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PCEP - PROGRAMA DE CONTROLE DE ENERGIAS PERIGOSAS

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PCEP - PROGRAMA DE CONTROLE DE ENERGIAS PERIGOSAS

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PROGRAMA DE CONTROLE DE ENERGIAS PERIGOSAS - PCEP

Introdução:

Criada nos Estados Unidos em 1990, a norma OSHA 1910.147 que trata sobre o

Controle de Energia Perigosa, teve o propósito de diminuir e evitar a ocorrência de

aproximadamente 100 mortes e 60.000 lesões anuais decorrentes de acidentes em serviços e/ou

manutenção de máquinas e equipamentos envolvendo as chamadas “Energias Perigosas”.

O PCEP - Programa de Controle de Energias Perigosas, enfatiza o bloqueio em

segurança, não apenas alertando, mas impedindo física e logicamente os acidentes através da

utilização de bloqueios, travamentos e sinalização industrial adequada, o PCEP também possibilita

a redução significativa ou eliminação de custos diretos e indiretos gerados por conseqüência de

energia não controlada.

“Em determinados segmentos industriais essa relação pode ser de até 50 vezes, ou

seja, para cada dólar de custo direto de acidente (que é o custo da lesão), implica 50 dólares de

custos indiretos (demais custos que não o da lesão). É muito significativo para não ser contabilizado

ou desprezado, ou para não se tomar uma ação efetiva sobre estes números. Portanto, a certificação

é um compromisso com a vida do profissional, agregando também valor ao negócio da empresa”

(Asfene Macciantelli, Gerente da Divisão de Elétrica da Panduit Brasil).

Nem sempre tem-se condições de examinar e perceber o grau de importância de

uma energia perigosa. Por exemplo, uma pedra no alto de uma montanha, ao rolar, há uma

transformação da energia potencial, relacionada a altura, com a energia cinética relacionada ao

movimento. Em um circuito elétrico temos a energia elétrica em movimento. Contudo, um grande

trecho de cabo de cobre enrolado em um carretel pode conter energia capacitiva, ou relativa ao

armazenamento. Quando queremos cortar uma prancha em uma obra utilizamos o disco de corte ou

a serra circular. Ao cortarmos a madeira e ao desligarmos o equipamento percebemos que o disco

ainda continua em movimento, pela inércia. Assim, mesmo com o equipamento desligado o

operário distraído pode ferir-se. A água que bebemos pode cortar grossas chapas de metal, bastando

para isso que ajustemos a pressão com que ela irá sair da tubulação e o diâmetro da mesma. O

estabelecimento de critérios para que se trabalhe com fontes de energias perigosas, assim

denominadas por serem capazes de apresentar riscos, serve para que possamos nos proteger,

evitando que pessoas acidentalmente possam reconectar ou religar circuitos.

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As Máquinas e Equipamentos exigem que os dispositivos de isolamento sejam

previamente desligados e isolados, quando submetidos a serviços de manutenção, limpeza e

reparos. Muitos acidentes ocorrem em decorrência do acionamento inesperado de dispositivos de

controle que provocam liberação acidental de energias armazenadas, causando lesões e mortes em

trabalhadores durante a execução de trabalhos. São acidentes que podem ser evitados de uma

maneira simples e eficaz, utilizando-se os bloqueios físicos da fonte de energia, acompanhado de

etiqueta sinalizadora e o treinamento adequado dos envolvidos nas atividades de manutenção,

limpeza e reparos.

Objetivos:

A implantação do PCEP na empresa visa criar procedimentos de controle para o

uso de travas e cadeados de segurança, a fim de prevenir os acionamentos acidentais ou indevidos

de chaves elétricas, válvulas ou outro tipo de comando e evitar a ocorrência de acidentes.

Energia

Entende-se como energia, todas as forças eletromecânicas utilizadas para

acionamento de máquinas e equipamentos, como por exemplo, a eletricidade, ar comprimido, óleo

ou água sob pressão, vapor, etc.. Muitas vezes a energia encontra-se armazenada, é perigosa para o

contato humano e não a percebemos, como a energia elétrica capacitiva. Outras formas de energia

muitas vezes são inimagináveis para nós, como a energia estática que passa a existir quando a água

desce por um tubo, ou qualquer outro fluido, mesmo que a tubulação seja plástica. Se houver algum

tipo de conexão metálica certamente será por ali que se formará um arco elétrico.

O vapor e o ar comprimido, mesmo quando utilizados para outros fins, continuam

classificados como energia para efeito de segurança, uma vez que, pôr suas características próprias,

podem causar lesões.

Definições

Dispositivo de bloqueio (lockout device) – dispositivo que utiliza meios positivos de travamento,

prevenindo a reenergização. Exemplos: cadeados, bloqueadores de disjuntores, de válvulas, de

plugs, etc..

DIE – Dispositivo de Isolamento de Energia – um dispositivo que fisicamente previne a

transmissão ou fuga da energia, por exemplo: chaves elétricas, disjuntores, fusíveis, válvulas,

raquete, etc, podendo ser bloqueado através de dispositivo de bloqueio ou mesmo no seu projeto

prever bloqueio através de cadeado.

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Energia (contempladas nesta OSHSMT) – qualquer tipo de energia que possa causar lesões ou

perdas à propriedade se inesperadamente liberadas.

EIE - Estado Intermediário de Energia - Esse termo indica que durante a realização de uma

determinada atividade, as fontes de energias perigosas foram eliminadas enquanto ainda

permanecem energias não perigosas necessárias para a realização da tarefa. Exemplos típicos destas

tarefas no estado EIE podem ser: alinhamento de equipamentos, correias, esteiras, ajuste de

equipamentos em velocidade de introdução. Todas as energias devem ser conhecidas e quando for

aplicável o EIE este deve estar documentado, contemplando meios alternativos de proteção em

procedimentos escritos (Ex. Análise Preliminar de Riscos) e todo o pessoal envolvido com a

atividade deve estar devidamente treinado.

EZE – Estado Zero Energia - é uma condição alcançada quando as múltiplas formas de energia

que se encaminham ou que estão presentes no interior de uma máquina, equipamento, instalação ou

sistema foram anuladas, proporcionando condições seguras para a execução de um trabalho, ou seja,

eliminando a possibilidade de energização inesperada ou fuga das energias residuais.

Equipamento energizado - conectado a alguma fonte de energia ou que mesmo após desligado

ainda contenha energia residual (remanescente ou armazenada).

Sinalização – aviso de perigo (etiqueta), visando informar que o DIE não deve ser operado antes de

sua remoção.

Energia residual – energia remanescente ou armazenada a qual mesmo após o desligamento,

bloqueio e sinalização da fonte de energia pode ocasionar lesões.

Fonte de energia – qualquer fonte de energia, entre elas: elétrica, pneumática, hidráulica, térmica,

mecânica (cinética, potencial), química, etc.

Multibloqueador – dispositivo que permite a aplicação de vários cadeados pelos executantes,

bloqueando o DIE até que todos eles retirem seu respectivo cadeado.

Operação – Operador responsável pelo equipamento e que assina Cartão Vermelho ou Supervisor

responsável pela área.

Operações de produção normal – utilização da máquina ou parte dela para realizar sua função

original de produção. Qualquer trabalho antes da operação normal voltado a preparar a máquina

para a produção não é considerado “operação de produção normal”. Assim, atividades limpeza,

desmontagem de rolos, troca de faca, não são consideradas “operações de produção normal”.

Pessoal Afetado – Somente aqueles que atuam nas áreas que não sejam operação e manutenção e

que não realizam qualquer trabalho em máquina ou equipamento, não estando expostos à inesperada

energização ou fuga das energias residuais. Na IP são exemplos de Pessoal Afetado: pessoal

administrativo, limpeza de áreas, segurança patrimonial, entre outros.

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Pessoal Autorizado – Uma pessoa que esteja habilitada a controlar as energias (inclusive bloquear

as fontes de energia) para a realização de serviços ou manutenção em máquinas ou equipamentos, a

fim de executar reparos ou manutenção em tal máquina ou equipamento. Esta pessoa pode ser um

profissional da área de manutenção, operação, prestador de serviço, etc. Para ser considerada uma

pessoa autorizada, deve ser dado treinamento específico (conforme contemplado neste

procedimento).

Na IP são considerados Pessoal Autorizado: todos os Executantes IP, todos os profissionais de

manutenção, todos profissionais de Segurança do Trabalho, todos aqueles que realizam serviços em

máquinas, como: instalação, construção, inspeção, limpeza, lubrificação, reparos, montagem e

ajustes.

Serviços menores – para uma tarefa ser considerada menor, não pode envolver desmontagem do

equipamento ou barreiras de proteção, reparos, trocas de peças, etc. Por exemplo, remover papel

obstruído não é considerado serviço menor se parte da máquina é removida para acessar a

obstrução.

Tarefa rotineira – tarefa normal que faz parte do processo, ou seja, o que é esperado ser feito

durante a produção normal. Exemplos: Passagem de ponta de papel em rebobinadeira, troca do rolo

do filme plástico, etc..

Formas manifestação de energias perigosas

Energia Elétrica: compreende-se como energia elétrica perigosa a vida, para efeito desta norma, às

que se enquadram como baixa, média e alta tensão aonde o perigo tornar-se-á imediato por contato

ou na transformação em energia cinética e/ou térmica e seus subprodutos

Mecânica : Resultado típico de ação / reação de transformação de energia primária, tem como

exemplo o movimento de partes unidas com objetivo de realizar um trabalho.

Química: Diversos elementos químicos encontrados na natureza possuem características que,

associada a outras substâncias químicas simples e/ou compostas, permitem a liberação de energia

em diferentes formas.

Hidráulica: É uma das mais difundidas fontes de energia e muito empregada na movimentação de

cargas e provedora de “força” para a movimentação de braços e pistões. Uma empilhadeira é um

exemplo clássico do uso deste tipo de energia. Sendo o fluido mais eficaz que os gases para este

tipo de trabalho, é portanto mais empregado porém não menos perigoso.

Energia Residual: Este é um tipo espacial que compreende basicamente qualquer tipo de energia

que possa ser acumulada através de confinamento e/ou reação. Uma tubulação de ar comprimido,

um pistão hidráulico, tubulação de água ou outro fluido contém energia acumulada seja através da

força de gravidade ou por meio de bombas em determinado ponto da rede.

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Energia Pneumática: Este tipo de energia é empregado para prover movimentação rápida de partes

de uma máquina ou equipamento, movimentação de pistões, motores, pressurização de câmaras

diversas e etc.

Entrada de energia

É o ponto de entrada da energia para alimentar o equipamento, tais como a

Quadro de Distribuição Geral, válvula principal de ar comprimido/vapor, etc.

Neste ponto (entrada) é que se deve dar a interrupção e travamento para fins de

segurança. Não havendo possibilidade de permanecer interrompida a energia na chave geral ou na

válvula principal e, desde que não haja uma entrada na máquina onde possam ser colocados a trava

e o cadeado, deverá ser aplicada qualquer outra medida que possa realmente impedir, com

segurança o acionamento das fontes de energia.

Pressão Residual

É a pressão que ainda permanece na tubulação depois de fechada ou interrompida

a fonte de fornecimento de energia, hidráulica, pneumática ou a vapor. A menos que a válvula

possua meios próprios para sangria, uma seção do tubo deve ser desacoplada para aliviar a pressão,

se existir o risco.

Cadeados de Segurança

São cadeados cuja finalidade é manter travada e interrompida as entradas de

energia. Devem ser de marca ou tipo diferentes dos demais usados na fábrica, de modo a não serem

confundidos ou usados para outros fins. Não devem pertencer as séries de cadeados que possam ser

abertos com chave mestra.

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Trava de Segurança

É um dispositivo com duas hastes articuladas que, aplicado no local de

travamento, permite a colocação de até seis diferentes cadeados no mesmo ponto de interrupção de

energia.

Finalidades:

A finalidade do uso de trava e cadeado de segurança é propiciar o máximo de

proteção aos empregados que estiverem envolvidos em trabalhos de manutenção, reparos e

limpezas de maquinas e outros equipamentos, cujas partes moveis ou condutores elétricos

constituem risco de acidentes, se as fontes de energia não estiverem interrompidas e devidamente

travadas.

Para que todos os trabalhos sejam executados com todas as condições de

segurança necessárias, devem ser tomadas as seguintes precauções:

a) Interromper todas as fontes de energia que alimentam as máquinas e/ou equipamentos que

fazem parte do processo ou trabalho que será executado;

b) Sangrar ou remover a pressão residual nos equipamentos operados pôr:

� Sistema a vapor;

� Sistema de ar comprimido;

� Sistema hidráulico.

c) Providenciar aterramento de todos os circuitos capazes de acumular energia elétrica, sejam

indutivos ou capacitivos, tais como:

� Transformadores em geral (secundário e primário)

� Condensadores.

d) Aplicar cadeado de segurança em todas as fontes de energia, de modo que só a pessoa

responsável pelo trabalho possa retirá-lo;

e) Aplicar a trava de segurança para permitir a colocação de tantos cadeados quantos forem os

empregados envolvidos no trabalho.

Aplicação da Trava e Cadeado:

� Em todos os trabalhos de manutenção, reparos, limpeza, preparo, etc., de máquinas,

instalações e outros equipamentos, nos quais os empregados correm o risco de sofrer alguma

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lesão, em caso de acionamento indevido, é obrigatório o uso de cadeados de segurança para

travar as fontes de energia, que devem ser previamente interrompidas.

� Quando mais de um empregado for trabalhar no mesmo serviço, é obrigatório a aplicação de

trava de segurança com tantos cadeados quantos forem os empregados envolvidos.

� Quando se tratar de chave elétrica, o botão de partida deve ser desligado, a alavanca da

chave puxada NA POSIÇÀO DESLIGADA E TRAVADA COM CADEADO.

� O ar comprimido deve ser fechado, travado e sangrado para evitar qualquer movimento no

mecanismo do equipamento. Procedimento idêntico deve ser observado com máquinas

acionadas pôr sistema hidráulico ou a vapor.

� Em casos de sistema hidráulico de máquinas e equipamentos, a própria bomba deve ter a

chave desligada e travada.

� Nos casos de travamento de válvula que não possua local adequado para colocação do

cadeado deve ser usada corrente ou outro meio auxiliar.

� Depois de travada a fonte de energia, os comandos da máquina devem ser acionados para

certificar-se de que realmente o fornecimento de energia está neutralizado.

� A colocação da trava e cadeado de segurança, assim como a conservação dos mesmos no

devido lugar, até que o serviço seja terminado, deve ser atribuição do empregado de maior

responsabilidade em relação ao serviço.

� A Segurança do Trabalho, através do seu técnico, colocará um cadeado na trava de

segurança se julgar necessário ou se for a última a dar a palavra para liberação da máquina,

instalação, etc.

� Em casos de serviços temporários onde os empregados da produção são designados para

executar trabalhos de limpeza, ajuste ou troca de ferramentas, que se incluem entre os que

requerem o travamento de fontes de energia, o supervisor da execução dos trabalhos deverá

providenciar o cadeado de segurança e dar as devidas instruções quanto a aplicação do

mesmo.

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Cadeados Extras:

A supervisão dos grupos que usam cadeados de segurança poderá ter sob seu

controle, e de comum acordo com a Seção de Segurança, alguns cadeados extras para serem usados

em casos especiais ou de emergência.

Esses cadeados serão usados nas seguintes circunstâncias:

a) Nos casos em que um mesmo empregado necessite de mais de um cadeado no mesmo serviço,

isto é, quando há mais de uma fonte de energia a ser travada;

b) Quando o serviço ficar pronto, mas a máquina ou equipamento deva permanecer parado pôr

motivo de segurança;

c) Quando o supervisor achar conveniente manter um cadeado na trava, por exemplo, para

verificar as condições da máquina ou equipamento antes de entregar o serviço.

Um dos dispositivos para o controle de válvulas de registro é o que se segue:

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Para o controle de extensões pode-se empregar o dispositivo a seguir, que pode ter ou não a

identificação do operador dos serviços.

Para a proteção de disjuntores de circuitos que estejam sendo submetidos a intervenções variadas

pode-se utilizar dispositivos como o apresentado a seguir.

Painel elétrico protegido por porta com dispositivo de travamento, identificando o operador que se

encontra realizando o trabalho por intermédio de um cartão plástico com a fotografia do mesmo,

nome, matrícula e ramal telefônico. Recomenda-se que junto a esse se coloque também a Ordem de

Serviço.

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Se o cadeado não puder ser aplicado

� Uma etiqueta usada sem trava precisa ser complementada por ao menos uma última e

adicional medida de segurança que proveja um nível de segurança igual ao do cadeado

� Exemplos:

� Remoção de elemento de isolação de circuito como um fusível

� Bloqueio de chave controladora

� Uso de EPIs especiais isolantes

� Uso de EPCs isolantes

Cartão de "Perigo":

Cartão "Perigo" é usado adicionalmente ao cadeado e serve para identificar a

principal pessoa envolvida no trabalho, que deverá preenchê-lo corretamente e assiná-lo.

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� O cartão não substitui o cadeado de segurança. É apenas uma medida suplementar.

� O uso do cartão serve também para indicar algum equipamento que não esteja em condições

de uso e que deverá ser reparado ou substituído.

� Quando afixado, o cartão deverá estar devidamente preenchido.

� Somente em casos extremos, em que não houver outro meio, é que o cartão poderá ser usado

sozinho.

� Nesses casos, deverá haver maior vigilância pôr parte das pessoas, mas o cartão deverá ser

respeitado como um dispositivo de segurança.

Posse de Cadeados e Travas:

Mecânicos, eletricistas, preparadores de máquina, Coordenadores de área, etc...,

são entre outros, os profissionais que deverão possuir cadeados e travas de segurança. Todos os

cadeados e respectivas chaves, assim como as travas, são identificadas pôr numeração progressiva,

para controle do setor competente. A distribuição e controle dos cadeados ficara a cargo das áreas

de Segurança do Trabalho e de Operação. Para distribuição e controle serão usados os mesmos

formulários empregados para controle de outros tipos de cadeados e chaves.

a) "Ficha de Controle de Armários e Cadeados" - anotando-se em observações que se trata de

cadeado de segurança;

b) "Controle de Chaves".

Remoção de Cadeado esquecido:

Um cadeado que tenha sido deixado travando uma fonte de energia, pôr algum

empregado que tenha se afastado, por motivos que o impedirão de retomar ao trabalho para

liberação do equipamento, somente poderá ser removido com chave ou através do corte de sua haste

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pelo supervisor de quem esqueceu o cadeado ou pôr pessoa autorizada pela Gerência, acompanhado

pela Segurança do Trabalho. Na impossibilidade desse acompanhamento a Segurança do Trabalho

deverá ser comunicada, pôr escrito, do ocorrido.

Modelo de procedimento de segurança - desligamento e trava

Objetivo:

Evitar danos pessoais e materiais quando trabalhando com equipamentos

mecânicos e elétricos. Prevenir a ligação acidental de equipamentos por outra pessoa ou também

uma falha no sistema ou equipamento.

Responsabilidade:

É responsabilidade do supervisor de turno ou, no impedimento dele, o operador de

controle preparar o equipamento para o desligamento e também garantir condições de segurança ao

pessoal que realizará o serviço no equipamento. Em caso de parada programada, devido ao grande

volume de serviços, além do supervisor de turno e operador de controle, também poderá dar

permissão de trabalho o supervisor de produção e os engenheiros de processo, naquelas tarefas

designadas pela coordenação da parada.

Desligamento e Trava:

1- A operação é responsável por desligar o equipamento e determinar quando este estará pronto

para a trava. O Supervisor de turno ou operador de controle e o pessoal que realizará o serviço

colocará sempre o seu cadeado na trava dos disjuntores do equipamento na sala do CCM. Cada

pessoa responsável pela execução do serviço deverá ter um cadeado que trave o disjuntor.

Exemplo: trabalhando 3 pessoas numa tarefa, todas devem ter um cadeado devidamente

identificado , além daquele que seria da operação (supervisor);

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2- Colocar os nomes dos envolvidos na etiqueta “Não opere”, juntamente com o TAG do

equipamento que está sendo liberado, para saber quem são os responsáveis pelo serviço;

3- O supervisor de turno e todas as pessoas que irão trabalhar no equipamento devem testar se o

mesmo foi travado corretamente acionando a botoeira ou chave de campo por, no mínimo, 05

segundos. Para assegurar que o equipamento não dará partida. Em seguida, passar a chave de

campo para a posição de desligado;

4- Todas as pessoas que necessitem proteção de desligamento e trava deverão solicitar ao

supervisor de turno a liberação do equipamento e só após liberado e travado com cadeado pela

operação, é que o solicitante deve colocar seu cadeado;

5- Limpeza, lubrificação e ajustes só devem ser realizados em equipamento com partes moveis

quando não houver nenhum risco de ação;

6- Os seguintes trabalhos não precisam deste procedimento:

6.1- Trocar a manta do filtro de sal, filtro de pasta, filtro do DBX e Filtro Prensa, somente

quando a manta a ser substituída servir como guia para a nova manta;

6.2- Ajustar a manta do filtro de pasta (F-302 A);

6.3- Limpeza dos transportadores de rosca e chutes com tubo de alumínio;

7- Elevadores de Canecas (EC-308 / EC-326):

7.1- Limpeza do Fundo: Desligar a chave de campo prox. à base e colocar a etiqueta de Não

Opere; Solicitar à sala de controle o acionamento do equipamento na botoeira prox. à descarga

do equipamento, para checar se o mesmo está com o acionamento bloqueado;

7.2- Limpeza das Canecas: O operador comanda o equipamento na chave de campo dando

toques, deixando sempre a botoeira no manual, com uma etiqueta de Não Opere”. Este serviço

não pode ser executado durante a Limpeza de Fundo, no mesmo equipamento;

7.3- Para qualquer outro serviço o Elevador de Canecas tem que estar travado com cadeados no

CCM;

8- Uma análise deve ser feita pelo supervisor de turno para averiguar a necessidade de desligar e

travar também o equipamento anterior e posterior ao que será trabalhado;

9- No caso de haver cadeados no disjuntor do CCM , o eletricista fica proibido de extrair este

disjuntor;

10- No caso de serviços no sistema de média tensão:

10.1- Chave seccionadora principal, disjuntor a pequeno volume de óleo extraível, rede

subterrânea lado (alta tensão) , painel de média tensão e caixa de ligação (lado AT – lado da

cerca da CAII) dos transformadores de força; o supervisor da elétrica deverá acompanhar a

abertura da chave seccionadora principal, inspecionar visualmente se as facas principais e

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secundárias estão totalmente abertas, travar a chave seccionadora principal, liberando assim o

serviço;

11- Ao final de cada turno, o funcionário que tiver colocado o seu cadeado deve retirá-lo e o seu

rendeiro colocar o dele imediatamente, inclusive o Supervisor;

12- Havendo troca de pessoal que está executando o serviço, deve haver nova liberação;

13- É de responsabilidade de cada dono do cadeado, identificar claramente o mesmo com seu nome.

Condição especial:

a. Bombas Peristálticas

Para trocar uma mangueira velha por uma nova, sem abrir a carcaça da bomba, não é necessário

travar a mesma. Deve ser seguido o procedimento de trabalhos em tubulações (NP-01-023-03-

1295) para instalação de uma nova mangueira. O procedimento de Desligamento e Trava deve

ser seguido em caso de abrir a carcaça da bomba.

b. Serviço Simultâneo:

Quando houver a necessidade de se executar um serviço simultâneo em um equipamento e em,

seu respectivo cubículo, o supervisor deverá acompanhar a extração total do cubículo antes de

liberar o serviço no equipamento e, o eletricista só poderá inserir o cubículo novamente quando

todos os cadeados forem retirados.

Seqüência das ações

Supervisor de turno / substituto

1. Preparar equipamento para o desligamento;

2. Desligar o equipamento;

3. Garantir condições de segurança ao pessoal que realizará o serviço;

4. Analisar a necessidade de travar equipamentos anterior ou posterior ao equipamento a ser

liberado;

5. Determinar quando o equipamento estará pronto para a trava;

6. Colocar o seu cadeado no disjuntor do equipamento;

7. Preencher a etiqueta “Não Opere” colocando o nome dos envolvidos e o TAG do equipamento;

8. Supervisionar a colocação dos cadeados dos executantes do serviço;

9. Colocar a chave de campo na posição manual e testar pressionando por 5 segundos;

10. Remover seu cadeado após todos os executantes.

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Executantes

(Mecânicos/Eletricistas/Instrumentistas/Operadores E Terceiros) 1. Solicitar ao supervisor de turno a liberação do equipamento;

2. Colocar seu cadeado no disjuntor do equipamento indicado pelo supervisor;

3. Colocar a chave de campo na posição manual e testar pressionando-a por 5 segundos;

4. Após conclusão do serviço informar ao supervisor e remover seu cadeado;

OBS: Havendo troca de pessoal deve haver nova liberação

Modelo de procedimento de segurança - desligamento e trava

Objetivo

Os procedimentos de Segurança desenvolvidos têm a finalidade de estabelecer

medidas de controle visando preservar a integridade física do trabalhador, bem como danos a

propriedade e o meio ambiente.

Definição

Os Procedimentos para Travamento e Sinalização de Fontes de Energia visam

estabelecer normas mínimas para neutralizar todas as fontes de energia, incluindo elétrica,

mecânica, hidráulica, pneumática, química,etc.; assegurando que máquinas e/ou equipamentos

sejam mantidos em “Estado de Zero Energia” e, prevenindo a ocorrência de Acidentes que possam

resultar do acionamento acidental de máquinas e equipamento.

Procedimento

1. Estado de zero energia

1.1. Para obter-se o máximo de proteção diante da possibilidade de um movimento mecânico

inesperado, se faz necessário estabelecer passo a passo um “Estado de Zero Energia”.

1.2. Todas as fontes de energia que possam gerar movimento de parte da máquina devem estar

bloqueadas

1.3. Bloquear os fluidos pressurizados (ar, óleo, etc.), fechar válvulas e reduzir a pressão no lado da

máquina através do escape para atmosfera ou escoamento para um tanque/reservatório.

1.4. Todos os tanques/reservatórios de ar-comprimido devem se reduzidos à pressão atmosférica ou

tratados como fonte de energia e serem bloqueados.

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1.5. O potencial de energia mecânica de todas as partes da máquina deve estar abaixo de valores

práticos (operacionais), assim o rompimento de uma tubulação ou mangueira não produzirá um

movimento inesperado.

1.6. A energia cinética das partes da máquina deve ser mantida em baixos valores.

1.7. As partes da máquina, soltas ou livres devem estar assegurados contra movimentos acidentais

(calçadas, amarradas, etc.).

1.8. Peças ou materiais suportados ou controlados pela máquina serão considerados como partes da

máquina e deverão estar em conformidade com este procedimento.

1.9. O “Estado de Zero Energia” será alcançado executando-se passo a passo os procedimentos,

assegurando-se da inexistência de pressão residual em qualquer tubulação e/ou componentes do

maquinário.

2 . Operação – bloqueio de energias

2.1. Todos os operacionalmente envolvidos deverão rever os procedimentos de segurança para

trabalhos em espaço confinados

2.2. Todos os funcionários deverão ser instruídos e conscientizados sobre a necessidade e

obrigatoriedade da aplicação efetiva destes procedimentos.

2.3. Avisar o (s) operador (es) que a energia está sendo desativada.

2.4. Antes de iniciar os trabalhos o executante deverá fonte de assegura-se do desligamento da

energia e da implementação e manutenção do “Estado de Zero Energia”.

2.5. Para garantir a manutenção do “Estado de Zero Energia” devem ser utilizados cadeados

individuais (um para cada trabalhador envolvido na tarefa).

2.6. Onde houver mais de um funcionário trabalhando, deverá ser utilizada uma Multitrava, na qual

cada funcionário deverá manter seu cadeado individual até o final do trabalho.

2.7. Ao final do trabalho cada trabalhador poderá remover apenas o seu cadeado. “Nenhuma outra

pessoa poderá remover o cadeado e restaurar a energia”.

2.8. Em situações muito especiais, um supervisor poderá utilizar um único cadeado para todo o seu

pessoal. A única chave deverá estar em poder do supervisor que deverá assegurar-se de que todos os

membros da equipe estão livres antes de remover o cadeado

2.9. Após a conclusão do trabalho, todas as proteções precisam ser recolocadas antes da remoção

dos cadeados.

2.10. As partes do equipamento que possam movimentar-se por ação da gravidade também devem

ser bloqueadas (Ex.: Martelo de Prensa Mecânica).

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3. Troca de equipe de trabalho e/ou de seus componentes

3.1. Quando necessária a continuação do trabalho por uma próxima equipe (turno de trabalho), os

funcionários que iniciaram o trabalho, devem remover os cadeados, na presença daqueles que darão

continuidade e que imediatamente devem inserir seus cadeados no Bloqueio.

3.2. Todos os envolvidos devem ser efetivamente informados sobre a troca das equipes e/ou

qualquer um de seus componentes (Operadores, Mecânicos, Eletricistas, Supervisores, etc).

4. Conectar ou desconectar equipamentos através de plugs/tomadas

4.1. A conexão ou desconexão de energias através de plug será aceitas apenas para equipamentos

portáteis em 110V ou 220V.

4.2. Observadas as recomendações do item anterior (4.1), uma máquina ou equipamento estará em

conformidade com este procedimento quando o plug estiver desconectado e sinalizado (rotulado e

etiquetado).

5. Supervisão dos trabalhos de bloqueio e sinalização

5.1. Antes do início dos trabalhos, a Supervisão deverá certificar-se de que todos os seus

subordinados conhecem e estarão atuando em conformidade com este procedimento.

5.2. Após o término do trabalho supervisor deverá assegurar que a máquina ou equipamento está

pronto para ser reativado, observando-se os seguintes passos:

• Remover todos os itens não necessários, tais como ferramentas e outros objetos espalhados;

• Certificar-se de que todos os componentes estão operacionalmente intactos, inclusive grades

e dispositivos de segurança;

• Verificar a existência de trabalhos parciais ou incompletos;

• Grades ou dispositivos de segurança devem ser reparados antes da remoção dos cadeados;

• Vistoriar para garantir que todos estão fisicamente afastados dos equipamentos antes de

restabelecer a energia.

6. Sinalização de advertência

6.1. Todos os cadeados utilizados no bloqueio deverão receber uma etiqueta de sinalização e

advertência.

6.2. A etiqueta de sinalização e advertência deverá conter no mínimo as seguintes informações e

advertência.

• “Perigo, Não Opere Este Equipamento”;

• Nome e departamento de trabalho de cada um dos responsáveis pelo bloqueio;

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• Data de realização do bloqueio.

6.3. As etiquetas somente deverão ser removidas juntas com os cadeados individuais.

Reenergização dos equipamentos:

� Efetue testes de inspeção para assegurar que todas as ferramentas, “jampeadores”

elétricos, curtos circuitos, aterramentos e outros dispositivos tenham sido removidos

� Avise ou sinalise aos outros para se manterem longe dos circuitos e equipamentos.

� Cada cadeado e etiqueta precisa ser removido pela pessoa que o aplicou

� Cheque visualmente se todos os empregados estão longe dos circuitos e

equipamentos.

Perguntas importantes:

1- Como as pessoas podem se proteger dos acidentes relacionados com Eletricidade?

Todos devem checar os sistemas elétricos de suas casas e locais de trabalho, em especial as

tomadas e as extensões para terem certeza de que elas não estão sobrecarregadas. Devem

examinar a fiação elétrica para terem certeza que não há fios desencapados, danificados ou

colocados sob tapetes ou carpetes. Se forem fazer pequenos reparos, como a troca de um fusível ou

disjuntor, devem seguir algumas precauções fundamentais: desligar a energia, observar a

capacidade adequada em amperes, estar com as mãos secas e pisar sobre piso seco.

2- Se eu tenho uma casa ou escritório antigo, com a instalação elétrica antiga, como posso

saber se é necessário uma reforma?

Sistemas elétricos envelhecem e podem tornar-se sobrecarregados, particularmente em casas ou

edifícios antigos. Com o passar dos anos, mais lâmpadas, dispositivos e equipamentos são

acrescentados, o sistema elétrico torna-se ultrapassado e os problemas se desenvolvem. Fusíveis ou

disjuntores podem queimar ou desarmar freqüentemente. Interruptores e tomadas ficam aquecidos.

A intensidade das lâmpadas varia muito com o funcionamento de outros aparelhos. Novos circuitos

e outros reparos podem ser necessários.

3- Para que serve um plugue de três pinos? Qual a vantagem de utilizá-lo?

O terceiro pino fornece um caminho para a terra para a corrente elétrica que está "escapando" do

circuito elétrico normal por falha no isolamento do equipamento. Isso ajuda a proteger o

equipamento e, em alguns casos, a prevenir o choque elétrico.

4- E os plugues que têm pinos de tamanho diferentes, para que servem?

Os plugues polarizados são aqueles com um dos pinos mais largo ou maior do que o outro. Essa

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característica garante que o plugue seja inserido na posição correta, isto é, os condutores fase e

neutro da tomada ligados adequadamente nos equipamentos. Isso ajuda a prevenir o choque

elétrico.

5- O que é um interruptor de corrente de fuga? Como ele funciona?

Sua denominação completa é dispositivo de proteção a corrente diferencial-residencial (dispositivo

DR). É um dispositivo de prevenção de choques elétricos. Ele monitora constantemente o fluxo da

corrente elétrica de um circuito para detectar qualquer alteração. Se a corrente apresentar um

desequilíbrio, ou seja, valores diferentes na entrada e saída do circuito, o dispositivo interrompe o

circuito, prevenindo acidentes. A vantagem de utilizá-lo é que ele pode detectar variações bem

pequenas para as quais os fusíveis e disjuntores comuns não atuam.

Considerações sobre aterramento elétrico:

Responsabilidades:

1. A aplicação destes procedimentos esta sob a responsabilidade da Gerência de Manutenção, que

deverá assegurar-se que:

• Os cadeados utilizados sejam duráveis e possuam código (segredos) individuais.

• Todos os seus subordinados tenham adequado suprimento de Multitrava e cartões de

advertência para uso no procedimento.

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• Todos os seus subordinados sejam responsáveis pelo cuidado e manutenção de seus

cadeados, travas e cartões.

2. O Setor de segurança e Meio Ambiente é responsável por assessorar a Gerência/ Chefia quanto

aos aspectos técnicos relativos ao Bloqueio e Sinalização de Fontes de Energia.

Penalidades:

A não observância desta Norma de Segurança do Trabalho caracterizado ato de

indisciplina e/ou insubordinação, passível de aplicação de penas disciplinares, conforme legislação

vigente, cabendo ao RH, analisar a ocorrência e aplicar as sanções disciplinares cabíveis.

NOTA: Todos os trabalhadores que irão operar com energias perigosas, tanto em reparos quanto em

instalações ou substituições deverão assinar o comprovante de que tomaram conhecimento e não

têm dúvidas sobre as responsabilidades e riscos das tarefas..

Bibliografia:

http://www.panduit.com.br/

http://www.cdc.gov/nasd/menu/topic/electrical_safety.html

http://www.qualisseg.com.br/qualisseg/lockouts.htm

http://content.honeywell.com/sensing/products/safety/2cps/

http://www.conectonline.com.br/c_news.asp