Revista Rumos 41

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Revista do CONAPRA - Conselho Nacional de Praticagem - N 0 41 - jun/2014 a jan/2015 Brazilian Maritime Pilots’ Association Magazine - N 0 41 - Jun/2014 to Jan/2015

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Rumos Práticos, publicada pelo Conselho Nacional de Praticagem http://www.conapra.org.br

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  • Revista do CONAPRA - Conselho Nacional de Praticagem - N0 41 - jun/2014 a jan/2015 Brazilian Maritime Pilots Association Magazine - N 0 41 - Jun/2014 to Jan/2015

  • Depois do sucesso da primeira conferncia, a Fundao Homem do Mar (FHM) e o Centro de Simulao Aquaviria (CSA) estaro promovendo mais uma DPBRASIL, a 2a Conferncia Brasileira de Posicionamento Dinmico, nos dia 26 e 27 de maio de 2015. Ser realizada no Hotel Windsor Barra, na cidade do Rio de Janeiro, local em que tambm aconteceu a 1a DPBRASIL.

    Foto de divulgao - Passadio 1 do Centro de Simulao Aquaviria

  • Mdicos Sem Fronteiras: ONG combate na frica a mais grave

    epidemia do ebola Medicine without Frontiers: NGO combats

    the worst epidemic of Ebola in Africa

    ndice indexCONAPRA Conselho Nacional de Praticagem

    CONAPRA Brazilian Maritime Pilots Association

    Av. Rio Branco, 89/1502 Centro Rio de Janeiro RJ CEP 20040-004Tel.: 55 (21) [email protected]

    diretor-presidente director presidentGustavo Henrique Alves Martins

    diretores directorsAlexandre Koji TakimotoCarlos Alberto de Souza FilhoGuilherme Luis Bruno Magalhes Senna Lauri Rui Ramos

    diretor / vice-presidente da IMPA director / vice-president of IMPARicardo Augusto Leite Falco

    planejamento planningOtavio Fragoso / Flvia Pires / Claudio Davanzo

    edio e redao writer and editorMaria Amlia Parente (jornalista responsvel) (journalist responsible) MTb/RJ 26.601

    reviso revision Maria Helena TorresAglen McLauchlan

    verso translationElvyn Marshall

    projeto grfico e designlayout and designKatia Piranda

    pr-impresso / impressopre-print / printingDVZ/Davanzzo Solues Grficas

    capa coverfoto / photo: Daniel Werneck

    Paper produced from responsible sources

    As informaes e opinies veiculadas nesta publicao so de exclusiva responsabilidade de seus autores. No exprimem, necessariamente, pontos de vista do CONAPRA.The information and opinions expressedin this publication are the sole responsibility of the writers and do not necessarily expressCONAPRAs viewpoint.

    Praticagem de Santos inaugura C3OT

    Santos pilotage inaugurates C3OT

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    Pianc tem norma atualizada

    4Pianc has an updated standard

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    14A amarrao est segura?

    Is she safely moored?

    Fenaprticos e Fenamar assinam memorando de entendimentos

    Fenaprticos and Fenamar sign a memorandum of understanding21

    APA promove conveno em HoustonAPA organizes convention in Houston 22

    Prtico de Paranagu assume presidncia do CONAPRAA Paranagu pilot takes over

    as president of CONAPRA24

    CONAPRA: h 40 anos representando a praticagem brasileira

    CONAPRA: 40 years representing Brazilian pilotage32

  • 4Assunto vital para a praticagem, a nova recomendao da Pianc para projetos porturios foi tema de seminrio promovido pelo Centro Tanque de Provas Numrico da Universidade de So Paulo (TPN-USP) em parceria com o Conselho Nacional de Praticagem (CONAPRA), em agosto de 2014, na capital paulista.

    Durante dois dias autoridades, professores, prticos, tcnicos e executivos discutiram os impactos da atualizao da norma nos servios porturios e de praticagem brasileiros. A partir do detalhamento da recomendao da associao, de assuntos afins e de estudos de casos em portos do pas, os palestrantes ofereceram audincia timas ferramentas para reflexo sobre os desdobramentos da nova diretriz.

    Fundada em 1885, a Permanent International Association of Navigation Congresses (Pianc), atual World Association for Waterborne Transport Infrastructure, um frum no qual organiza-es profissionais compartilham conhecimento sobre tendncias mundiais e desafios relacionados a desenvolvimento e gesto de portos e hidrovias. Trata-se de organismo independente, desvincu-lado de interesses polticos. Suas recomendaes so reconheci-das pela IMO e tm carter de norma, ou seja, constituem o padro aceito internacionalmente para projetos porturios.

    The new Pianc recommendation for port designs, a vital subject for pilotage, was a seminar topic raised by the Numerical Test Tank Center of the University of So Paulo (NTT-USP) in partnership with the Brazilian Maritime Pilots' Association (CONAPRA), in August 2014, in the city of So Paulo.

    For two days, authorities, professors, pilots, specialists and executives discussed the impacts of updating the standard in port services and Brazilian pilotage. Based on the details of the associations recommendation, and on similar matters and case studies on Brazilian ports, the speakers offered the audience excellent tools to reflect on the developments of the new guideline.

    Founded in 1885, the Permanent International Association of Navigation Congresses (Pianc), currently World Association for Waterborne Transport

    AUDINCIA AGUARDA INCIO DO SEMINRIO AUdIeNCe AWAITS START OF SeMINAR

    Subject was a seminar topic in So Paulo

    projetos porturiosport projects

    Pianc tem norma atualizada

    Pianc has an updated standard

    Assunto foi tema de seminrio em So Paulo

  • 5A nova norma da Pianc Canais de acesso a reas porturias, diretrizes para projeto est publicada no Relatrio 121-2014 da associao. Elaborada com a colaborao da IMPA (International Maritime Pilots Association), da IALA (International Association of Marine Aids to Navigation and Lighthouse Authorities) e da IAPH (International Association of Ports & Harbors), trata-se de atualiza-o do documento Canais de Acesso Um guia para Projetos, apresentado em 1997.

    A reviso da norma coube ao Grupo de Trabalho 49, que forneceu orientaes e recomendaes para o projeto de dimenses geom-tricas (verticais, horizontais e curvas) de canais de acesso, incluin-do reas de manobra e fundeio dentro de portos; apresentou igualmente restries a operaes dentro de canais.

    O imPACtO dA RevisO dA PiANC NA PRAtiCAgem bRAsileiRA

    Durante o seminrio sete prticos ministraram palestras. Ricardo Falco, presidente do CONAPRA e vice-presidente da IMPA, iniciou sua exposio traando um breve histrico da Pianc e elencando os objetivos de sua atualizao. Em seguida, Falco apresentou anlise tcnica de manobra com rebocadores no Porto de Santana, Amap.

    Alexandre Takimoto, prtico da ZP-12, Bahia, discorreu sobre a influncia do projeto do abrigo porturio no acesso nutico e a importncia da praticagem nas discusses relativas ao trabalho. O tema de sua palestra foi a expanso do quebra-mar do Porto de Salvador. Inicialmente conce-bido para proteger das ondas as operaes do terminal de conti-

    neres da capital baiana, o projeto original cumpriu os requisitos tcnicos esperados para a operao, mas no levou em considera-o aspectos nuticos das manobras dos navios no terminal.

    Aps sugestes oferecidas pela praticagem, apresentou-se novo projeto, que foi aceito pela autoridade porturia. Takimoto salien-tou a importncia de pensar conjuntamente acerca de obras de infraestrutura a fim de alcanar solues que atendam a todos os requisitos necessrios a empreitadas dessa natureza. Ressaltou finalmente a importncia que teve a praticagem de Salvador no projeto de prolongamento do quebra-mar. Em sua opinio, a prati-cagem conseguiu juntar todos os envolvidos no trabalho e, atravs de estudos tcnicos, achar solues que otimizassem as manobras: um projeto bem-sucedido, visto que foram cumpridos os requisitos tcnicos necessrios a uma operao segura e levou-se em conta a possibilidade de expanso das dimenses dos navios no futuro.

    Estudo de controlabilidade de navios no Porto de Barra do Riacho foi apresentado pelo prtico Rafael Mouli, da Praticagem Esprito

    projetos porturiosport projects

    Infrastructure, is a forum in which professional organizations share their knowhow about world trends and challenges relating to the development and management of ports and waterways. It is an apolitical and independent organiza-tion. Its recommendations are recognized by the International Marine Organization (IMO) and are of a regulatory nature, i.e. its standard is internationally accepted for port designs.

    The new Pianc regulation Harbor Approach Channels design Guidelines is published in the Associations Report 121-2014. It was drafted in collaboration with the International Maritime Pilots Association (IMPA), the International Association of Marine Aids to Navigation, Lighthouse Authorities (IALA), and the International Association of Ports & Harbors (IAPH), as an update of the document Approach Channels A Guide for design, presented in 1997.

    The standard was reviewed by Working Group 49, which provided guidelines and recommendations for the design of vertical, horizontal and curved dimensions of approach channels, including maneuvering and anchorage areas within harbors; it also defined restrictions to operations within channels.

    The IMPAcT of The PIAnc revIsIon on BrAzIlIAn PIloTAge

    during the seminar seven pilots were speakers. Ricardo Falco, president of CONAPRA and vice-president of IMPA, began his talk by giving a brief background of Pianc and listing the objectives of its update. Falco next gave a technical analysis of tug maneuvers in Santana Port, Amap.

    Alexandre Takimoto, a pilot from PZ-12, Bahia, spoke about the influence of harbor design on nautical approach and the importance of pilotage in discussions relating to this work. The theme of his talk was the expansion of the breakwater in Salvadors port. Initially conceived to protect the container terminal of the Bahian capital from the waves, the first design met the technical requirements expected for the operation but failed to consider nautical aspects of ship maneuvers in the terminal.

    After suggestions offered by the pilotage, a new design was submitted and accepted by the port authority. Takimoto stressed how important joint thinking is to infrastructure design in order to reach solutions that meet all the necessary requirements for a project of this kind. Lastly, he highlighted the importance of Salvador pilotage in the design of extending the breakwater. In his opinion, the pilotage was able to bring together all the stakeholders in the project and, through technical studies, found solutions to optimize the maneuvers: a successful design, since it met the technical requirements for a safe operation and took into account a possible future increase in the size of vessels.

    ALExANDRE TAKIMOTO

    EDUARDO TANNURI, COORDENADOR DO TPN-USP COORdINATOR OF TPN-USP

  • 6Santo. Mouli mostrou como se desenvolve um processo de anlise para verificao de adequabilidade de um navio-tipo de maior porte nos portos e terminais capixabas.

    O estudo identificou os mltiplos fatores que interagem na mano-bra, de modo a se obter eficincia nas operaes e assegurar imprescindveis margens de segurana. A abordagem adotada no Estado do Esprito Santo mostrou-se exitosa, sendo marcada pela sinergia entre a autoridade martima, a autoridade porturia, o terminal, a praticagem e recursos de toda ordem do centro de simulao.

    Hans Hutzler, prtico da Pernambuco Pilots, apresentou o projeto do novo canal que permitir o acesso de navios suezmax, com calado de at 17m, Refinaria Abreu e Lima, no Porto de Suape. Ele exps as preocupaes da praticagem com o desenho do canal, sua pouca largura e o exguo espao para parada dos navios. Foram feitos estudos na Frana e no Brasil, complementados por simula-es no TPN-USP, demonstrando a necessidade de alargar pelo menos o trecho final do canal e estabelecendo limites operacio-nais para seu uso. Segundo sua anlise, a participao da pratica-gem desde a fase de projeto das instalaes porturias e seus canais de acesso pode eliminar erros, trazendo economia e melho-rando o produto final.

    Marcio Pessoa Fausto de Souza, prtico de So Francisco do Sul, apresentou estudo sobre a adequao dos parmetros operacio-nais da ZP-18 Pianc depois das obras de dragagem ocorridas em 2011 por ocasio do PAC-1.

    Em sua palestra destacou o papel da Praticagem So Francisco nas diversas etapas do processo de homologao de novos parme-tros: desde o trabalho didtico e psicolgico junto comunidade martima local visando implementao de cultura de observn-cia s normas tcnicas internacionais at a efetiva realizao de estudos analticos.

    Enfatizou ainda o trabalho proativo e sinrgico da praticagem junto s autoridades martima e porturia e aos terminais, o que alavan-cou estudos computacionais abrangentes e permitiu que a ZP-18

    A study of ship controllability in the Port of Barra do Riacho was presented by pilot Rafael Mouli, from espirito Santo Pilotage. Mouli showed how to develop an analytical process to check the adaptability of larger vessels in the espirito Santo state harbors and terminals.

    The study identified the many factors interacting in the maneuver, making the operations more efficient and ensuring essential safety margins. The approach adopted in espirito Santo State proved successful, marked by the synergy between the maritime and port authorities, the terminal, pilotage and all resources from the simulation center.

    Pilot Hans Hutzler from Pernambuco Pilots presented the design of the new channel that will allow Suezmax tankers with a draft of 17m to approach the Abreu e Lima Refinery in Suape port. He raised pilotage concerns with the design of the channel, its narrow width and restricted space for the vessels to anchor. Studies were made in France and Brazil, supplemented by simulations at NTT-USP, showing the need to at least widen the final stretch of the channel and establishing operating limits for its use. In his analysis, the pilots participation right from the design stage of the port facilities and its approach channels can eliminate errors, provide economic advantages and improve the end product.

    Marcio Pessoa Fausto de Souza, a pilot from So Francisco do Sul, presented a study on the adaptation of the PZ-18 operating parameters to Pianc, after the dredging works in 2011 on occasion of the Growth Acceleration Program (PAC I).

    In his talk he stressed the role of So Francisco pilotage at the different stages of the approval process of new parameters: from the didactic and psychological work with the local maritime community with a view to implementing a culture of conforming to international technical standards to undertaking analytical studies.

    He also emphasized the proactive and synergic work of pilotage with the maritime and port authorities and the terminals, which leveraged comprehensive computer studies and helped ZP-18 to be one of the first to make considerable operational upgrades after the dredging works. Today it is one of the few Brazilian ports that can harbor container vessels of up to 9,800 TeU.

    At the end of his presentation, the pilot expressed concern about the increase in vessel dimensions and the inertia of the Brazilian infrastructure to adapt sea approach routes to the ports. He mentioned that the invisible work of the service of Brazilian pilotage and its support to the structure have especially helped to mitigate this reality, thereby preventing major economic losses for the country.

    Pilot Gustavo Martins, from Paranagu Pilots, addressed the use of new Pianc recommendations when establishing operational restraints on

    HANS HUTZLER

    projetos porturiosport projects

    RAFAEL MOULI

  • 7fosse uma das primeiras a apresentar considerveis melhorias operacionais aps as obras de dragagem, destacando-se hoje como uma das poucas escalas nacionais a operar porta- contineres de at 9.800TEUs.

    Ao final da apresentao o prtico demonstrou preocupao com o aumento dimensional dos navios e a inrcia da infraestrutura brasileira na adequao das vias martimas de acesso aos portos. Mencionou que o trabalho "invisvel" do servio de praticagem brasileiro e sua estrutura de apoio tm ajudado sobremaneira na mitigao dessa realidade, evitando assim prejuzos econmicos significativos ao pas.

    O prtico Gustavo Martins, da Paranagu Pilots, abordou o emprego das novas recomendaes da Pianc no estabelecimento de limites operacionais em situaes em que canais e reas de manobra j existem, e o que se deseja o aumento das dimenses dos navios, alm do inicialmente previsto no projeto original. Apresentou dois estudos de casos: um relativo ao Terminal de Contineres de Paranagu (TCP), outro ao Terminal Martimo da Ponta do Felix (TMPF), em Antonina.

    No primeiro, os estudos foram conduzidos por empresa especia-lizada, com a participao da praticagem de Paranagu, para verificar a viabilidade da operao de navios porta-contineres com dimenses significativamente superiores aos limites atual-mente definidos pela autoridade porturia. No caso da Ponta do Felix, em funo da elevada taxa de assoreamento observada no canal de acesso e da necessidade econmica de empregar navios maiores, analisou-se que condies operacionais permitiriam uso mais eficiente da infraestrutura martima existente, sem o compro-metimento da segurana da navegao.

    A exposio do prtico Siegberto Schenk, da Praticagem Esprito Santo, versou sobre anlise e gesto de risco, importante elemen-to da nova norma. Inicialmente, abordou os principais conceitos relacionados ao risco, como suas dimenses componentes (fre- quncia de ocorrncia e severidade das consequncias de inciden-tes) e suas principais fontes (o aumento das dimenses dos navios e de sua densidade de trfego sem a correspondente evoluo das vias navegveis).

    situations where channels and maneuvering areas already exist. What is desirable is to increase the size of the vessels further than the initially planned in the original design. He presented two case studies: one relating to the Paranagu Container Terminal (TCP), and the other to the Ponta do Felix Sea Terminal (TMPF) in Antonina.

    In the first, a specialized company, in conjunction with Paranagu Pilotage, conducted studies to check the feasibility of the operation of container vessels with significantly larger dimensions than the restrictions currently defined by the port authorities. In the case of Ponta do Felix, because of the high levels of silting in the approach channel and the economic need to deploy larger ships, a study was undertaken on operating conditions to permit a more efficient use of the existing maritime infrastructure without endangering navigation safety.The talk by Siegberto Schenk, from esprito Santo Pilotage, addressed risk analysis and management, a key component of the new standard. He began by discussing the main risk-related concepts, such as its intrinsic dimensions (frequency of occurrences and severity of the consequences of incidents) and their main sources (increase in vessel size and heavy ship traffic without the corresponding development of navigable waterways). Next, he addressed the logical and systematic process of risk manage-ment, comprising identification, analysis and assessment of the risks, and taking control measures. Some examples are operating rules and limits, restrictions of environmental conditions, or compulsory use of tugs and pilots in situations of risks deemed unacceptable. In addition to introducing to the audience the tools provided in the new Pianc 121 standard, he increased the available set, with observation of the technical standard ABNT NBR ISO 31000 Risk Management.

    He concluded that, although it is impossible to completely eliminate risks, navigation safety does not admit unacceptable risks in navigable water-ways, recalling that there are tools of proven efficiency for their manage-ment. Such concepts will be included in the review of the technical stan-dard ABNT NBR 13246.

    MARCIO PESSOA FAUSTO DE SOUZA

    GUSTAVO MARTINS

    projetos porturiosport projects

  • 8Em seguida, apresentou o processo lgico e sistemtico de gesto de risco, compreendendo identificao, anlise e avaliao desses riscos, e o emprego de medidas de controle, tais como regras e limites operacionais, limites de condies ambientais ou emprego compulsrio de rebocadores e prticos naquelas situaes que apresentam riscos julgados inaceitveis. Alm de introduzir aos presentes as ferramentas apresentadas na nova norma Pianc 121, ampliou o conjunto nela disponvel com a observao da norma tcnica ABNT NBR ISO 31000 Gesto de Riscos.

    Concluiu que, apesar de ser impossvel eliminar totalmente os ris-cos, a segurana da navegao no admite a verificao de riscos inaceitveis em vias navegveis, lembrando que h ferramentas de eficincia comprovada para sua gesto. Tais conceitos se faro presentes na reviso da norma tcnica ABNT NBR 13246.

    AbNt

    edson Mesquita, hydrodynamicist and professor of Ciaga, explained that the national rules for building and dimensioning channels and navigation approaches are being reviewed and upgraded for the first time in 19 years. In this context, the Special Study Committee for Harbor Planning (ABNT/Cee-194) recently reviewed the Brazilian standard for navigation approach designs in order to upgrade them, considering technological development and design tools.

    This upgrade is based on the new technical parameters adopted by the world maritime community, following as standard those already in force since January 2014, advocated by Pianc. The new ABNT standard,

    projetos porturiosport projects

    SIEGBERTO SCHENK

  • 9projetos porturiosport projects

    EDSON MESQUITA

    AbNt

    O hidrodinamicista e professor do Ciaga Edson Mesquita explicou que as regras nacionais para a construo e o dimensionamento de canais e acessos nuticos esto sendo revistas e modernizadas pela primeira vez em 19 anos. Nesse contexto, a Comisso de Estudo Especial de Planejamento Porturio (ABNT/CEE-194) revisou recentemente a norma brasileira de projetos de acessos nuticos, buscando atualizar-se em funo do desenvolvimento tecnolgico e de ferramentas de projeto.

    Essa atualizao tem como base os novos parmetros tcnicos adotados pela comunidade martima mundial, seguindo como padro aqueles que esto em vigor, desde janeiro de 2014, preconizados pela Pianc. A nova norma da ABNT mais abran-gente e tcnica do que a anterior, definindo recomendaes de projetos para dimenses horizontais e verticais de rea de fun-deio, canais de acesso, bacias de evoluo, entradas, canal de aproximao e rea de acostagem.

    O documento aborda o projeto conceitual e detalhado baseando- se em fatores determinsticos e tambm introduz o projeto com base em enfoque estatstico, com o conceito de risco. Da mesma forma, o emprego e a validao de simuladores e modelos fsicos reduzidos so descritos no projeto detalhado, de forma a permitir que os mesmos possam funcionar como ferramentas de apoio a decises que cabem s autoridades.

    A nova NBR 13246 no vai alterar os fatores de segurana que esto em vigor no Brasil. A norma apenas dar tratamento mais preciso a esses elementos. Apesar de ser mais complexa, ela oferece mais flexibilidade na anlise desses fatores, permitindo que um porto, regido pela norma atualizada, possa ser mais bem aproveitado.

    more comprehensive and technical than the old one, defines design recommendations for horizontal and vertical dimensions of the anchorage area, access channels, maneuvering basins, entrances, approach channel and berthing area.

    The document addresses the conceptual and detailed design based on determining factors, and also introduces the design based on a statistical focus, with the concept of risk. Similarly, the use and validation of simulators and physical scale models are described in the detailed design in order for them to be able to act as tools to support the authorities decisions.

    The new NBR 13246 will not alter the prevailing safety factors in Brazil. The standard will only address those factors more accurately. Although more complex, it offers more flexibility in analyzing these factors, and enables a port regulated by the updated standard to be better exploited.

    A PUBLICAO DA PIANC

    THe PIANC RePORT

  • Santos pilotage inaugurates C3ot

    Inaugurado em setembro de 2014, o Centro de Coordenao, Comunicaes e Operaes de Trfego (C3OT) da praticagem do Estado de So Paulo faz parte do processo de planejamento estra-tgico que norteia a atuao dessa instituio. A praticagem de So Paulo, por intermdio de seu Conselho Tcnico e sua Diretoria Executiva, vem sempre buscando atuar de forma proativa de maneira a atender a demandas futuras com o propsito de manter elevado o padro de prestao de servios. Dentro dessa filosofia, foi possvel identificar com antecedncia a mudana do perfil dos navios que passariam a frequentar o Porto de Santos.

    Os porta-contineres da faixa de 9.000 a 10.000TEUs, ou seja, com dimenses de cerca de 335m de comprimento e 48m de boca, e os graneleiros de cerca de 260m de comprimento e 45m de boca pas-sariam a operar com frequncia nesse porto. Associado s maiores dimenses no plano horizontal, vislumbrou-se tambm o aumento dos calados, decorrente da inteno demonstrada pelo governo de implementar um programa eficaz de dragagem de aprofundamento e sua constante manuteno.

    The So Paulo State Pilotage Traffic Communication, Coordination and Operations Center (C30T) was inaugurated in September 2014, as part of the strategic planning process that guides this institutions work. So Paulo Pilotage, through its Technical Council and executive Board, is always striving proactively to meet future demands, in order to keep the high standard of its services. By

    tecnologia technology

    Praticagem de Santos inaugura C3OT

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    Objetivo do centro reforar segurana e agilidade nas manobras de navios

    The center is designed to reinforce safe, efficient ship maneuvers

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    tecnologia technology

    Diante desse quadro prospectivo, a praticagem constatou que seriam necessrias novas ferramentas que proporcionassem subsdios concretos e confiveis para a coordenao do trfego e a anlise e gesto dos riscos envolvidos nas manobras desses navios maiores, bem como sua interao com o trfego dos demais navios e at mesmo a interao hidrodinmica com os navios atracados.

    Embora a praticagem de Santos j dispusesse de equipamentos de comunicaes, AIS, estao meteorolgica e um margrafo em tempo real, certas decises ainda permaneciam calcadas apenas no empirismo e na anlise subjetiva dos profissionais, que, embora confiveis graas grande experincia dos envolvidos, acabavam por se tornar conservadores, devido s margens de segurana aplicadas quando no se dispe de dados concretos.

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    ra adopting this philosophy, it was possible to anticipate the change in the profile of ships entering Santos Port.

    Container ships 9,000-10,000 TeU in size - around 335m in length and 48m in breadth - and bulk carriers of around 260m in length and 45m in breadth would now frequently berth in this port. In relation to the larger horizontal dimensions, increased drafts were also foreseen, the result of the governments demonstrated intention of adopting an effective dredging and deepening program and its ongoing maintenance.

    Given this prospect, pilotage found that new tools would be required to provide solid reliable subsidies to coordinate the traffic and analyze and manage the risks involved in maneuvering these larger ships, as well as their interaction with the traffic of other ships and even the hydrodynamic interaction with the moored vessels.

    Although Santos Pilotage already has communication equipment, an automatic identification system (AIS), weather station and a real-time tide gauge, certain decisions were still based only on empiricism and subjective analysis of the professionals. Although reliable thanks to the vast experience of those involved, they were eventually too conservative, due to the safety margins applied in the absence of concrete data.

    An example worth mentioning could be the advice provided to the maritime and port authorities when suggesting a change in the maximum draft resulting from the sea conditions in the approach channel to the port, in order to prevent the ship from touching bottom. This assessment was based only on experience which, as a rule, was sometimes unnecessary.

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    Para exemplificar pode-se citar a assessoria prestada s autori-dades martima e porturia ao sugerir uma alterao de calado mximo em decorrncia do estado do mar no canal de acesso ao porto, a fim de evitar que o navio toque o fundo. Essa avaliao era feita com base apenas na experincia, o que obrigava a um rigor algumas vezes desnecessrio.

    Da mesma forma, um nico margrafo em tempo real posicionado na estao de praticagem, ainda que representando avano em relao simples utilizao da previso da tbua de mars, propor-cionando maiores janelas de operao, no contemplava as dife-rentes alturas de mars ao longo do esturio e dos diversos beros, visto que a mar no apresenta altura igual simultaneamente em todo o porto.

    Nesse contexto, embora ciente de que caberia autoridade por-turia prover o servio de coordenao e fornecer as informaes necessrias segurana e otimizao das manobras, a pratica-gem decidiu antecipar-se e aperfeioar o que j realizava, ou seja, preencher essa lacuna agregando ainda mais profissionalismo e recursos tecnolgicos. O primeiro passo foi dado em 2012, com a implantao de servio prprio de batimetria.

    Empregando pessoal qualificado, embarcao especificamente customizada para esse fim e equipamento multifeixe de ltima gerao, todos devidamente homologados pela Diretoria de Hidrografia e Navegao, a praticagem passou a dispor de dados batimtricos confiveis e tempestivos, podendo sondar e plotar a qualquer momento em qualquer ponto ou trecho no qual surgissem dvidas quanto profundidade disponvel.

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    ratecnologia technology

    Similarly, a single real-time tide gauge placed in the pilotage station, although representing progress in relation to the simple use of the tide table forecast, providing a wider range for operation, did not consider the different heights of tides along the estuary and different berths, due to the varying heights of tide in the estuary and in the different berths.

    In this context, although aware that port authorities would be in charge of the coordination service and the necessary information for safety and optimized maneuvers, the pilotage decided to move ahead and enhance what was already being done; in other words, filling this gap by adding even more professionalism and technological resources. The first step was taken in 2012 when a proper bathymetry service was implemented.

    By deploying skilled personnel, a purpose-made vessel and state-of-the-art multibeam equipment, all duly approved by the directorate of Hydrography and Navigation, pilotage now had reliable and timely bathymetric data available, and could probe and plot at any moment, in any spot or stretch where doubts would arise about the available depth.

    In parallel, engineering work began on the construction of another floor to the building of the pilotage headquarters to house the C3OT, and a start was made on defining and ordering the equipment and integrator software that would comprise the system. Moreover, the new resources would require new protocols and procedures that could make the most of the safety and efficiency of the pilotage operations.

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    Em paralelo, comearam as obras de engenharia para a construo de mais um andar no prdio da sede da praticagem para abrigar o C3OT, bem como a definio e encomenda dos equipamentos e dos softwares integradores que iriam compor o sistema. Alm disso, os novos recursos exigiriam a criao de protocolos e procedimentos que pudessem extrair o mximo de rendimento em prol da segurana e da agilidade das operaes de praticagem.

    Para atender a esse quesito, o grupo de trabalho formado visitou centros de comando e controle (CCC) em Santos e no Rio de Janeiro, contratando tambm uma empresa especializada, que tra-balhou na organizao do CCC para a Copa do Mundo e est traba-lhando no CCC para as Olimpadas do Rio. Essa empresa participou assessorando na engenharia do sistema e nos protocolos de procedimentos para os operadores.

    Por fim, aps os complexos processos de concepo, aquisio (incluindo importao), criao de softwares, integrao de sistemas, treinamento e operao em regime de testes e ajustes durante cerca de quatro meses, foi inaugurado em 15 de setem-bro de 2014, operando em plena capacidade, o C3OT da prati-cagem de Santos. Doze cmaras HD com zoom e direcionveis remotamente, margrafos em tempo real, anemmetros, visibil-metros (para informar a visibilidade em metros) e correntmetros, todos distribudos em posies estratgicas cobrindo a completa extenso do canal, proporcionam recursos precisos de gerncia de risco, associados estao meteorolgica, que foi moder-nizada. Finalmente, foi instalado um ondgrafo na entrada do canal externo, que mede a altura e a periodicidade das ondas, proporcionando preciso na assessoria s autoridades quanto s restries de calado.

    Em resumo, a implementao do C3OT vem ratificar a postura proativa que caracteriza a praticagem brasileira como um todo. Diversas praticagens possuem sistemas e recursos semelhantes, adequados s necessidades e especificidades locais, buscando sempre atingir e manter um servio de excelncia em prol da segurana do trfego aquavirio, da salvaguarda da vida humana, da preservao do meio ambiente e da operao contnua das vias de comunicaes martimas, lacustres e fluviais.

    Divu

    lga

    o

    Pro

    mot

    ion

    tecnologia technology

    To meet this requisite, the working group visited command and control centers (CCC) in Santos and Rio de Janeiro, and also contracted a specialized company that had worked in the CCC organization for the FIFA World Cup and is working on the CCC for the Rio Olympic Games. This company participated with its recommendations on the engineering of the system and the procedural protocols for the operators.

    Lastly, after the complex processes of concept, procurement (including imports), software creation, system integration, training and operation in test runs and adjustments over a four-month period, the Santos Pilotage C3OT was inaugurated on September 15, operating at full capacity. Twelve Hd cameras with remote focus and zoom, real-time tide gauges, anemometers, visibility gauges (to inform the visibility in meters) and current meters, all distributed at strategic points with complete coverage of the channel, provide accurate risk management resources, in conjunction with the weather station, which has been upgraded. Finally, a wave graph was installed at the entrance to the outside channel, measuring the height and periodicity of the waves and providing the authorities with accurate information regarding the draft restrictions.

    In short, the C3OT has confirmed the proactive attitude character-izing Brazilian pilotage as a whole. Several pilotages have similar systems and resources adapted to local requirements and specificities, always striving to achieve and maintain a service of excellence for safety of waterway traffic, protecting human life, preserving the environment and the ongoing operation of the sea, lake and river communication routes.

  • amarrao mooring

    A amarrao est segura?A Carga Esttica Perpendicular Horizontal Equivalente (EQHPi)EQHP (Toneladas) = CosVCos H*0,5 CRii do Cabo (Toneladas)Comandante Nick NashFNI, FRIN, FRGS

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    Clculos de amarrao so complexos e tomam tempo. Aqui, o Comandante Nash prope um sistema simplificado que poder servir como regra prtica ao se estudar o plano de amarrao para uma dada localidade cujas condies sejam conhecidas. O Nautical Institute enfatiza que este artigo tem como finalidade estimular mais discusses, e que no se pretende que a prtica nele apresentada seja considerada a melhor.

    Diversos artigos apareceram na Seaways a respeito do efeito dos ventos sobre navios, incluindo clculos que possibilitam ao coman-dante estimar a fora do vento e ento utilizar os nmeros resul-tantes para calcular quanta potncia de propulsores laterais/ rebocadores necessria para atracar seu navio. No entanto, existe pouca informao disponvel ao comandante para que ele possa verificar se o nmero de cabos de amarrao ser adequado s condies esperadas de vento e corrente no bero ou se real-mente o cabeo de amarrao de terra poder suportar o nmero de cabos nele passados.

    Comando um grande navio de cruzeiros com rea vlica de mais de 10.000m e, portanto, tenho grande apreo pelo vento e seus efei-tos. Neste artigo, focalizo a fora necessria para resistir a vento e corrente quando atracado, e sugiro um simples clculo de resistncia de amarrao que possibilitar ao comandante fazer uma rpida avaliao das amarras.

    Ian Clark escreveu livro muito informativo, publicado pelo Nautical Institute, intitulado Mooring and Anchoring Ships Vol.1 Principles and Practice. Na verdade, tirei dessa publicao alguns dos pontos principais deste artigo.

    i Equivalent Horizontal Perpendicular Static Loadii Carga de Ruptura

    QuANtOs CAbOs?

    Com que frequncia passamos mais cabos de amarrao do que realmente necessitamos? Alguns deles podem ter pouco efeito particularmente cabos frouxos, que no tm molinete exclusivo e que precisam ser aboados e passados em cabeos ou, pior, na extremidade do sarilho. Como, ento, calcular quantos so necessrios?

    Diante da realidade atual na indstria de shipping, na qual navios praticamente dobraram de tamanho nos ltimos 13 anos, a Rumos Prticos disponibiliza artigo tcnico sobre amarrao, tendo em vista a importncia do assunto para aes de atracao e desatracao seguras.

    Primeiramente, precisamos calcular a Carga Esttica Perpendicular Horizontal Equivalente (EQHP) desses cabos. A EQHP o montante de fora de travs em toneladas a que o cabo pode teoricamente resistir em sua posio dinmica real com relao ao navio, ou seja, como o equivalente a um travs. Podemos ento produzir uma planilha e calcular a fora total disponvel para resistir a vento ou corrente pelo travs, e utilizar os resultados para avaliar o plano de amarrao.

    CAlCulANdO A eQHP

    Para calcular a EQHP de maneira simples e rpida, precisamos reduzir a complicada dinmica do cabo, que envolve matemtica tridimensional, a um problema bidimensional e de fcil avaliao.

    A carga esttica mxima permissvel sobre o cabo nesses clculos de 50% de sua carga real de ruptura, presumindo-se que ele seja novo e esteja em boas condies. Assim, a EQHP realmente a carga Esttica Perpendicular Horizontal Equivalente mxima per-

    Publicado originalmente na Revista Seaways, do Nautical Institute, em julho de 2011, e reproduzido com a permisso do autor

    originally published in the nautical Institute Magazine Seaways in July 2011 and reproduced with the authors permission

    www.nautinst.org

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    amarrao mooring

    missvel. Isso leva em conta quaisquer pequenas inexatides que resultem da utilizao de somente duas dimenses nos clculos (vertical e horizontal) e est de acordo com os comentrios de Ian Clark: a carga esttica em qualquer cabo de amarrao no deve exceder a 50% da carga de ruptura desse cabo, para incluir margem para eventuais cargas dinmicas (Mooring and Anchoring Ships Vol. I).

    umA QuestO de NgulOs

    Como encontrar os ngulos utilizados nesses clculos?

    O ngulo V o ngulo vertical formado no cabeo entre o piso e o cabo, ou seja, aquele pelo qual teramos que deslocar o cabo para que ficasse na horizontal.

    O ngulo H o ngulo horizontal formado no cabeo entre a linha perpendicular ao casco e o cabo, pelo qual teramos que deslocar o cabo para que se tornasse um travs verdadeiro, formando ngulo de 90 com o casco.

    Basicamente, primeiro desloquei o cabo at o nvel do piso pelo ngulo V (Vetor EQH) e depois desloquei esse cabo no piso pelo

    EQUIVALENTE HORIZONTAL CONVERTIDO A CARGA ESTTICA PERPENDICULAR HORIZONTAL (EQHP) EM PLANO HORIZONTAL

    CARGA ESTTICA HORIZONTAL EQUIVALENTE (EQH) EM PLANO VERTICAL

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    NGULO V

    NGULO H

    MEDINDO NGULOS: A MANEIRA MAIS FCIL!

    ngulo H de modo que se tornasse um travs (Vetor EQHP). Se o cabo j fosse um travs (90 com o casco), necessita- ramos apenas do primeiro passo, ou seja, encontrar seu Vetor EQH.

    Chamei a carga esttica necessria de carga Esttica Perpendicular Horizontal Equivalente (EQHP) no plano horizontal. (Cabe lembrar que essa a carga mxi-ma permitida no cabo).

    Essa EQHP o total de fora de travs (em toneladas) a que o cabo pode teoricamente resistir em sua posio dinmica real com relao ao navio.

    eQHP (toneladas) = Cos v Cos H x 0,5 Carga de Ruptura do Cabo (toneladas)

    Tanto o ngulo vertical como o horizontal so de fcil medio ou estimao antes da chegada, se voc conhecer a posio dos cabeos no atracadouro e tiver mo o plano de amarrao de seu navio.

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    amarrao mooring

    existe OutRA mANeiRA....

    Essa frmula , reconhecidamente, uma soluo muito simples para um problema tridimensional muito complexo e provocar graves contrariedades nos matemticos mas parece que funcio-na; e fornece resultados razoveis simplesmente medindo dois ngulos de fcil visualizao. No entanto, nem todos esto satis-feitos com esse mtodo. Alguns preferem utilizar o de vetores em 3-D no espao, com base no teorema de Pitgoras.

    Montei um equipamento de teste para verificar a preciso dos dois mtodos e descobri que eles fornecem resultados muito semelhantes.

    Distncia no espao tridimensional

    Para encontrar a distncia de um ponto a outro no espao tridimensional, basta estender o Teorema de Pitgoras.

    Distncia da OrigemO ponto geral P (a, b, c) mostrado no grfico em 3D abaixo. O ponto N fica diretamente abaixo de P no plano x-y.

    A distncia de (O, O, O) ao ponto P (a, b, c) dada por: distncia OP = (a + b + c)

    Pitgoras:Comprimento do Cabo = (x+y+z)

    y = Distncia do Cabeo ao ponto Horizontalmente perpendicular no navioz = Distncia vertical do Cabeo Buzina por onde passa o Cabo (Borda Livre Altura do Cais)x = Distncia horizontal do Cabeo a vante/a r da buzina

    De modo que:Carga Esttica do Cabo = 0,5 x (Carga de Ruptura) ToneladasComprimento do Cabo raiz quadrada de (x+y+z)

    Parte da Carga Esttica do Cabo que Horizontal e Perpendicular (EQHP) = EQHP (Toneladas) = ___y___ x Carga Esttica do Cabo (x+y+z)

    E similarmente:Parte da Carga Esttica do cabo que Vertical e perpendicular ao navio (EQVP)EQVP (Toneladas) = ___z___ x Carga Esttica do Cabo (x+y+z)

    Parte da Carga Esttica do cabo que Horizontal e alinhada com o navio (EQHH)EQHH (Toneladas) = ___x___ x Carga Esttica do Cabo (x+y+z)

    As vantagens do segundo, e mais complexo, so: maior utilidade no planejamento antecipado, se voc tiver mo os planos do bero e do navio; permite estimar o EQVP carga vertical do cabo (tenso no cabeo); permite estimar o EQHH carga equivalente ao espringue do cabo (movimentos a vante e a r).

    Se voc conhece o comprimento do cabo: EQHP = _______y_________ x Carga esttica do cabo

    Comprimento do cabo

    Cabo

  • ideNtifiCANdO PROblemAs de AmARRAO

    Neste exemplo, o espringue faz o papel de um precrio travs como os clculos pro-vam. O ngulo vertical do espringue de aproximadamente 20. O ngulo horizontal do espringue de aproximadamente 80, ou seja, ele s 0,2% eficaz como um travs.

    CAlCulANdO O efeitO dO veNtO

    Tendo sido estabelecido o EQHP para cada um dos cabos, podemos agora elaborar uma planilha para calcular a fora total disponvel para resistir a vento ou corrente pelo travs. No caso do navio mostrado esquerda um navio de cru-zeiros Grand Class a fora disponvel de 667 toneladas. Olhando-se as curvas de ventos para o navio, isso equivaleria a 64 ns de fora de vento pelo travs (ver figura direita, acima).

    CONstRuiNdO umA CARtA de veNtO

    Se voc por sorte tiver o resultado do tnel de vento dos cons-trutores, os coeficientes de resistncia (sendo Cy o coeficiente longitudinal e Cx o coeficiente transversal), tem as informa-

    amarrao mooring

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    Espringue

    EQH

    ngulo vertical pelo qual se deve deslocar o Vetor do Cabo para calcular o Vetor EQH

    Espringue

    EQHP

    ngulo horizontal pelo qual se deve deslocar o Vetor EQH para calcular o Vetor EQHP

    EQH

    Carga Esttica Perpendicular Horizontal Equivalente do Cabo de Amarrao

    Porto: Roatan

    Cabo #1234567891011121314151617181920

    TipoLanante ProaLanante Proa

    TravsTravsTravsTravsTravsTravs

    Espringue VEspringue VEspringue REspringue R

    TravsTravsTravs

    Lanante RLanante RLanante RLanante RLanante R

    CR Cert.8989898989898989898989898989898989898989

    Vertical 15151515151520202020202010101055101010

    Horizontal 1515101020201525858585851010103030252525

    ngulos

    Carga Esttica EQHP424242424040403844444343433838404040

    667 ToneladasSoma

    Carta do Efeito do Vento sobre Navio de Cruzeiros Grand Class

    Direes Relativas dos ventos

    Fora em Ton

    elad

    as

    Velocidade do Vento em Ns

  • es-chave para construir uma carta de efeitos do vento como mostrada na pgina anterior. A vantagem dos resultados do tnel de vento que voc pode plotar as curvas de ventos para suas diferentes direes relativas e da obter uma carta de limite de vento muito til, com base na velocidade do vento e, o que importante, em sua direo rela-tiva (ver figura esquerda).

    Uma frmula fcil para calcular a fora do vento em toneladas utilizando coeficientes fornecidos :Fora no Costado/Lateral/ Fy = 0,6Cy.As.V.10-4Fora Frontal Fx = 0,6Cx.Af.V.10-4

    Onde As = rea (Vlica) do Costado/Lateral (m), Af = rea Frontal (m) e V = Velocidade do Vento (m/s).

    (O fator 0,6 corrige a frmula quanto densidade do ar e converte Newtons em Toneladas de Fora).

    Quanto ao melhor guia rpido de manobras para o passadio e clculo de carta de vento para o navio, ver Seaways de setembro de 2009, que expe o assunto em detalhes e apresenta a reduo de uma frmula para ventos pelo costado para navios Grand Class (10.000m de rea vlica) a uma simples expresso para ventos pelo travs.

    Fy = 0,6.V toneladasSe, no entanto, voc no dispuser dos coeficientes reais de resistncia ao vento para seu navio, poder ainda elaborar uma carta de vento utilizando resistncia estimada. A Force Technology of Lyngby, Dinamarca, pode ajudar com uma estimativa corrigida de coeficientes mdios para cargas de ventos para navios (0,52 para o coeficiente longitudinal e 0,39 para o transversal), que produz as seguintes frmulas mdias genricas:

    Fora Lateral/no Costado Fy = 0,52.10-4.As.V e Frontal Fx = 0,39.10-4.Af.V

    Essas duas frmulas permitiro plotar uma curva de ventos pelo travs e pela proa, desde que voc possa determinar, em metros quadrados, a rea lateral (costado/vlica) As e a rea frontal Af acima da linha dgua a partir dos planos de seu navio.

    Nesse caso, entretanto, voc s ter condies de estimar a fora do vento pelo travs (ou pela proa).

    O PlANO de AmARRAO

    Se aplicarmos esse mtodo ao plano de amarrao mostrado acima, veremos que os 20 cabos passados pelo navio tm resistn-cia combinada de 667 toneladas. Isso equivale ao vento mximo pelo travs de 64 ns incidindo sobre o costado do navio. Ser isso realmente necessrio em um dia calmo, em bero sem outras variveis como corren-tes e trfego de navios?

    Empregando as frmulas e a planilha men-cionadas para calcular as foras envolvidas, podemos pensar em reduzir o nmero de cabos para resistir a, digamos, 40 ns de vento. Isso o adequado para um dia calmo e inclui margem para as borrascas que ocor-rem com frequncia e sem prvio aviso no Caribe (ver tabela antecedente).

    A amarrao, ento, consistir de 12 cabos:2 lanantes de proa2 traveses de vante2 espringues de vante

    amarrao mooring

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    Reta de Marcao = 010/190

    MAHOGANY BAY SUL, ROATAN

    PIER E PLANO DE AMARRAO TPICOS DO CARIBE

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    amarrao mooring

    2 espringues de r2 traveses de r2 lanantes de popa,que fornecero resistncia terica de 345 toneladas, ou seja, 46 ns de vento para um navio de cruzeiros Grand Class, conforme a curva de vento.345 = 0,6V575 = V23,9m/s (46 ns).

    O navio est agora amarrado com segurana, utilizando oito cabos a menos, o convs de amarrao est menos atravancado, e existem menos cabos nos cabeos de terra. Alm disso, essa certamente uma operao de amarrao mais segura para os mar-timos, com menos desgaste de cabos, guinchos e homens. Poderamos reduzir ainda mais o nmero de cabos, mas martimos so muito conservadores e gostam de tudo em dobro.

    Testando a amarrao com 12 espias no programa de computador Optimoor para amarrao, o computador confirmou que o navio poderia resistir a ventos de at 45 ns pelo travs; ressalvou, no entanto, que o navio se afastaria cerca de 1,5m do cais e se moveria 1m a vante quando os cabos se esticassem.

    O comandante deve estar ciente de que, embora os cabos sejam suficientes para evitar que o navio se desgarre do cais sob vento mximo, as espias esticam quando lhes aplicada carga, e assim de esperar que o navio se mova para fora e possivelmente a vante e a r de sua posio com algum aumento na fora do vento. Os oficiais de quarto devem estar sempre alertas aos sinais de aumento do vento e de borrascas, e preparados para tomar as medidas apropriadas, que incluem deixar os propulsores laterais prontos a operar, chamar rebocadores, levantar portals e inter-romper operaes de recebimento de combustvel.

    Vale notar que em bero no muito bem projetado, sem espao para longos traveses, as velocidades de vento que as amarraes podem aguentar so consideravelmente reduzidas, tornando par-ticularmente importante verificar a acuidade dos clculos EQHP.

    diReO RelAtivA dO veNtO

    Se tivermos uma carta que mostre a fora do vento para suas diferentes direes, poderemos facilmente verificar a que velocida-de de vento pode resistir a amarrao da proa ou da popa. Isso particularmente importante porque a maior carga sobre a amarra-o para uma dada velocidade de vento ocorrer provavelmente com o vento a cerca de 60 da proa ou da popa. No caso do plano reduzido de amarrao de 12 espias no terminal em Roatan mostrado na pgina anterior, se presumirmos uma direo de vento de 60 na popa:

    - os lanantes de r oferecero resistncia total de 162 toneladas (38+38+43+43);

    - da curva de ventos para 60 pela popa (vento pela alheta) a popa poderia resistir a at 30 ns de vento.

    Assim, se for esperado vento de 40 ns pela popa, devemos passar mais trs traveses (280 toneladas)v, se a configurao do cais e a resistncia dos cabeos permitirem, ou considerar a utilizao de propulsores laterais ou rebocadores para manter o navio na posio.

    limitAes

    At agora, no levamos em considerao as condies dos cabeos de terra, mas a utilizao da frmula acima poder facil-mente estimar o total de fora de resistncia necessria. Se os dois lanantes de proa no exemplo acima estiverem no mesmo cabeo, ento ele tem que ser capaz de aguentar no mnimo 84 toneladas verifique com o prtico/com as autoridades do porto.

    Esses exemplos estudaram apenas efeitos do vento. No foram considerados outros fatores que possam vir a fazer um navio des-garrar de um cais, como trfego de passagem, ao de ondas e vagas e correntes fortes embora a fora da corrente possa tam-bm ser calculada de maneira similar da fora do vento.

    ResumiNdO

    Eis do que o comandante precisa: uma regra prtica simples, fcil de usar, que fornea rpida avaliao do nmero necessrio de espias para um bero conhecido e para as condies de tempo esperadas, ou para utilizar como orientao quando ele precisar pensar em propulsores laterais e rebocadores para enfrentar pos-sveis mudanas de tempo em um atracadouro.

    Embora meus clculos sejam baseados em um navio de cruzeiro, eles se aplicam igualmente a qualquer navio de costado alto, como navios de transporte de carros e navios de contineres carregados, que sofrem problemas similares de efeito de ventos.

    Algumas empresas de petrleo produziram excelentes programas de computador para verificar arranjos de amarrao como o Optimoor, aqui mencionado. Se, porm, voc no tiver acesso a eles, o EQHP poder ser de ajuda em um dia de ventos fortes! Espero que este artigo proporcione ao comandante uma indicao simples e rpida sobre se existem espias passadas em nmero suficiente, considerando as limitaes do cais/navio para as condies de vento esperadas. Isso, no entanto, no se sobrepe prtica da boa marinharia ou ao conhecimento local.

    Meus agradecimentos a Clark, ao comandante Paul Chapman e a George Lang pelo tempo que dispenderam lendo o rascunho do artigo e por suas correes, sugestes e edio. Qualquer suposio foi feita exclusivamente por mim.

    Traduo: Airton Prado

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    cooperao cooperation

    Fenaprticos e Fenamar assinam memorando de entendimentosObjetivo do documento aprimorar relacionamento das praticagens com seus tomadores de servio

    the purpose of the document is to enhance pilotage liaison with their clientsFenaprticos and Fenamar sign a memorandum of understanding

    A tentativa de padronizar o servio de praticagem em nvel inter-nacional sempre foi rejeitada pela IMPA. A associao acredita que os estados nacionais devem ser soberanos em relao aos sistemas que decidem adotar. Pases como os Estados Unidos e o Brasil tm que considerar ainda as grandes diferenas regionais que fazem nica cada zona de praticagem. A argumentao deve-se ao fato de que a padronizao desrespeitaria peculiaridades e demandas locais, to importantes para a organizao eficiente do servio de praticagem.

    Ainda segundo a IMPA, existem, porm, princpios bsicos que os regimes regulatrios de praticagem devem apresentar. Entre eles esto a obrigatoriedade e a disponibilidade permanente do servio, a escala nica de rodzio, o controle do nmero de habilitaes emitidas e a independncia do prtico em relao tomada de decises tcnicas.

    Com base em preceitos consonantes, as entidades sindicais Federao Nacional das Agncias de Navegao Martima (Fenamar) e Federao Nacional dos Prticos (Fenaprticos) fir-maram em julho de 2014 memorando de entendimentos no qual reconhecem essas caractersticas especficas da praticagem e acordam que a negociao regional a melhor forma de contem-plar as necessidades dos usurios do servio, tendo em vista a diversidade de caractersticas das ZPs brasileiras.

    Por ter o Brasil dimenses continentais e apresentar condies culturais e ambientais variadas, os acordos entre tomadores e prestadores de servios de praticagem diferem entre si. Atentando para a necessidade de entendimento de parte a parte no relaciona-mento entre praticagens e agncias de navegao, o documento prope uma srie de recomendaes com objetivo de privilegiar condies que lhes garantam os melhores benefcios sem ferir a liberdade que permeia a negociao regional.

    The attempt to standardize the pilotage service on an international level has always been rejected by IMPA. The association believes that national states should be sovereign in relation to the systems they decide to adopt. The USA and Brazil, for example, have to also consider the major regional differences that make each pilotage zone unique. The argument is due to the fact that standardization overlooks local peculiarities and demands, so important for the efficient organization of the pilotage service.

    IMPA also claims, however, that there are basic principles that the regulatory pilotage systems must adopt. Among them are the mandatory nature and ongoing availability of the service, the single rotation scale, control of the number of licenses issued and the pilots independence in relation to technical decisions.

    Based on consistent precepts, in July 2014 the unions National Federation of Maritime Navigation Agencies (Fenamar) and National Pilots Federation (Fenaprticos) signed a memorandum of under-standing in which they acknowledge these specific characteristics of pilotage and agree that regional negotiation is the best way to consider the requirements of the service users, bearing in mind the diversity of the Brazilian PZ (pilotage zone) characteristics.

    Given the continental dimensions of Brazil and its varied cultural and environmental conditions, the agreements between the pilotage service providers and clients are different from each other. Aware of the need to understand each party in the relationship between pilotages and navigation agencies, the document proposes a series of recommendations to favor conditions that guarantee them even better benefits without detriment to the freedom permeating regional negotiation.

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    encontros internacionaisinternational events

    APA organizes convention in Houston

    APA promove conveno em HoustonTemas de ordem tcnica e impacto da indstria de cruzeiro tiveram destaque no evento

    Technical topics and impact of the cruise industry highlighted at the event

    Encontros internacionais de praticagem so momentos preciosos para os prticos. Neles os profissionais da categoria relatam os obstculos que enfrentam na profisso e as solues ou as buscas de soluo que empreendem. Quanto mais pases participam, mais ricas tornam-se as reunies. E, felizmente, o nmero de naes participantes vem aumentando, segundo dados da IMPA. Isso significa que as praticagens tm trocado mais experincias e informaes entre si, o que contribuiu para o fortalecimento da profisso.

    No por acaso percebe-se que as praticagens esto ficando parecidas naquilo que tange a questes tcnicas e forma de organizao. Percebe-se uma evoluo mundial do servio na mesma direo, apesar das peculiaridades nacionais e regionais. Os encontros da categoria favorecem o aprofundamento de vnculos das associaes nacionais de praticagem, promovendo discusses proveitosas para todos. Respeitadas as diferenas ambientais e sociais, as dificuldades que os prticos vivenciam em seu dia a dia so semelhantes, e os encontros permitem que se aprenda com a experincia do outro. O resultado que as melhores prticas so disseminadas nessas ocasies.

    A ltima conveno da American Pilots Association (APA), realizada em Houston, em outubro de 2014, foi um belo expoente do bom momento que a praticagem vive em nvel internacional. Com a participao de representantes de vrios pases, o encontro abordou temas de grande interesse, como manobras de ultra large container carriers e o impacto da indstria de cruzeiros na praticagem. Este ltimo assunto mereceu destaque no discurso do presidente da APA, Michael Watson, que falou longamente sobre a questo.

    Em sua opinio, a indstria de cruzeiros hoje representa srio risco para a praticagem. Watson lembrou episdio no noroeste do oceano Pacfico e no Alasca, onde empresas de cruzeiros tentaram,

    International pilotage events are valuable moments for pilots. That is when this categorys professionals talk about the obstacles they face in the profession and their solutions or troubleshooting. The more countries that participate, the more productive the meetings. And fortunately the number of delegate nations has been increasing, according to IMPA data. This means that the pilotages have been exchanging more experiences and information with each other, which contributes to strengthening the profession.

    It is no coincidence that pilotages are becoming more alike with regard to technical issues and organization methods. A worldwide move of the service in the same direction is noticeable despite the national and regional peculiarities. The categorys meetings encourage closer bonds between the national pilotage associations, furthering useful discussions for everyone. With respect for the environmental and social differences, everyday problems experienced by the pilots are similar, and the meetings help them learn from the experience of others. As a result, the best practices are disseminated on those occasions.

    The last meeting of the American Pilots Association (APA), held in Houston in October 2014, was a good example of pilotage at the

    AUDINCIA ATENTA CONVENO ATTeNTIVe AUdIeNCe AT THe CONVeNTION

    OTAVIO FRAGOSO, GERALDINE E/AND MICHAEL WATSON E/AND LIA DA SILVEIRA

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    encontros internacionais international events

    usando guias de procedimento de passadio, alijar o prtico do servio que presta. Lembrou ainda que a associao de prticos dos EUA formou-se h 130 anos, quando companhias de navegao tentaram desqualificar o trabalho dos profissionais da categoria. Isso lhes parece familiar?, indagou. Para ele, a histria est se repetindo, e atualmente a indstria de cruzeiros que representa ameaa ao servio de praticagem, que no visto pelo setor como ferramenta de segurana para a navegao, e sim obstculo a sua atividade.

    Como antdoto para o problema, o prtico apontou vigilncia e unio. Disse que seguiro ultrapassando barreiras se continuarem a se comunicar, planejar estratgias e trabalhar juntos. Mostrou o habitual otimismo e enfatizou que encontros de praticagem so fundamentais para discutir formas de proteger e aprimorar a profisso.

    MICHAEL WATSON DISCURSA/GIVING HIS SPeeCH

    international level. Representatives from several countries partici-pated and the meeting addressed topics of great interest, such as maneuvering ultra large container carriers and the impact of the cruise industry on pilotage. The latter was emphasized in APA president Michael Watsons speech when he spoke at length on the issue.

    He said that todays cruise industry is a serious risk to pilotage. Watson recalled an episode in Alaska and in the Northwest Pacific, where cruise companies considered doing without the pilots service by using bridge procedure guides. He also recalled that the American Pilots Association was founded 130 years ago, when shipping companies attempted to disqualify the pilot profes-sionals work. does this sound familiar to you? he asked. In his opinion, this is being repeated and today the cruise industry is a threat to the pilotage service, which is regarded by the sector as an obstacle to its activity rather than a tool for shipping safety.

    As an antidote for the problem, the pilot recommended indicated vigilance and a united front. He said that they would continue to overcome barriers and communicate, plan strategies and work together. He expressed his usual optimism and stressed that pilotage meetings are essential for discussing ways to protect and enhance the profession.

    O COMANDANTE KEVIN COOK, DA GUARDA COSTEIRA NORTE-AMERICANAReAR AdMIRAL KeVIN COOK, U.S. COAST GUARd

    SENTADOS/SITTING: MICHAEL WATSON, WALLy HOGAN, GERALDINE WATSON E/ANd FLORENCE CASANOVA EM P/STANdING: OTAVIO FRAGOSO, MICHELINE

    POULIOT, JEAN-PHILLIPE CASANOVA E/ANd MICHEL POULIOT

    MOSTRA DE FABRICANTES MANUFACTUReRS dISPLAy

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    A Paranagu pilot takes over as president of ConAPRA

    Prtico de Paranagu assume presidncia do CONAPRANova diretoria tomou posse em cerimnia realizada no Rio de Janeiro

    New board took office in a ceremony held in Rio de Janeiro

    Seja qual for a natureza do evento, os encontros promovidos pelo CONAPRA so sempre concorridos. Realizados em lugares agradveis, com coquetis caprichados, so ocasies em que profissionais do meio martimo se encontram para conversar relaxadamente sobre as alegrias e agruras de seus ofcios. Prticos, oficiais da Marinha de Guerra e Mercante, acadmicos, executivos, tcnicos, assessores e consultores tm nesses encontros oportunidade de confraternizar com colegas quebrando a dura rotina imposta por suas agendas.

    A solenidade de 13 de janeiro, em que a nova diretoria do CONAPRA tomou posse, no fugiu regra. Realizada no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro, teve cerimonial programado com vistas a deixar profissionais e familiares presentes

    Whatever the nature of the event, the meetings organized by CONAPRA are always popular. They are held in attractive venues, with well-organized cocktail parties, seafaring professionals meeting on those occasions to chat at their leisure on the joys and jeopardies of their trade. Pilots, naval officers, academics, executives, specialists, advisors and consultants have the opportunity on such occasions to meet up with their colleagues and take time out from the tough routine of their agendas.

    The ceremony on January 13, when the new CONAPRA board took office, was no exception. It was held in the Brazilian Jockey Club, Rio de Janeiro, and its ceremonial was programmed to let the professionals and their family members present feel at ease and celebrate the induction of the new executive board of CONAPRA.

    OBSERVADO PELA NOVA DIRETORIA E PELO Ex-PRESIDENTE DO CONAPRA, GUSTAVO MARTINS FAZ DISCURSO DE POSSEGUSTAVO MARTINS MAKeS HIS INAUGURAL SPeeCH, WATCHed By THe NeW dIReCTORATe ANd FORMeR PReSIdeNT OF CONAPRA

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    vontade para festejar a posse do novo quadro executivo do CONAPRA.

    O prtico Ricardo Falco iniciou a cerimnia ressaltando que no abandonar o barco. Eleito um dos vice-presidentes da Associao Internacional de Prticos (IMPA) durante congresso ocorrido no Panam, Falco continuar a contribuir diretamente, com seu conhecimento e sua experincia, com a diretoria executiva do CONAPRA. Em seguida, passou em revista o incio do perodo em que esteve frente da gesto do Conselho Nacional de Praticagem, de 2011 a 2014:

    Passaram-se quatro anos. Lembro claramente de minha primeira audincia, como presidente do CONAPRA, em 2011, com o ento diretor de Portos e Costas, almirante Leal Ferreira, com quem havia tido contato no ano anterior quando ocupava o cargo de vice-presidente da Unipilot. Em 2010 ousamos encerrar uma crise institucional. Navios da Norsul e vinculados ao CNNT ficavam fundeados por dias, sem atendimento, por ser clientes exclusivos de um grupo de prticos.

    A concorrncia que ento vigorava na Amaznia interferia na com-petio entre empresas de navegao, na produtividade de termi-nais, e estava mais do que claro que a segurana da navegao vinha sendo prejudicada. Falco lembrou ainda que sob o apoio e as orientaes do almirante Leal Ferreira, com base em sua forte determinao de retomar o controle de Estado sobre a atividade, assim como do oficial Jos Roberto Bueno Jnior, ento capito dos portos da Amaznia oriental e hoje contra-almirante, efetivou-se o rodzio nico de prticos, desde sempre previsto nas normas da autoridade martima. Novos contratos locais foram feitos e alinhados, e o papel de fiscalizao foi retomado.

    Quando assumi o CONAPRA tinha noo do desafio que me era proposto, mas tinha certeza de que poderia contar com represen-tantes da autoridade martima na defesa dos interesses do Estado brasileiro. Necessrio tambm destacar o papel preponderante e o

    RICARDO FALCO

    Pilot Ricardo Falco opened the ceremony, emphasizing that he will not abandon ship. elected as one of the vice-presidents of the International Maritime Pilots Association (IMPA) during a congress held in Panam, Falco will continue to offer his knowhow and experience to the executive board of CONAPRA. Next, he reviewed the early days when he was at the head of the Brazilian Maritime Pilots Association from 2011 to 2014:

    Four years have gone by. I clearly recall my first audience as president of CONAPRA, in 2011, with the then director of the Port Authorities, Admiral Leal Ferreira, with whom I had been in touch the year before when I was vice-president of UNIPILOT. In 2010 we dared to put an end to an institutional crisis. Norsul ships linked to CNNT were moored for days without a service since they were exclusive clients of one group of pilots.

    The competition at that time prevailing in the Amazon region interfered in the rivalry between shipping companies, and in productivity of the terminals, and it was more than evident that this was detrimental to the safety of shipping. Falco also recalled that with Admiral Leal Ferreiras support and guidance the single pilot rotation system was set up, which had always been provided in the port authoritys regulations. New local contracts were drafted and aligned, and the role of inspectors resumed.

    When I took office in CONAPRA I had some notion of the chal-lenge awaiting me, but I was sure I could rely on representatives of the port authorities to protect the interests of the Brazilian State. I must also highlight the predominant role and unrestricted support that I had from pilot Paulo Bruno Lorena de Arajo, then president of UNIPILOT, in order to achieve this objective he recounted.

    He believes that, during the time when he occupied the presidency of CONAPRA, Brazilian pilotage achieved many of its aims. Worth mentioning is the international cooperation agreement signed by the Brazilian Maritime Pilots Association and the National Pilots Federation (Fenaprticos) with the worlds largest club of ship own-ers Intertanko to ensure transparency, safety and efficiency in the ports. He also emphasized the memorandum of understanding signed by the Brazilian National Federation of Maritime Shipping Agencies (Fenamar) with Fenaprticos, in which the agencies agreed that regional negotiation is the best way to consider user requirements of pilotage services.

    In his farewell speech, the pilot also addressed the challenges met by the profession. He reckons that ships will continue to increase in size, available clearances in the access channels and terminal depths will diminish, and some international crews will lack the proper training.

    The port authorities and their representative agencies continue to be forced to operate at the edge. despite the discourse of those who back safety, there is ongoing discussion on the pilots judgment capacity, an outcry for increasing operating limits, always in the name of efficiency that, in fact, attempts to

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    apoio irrestrito que tive do ento presidente da Unipilot, o prtico Paulo Bruno Lorena de Arajo, para que tal objetivo fosse alcan-ado recordou.

    Segundo suas palavras, durante o tempo em que ocupou a presidncia do CONAPRA, a praticagem brasileira consolidou mui-tas conquistas. Dentre elas destacou o acordo de cooperao internacional assinado pelo Conselho Nacional de Praticagem e a Federao Nacional de Prticos (Fenaprticos) com o maior clube de armadores do mundo a Intertanko para garantir transparn-cia, segurana e eficincia nos portos. Destacou igualmente o memorando de entendimentos firmado pela Federao Nacional das Agncias de Navegao Martima (Fenamar) com a Fenaprticos, no qual as entidades acordaram que a negociao regional a melhor forma de contemplar as necessidades dos usurios do servio de praticagem.

    Os desafios que a profisso tem pela frente tambm foram aborda-dos pelo prtico no discurso de despedida. Em sua avaliao, navios continuaro a crescer; folgas disponveis nos canais de acesso e proximidades dos terminais, a diminuir; e algumas tripu-laes internacionais, a carecer de treinamento adequado.

    ALExANDRE TAKIMOTO CARLOS ALBERTO DE SOUZA FILHO

    GUILHERME LUIS BRUNO MAGALHES SENNA LAURI RUI RAMOS

    compensate for manifest failings in our countrys infrastructure he added.

    He then went on to talk about the many in the shipping industry who insist on finding technological alternatives to substitute the pilot on the bridge, an absolute distortion, in his opinion, that reflects the viewpoint of IMPA on the matter.

    After listing challenges, the pilot reminded his audience that pilotage means the States control over safe navigation. Stressing that a pilots prime responsibility is to protect the public interest, he pointed out that an effective regulatory system, in which pilots are not forced to compete with each other, guarantees the autonomy of the professionals in the category with regard to the economic pressures from ship and terminal operators.

    If pilots have to compete with each other, their livelihood will depend on who will select them for the task, and safe navigation will be relegated to a secondary level. Pilotage means safe navigation. We provide a valuable service in the public interest and I feel honored to work in such a traditionally rich profession. Pilots, it is our duty, to preserve it. We cannot tolerate complacency or

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    GUSTAVO MARTINS ASSINA LIVRO DE POSSE E... GUSTAVO MARTINS SIGNS INAUGURAL MINUTeS ANd...

    As autoridades porturias, os terminais e suas entidades repre-sentativas seguem pressionando para que se opere no limite. Apesar do discurso de que apoiam a segurana, questionam per-manentemente a capacidade de julgamento dos prticos, clamam pela ampliao dos limites de operao, sempre em nome de uma eficincia que na realidade busca compensar as notrias falhas de infraestrutura em nosso pas complementou.

    Na sequncia discorreu sobre a insistncia de muitos na indstria do shipping em buscar alternativas tecnolgicas que substituam o prtico no passadio, uma distoro absoluta, segundo seu ponto de vista, que reflete a viso da IMPA sobre o tema.

    Depois de elencar desafios, o prtico lembrou que a praticagem significa controle do Estado sobre a segurana da navegao. Salientando que a principal responsabilidade do prtico proteger o interesse pblico, ressaltou que um sistema regulatrio eficaz, no qual prticos no so obrigados a competir entre si, assegura a autonomia dos profissionais da categoria em relao a presses econmicas dos operadores dos navios e terminais.

    Se um prtico tem que competir com outro, seu sustento depen-der de quem o selecionar para a faina, e a segurana da navega-o ser relegada a segundo plano. Praticagem significa segurana da navegao. Provemos valoroso servio de interesse pblico, e sinto-me honrado em trabalhar em profisso to rica em tradio. Cabe a ns, prticos, preserv-la. No podemos tolerar compla-cncias nem descuidos. Devemos trabalhar continuamente a fim de ganhar o respeito e a confiana do governo e da populao ressaltou.

    Em relao Comisso Nacional para Assuntos de Praticagem (Cnap), Falco frisou que sua criao aconteceu em boa hora. Observou ainda que os prticos desejam que se aprofundem os estudos sobre todos os aspectos do servio e, sobretudo, que se registrem suas anlises e concluses para se evitar a retomada das mesmas discusses no futuro, como ocorreu em vrios gover-nos brasileiros. Salientou, entretanto, a importncia de os estudos

    ... PRESENTEIA RICARDO FALCO ... HANdS AWARd TO RICARdO FALCO

    carelessness. We must work constantly to gain the respect and trust of the government and population he emphasized.

    Falco stressed that the creation of the National Committee for Pilotage Matters (CNAP) was timely. He also said that pilots wish to have more in-depth studies on all aspects of the services and, especially, for their analyses and conclusions to be registered to prevent a repetition of the same discussions in the future, as has occurred under several Brazilian governments. He did highlight, however, the importance of the studies being done consistently and transparently, in order not to impair the organization of the Brazilian pilotage service, developed and enhanced over 200 years and more.

    Lastly, he thanked everyone who has helped him in his mission and especially his wife, Thas, who was unable to attend the ceremony. Last Christmas I was blessed with the birth of my daughter, Luisa. Now Im happy in devoting time to being a father, the pilot concluded.

    FALCO ExIBE PLACA EM SUA HOMENAGEMFALCO SHOWS THe PLAQUe IN HIS HONOR

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    serem feitos de forma consistente e transparente a fim de que a organizao do servio brasileiro de praticagem, desenvolvido e aperfeioado ao longo de mais de 200 anos, no seja prejudicada.

    Por fim agradeceu a todos que o ajudaram em sua misso e, em especial, a sua mulher, Thas, que no pde comparecer cerim-nia. Fui abenoado no ltimo natal com o nascimento de minha filha, Lusa. Feliz, atualmente dedico-me funo de pai, finalizou o prtico.

    PRtiCO de PARANAgu Assume A PResidNCiA

    Em seguida foi a vez de o novo presidente eleito para a gesto do CONAPRA, Gustavo Martins, pronunciar-se. Prtico da Paranagu Pilots, suas primeiras palavras dirigiram-se queles que labutam na rea martima e porturia e tm contribudo para o mesmo objetivo de prover a movimentao segura e eficiente de navios e cargas em portos e terminais brasileiros: Podem contar com o auxlio e a colaborao da praticagem, assegurou.

    Lembrando que a praticagem no parte do problema, mas da soluo dos imensos gargalos que ainda impedem salto de quali-dade e desempenho no emprego das vias martimas para impul-sionar nossa economia, gerando empregos e melhoria na quali-dade de vida dos brasileiros, definiu quais sero seus principais esforos frente do Conselho Nacional de Praticagem:

    Buscar contribuir para a melhoria contnua do servio, medida pela obteno e manuteno de nveis elevados de segurana e de eficincia; manter um canal de dilogo permanentemente dis-ponvel para discusso de assuntos ligados ao servio de pratica-gem, eficincia no uso das vias navegveis e segurana da navegao; proporcionar assessoria e consultoria constantes, atravs da expertise dos prticos, a fim de buscar solues para a melhoria da infraestrutura porturia e para viabilizao da opera-o segura de novas classes de navios nos portos brasileiros; cumprir acordos e contratos que reflitam a vontade das partes sobre a prestao dos servios de praticagem; e esclarecer a

    GUSTAVO MARTINS: O NOVO PRESIDENTE DO CONAPRA GUSTAVO MARTINS: THe NeW PReSIdeNT OF CONAPRA

    GUSTAVO, ALMIRANTE/ADMIRAL CLAUDIO P. DE VIVEIROS E/AND FALCO

    A PARANAgu PilOt tAkes OveR As PResideNt

    Next to speak was Gustavo Martins, the new CONAPRA president, and pilot elect. He is a pilot from Paranagu Pilots, and his first words addressed those who work hard in the maritime and port area and have contributed to the same aim to provide the safe and efficient handling of ships and freight in Brazilian ports and terminals: They can rely on the help and collaboration of pilotage, he affirmed.

    Recalling that pilotage is not part of the problem but rather part of the solution of the huge bottlenecks that are still an obstacle to a leap in quality and performance in using the seaways to boost our economy, creating jobs and improving Brazilians quality of life, he described what his main efforts would be at the helm of the National Maritime Pilots Association:

    To strive to contribute to ongoing upgrade of the service, measured by obtaining and keeping high levels of safety and efficiency; to maintain a permanently open channel for dialogue to discuss pilotage-related matters, for the efficient use of the navigable waterways and safe navigation; to provide ongoing advisory and consulting services, through the pilots expertise, in order to find solutions to improve the port infrastructure and to facilitate the safe operation of new classes of ships in Brazilian ports; to comply with agreements and contracts that reflect the

    GUSTAVO E FAMLIA GUSTAVO AND FAMILy

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    A NOVA DIRETORIA DO CONAPRA COM O CONSELHEIRO FISCAL MARCELO CAJATy THe NeW CONAPRA dIReCTORATe ANd FISCAL COUNSeL MARCeLO CAJATy

    comunidade martima e a sociedade em geral sobre a importncia da praticagem para a economia do pas declarou.

    Gustavo acredita que apenas com colaborao mtua e dilogo constante podem ser obtidos os resultados que a sociedade brasileira tanto almeja. Sua expectativa de boa e frutfera con-vivncia com todos os envolvidos na operao dos navios nas vias navegveis e nos portos brasileiros, tendo sempre em mente os preceitos de segurana da navegao, da salvaguarda da vida humana no mar e da preveno da poluio.

    Entretanto, algumas nuvens de tempestade so visveis no hori-zonte, previu, retornando a assunto que seu antecessor, Ricardo Falco, j havia abordado:

    Temos convivido, nos ltimos anos, com graves divergncias em relao ao estabelecimento de critrios e parmetros para a definio de uma nova metodologia de regulao econmica para o servio de praticagem. Infelizmente, em nossa percepo, o debate sobre o tema tem-se pautado principalmente em informa-es incompletas e uma viso apenas parcial e unilateral da com-plexidade da prestao do servio. Acreditamos que uma aborda-gem mais tcnica e objetiva, e isenta de preconceitos e presses comerciais e polticas seria a melhor forma de analisar e selecionar o modelo de regulao que, sem abrir mo da melhoria contnua da qualidade do servio, permita um melhor entendimento, por todas as partes, do efetivo valor do servio para a sociedade brasileira considerou.

    wishes of the parties in providing pilotage services; and to explain to the maritime community and general public how important pilotage is for the countrys economy he said.

    Gustavo Martins believes that only with mutual collaboration and ongoing dialogue can the results to which Brazilian society so strongly aspires be achieved. He has high hopes for working together successfully with all those involved in the operation of ships in navigable waterways and Brazilian ports, always bearing in mind the precepts of safe navigation, protecting human life at sea, and anti-pollution.

    However, some storm clouds are looming on the horizon, he forecast, returning to the subject that his predecessor Ricardo Falco raised earlier:

    In recent years we have experienced serious divergences in relation to establishing guidelines and parameters for defining a new economic regulation methodology for the pilotage service. Unfortunately, we feel that the discussion on the subject has been mainly based on incomplete information and only a partial and unilateral view of the complex nature of providing the service. We believe that a more objective and technical approach, free from prejudice and commercial and political pressures, would be the best way to analyze and select the regulatory model that, without surrendering the ongoing improvement of quality of service, permits better understanding by all parties of the actual value of the service for Brazilian society he said.

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  • OS PRTICOS BEZERRA, PAULINO E COELHO COM O PROFESSOR EDSON MESQUITA (DE GRAVATA COLORIDA) PILOTS BeZeRRA, PAULINO ANd COeLHO WITH

    PROF. edSON MeSQUITA (STRIPed TIe)

    COMANDANTE SANTANA (SyNDARMA), ASSESSOR PAES LEME (CENTRONAVE) E O PRTICO MARCELO MEDEIROS NAVAL COMMANdeR SANTANA (SyNdARMA),

    AdVISOR PAeS LeMe (CeNTRONAVe) ANd PILOT MARCeLO MedeIROS

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    Alm disso, lembrou que vm tramitando no Congresso Nacional projetos de lei que visam modificao da Lei da Segurana do Trfego Aquavirio (Lesta), com propostas de alteraes significa-tivas no atual modelo de prestao do servio. No que concerne ao tema, afirmou que a praticagem brasileira continuar atenta tra-mitao de matrias sobre o assunto e permanecer disposio da autoridade martima para prestar o assessoramento necessrio sobre os aspectos verdadeiramente importantes do servio.

    Tenho grande esperana de que meu trabalho frente do CONAPRA possa contribuir, de alguma forma, para a aglutinao de parceria com toda a comunidade martima em prol do interesse pblico. Finalmente, dirijo-me aos diretores empossados, Alexandre Koji Takimoto, Carlos Alberto de Souza Filho, Guilherme Luis Bruno Magalhes Senna e Lauri Rui Ramos, confiante de que terei neles todo o apoio e de que contarei com seu reconhecido profissiona-lismo no trato dos assuntos do Conselho. A praticagem do Brasil est no rumo certo. Marque assim terminou, otimista.

    CONTI, VICTORINO, RENATO, CUQUEL, MOACyR E/ANd ALBUQUERQUE

    Moreover, he reminded us that bills are going through the National Congress to modify the Waterway Traffic Safety Act (LeSTA), proposing significant amendments to the current model of providing the service. With regard to this matter, he stated that Brazilian pilotage will continue to pay close attention to the proceedings on the subject, and will be at the disposal of the port authorities to provide the necessary advisory services on the truly important aspects of the service.

    I have high hopes that my work at the head of CONAPRA will be able to contribute in some way to consolidate a partnership with the whole maritime community to the benefit of the public interest. Finally, I would like to address the inducted directors, Alexandre Koji Takimoto, Carlos Alberto de Souza Filho, Guilherme Luis Bruno Magalhes Senna and Lauri Rui Ramos, confident that they will give me their entire support, and that I can rely on their excellent professionalism when dealing with board matters. Brazilian pilotage is on the right course. Mark my words he ended, optimistically.

  • FALCO E EQUIPE DO CONAPRA FALCO AND CONAPRA TEAM

    OS PRTICOS/PILOTS MARCELO MEDEIROS, MUNIZ ARAGO, LINSIO, ELIEL E/ANd LAURI RAMOS

    GUSTAVO E/ANd ALMIRANTE/AdMIRAL PAULO JOS RODRIGUES DE CARVALHO

    OS ALMIRANTES LISEO ZAMPRNIO E CLAUDIO P. DE VIVEIROS COM O CMG PAULO CSAR COLMENERO LOPES AdMIRALS LISeO ZAMPRNIO ANd CLAUdIO P. de

    VIVeIROS WITH NAVy CAPTAIN PAULO CSAR COLMeNeRO LOPeS

    FALCO E O PRESIDENTE DA FENAMAR, WALDEMAR ROCHA JR.FALCO ANd WALdeMAR ROCHA JR., PReSIdeNT OF FeMAMAR

    GUSTAVO RECEBE O VICE-PRESIDENTE ExECUTIVO DO SyNDARMA, LUS FERNANDO RESANO GUSTAVO WeLCOMeS LUS FeRNANdO ReSANO,

    exeCUTIVe VICe-PReSIdeNT OF SyNdARMA

    CMG/NAVy CAPTAIN MARCOS FONSECA, VICTORINO, ALMIRANTE/AdMIRAL AGUIAR FREIRE E/ANd CONTI

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  • Em 12 de junho de 1975, entidades brasileiras formadas por prticos do Amazonas, Esprito Santo, Par, Paran, Rio de Janeiro (ento Guanabara) e So Paulo fundaram uma organizao civil, sem fins lucrativos, a fim de represent-las em assuntos relacionados profisso. Nascia o Centro Nacional de Praticagem (CENAPRA), com sede no Rio de Janeiro.

    Para a presidncia do CENAPRA foi convidado o almirante da reserva Jos da Silva S Earp, que o dirigiu de 1975 a 1988. De acordo com o estatuto do Centro, os presidentes das associaes de prticos constituiriam o Conselho Nacional de Prticos (CONAPRA), cujo primeiro presidente eleito foi o prtico Mariano Alves Castro Jnior, da Cooperativa de Prticos da Guanabara.

    Inicialmente o CONAPRA funcionou como rgo consultivo do CENAPRA, mas, aos poucos, ganhou vida prpria e, neste ano, completa 40 anos. Em 2000, a Marinha do Brasil reconheceu oficialmente o Conselho Nacional de Praticagem como rgo de representao nacional da categoria, embora muito antes o Conselho j representasse os prticos em importantes questes relativas profisso. Abaixo, todos os prticos que foram titulares do Conselho Nacional de Praticagem.

    CONAPRA: h 40 anos representando a praticagem brasileira

    CONAPRA

    1978 _ 1979* Expedito Jos Pinheiro

    Damasco (RJ)

    1979 Fernando de Campos

    Evangelista (RJ)

    1975 _ 1978 Mariano Alves Castro

    Jnior (RJ)

    1988 _ 1989 Oscar Acosta

    (RS)

    1990 _ 1991 Mauro de Assis

    (RJ)

    1986 _ 1987 Jlio Console Simes

    (SP)

    1982 _ 1983 Adriano Gustavo Vidal

    (PR)

    1980 _ 1981 1984 _ 1985

    Euclides Alcantara Filho (ES)

    1992 _ 1996 Herbert Frederico Mello

    Hasselmann (RJ)

    Presidentes do CONAPRA COnapra presidents

    32*No completou o mandato, tendo sido substitudo pelo colega Fernando de Campos Evangelista*He did not complete his term of office, being replaced by his colleague Fernando de Campos evangelista

  • CONAPRA

    CONaPra: 40 years representing Brazilian pilotage

    On June 12, 1975, Brazilian maritime pilot agencies from the states of Amazonas, esprito Santo, Par, Paran, Rio de Janeiro (then Guanabara) and So Paulo founded a non-profit non-governmental organization to represent them on matters relating to their profession. The result was the National Pilotage Center (CeNAPRA - Centro Nacional de Praticagem), based in Rio de Janeiro.

    Reservist Admiral Jos da Silva S earp was invited to be president of CeNAPRA, and held this position from 1975 to 1988. Pursuant to the Centers statutes, the presidents of the pilots associations would constit