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    Mestrado Profissional em Agroecossistemas

    A FORMAO TERICO-PRTICA DO TC!ICO EM A"ROECO#O"IA !A E$CO#A %&

    DE MAIO DE FRAI'(R"O- $C)

    Mestrando* Pa+lo Da,i o.ann

    Pro/eto 0es1+isa a0resentado como 0r2-re1+isito de

    o3ten45o de gra+ de mestre em agroecossistema so3

    orienta45o da Dr6 Marlene Ri3eiro e coorienta45o da

    Dr6 $andra #+ciana 7-Dalmagro 8

    Florian90olis no,em3ro : %;

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    1-APRESENTAO DA PROPOSTA DA PESQUISA

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    integrada ao ensino m2dio) A referida escola ,inc+la-se 0or +m lado rede Estad+al de Ed+ca45o de

    $anta Catarina@ 0or o+tro lado tem ,Gnc+lo orgHnico com o M$T) !o Pro/eto PolGtico Pedag9gico

    PPP ela ass+me o ,inc+lo da teoria com a 0r?tica tendo o tra3al.o como 0rincG0io ed+cati,o e

    instr+mento did?tico 0edag9gico 0ara a+>iliar no a0rendiBado)

    A ed+ca45o ligada ao m+ndo do tra3al.o n5o 0ode ficar al.eia s e>ignciascom0le>as dos 0rocessos 0rod+ti,os e a a45o ed+cati,a de,e refletir so3reestas 1+estes selecionando conteJdos ,inc+lados ao m+ndo do tra3al.o eacom0an.ando e>0erincias de tra3al.o ed+cati,o) O tra3al.o torna-se@tam32m +m rec+rso 0edag9gico ao 0ro,ocar@ atra,2s@ de s+a 0r?tica@necessidades de a0rendiBagem@ 3em como 0ela s+a condi45o de constr+tordas rela4es de classe PPP) %;ista de 1+e o ser .+mano 0rod+Bi+-se .omem no e 0elo

    tra3al.o@ o+ se/a@ ele foi se ed+cando no 0rocesso 0rod+ti,o@ na a45o 0r?tica de at+ar so3re a

    nat+reBa 0ara 0rod+Bir coisas 0ara satisfaBer s+as necessidades) O .omem foi transformando a

    nat+reBa e transformando a si mesmo) $e o tra3al.o 2 3ase da ed+ca45o do ser .+mano@ e@ desde a

    sociedade 0rimiti,a tra3al.o e ed+ca45o@ teoria e 0r?tica@ tra3al.o man+al e tra3al.o intelect+al@

    0ensar e faBer encontram-se artic+lados@ com o s+rgimento da sociedade di,idida em classes@ e@

    mais es0ecificamente na sociedade 3+rg+esa 1+e di,ide tra3al.o man+al do intelect+al@ a ed+ca45o

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    tam32m sofre certa se0ara45o do tra3al.o e a teoria certa se0ara45o da 0r?tica)

    A 0erg+nta 1+e se faB 2* 2 0ossG,el n+ma sociedade de classes 1+e se0ara tra3al.o man+al do

    intelect+al e 1+e 0rod+B +ma ed+ca45o escolar di,orciada do 0rocesso 0rod+ti,o aliar a teoria

    0r?tica como +ma +nidade dial2tica Tra3al.o man+al e tra3al.o intelect+al

    A 0artir de est+dos de 0es1+isadores crGticos 1+e /? escre,eram so3re esta 0ro3lem?tica da

    ,inc+la45o da teoria com a 0r?tica@ tra3al.o man+al com tra3al.o intelect+al@ ed+ca45o escolar com

    o tra3al.o 0r?tico 0ode-se diBer 1+e sim) Mais adiante ,eremos mais so3re isso) Antes 1+ero e>0or

    so3re a 0ro3lem?tica ,i,enciada 0elas escolas ,inc+ladas ao M$T em rela45o a forma45o

    omnilateral@ a forma45o 1+e ,inc+le teoria 0r?tica@ tra3al.o 0r?tico ao tra3al.o intelect+al@

    con.ecimento t2cnico ao com0romisso 0olGtico na l+ta 0ela emanci0a45o do ser .+mano)

    O M$T tem como 0rincG0io 1+e a escola de,er? tra3al.ar a forma45o omnilateral do ser

    .+mano) Esta forma45o se dar? a 0artir da +ni5o do tra3al.o 0r?tico com tra3al.o intelect+al@ o+@

    +ma ed+ca45o 1+e artic+la a teoria com a 0r?tica@ no sentido da 0r?>is) A 0r?>is 2 inerente

    forma45o do ser .+mano omnilateral@ forma45o nas dimenses fGsica@ moral@ es0irit+al@ artGstica@ etc)

    !essa conce045o@ o tra3al.o dei>a de ser ati,idade 0+ramente 0r?tica 0ara se con,erter em

    ati,idade te9rica 0r?tica) Ati,idade em 1+e se encerra o 0ensar e o faBer como +ma +nidade

    dial2tica)

    esta +nidade dial2tica@ faBer e 0ensar@ 0r?tica e teoria 1+e de,e estar 0resente na a45oed+cati,a da escola) Mas@ se 0erce3e no tra3al.o de assistncia t2cnica 0elos egressos da escola@ a

    1+al 2 o3/eto de min.a 0es1+isa@ a e>istncia de +ma lac+na entre o con.ecimento te9rico e o

    con.ecimento 0r?tico) O+ se/a@ os t2cnicos egressos de certa forma tem +m 3om Ncon.ecimento

    disc+rso te9rico acerca da agroecologia@ mas 0or o+tro lado tem dific+ldade em relacionar a teoria

    0r?tica) Pode-se 0erce3er no tra3al.o desses t2cnicos a dific+ldade em relacionar a ati,idade

    0r?tica da assistncia t2cnica com o con.ecimento 0olGtico organiBati,o@ no sentido de +ma mel.or

    com0reens5o da +nidade do con.ecimento 0r?tico com o con.ecimento te9rico@ 1+e im0lica na

    contri3+i45o da constr+45o do 0aradigma da agroecologia em contra0osi45o ao agroneg9cio@ como

    instr+mento na l+ta 0ela constr+45o de +ma sociedade em 1+e a di,is5o de classes se/a s+0erada)

    !este sentido@ ten.o 0or hiptese1+e os est+dantes da escola 0es1+isada a0ro0riam-se

    do disc+rso 0olGtico so3re a agroecologia@ mas a forma45o t2cnica@ te9rico e 0r?tica@ 2 fr?gil) Desta

    forma@ os est+dantes saem da escola defensores da agroecologia@ 0or2m sem sa3er orientar

    tecnicamente os agric+ltores em ,ista do tra3al.o agroecol9gico@

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    O o3/eti,o da Ed+ca45o do Cam0o 0ro/etada 0elos mo,imentos sociais 0o0+lares do

    cam0o +nificados na ia Cam0esina ige)

    A o045o 0ela escol.a do tema a artic+la45o teoria e 0r?tica na ed+ca45o escolar tendo o

    tra3al.o como media45o na forma45o do t2cnico em agroecologia@ se de+ em ,irt+de da necessidade

    da forma45o de t2cnicos agrGcolas com ca0acidade te9rico-0r?tico em contri3+ir /+nto aos

    cam0oneses na constr+45o de 0rocessos de 0rod+45o agroecol9gicos) A forma45o e>igida 0elos

    Mo,imentos $ociais do cam0o 2 no sentido da forma45o +nit?ria@ forma45o t2cnica aliada a

    forma45o .+manista "ramsci icos@ mecaniBa45o e red+45o doc+sto de mane/o com a 0romessa de aca3ar com a fome no m+ndo)3Agroecologia@ mais do 1+e sim0lesmente tratar so3re o mane/o ecologicamente res0ons?,el dos

    rec+rsos nat+rais@ constit+i-se em +m cam0o do con.ecimento cientGfico 1+e@ 0artindo de +m5

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    agroneg9cio@ e@ a Escola %& de Maio@ o3/eto de min.a 0es1+isa@ estar organicamente ,inc+lada ao

    M$T) A escola 1+e tem 0or o3/eti,o a forma45o omnilateral do t2cnico em agroecologia@ o+ se/a@

    ca0acitar se+s ed+candos tecnicamente e 0oliticamente 0ara contri3+ir na constr+45o da

    agroecologia como 0aradigma de desen,ol,imento do cam0o 0ara se contra0or ao 0aradigma

    .egemSnico agroneg9cio) Em o+tras 0ala,ras@ a forma45o do t2cnico de,e contri3+ir na l+ta 0elatransforma45o n5o s9 do cam0o@ mas de toda sociedade) contri3+ir na constr+45o de +ma

    sociedade sem classes em 1+e se/a s+0erado a dicotomia tra3al.o man+al e tra3al.o intelect+al) Os

    o3/eti,os constam nos 0rincG0ios filos9ficos e organiBati,os das escolas do M$T&

    Agroecologia 2 o est+do de 0rocessos econSmicos e de agroecossistemas@como tam32m@ 2 +m agente 0ara as m+dan4as sociais e ecol9gicascom0le>as 1+e necessitam ocorrer no f+t+ro a fim de le,ar a agric+lt+ra 0ara+ma 3ase ,erdadeiramente s+stent?,el 'A#EM $I#EIRA) %;;%@ 0) )

    !a defini45o de agroecologia dada 0or 'alem e $il,eira 0ode-se 0erce3er como se faBnecess?rio formar t2cnicos agrGcolas 1+e n5o s9 se ca0acitem@ o+ se formem tecnicamente@ mas

    tam32m 0oliticamente 0ara 0oderem contri3+ir na inter,en45o da com0le>a realidade cam0o)

    A referida escola seg+ndo Mo.r e Ri3as %;

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    es0ecGfico escolas de forma45o t2cnica 0ara formar os s+/eitos 1+e ,i,em nos assentamentos) A

    forma45o 1+e as escolas ,inc+ladas ao M$T 0retendem oferecer as 0essoas 1+e ,i,em nos

    assentamentos 2 a forma45o omnilateral) Forma45o 1+e 0ossi3ilite ao est+dante com0reender n5o s9

    a agroecologia@ mas tam32m a agric+lt+ra con,encionalVn5o s9 como modelo 1+e contri3+i no

    dese1+ilG3rio da nat+reBa@ afetando o clima@ a flora e a fa+na@ mas@ acima de t+do 1+e 2concentrador de terra@ de renda@ e e>cl+i +m grande nJmero de cam0oneses) A com0reens5o de 1+e

    o ed+cando no se+ 0rocesso de forma45o na escola de,a ad1+irir con.ecimentos 1+e 0ossam

    contri3+ir na constr+45o do no,o 2 f+ndamental) !o,o a1+i significa a m+dan4a do 0aradigma de

    desen,ol,imento do cam0o) A agroecologia)

    na escola 1+e o formando ,ai a0reendendo os con.ecimentos cientGficos e ,ai

    artic+lando-os com os con.ecimentos em0Grico-0o0+lares do cam0ons) A artic+la45o entre

    con.ecimento cientGfico e con.ecimento em0Grico-0o0+lar ,ai se dando n5o na teoria@ mas na 0r?>issocial) A0reender este con.ecimento 2 f+ndamental 0ara o t2cnico 1+e 0retende at+ar /+nto aos

    cam0oneses) $e/am eles assentados o+ n5o)

    Com0reendendo a im0ortHncia do tra3al.o como 0r?>is social na ,ida do ser .+mano 2

    1+e as escolas ligadas ao M$T incor0oram a 0r?>is nos se+s o3/eti,os 0edag9gicos) Esta

    incor0ora45o se d? 0or ser esta 1+e seg+ndo Engels is social a1+i

    entendida como tra3al.o@ 0ois no ato de tra3al.ar@ 1+ando o tra3al.o 2 li,re@ 2 1+e se sintetiBa a

    teoria com a 0r?tica) Pois foi assim 1+e o ser .+mano d+rante mil.es de anos foi se 0rod+Bindo a

    0artir do tra3al.o)

    A rela45o dial2tica entre o ato do faBer@ a 0r?tica do tra3al.o e o 0ensar so3re o tra3al.o

    1+e 2 a 0r?>is social de,e estar 0resente na ed+ca45o escolar) Para com0reender mel.or como se d?

    esta rela45o na ed+ca45o de forma geral e em 0artic+lar na escola 2 1+e me feB 0ensar em est+dar

    este tema)

    Este te>to est? organiBado em trs 0artes) !a 0rimeira 0arte farei +ma a0resenta45o da

    0ro0osta de 0es1+isa onde e>0licitarei o 0ro3lema da 0es1+isa@ os o3/eti,os gerais e es0ecGficos@ a

    metodologia 1+e ,o+ +tiliBar@ o camin.o metodol9gico e os 0rocedimentos a serem +tiliBados 0ara

    alcan4ar os o3/eti,os@ o+ res0onder a 1+est5o central da 0es1+isa) O cronograma ela3orado@ o+ as

    eta0as a serem seg+idos no 0rocesso de e>ec+45o e ela3ora45o da 0es1+isa)

    !a seg+nda 0arte tratarei so3re a 3ase te9rica 1+e ,ai f+ndamentar o est+do) O+ se/a@ o

    referencial 1+e ser,ir? de a0oio o+ 1+e a+>iliar? na com0reens5o dos fatos@ o+ do fenSmeno a ser

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    est+dado) $o3re a escola %& de Maio o 0rocesso de l+ta 0ela con1+ista dessa escola@ assim como s+a

    caracteriBa45o e organiBa45o@ se+ d+0lo ,Gnc+lo@ 0or +m lado com o Estado e 0or o+tro com o M$T

    s5o itens da terceira 0arte) Ainda integram esta 0arte as 0rimeiras im0resses 1+e ti,e ao faBer a

    0rimeira ,isita a escola 0ara faBer as o3ser,a4es 0ro0ostas na metodologia) Por Jltimo temos os

    ane>os)

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    Acom0an.ar o tra3al.o de forma45o t2cnica e 0olGtica realiBado 0or esta mesma Escola

    Analisar a conce045o de ed+ca45o e de forma45o t2cnica 1+e a referida Escola tem

    Refletir os limites e as 0ossi3ilidades 1+e a Escola a0resenta no 1+e concerne forma45o

    t2cnica em agroecologia Compreender como encontram-se artic+ladas teoria e 0r?tica@ est+dos te9ricos e o tra3al.o

    0r?tico na forma45o do t2cnico em agroecologia)

    )Para este fim este te>to ser? organiBado em d+as 0artes) !a Primeira 0arte trarei 0resente a

    0ro3lem?tica do tema de 0es1+isa@ a 1+est5o da 0es1+isa e os o3/eti,os da 0es1+isa !a seg+nda@) A

    f+ndamenta45o te9rica 2 a 1+arta 0arte) !essa 0arte a0resentarei alg+ns elementos da rela45o

    ed+ca45o e tra3al.o a 0artir da teoria mar>ista de ed+ca45o@ dando nfase a im3rica45o do tra3al.o e

    da ed+ca45o desde o s+rgimento do .omem e da sociedade .+mana) !esse sentido tentarei traBer

    +ma ,is5o .ist9rica de como a rela45o ed+ca45o e tra3al.o foi se distanciando do m+ndo da

    0rod+45o d+rante determinado tem0o e de0ois come4o+ a se rea0ro>imar nas sociedades de classe)

    O+tra 1+est5o como 1+e a +ni5o tra3al.o e ed+ca45o 0oder? contri3+ir na forma45o do .omem em

    todas s+as dimenses e contri3+ir na l+ta 0ela emanci0a45o .+mana) !a 1+inta 0arte mostrarei o

    camin.o 1+e ,o+ tril.ar no 0rocesso da 0es1+isa 0ara alcan4ar os o3/eti,os 0ro0ostos) !esse

    camin.o ,o+ +sar alg+ns 0rocedimentos metodol9gicos e +m M2todo de 0es1+isa) Isto ser?

    a0resentado na 1+inta 0arte)

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    rela4es 1+e se esta3elecem entre o fenSmeno 0artic+lar com geral-+ni,ersal) $eg+ndo Mar> o

    concreto 2 concreto 0or 1+e e>0ressa as mJlti0las rela4es 1+e o determinam) O+ se/a@ o fenSmeno

    n5o se se dei>a con.ecer 0ela a0arncia@ mas 0ela essncia 1+e 2 oc+ltada na s+a a0arncia 0or +m

    in,9l+cro 0rod+Bido 0ela di,is5o do tra3al.o na sociedade de classe) !esse sentido@ 3+scarei

    com0reender o fenSmeno a ser est+dado a 0artir das informa4es coletadas 0ela o3ser,a45o in loco@0ela entre,ista@ leit+ras de doc+mentos 0rod+Bidos 0ela escola na 1+al o fenSmeno se e>0ressa e 0or

    ela e>0ressado) Para tanto 2 mister 1+e as informa4es@ dados coletados se/am n5o s9 ol.ados na

    s+a a0arncia@ mas na s+a essncia) Para se c.egar a essncia do fenSmeno torna-se necess?rio@ em

    0rimeiro l+gar@ 3+scar as rela4es 1+e se esta3elecem entre o fenSmeno a ser con.ecido com a

    totalidade@ o+ se/a@ com a forma 1+e a sociedade se organiBa 0ara 0rod+Bir a ,ida) Em seg+ndo

    l+gar n5o se 0ode analisar o fenSmeno em si desconsiderando as rela4es internas e e>ternas 1+e o

    faBem ser como 2) $9 2 0ossG,el ,erdadeiramente con.ecer os fenSmenos sociais 1+ando se+tiliBa +m m2todo e +ma a3ordagem 1+e ,ai 0ara al2m das a0arncias) Este m2todo e esta

    a3ordagem 2 o materialismo .ist9rico dial2tico com a3ordagem s+3stancialmente 1+alitati,a)

    $o3re o m2todo dial2tico ,eremos mais a3ai>o@ agora ,o+ e>0or os 0rocedimentos

    metodol9gicos 1+e contri3+ir5o na 3+sca dos dados 0ara a com0reens5o do fenSmeno)

    Para realiBa45o deste est+do@ +tiliBarei de 0es1+isa de cam0o@ doc+mental e

    3i3liogr?fica) !a 0es1+isa de cam0o@ realiBarei o3ser,a4es e entre,istas) A o3ser,a45o ser? feita

    em trs momentos@ o+ em trs ,isitas escola@ 0erfaBendo +m total de ,inte e sete dias de

    o3ser,a45o) A 0rimeira ,isita ser? de sete dias e as o+tras d+as de deB dias cada +ma) A 0rimeira

    ,isita /? realiBada 1+e acontece+ no foi no final do ms de agosto e inGcio do ms de setem3ro entre

    os dias %V de agosto de %;

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    do ensino m2dio como a0arece o ,Gnc+lo entre teoria e 0r?tica nas disci0linas t2cnica e nas

    disci0linas do ensino meio e>iste rela45o dos conteJdos com o tra3al.o realiBado 0elos al+nos

    1+ais os 0rocedimentos did?ticos metodol9gicos 1+e o 0rofessora +tiliBa nas ati,idades

    0edag9gicas como 2 o 0rocesso de intera45o 0rofessora e est+dante em sala de a+la como 1+e o

    0rocesso de 0lane/amento das ati,idades da escola realiBado 0elos al+nos 2 a3ordado em sala dea+la como 1+e o 0rofessor esta3elece o ,Gnc+lo da teoria com o tra3al.o concreto)

    3 Em rela45o ao tra3al.o 0r?tico realiBado 0elos est+dantes* conforme 0rincG0io da

    ed+ca45o das escolas ,inc+ladas ao M$T os est+dantes realiBam tra3al.os 0r?ticos como lim0ar o

    am3iente de con,i,ncia@ o+ se/a@ sala de a+la@ alo/amento@ refeit9rio@ recol.er o li>o@ c+idar dos

    animais@ etc)@ como 1+e os est+dantes 0erce3em este tra3al.o se este tra3al.o tem ,Gnc+lo com a

    forma45o 0roc+rada 0ela escola como 1+e os est+dantes a3ordam a rela45o teoria e 0r?tica nos

    es0a4os de s+a a+to-organiBa45o@ como !Jcleos de 'ase !'s@ encontro dos !'s

    c Em rela45o ao coleti,o de 0rofessores e gr+0o orgHnico da escola* como 1+e a

    rela45o teoria e 0r?tica 2 a3ordada no coleti,o de 0rofessores e no gr+0o orgHnico como estes

    coleti,os com0reendem esta rela45o

    d Em rela45o organiBa45o da Escola* a forma de organiBa45o do tra3al.o escolar se

    esta condiB com o 0ro/eto 0olGtico 0edag9gico da escola como 1+e a0arece a rela45o teoria e 0r?tica

    na organiBa45o escola o consel.o escolar 2 0arte constit+ti,a da Escola@ como este 0erce3e)

    Para 1+e a o3ser,a45o 0ossa ser 0rod+ti,a 2 0reciso ficar atento a todos os detal.es 0ara

    1+e nada 0ossa esca0ar aos o+,idos e ol.os) Para isso me +tiliBarei de +m caderno de cam0o 0ara

    registro das 0erce04es@ dos fatos@ do o3ser,ado) Este registro ser? feito d+rante o 0rocesso de

    o3ser,a45o@ o+ se/a@ d+rante a o3ser,a45o ser? anotado t+do o 1+e diB rela45o aos as0ectos acima

    descritos@ assim como feitas refle>es em torno do o3ser,ado)

    Para a entre,ista ser5o +sadas 1+estes semiestr+t+radas) !+m +ni,erso de cin1+enta

    est+dantes entre,istarei seis@ o+ se/a@ trs matric+lados em %;

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    O+tro instr+mento metodol9gico a ser +sado 2 a leit+ra de doc+mentos 0rod+Bidos 0ela

    escola como* atas do consel.o escolar desde a cria45o da escola 1+e se somam 1+ase +ma centena@

    Pro/eto PolGtico Pedag9gico@ 0lane/amento an+al de %; e

    Engels@ "ramsci@ M2sB?ros@ Frigotto@ Tonet@ Manacorda@ $a,iani@ X+enBer@ entre o+tros)

    Para an?lise dos dados e informa4es coletadas 3+scarei +tiliBar o M2todo Dial2tico)

    Este M2todo consiste em com0reender o fenSmeno a ser est+dado a 0artir das determina4es e

    rela4es 1+e se esta3elecem entre este com o todo do 0rocesso) O+ se/a@ determina4es e rela4ese>istentes entre tra3al.o e ed+ca45o na escola a ser est+dada em rela45o ao 1+e se esta3elece entre

    tra3al.o e ed+ca45o na sociedade 3+rg+esa)

    O 0onto de 0artida 0ara o m2todo dial2tico na 0es1+isa 2 a an?lise crGtica doo3/eto a ser 0es1+isado@ o 1+e significa encontrar as determina4es 1+e ofaBem ser o 1+e 2) Tais determina4es tm 1+e ser tomadas 0elas s+asrela4es@ 0ois a com0reens5o do o3/eto de,er? contar com a totalidade do

    0rocesso@ na lin.a da intencionalidade do est+do@ 1+e 2 esta3elecer as 3aseste9ricas 0ara s+a transforma45o) WACHOWICZ, 2001, p. 01)

    $eg+ndo a mesma a+tora o m2todo dial2tico se caracteriBa 0ela Nconte>t+aliBa45o do

    0ro3lema a ser 0es1+isado) Podendo efeti,ar-se mediante res0ostas s 1+estes* 1+em faB 0es1+isa@

    1+ando@ onde e 0ara 1+e Idem !esse sentido o M2todo Dial2tico re1+er 1+e o o3/eto de

    0es1+isa se/a analisado dentro do conte>to .ist9rico 0olGtico-social no 1+al est? inserido) !esse

    sentido as categorias@ .istoricismo@ totalidade e contradi45o ser5o categorias 1+e acom0an.ar5o em

    todo 0rocesso de an?lise dos dados@ materiais@ informa4es coletadas acerca do fenSmeno) Al2m

    dessas categorias metodol9gicas da Dial2tica o 0es1+isador 0oder? se +tiliBar de categorias sim0les

    do conteJdo conforme o tema a ser in,estigado) !esse sentido +tiliBarei as categorias tra3al.o@

    ed+ca45o@ aliena45o@ 0r?>is@ e emanci0a45o)

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    CAPYT(#O III* 0es1+isa de cam0o

    ;Q

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    2-A ES&O'A () DE MAIO E A PROPOSTA DE EDU&AO DO MST*

    (*+, A -uta pe-a Es.o-a () de Maio

    A Escola de Ed+ca45o '?sica %& de Maio localiBada no assentamento it9ria daCon1+ista m+nicG0io de Frai3+rgo $C 2 fr+to da l+ta 0ela Terra 1+e ,em acontecendo .? 1+ase trs

    d2cadas 0or integrantes do Mo,imento Tra3al.adores R+rais $em Terra M$T no estado de $anta

    Catarina)

    $eg+ndo Mo.r %;0ressi,a oc+0a45o de terras ocorridas do dia %& de Maio de

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    Ed+ca45o) Diante do com0romisso ass+mido 0elo go,erno do Estado em criar a escola o M$T@ o

    $etor de Ed+ca45o e a Escola come4aram a disc+tir nos Assentamentos e Acam0amentos a

    forma45o da t+rma)

    A 0artir da forma45o da t+rma o inGcio do c+rso t2cnico em agroecologia se de+ no inGcio

    do ano de %;; com a eta0a Pre0arat9riacom ,inte e cinco est+dantes) Por o+tro lado tin.a m+ito

    mais /o,ens interessados em est+dar@ mas as condi4es de alo/amento@ alimenta45o im0ediram os

    demais 0artici0arem) Em mar4o desse mesmo ano a $ecretaria Estad+al de Ed+ca45o informo+ 1+e

    o c+rso n5o seria a0ro,ado) A 0artir daG a escola /+nto com o $etor de Ed+ca45o do M$T de $anta

    Catarina 0roc+ro+ o Instit+to !acional de ColoniBa45o I!CRA e a (ni,ersidade Federal de $anta

    Catarina (F$C 0ara ela3orar +m 0ro/eto de forma45o t2cnica em agroecologia ,ia Programa

    !acional de Ed+ca45o na Reforma Agr?ria PRO!ERA@ /? 1+e a (F$C ,in.a e>ec+tando 0ro/etos

    de alfa3etiBa45o de /o,ens e ad+ltos em ?reas de assentamentos ,ia este 0rograma) O 0ro/eto foia0ro,ado em agosto de %;;@ mas@ os rec+rsos li3erados s9 em /aneiro de %;;&) (mas das e>igncia

    0ara a 0ro,a45o do 0ro/eto era de a t+rma de,eria ter cin1+enta est+dantes) Diante disso@ mesmo

    com oc+rso em andamento com ,inte e cinco est+dantes em mar4o de %;;& s5o incor0orados mais

    ,inte e cinco est+dantes 0ara com0letar a t+rma)

    Para 1+e n5o .o+,esse 0re/+GBo aos ed+candos 1+e come4aram os est+dos no ano

    anterior@ a t+rma foi di,idida em d+as 0ara fre1+entar as disci0linas do ensino m2dio@ e as

    disci0linas do 0rofissionaliBante s5o fre1+entadas em +ma Jnica t+rma)

    !esse sentido a con1+ista da escola n5o se de+ sem l+tas) Foram ,?rios anos de l+tas

    em0reendidas 0elo M$T@ 0ela escola e 0elas famGlias assentadas no m+nicG0io de Frai3+rgo 0ara a

    con1+ista da escola) Primeiro da Ed+ca45o F+ndamental e de0ois o Ensino M2dio integrado ao

    c+rso 0rofissionaliBante) O c+rso t2cnico em agroecologia)

    (*(, &a/a.te/i0a1o e o/2a3i0a1o da Es.o-a () de Maio*

    Como ,isto a Escola %& de Maio 2 +ma escola de ensino m2dio integrado a ed+ca45o

    0rofissional do cam0o@ 0or +m lado organicamente ,inc+lada ao M$T e a com+nidade assentada@ e

    0or o+tro lado@ ,inc+lada ao sistema estad+al de Ensino) Esta d+0la ,inc+la45o entre o M$T e o

    sistema estad+al de ensino conforme est+dos feitos anteriormente Mo.r e Ri3as %;

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    foi criado no ano de %;;) Mas@ o Ensino M2dio se realiBa desde %;;% ,ia e>tens5o da Escola de

    Ed+ca45o '?sica "on4al,es Dias@ de Frai3+rgo) !este sentido@ do ano de %;; a %;;L o Ensino

    M2dio contin+a ,inc+lado rede estad+al de ensino ,ia e>tens5o da Escola de Ed+ca45o '?sica

    "on4al,es Dias@ de Frai3+rgo) ? o c+rso 0rofissionaliBante 2 ,inc+lado ao PRO!ERA@ 0ro/eto em

    0arceria (F$C@ I!CRA e M$T) !esse 0erGodo de %;; a %;;L a escola firmo+ dois 0ro/etos com oPRO!ERA 0ara forma45o de d+as t+rmas) O 0rimeiro Pro/eto foi feito em %;; e a certifica45o se

    de+ 0elo Instit+to Federal de Ara1+ari) O seg+ndo 0ro/eto realiBado em %;;K e certificado 0elo

    Instit+to Federal de Rio do $+l) Portanto@ antes da ,inc+la45o do c+rso t2cnico $ecretaria Estad+al

    de Ed+ca45o 0assaram d+as t+rmas 0ela escola)

    D+rante este 0erGodo@ o+ se/a@ do ano de %;; a %;;L@ contin+aram as l+tas e

    negocia4es 0ara 1+e o Estado ,ia $ecretaria de Ed+ca45o ass+misse o c+rso t2cnico como c+rso

    reg+lar) $eg+ndo Roesler Mo.r %;;V@ mesmo 1+e o PRO!ERA esti,esse garantindo a forma45ot2cnica@ o M$T@ as famGlias assentadas no m+nicG0io de Frai3+rgo e a escola entendiam 1+e era

    necess?rio contin+ar a l+ta e as negocia4es /+nto ao "o,erno do Estado 0ara 1+e ele ass+misse o

    c+rso t2cnico em agroecologia como c+rso reg+lar da rede estad+al de ensino@ 0ois 0elo PRO!ERA

    n5o tin.am a certeBa da contin+idade 0elo fato de ser +m 0rograma ainda m+ito fr?gil)

    A09s m+ita mo3iliBa45o e l+ta com inJmeras a+dincias@ finalmente em %;;L a

    secretaria de ed+ca45o incor0ora o c+rso t2cnico em agroecologia ao ensino reg+lar !esse sentido a

    con1+ista da escola se de+ a 0artir de m+ita l+ta em0reendida 0elo M$T de forma "eral e em

    0artic+lar 0elos assentamentos de Frai3+rgo) A 0artir de %;; o c+rso t2cnico 0assa tam32m a

    integrar a rede estad+al de ed+ca45o so3 a ed+ca45o integrada ensino m2dio e forma45o

    0rofissionaliBante)

    O c+rso t2cnico oferecido nessa escola toma como referencial 0edag9gico a 0edagogia

    do mo,imento 1+e engendra em se+ interior o tra3al.o como 0rincG0io ed+cati,o@ assim como a

    organiBa45o coleti,a) Estas matriBes 0edag9gicas s5o ori+ndas da 0edagogia socialista dos a+tores e

    0edagogos R+ssos PistraU e MaUarenUo) Esta 0edagogia est? 0resente desde o come4o do

    f+ncionamento da escola MO\R RI'A$@ %;

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    com alo/amento onde os est+dantes moram d+rante o tem0o escola) !a escola al2m de 0artici0ar

    das a+las 1+e faBem 0arte do c+rrGc+lo escolar@ desen,ol,em o+tras ati,idades@ tais como* lim0ar a

    sala de a+la@ la,ar a lo+4a@ 0re0arar o caf2 e as refei4es em dia 1+e n5o tem a+la@ faBer a mGstica@

    lim0ar o alo/amento@

    O c+rso se orienta 0elo NM2todo de AlternHncia

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    n5o dicotSmicos como acontece na sociedade 3+rg+esa)

    A organiBa45o dos 0rofessores em coleti,os 2 em f+n45o de 0ossi3ilitar a forma45o e

    a+to forma45o contin+ada dos 0rofessores nos distintas ?reas de at+a45o)

    Os coleti,os 0edag9gicos ser5o es0a4os de a+toformar5o 0ermanente@ atra,2s da

    refle>5o so3re a 0r?tica do est+do@ das disc+sses e da 0r90ria 0re0ara45o 0ara o+tras ati,idades de

    forma45o de faBer o 0lane/amento das ati,idades referentes as 0r?ticas) PPP@ %;em0lo a,alia45o dos 0rofessores@

    a,alia45o das coBin.eiras e do tra3al.o realiBado d+rante a semana) As a,alia4es s5o tanto no

    as0ecto coleti,o 1+anto do as0ecto indi,id+al de cada +m@ assim como +m momento em 1+e se faB

    o 0lane/amento dos tra3al.os da semana)

    O+tro as0ecto im0ortante de salientar 2 1+e nas re+nies dos !'s acontecem momentos

    em 1+e s5o feitas 0e1+enas@ mas im0ortantes refle>es so3re o tra3al.o) Como 0or e>em0lo

    disc+te-se so3re a im0ortHncia do tra3al.o na escola e se alg+2m n5o fiBer s+a 0arte aca3ar?

    0re/+dicando todo coleti,o)

    A09s as re+nies dos !'s e do "r+0o orgHnico dos 0rofessores se reJnem todos os

    est+dantes com a 0artici0a45o de alg+ns re0resentantes do gr+0o orgHnico 0ara o momento da

    socialiBa45o) !esse tem0o s5o a0resentados as sGnteses das disc+sses e o 0lane/amento da semana)

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    A09s a a0resenta45o@ a3re-se es0a4o 0ara esclarecimentos e o de3ate so3re alg+mas 1+estes 1+e se

    a0resentam mais 0olmicas@ A09s este momento encamin.a-se as 0ro0ostas 0ara serem e>ec+tadas)

    O 0rocesso de 0artici0a45o dos est+dantes no 0rocesso de organiBa45o@ 0lane/amento e

    e>ec+45o dos tra3al.os 2 +m elemento f+ndamental na ed+ca45o dos est+dante) f+ndamental no

    sentido 1+e 0ossi3ilita ao est+dante se a0ro0riar do con.ecimento so3re o tra3al.o de forma

    +nificada entre teoria e 0r?tica) o tra3al.o ,isto como 0r?>is) Diferentemente o 1+e acontece fora

    da escola@ 0ela di,is5o do tra3al.o@ ele 2 a0ro0riado de forma +nilateral) O+ con.ecimento 0r?tico@

    o+ con.ecimento te9rico)

    Mas@ 0or o+tro lado@ de,ido a 1+estes c+lt+rais dos est+dantes@ o+ se/a 1+estes 1+e

    de,ido a di,is5o do tra3al.o inc+lco+ +ma forma de 0ensar no ser .+mano 1+e limita a 0artici0a45o

    efeti,a no 0lane/amento e a,alia45o do tra3al.o) Isto 1+er diBer 1+e o est+dante a0resenta

    dific+ldade em 0ensar so3re o tra3al.o e 0lane/?-lo e e>ec+t?-lo) Estes limites de certa forma 0odem

    ser ori+ndos@ 0ela infl+ncia da di,is5o do tra3al.o no interior da sociedade 3+rg+esa@ 1+anto@ de

    certa forma@ a +ma incom0reens5o do 1+e 2 o tra3al.o 0or 0arte dos 0rofessores e dos 1+e

    cond+Bem 0edagogicamente a escola) Estas 1+estes s5o ,ises 0reliminares e necessitam de mais

    est+dos

    O consel.o escolar 1+e se constit+i en1+anto consel.o deli3erati,o 2 formado

    0or re0resenta45o da dire45o da escola@ 0rofessores@ e re0resenta45o da com+nidade

    assentada e do M$T) !esse sentido@ faBem 0arte desse consel.o todas os segmentos

    en,ol,idos na escola) A f+n45o desse consel.o 2 disc+tir /+nto aos est+dantes@ 0rofessores e

    f+ncion?rios da escola as 1+estes relati,as a indisci0lina destes segmento e encamin.ar

    0enas no sentido da constr+45o de m+dan4as de com0ortamentos) Al2m dessa f+n45o@ o

    consel.o ass+me a tarefa de 0ro0or mel.orias@ tanto na 1+est5o 0edag9gica@ como no 1+e

    diB res0eito estr+t+ra fGsica da escola) !esse sentido 1+em disc+te os 0ro/etos de

    am0lia45o da estr+t+ra fGsica 2 o consel.o@ assim como nos r+mos da 0ro0osta 0edag9gica

    da escola)

    Al2m do consel.o escolar a escola tam32m 0oss+i a Associa45o de Pais eProfessores

    APP 1+e 2 formado 0or ed+cadores e 0ais e mem3ros da com+nidade dis0ostos a contri3+ir com

    alg+ns tra3al.os na escola)

    O M$T 0artici0a na escola atra,2s da 0artici0a45o do consel.o escolar@ e o+ ainda

    atra,2s da 0artici0a45o do $etor de Ed+ca45o e do $etor de Prod+45o em momentos es0ecGficos

    marcados 0ela escola) O 0a0el f+ndamental do M$T atra,2s dos $etores de Prod+45o e Ed+ca45o 219

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    disc+tir os r+mos 0olGtico-0edag9gicos da escola)

    A escola 0re, no se+ PPP a artic+la45o com a com+nidade) Pois entende 1+e*

    O tra3al.o e a organiBa45o dos al+nos na Escola de,er5o ter +ma am0laliga45o com a ,ida da com+nidade@ no mesmo sentido a com+nidade de,er?

    disc+tir os r+mos da escola e se organiBar /+nto a ela PPP@ %;o@ dei>ando claro a im0ortHncia dadi,is5o de tarefas e o tra3al.o coleti,o PPP@ %;

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    realiBado 0elos est+dantes em +nidades did?ticas0resso nos 0rincG0ios 0edag9gicos do M$T@ os 1+ais /? foram indicados acima)

    Os 0rincG0ios 0edag9gicos da ed+ca45o e>0ressam como o M$T com0reende a

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    ed+ca45o e o 0rocesso formati,o do ser .+mano) !esse sentido A Escola de forma45o t2cnica

    agro0ec+?ria %& de Maio 2 +ma Escola ,inc+lada ao Mo,imento dos Tra3al.adores R+rais $em

    Terra : M$T) Esta escola tem a f+n45o de formar t2cnicos em agroecologia)

    A forma45o t2cnica 1+e a referida Escola tem 0or o3/eti,o realiBar est? relacionada aos

    o3/eti,os do M$T) !este sentido@ a escola de,er? c+m0rir com a f+n45o de ed+car 0ara a

    transforma45o social@ e contri3+ir na constr+45o de 0rocessos de 0rod+45o agroecol9gicos@ como

    +ma no,a matriB tecnol9gica 0ara se contra0or matriB tecnol9gica do agroneg9cio) Esta matriB

    consiste na 0rod+45o em escala@ se +tiliBando do monoc+lti,o@ no +so de agrot9>icos@ na ad+3a45o

    sint2tica@ al2m das sementes .G3ridas e da transgenia) Esta forma de 0rod+Bir@ de organiBar o cam0o

    3rasileiro 0rod+B a destr+i45o do meio am3iente@ 0rod+B o 0rocesso de e>0+ls5o do .omem do

    cam0o e a s+3ordina45o do cam0ons ao ca0ital)

    !a forma45o de t2cnicos 0ara contri3+ir no desen,ol,imento da matriB tecnol9gica da

    agroecologia@ a ed+ca45o de modo geral@ e a Escola de modo 0artic+lar de,em ter +m ol.ar .olGstico

    so3re a1+eles e a1+elas 1+e se est5o formando) Isto 1+er diBer 1+e a forma45o do t2cnico de,e ser

    +m t2cnico de Nno,o ti0oistncia da rela45o ed+ca45o@ forma45o e tra3al.o@ 0ois foi atra,2s do tra3al.o ao longo do

    0rocesso .ist9rico 1+e o ser .+mano foi a0rendendo a constr+ir as coisas e ao mesmo tem0o se

    faBendo .omem@ o+ se/a@ foi faBendo e a0rendendo) !este sentido e>iste +ma rela45o ontol9gica

    entre ed+ca45o e tra3al.o) Isto 1+er diBer 1+e o a0rendiBado 2 fr+to do tra3al.o) A escola c+/o

    o3/eti,o 2 formar seres .+manos em todas as s+as dimenses@ em 1+e o tra3al.o se/a ati,idade

    criadora e n5o alienante@ 3+sca orientar-se 0ela matriB 0edag9gica do tra3al.o como elemento

    central nessa forma45o) Por matriB 0edag9gica do tra3al.o entende-se 1+e a forma45o de,e 0artir

    do tra3al.o@ mas n5o de 1+al1+er tra3al.o) O tra3al.o como 0rincG0io ed+cati,o 2 o tra3al.o social)

    a1+ele ligado a 0rod+45o real@ 1+e 2 socialmente Jtil@ o+ tra3al.o concreto 0rod+tor de ,alor de

    +so)

    O tra3al.o na escola@ en1+anto 3ase da ed+ca45o@ de,e estar ligado aotra3al.o social@ a 0rod+45o real@ a +ma ati,idade concreta socialmente Jtil@sem o 1+e 0erderia se+ ,alor essencial@ se+ as0ecto social@ red+Bindo-se@ de+m lado@ a1+isi45o de alg+mas normas t2cnicas@ e@ de o+tro 0rocedimentosmetodol9gicos ca0aBes de il+strar este o+ a1+ele detal.e de +m c+rsosistem?tico) PI$TRAX@ %;;;@ 0) =L

    A 0artir do tra3al.o socialmente Jtil como elemento formador do ser .+mano 0ossi3ilita

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    ao ed+cando com0reender as rela4es sociais 1+e se esta3elecem no ato da 0rod+45o) Estas rela4es

    de,em faBer 0arte das disc+sses te9ricas 1+e se concretiBam em sala de a+la) Portanto@ o tra3al.o

    na escola integrado ao ensino como elemento central na forma45o do ser .+mano 0ossi3ilita a

    forma45o de s+/eitos n5o s9 crGticos@ a+tSnomos@ mas acima de t+do seres .+manos 1+e ten.am

    ca0acidade t2cnica e 0olGtica de inter,ir na realidade concreta 0ara transform?-la) E no caso daescola de forma45o de t2cnicos em agroecologia@ formar seres .+manos mais .+maniBados 1+e

    com0reendam a realidade do cam0o@ de como a sociedade de classes so3 a di,is5o do tra3al.o

    ro+3o+ do cam0ons a ca0acidade criadora e o alieno+ ao agroneg9cio dessa forma o des+maniBo+)

    !esse sentido a forma45o a 0artir da +ni5o do tra3al.o com o ensino 0ro0orcione a forma45o em

    todas as dimenses do ser .+mano@ 0ossi3ilitando 1+e este 0ossa contri3+ir /+nto aos cam0oneses a

    constr+45o de 0rocessos de 0rod+45o agroecol9gica 0ara se contra0or ao at+al 0aradigma de

    0rod+45o do ca0ital no cam0o)

    4, 5UNDAMENTAO TE6RI&A

    3.1- O trabalho como unidade teoria e prtica na formaohumana.

    Com0reender a rela45o ed+ca45o e tra3al.o@ tra3al.o man+al e tra3al.o intelect+al@

    rela45o teoria e 0r?tica) O+ mel.or@ como o tra3al.o contri3+i na forma45o do ser .+mano em

    tem0os em 1+e se an+ncia o fim da centralidade do tra3al.o na re0rod+45o da ,ida .+mana 2

    f+ndamental 0ara a efeti,a45o de +ma ed+ca45o escolar 0ara emanci0a45o .+mana) Para

    com0reender esta rela45o 3+scarei a f+ndamenta45o em Mar> e Engels e a+tores mar>istas tais

    como* PistraU@ "ramsci@ endramini "ritti@ Ri3eiro@ Frigotto@ X+enBer@ Manacorda@ $a,iani@ Tonet@

    "adotti@ M2sB?ros entre o+tros)

    O conceito de tra3al.o seg+ndo a ace045o mar>ista 2 a a45o do ser .+mano so3re a

    nat+reBa 0ara transformar esta em coisas Jteis 0ara satisfaBer s+as necessidades) O tra3al.o aomodificar a nat+reBa 0ara a 0rod+45o de coisas 0ara satisfaBer a necessidade do .omem tam32m

    0rod+B modifica4es nele 0r90rio) !esse sentido d? 0ara diBer 1+e o tra3al.o crio+ o 0r90rio

    .omem) O+ se/a@ !as 0ala,ras de Mar> tra3al.o 2*

    ))) +m 0rocesso de 1+e 0artici0am .omem e a nat+reBa) Processo em 1+e oser .+mano com s+a 0r90ria a45o@ im0+lsiona@ reg+la e controla se+intercam3io material com a nat+reBa) Defronta-se com a nat+reBa como +made s+as for4as) Pe em mo,imento as for4as nat+rais de se+ cor0o@ 3ra4os e

    0ernas@ ca3e4a e m5os@ a fim de a0ro0riar-se dos rec+rsos da nat+reBa@

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    im0rimindo-l.e forma Jtil ,ida .+mana) At+ando assim so3re a nat+reBae>terna e modificando-a ao mesmo tem0o modifica s+a 0r90ria nat+reBa)Desen,ol,e as 0otencialidades nela adormecidas e s+3mete ao se+ domGnioo /ogo das for4as nat+rais MARZ@ 0ode-se diBer 1+e e>iste +marela45o de origem entre tra3al.o e ed+ca45o) O+ se/a@ o ser .+mano foi se ed+cando no 0rocesso do

    tra3al.o) Portanto teoria e 0r?tica@ tra3al.o man+al e tra3al.o intelect+al@ tra3al.o e ed+ca45o

    nascem /+ntos)

    Para com0reender como o tra3al.o foi se config+rando no 0rocesso .ist9rico da

    e>istncia .+mana@ o+ se/a@ como o tra3al.o 1+e na s+a origem crio+ o 0r90rio .omem e 1+e no

    0rocesso .ist9rico da e>istncia .+mana foi se transformando em algo 1+e le,o+ e le,a o ser

    .+mano a des+maniBa45o@ 2 0reciso com0reender como a sociedade foi se constit+indo) Isto 1+erdiBer@ com0reender como os seres .+manos foram organiBando o 0rocesso 0rod+ti,o e

    esta3elecendo rela4es entre si e com a nat+reBa 0ara 0rod+Bir s+a e>istncia)

    !a sociedade 0rimiti,a em 1+e n5o .a,ia di,is5o de classes e nem di,is5o social e

    t2cnica do tra3al.o os .omens se ed+ca,am no e 0elo tra3al.o) Com o s+rgimento da sociedade de

    classes 1+e di,ide a sociedade entre 0ro0riet?rios e n5o 0ro0riet?rios dos meios de 0rod+45o@

    0rod+B-se a di,is5o do tra3al.o) O+ se/a@ de +m lado@ a classe 0ro0riet?ria dos meios de 0rod+45o

    1+e ,i,e fora do m+ndo do tra3al.o@ o+ mel.or@ ,i,e do tra3al.o al.eio come4a a criar es0a4os fora

    do 0rocesso 0rod+ti,o 0ara se ed+car@ cria-se a escola) Por o+tro lado@ a classe 1+e ,i,e do tra3al.o@

    a n5o 0ro0riet?ria@ contin+a se ed+cando no e 0elo tra3al.o) a sociedade de classes 1+e condiciona

    a se0ara45o do tra3al.o da ed+ca45o)

    A di,is5o do tra3al.o 1+e se inicia com a di,is5o se>+al do tra3al.o@ de0ois@ com a

    gera45o de e>cedentes a di,is5o ocorre entre a1+eles 1+e gestamQadministram e a1+eles 1+e

    realiBam o tra3al.o man+al) !este 0rocesso ,5o se constit+indo as classes sociais 1+e gera a di,is5o

    do tra3al.o em classes@ entre tra3al.o man+al e intelect+al@ 1+e 0er0assa a sociedade escra,ista@

    fe+dal e 3+rg+esa@ de0ois tam32m se e>0ressa n+ma di,is5o internacional do tra3al.o)

    Para efeti,a45o da di,is5o do tra3al.o@ o+ mel.or@ 0ara 1+e a di,is5o do tra3al.o

    0+desse se cons+mar era 0reciso se0arar os .omens entre os 1+e 0ensam o 0rocesso 0rod+ti,o e os

    1+e faBem acontecer) O+ se/a@ se0arar o tra3al.o intelect+al do man+al@ do 0ensar e faBer) !esse

    sentido a di,is5o do tra3al.o em man+al e intelect+al 0rod+B +m ser .+mano 0arcial 1+e n5o

    conseg+e mais com0reender o todo@ tornando-o +nilateral)

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    A di,is5o do tra3al.o s9 s+rge efeti,amente a 0artir do momento em 1+e seo0era +ma di,is5o entre o tra3al.o material e intelect+al) A 0rod+B 0artirdeste momento@ a conscincia 0ode s+0or-se algo mais do 1+e a conscinciada 0r?tica e>istente@ 1+e re0resenta a de fato 1+al1+er coisa sem re0resentaralgo de real MARZ E!"E#$) traordin?rio de ind+strialiBa45o isto

    condiciono+ a +m a+mento da di,is5o do tra3al.o)

    O a+mento da di,is5o do tra3al.o 0ro0icio+ a coo0era45o no 0rocesso de 0rod+45o) A

    di,is5o do tra3al.o e a incor0ora45o da mecaniBa45o no 0rocesso 0rod+ti,o necessita da

    coo0era45o) Esta no,a forma de organiBa45o do 0rocesso 0rod+ti,o a+menta a 0rod+ti,idade do

    tra3al.o@ assim como 0rod+B o .omem di,idido) Esta di,is5o se a0resenta como tra3al.o man+al e

    intelect+al) Manacorda referindo-se a Mar>*

    A di,is5o do tra3al.o condiciona a di,is5o dasociedade em classes e@ comela@ a di,is5o do .omem e como esta se torna ,erdeiramente tal a0enas1+ando se a0resenta como di,is5o entre tra3al.o man+al e tra3al.o mental@assim as d+as dimenses do .omem di,idido@ cada +ma das 1+ais +nilateral@s5o essencialmente as do tra3al.ador man+al@ o0er?rio@ e as do intelect+alMA!ACORDA@ %;

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    tra3al.ador 0arcial) Isto 1+er diBer 1+e este 0erde o con.ecimento so3re o todo do 0rocesso

    0rod+ti,o) O+ se/a@ o tra3al.ador 0arcial n5o mais conseg+e com0reender o 0or1+@ 0ara 1+e e 0ara

    1+em 0rod+B) !esse sentido@ ao n5o com0reender o 0rocesso de 0rod+45o o tra3al.o torna-se algo

    estran.o a ele) Em ,eB de ser a s+a a+torealiBa45o@ torna-se em algo 0enoso@ fadigoso) Em o+tras

    0ala,ras@ o tra3al.o 0erante os tra3al.adores 2 +m sacrifGcio@ +ma tort+ra@ algo al.eio a ele@ em ,eBde traBer satisfa45o traB insatisfa45o)

    O con.ecimento 0erdido so3re o 0rocesso de 0rod+45o 0or 0arte dostra3al.adores 0arciais se concentra no ca0ital@ com o 1+al se confrontam) +m 0rod+to da di,is5o man+fat+reira do tra3al.o se o0or-l.es as for4asintelect+ais do 0rocesso material de 0rod+45o como 0ro0riedade al.eia e

    0oder 1+e os domina) Esse 0rocesso de dissocia45o come4a na coo0era45osim0les@ em 1+e o ca0italista re0resenta em face dos tra3al.adoresindi,id+ais a +nidade e a ,ontade do cor0o social de tra3al.o) O 0rocesso

    desen,ol,e-se na man+fat+ra@ 1+e m+tila o tra3al.ador@ con,ertendo-o em0arcial) Ele se com0leta na grande indJstria@ 1+e se0ara do tra3al.o acincia como 0otncia a+tSnoma de 0rod+45o e a for4a a ser,ir ao ca0italMARZ@ E!"E#$ 0ro0ria do tra3al.ador o 0rod+to do tra3al.o) Ao

    efet+ar esta d+0la e>0lora45o do con.ecimento e do tra3al.o@ condiciona cada ,eB a +ma maior

    di,is5o de tra3al.o) Todos estes fatores le,am cada ,eB mais a +ma maior ac+m+la45o de ca0ital) O

    a+mento da di,is5o do tra3al.o 0or +m lado@ e 0or o+tro lado@ a ac+m+la45o do ca0ital@ 0rod+B +ma

    de0endncia cada ,eB maior do tra3al.ador 0ara com o ca0ital)

    Com a introd+45o da 0rod+45o mecaniBada e a in,en45o de t2cnicas de 0rod+45o e>ige

    +ma maior di,is5o do tra3al.o e ao mesmo tem0o sim0lifica o tra3al.o) O tra3al.o tornando-se

    mais sim0les e>ige cada ,eB menos +so das ca0acidades intelect+ais do tra3al.ador) Dessa forma

    transformando o tra3al.ador em a0ndice da m?1+ina) !esse sentido o tra3al.o de +so de

    ca0acidades es0irit+ais e fGsicas 2 transformado tra3al.o 0+ramente mecHnico) Em o+tras 0ala,ras o

    ca0ital transforma o tra3al.o em 0+ra ati,idade cor0oral em 1+e s9 se +sam os 3ra4os@ as 0ernas@ o

    cor0o 0ara s+a e>ec+45o) O+ se/a@ +m tra3al.o +nilateral)

    O acJm+lo do ca0ital a+menta a di,is5o do tra3al.o e a di,is5o do tra3al.oa+menta o nJmero de tra3al.adores m+t+amente@ o nJmero crescente detra3al.adores a+menta a di,is5o do tra3al.o e a di,is5o crescente intensificaa ac+m+la45o do ca0ital) Como res+ltado da di,is5o do tra3al.o@ 0or +mlado@ e da ac+m+la45o do ca0ital@ 0or o+tro@ o tra3al.ador torna-se mesmomais inteiramente de0endente do tra3al.o e de +m ti0o de tra3al.o

    0artic+lar@ demasiadamente +nilateral@ a+tom?tico) Por este moti,o@ assimcomo ele se , dimin+Gdo es0irit+al e fisicamente condi45o de +ma

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    m?1+ina e se transforma de ser .+mano em sim0les ati,idade a3strata e ema3dSmen MARZ@ %;;V@ 0)VL)

    Este ti0o de tra3al.o 0rod+Bido 0elo modo de 0rod+45o ca0italista 1+e al2m de se0arar

    tra3al.o intelect+al e man+al@ nega ao tra3al.ador a a0ro0ria45o do fr+to do se+ tra3al.o@ nega o

    direito de ele se re0rod+Bir en1+anto .+mano 0elo tra3al.o) Pois@ o sal?rio 1+e o ca0italista 0aga ao

    tra3al.ador ser,e 0ara se re0rod+Bir en1+anto tra3al.ador e n5o en1+anto ser .+mano) Al2m disso@

    cria +ma de0endncia deste tra3al.ador e de s+a famGlia em rela45o ao ca0ital@ 0ois se ficar

    desem0regado n5o tem a garantia a s+a re0rod+45o como tra3al.ador e nem como ser .+mano)

    Para Mar> %;;V@ o modo de 0rod+45o ca0italista transforma o tra3al.o em algo

    estran.o a si 0r90rio) Pois o tra3al.ador n5o se realiBa 0elo tra3al.o) Mas@ 0elo contr?rio@ o

    tra3al.o 2 algo 0enoso) !esse sentido so3 o modo de 0rod+45o ca0italista o tra3al.o 1+e no

    0rocesso .ist9rico da constit+i45o do .omem o .+maniBo+@ Engels

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    0arcial@ 1+e se0ara tra3al.o man+al e intelect+al@ necessita de +m o+tro es0a4o de ed+ca45o 1+e se

    c.ama de escola) Esta ed+ca45o se d? fora do 0rocesso de tra3al.o) !esse sentido no modo

    ca0italista a escola torna-se es0a4o 0rinci0al de ed+ca45o)

    O modo 1+e a sociedade se organiBa 0ara a 0rod+45o da ,ida 2 1+e condiciona o ti0o de

    ed+ca45o e o es0a4o onde ela toma como 0rinci0al) Como /? sa3emos 1+e nos di,ersos modos de

    0rod+45o cada +ma tin.a +m ti0o e +m es0a4o 0ri,ilegiado 0ara a ed+ca45o) !esse sentido 0ara

    com0reender a escola e como ela determina a ed+ca45o 2 0reciso .istoriciBar a escola e ol.ar as

    mJlti0las determina4es 1+e a config+raram no 0rocesso de s+a constit+i45o nos di,ersos modos de

    0rod+45o) Isto 1+er diBer@ ol.ar o desen,ol,imento da instit+i45o escolar no 0rocesso do

    desen,ol,imento .ist9rico da sociedade .+mana e 0erce3er como ela foi-se constit+indo e se

    distanciando ao m+ndo do tra3al.o at2 +m dado momento em 1+e ela se rea0ro>ima ao tra3al.o)

    $eg+ndo Manacorda

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    da,a-se de forma 0rinci0al no e 0elo tra3al.o) Era no es0a4o do tra3al.o onde a grande maioria das

    0essoas se ed+ca,a) O+ se/a@ o fil.o do artes5o@ o a0rendiB se ed+ca,a na oficina do artes5o /+nto ao

    0rocesso 0rod+ti,o) $eg+ndo Manacorda %;

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    tra3al.o alienado@ +nilateral@ des+maniBador@ 0rod+45o de mis2ria fGsica e es0irit+al) O tra3al.o

    tam32m cont2m as0ectos 0ositi,os a conten45o da 0ossi3ilidade a3sol+ta da ri1+eBa MARZ@ a0+d

    MA!ACORDA@ %;ec+tar a tarefa)

    !esse sentido 0ara com0reender a ed+ca45o de forma geral e a ed+ca45o escolar em

    0artic+lar 2 0reciso 3+scar com0reender a forma como se realiBa o tra3al.o so3 o modo de 0rod+45o

    ca0italista) Como ,imos acima o modo de 0rod+45o ca0italista@ come4ando 0ela man+fat+ra e se

    com0le>ificando so3 a grande indJstria condiciona a +ma maior di,is5o do tra3al.o) Esta di,is5o

    transforma o tra3al.ador em tra3al.ador 0arcial) Este 0rocesso cond+B a aliena45o do tra3al.ador

    diante do tra3al.o e do 0rocesso de 0rod+45o) Pois@ 2 a realidade social em 1+e o ser .+mano est?

    inserido@ o+ se/a@ a forma social da organiBa45o do tra3al.o e do 0rocesso de 0rod+45o 1+e

    determina a forma de 0ensar e de agir)

    O 0rimeiro 0ress+0osto de toda e>istncia .+mana 2 nat+ralmente ae>istncia de indi,Gd+os .+manos ,i,os) O 0rimeiro fato a constatar 2@ 0ois@a organiBa45o cor0oral destes indi,Gd+os e@ 0or meio disto@ s+a rela45o dadacom o resto da nat+reBa) `)))) Tal como os indi,Gd+os manifestam s+a ,ida@assim s5o eles) O 1+e eles s5o coincide@ 0ortanto com s+a 0rod+45o@ tantocom o 1+e 0rod+Bem@ como com o modo como 0rod+Bem) O 1+e os

    indi,Gd+os s5o@ 0ortanto@ de0ende das condi4es materiais de s+a 0rod+45o30

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    MARZ E!"E#$@ ista de +ni5o da ed+ca45o com tra3al.o na escola 2 a 0ossi3ilidade de

    formar o .omem 1+e com0reenda 1+e foi o tra3al.o 1+e o 0rod+Bi+) !esse sentido 0ermite ao ser

    .+mano com0reender o 0rocesso .ist9rico de s+a deforma45o) Em o+tras 0ala,ras@ como 1+e otra3al.o 1+e 0rod+Bi+ o .+mano@ so3 a sociedade de classes foi se des+maniBando 0ela di,is5o do

    tra3al.o) Isto 1+er diBer@ com0reender 1+e a di,is5o do tra3al.o foi 0rod+Bindo +ma sociedade de

    classes e esta so3 a di,is5o do tra3al.o entre tra3al.o man+al e tra3al.o intelect+al foi 0rod+Bindo

    +m .omem 0arcial@ +nilateral) O+ se/a@ b1+e foi a sociedade de classes fr+to da di,is5o do tra3al.o

    1+e di,idi+ a1+ilo 1+e +nido formo+ o ser .+mano@ tra3al.o man+al e tra3al.o intelect+al)

    A escola so3 a teoria mar>iana de ed+ca45o 0ossi3ilitar? tra3al.ar de forma +nida a1+ilo

    1+e o sociedade de classes se0aro+@ tra3al.o man+al e tra3al.o intelect+al) Isto 2@ trar? a

    0ossi3ilidade da forma45o do ser .+mano nas ,?rias de s+as dimenses@ fGsicas@ es0irit+ais e

    0olGticas) Esta escola ao tra3al.ar tra3al.o man+al e tra3al.o intelect+al como d+as faces da mesma

    coisa e n5o como o0ostos 1+e a sociedade de classe 1+e faBer 0arecer) O+ se/a@) O .omem ed+cado

    ao tra3al.o man+al e tra3al.o intelect+al como +ma +nidade dial2tica dar? elementos 0ara ele

    com0reender a sociedade de classes@ como ela no 0rocesso .ist9rico foi se constit+indo@ se

    transformando@ e@ dessa forma transformando o tra3al.o) Com0reender 1+e as formas de tra3al.o 2

    fr+to do 0rocesso .ist9rico das sociedades de classes 2 +m elemento f+ndamental 0ara secom0reender o tra3al.o .o/e so3 o at+al est?gio de desen,ol,imento do ca0italismo) !esse sentido

    a escola n5o m+da a1+ilo 1+e 2 0rod+Bido nas rela4es de 0rod+45o) Para se m+dar as rela4es de

    0rod+45o 2 necess?rio a l+ta re,ol+cion?ria da classe tra3al.adora) !essa 0ers0ecti,a com certeBa a

    escola tem +ma f+n45o im0ortante 1+e 2 a de formar as conscincias dos .omens da necessidade de

    re,ol+cionar as rela4es de 0rod+45o 0ara 1+e ele 0ossa se 0rod+Bir como ser .+mano) Pois o

    .+mano est? na +ni5o do tra3al.o man+al com tra3al.o o intelect+al) Isto s9 ser? ,erdadeiramente

    0ossG,el n+ma sociedade sem classes) Pois na sociedade de classes fr+to da di,is5o do tra3al.o@ a31

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    se0ara45o do tra3al.o man+al do intelect+al 2 0arte integrante@ 2 essencial) $em a di,is5o do

    tra3al.o e com ele o .omem 0arcial@ +nilateral@ deformado@ des+mano@ a sociedade de classes n5o

    s+3siste) O .omem omnilateral@ emanci0ado@ com0leto@ s9 ser? 0ossG,el n+ma sociedade sem

    classes) !esse sentido seg+ndo Mar> a3+d Manacorda %; 0licitamente

    ideol9gicas 0or ela com0ortada@ mas tam32m 0ela cria45o de +m marco em 1+e a aliena45o da for4a

    de tra3al.o 2 ,isto com algo nat+ral@ e@ ainda@ 0or 1+e ela re0rod+B a di,is5o do tra3al.o 1+e 2

    necessidade da di,is5o da sociedade em classes) !este sentido@ 0ara 1+e a ed+ca45o 0osa ser

    instr+mento na l+ta 0ela emanci0a45o .+mana 1+e +ltra0asse os limites da emanci0a45o social

    torna-se necess?rio de alg+ma forma m+dar a estr+t+ra organiBacional da escola) !esse sentido n5o3asta m+dar os conteJdos c+rric+lares da escola@ 0ois a forma de organiBa45o do tra3al.o escolar

    ed+ca de certa forma m+ito mais do 1+e os com0onentes c+rric+lares) Pois seg+ndo Mar> %;;%

    n5o 2 conscincia 1+e determina o ser social@ mas 0elo contr?rio 2 o ser social 1+e determina a

    conscincia)

    A forma45o omnilateral como necessidade 0ara emanci0a45o .+mana 0ro0osta 0or

    Mar> idem e "ramsci %;;

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    conce045o da ,ida e do .omem@ ,erifica-se +m 0rocesso de 0rogressi,adegenerescncia* as escolas de ti0o 0rofissional@ isto 2@ 0reoc+0adas emsatisfaBer interesses 0r?ticos imediatos@ 0redominam so3re a escolaformati,a@ imediatamente desinteressada) O as0ecto mais 0arado>al resideem 1+e este no,o ti0o de escola a0arece e 2 lo+,ado como democr?tico@1+ando na realidade@ n5o s9 2 destinado a 0er0et+ar as diferen4as sociais@

    como ainda a cristaliB?-las em formas c.inesas "RAM$CI@ ige 1+e se l.es d distintas formas e 1+antidades deed+ca45o) Ao mesmo tem0o@ essa im0ossi3ilidade re,ela@ mais +ma ,eB@ aingen+idade das 0ro0ostas 1+e 0retendem resol,er@ atra,2s da escola@

    0ro3lemas 1+e s5o estr+t+rais nas sociedades ca0italistas) !este sentido@ aescola 3rasileira@ antes de resol,er a dicotomia ed+ca45oQtra3al.o no se+interior@ referenda@ atra,2s do se+ car?ter seleti,o e e>cl+dente@ estase0ara45o@ 1+e 2 +ma das condi4es de so3re,i,ncia das sociedadesca0italistas@ +ma ,eB 1+e determinada 0ela contradi45o f+ndamental entreca0ital e tra3al.o X(E!]ER@

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    intelect+al@ de modo a formar todos os seres .+manos como dirigentes o+ com ca0acidade de serem

    dirigentes)

    !esse sentido@ no 0ensamento de "ramsci a constr+45o da escola +nit?ria tin.a 0or

    finalidade a forma45o da classe tra3al.adora 0ara a constr+45o de +ma no,a c+lt+ra se contra0ondo

    a c+lt+ra 3+rg+esa)

    O desafio era o de 0ensar +ma escola socialista@ 1+e artic+lasse ensinot2cnico-cientGfico ao sa3er .+manista) Esta seria +ma c.a,e 0ara 1+e ostra3al.adores 0+dessem 0erseg+ir a s+a a+tonomia e desen,ol,er +ma no,ac+lt+ra@ antagSnica 1+ela da 3+rg+esia) A l+ta dos tra3al.adores 0aragarantir e a0rof+ndar a c+lt+ra e 0ara se a0ro0riar do con.ecimento@ trariaconsigo o esfor4o e o em0en.o 0ara asseg+rar a s+a a+tonomia em rela45oaos intelect+ais da classe dominante e ao se+ 0oder des09tico ROIO@ %;;V@

    0) =

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    totalidade se d? 0elo fato de e>istir a contradi45o entre o disc+rso e a realidade o3/eti,a) O+ se/a@ o

    a,an4o do desen,ol,imento das for4as 0rod+ti,as 1+e a 0ossi3ilitam a s+0era45o da se0ara45o

    tra3al.o man+al e intelect+al@ acesso a todos dos 3ens 0rod+Bidos e +ma ed+ca45o emanci0a45o

    .+mana s5o im0edidos@ tra,ados 0elas rela4es sociais 3aseados na 0ro0riedade 0ri,ada) Esta

    contradi45o decorre da contradi45o ca0ital tra3al.o 0resente no modo de 0rod+45o ca0italista)

    !esse sentido*

    Cont+do@ o 0leno desa3roc.ar dessas 0ossi3ilidades 2 3lo1+eado e0er,ertido 0elas rela4es sociais f+ndada na 0ro0riedade 0ri,ada) ale diBer@a di,is5o social do tra3al.o 2 intensificada o acesso a ed+ca45o 2 cada ,eBmais dific+ltado os 0r90rios conteJdos s5o cada ,eB mais fragmentados ealienados o 0rocesso ed+cati,o 2 sem0re mais s+3metido s regras domercado) Disso t+do res+lta +ma forma45o dos indi,Gd+os cada ,eB mais+nilateral@ deformada e em0o3recida) Destaca-se@ 0or2m@ 1+e isto se d? ao

    mesmo tem0o em 1+e se torna sem0re mais am0lo o fosso entre a realidadee o disc+rso) En1+anto a1+ela ,ai no sentido da fragmenta45o@ da o0osi45oentre os indi,Gd+os@ da g+erra de todos contra todos@ da e>cl+s5o social@ doa+mento das desig+aldades sociais@ este intensifica o a0elo 0or +maed+ca45o .+manista@ solidaria@ integral@ cidad5 democr?tica e 0artici0ati,aTO!ET@ %;;&@ 0)0lora a for4a de tra3al.o) Caso contr?rio o

    disc+rso mostra 1+e cada ,eB menos se com0reende a rela45o da ed+ca45o com a forma 1+e a

    sociedade se organiBa 0ara 0rod+Bir s+a e>istncia) !esse sentido 0odemos ,er*

    Ora@ este disc+rso n5o s9 n5o 2 +ma forma correta de faBer frente aosas0ectos des+maniBadores do ca0italismo at+al@ como 2 m+ito mais +msintoma do ag+do e>tra,io da conscincia) Ao nosso ,er@ ele est? a indicar1+e a conscincia n5o com0reende mais a l9gica do 0rocesso social e 0orisso onde se encontra a matriB dele) Est? a indicar tam32m 1+e admite 1+e os+/eito n5o tem condi4es de atacar as 3ases materiais@ 1+e s5o of+ndamento da socia3ilidade@ limitando-se a a0ontar o dedo ac+sador 0araos se+s efeitos) O res+ltado 2 1+e 1+anto menos com0reendida e atacada arealidade 0r?tica des+maniBadora@ tanto mais forte o disc+rso dito.+manista@ critico@ etc) idem

    Para 1+e a ed+ca45o 0ossa se constit+ir como instr+mento da emanci0a45o .+mana

    necessita 1+e se com0reenda 1+e a dissocia45o entre a 3ase material de 0rod+45o da ,ida e a

    ed+ca45o 0recisa ser s+0erada) !5o com0reender 1+e a ed+ca45o so3 a sociedade 3+rg+esa 2

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    instr+mento de nat+raliBar a sociedade de classes e a di,is5o do tra3al.o e dessa forma ser

    instr+mento do ca0ital 0ara a re0rod+45o ideol9gica dessa sociedade 2 contri3+ir 0ara man+ten45o

    da sociedade des+maniBada)

    !esse sentido 2 f+ndamental com0reender 1+e a ed+ca45o e tra3al.o@ seg+ndo Frigotto

    %;;V@ nascem /+ntos@ 0ortanto tem +ma rela45o de identidade) Esta rela45o de identidade se rom0e

    com o s+rgimento da sociedade de classes) Ao rom0er a identidade entre tra3al.o e ed+ca45o na

    sociedade de classes em 1+e a0arece a di,is5o do tra3al.o e com isso ,ai se se0arando tam32m

    tra3al.o man+al e intelect+al) Dessa forma 0rod+Bindo +m ser .+mano alienado e des+maniBado)

    Como ,imos anteriormente 0ara 1+e a ed+ca45o 0ossa ser ferramenta 1+e contri3+a na

    s+0era45o da dissocia45o entre tra3al.o man+al e intelect+al 2 mister com0reender 1+e a ed+ca45o

    n+ma sociedade de classes 2 instr+mento 0ara contri3+ir na re0rod+45o da sociedade de classes)

    Mas 0or o+tro lado@ como a l+ta de classes tam32m se e>0ressam no interior da escola@ a3rem-se

    0ossi3ilidades de introd+Bir ati,idades 1+e 0ossam +nir tra3al.o man+al e intelect+al no sentido da

    emanci0a45o .+mana)

    !essa 0ers0ecti,a 0retendo analisar a ed+ca45o na forma45o 0rofissional do t2cnico em

    agro0ec+?ria com nfase em agroecologia na escola %& de maio) Com0reendendo a ed+ca45o como

    car?ter contradit9rio@ o+ se/a@ como instr+mento de man+ten45o da sociedade de classes@ assim

    como instr+mento de contri3+i45o 0ara s+0era45o da sociedade de classes)

    A escola de forma45o 0rofissional 1+e dese/a formar t2cnicos em agroecologia 1+e

    0ossam contri3+ir no 0rocesso de constr+45o de 0rocessos agroecol9gicos@ se contra0ondo

    agric+ltora do agroneg9cio@ 2 necess?rio 1+e ela incor0ore s+a 0edagogia o tra3al.o como

    0rincG0io ed+cati,o) !este sentido@ o tra3al.o 1+e 0rod+Bi+ o ser .+mano ao se incor0orar na escola

    como 0rincG0io ed+cati,o 0oder? de,ol,er ao ser .+mano a ca0acidade criadora 1+e a sociedade de

    classes so3 a di,is5o do tra3al.o ro+3o+) Esta de,ol+45o 2 necess?ria 1+ando se 0ensa na forma45o

    0ara emanci0a45o .+mana) A de,ol+45o s9 ser? 0ossG,el se +nirmos tra3al.o e ed+ca45o)

    Como Mar> o3ser,a,a ^ a com3ina45o do tra3al.o 0rod+ti,o com oensino@ desde +ma tenra idade@ 2 +mdos mais 0oderosos meios detransforma45o da sociedade at+al) O tra3al.o constit+i ,alioso instr+mentode forma45o moral e fGsica@ al2m de ser,ir de moti,a45o 0ara a forma45ot2cnico-cientGfica e c+lt+ral@ desen,ol,endo o sentido da res0onsa3ilidadesocial "ADOTTI@ re0rod+Bido 0or "adotti 0odemos 0erce3er 1+e a +ni5o entre tra3al.o

    e ed+ca45o est? colocada em dois sentidos) O 0rimeiro o tra3al.o como 0rincG0io ed+cati,o e o

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    seg+ndo como 0rincG0io 0edag9gico) O+ se/a@ 1+ando fala 1+e a +nidade entre tra3al.o e ed+ca45o

    2 meio de transforma45o social e instr+mento de forma45o moral e fGsica com0reende-se 1+e esta

    +nidade de,ol,e ao ser .+mano o tra3al.o como ati,idade criadora@ e@ 0ortanto@ .+maniBador) W+e

    0ossi3ilita a com0reens5o do tra3al.o so3 a sociedade de classes e a di,is5o do tra3al.o como

    alienador e des+maniBador) Dessa forma 0ara 1+e .a/a +m 0rocesso de .+maniBa45o edesaliena45o do tra3al.o 2 0reciso constr+ir o+tra sociedade em 1+e n5o .a/a a di,is5o do

    tra3al.o) $ociedade onde o ser .+mano 0ossa ass+mir o tra3al.o como 0rod+tora de coisas +teis

    0ara satisfaBer s+as necessidades e ao mesmo tem0o 1+e se 0rod+Ba mais .+mano) $eg+ndo

    "adotti iste alg+ma

    rela45o@ a 0artici0a45o dos est+dantes) !esses dias 1+e fi1+ei na escola 0+de o3ser,ar como 1+e osest+dantes 0erce3em o tra3al.o do cotidiano como lim0ar o refeit9rio@ o alo/amento@ as salas de

    a+la@ recol.er o li>o@ tratar os animais@ orden.ar as ,acas@ etc) 0artici0ei de re+nies de !'s@ nessas

    re+nies o3ser,ei de 1+e forma o tra3al.o en1+anto +nidade dial2tica de teoria e 0r?tica a0arece nas

    disc+sses de 1+e forma o 0lane/amento 2 ,isto como 0arte do tra3al.o 0artici0ei do encontro de

    socialiBa45o das disc+sses dos !'s em con/+nto com re0resentantes do gr+0o orgHnico da escola

    0artici0ei de re+nies do gr+0o orgHnico em 1+e fi1+ei atento 0ara o3ser,ar de 1+e forma a0arecem

    a 1+est5o da +nidade teoria e 0r?tica nas ati,idades 0ro0ostas 0ela escola@ tais como* 0artici0a45o da37

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    feira de cincia organiBada 0ela "erencia Regional de Ed+ca45o de ideira $C em 1+e a Escola %&

    de Maio 0artici0o+ com dois est+dantes do ensino m2dio) A 0artici0a45o do desfile de sete de

    setem3ro@ al2m de como a escola tra3al.a a rela45o teoria e 0r?tica nas disc+sses da a+to-

    organiBa45o dos est+dantes) O+tra 1+est5o o3ser,ada 2 de 1+e forma 2 feita o acom0an.amento dos

    est+dantes 0elos 0rofessores residentes)

    Em rela45o aos as0ectos o3ser,ados ainda 1+e de forma m+ito 0reliminar 0osso diBer

    1+e as disci0linas de lGng+a 0ort+g+esa e filosofia tratam a 1+est5o do con.ecimento de forma

    a3strata) !as a+las de lGng+a 0ort+g+esa a 0rofessora tra3al.o+ o conteJdo so3re os ti0os de te>to) E

    so3re isso tra3al.o+ a 0oesia) Ela encamin.o+ os est+dantes no la3orat9rio de inform?tica 0ara

    0es1+isar so3re a 0oesia nos diferentes 0erGodos .ist9ricos) !a a+la de filosofia o 0rofessor

    tra3al.o+ a 1+est5o da c+lt+ra como 0rocesso .ist9rico@ mas di,orciado da realidade de .o/e@

    faBendo nen.+ma rela45o com a c+lt+ra cam0onesa@ o m2todo +sado 0elo 0rofessor foi de escre,er+m te>to no 1+adro e de0ois e>0lico+) Em rela45o a+la de to0ografia o 0rofessor tra3al.o+ so3re o

    conteJdo de localiBa45o) !esse sentido ele escre,e+ o conteJdo no 1+adro e 0osteriormente feB a

    e>0lica45o) Em todas as a+las 1+e 0artici0ei 0erce3e+-se@ 0elo fato do conteJdo ser tra3al.ado de

    forma a3strata o est+dante fico+ +m 0o+co distante da1+ilo 1+e o 0rofessor esta,a tra3al.ando@ O+

    se/a@ .o+,e certa distra45o dos est+dantes) O 1+e de certa forma limita a 1+est5o de +ma artic+la45o

    do te9rico do 0r?tico e de 1+e a maiorias das a+las t2cnicas acontecerem noite)

    O es0a4o em 1+e .? maior 0artici0a45o dos est+dantes 2 nos !'s) !esse es0a4o e>iste

    +ma maior disc+ss5o acerca do 0r?tico e dessa ,eB se distanciando do te9rico) O+ do te9rico se

    distanciando do 0r?tico@ o+ se/a@ nos !'s disc+te-se a 0lane/amento das ati,idades 0r?ticas 1+e os

    est+dantes 0recisam e>ec+tar) Perce3e-se 1+e nesse es0a4o a disc+ss5o 0arte mais so3re o 0r?tico do

    como faBer) Mas mesmo assim .? +ma a0ro>ima45o da teoria com a 0r?tica) Pois no momento 1+e

    disc+tem o 0lane/amento .? +ma necessidade maior de se 0ensar o 0r?tico) Mas 0or o+tro lado

    0erce3e-se certa falta de iniciati,a 0or 0arte dos est+dantes) Isto est? 0resente 1+ando os est+dantes

    disc+tem o 0lane/amento@ mesmo tendo a+tonomia em 0ro0or coisas diferentes da1+ilo 1+e ,emencamin.ado 0elo gr+0o orgHnico@ os est+dantes aca3am aceitando a1+ilo 1+e ,em da Escola) Isto

    1+e de,eria ser +m 0onto de 0artida da disc+ss5o aca3a se tornando o 0onto de c.egada)

    A 0artir da min.a con,i,ncia d+rante +ma semana /+nto com os est+dantes 0erce3i1+e

    os est+dantes tem dific+ldade de en>ergar o tra3al.o 1+e 0recisa ser feito) (m tra3al.o necess?rio e

    sim0les de se faBer 1+e a0arentemente n5o necessite de m+ito esfor4o fGsico e 1+e n5o traB

    a0rendiBados no,os) Como 0or e>em0lo@ a lim0eBa do alo/amento) Por1+e seg+ndo o regimento

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    interno do +so coleti,o do alo/amento entre as normas est? lim0ar o alo/amento todos os dias) Para

    os est+dantes 0oderem c+m0rir com o regimento interno do alo/amento .? necessidade de alg+2m

    sem0re co3rar) Isto acontece com o+tros tra3al.os sim0les como o caso de arr+mar a cama ao

    le,antar@ o3ser,o+-se 1+e 3oas 0artes dos est+dantes n5o arr+mam a cama@ a n5o ser 1+ando

    co3rados) Mesmo assim faBem de forma r?0ida e sem m+ito Belo) Con,ersando com alg+nsest+dantes de forma informal e isto tam32m a0arece+ na entre,ista com +m est+dante@ eles tem a

    ,is5o 1+e tra3al.o 3om 2 a1+ele 1+e traB retorno financeiro@ o+ 1+e 0ossi3ilitam no,os

    a0rendiBados) A1+ele tra3al.o 1+e n5o tem rem+nera45o e n5o 0ossi3ilita no,os a0rendiBados 2 +m

    tra3al.o n5o m+ito 3om de faBer@ al2m de n5o 0ossi3ilitar no,os con.ecimentos ele s9 traB canseira)

    Este ti0o de tra3al.o 2 considerado +m tra3al.o 1+e n5o traB satisfa45o) !ecessita de +ma an?lise a

    0artir da f+ndamenta45o te9rica e da 0edagogia socialista

    !as entre,istas 1+e realiBei com o 0rofessor na ?rea t2cnica@ 0ode-se 0erce3er 1+e otra3al.o 2 ,isto m+ito mais como instr+mento did?tico de com0ro,a45o do a0rendiBado o+ de

    a0render mel.or@ e n5o como instr+mento 0edag9gico@ +ma ati,idade te9rico-0r?tica no sentido da

    forma45o .+mana) o+ transcre,er 0arte da entre,ista de +m 0rofessor onde 0erg+ntado so3re o 1+e

    seria o tra3al.o na escola@ assim ele se referi+*

    Tra3al.o 0ra mim 2 +ma a45o 1+e ,oc faB a 0artir de t+a for4a@ 0arae>ec+tar +ma tarefa) !o Hm3ito da escola seria +m 0o+co diferente) Otra3al.o ele ,eria mais 0ara +ma 1+est5o de fortalecer a1+ilo 1+e eles temda teoria n2) Ent5o a 0r?tica ,ai a/+dando@ no caso no c+rso t2cnico emagroecologia 0or e>em0lo) $e eles for l? e>ercitar +m moc.amento de +manimal n2@ 1+e 2 +ma ati,idade 0r?tica de +m tra3al.o@ eles ,5o aca3artendo mais certeBa da1+ilo 1+e est5o faBendo do 1+e s9 sim0lesmentee>0licar em sala de a+la como 2 feito o moc.amento) Tra3al.o 2 +ma for4a1+e +ma 0essoa faB 0ara e>ercer +ma ati,idade 0rofessor)

    $e analisarmos a res0osta do 0rofessor so3re o 1+e ele com0reende ser o tra3al.o na

    escola@ so3 a l+B da 0edagogia socialista@ onde o tra3al.o 2 com0reendido como +nidade dial2tica

    entre o 0ensar e faBer@ o+ se/a@ +nidade do tra3al.o man+al e tra3al.o intelect+al@ o+ ainda a rela45o

    da 0r?tica com a teoria@ 0ode-se se 0erg+ntar ser? 1+e a ,is5o desse 0rofessor 2 de +m tra3al.o

    +tilitarista e +m elemento 0ara com0ro,ar a teoria na 0r?tica (tilitarista em dois sentidos@ 0rimeiro

    no sentido de ser Jtil 0ara 0rod+Bir algo@ seg+ndo 2 Jtil na ,erifica45o da teoria na 0r?tica) Parece-

    me 1+e a com0reens5o so3re o tra3al.o 2 +ma ,is5o +nilateral) Trans0arece +m limite no sentido da

    com0reens5o do todo) O+ se/a@ com0reender o tra3al.o na rela45o teoria e 0r?tica e ,ice ,ersa) Em

    o+tras 0ala,ras ser? 1+e e>iste +ma incom0reens5o do tra3al.o 0r?tico como algo 1+e 0oder?

    fec+ndar a teoria O+ se/a@ ,er a 0r?tica como instr+mento de 0rod+Bir no,as teorias) !esse sentido

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    torna-se im0ortante com0reender a 0r?tica nas ati,idades 0edag9gicas e s+a rela45o com a teoria)

    O+ se/a@ 2 0r?tica dialogando com a teoria e teoria dialogando com a 0r?tica) nessa rela45o

    dial2tica entre teoria e 0r?tica 1+e se 0rod+B o no,o)

    O+tra tarefa 1+e fiB nessa ,isita a escola foi faBer +m le,antamento 0r2,io de

    doc+mentos 0rod+Bidos 0ela escola) Entre os doc+mentos 1+e ti,e acesso foram as atas do consel.o

    escolar desde a f+nda45o da escola) O PPP@ 0lane/amento an+al do ano de %;o) Entre,istei +m 0rofessor na ?rea t2cnica e dois est+dantes@ +m matric+lado no ano

    de %;

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    MARZ@ Xarl) Ma3us./itos E.o3F;i.os 5i-osBi.os*$5o Pa+lo* Martin Claret@ %;;V)

    ----------* O &apita-) ol)

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    ), ANEJOS

    ROTEIRO DE E!TREI$TA)

    Roteiro 0ara dire45o da Escola e 0rofessores*

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    - W+al o m2todo de acom0an.amento 0or 0arte da escola do tra3al.o dos ed+candos no

    Tem0o Com+nidade

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    ilia no a0rendiBado

    em0los@ o+ descre,e-lo

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