Projecto de Dispositivos e Redes de Sistemas Logísticos · trabalho, estudar o modo como é...

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Instituto Superior Técnico Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial Projecto de Dispositivos e Redes de Sistemas Logísticos Handling valuable and dangerous goods Realizado por: Mª Helena Macieira Nº 54090

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Instituto Superior Técnico

Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial

Projecto de Dispositivos e Redes de Sistemas Logísticos

Handling valuable and dangerous goods

Realizado por:

Mª Helena Macieira Nº 54090

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Índice Pág.

Objectivo 2

Introdução 2

- Transporte de mercadorias perigosas 2 - Transporte de mercadorias valiosas 4

Necessidade de tecnologias de segurança 4

Descrição das Tecnologias 6

- GPS- Global Positioning System 6 - GSM- Global System for Mobile communications 7 - Triangulação via GSM 9 - GPRS - General Packet Radio Service 9 - Cartografia 10 - Balizas virtuais 10 - DataDot 12 - RFID - Identificação por Rádio Frequência 14 - Sensores de movimento 15 - Sensores de carga para controlo do peso de veículos 15

Aplicação de tecnologias 16

- Aplicação a transportes ferroviários 16 - Aplicação a transportes rodoviários 17

Solução balizas virtuais + cartografia 17 Solução GPS + GPRS 18 Solução RFID 19 Solução DataDot 20

Limitações 22

Exemplo em Portugal 23

Conclusão 25

Sugestões / trabalhos futuros 26

Bibliografia 27

Anexos 28

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Objectivos

No âmbito da disciplina de Dispositivos e Redes de Sistemas Logísticos pretende-se, neste

trabalho, estudar o modo como é efectuado o transporte de mercadorias valiosas e perigosas,

assim como as tecnologias usadas para o efeito. Dá-se ênfase ao transporte via terrestre, em

especial ao transporte rodoviário. Tem-se o objectivo de seguir o produto a transportar desde o

emissor, durante o transporte e até estar entregue com segurança ao receptor.

Introdução

• Transporte de Mercadorias Perigosas

Com o novo conceito de globalização a estar cada vez mais presente na indústria e devido ao

facto da cadeia logística se tornar mais complexa, originando a necessidade cada vez maior de

transportar produtos de uns locais para outros é essencial garantir o transporte seguro de todo o

tipo de matérias, mais concretamente o transporte de mercadorias perigosas.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, o trânsito rodoviário de mercadorias

perigosas em Portugal constitui cerca de 10 % da totalidade de mercadorias transportadas.

São mais de 60 grupos de matérias, com incidência para os combustíveis líquidos (gasolina,

gasóleo…) e gasosos (propano e butano).

O transporte de mercadorias perigosas tem requisitos que dizem respeito às empresas e ao tipo

de material que é transportado. Existe uma série de condições de segurança que têm de ser

cumpridas por parte dos expedidores e dos proprietários dos veículos, sem esquecer os

fabricantes de embalagens, grandes recipientes para granel (cisternas) e veículos.

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A necessidade de prevenir riscos específicos associados à condução dos veículos de transporte

de mercadorias perigosas levou à obrigatoriedade da formação adequada dos condutores de

veículos que transportam estas matérias. Em anexo encontra-se descrito o processo de obtenção

de Certificação de Condutores de Mercadorias Perigosas.

Na UE este tipo de transporte representa 8% do transporte total de mercadorias. Todos os anos

são transportadas na UE 110 mil milhões de toneladas-km de mercadorias perigosas por ano,

veja-se na imagem em baixo a distribuição conforme via de transporte:

Apesar de se verificar uma diminuição gradual do transporte ferroviário, o volume de

mercadorias perigosas transportadas por via rodoviária e por via navegável interior tem vindo a

aumentar. Os acidentes que envolvem este tipo de mercadorias podem ter efeitos extremamente

nefastos para os cidadãos.

Via rodoviária

58%

Via férrea

25%

Via

navegável

Interior

17%

Meio de transporte de mercadorias

perigosas na UE

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• Transporte de mercadorias valiosas

No transporte de mercadorias valiosas também há uma série de requisitos a cumprir. A

segurança tem de ser um ponto-chave, desde a recolha do bem em questão, o seu transporte e a

entrega no respectivo destinatário.

No que diz respeito ao transporte, consoante os níveis de segurança exigidos, as viaturas têm de

estar equipadas de modo a satisfazer as necessidades. Os próprios condutores devem ser

formados e adequadamente seleccionados para os desafios da actividade.

Deve haver uma série de requisitos , tais como registo e reportar directamente ao cliente através

de modernos sistemas de processamento de valores, que serão desenvolvidos ao longo deste

relatório.

Assim sendo, algo que é comum e extremamente essencial, quer no transporte de mercadorias

perigosos quer valiosas, é a segurança. Pois um erro neste tipo de sistema pode revelar-se fatal.

Necessidade de tecnologias de segurança

Com o aumento crescente da criminalidade é normal que se exija cada vez mais serviços

especializados, de valor acrescentado. Isto contribui para a profissionalização do mercado,

oferecendo um incentivo para especializar a sua oferta de serviços.

Com a aplicação das tecnologias que serão explicadas neste trabalho pretende-se diminuir casos

como os descritos de seguida.

Veja-se exemplos recentes em que as condições de segurança não foram as suficientes, e

perderam-se muitos valores, por exemplo: O mediático assalto a uma carrinha de transporte de

valores da Prosegur, com recurso a explosivos, onde se terão perdido cerca de três milhões de

euros.

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“O assalto terá sido cometido por um grupo de cinco indivíduos, em princípio com informação

privilegiada, sendo que as suspeitas recaem sobre franceses e italianos, entre outros (…) Existe,

igualmente, a suspeita de terem treino militar Durante o assalto foram disparados 14 tiros com

munições militares. Nenhum dos projécteis penetrou na viatura, cuja blindagem (A50) é das

mais elevadas. Foram, então, utilizados explosivos plásticos, do tipo C4, para abrir as portas

traseiras, por onde foi retirado o dinheiro”. Veja-se o estado em que ficou a viatura:

Imagem: Viatura após assalto com explosivos Fonte: ww1.rtp.pt/.../360797/carrinha_prossegur.jpg

Ou mesmo no caso do transporte marítimo, na costa da Somália que é constantemente vitima de

assaltos.

“O Sirius Star, um super-petroleiro com 332 metros de comprimento, foi desviado na costa do

Quénia, a sul da Somália. O navio transportava dois milhões de barris de petróleo, avaliados em

mais de 100 milhões de dólares, e está agora ancorado ao largo da Somália. No petroleiro

encontram-se vários piratas e 25 tripulantes de várias nacionalidades, incluindo 19 filipinos,

dois britânicos, dois polacos, um croata e um saudita”

Ao longo deste trabalho vou descrever algumas tecnologias que providenciam melhores

requisitos de transporte quer de mercadorias valiosas, quer de perigosas. E muitas dessas

tecnologias podem e devem ser utilizadas no transporte dessas mercadorias, isoladamente ou em

conjunto.

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Descrição das Tecnologias

• GPS- Global Positioning System

O Sistema de Posicionamento Global é um sistema de posicionamento geográfico que nos dá as

coordenadas de um lugar na Terra, desde que tenhamos um receptor de sinais de GPS. O

sistema GPS foi criado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América, para uso

exclusivo militar. Nos dias de hoje é aberto para uso civil gratuito.

O sistema consiste em 28 satélites sendo 4 sobressalentes em 6 planos orbitais. Cada um dá a

volta à Terra duas vezes por dia. Em cada ponto da Terra estão sempre visíveis quatro satélites e

com os diferentes sinais desses quatro satélites o receptor GPS calcula a latitude, longitude e

altitude do lugar onde se encontra.

Assim, pode dizer-se que a infra-estrutura tecnológica associada ao sistema GPS é constituída

por três sub-sistemas:

1-Sub-sistema de satélites --- segmento aéreo. 2-Sub-sistema de controlo --- segmento terrestre. 3-Sub-sistema do utilizador. 1- O subsistema de satélites que é, então, constituído pelos 24 satélites.

2- O subsistema de controlo é constituído por várias estações terrestres. A informação é

transmitida para as estações terrestres, onde são observadas as trajectórias dos vários satélites

GPS e é actualizado com grande precisão o tempo. Posteriormente, o sistema informático em

cada um dos satélites recalcula e corrige a sua posição absoluta e é enviada para a Terra.

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3- O subsistema do utilizador é constituído por um receptor de rádio com uma unidade de

processamento capaz de descodificar em tempo real a informação enviada por cada satélite e

calcular a posição. Cada satélite envia sinais de características diferentes em intervalos de 30 em

30 segundos e de 6 em 6 segundos. Na informação enviada pelos satélites estão envolvidas

técnicas matemáticas que permitem recuperar a informação perdida na transmissão devido a

más condições atmosféricas. No entanto não é suficientemente preciso para situações que

necessitam de grande precisão, como por exemplo aterragem de aviões.

• GSM- Global System for Mobile communications

No entanto, o GPS não é o suficiente, tem que haver uma maneira de transmitir informação

como é óbvio. Assim, um bom método para isso, apesar de algumas limitações é o sistema

GSM. É uma tecnologia de comunicação móvel digital que permite roaming entre muitas redes

de diferentes países garantindo a comunicação com os veículos.

O GSM funciona em sistema digital, quer a nível do sinal quer a

nível da transmissão de voz, assim sendo é visto como um método

de segunda geração (2G). A capacidade de estar em todos os

lugares ao mesmo tempo faz com que o roaming internacional

seja muito comum através de "acordos de roaming" entre

operadoras móveis.

Arquitectura da rede GSM

Uma rede GSM é constituída por três elementos: o terminal, a estação - base (BSS) e o

subsistema de rede ou nó. Adicionalmente existem centros de operação estabelecidos pelas

operadoras, de forma a monitorizarem o estado da rede.

Imagem: Arquitectura GSM Fonte: http://www.telemoveis.com/articles/item.asp?id=57#1

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Legenda:

TRX: Transceiver EIR: Equipment Identity Register

MS: Mobile Station AC: Authentication Center

SIM: Subscriber Identity Module HLR: Home Location Register

BTS: Base Transceiver Station BSC: Base Station Controller

MSC: Mobile services Switching Center VLR: Visitor Location Register

ISDN: Integrated Services Digital Network PTSN: Public Switched Telephone Network

SMSC: Short Message System Center

De modo a identificar o utilizador dentro da rede, cada estação móvel contém um cartão SIM. O

SIM pode ser protegido contra uso indevido através de um código (o PIN) que é necessário

marcar cada vez que se liga o telemóvel. Existe ainda um número que identifica cada terminal

individualmente, o International Mobile Susbcriber Identity (IMEI), mas que é independente do

SIM.

A estação - base controla a ligação rádio entre o telemóvel e a rede. Uma BSS é composta por

dois elementos: o BTS e o BSC. Os BTS possuem o equipamento de transmissão/recepção (os

TRX) e gerem os protocolos de rádio com o terminal móvel. Em áreas urbanas existem mais

BTS do que em zonas rurais e por isso muitas vezes não há rede disponível, ou tem o sinal

fraco. Cada estação utiliza técnicas digitais de forma a permitir que vários utilizadores se

encontrem ligados à rede, assim como para permitir que façam e recebam chamadas

simultaneamente, denominando-se de multiplexing.

Finalmente, estabelece a ligação entre o telemóvel MSC, o coração do sistema GSM. O nó no

qual se encontra o MSC possui ainda uma série de equipamentos destinados a controlar várias

funções, como a cobrança do serviço, segurança e o envio de mensagens SMS.

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• Triangulação via GSM

Imagem: triangulação GSM Fonte: http://img507.imageshack.us/img507/9780/triangulationgsm02gi9.jpg

• GPRS - General Packet Radio Service

Além da forma GSM ser uma forma de transmitir informação, actualmente existem técnicas

mais evoluídas tais como o GPRS. O GPRS é uma tecnologia que permite transferência de

dados a velocidades mais elevadas, aumenta as taxas de transferência de dados nas redes GSM

(faladas anteriormente) existentes.

O GPRS envia "pacotes" de dados sobre uma onda de rádio. A comutação por pacotes funciona

como um puzzle de peças: os dados são divididos em muitas peças, em seguida são enviados

através da rede e, no destinatário, são novamente reunidas.

No serviço GPRS os recursos somente são atribuídos a um usuário quando for necessário enviar

ou receber dados. Esta técnica permite que vários usuários compartilhem os mesmos recursos,

aumentando assim a capacidade da rede e permitindo uma gestão razoavelmente eficiente dos

recursos.

Existe, também, uma redução de custos face ao GSM. Com o GSM a tarifa é efectuada por

tempo de conexão. Com o GPRS, a tarifa é efectuada com base na quantidade de dados

transmitidos.

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• Cartografia

Utilizando a ciência da cartografia que trata da concepção, produção, difusão, utilização e

estudo dos mapas, tem-se o sistema de informação geográfica. Este tipo de sistema utiliza

cartografia vectorial muito detalhada que pode chegar ao detalhe de ter os nomes das ruas e o

número das respectivas portas.

Usando este tipo de ciência conjugada com as novas tecnologias desenvolvem-se programas

onde é possível a visualização simultânea de vários mapas, o aumento ou redução das escalas

dos mesmos, a inserção de pontos de interesse sobre os mapas, a gestão de relatórios, definição

de rotas e delimitação das mesmas através de balizas virtuais.

Imagem: Exemplo de cartografia Fonte: http://www.cartil.pt/html/cl_avlgps_po.html

• Balizas virtuais

É através das chamadas balizas virtuais, que trata-se de um sistema que providencia informação

acerca de entidades físicas. Estas balizas, que são como que “marcos” que delimitam as rotas

cujos veículos podem circular. Caso estas balizas sejam não respeitadas é emitido um aviso.

Na figura abaixo está representado o esquema de funcionamento das balizas

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Imagem: sistema de balizas virtuais

Fonte: United States Patent

Esta imagem ilustra um exemplo de um sistema de balizas virtuais (10). Inclui um criador de

balizas virtuais (20), um servidor de balizas virtuais (30) e múltiplos receptores, tais como PDA

(40a), telemóvel (40b) e computadores (40c e 40d). Estão conectados via internet sem fios e/ou

com fios (100).

A patente pode ser consultada em http://www.freepatentsonline.com/7231441.html.

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• DataDot

Veja-se, agora, um exemplo de uma tecnologia cuja origem remota aos anos 40 desenvolvida

pelo exército americano com o intuito de identificar objectos aquando da 2ªguerra mundial.

Tratava-se de pequenos discos de plástico com mensagens do tamanho de grãos de areias,

bastante fáceis de transportar. Foi apenas na década de 90, graças à gravação a laser, que se

começaram a comercializar os micro-pontos. Foi a U.S. Engineer que desenvolveu a baixo custo

um processo que permite gravar informação em milhares de micro-pontos. Curiosamente a

primeira aplicação comercial deu-se nos casinos, onde muitas fichas de jogo eram falsificadas.

Foi uma empresa Australiana que adquiriu a patente americana originando uma nova empresa

denominada DataDot Technology Ltd (DDT). O sucesso da empresa foi notável e actualmente é

líder mundial em tecnologias de identificação. Pode ser utilizado em vários tipos de artigos,

desde veículos motorizados a jóias. A DDT tem representações em 30 países, incluindo,

também Portugal. Basicamente, as tecnologias DDT funcionam marcando cada item com um

código único e individual.

A DDT desenvolveu também um novo e revolucionário processo de aplicação, muito rápido e

eficaz, em forma de spray.

Ao sucesso dos DataDotDNA, foram acrescentadas novas tecnologias de identificação –

DataLabelDNA e DataThreadDNA.

Assim, mais detalhadamente:

DataDotDNA

Imagem: DataDotDNA® Ampliado Fonte: http://www.datadot.pt/tecnologia_dot_detalhe.php

Trata-se de pequenos discos, não maiores que um grão de areia, em que cada um tem múltiplas

linhas de código gravadas a laser. Este código é gravado na base de dados de acesso mundial da

DDT, a DataBaseDNA.

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O DataDotDNA pode ser detectado com uma luz de ultra violeta e o código lido com o auxílio

de um dispositivo de ampliação.

DataThreadDNA®

Semelhante ao DataDotDNA, com o intuito de prevenção de fraude e falsificação. Utilizado

como medida anti-contrafacção principalmente na indústria têxtil, é uma forma de DataDotDNA

contínua integrado numa faixa fina e estreita, pode ser encontrado em etiquetas nos têxteis e

mesmo em papel.

Imagem: DataThreadDNA Fonte: http://www.datadot.pt/tecnologia_Thread_detalhe.php

DataLabelDNA®

Usado contra a falsificação e contrafacção de mercadorias, de modo a provar a autenticidade de

um produto, os fabricantes podem gravar informação e visível invisível no mesmo.

Imagem: DataLabelDNA Fonte: http://www.datadot.pt/tecnologia_Label_detalhe.php

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• RFID - Identificação por Rádio Frequência.

Através de sinais de rádio, consegue-se “ler” os dados que estão armazenados nos dispositivos

chamados tags RFID.

Uma tag ou etiqueta RFID é um pequeno objecto que pode ser colocado em vários tipos de

objectos. Existem tags passivas, que respondem ao sinal enviado pela base transmissora, e as

tags activas que lhes permite enviar o próprio sinal pois são dotadas de bateria. As tags possuem

antenas que lhe permite responder aos sinais de rádio enviados por uma base transmissora.

Veja-se a imagem em baixo que descreve exactamente isto.

Imagem: Comunicação RFID Fonte: http://www.aimglobal.org/technologies/RFID/what_is_rfid.asp

Imagem: RFID tag Fonte: http://www.pplware.com/2008/04/10/rfid-sabe-o-que-e/

Na imagem em cima vemos, então, a tag naquele autocolante. Mas tem aplicações em diversos

objectos, desde objectos pessoais, automóveis ou mesmo imóveis.

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• Sensores de movimento

Detectam movimento. Podem ser sensores de raios infra-vermelhos.

• Sensores de carga para controlo do peso de veículos

Trata-se de uma sonda para monitorizar as variações de peso em veículos, de carga neste caso,

decorrentes de alterações do estado inicialmente calibrado, sendo estas modificações de estado,

recolhidas e analisadas electronicamente num computador de bordo, permitindo ao usuário do

sistema obter informações sobre alterações do peso por retirada ou inclusão de carga.

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Aplicação das tecnologias

Acredito que para o transporte ser bem efectuado é essencial, no transporte de mercadorias

perigosas e/ou valiosas os seguintes aspectos:

1. Localização em tempo real de qualquer veículo, do produto e associar o mesmo ao

respectivo veículo que o transporta.

2. Optimização do controle dos movimentos dos veículos e respectivos motoristas através

da análise do seu percurso e posterior análise das rotas e tempos.

3. Gestão de controlo de movimento, velocidades e consumos dos veículos, bem como dos

horários de trabalho dos motoristas.

4. Sensores de aberturas de portas em locais adequados.

5. Assegurar que as rotas pré definidas são cumpridas, tendo em conta o bem-estar da

população, natureza, planeta, de modo a verificar caso exista incumprimento do

trajecto, da passagem em certos locais, do horário pré-estabelecido.

� Aplicação a transportes ferroviários:

No que diz respeito a rotas, este tipo de transporte está um pouco mais limitado, apesar de haver

diferentes direcções que pode tomar, acaba sempre por estar restrito aos carris existentes. O que

pode haver é paragens não autorizadas e para isso um receptor GPS e um módulo de

comunicações GPRS, que dá minuto a minuto a localização e estado de cada veículo para um

servido, permite verificar a localização do comboio, assim como se efectua paragens não

efectuadas. De salientar que o GPS deve estar predefinido com uma rota especifica,

logicamente. Esta rota já deve ter em atenção questões de segurança relacionadas com

segurança ambiental, visto que acidentes serão muito prejudiciais, no caso de transporte de

matérias perigosas.

Os contentores podem ser identificados com tags RFID, ou mesmo

com Datadots, assim como as respectivas mercadorias. As próprias

portas dos contentores podem conter sensores que disparam se não

houver autorização para abrir as mesmas enviando informação para

a base que será responsável por este transporte. Também pode fazer

sentido falar em sensores de movimento de carga.

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� Aplicação a transportes rodoviários:

De referir, que dividi esta secção por subtítulos de modo a garantir uma melhor leitura para o

leitor, no entanto vou conjugar algumas tecnologias, isto porque, acredito em conjunto fornecem

melhores condições de segurança. Aliás algumas deles só fazem sentido em conjunto, não vale

de nada ter um sistema GPS se não tiver possibilidade de comunicar, através de GSM ou GPRS,

por exemplo. Assim sendo, o texto apesar de dividido, pode e deve ser interligado.

• Solução balizas virtuais + cartografia

Já no transporte rodoviário existem mais “perigos” associados especialmente no que diz respeito

às rotas, visto que aqui há mais possibilidades de desvios. Assim sendo, a introdução de balizas

nas rotas pré-estabelecidas é essencial. Como anteriormente as rotas devem ter em conta o sítio

por onde passam de modo a garantir segurança em caso de acidente, no caso de mercadorias

perigosas. Por exemplo não devem passar por sítios protegidos, reservas naturais. E no caso das

populações dever evitar-se o meio urbano. Ou seja, nas rotas devem assegurar-se certas áreas de

exclusão como medida de segurança prévia. Sendo assim, podemos falar de cartografia que é a

ciência que possibilita a visualização de mapas. Como anteriormente, dito este tipo de ciência

conjugada com as novas tecnologias permite visualizar todos os percursos realizados pelas

viaturas, possibilitando a visualização e identificação dos locais de paragem. Caso este não

cumpra as rotas predefinidas, que podem ser delimitadas por balizas virtuais (pontos de

interesse), o sistema acusa o desvio, pois o sistema pode comunicar via GSM ou GPRS, com o

móvel.

• Solução GPS + GPRS

Assim, cada veículo deve possuir uma unidade móvel composta por um receptor GPS e um

módulo de comunicações GPRS, que dá minuto a minuto a localização e estado de cada veículo

para um servidor.

Pode desenvolver-se um software, que para aceder às informações basta ter um computador com

acesso à internet e a respectiva password de acesso.

Para o caso concreto de transporte de mercadorias perigosas e/ou valiosas, em que o controlo de

frota tem um nível mais exigente, deve existir:

1. Sensor de movimento e carga a pedido da central de controlo

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2. Sensor Abertura/Fecho Porta: Regista quando é que uma determinada porta foi aberta e

fechada e/ou permite abertura de portas após pedido da central de controlo

3. Componente electrónica que regista os consumos reais dos veículos

4. Sensor Temperatura: Regista e alerta sempre que a temperatura sai de um determinado

intervalo pré definido

5. Possibilidade de paragem da viatura remotamente, em condições de segurança; a viatura

não pode iniciar a marcha sem que o motorista se identifique.

Recepcionar no equipamento embarcado na viatura a informação sobre a execução em tempo

real do serviço bem como a sua integração no sistema integrado. Isto é, deve saber-se que certa

mercadoria está em certo transporte, quer por introdução manual (pouco eficiente), ou por

leitura RFID, por exemplo, que explicarei mais adiante.

Por fim também deve se pode considerar importante a recepção de alarmes, via email ou sms,

que na definição de parâmetros, que ao serem excedidos despoletam alarmes na aplicação, como

por exemplo: ignição On e Off, alarmes de excesso de velocidade, excesso de aceleração,

excesso de travagem e excesso de tempo parado.

Sendo que muitas das tecnologias descritas anteriormente já foram devidamente explicadas

penso que é essencial assegurar a comunicação entre todas elas de modo a garantir que o

produto está em segurança desde o emissor, durante o transporte até ao receptor.

• Solução RFID

Primeiramente é adicionado a cada objecto uma tag de identificação RFID. Cada uma destas

tags é barata e contém um único electronic product code –EPC, estas tags são menores que um

grão de areia e incluem uma pequena antena.

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Além de adicionar a tag a cada produto individualmente pode, também adicionar-se

identificação às caixas que transportam os produtos.

Quando os produtos, nas suas caixas (se for o caso), deixam os armazéns ou locais onde estão

primeiramente, e estão prontos para serem transportados, por exemplo em camiões, passam por

um leitor de RFID que “activa” as tags através de ondas rádio. Ao serem activadas cada tag lê a

informação individual de cada EPC, até todas serem lidas.

Imagem: Leitor de RFID à saída do armazém.

Fonte: AutoID Center

Nesta imagem o leitor de RFID está á saída do armazém mas poderia estar no camião, no

entanto seria mais dispendioso.

O leitor de RFID está conectado ao computador que tem um programa apropriado, que funciona

como um base de dados armazena informação sobre o EPC onde posteriormente é confrontada

com o endereço do servidor que tem informação detalhada sobre o produto. Ligado a este

servidor, tem-se o PML – Physical Markup Language que armazena informações acerca da

proveniência do produto e do seu respectivo destinatário. Assim torna-se fácil o controlo do

produto, deste o emissor, passando pelo transporte, até ao destinatário.

Este processo é também eficiente, uma vez que não é necessário abrir cada caixa para saber o

que está no seu interior, o leitor dá-nos essa informação. Aquando da recepção do produto o

leitor da informação ao computador e dá-se por terminado o transporte do produto.

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Além disso, já existem técnicas por radar que permitem seguir as tags, ainda há pouco tempo a

Alien Technology desenvolveu um radar para tags "Gen 2" passivas que permite aos

utilizadores saber a direcção, distância e velocidade do objecto com a respectiva etiqueta.

Para descobrir a direcção da tag são necessárias duas antenas, sendo que a informação que se

obtém é se a tag se desloca da direita para a esquerda ou vice-versa. Este tipo de características

pode automatizar decisões através da velocidade e localização da tag. Poderá revelar-se

extremamente útil em aplicações que necessitem de informação sobre entrada ou saída de

produtos de uma determinada zona, que é caso de rotas que estão predefinidas e que são feitas

com o propósito de não causar perigo a populações, ou mesmo à natureza em caso de desastre.

A este sistema pode adicionar-se um meio de transporte, admita-se camião, que tem também um

sistema PDA com GPS integrado e que utiliza GSM para transmitir informações.

• Solução DataDot

No caso da tecnologia data dot, Este tipo de tecnologia previne o roubo de objectos uma vez que

por estarem tão bem identificados faz com que haja menos propensão para o criminoso de o

querer roubar, pois a recuperação do bem é mais fácil. Pois cada item é único e não susceptível

de imitações. Neste caso pode, não só identificar-se o bem em questão como também o meio

que o transporta, fazendo corresponder um ao outro de modo a saber-se claramente onde está

certo bem.

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Imagem: DataDot aplicado a um veículo

Fonte: http://www.datadot.pt

Datadot que identifica o camião e o datadot que identifica a mercadoria devem corresponder de

modo a associar mercadoria-transporte e localidade, porque podemos associar GPS ao

transporte.

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Limitações

Combinado com o GPS é o GSM que permite a comunicação, visto ser essencial a segurança,

de modo a identificar o utilizador dentro da rede, cada estação móvel contém um cartão SIM,

sendo que é necessário marcar o PIN de modo a ser reconhecido neste caso a entrada de

números de PIN deve ser mais limitada que o normal, diga-se a 2 tentativas, e caso estas estão

erradas bloquear de imediato o sistema e emitir alarme.

Além disso no GSM existem algumas desvantagens: a malha de atenas varia de operador para

operador e não existe nenhuma correspondência óbvia da localização da antena e da localização

geográfica. Também existe diferentes densidades de sinal consoante as localidades,

naturalmente o interior tem sítios com menos cobertura que o litoral. Por fim não existe garantia

de disponibilidade e de qualidade dos serviços, por isso deve optar-se pelo GPRS que permite

transferência de dados a velocidades mais elevadas, aumenta as taxas de transferência de dados

nas redes GSM.

Vê-se que é muito difícil dizer que algo está 100%, no entanto, através das tecnologias que

apresentei anteriormente consegue-se alguma segurança. E se não se consegue impedir o furto

de algo ao menos há que garantir um posterior rescaldo do objecto, e/ou assegurar a não

ocorrência de desastres maiores que ponham em causa vidas humanas.

Por fim, uma grande limitação é o factor humano:

Por mais tecnologias que sejam utilizadas no transporte de mercadorias o factor humano não

deixa de existir e por isso mesmo podemos falar de fugas de informação por parte dos próprios

trabalhadores. Assim, as pessoas que transportam este tipo de mercadorias devem ser o mais

possível de “confiança”. Como dito anteriormente e também presente nos anexos, o acesso a

este tipo de mercadorias deve ser o mais restrito possível, porque por melhor que a tecnologia

seja o homem pode facilmente ser a fonte de problemas.

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Exemplo em Portugal

Frotcom Premium é o sistema de localização de viaturas, tal como o anteriormente descrito.

Ajuda a controlar a frota de uma forma simples e eficaz. O Frotcom Premium tem o respectivo

equipamento para instalar no veículo, cartão de comunicações GSM/GPRS, serviço de

instalação e assistência e códigos de acesso a www.frotcom.com para até 5 utilizadores.

Imagem: Stepp III Fonte: www.frotcom.com

Na imagem acima vemos o aparelho comercializado pela frotcom, trata-se de um módulo

GPS/GPRS, o Stepp II do fabricante alemão Falcom. O equipamento inclui uma antena dupla

GPS/GPRS, que permite optimizar as condições de captação do sinal. É um equipamento que é

colocado de forma muito discreta na viatura, possui alta qualidade e dimensões reduzidas,

ficando apenas visível a antena.

As comunicações GPRS utilizam-se periodicamente para enviar dados de GPS do veículo para

os respectivos centros de dados, e neste caso em específico, não se necessita de comprar as

comunicações GPRS a nenhum operador. É neste centro de dados especial no qual se recolhem,

registam e processam todos os dados. Uma vez processada, a informação estará disponível em

www.frotcom.com

Imagem: funcionamento do sistema frotcom Fonte: www.frotcom.com

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Recolha do estado de ignição:

O equipamento instalado nos veículos é ligado ao sinal de ignição.

Assim é possível saber a qualquer momento se os veículos estão ligados e a que velocidade se

deslocam. A informação é disponibilizada em gráficos como o abaixo apresentado:

Imagem: Gráfico estado de ignição Fonte: www.frotcom.com

Para aceder ao frotcom, o utilizador pode fazê-lo através da

internet, quer via computador, quer usando um PDA, sobre GPRS

ou 3D. As principais informações e comandos estão disponíveis

num formato adequado a estes dispositivos.

Imagem: PDA com a informação da rota de um veículo Fonte: www.frotcom.com

Este tipo de produto permite a geração e envio automático de relatórios e tabelas e envio

automático para os destinatários.

Existe, também, a possibilidade de disparo de alarmes em função das condições definidas, tais

como, excesso de velocidade, saída da zona limitada, utilizações de zonas não autorizadas, tais

como zonas urbanísticas, entre outras.

Imagem: Disparo de alarmes Fonte: www.frotcom.com

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Conclusão

É essencial garantir a segurança tanto no transporte de matérias perigosas como valiosas.

Nos dias de hoje vemos que não só os produtos valiosos são alvo de roubo, os perigosos

também são muito cobiçados com intuito malicioso. Assim sendo, é necessária a aplicação de

uma identificação única, não só de modo a permitir a sua localização e identificação da sua

origem mas também de forma a obter detalhes do seu fabrico, autenticidade e propriedade.

As tecnologias existentes podem não colmatar todas as situações de insegurança mas

conseguem cobrir muitas delas. Após ter realizado este estudo acredito que juntar várias

tecnologias compatíveis e que se completam é a solução. É essencial associar à mercadoria o

respectivo transporte, e isso é possível através do RFID, como expliquei. E no caso dos bens

valiosos penso que cada um deve ser único, e identificado como tal, e isso é possível com o

sistema DataDot. O seguimento do transporte é facilmente obtido através do GPS com a rota

predefinida e a transmissão da informação é assegurado por GPRS.

Todas estas tecnologias podem não impedir a 100% o roubo de mercadorias mas ao menos têm

como grande objectivo reduzir a actividade criminosa e ajudar na recuperação ao legítimo

proprietário de bens que tenham sido roubados.

Com o aumento constante na exploração de novas tecnologias de segurança e com a sua

utilização crescente prevêem-se, assim, consideráveis aumentos de eficiência, através de

processos de melhoria contínua baseados no conhecimento, gestão e análise da informação

obtida em tempo real.

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Sugestões / trabalhos futuros

Algumas das tecnologias que referi, senão todas, podem ter utilização não só no que diz respeito

ao transporte de mercadorias valiosas/perigosas mas sim para todo outro tipo de mercadorias.

E muitas delas podem ser usadas não só a nível “colectivo” mas também a nível pessoal, na

protecção dos nossos bens. Assim, penso que para trabalho futuro seria interessante analisar esta

vertente e o que daí podia advir. Nomeadamente contractos com seguradoras a preços mais

reduzidos uma vez que este tipo de tecnologias trás mais segurança contra roubo e portanto

além de ser uma mais-valia para o proprietário seria também para as seguradoras uma vez que a

probabilidade de roubo diminui consideravelmente.

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Bibliografia

http://www.imtt.pt/sites/IMTT/TransportesRodoviarios/TransporteMercadoriasPerigosas/Certifi

cacaoCondutores/Paginas/CertificacaoMotorista.aspx

http://www.euromultas.com/content/1/69/transporte-mercadorias-perigosas/

http://www.cienciaviva.pt/latlong/anterior/gps.asp

http://www.inosat.com/index.php?option=com_content&task=view&id=17&lang=pt

http://www.cartil.pt/html/cl_avlgps_po.html

http://www.willassen.no/msl/node4.html

http://www.telemoveis.com/articles/item.asp?id=57

http://www.frotcom.com

http://www.datadot.pt

https://fenix.ist.utl.pt/disciplinas/drsl/2008-2009/1-semestre

http://www.revistaseguranca.com/index.php?option=com_content&task=view&id=225&Itemid

=87

http://www.freepatentsonline.com/7231441.html

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Anexos

Certificação de Condutores de Mercadorias Perigosas:

Os próprios condutores de todos os veículos pesados que transportem mercadorias perigosas

têm de possuir uma formação específica, bem como possuir boas condições físicas e psíquicas,

o que em conjunto dará lugar à emissão de um certificado de formação, revalidado de 5 em 5

anos mediante reciclagem com exame. Existe ainda regulamentação relativa aos condutores de

veículos pesados que estabelece o número máximo de horas de condução contínua e o tempo

mínimo de repouso. O curso de formação deve ter sido aprovado pelo Instituto da Mobilidade e

dos Transportes Terrestres - IMTT e leccionado por uma entidade formadora reconhecida

também pelo IMTT.

O pedido inicial ou de renovação deve ser instruído com seguintes documentos:

• Modelo 5 IMTT-http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Formularios/Documents/modelo5.pdf;

• Relatório da avaliação final da formação (avaliação contínua e exame);

• Fotocópia do B.I. do candidato;

• Fotocópia da carta de condução do candidato;

• Atestado médico, emitido pela Delegação de Saúde da área de residência do candidato;

• Relatório do exame psicológico ou declaração escrita do gabinete onde o exame foi

realizado.

E estão associadas as seguintes taxas:

• Emissão inicial do Certificado: € 26.00

• Renovação do Certificado: € 26.00

• Emissão de 2ª via: € 26.00

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Restrições à Circulação:

Aos veículos que transportam mercadorias perigosas, identificados pela utilização de painéis

laranja, é interdita a circulação em determinados períodos de tempo e em estradas definidas pela

Portaria n.º 331-B/98, de 1 de Junho e subsequentes alterações (Portaria n.º 578-A/99, de 28 de

Julho, e Portaria n.º 131/2006, de 16 de Fevereiro).

As Câmaras Municipais podem estabelecer restrições especiais à circulação de veículos de

transporte de mercadorias perigosas, com carácter temporário ou permanente, nas vias sob a sua

jurisdição, devendo para tal proceder a uma sinalização adequada.

TRANSPORTE EM EMBALAGENS:

Uma parte significativa das mercadorias perigosas são transportadas em veículos de carga geral,

acondicionadas em embalagens, cumprindo as empresas e os veículos em questão as condições

de segurança relativas ao acondicionamento e circulação fixadas no RPE.

Todas as embalagens contendo mercadorias perigosas devem ser objecto de aprovação e possuir

etiquetas que identifiquem prontamente o perigo que decorre do seu conteúdo, devendo estas

etiquetas ser igualmente colocadas nos veículos de transporte.

TRANSPORTE EM CISTERNAS

A legislação portuguesa em vigor exige que as cisternas e os respectivos veículos, para poderem

transportar mercadorias perigosas, sejam submetidos a um sistema de inspecção e aprovação.

São consideradas cisternas:

- As cisternas fixas, - As cisternas desmontáveis, - Os contentores-cisternas, - Os veículos bateria.

Assim, os veículos-cisternas cisternas, os reboques-cisternas ou semi-reboques-cisternas e os

respectivos tractores, bem como os veículos para contentores-cisternas ou outros veículos que

transportem cisternas desmontáveis, terão de ser objecto de aprovação, a qual é titulada por um

certificado, que tem de ser revalidado periodicamente.