do sinal, assim ela contém

informações sobre o conteúdo de frequências do sinal aleatório.

Page 23: Ruído - edisciplinas.usp.br

23

A densidade espectral de potência é definida como a transformada de

Fourier da função de autocorrelação do sinal, isto é:

k

fkjxxxx ekf 2)()(

xx(k)

k

sinais lentos – banda estreita

sinais rápidos – banda larga

)()( fk xx

TF

xx

Page 24: Ruído - edisciplinas.usp.br

24

Em geral deparamos com a seguinte situação:

Tem-se disponível somente uma função amostra do processo aleatório.

Neste caso definimos a função de autocorrelação temporal:

M

MnM

xx knxnxM

kr )()(12

1lim)( *

A transformada de Fourier da equação acima fornece a densidade

espectral de potência para a função amostra que se tem disponível, isto é,

k

fkjxxxx ekrfP 2)()(

Page 25: Ruído - edisciplinas.usp.br

25

Se o processo aleatório é ergódico nos primeiro e segundo momentos

então as médias temporais tendem às médias estatísticas, isto é,

)()(

)()(

ffP

kkr

xxxx

xxxx

Tem-se um outro problema:

Em uma situação prática temos disponível somente um trecho finito do

sinal a ser analisado.

• Neste caso calculam-se as estimativas da função de autocorrelação

e da densidade espectral de potência.

• Para a densidade espectral de potência esta estimativa é conhecida

como periodograma, como será estudado a seguir.

Nesta situação a densidade espectral de potência pode ser calculado a

partir da função de autocorrelação rx(k).

Page 26: Ruído - edisciplinas.usp.br

26

O periodograma

Resumindo:

Na prática encontramos dois problemas na determinação da função de

autocorrelação e da densidade espectral de potência:

Temos disponível somente uma realização do processo aleatório:

• portanto, é necessário a suposição de ergodicidade do processo.

A duração do sinal é finita:

• portanto tem-se que fazer uma estimativa da função de

autocorrelação.

Tem-se dois tipos de estimativas:

• A estimativa não polarizada,

• E a estimativa polarizada.

Page 27: Ruído - edisciplinas.usp.br

27

Admitindo 0 n N-1 como o intervalo de observação do sinal:

A estimativa não polarizada da função de autocorrelação é dada por:

1,,2,1,)()(1

1,,1,0,)()(1

)(ˆ1

*

1

0

*

NkknxnxkN

NkknxnxkN

krN

kn

kN

n

xx

O fator 1/(N-|k|) fornece uma estimativa consistente da fac.

Problema na estimativa:

Para valores grandes no atraso k (próximos de N) ela apresenta

variância muito grande.

Razão: Poucas amostras do processo x(n) entram no cálculo.

Page 28: Ruído - edisciplinas.usp.br

28

1,,2,1,)()(1

1,,1,0,)()(1

)(ˆ1

*

1

0

*

NkknxnxN

NkknxnxN

krN

kn

kN

n

xx

Fórmula mais apropriada para a estimativa polarizada da função de

autocorrelação:

A equação acima apresenta vantagens:

Fornece uma variância menor que a anterior para valores grandes de k.

Mantém a consistência e por isso é mais utilizada.

• Veja o exemplo a seguir.

Page 29: Ruído - edisciplinas.usp.br

29

-200 -100 0 100 200 -0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

0 50 100 150 200 250 -3

-2

-1

0

1

2

3

EXEMPLO 1: Função de autocorrelação do ruído branco gaussiano com

variância igual a 1.

)()( 2 kk xx

-200 -100 0 100 200 -0.5

0

0.5

1

Polarizada 1/N Não-polarizada (1/N-k)

Função de autocorrelação

teórica do ruído branco:

Page 30: Ruído - edisciplinas.usp.br

30

Estimativa da densidade espectral de potência

1

1

2)(ˆ)(ˆN

Nk

fkjxxxx ekrfP

Substituindo a equação anterior na equação acima obtém-se:

2

21

0

2 )(1

)(1

)(ˆ fXN

enxN

fP

N

n

fnjxx

Este resultado é conhecido como PERIODOGRAMA.

Observações importantes:

Não há necessidade de se estimar a função de autocorrelação.

• A d.e.p. pode ser estimada diretamente a partir da transformada de

Fourier do sinal.

Para frequências discretas [ fk ] podemos utilizar a TDF.

Page 31: Ruído - edisciplinas.usp.br

31

Utilização da TDF

Admitindo que se tem disponível N amostras { x(0), x(1), ..., x(N-1)}:

21

0

2

)(1

)(ˆ)(ˆ

N

n

nN

kj

xxkxx enxN

kPfP

1,,1,0: Nkqueem

2

1

10

aMAX

aR

aakk

kk

FF

N

Fou

Nf

FN

kFfF

fN

kf

Frequência digital

Frequência analógica

Resolução espectral

Máxima frequência

Page 32: Ruído - edisciplinas.usp.br

32

EXEMPLO 2:

0 50 100-2.5

-2

-1.5

-1

-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

0 0.1 0.2 0.3 0.40

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0 0.1 0.2 0.3 0.40

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

nnnx 15.02sen5.01.02sen)(

Periodograma de um sinal composto de dois tons senoidais de

frequências 100 Hz e 150Hz e frequência de amostragem 1 kHz.

Sinal N = 32 N = 128

Page 33: Ruído - edisciplinas.usp.br

33

EXEMPLO 3: Periodograma de um ruído branco com valor médio nulo e

variância igual à unidade.

0 50 100-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

5

0 0.1 0.2 0.3 0.4-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

0 0.1 0.2 0.3 0.4-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10Sinal N = 128 N = 512

O aumento no número de pontos não diminui a variância do

periodograma

Page 34: Ruído - edisciplinas.usp.br

34

Periodograma médio

O exemplo anterior mostra que o periodograma não é consistente.

A razão para esta conclusão é a retirada do operador esperança no

cálculo da fac temporal.

Solução: utilizar o periodograma médio ou de Bartlett.

No cálculo do periodograma médio admite-se que:

Se tem disponível uma sequência relativamente grande. (N muito

grande).

Se o sinal é estacionário:

Então podemos então dividi-lo em sequências de tamanho menor.

• determina-se o periodograma de cada sequência menor.

• e faz-se a média de todos os periodogramas.

Page 35: Ruído - edisciplinas.usp.br

35

Primeiramente a sequência de N (N um valor grande) amostras é

subdividida em M segmentos não superpostos com L < N amostras cada

um, tais que:

L

NM

L,,,n,M,,,i:queem

)iLn(x)n(xi

110110

Para cada segmento calcula-se o periodograma: 2

1

0

2)(

1)(ˆ

L

n

nfjik

ixx

kenxL

fP

1,,1,0: LkeL

kfqueem k

Periodograma médio

Page 36: Ruído - edisciplinas.usp.br

36

Finalmente, calcula-se o periodograma médio utilizando a média abaixo:

1

0

)(ˆ1)(ˆ

M

i

kixxkxx fP

MfP

Este procedimento permite uma estimativa do periodograma com

variância reduzida por 1/M em relação ao anterior.

Ele só pode ser aplicado nos trechos onde os sinais são estacionários.

Veja o exemplo a seguir.

Page 37: Ruído - edisciplinas.usp.br

37

EXEMPLO 4: Periodograma médio de um ruído branco com valor médio nulo

e variância igual á unidade:

N = 1024 L = 128 M = 8

0 50 100-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

5

0 0.1 0.2 0.3 0.4-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

0 0.1 0.2 0.3 0.4-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10Sinal Periodograma P. Médio

Page 38: Ruído - edisciplinas.usp.br

38

Uso de janelas

Na formulação anterior o sinal foi considerado de tamanho finito. Na

realidade estamos utilizando uma janela retangular para limitar o tamanho

do sinal. Na maioria dos casos o uso de uma janela retangular pode

mascarar algumas componentes de frequência de um sinal.

Por exemplo:

Considerando sinais compostos de tons senoidais embebidos em ruído

pode ocorrer uma situação na qual a componente de menor amplitude

fica mascarada pelos lóbulos laterais da janela retangular.

Nestes casos é recomendável o uso de uma janela de dados diferente

da retangular.

A janela deve ser tal que não exista transições abruptas, como é o caso

da janela retangular.

Page 39: Ruído - edisciplinas.usp.br

39

em que w(n) é uma janela do tipo:

• Hamming, hanning, blackman, kaiser, etc.

nxnw .

No caso de uma janela diferente da retangular, os lóbulos laterais no

domínio da frequência, são bem menores, minimizando os efeitos de

mascaramento das componentes senoidais.

Assim, antes de se calcular o períodograma, o sinal é multiplicado por uma

janela de dados tal que:

21

0

2)()(

1)(ˆ

N

n

nfjkxx

kenxnwN

fP

Neste caso o periodograma será dado por:

Page 40: Ruído - edisciplinas.usp.br

40

Observe que temos um produto no tempo, isto é,

wX*wWwX w

A convolução tende a “manchar” o espectro:

• portanto deve-se tomar muito cuidado com a escolha da janela e

também com a escolha do seu tamanho:

Como regra prática:

• a janela deve conter de 2,5 a três “períodos” do sinal.

nxnw

Portanto, no domínio da frequência teremos a convolução:

Page 41: Ruído - edisciplinas.usp.br

41

Algumas das janelas mais utilizadas:

10

1

4080

1

250420

1

2460540

1

25050

Nn:queem

N

ncos.

N

ncos..)n(w

N

ncos..)n(w

N

ncos..)n(wHanning

Hamming

Blackman

Page 42: Ruído - edisciplinas.usp.br

42

Janela Retangular

Nn,

N...,,,n,nw

0

12101

domínio do tempo domínio da frequência

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 -100

-90

-80

-70

-60

-50

-40

-30

-20

-10

0

Frequência em rad/s

Am

plit

ude

em

dB

0 10 20 30 40 50 0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

1.4

1.6

1.8

2

Page 43: Ruído - edisciplinas.usp.br

43

Janela de Hanning

.c.c,

Nn,N

ncos..

nw

0

101

25050

domínio do tempo domínio da frequência

0 10 20 30 40 50 0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 -100

-90

-80

-70

-60

-50

-40

-30

-20

-10

0

Frequência em rad/s

Am

plit

ude e

m d

B

Page 44: Ruído - edisciplinas.usp.br

44

Janela de Hamming

.c.c,

Nn,N

ncos..

nw

0

101

2460540

domínio do tempo domínio da frequência

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 -100

-90

-80

-70

-60

-50

-40

-30

-20

-10

0

Frequência em rad/s

Am

plit

ude

em

dB

0 10 20 30 40 50 0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1

Page 45: Ruído - edisciplinas.usp.br

45

EXEMPLO 5:

nnnx 15.02sen5.01.02sen)(

Periodograma de um sinal composto de dois tons senoidais de

frequências 100 Hz e 150Hz e freqüência de amostragem 1 kHz,

utilizando janela de hamming e N =128.

Sinal retangular hamming

Page 46: Ruído - edisciplinas.usp.br

46

Método de Welch

Este método faz duas modificações no periodograma médio:

Os segmentos são permitidos se superporem.

Utiliza janelas diferentes da retangular.

Ele consiste de três passos:

O sinal é segmentado de tal forma que os segmentos permitam uma

superposição de D amostras (em geral 50%).

alsindotamanho:N,L

NM

L,,,n,L

D:queem

)iDn(x)n(xi

1102

Neste caso tem-se 2M-1 segmentos de tamanho L.

Page 47: Ruído - edisciplinas.usp.br

47

Finalmente, calcula-se o periodograma médio:

22

0

)(ˆ12

1)(ˆ

M

i

kixxkxx fP

MfP

Cada segmento é multiplicado por uma janela w(n), diferente da

retangular e calcula-se o periodograma:

21

0

2)()(

1)(ˆ

L

n

nfjik

ixx

kenwnxUL

fP

110 L,,,keL

kf:queem k

ãonormalizaçdefatornwL

U

L

n

:)(1

1

0

2

Page 48: Ruído - edisciplinas.usp.br

48

EXEMPLO 6:

nnnx 15.02sen5.01.02sen)(

Periodograma de Welch de um sinal do exemplo anterior,

admitindo: N = 1024 e L =128 pontos, janela de hamming e 50%

de sobreposição, dando um total de 16 segmentos.

Sinal Um segmento Welch

Page 49: Ruído - edisciplinas.usp.br

49

Melhora na Visualização Gráfica

Pode ser utilização quando o conjunto de dados é pequeno e a resolução

de frequências é baixa.

Neste acrescenta-se zeros ao sinal antes de calcular o periodograma:

1,,1,,0

1,,1,0),()(,

LNNn

Nnnxnx

Em seguida calcula-se o periodograma:

21

0

2, )(1

)(ˆ

L

n

nfjkxx

kenxN

fP

110 L,,,keL

kf:queem k

O acréscimo de zeros não melhora a resolução do periodograma, mas

somente a visualização gráfica.

Page 50: Ruído - edisciplinas.usp.br

50

EXEMPLO 7:

nnnx 15.02sen5.01.02sen)(

Aumento da resolução gráfica de um periodograma de um sinal

composto de dois tons senoidais de frequências 100 Hz e 150Hz

e freqüência de amostragem 1 kHz.

Sinal N = 24 L = 512

Page 51: Ruído - edisciplinas.usp.br

51

Apêndices

Page 52: Ruído - edisciplinas.usp.br

52

Seja um estimador de um parâmetro .

O valor deste estimador varia com as diferentes realizações do processo

aleatório.

Portanto este estimador é uma variável aleatória:

Define-se:

Polarização do estimador: ]ˆ[)( EB

Variância do estimador:

]ˆ[0)ˆ( B

2]ˆ[ˆ)ˆvar( EE

Estimador não polarizado:

Estimador consistente: 0)ˆvar(0)ˆ( eB

A1 - Consistência de um estimador

Erro Quadrático Médio

)ˆ(]ˆ[ˆ)ˆ( 222 BEEEEQM

Page 53: Ruído - edisciplinas.usp.br

53

-200 -100 0 100 200 -0.2

-0.1

0

0.1

0.2

polarizada

-200 -100 0 100 200 -0.2

-0.1

0

0.1

0.2

não polarizada

0 50 100 150 200 250 -1

-0.5

0

0.5

1

Exemplo da Função de autocorrelação de um trecho sonoro de um sinal de voz

A2

Page 54: Ruído - edisciplinas.usp.br

54

X(x,n)

n1 n2 nn

xn(n)

x3(n)

x2(n)

x1(n)

t

t

t

t

xn x2 x1

x(k)

k

sinais lentos

sinais rápidos

Processo Aleatório

A3

Page 55: Ruído - edisciplinas.usp.br

55

A4 - Sinal de Voz - sonoro

0 50 100 150 200 250 300 -1

-0.5

0

0.5

1

-5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 -40

-20

0

20

Page 56: Ruído - edisciplinas.usp.br

56

A5 - Sinal de Voz

0 50 100 150 200 250 300 -1.5

-1

-0.5

0

0.5

1

-5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000

-30

-20

-10

0

10

20

Page 57: Ruído - edisciplinas.usp.br

57

A6 - Sinal de Voz

0 50 100 150 200 250 300 -0.1

-0.05

0

0.05

0.1

0.15

-5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000

-60

-50

-40

-30

-20

-10

Page 58: Ruído - edisciplinas.usp.br

58

Bibliografia

Steven M. Kay, Modern Spectral Estimation: Theory and Application,

Prentice-Hall, 1988.

Proakis, J. G. and Manolakis, D. G., Digital Signal Processing: Principles,

Algorithms and Applications, MacMillan, 1992.

Openheim, A. V. and Schafer, R. W. Discrete-Time Signal Processing,

Prentice-Hall, 1989.

National Semiconductor, Power Espectra Estimation, Application Note 255,

nov. 1980.