POR DENTRO DOS SERVIÇOS DE RESIDÊNCIA · a responsabilidade de conduzir a ABORL-CCF e seus mais...

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ESPECIAL | CIRURGIA PLÁSTICA DA FACE E A OTORRINOLARINGOLOGIA: DIÁLOGO ÉTICO E CONCILIAÇÃO Edição 157 | Ano XXIII | www.aborlccf.org.br POR DENTRO DOS SERVIÇOS DE RESIDÊNCIA Vox News Dra. Wilma Anselmo é empossada presidente • Campanha da Voz é promessa de sucesso novamente Conduta médica • Tire suas dúvidas sobre contratualização

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ESPECIAL | CIRURGIA PLÁSTICA DA FACE E A OTORRINOLARINGOLOGIA: DIÁLOGO ÉTICO E CONCILIAÇÃO

Edição 157 | Ano XXIII | www.aborlccf.org.br

POR DENTRO DOS SERVIÇOS DE RESIDÊNCIA

Vox News• Dra. Wilma Anselmo é empossada presidente• Campanha da Voz é promessa de sucesso novamente

Conduta médica• Tire suas dúvidas sobre contratualização

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02 a 04 de Junho de 2017 - Fecomercio -

www.aborlccf.org.br/2combined

Confira a programação com as especialidades:

Cabeça e Pescoço Laringologia

Medicina do Sono Otorrino Pediatria

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Caro (a) associado (a), Cada ano que se inicia marca a renovação de um ciclo. Nesses períodos, costumamos refletir a respeito

dos sonhos, expectativas e planos que desejamos cumprir. Este ano, além das minhas metas pessoais, tenho a responsabilidade de conduzir a ABORL-CCF e seus mais de 6.500 associados – e, por consequência, você – rumo a um objetivo comum: o fortalecimento de nossa especialidade. Queremos ir muito além da conti-nuidade, mas só conseguiremos atingir esta meta por meio da renovação do conhecimento.

Nos últimos tempos, todos os colegas que estiveram frente à ABORL-CCF deram total apoio aos membros do Comitê de Educação Continuada, justamente por entenderem a necessidade de atualização contínua de nossos associados. Nesta gestão que se inicia, não será diferente. Batalharemos para que as ações educativas sejam cada vez mais atrativas e proveitosas, fazendo com que haja disseminação do conhe-cimento. Acreditamos também que, incentivando os otorrinolaringologistas de todo o país a se reinven-tarem pessoal e profissionalmente, poderemos ter mais tranquilidade em meio à crise que o país atravessa.

Também é importante destacar nossas ações centradas em gestão, com temas voltados à orientação de carreira, ao planejamento financeiro, à fidelização de pacientes, ao design e à arquitetura de consul-tórios. Destacamos também o trabalho dos demais Comitês, além do suporte que a Defesa Profissional continuará prestando àqueles que vislumbram no cooperativismo o futuro de nossa profissão.

Cada um dos nossos diferentes comitês está preparando ações importantes que certamente trarão benefícios a todos os sócios. Não deixem de visitar nosso site; nele, estaremos sempre atualizando ideias inovadoras que vão ao encontro de nossa finalidade.

Que 2017 traga boas surpresas a todos nós. E que, juntos, possamos manter a ABORL-CCF como uma das associações médicas mais organizadas e engajadas do Brasil.

Dra. Wilma Anselmo LimaPresidente da ABORL-CCF

Mensagem do

PRESIDENTEWilma Terezinha Anselmo Lima

Diretoria 2017

PresidenteDra. Wilma Anselmo Lima - Ribeirão Preto (SP)

Primeiro Vice-Presidente Dr. Márcio Abrahão - São Paulo (SP)

Segundo Vice-Presidente Dr. Luiz Ubirajara Sennes - São Paulo (SP)

Diretor-SecretárioDr. Edwin Tamashiro - Ribeirão Preto (SP)

Diretora Tesoureira Dra. Eulalia Sakano - Campinas (SP)

Diretor-Secretário AdjuntoDr. Edson Ibrahim Mitre - São Paulo (SP)

Diretor Tesoureiro AdjuntoDr. Leonardo Haddad - São Paulo (SP)

AssessoresDr. Eduardo Landini Dolci - São Paulo (SP)

Dr. Márcio Fortini - Belo Horizonte (MG)

Dr. Geraldo Druck Sant”Anna - Porto Alegre (RS)

PRESIDENTES DOS COMITÊSComitê de Eventos e Cursos

Dra. Thais Knoll Ribeiro - São Paulo (SP)

Comitê de Comunicação

Dr. Allex Ogawa - Londrina (PR)

Comitê de Educação Médica Continuada

Dr. Thiago Freire Pinto Bezerra - Recife (PE)

Comitê de Ética e Disciplina

Dr. Marcelo Miguel Hueb - Uberaba (SP)

Comitê de Residência e Treinamento

Dr. Eduardo Macoto Kosugi - São Paulo (SP)

Comitê de Título de Especialista

Dr. Fernando Danelon Leonhardt - São Paulo (SP)

Comitê Defesa Profissional

Dr. Bruno Almeida A. Rossini - São Paulo (SP)

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Carta ao leitor

Páginas azuis: Muito além da continuidade

Espaço ao leitor

47º CBO sem fronteiras: Ilha da Magia será palco do 47º CBO

O que diz a lei: Glosa – Uma questão temida pelos profissionais e instituições de saúde

Gestão e carreira: Uma iniciativa que conecta surdos oralizados ao redor do mundo

Capa: Por dentro dos serviços de residência

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Especial: Cirurgia plástica da face e a otorrinolaringologia: diálogo ético e conciliação

Vox news

Agenda de eventos

ABORL-CCF em ação: Por dentro do Comitê de Título de Especialista

Gestão em prática: Hospital Regional Público Transamazônica

Conduta médica: Tire suas dúvidas sobre contratualização

Qualidade de vida: Com a ORL na veia e o rock’n’roll no coração

Educação médica continuada: Estomatologia e Novidades da EMC

HumORL

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VOX Otorrino

Presidente:Wilma Anselmo Lima

Comitê de Comunicações: Alexandre Beraldo Ordones

Allex Itar Ogawa Fabrizio Ricci RomanoGustavo Polacow Korn

Ingrid Helena Lopes de OliveiraMarco Antonio dos A. Corvo Maria Dantas C. L. Godoy

Renata Dutra Moricz Ricardo Landini Lutaif Dolci

Assistente de Comunicação da ABORL-CCF:

Aline Pereira Cabral

Editora-chefe:Mariana Moreira (MTB: 35.038-RJ)

Chefe de Reportagem:Carol Herling

Reportagem: Bruno Bernardino, Carol Herling e

Luan Sicchierolli

Revisores:Adriano Bastos e Leonardo de Paula

Fotos: Divulgação, José Guertzenstein, Samuel

Peloso Siqueira/Sênica Coberturas Fotográficas e Vicent Sobrinho

Diagramação:Douglas Almeida, Monica Mendes e

Tatiana Couto

Produção:DOC Content

Fone: (21) 2425-8878

Periodicidade:Bimestral

Tiragem:6.500 exemplares

Os artigos assinados são de inteira respon-sabilidade dos autores e não refletem, ne-cessariamente, a opinião da ABORL-CCF.

Espaço do leitor

Sugestões de pauta, críticas ou elogios? Fale conosco:[email protected]

(11) 95266-1614

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CF CARTA AO

LEITORAllex Ogawa

Um novo ano para a Otorrinolaringologia

Presidente do Comitê de Comunicações

Chegou 2017! E o compromisso de dar continuidade aos grandes projetos da ABORL-CCF está, mais do que nunca, de pé! Inicia-mos o ano com uma nova diretoria, novos projetos e novos sonhos.

Isso significa pessoas novas, ideias novas e energia renovada!Nossas atividades tiveram início oficialmente no Mini Fórum, onde to-

dos os comitês se reuniram para discutir o que é possível fazer para melhorar a Otorrinolaringologia brasileira. Cada vez mais em sintonia com as opini-ões, sugestões e críticas de nossos associados, abrimos um canal para quem desejar se manifestar sobre a revista na seção Espaço ao leitor. Também que-remos que você conheça a nossa Associação por dentro. E isso será possível na coluna ABORL-CCF em Ação. Outra novidade que promete instigar os otorrinos de todo o país é a coluna O que diz a lei, onde apresentaremos dúvidas relacionadas à legislação em nosso dia a dia.

Buscando uma proximidade com os otorrinolaringologistas mais jo-vens, contaremos com a participação do médico e cartunista Solon Maia na seção HumORL. Agora, teremos cartoons cômicos retratando o coti-diano da nossa especialidade – e é bem provável que você se identifique com alguma situação.

A reflexão que deixo, neste começo de ano é que tudo em nossas vidas começa a partir de um sonho. Me chamou a atenção, nas matérias que publicamos nesta edição, o sonho de Raul (Dr. Raul Zanini, otorrinolarin-gologista e integrante da banda CRM7), que é tocar na festa do Congresso Brasileiro de Florianópolis! Desejo a todos um feliz 2017, e que todos os nossos sonhos, neste ano que se inicia, se realizem. “Toca Raul!”.

Boa leitura!

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PÁGINAS AZUIS

Por Carol Herling | Foto: Divulgação/ABORL-CCF

Com a responsabilidade de ser a primeira mulher a liderar a ABORL-CCF, a Dra. Wilma Anselmo Lima lutará para manter os resultados obtidos nas gestões anteriores, ao mesmo tempo em que trará novidades que prometem melhorar o dia a dia dos associados

Muito além da

CONTINUIDADE

Durante o 46° Congresso Brasileiro de Otorrino-laringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, realizado entre os dias 2 e 5 de novembro 2016 em Goiânia

(GO), Dra. Wilma Anselmo Lima foi empossada presiden-te da ABORL-CCF para o ano de 2017. A responsabilida-de do cargo trará algumas missões, tais como manter o nível de excelência conquistado por todos os Comitês ao longo das gestões anteriores, fortalecer os canais de comunicação

com os associados, incrementar a Educação Médica Conti-nuada e promover o crescimento da Associação.

A missão de presidir a ABORL-CCF coroa uma carreira vitoriosa, marcada por uma atuação vibrante na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP--USP), onde ajudou na formação de centenas de es-pecialistas. Querida por seus alunos e respeitada por colegas do mundo acadêmico e da especialidade, a

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Dra. Wilma inicia o ano de 2017 com a responsabili-dade de ser a primeira mulher a liderar os otorrinola-ringologistas do Brasil. Confira, a seguir, uma prévia de como será a sua gestão:

VOX Otorrino: Defina, em uma frase, o que significa as-sumir a presidência da ABORL-CCF.

Dra. Wilma Anselmo: O maior e mais importante desafio da minha vida, da minha carreira docente e da minha carreira profissional.

VOX: Como a senhora pretende ajudar os otorrinolarin-gologistas brasileiros ao longo de sua gestão?

WA: Farei o que considero importante para o associado. Durante uma reunião com os membros do Comitê de Planejamento Estratégico, realizada em agosto de 2016, ficou claro para mim quais são os caminhos a seguir. De lá para cá, busquei aperfeiçoar as ideias iniciais e colocar em prática os primeiros passos dessa gestão.

VOX: E quais são esses caminhos?

WA: Duas vertentes merecem destaque. A primeira delas é a Educação Médica Conti-nuada. Pelas minhas andanças ao longo de

2016, muitos associados que moram em lo-cais distantes e de difícil acesso, completamen-

te longe das capitais e dos centros de referência, sem acesso aos cursos itinerantes, pediram mais ações nesse sentido. Eu achei interessante, tanto que estou formatando, junto ao Comitê da Educação Médica Continuada, um curso completo de Otorrinolaringo-logia, onde abordaremos do básico ao avançado, pe-gando os capítulos mais importantes da especialida-de. As aulas on-line ficarão disponíveis aos associados e poderão ser acessadas a qualquer tempo. Será uma oportunidade de total atualização, com conteúdos de Anatomia, Fisiologia, tratamentos clínico e cirúrgico. Teremos também a TV Otorrino, que será uma mesa--redonda on-line com professores e aberta aos que queiram tirar dúvidas.

VOX: E qual é a outra vertente?

WA: São as ações da Defesa Profissional apoiando o só-cio onde ele precisa: no consultório ou fora dele.

Vamos trabalhar soluções para ajudar o associa-do a enfrentar situações adversas e desafios. É claro que a ABORL-CCF está trabalhando nisso há algum tempo, contudo o passo mais importante foi dado no começo da gestão do Dr. Domingos Tsuji, quando

Vamos ampliar as ações

de Educação Médica

Continuada e trabalhar

soluções para ajudar o

associado a enfrentar

situações adversas e

desafios

Dra. Wilma Anselmo Lima

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PÁGINAS AZUIS

passamos a orientar os colegas que desejam se unir e montar cooperativas. Nossa meta é ajudar a todos aqueles que desejam seguir em frente com essa ideia. 2016 foi um ano de teoria, em que passamos muita orientação, o Dr. Domingos e o Comitê de Defesa Profissional trabalharam muito em cima disso. Ago-ra, caberá a nós tratar da parte prática, e fazer com que 2017 seja o ano da ação. Queremos, até o final do ano muitas cooperativas formadas em diferentes localidades, realizando um trabalho conjunto com a ABORL-CCF.

VOX: Quais outras ideias a senhora implementará em sua gestão frente à ABORL-CCF?

WA: Durante 2016, discutimos várias ideias que serão postas em prática agora. O grupo do Brazilian Jour-nal, por exemplo, fará uma atualização do nosso Tra-tado, que estará disponível aos nossos associados no 47° CBO. Vamos fazer um livro, mais enxuto que a versão anterior, e um e-book com todos os capítulos, mais vídeos e figuras. Isso é uma demanda importan-tíssima dos nossos sócios. Além disso, vamos montar uma biblioteca virtual, que proporcionará a todos os associados o acesso às principais revistas internacio-nais. Vamos estreitar mais ainda a proximidade com as regionais, conversando com os presidentes, sentin-do suas necessidades em questões administrativas e jurídicas - vamos expor ideias prestando total apoio.

Deixaremos os eventos itinerantes a cargo das regio-nais, dando apoio técnico e logístico necessários.

VOX: Estamos com os Comitês cada vez mais fortaleci-dos, com atuação dos mais jovens. Qual a sua opinião a respeito disso?

WA: A consonância entre o trabalho dos mais experien-tes e a renovação dos mais jovens tem sido um dos pon-tos mais fortes da ABORL-CCF nos últimos anos. Isso porque mescla a vasta experiência de alguns com a mo-dernidade e inovação de outros, criando a medida exata para uma atuação forte e construtiva.

VOX: E o que mais o associado pode esperar da sua gestão?

WA: Iremos manter o nível de nossas atividades tradicio-nais, como o Exame de Título de Especialista e a avalia-ção dos serviços de residência. Também iremos reforçar nossos canais de comunicação e formas de mídia, bem como o nosso conteúdo científico. O mesmo será feito com questões éticas e jurídicas, através da disponibili-zação de materiais produzidos pelos comitês compe-tentes e do atendimento específico para cada associado que nos procurar. Com a participação dos membros da ABORL-CCF e de todos os associados, vamos nos em-penhar o máximo possível para melhorar a valorização da especialidade e facilitar o aperfeiçoamento da atuação de nossos colegas otorrinolaringologistas.

Nascida em Taquaritinga (SP), possui graduação em Medicina

pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (1982), mestrado

e doutorado em Otorrinolaringologia pela FMRP-USP; atualmente é

Professora Titular do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringo-

logia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da FMRP-USP; Presidente da

ABORL-CCF; tem experiência na área de Otorrinolaringologia, com

ênfase em Rinologia, atuando principalmente nos seguintes temas:

respiração bucal, obstrução nasal crônica, rinossinusites agudas e

crônicas, cirurgia de base de crânio.

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ESPAÇO AO LEITOR

A ABORL-CCF QUER SABER A SUA OPINIÃO!

Envie suas ideias para o nosso Departamento de Comunicação

A partir desta edição, está ainda mais fácil falar com o nosso Comitê de Comunicação. Se você tem alguma dú-vida, quer dar uma sugestão de pauta, fazer um elogio ou externar a sua reclamação, este é o seu espaço. Envie um e-mail para [email protected] ou uma mensagem via WhatsApp para (11) 95266-1614. As mensagens podem ser publicadas de forma resumida por questões de espaço ou de clareza. Sua opinião é muito importante – e nos ajudará a melhorar cada vez mais a nossa Associação.

Cursos à distânciaSou otorrinolaringologista no interior de

Minas Gerais e gostaria de sugerir à Associação, devido à dificuldade de deslocamento que tenho por morar numa área afastada, a disponibilização no site de aulas de temas diversos, como cirurgias, para todos os sócios. Desde já, obrigado!

Dr. Bruno Salvato Silveira, Caratinga (MG)

Banco de fornecedoresGostaria de solicitar à ABORL-CCF a orga-

nização de um banco de fornecedores de insu-mos para a prática otorrinolaringológica, como fotóforos, fontes de luz, endoscópios, material cirúrgico etc, para que possamos adquiri-los por um valor reduzido quando negociamos di-retamente com o fornecedor. Ou que o banco seja um intermediador – no sentido de baixar os preços. Seria interessante pensar em uma for-ma mais vantajosa para nós, sócios da ABORL--CCF. Fica a sugestão.

Dr. Eduardo Bezerra Rocha, Fortaleza (CE)

Softwares confiáveisUm grande problema que temos no consultório

são os softwares que usamos no dia a dia. Sugiro à ABORL-CCF contratar uma empresa para fabri-car softwares de consultório e disponibilizar esses produtos para os seus associados. Acredito que dois softwares são prioritários: prontuário com fatura-mento de clínica; e audiometria e imitanciometria.

Prof. Dr. Lucas G. Patrocinio, Uberlândia (MG)

Nota da Diretoria Executiva - ABORL-CCF: Ini-ciamos uma parceria com as empresas, para fo-mentar descontos substanciais para nossos asso-ciados. Estamos trabalhando para ampliar esta parceria nos próximos meses, com a garantia de produtos e equipamentos de qualidade, com descontos exclusivos.

Nota da Diretoria Executiva - ABORL-CCF: Para garantir total segurança aos nossos asso-ciados, buscamos no mercado softwares, devi-damente homologados no CFM e SBIS. No decorrer das avaliações iniciadas em 2015, muitos softwares foram descredenciados, o que dificultou um pouco as negociações, mas temos duas opções totalmente regularizadas e que em breve serão divulgada aos nossos associados.

Nota da Diretoria Executiva - ABORL-CCF: O Comitê de Educação Médica Continuada iniciará, a partir do próximo mês de março, o Curso de Atualização de A a Z. Além disso, o Comitê também estreia em breve o projeto ORLTube, voltado exclusivamente aos associa-dos da ABORL-CCF. Por enquanto, já é pos-sível acessar ações como o Projeto Graduação e o Orientação de Carreira, disponíveis na aba Educação, em nosso site. Acompanhe as próxi-mas edições da VOX OTORRINO para mais informações.

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Atender bem os seus pacientes é umaprioridade para você?

Etapa 1 | ExpectativaO paciente recebe o atendimento no Otorrinolaringologista, que realiza o diagnóstico da perda auditiva, indica o tratamento e direciona para o centro auditivo. Temos os materiais Encaminhamento Médico e Prisma ORL para auxiliar na orientação.

Etapa 2 | ExperiênciaNo Centro Auditivo ReSound, o paciente é atendido por fonoaudiólogos treinados e capacitados para oferecer ampla assistência, com: Protocolo de Atendimento, Prisma Fono, Experiência com os Aparelhos Auditivos, Protocolo de Zumbido.

Etapa 3 | VivênciaPara garantir sempre a adaptação ideal, inserimos o paciente no Programa de Acompanhamento. Nosso objetivo é contribuir continuamente para trazer mais qualidade de vida ao usuário.

Para aResound também!

Possuímos o Programa de Atendimento ao Paciente ReSoundpara oferecer o melhor atendimento e facilitar a adaptação dos aparelhos auditivos.

São 3 etapas de acompanhamento e a sua participação é fundamental.

Participe e aproveite todasas vantagens que este programa

traz para os seus pacientes.

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Atender bem os seus pacientes é umaprioridade para você?

Etapa 1 | ExpectativaO paciente recebe o atendimento no Otorrinolaringologista, que realiza o diagnóstico da perda auditiva, indica o tratamento e direciona para o centro auditivo. Temos os materiais Encaminhamento Médico e Prisma ORL para auxiliar na orientação.

Etapa 2 | ExperiênciaNo Centro Auditivo ReSound, o paciente é atendido por fonoaudiólogos treinados e capacitados para oferecer ampla assistência, com: Protocolo de Atendimento, Prisma Fono, Experiência com os Aparelhos Auditivos, Protocolo de Zumbido.

Etapa 3 | VivênciaPara garantir sempre a adaptação ideal, inserimos o paciente no Programa de Acompanhamento. Nosso objetivo é contribuir continuamente para trazer mais qualidade de vida ao usuário.

Para aResound também!

Possuímos o Programa de Atendimento ao Paciente ReSoundpara oferecer o melhor atendimento e facilitar a adaptação dos aparelhos auditivos.

São 3 etapas de acompanhamento e a sua participação é fundamental.

Participe e aproveite todasas vantagens que este programa

traz para os seus pacientes.

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47º CBO SEM FRONTEIRAS

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Reunindo exuberante natureza e um conservado patrimônio histórico, aliados à infraestrutura digna de cidade grande, Florianópolis será sede

do 47º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial , entre os dias 01 e 04 de no-vembro de 2017. Simultaneamente, ocorrerão o Con-gresso Luso-Brasileiro, o IV Congresso da Academia Ibero-Americana e o fórum Ibero-Latino-Americano. Com isso, o Centro de Convenções de Florianópolis (CentroSul) receberá o evento que promete ter a maior participação de palestrantes e congressistas internacio-nais de todos os congressos da ABORL-CCF,

“Floripa” é uma das três capitais insulares do Brasil e com inúmeras opções de lazer nos momentos de folga do congresso. Florianópolis abriga, em seus 436,5 qui-lômetros quadrados, lagoas, dunas, trilhas em meio à Mata Atlântica, praias paradisíacas, casario colonial dos séculos XVII e XVIII, sítios arqueológicos, e, devido ao seu refinamento, boates badaladas e restaurantes de re-nome. As regiões competem em atrativos: ao leste, as praias Mole e Joaquina oferecem muito surf e paquera; ao norte, a famosa Jurerê, dividida entre a parte “tradi-cional” (com casas residenciais e águas tranquilas) e a chamada Jurerê Internacional, conhecida por atrair um público jovem e endinheirado, que festeja dia e noite. Finalmente, ao sul, o turista encontra as praias rústicas, como a Lagoinha do Leste. São muitas as opções de di-vertimento, basta escolher a que mais lhe agrada!

A história da cidade e seus encantos atuais

Florianópolis foi colonizada por imigrantes aço-rianos e, portanto, mantém em suas pequenas vilas as manifestações religiosas e culturais trazidas pelos portugueses. Nos povoados de Ribeirão da Ilha e de

47º CBO: SEM FRONTEIRAS

Ilha da Magia será palco do 47º CBO e promete abrigar o maior número de palestrantes e congressistas internacionais da história da ABORL-CCF

Por Bruno Bernardino | Foto: divulgação

Santo Antônio de Lisboa, por exemplo, as heranças estão preservadas nos casarios e na arquitetura, no artesanato em cerâmica e renda, e na culinária dos vários restaurantes espalhados pela Lagoa da Conceição, no centro da ilha, muito visitada por praticantes de vela, windsurf e kitesurf. Por lá estão, também, a maioria dos bares, boates e cafés, com diversão para to-dos os gostos.

No roteiro leste, há trilhas e caminhos sem habita-ção humana, mantendo paisagens de natureza intacta. Para quem gosta de passeios de barco, é só seguir rumo à Costa da Lagoa, que abriga cachoeira, restaurantes tí-picos e lojas de artesanato, e tem acesso pelo mar ou, se preferir, por trilha a pé. Nesta região leste, há também a praia da Galheta, uma espécie de extensão da praia Mole, reservada ao naturismo.

Partindo para a região norte, a mais populosa durante a alta temporada, devido à infraestrutura na prestação de serviços e variadas atrações turísticas, há praias de águas quentes e calmas, preferência dos banhistas. Para os con-gressistas que viajarão com a família, os mares calmos de Daniela, Canasvieiras, Cachoeira do Bom Jesus, Ponta das Canas, Lagoinha e Jurerê Tradicional são a pedida para quem estiver com crianças. Na parte “Internacio-nal”, há badalação diariamente nos vários clubes de praia, com música eletrônica soando ininterruptamente, e reu-nião de celebridades. Há opções para os surfistas nas boas ondas das praias de Ingleses, Brava e Santinho. Em Cacu-pé, Sambaqui e na Praia do Forte, há restaurantes típicos, que servem moluscos frescos e apresentam a tradicional arquitetura açoriana. Nas praias do Forte, inclusive, e em outras duas ilhas, Anhatomirim e Ratones, há fortalezas

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47º CBO SEM FRONTEIRAS

construídas por portugueses, no século XVIII. Valem um passeio de escuna, com direito a guia turístico.

Na porção sudoeste da Ilha, há o casario histórico, da época do Brasil Colonial. Por lá, acontece um corredor gastronômico, concentrado na Freguesia do Ribeirão da Ilha e baseado em ostras e mariscos. Na porção sudeste, há trilhas pela Mata Atlântica e praias de ondas media-nas, ideal para o aprendizado do surfe, além do Parque da Lagoa do Peri, maior lagoa totalmente de água doce potável da costa catarinense e, também, maior manan-cial de água potável da Ilha.

No Centro estão concentrados os pontos turísticos não naturais, conservando o passado colonial, que deu origem à Florianópolis (antiga Vila de Nossa Senhora do Desterro). Anote na agenda as visitas obrigatórias:

a Ponte Hercílio Luz (principal cartão-postal da cida-de), o Mercado Público Municipal (coração do centro histórico), e a Praça XV de Novembro, onde, em 1662, o bandeirante paulista Francisco Dias Velho fundou a vila que viria a ser a capital de Santa Catarina. Nesta região há também museus que narram o nascimento da cidade, com seus mobiliários, obras de arte, objetos e documentos oficiais e particulares. Há, também, feiras de artesanato e muita vida noturna, que prolifera em meio à arquitetura.

Para apreciar a vista, vale a pena subir ao Mirante do Morro da Cruz (onde se concentram as emissoras de TV) ou curtir o pôr-do-sol na Avenida Beira-mar Norte, principal avenida da cidade.

Florianópolis encanta por suas belezas, pois reúne, em um só lugar, diversão, prazer e tranquilidade. Não à toa, foi considerada pela ONU (Organização das Nações Uni-das) a terceira melhor cidade para se viver no Brasil, das 50 ranqueadas, graças aos altos índices de desenvolvimento da educação, renda e expectativa de vida. É, por isso mes-mo, o lugar ideal para abrigar o congresso que ultrapas-sará fronteiras com seus renomados convidados nacionais e internacionais. “É um orgulho para nós fazer parte do evento mais importante do calendário da ABORL-CCF. Estamos trabalhando para que o congresso seja uma expe-riência positiva para todos em termos de enriquecimento científico, confraternização e união para a especialidade. Convido a todos para fazer parte desse grande evento”, declara o Dr. Fabio Zanini, presidente do 47° CBO.

Acesse o aplicativo oficial da cidade, o Minha Floripa, que reúne informações sobre os atra-

tivos da cidade e dados como mapas e trans-porte, além de apresentar a agenda de eventos

de Florianópolis. Basta procurar na App Store ou no Play Store por: “Minha Floripa”. <http://www.pmf.sc.gov.br/entidades/turismo/index.php?cms=aplicativo+minha+floripa&menu=0>

Saiba maisAÇORIANOSOs Açores são ilhas que for-mam um arquipélago situado no oceano Atlântico. Coloni-zados por portugueses, os Açores hoje fazem parte da República Portuguesa.

PONTE HERCÍLIO LUZCom 90 anos, é a maior ponte pênsil do Brasil. Foi construída com o objetivo de ligar a ilha ao continente e pesa, aproximada-mente, cinco mil toneladas.

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O QUE DIZ A LEI

A relação entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços não é a das mais amisto-sas no âmbito empresarial. Isso é resultado dos

grandes embates travados entre as entidades de classe, de proteção aos pacientes, Agência Nacional de Saúde Su-plementar (ANS) e planos de saúde para regulamentar o setor e manter a segurança jurídica nas relações médico x planos de saúde x paciente.

A lei 13.003/2014, mais conhecida como Lei da Con-tratualização, é um grande avanço no setor. Contudo, ainda requer aprimoramento para regulamentar de forma adequada as glosas – termo utilizado para definir a nega-tiva de pagamento parcial (ou total) por parte das opera-doras de planos de saúde por procedimentos realizados. A glosa é quase uma unanimidade, no âmbito das principais reclamações dos médicos, quando o assunto é a relação entre esses profissionais e os planos de saúde.

glosa nos contratos, abrangendo prazos para contestação, para resposta da operadora e para pagamento dos serviços em caso de revogação da glosa aplicada. E vale destacar que, de acordo com o artigo 14 da RN-ANS 363/2014, o prazo acordado para contestação da glosa deve ser igual ao prazo acordado para resposta da operadora.

Um estudo recente observou que materiais e medi-camentos são os que mais impactam na ocorrência de glosas para as contas hospitalares (em torno de 33%) e para as internações em UTI (cerca de 54%). Isso evi-dencia que a gestão adequada dos recursos na área da saúde – seja do ponto de vista da utilização dos materiais e medicamentos ou dos recursos pessoais – é o que torna possível a capacitação de pessoas e a integração da equi-pe, fazendo com que todos contribuam para o correto preenchimento de formulários e relatórios.

Uma dica para diminuir a ocorrência de glosas é buscar a melhoria do desempenho organizacional, capacitando e orientando os profissionais quanto ao preenchimento cor-reto de formulários e relatórios. Também é igualmente im-portante agregar conhecimentos de auditoria e desenvolvi-mento de habilidades sobre custos para o gerenciamento dos serviços e, consequentemente, redução de glosas.

Vale lembrar que a ANS é o órgão que regulamenta e fiscaliza as operadoras de planos de saúde, e, portanto, competente para apurar denúncias de práticas contrárias às leis que regulamentam o setor, com aplicação de pena-lidades pertinentes a eventuais infrações legais por parte dos planos de saúde. E, ainda, lembrar que a cobrança de valores devidos e não pagos pelos planos de saúde podem ser objeto de discussão junto ao Poder Judiciário, não só para a cobrança destes, como eventual reparação de danos materiais e morais – neste caso, caberá ao advogado ava-liar a questão e propor a melhor medida judicial cabível.

Por ABORL-CCF*

Entenda como a negativa de pagamento acontece, e o que fazer para evitá-la

GLOSAUMA QUESTÃO TEMIDA PELOS

PROFISSIONAIS E INSTITUIÇÕES DE SAÚDE

Como as glosas ocorrem?

De modo geral, a glosa está condicionada a diversos motivos, tais como:

• Preenchimento inadequado de guias e formulários;

• Codificação incorreta do procedimento;

• Falta de relatório médico;

• Preenchimento de dados em desacordo com padrão TISS;

• Ausência de formulários e/ou divergência de valores entre o preenchimento e o acordado em contrato.

De acordo com a Lei da Contratualização, deve ha-ver a previsão expressa e clara da rotina administrativa de

* Este conteúdo foi preparado pelo Departamento Jurídico e pelo Comitê de Defesa Profissional da ABORL-CCF. Envie suas dúvidas e sugestões para [email protected]

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GESTÃO E CARREIRA

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UMA INICIATIVA QUEconecta surdos oralizados

ao redor do mundoConheça o CI Users World Map, a rede social dedicada a usuários de implante coclear

por Luan Sicchierolli

“Para nós, que nos dedicamos diariamente não só à reabilitação auditiva, mas à sua divulgação, é um projeto muito apaixonante”

Dr. Luciano Moreira

Com o objetivo de aproximar as pessoas que uti-lizam implante coclear no mundo, o otorrino-laringologista Dr. Luciano Moreira e a esposa,

a escritora e também usuária de IC Paula Pfeifer, cria-ram uma rede social dedicada a surdos oralizados, o CI Users World Map. As primeiras ideias sobre o projeto começaram a tomar forma em 2014. Na ocasião, Paula estava em um voo entre Rio de Janeiro, cidade onde mora o Dr. Luciano, e Santa Maria (RS), terra natal da escritora. “Nada me tirava da cabeça que era preciso criar um modo de conectar surdos oralizados. As pes-soas, no Brasil, ainda acham que todo surdo é mudo e usa língua de sinais. Enquanto isso, são milhares de pessoas com aparelhos auditivos e implantes cocleares por aí. Comentei a ideia inicial com o Luciano e, juntos, fomos aprimorando até chegarmos no mapa-múndi de implantados”, relata.

O casal se conheceu por intermédio do site Crô-nicas da Surdez, criado por Paula, onde, além de es-crever sobre o tema, ela também traz histórias vividas por pessoas que passam pela mesma situação, entre outros assuntos. No final de 2015, após a dupla dis-cutir muitas ideias, o CI Users World Map começou a ser executado.

O otorrinolaringologista, que também é o cria-dor do Portal Otorrino, confessa que o processo de criação da rede social passou por algumas dificulda-des, como ideias divergentes sobre as ferramentas do projeto. “Foi desafiador, pois somos um casal com duas visões diferentes do mesmo mundo: eu, otorri-nolaringologista, ela, surda usuária de implante cocle-ar. Em alguns momentos, algo que eu achava impres-cindível, ela achava desnecessário, vice-versa”, conta. O especialista também explica que o desafio maior

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GESTÃO E CARREIRA

“Nada me tirava da cabeça que era preciso criar um modo de conectar surdos oralizados. As pessoas, no Brasil, ainda acham que todo surdo é mudo e usa língua de sinais”

Paula Pfeifer

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foi condensar as várias ideias e segurar a ansiedade, pois ferramentas extras demandariam muito tempo para serem desenvolvidas junto aos programadores, o que levaria, também, a um investimento financei-ro considerável.

Em sua maioria, a divulgação do site tem sido por meio do boca a boca, passando pela internet. De acordo com o Dr. Luciano, a adesão inicial foi rápida e o feedback recebido até o momento é muito interessante. O médico também diz que esses depoimentos serão usados para

Objetivos que o CI Users World Map

pretende atingir:• Mostrar como a perda auditiva é comum no mun-do moderno;

• Promover a saúde auditiva;

• Ajudar usuários de implante coclear do mundo in-teiro a quebrar as barreiras geográficas e comparti-lhar seus desafios, experiências e vitórias;

• Fazer com que o maior número de pessoas co-nheça e promova a reabilitação auditiva através da tecnologia do implante coclear.

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“Sempre quisemos nos unir e sempre tivemos curiosidades em saber onde estavam os outros implantados do planeta”

Roner Dawson

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Pesso

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implementarem melhorias e novidades futuras. O CI Users World Map já está próximo de ter 1.000 PIN’s registrados. A maior parte deles vêm do Brasil; no en-tanto, Portugal, Reino Unido e Israel também possuem grandes concentrações de usuários. Inclusive o Uzbe-quistão possui PIN’s na rede social.

Como funcionaNo cadastro, depois de responder a algumas pergun-

tas, o usuário faz o seu PIN no mapa. Após isso, ele poderá fazer contato com outras pessoas, desde que estas tenham aceitado receber mensagens. Ainda, o projeto visa ajudar as pessoas a contatarem implantados para sanarem dúvidas, bem como compartilharem histórias de vidas parecidas e conhecer implantados de outras ci-dades, estados ou países.

Um dos primeiros cadastrados foi Roner Dawson, que conheceu a rede por meio de uma mensagem de Paula Pfeifer em um grupo criado no aplicativo WhatsApp. “É uma ideia interessante, sempre quise-mos nos unir e sempre tivemos curiosidades em sa-ber onde estavam os outros implantados do planeta”, afirma. Roner, que ainda não conseguiu encontrar pessoalmente outros usuários da rede, acredita que seu maior benefício é o social. “Mas ela ainda pre-cisa ser mais explorada”, pontua. Paula, por sua vez, revela que já possui planos de encontrar pessoas da rede social em sua próxima viagem. “Eu e Luciano viajamos muito pelo mundo a congressos de Otorri-nolaringologia e eventos, e sempre fico morrendo de vontade de tomar um café com um implantado nas cidades em que estamos. Quando chegava a algum lugar, logo pensava: ‘Como vou encontrar um usu-ário de IC em Dubai?’ Nossa próxima viagem será a Portugal, e já tenho encontro marcado com muitos usuários da rede em Lisboa”, comenta.

Planos para o futuroEm breve, o Dr. Luciano Moreira pretende apre-

sentar novas funcionalidades do site. “Queremos que usem a rede para fazer intercâmbios, conhecer pessoas, encontrar audiologistas e equipes de implante em qual-quer lugar do mundo. Ofereceremos a possibilidade de profissionais envolvidos estarem no mapa. Assim, espe-ramos que o CI Users World Map em breve se torne não só um ponto de encontro para os implantados do mundo inteiro, mas também uma maneira de encontrar os profissionais e soluções que o paciente está buscando. Para nós, que nos dedicamos diariamente não só à rea-bilitação auditiva, mas à sua divulgação, é um projeto muito apaixonante”, finaliza.

Para conhecer os sites criados pela escritora Paula Pfeifer (Crônicas da Surdez) e o Dr. Luciano Moreira (Portal Otorrino), assim como a rede social CI Users World Map, basta acessá-los pelos QR Code abaixo:

CI Users World Map <http://www.cochlearimplantusers.com/ciusermap>

Crônicas da Surdez <www.cronicasdasurdez.com>

Portal Otorrino<http://portalotorrino.com.br/>

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Por Carol Herling | Fotos: divulgação

Para entender os critérios de avaliação dos serviços de Otorrinolaringologia existentes no Brasil, entrevistamos chefes de serviços e especialistas, que nos explicam como é a burocracia

e, também, a batalha para manter o nível de excelência nas instituições de ensino

Após anos sonhando e batalhando para exercer a profissão, os futuros médicos são confrontados sobre qual caminho seguir logo após o final do curso. Mutos sabem “desde sempre” qual especialidade lhes atrai, mas outros tanto se veem invadidos por

uma dúvida sem fim. Isso porque, muitas vezes, ingressar na residência médica é mais difícil que passar no vestibular. Então, a escolha precisa ser a mais precisa possível, pois o médico só terá o título de “especialista” se cumprir o programa integralmente.

Nunca é demais lembrar que a expressão “residência médica” só pode ser empregada para os programas credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). No caso da Otorrinolaringologia, existe uma outra forma de credenciamento, que se dá por meio do Comitê de Residência e Treinamento da ABORL-CCF. Juntando os dois tipos de serviços credenciados e de formação de recursos humanos na área de Otorrinola-ringologia, temos entre 65 e 70 serviços no Brasil.

Da mesma forma que as universidades são regularmente avaliadas pelo Ministério da Edu-cação (MEC), os serviços de residência em ORL também passam por análises criteriosas. Mas, ao contrário do que acontece com os cursos de graduação, não existe um ranking das me-lhores instituições. “O MEC tem uma filosofia que não tabula os serviços por qualificativos. Existem, sim, critérios mínimos para se ter um serviço formador credenciado junto ao órgão. Para a ABORL-CCF é diferente. Há mais de uma década, a Associação tem um ranking que classifica os serviços de A a D”, revela o Dr. Geraldo Jotz, ex-presidente do Comitê de Residên-cia e Treinamento da ABORL-CCF (2015/2016), membro da Câmara Técnica da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM / MEC) e Professor Titular da Universidade Federal

POR DENTRO DOS SERVIÇOS DE RESIDÊNCIA

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CAPACAPA

do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Se o serviço recebe nota D, não é permitida a entrada de novos residentes, mas existe a possibilidade de se credenciar novamente pela ABORL-CCF, cumprindo todas as normativas da Associação. Se a ABORL-CCF achar que os residentes que estão em fase terminal podem acabar a residência ali, a Associação permite. Se achar que não podem, ela os transfere, desde que esse serviço seja só credenciado pela ABORL--CCF, porque a lei maior é do MEC”, diz o ex-presidente, que também explica as diferenças entre os serviços de residência credenciados pela ABORL-CCF e o MEC. “O residente de um serviço credenciado pelo MEC, assim que conclui o período, automaticamente obtém o título de especialista na forma da lei. Quando o residente acaba o terceiro ano de uma especialização credenciada pela ABORL-CCF, ele ainda terá que fazer a prova de especialista. Se um serviço é credenciado tanto pela ABORL-CFF quanto pelo MEC, quem manda na hora da transferência é o MEC, que direcionará o resi-dente. É tudo muito transparente e tranquilo”, assegura.

Avaliação não permite análises subjetivasA avaliação sistemática dos serviços de residência

em Otorrinolaringologia é feita há quase duas déca-das pelos membros do Comitê de Residência e Treina-mento, composto por membros eleitos, gabaritados e treinados para avaliar com o máximo de objetividade e com o mínimo de subjetividade. O processo teve início na gestão do professor José Victor Maniglia, em 2003, quando este foi presidente da Associação. O primeiro Comitê contou com a participação, entre outros nomes, dos professores Agrício Nubiato Crespo e José Alexan-dre Medicis, e foi o responsável por criar os critérios de avaliação. Desde então, os membros da Comissão de Treinamento e Residência vão aos serviços e, com uma lista de elementos, fazem a avaliação e classificam a re-sidência. “Isso, em princípio, causou muito problema de ordem de orgulho nas pessoas: ‘Como meu serviço está sendo mal avaliado? Meu serviço é muito bom’. Na verdade, isso foi ótimo, pois fez com que cada serviço olhasse para dentro de si mesmo e procurasse corrigir onde estavam os defeitos”, afirma o Dr. José Eduardo Dolci, diretor do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e ex-pre-sidente da ABORL-CCF. Segundo o Dr. Dolci, houve uma reestruturação recente nos serviços de residência: “Antes (até 2015), nós tínhamos dezesseis programas de residência médica em Otorrinolaringologia classificados como A, e hoje nós temos apenas sete. Isso significa que nós precisamos melhorar”.

O início das residências

NO BRASILA história dos serviços de residência teve início no Hospital de Servidores do Rio de Janeiro e no Hospital das Clínicas de São Paulo. Houve uma ex-pansão na década de 1950, com o surgimento do serviço de Clinica Médica na Santa Casa de Porto Alegre – quando o professor Eduardo Faraco come-çou a estimular esse tipo de treinamento. Poste-riormente, outros hospitais públicos começaram a descobrir o sistema. Até que, em 05 de setembro de 1977, o decreto de lei presidencial nº 80.281 criou a Comissão Nacional de Residência Médica, que iria regrar o modelo do que deveria ser o serviço de formação. Em 07 de julho de 1981, a Lei nº 6.932 regulamentou como um todo a residência médica no Brasil e, posteriormente, surgiram resoluções da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM / MEC) que normatizaram o seu funcionamento no país das diferentes especialidades médicas. Nos próximos dois anos, deveremos ter uma revisão completa da resolução nº 02/2006 que regulamenta os critérios mínimos de funcionamento institucional e normatiza o conteúdo programático das especiali-dades médicas, segundo o Prof. Geraldo Jotz. “Uma das questões que são debatidas no Ministério da Educação passa pelos critérios mínimos, que dizem respeito à infraestrutura, aos equipamentos que o serviço deve ter, o número de docentes e, em alguns programas, o número de leitos. Mas não falam, na maioria dos programas, sobre as habilidades e ati-tudes que devem ser desenvolvidas ao longo dos anos de residência médica. Esse é um dos pontos fortes que o Ministério da Educação vai modificar no que tange aos requisitos mínimos”, revela.

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“Até 2015, tínhamos dezesseis programas de residência médica classificados como A. Hoje, são apenas sete. Precisamos melhorar”

Dr. José Eduardo Dolci

Pelo estatuto da ABORL-CCF, somente os 12 membros eleitos para o Comitê de Residência e Trei-namento estão aptos a avaliar os serviços. A avaliação realizada pela ABORL-CCF é feita por duas pessoas, de modo totalmente on-line. “Esta é uma das inova-ções implantadas pela nossa Associação. O avaliador entra em nosso sistema e começa a preencher durante a visita. Após a análise da produção científica, da ve-rificação da infraestrutura do serviço e das entrevistas com os residentes, a avaliação é fechada e enviada. O avaliador não sabe a nota do serviço, pois ele simples-mente preencheu ‘sim’ ou ‘não’ nas questões. Somen-te a secretária do Comitê e o presidente têm acesso ao resultado final. A avaliação é estritamente objetiva e, por estar na nuvem, ela se eterniza. Daqui a 10 anos, se o avaliador quiser ver a última avaliação, ele conse-guirá”, comenta o Dr. Jotz.

Os avaliadores levam em conta a caracterização geral do serviço, sua infraestrutura, atividades de formação, a avaliação do corpo docente, do corpo discente e da produção científica. E, obviamente, a formação e o treinamento em todas as subáreas que compreendem a formação de um otorrinolaringolo-gista. O serviço também é melhor avaliado de acordo com o número de preceptores em relação ao número de residentes sendo formados – quanto melhor a qua-lificação desses preceptores, mais o serviço será valo-rado. E, quanto mais oportunidades o residente tem, melhor. Segundo o Dr. Jotz, “O serviço que permite ao residente realizar os mais variados procedimentos, tem um diferencial sobre aqueles em que o residen-te só auxilia participando, mas não operando. Todos esses detalhes são pontuados no ranking final e em uma nota, que refletem questões de avaliação e de in-fraestrutura. A produção científica, por exemplo, tem apenas os três últimos anos avaliados. Mas o serviço é avaliado a cada cinco anos. A instituição não deve se preparar para a avaliação. A produção deve ser uma constante”, explica.

A regra aplicada pela ABORL-CCF no julgamen-to de um serviço é simples. As instituições que rece-bem nota A são avaliadas a cada seis anos. Com nota B ou B+, os avaliadores retornam a cada cinco anos. Serviços com nota C ou C+ passam a ser avaliados a cada 4 anos. Os que recebem nota D são descreden-ciados e impedidos de abrir novas turmas – e se a ABORL-CCF entender que os residentes não pode-rão concluir a residência de forma satisfatória, a As-sociação transfere esses alunos. “Mas isso só é válido se esse serviço for credenciado apenas por nós, já que a lei maior é do MEC”, justifica. Essas instituições

podem, segundo o Dr. Jotz, pedir um novo creden-ciamento: “É possível, contanto que o serviço volte a cumprir toda as nossas normativas. Após essa eta-pa, uma nova vistoria poderá ser solicitada”. Também é importante destacar que os residentes podem de-nunciar à ABORL-CCF, anonimamente, um serviço ruim. “Isso pode ser feito a qualquer momento. Ca-berá ao Comitê de Treinamento e Residência visitar o local, já que os membros têm total autonomia para isso”, assegura o Dr. Jotz.

As visões de quem vive o dia a dia nos serviços

Chefe do serviço de residência em Otorrinolarin-gologia da UFRJ há 30 anos, o Dr. Shiro Tomita lida, todos os anos, com nove residentes. Ao final de cada período, três se formam. Estando à frente de uma das residências mais concorridas do país e atuando no úni-co hospital público do Rio de Janeiro credenciado no programa de saúde auditiva do Ministério da Saúde,

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o Dr. Shiro explica com simplicidade como as coisas funcionam em terras cariocas. “Nosso serviço funciona bem porque temos plena consciência que podem existir falhas em qualidade e em quantidade no staff, e se elas acontecem, as solucionamos rapidamente. Aqui, damos a possibilidade de escolha aos residentes, que podem optar pelo que de fato querem dentro de todas as subes-pecialidades da Otorrinolaringologia. Procuramos des-cobrir os talentos dos residentes, ampliando e intensifi-cando essas habilidades e seus conhecimentos técnicos. Valorizamos o olhar de cada um deles sobre o paciente, pois isso é importante na construção de um modelo de relação médico-paciente. Dessa forma, criamos uma sintonia entre os profissionais envolvidos”, conta.

Todas as quartas-feiras, o Dr. Shiro e sua equipe desenvolvem, além dos conhecimentos científicos, o culto aos valores da humanização da Medicina e da profissão. “Procuramos construir um modelo de li-derança e de trabalho em equipe. Orientamos quem entra em nossa especialidade, descobrindo suas ha-bilidades, ampliando e intensificando talentos para

orientar a trajetória na especialidade”, detalha. Para ele, não há nada mais importante que direcionar os estudantes de acordo com os seus interesses e apti-dões. “É assim que olhamos o que deve ser feito. Não é só aprendizado técnico, e, sim, a parte humanitária que vai envolver essa relação entre nós, os pacientes e as famílias”, enfatiza.

Para ele, não há alegria maior em contemplar a fi-nalização de um aluno. “Tenho a certeza de que houve um bom ensinamento no serviço, e vejo a maioria es-tabelecendo carreiras consolidadas e com sucesso total. Mandamos constantemente residentes ao exterior para cursos”, orgulha-se. Mas, nem tudo são flores: sua preo-cupação é o que chama de “proliferação exagerada” dos cursos de Medicina: “Muitos não possuem qualificação, nem o corpo docente e a infraestrutura necessários para atender bem aos alunos. Como fazer residência sem oferecer um hospital ou um pronto-socorro? São nes-ses locais que os treinamentos acontecem e, sem eles, o aprendizado fica comprometido. Muitas faculdades pedem convênios com hospitais, inclusive particulares, que não são ligados à área acadêmica, o que pode pro-vocar uma sensação de que está ‘faltando algo’ ao futuro otorrino”, declara.

Segundo o Dr. Eduardo Macoto Kosugi, docen-te da Unifesp e chefe da disciplina de Rinolaringo-logia, a instituição tem conceito A junto à Asso-ciação. “Estamos bem estruturados com todos os setores da ORL. Nosso serviço é antigo: para se

ter uma ideia, a faculdade é de 1933. Uma gran-de vantagem do nosso serviço é que ele dá uma boa

formação prática e possibilidade para seguir a área de docência. Incentivamos demais quem quer docência e pesquisa, embora a procura esteja caindo um pouco. Por isso, quando aparece um interessado, a gente incen-tiva. A disputa por nossas vagas é muito concorrida e a seleção, muito rigorosa”, relata.

Em sua opinião, a maioria dos grandes serviços tem todos os setores bem estruturados. E há uma grande variedade. Contudo, assim como o Dr. Shiro Tomita, o Dr. Kosugi vê a abertura indiscriminada de escolas como um problema. E vai além. “O Brasil vive uma dis-tribuição inadequada dos serviços. É tudo concentrado no Sudeste, e isso faz com que a gente absorva residen-tes de todo o país, que não voltam para suas regiões de origem e, assim, causam deficiência de profissionais em outros locais”, lamenta.

Mesmo com equipamentos bem atualizados, “apesar de a Unifesp ser um serviço público”, a residência da Uni-fesp enfrenta problemas como qualquer hospital público. “Mas, através do Instituto de Otorrinolaringologia e

CAPACAPA

“Procuramos construir um modelo de liderança e de trabalho em equipe, descobrindo as habilidades, ampliando e intensificando talentos”

Dr. Shiro Tomita

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VOCÊ SABIA?Pode acontecer de uma instituição credenciada pelo Ministério da Educação (MEC) não ser aprovada pela ABORL-CCF.

Diferentemente da Associação, o MEC não trabalha com notas – apenas informa se o serviço está cre-denciado ou não. O sistema de avaliação do MEC funciona a partir de critérios mínimos, e dois avalia-dores fazem a vistoria, usando o sistema on-line da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). “Dois avaliadores da Câmara Técnica, da qual eu faço parte, veem as avaliações de outros estados. Nós nunca podemos ver as avaliações dos nossos estados, é uma questão ética e de conflito de inte-resses. A Câmara Técnica avalia o relatório dos ava-liadores e pode: dizer que concorda com o parecer e encaminhar à plenária para ser votado; dizer que não concorda com o parecer e encaminhar para a plenária com um voto discordando do parecer; ou devolver para o avaliador para ajustes, dentro do que a Câmara Técnica orientar”, explica o Dr. Jotz. A ABORL-CCF, independentemente disso, pode di-zer que o serviço não tem condições de funcionar – mesmo que o MEC o tenha credenciado –, porque os critérios são diferentes. “Não quer dizer que a ABORL-CCF esteja certa e o MEC esteja errado. A lei que vigora no MEC apresenta critérios mínimos, e as nossas resoluções no Comitê de Residência e Treinamento da ABORL-CCF são mais detalhados que o MEC. Nós solicitamos mais infraestrutura, um maior número de recursos humanos e uma maior qualificação dos preceptores que o MEC não pede. Na forma da lei 6.932, um serviço para poder formar residentes tem que ter médicos especialistas. Isso para o MEC é o topo, não precisa ter mestres dou-tores. Para nós, tem que ter mestres doutores para qualificar mais ainda”, exemplifica o Dr. Dolci.

“O serviço que permite ao residente realizar os mais variados procedimentos tem um diferencial sobre aqueles em que o residente só auxilia participando, mas não operando”

Dr. Geraldo Jotz

Cirurgia de Cabeça e Pescoço (IOCP), fazemos cursos para conseguir financiamentos, com a verba revertida em material para atendimento e melhoria da infraestrutura. Os palestrantes vão de graça”, revela. Em sua avalia-ção, as pessoas que trabalham no serviço são dedicadas ao ensino dos alunos e dos residentes: “Temos também muitos voluntários, que são pessoas que gostam de es-tar lá e se dedicam à formação de novos profissionais. Sou muito grato a todo o corpo clínico, e a Escola Pau-lista não seria grande sem esses voluntários”.

Formar bons profissionais, para o Dr. Eduardo Ma-coto Kosugi, só valoriza a especialidade. “Muita gente vê a ORL como uma especialidade simples, mas ela é grande, dada a variedade de doenças que trata. E as pes-soas que a procuram são dinâmicas, gostam de ser reso-lutivas”, acredita.

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CIRURGIA PLÁSTICA DA FACE E A

OTORRINOLARINGOLOGIA: DIÁLOGO ÉTICO E CONCILIAÇÃO

CAPAESPECIAL

Por Antonio C. Cedin, presidente da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica de Face (ABCPF)

A prática da ci-rurgia estética da face pela

especialidade de Otor-rinolaringologia aconte-

ce desde os tempos do otor-rinolaringologista considerado o

pai da cirurgia plástica, Harold Gilles. O cirurgião e tantos outros otorrinos estão entre os precursores da cirurgia plástica facial. O histórico da atuação dos otorrinolaringologistas brasileiros nessa área data de muitos anos, com a realização de cursos de instrução que uniam nossa especialidade aos cirurgiões plásti-cos, como o Professor Ivo Pitanguy.

O programa de residência em Otorrinolaringo-logia do MEC, na resolução 02/2006, preconiza o ensino de todos os procedimentos estéticos da face, algo contemplado pelo próprio estatuto da ABORL--CCF. A cada dia temos mais colegas que se dedi-cam ao seu ensino e aprendizado, aprimoram-se e oferecem aos seus pacientes um trabalho ético e de excelentes resultados. Entretanto, temos observado uma crescente oferta de procedimentos estéticos

faciais por não médicos, o que infringe a prerrogativa do ato médico, bem como compromete sobremanei-ra a saúde da população, o que é evidenciado pelos noticiários e em inúmeras ações na justiça.

A proliferação de cursos de treinamentos dirigidos por médicos não habilitados, sem critérios rígidos de se-leção e emitindo certificados de especialização em plás-tica facial são contrárias às diretrizes vigentes do Conse-lho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). São responsáveis, também, por gran-de parte das complicações cirúrgicas e divulgação antiéti-ca de suas práticas.

Nós, otorrinolaringologistas, unidos às demais espe-cialidades médicas habilitadas a realizar procedimentos estético-faciais, nos sentimos aviltados e temos lutado por direitos de ensino e atuação na área.

A ABORL-CCF, que nos titula como especialistas, junto à AMB e à nossa Academia Brasileira de Cirurgia Plástica Facial (ABCPF) têm o objetivo de zelar por crité-rios adequados para a qualificação em cirurgia estética da face e proporcionar oportunidades de cursos de formação. Isso é importante para obtermos um maior contingente de

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Reunião da ABCPF discute a atuação da Otorrinolaringologia na cirurgia plástica facial

Presidentes da ABORL-CCF, Dra. Wilma e da Academia de Plástica da ABORL-CCF, Dr. Cedin, em reunião com a diretoria da SBCP, em São Paulo

Dr. Ivo Pitanguy e Dr. Cedin, orl unida à cirurgia plástica facial, em foto dos anos 1990

otorrinolaringologistas atuando na área. Ao mesmo tempo, estamos empenhados em discutir estratégias conciliatórias que possibilitem minimizar conflitos de interesses com ou-tras especialidades que atuam no mesmo segmento.

Apoiado irrestritamente pela ABORL-CCF soli-citei, como presidente atual da nossa academia, uma reunião com a diretoria da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica Facial (ABCPF) para tratarmos dos temas de interesses comuns às especialidades. Nessa oportunidade, reafirmamos que os especialistas em Otorrinolaringologia realizam todos os procedimen-tos de plástica facial, respaldados pelas diretrizes do CNRM e da ABORL-CCF, e que a cada dia mais co-legas da especialidade se dedicam a essa prática.

Detalhamos toda a nossa grade programática oficial da residência e dos fellows assim como a dos cursos de treinamento apoiados pela ABORL-CCF e ABCPF, para não haver dúvidas quanto à formação dos otorri-nolaringologistas na cirurgia estética facial. Isso porque, como boa parte da população não tem informação da atuação dos otorrinolaringologistas nessa área, os pró-prios colegas membros da SBCP desconhecem que a Otorrinolaringologia possui estrutura consolidada de programas oficiais de aprendizado. Em reunião anterior, na AMB, esclarecemos termos sido alvo de ação judicial equivocada da SBCP contra a ABORL-CCF, por moti-vo de uma certa “academia de plástica facial” homônima a nossa estar oferecendo cursos com diploma de especia-lidade em Cirurgia Plástica. A ABORL-CCF não reco-nhece e nem apoia tais cursos ofertados na mídia.

De acordo com a AMB, CFM e CNRM, somos especialistas em Otorrinolaringologia e afiliados à ABORL-CCF. Não há nenhuma restrição ou proi-bição legal à realização de procedimentos estéticos faciais. Nossa associação já agrega em seu nome o ter-mo “Cirurgia Cérvico-Facial”, com tal propósito de

abrangência. Temos que nos conduzir de acordo com as atuais diretrizes legais a que nos obrigam suas reso-luções, evitando sermos identificados como “especia-listas em cirurgia plástica” ou emitirmos certificados que nos caracterizem como tal.

Nesta oportunidade, acordamos sugestões a serem levadas à discussão e que se propõem a atenderem in-teresses mútuos da ABORL-CCF e SBCP, objetivan-do diminuir os conflitos entre as duas especialidades.

Estas sugestões compreendem vincular o nome da academia ao da ABORL-CCF. Isso nos diferencia das homônimas que utilizam o termo plástica. Assim, esta-remos oficialmente abrigados na ABORL-CCF, respon-sável legal junto à AMB e ao CFM pela representativi-dade de nossa especialidade. Agir na denúncia da prática por não médicos, como já o fizemos em ação conjunta com a SBCP junto à Procuradoria da República contra os farmacêuticos e biomédicos, resguardando o nosso direito ao ato médico. Monitorarmos cursos que não atendem às exigências legais de qualificação para a práti-ca e estabelecer critérios mínimos de seleção e conteúdo programático dos programas de treinamentos apoiados pelas ABORL-CCF. Atender às resoluções éticas na divulgação dos procedimentos de plástica da face não deixando, entretanto, de divulgá-los.

Ainda temos um longo caminho a trilhar para alcan-çarmos a plenitude de nossos objetivos. Isso demanda união de todos junto à defesa profissional de nossa asso-ciação e trabalho contínuo de qualificação nos serviços universitários e outras instituições de formação de espe-cialistas em Otorrinolaringologia. Dessa forma, certa-mente atingiremos em definitivo o objetivo do reconhe-cimento de nossa atuação pela população e colegas de outras especialidades.

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VOX NEWS

VOX NEWS

DRA. WILMA ANSELMO LIMA ASSUME A PRESIDÊNCIA DA ABORL-CCFEm seu discurso, a nova presidente destacou a importância do trabalho dos Comitês

Por Carol Herling e Bruno Bernardino | Foto: Toni Escalante

O evento de posse da Dra. Wilma Anselmo Lima marcou um momento muito especial na ABORL-CCF: o início da primeira gestão presidida por uma mulher. Mais de uma centena de presentes prestigiaram a solenidade, que contou com a presença das autoridades Dr. Rui Tanigawa, Conselheiro do Conselho

Federal de Medicina e Dr. Florentino de Araújo Cardoso Filho, Presidente da Associação Médica Brasileira (AMB). Fizeram uso da palavra o último ex-presidente, Dr. Domingos Tsuji, Dra. Fátima Regina Abreu Alves (representante da Associação Brasileira das Mulheres Médicas), Dr. José Eduardo Lutaif Dolci (ex-presidente da Associação), Dr. Florentino de Araújo e Dr. Rui Tanigawa.

Também foi apresentada a nova diretoria executiva de 2017, composta pelo Dr. Márcio Abrahão, Diretor Primeiro Vice-Presi-dente; Dr. Luiz Ubirajara Sennes, Diretor Segundo Vice-Presiden-te; Dr. Edwin Tamashiro, Diretor Secretário Geral; Dra. Eulalia Sakano, Diretora Tesoureira; Dr. Edson Ibrahim Mitre, Diretor Secretário Adjunto; Dr. Leonardo Haddad, Diretor Tesoureiro Ad-junto; e o assessor Dr. Eduardo Landini Dolci e Dr. Geraldo Druck Santana, assessor do projeto de gestão de qualidade.

O discurso da nova presidente destacou principalmente a valo-rização dos comitês, departamentos e comissões que compõem a Associação, bem como a importância do trabalho segmentado para um bom resultado geral. Dra. Wilma também sinalizou a necessi-dade de inovar sem perder a continuidade dos trabalhos desenvol-vidos nas gestões anteriores, que já traçaram rumos positivos e que são uma base sólida para novos projetos e realizações.

No mesmo dia, a ABORL-CCF também sediou o Fórum dos Comitês Permanentes, marcando o início oficial das atividades do ano de 2017. Ao todo, mais de 80 colaboradores dos sete comitês e das academias que compõem a estrutura da Associação participaram do evento. Esse foi o momento no qual a nova composição de cada setor avaliou seu panorama atual e debateu novas ideias. Participaram do evento os Comitês de Comunicação, Defesa Profissional, Educa-ção Médica Continuada, Ética e Disciplina, Eventos, Residência e Treinamento e Título de Especialista. Dra. Wilma no dia de sua posse, na ABORL-CCF

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CAMPANHA NACIONAL DA VOZ CHEGA À SUA 19ª EDIÇÃOEvento que celebra o Dia Mundial da Voz promete levar informações e diversão a quatro cidades do país

Por Carol Herling

O ano de 2016 foi marcado por uma série de inovações na Campanha Nacional da Voz, importante evento do calendário da Otorrinolaringologia brasileira que celebra, todos os anos, o Dia Mundial da Voz, em 16 de abril. Realizada em conjunto pela Academia Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV) e pela ABORL-CCF,

a campanha descentralizou-se no ano passado. Ao invés de focar na tradicional ação em São Paulo (que teve espaço no Parque do Ibirapuera), os organizadores também levaram a campanha para Belo Horizonte (na Praça da Estação) e para o Rio de Janeiro (Praça Mauá), além de realizar uma ação pontual, dois dias antes, em Brasília.

Com o slogan Dê voz ao que é bom, os organizadores prometem inovar mais uma vez. Para este ano, será disponi-bilizado um púlpito com microfone e autofalante em um lugar de grande circulação da capital paulista. A instalação também prevê um totem equipado com câmera de vídeo, para registrar as manifestações espontâneas da população. A ideia é divulgar as mais diferentes vozes nas redes sociais, chamando a atenção para a campanha. “Teremos um karaokê no parque, em que os participantes serão estimulados a postar e compartilhar imagens e vídeos em suas pró-prias redes sociais. Acreditamos que essa divulgação orgânica atingirá ainda mais pessoas. E, numa tenda próxima, daremos orientações sobre os cuidados com a voz e a importância da prevenção de problemas”, adianta o Dr. Gustavo Korn, coordenador nacional da Campanha da Voz pelo oitavo ano.

Atrações de sucesso prometem conquistar novamente o públicoAtrelada a essas novidades, a 19° campanha também resgata as ações que fizeram sucesso no ano anterior. Além

da laringe inflável gigante, a campanha realizada em São Paulo contou com uma cabine, patrocinada pela medicação Strepsils®, onde os visitantes podiam soltar a voz no karaokê. Outra atração que fez muito sucesso foi a batalha das goelas, comandada por beatboxers. “O público achou bem interessante, e também gostou do grupo de cantores que atraíam os participantes”, comenta Korn. A ideia dos organizadores é despertar o interesse do maior número possível de otorrinos para a iniciativa. “Desejamos que todos se engajem e divulguem a campanha”, conclui.

Dr. Gustavo Korn, coordenador da Campanha da Voz

Durante o evento, serão disponibilizados kits aos associados da ABORL-CCF e da ABLV, a

preço de custo. Abaixo, veja as opções que serão comercializadas:

Kit 01: Cinco camisetas, cinco cartazes e um banner – R$ 776,50

Kit 02: 20 camisetas, 10 cartazes, três banners e o inflável (microfone) – R$ 5.233,00

Kit 03: 20 camisetas, 10 cartazes, três banners, o inflável (microfone) e a cabine com karaokê – R$ 17.162,60

KITS IMPERDÍVEIS PARA OS ASSOCIADOS

Mais informações, contatar Renato Batista pelo número (11) 5053-7504 ou pelo e-mail: [email protected]

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PARCERIA EM PROL DO SOCIALABORL-CCF participa do Bem Estar Global oferecendo atendimento gratuito à população de todo o país

Com o objetivo de oferecer serviços gratuitos à população carente, surgiu em 1991 o Ação Global, iniciativa da Rede Globo em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi). A partir do surgimento do programa de TV Bem Estar, o evento passou a contar com transmissão ao vivo, mudou de nome para Bem Estar Global e

passou a contar com o apoio da ABORL-CCF, que leva atendimento otorrinolaringológico a quem precisa.Segundo Renato Batista, funcionário da Associação que participa das ações, a parceria entre o projeto e a insti-

tuição começou há dois anos, por meio de um convite da emissora para as maiores associações de classes médicas do Brasil. Desde então, a ABORL-CCF participa de todos os eventos organizados pela Rede Globo – em média, são sete vezes ao ano – e, até o momento, mais de 15 cidades já foram beneficiadas nesses dois anos de parceria. “A carência de saúde nas Regiões Norte e Nordeste faz com que estas sejam as mais procuradas para levar o atendimento, mas o objetivo da iniciativa é que todas as capitais recebam o evento”, explica Renato. A Globo cuida da infraestrutura para os voluntários, oferecendo uma tenda com cadeiras, mesas, ventilador e água para a equipe. Em contrapartida, a ABORL-CCF presta atendimento gratuito à população.

Em 2017 o projeto contará com a participação de um coordenador médico fixo, que facilitará a inclusão dos parceiros médicos. “Além de ser uma ação social, é também uma campanha que visa a participação e colaboração de toda a classe otorrinolaringológica, ou seja, através das regionais a ABORL-CCF consegue mobilizar todos os especialistas para estarem mais presentes junto a associação”, avalia Renato Batista. Para ele, isso evidencia que a ABORL-CCF está comprometida com as necessidades e expectativas dos seus associados e com a responsabilidade social, seja trabalhando com as regionais nessas importantes ações ou colaborando na melhoria das condições de saúde da população brasileira.

Participantes são atendidos em ação social em prol do bem-estar da população

Por Jéssica Rocha | Fotos: Divulgação

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AGENDA DE EVENTOS

AGENDAEVENTOS ABORL-CCF

Março31 de março de 2017 Avanço Maxilo-Mandibular para SAOS: passo a passoCoordenação: Departamento de Cirurgia Crânio-Maxilo--Facial da ABORL-CCFLocal: Sede da ABORL-CCF. Auditório Luc Louis Maurice We-ckx. Av. Indianópolis, 1.287 – Planalto Paulista, São Paulo (SP)Website: www.aborlccf.org.br E-mail: [email protected] Informações: (11) 5053-7502 – procurar por Mônica Lira

05 de maio a 07 de Outubro de 2017IV Curso Extensivo de Formação em Foniatria da ABORL-CCFCoordenação: Dra. Berenice Dias RamosLocal: Sede ABORL - São Paulo – SPWebsite: www.aborlccf.org.br E-mail: [email protected] Informações: (11) 5053-7502 – procurar por Mônica Lira

EVENTOS INTERNACIONAISINDICAÇÃO DAS ACADEMIAS

AbrilAcademia Brasileira de Otorrinolarinogologia Pediátrica – Pres. Dra. Melissa Avelino

De 06 a 08 de Abril de 20171° International Meeting of Pediatric Airway Teams – Inpat: Facing the Challenge TogetherCoordenação: Sergio Bottero e Michele Torre (presidentes)Local: AUDITORIUM ACQUARIO DI GENOVA - Ponte Spinola - Area Porto Antico – GenovaWebsite: http://www.inpat.cisef.org/E-mail: [email protected]ções: +39 010 5636 2882

Sociedade Brasileira de Otologia – Pres. Dr. Ricardo Testa

27 a 29 de abril de 20172nd World Congress On Endoscopic Ear SurgeryLocal: Palazzo Re Enzo Piazza del Nettuno, 1 - 40124 Bologna - Italy Website: http://www.eesworldcongress2017.com/E-mail: [email protected]ções: +39 0432 21391

MaioAcademia de Plástica Facial - Pres. Dr. Antônio C. Cedin

04 a 07 de maio de 2017AAFPRS Advances in RhinoplastyCoordenação: American Academy of Facial Plastic and Reconstructive Surgery (AAFPRS)Local: Chicago, Estados UnidosWebsite: http://www.aafprs.org/media/press-relea-se/20170123.htmlE-mail: Sheila McCrink ([email protected]) ou Patty Mathews ([email protected])Informações: 646-450-5359 – falar com Sheila McCrink ou Patty Mathew

Academia Brasileira de Laringologia – Pres. Dr. Luciano Neves

19 e 20 de maio de 20177° Congreso Latinoamericano de Laringologia y FonocirurgíaLocal: Hotel Conrad – Punta del EsteWebsite: http://congresoallf2017.orgE-mail: [email protected]ções: (598) 24010534 – Grupo Elis (organizadora)

SetembroSociedade Brasileira de Otologia – Pres. Dr. Ricardo Testa

14 a 15 de setembro de 2017Endoscopic Ear Surgery And Current Advances In OtologyLocal: Mineapolis, Estados UnidosWebsite: https://www.cme.umn.edu/courses-learning-oppor-tunities/endoscopic-ear-surgery-and-current-advances-otologyE-mail: [email protected]ções: 612-626-7600

Academia Brasileira de Rinologia – Pres. Dr. Olavo Mion

08 a 09 de setembro de 20172017 American Rhinologic Society at AAO-HNSCoordenação: American Rhinologic SocietyLocal: Chicago, Illinois – Estados UnidosWebsite: http://www.american-rhinologic.org/ E-mail: [email protected]ções: 845-988-1631

Quer conhecer os eventos apoiados pela ABORL-CCF? Acesse pelo QR CODE:

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ABORL-CCF EM AÇÃO

Prova que é a porta de entrada dos novos otorrinos na especialidade é fruto do trabalho de um grupo numeroso e coeso

Por Carol Herling

O Comitê de Título de Especialista bem poderia se chamar “Comitê de boas-vindas”, pois em linhas bem gerais cabe a este grupo, na prática, certifi-

car os novos otorrinos. Ou melhor, a elaboração do Exa-me que dará a esses profissionais o “passaporte de entrada” na especialidade. Conceber o Exame de Suficiência para Obtenção do Título de Especialista é tarefa complexa, ár-dua e executada pelo grupo de trabalho mais numeroso da ABORL-CCF (que conta com 12 membros titulares, mais uma média de 8 a 12 colaboradores voluntários). E como manter a ordem em um cenário com tantas pessoas com poder de decisão? “É tudo meio a meio. Tanto os membros titulares quanto os colaboradores têm vez e voz em nossas reuniões. Também é importante destacar que esse Comitê preza pela continuidade, com uma média de permanência de seis anos, que é o máximo, na titularidade. O processo se simplifica porque as pessoas já conhecem umas às outras e a dinâmica do trabalho”, elucida o Dr. Fernando Danelon Leonhardt, presidente do Comitê.

Segundo o Dr. Fernando Veiga Angélico Jr., que ante-cedeu o Dr. Fernando Danelon Leonhardt na presidência

do grupo, as atribuições de quem participa do Comitê de Título de Especialista vão além dos cuidados na ela-boração do Exame. “No meu caso, ter exercido o cargo de presidente me levou a aprimorar meus conhecimentos e experiência na elaboração de exames para avaliação de médicos, além de aumentar a experiência na coor-denação de equipe voltada para tal fim. Também tive a oportunidade de me inteirar, aprofundar e aprimorar nas áreas administrativas, de gestão, políticas e jurídicas envolvidas na elaboração e aplicação das duas avaliações sob responsabilidade deste Comitê”, lista.

Em sua opinião, o Comitê agrega valor à ABORL--CCF ao certificar os especialistas aptos a exercerem sua atividade profissional no Brasil: “O maior ‘bem’ que qualquer Otorrinolaringologista possui é o seu título de especialista, pois só de sua posse é possível realizar um trabalho sério, técnico, justo, transparente e coerente com a realidade da especialidade. Isso reflete positiva-mente na seriedade e consciência que a ABORL-CCF tem com a qualidade do atendimento da população que necessita de cuidados otorrinolaringológicos”, defende.

Por dentro do

Comitê de Título de Especialista

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se decide como será o Exame do Título de Especialista. “Desde o mandato do Dr. Marcus Lessa a prova vem se tornando mais homogênea, até o formato que conhece-mos hoje, totalmente informatizado e que gera poucos ajustes. O grande desafio é elaborar as questões, dentro de cada uma das subespecialidades, sempre seguindo o tratado da ABORL-CCF e as bibliografias seleciona-das”, esclarece o presidente. “No começo de cada ano de trabalho discutimos a forma, e só depois as questões em si. Fazemos um balanço, nos meses de abril e maio, ou seja, logo após a aplicação do Exame, sobre o que foi feito, o que aconteceu, o que precisa mudar e se vamos introduzir alguma novidade. Acertado o modelo, ela-boramos as questões para finalizar o Exame no modelo escolhido”, completa. A média histórica de aprovação, segundo o presidente, está entre 70% e 80%.

Para a avaliação deste ano, teremos uma prova te-órica, com 80 questões-testes e a prova prática, com 8 ou 9 questões, sendo uma de cada área. As cinco princi-pais academias estarão representadas, assim como alguns departamentos. Vale lembrar que para prestar o Exame existem pré-requisitos: mínimo de três anos de formado em Medicina; posse de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM); e especialização (com duração mí-nima de três anos, de forma integral nos serviços reco-nhecidos pela ABORL-CCF, ou três anos em serviço de residência credenciado pelo MEC ou ainda experiência comprovada de atuação na área por, no mínimo, seis anos). “O Exame é feito para avaliar se a pessoa tem se-gurança para exercer as atividades da especialidade, com autoridade e propriedade. Não é para restringir o mer-cado, e sim para dar confiança. Desejamos boa sorte a todos os candidatos que vão prestar o Exame”, assegura o Dr. Fernando Danelon Leonhardt.

PRESIDENTEFernando Danelon Leonhardt (SP)

SECRETÁRIORodrigo de Paiva Tangerina (SP)

MEMBROS:Ana Cristina Kfouri Camargo (SP)

Bruno de Resende Pinna (SP)

Fernando Veiga Angelico Jr. (SP)

Guilherme Carvalho de Almeida (SP)

Jose Fernando Polanski (PR)

Jose Ricardo Gurgel Testa (SP)

Paula Angelica Lorenzon Silveira (SP)

Rita de Cassia Soler (SP)

Roberto Miquelino de Oliveira Beck (SP)

Rodolfo Alexander Scalia (SP)

COLABORADORES:Bruno Borges de Carvalho Barros

Caio Barbosa Campanholo

Carlos Eduardo Borges Rezende

Cleonice Hitomi Watashi Hirata

Luiz Antonio Prata de Figueiredo

Paula Ribeiro Lopes

Renata Lopes Mori

Renata Ribeiro de M. Pilan

Renato Prescinotto

Rodrigo Cesar Silva

Romualdo Suzano Louzeiro Tiago

DISTRITAL/NORDESTE:Adriano Sergio Freire Meira (PB)

EX-PRESIDENTES2015/2016 – Fernando Veiga Angélico Jr.

2013/2014 – Leonardo Haddad

2011/2012 – Reginaldo Raimundo Fujita

2005/2010 – Marcus Miranda Lessa

1999/2000/2001/2003/2004 – Ney Penteado de Castro Jr.

2002 – Dr. Clemente Isnard Ribeiro de Almeida

Elaboração do Exame requer avaliação criteriosa

Pelas regras estatutárias, existe uma renovação dos integrantes a cada dois anos. A cada troca sai, de forma compulsória ou por decisão própria, pelo menos um ter-ço dos membros. No dia a dia do grupo, todos são convo-cados para as reuniões – e é a partir desses encontros que

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do Danelon Leonhardt

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do Veiga Angélico Jr.

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GESTÃO EM PRÁTICA

por Luan Sicchierolli | Fotos: divulgação

Foco no atendimento humanizado, priorizando qualidade, segurança e saúde

Hospital Regional Público daTransamazônica

Em dezembro de 2006, na região de Altamira, su-doeste do Pará, foi inaugurado o Hospital Regio-nal Público da Transamazônica (HRPT). Em sua

concepção, a instituição foi pensada para proporcionar um tratamento de alta e média complexidades, humani-zado e com qualidade, atendendo ao usuário referencia-do no Sistema Único de Saúde (SUS). O HRTP possui este compromisso até hoje.

O hospital atende cerca de 500 mil habitantes dos nove municípios que fazem parte da Região de Integração do Xingu (Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu). Além disso, a unidade possui atendi-mento de urgência e emergência e serviço de hemodiálise – sendo a única da região a oferecer tal serviço.

De acordo com o diretor-geral do HRPT, Dr. Edson Gonçalves Primo, o Hospital Regional Público da Tran-samazônica nasceu devido à necessidade de ampliar a as-sistência em saúde para a população que vivia na região. “A região da Transamazônica/Xingu é de difícil acesso. Com isso, havia o isolamento da população, e o Governo

do Estado viu a necessidade de ampliar a assistência em saúde, decidindo regionalizar o atendimento. A ideia foi do então governador do Pará, Simão Jatene, que está no-vamente no comando do Estado. Na época, ele entendeu que para sanar os vazios assistenciais, precisava democra-tizar o acesso à saúde no estado, por meio da criação, construção e implantação dos hospitais regionais. O go-vernador interiorizou a saúde, o que permitiu que as co-munidades, que estavam distantes dos grandes centros, tivessem acesso à saúde pública e ao atendimento médico de que precisavam”, conta o diretor.

Na instituição, o paciente encontra atendimento em mais de 20 especialidades médicas, além de 16 tipos de serviços de diagnóstico e tratamento. Ainda, o HRPT é habilitado como Unidade de Atenção Especializada em Traumato-Ortopedia, Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Nefrologia e Terapia Nutricional, Unidade de Terapia Intensiva II – Adulto, Neonatal e Pediátrica e cuidados intermediários, o que permite que as mães fiquem mais tempo com os filhos e promove o aleitamento materno.

Dr. Edson Gonçalves Primo

Dr. Vinicius de Faria Gignon

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preparados para exercerem suas funções de forma cada vez mais orientada e segura.

Conforme comenta o Dr. Edson, outra característica do hospital é a humanização do tratamento ao paciente. Para fomentar isso, a unidade possui uma Comissão de Humanização que desenvolve projetos em datas espe-ciais e executa várias atividades permanentes, tais como: manutenção de uma brinquedoteca para as crianças; ser-vir cardápios diferenciados, de acordo com o gosto dos pacientes, por meio de pesquisa diária; Grupo de Aten-ção Materno Infantil (Gami), que desenvolve ativida-des nas UTIs Neonatal e Pediátrica, como o “Momento Psiu”, que reserva horas do dia para o sono dos bebês em recuperação, e que requer que nenhum barulho aconte-ça nessas unidades de internação. A equipe da terapia ocupacional realiza trabalhos com as mães dos bebês internados e com os pacientes de longa permanência; atendimento psicológico com todos os pacientes inter-nados, na admissão, e nos pacientes de longa perma-nência. A unidade também promove a musicoterapia, em parceria com o Exército Brasileiro, para amenizar o estresse do ambiente hospitalar. E oferece o programa Visita Virtual, no qual amigos e familiares podem visitar, pela internet, pacientes que estão em recuperação.

Setor de OtorrinolaringologiaA área de Otorrinolaringologia do Hospital Regional

Público da Transamazônica conta com dois profissionais que cuidam desde o acompanhamento ambulatorial até os procedimentos cirúrgicos. Em 2016, 630 consultas e 100 cirurgias foram realizadas no setor.

Segundo o coordenador da área de Otorrinolarin-gologia, Dr. Vinicius de Faria Gignon, os mais varia-dos procedimentos clínicos e cirúrgicos são realizados na instituição, com exceção de casos mais complexos, que são encaminhados para Belém. O especialista tam-bém conta que mais de 1.000 paraenses foram operados na especialidade de janeiro de 2010, período em que começou a atuar no hospital, até hoje. Também foram realizadas 4.310 consultas ambulatoriais.

Gignon ainda comenta sobre sua experiência de trabalhar na região Transamazônica. “É muito bom le-var saúde para uma região tão carente e isolada como a Transamazônica. Melhor ainda é trabalhar em um serviço que funciona e tem uma equipe médica muito boa, as-sim como uma boa estrutura de centro cirúrgica, UTI e internação. Então, não é à toa que estou trabalhando há seis anos nessa região e estou bastante satisfeito com o que eu encontro lá. É muito gratificante saber que você está levando saúde para quem realmente precisa e em uma re-gião bastante carente de especialistas”, declara.

O Momento Psiu é uma prática hu-manizada que consiste em uma hora (em cada turno de trabalho) de descanso para o bebê. As luzes da UTI são reduzidas e nenhum profissional deve tocar no bebê (salvo exceções). Du-rante essa hora, os bebês apresentam estado de quie-tude, diminuição da frequência respiratória e estabili-zação da frequência cardíaca. Isso faz com que eles repousem e promove desenvolvimento neurológico.

Números do HRPT em 10 anos de existência2.675.885 atendimentos28.654 internações22.855 cirurgias2.045.500 exames224.399 atendimentos ambulatoriais86.446 sessões de hemodiálise99,15% de satisfação do usuário

Estrutura do Hospital Regional Público da Transamazônica97 leitos, sendo 19 de UTI4 berçários de alto risco 11 leitos de pronto-socorro4 salas no centro cirúrgico21 máquinas de hemodiálise

Hoje, a unidade possui 626 profissionais, entre eles 60 médicos, para tratar a população da região da Tran-samazônica/Xingu. Somente no ano passado, o hospital contabilizou um total de 3.297 internações, 4.437 aten-dimentos de urgência, 3.617 cirurgias, 280 mil exames e 28 mil consultas. Foi no mesmo ano, também, que a instituição recebeu o ONA 3, que é o maior nível de acre-ditação certificado a um hospital e que representa exce-lência em gestão, o que garante a segurança e a qualidade do atendimento prestado pelo hospital à população.

Os diferenciaisOs funcionários do HRPT participam continu-

amente do programa de qualificação e atualização profissional promovido pelo próprio hospital. Nele, treinamentos, palestras e capacitações diversas aconte-cem mensalmente. Com isso, os colaboradores estarão

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TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE

CONTRATUALIZAÇÃO Por Bruno Bernardino

Entenda o que diz a lei que rege os contratos e a delicada relação entre prestadores de saúde e as operadoras

CONDUTA MÉDICA

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A lei 13.003/2014 é o instrumento que rege a contratualização entre os prestadores de saúde e as operadoras. Em vigor desde 22 de dezem-

bro de 2014, a lei 13.003/14 é um acréscimo à ante-rior lei 9.656/1998, alterando o artigo 17 da mesma e tornando a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a responsável por definir o índice de reajuste para os prestadores de serviços, além de outras impor-tantes questões que ainda geram incertezas aos otorri-nolaringologistas.

Com objetivo de esclarecer as principais dúvidas dos associados sobre o tema contratualização, o De-partamento Jurídico e o Comitê de Defesa Profissio-nal da ABORL-CCF prepararam um especial com as principais perguntas e respostas sobre o tema. Confira e esclareça as suas questões.

O que é contratualização?Contratualização é a relação contratual que visa

manter o equilíbrio entre os interesses de prestadores de serviços médicos e das operadoras de planos de saúde. É regulamentada pela lei 13.003/2014, que modifica a lei 9656/1998 e as Resoluções ANS nº 363/2014, 364/2014 e 365/2014 e as Instruções Normativas ANS nº 056/2014 e 061/2015 e que torna obrigatória a exis-tência de um contrato escrito entre operadoras e seus prestadores de serviços.

Todos os prestadores e operadoras devem firmar contratos?

Sim. A partir da lei nº 13.003/2014, as relações entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviço são reguladas por contrato escrito e formal, man-tendo, assim, o equilíbrio e a estabilidade dos direitos, obrigações e deveres entre as partes. A lei surgiu para reforçar a importância dos contratos escritos e garantir ao consumidor a assistência contratada, e as operadoras de planos de saúde que descumprirem a norma e não adotarem contratos formais estarão sujeitas às penalidades da lei, e podem ser multadas pela ANS.

Como deve ser feito o contrato?O contrato deve estabelecer de forma clara e obje-

tiva todas as condições para sua execução, descritas em cláusulas específicas, necessárias para definir direitos, deveres, obrigações e responsabilidades entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços. O contrato deve estabelecer:

a) Objeto do contrato: prestação de ser-viços médico-assistenciais, ou médico de diagnóstico, ou hospitalares;

b) Vigência do contrato;

c) Descrição de todos os serviços con-tratados;

d) Definição de valores;

e) Critérios e forma de reajuste;

f ) Periodicidade do reajuste;

g) Prazos e procedimentos para fatura-mento e pagamento dos serviços;

h) Rotina de auditoria;

i) Penalidades para as partes pelo não cumprimento das obrigações.

Qual é a periodicidade do reajuste?Segundo a lei, a periodicidade do reajuste será anual,

negociada até dia 31 de março de cada ano e aplicada no dia do aniversário do contrato.

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É permitido o fracionamento de índice de reajuste do contrato?

Não. A ANS determina que, se até o aniversário do contrato não houver a livre negociação entre as partes, o reajuste a ser aplicado será o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo/Integral), sendo expressamente vedada qualquer condição que vise o fracionamento do índice já pacificado pela ANS, sob as penas da lei. Esse entendimento é corroborado tanto pela AMB quanto pelo CFM: “O IPCA a ser aplicado deve corresponder ao valor acumulado nos 12 meses anteriores à data de aniversário do contrato escrito, considerando a última competência divulgada oficialmente pelo Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”.

O que é o Fator de Qualidade?De acordo com a nota explicativa expedida pela

AMB, o Fator de Qualidade (FQ) é o percentual apli-cado ao índice de reajuste anual dos prestadores de serviços de saúde, estabelecido pela ANS (IPCA) nos casos previstos na RN nº 364/2014, condicionado ao

cumprimento de critérios de qualidade. O FQ deverá ser aplicado ao IPCA, aos contratos entre os presta-dores de serviços de saúde e às operadoras de planos privados de assistência à saúde, quando há previsão de

livre negociação entre as partes e como única forma de reajuste. Não há acordo após a negociação nos

primeiros noventa dias do ano. O FQ poderá ser de 105%, 100% ou 85% do IPCA a depender

do cumprimento dos requisitos de qualidade e de acordo com a nota técnica nº 45/2016

da ANS:

* Nível A – 105% do IPCA: 1. O profissional deverá ter um

dos seguintes títulos de forma-ção profissional/acadêmica:

(residência/Título de Espe-cialista/pós-graduação lato

sensu ou stricto sensu);

2. O profissional deverá responder ao questionário sobre qualidade disponível no

Portal de sua entidade representativa;

3. O profissional deverá assistir ao vídeo “Cuida-do centrado no paciente”, disponível em <http://proqualis.net/video/video-sobre-cuidado-centrado--na-pessoa>.

* Nível B – 100% do IPCA: 1. O profissional deverá responder ao questioná-rio sobre qualidade disponível no Portal de sua entidade representativa;

2. O profissional deverá assistir ao vídeo “Cuidado centrado no paciente”, disponível em <http://proqualis.net/video/video-sobre--cuidado-centrado-na-pessoa>.

* 85% do IPCA: Para aqueles que não atenderem os requisitos dos níveis A ou B:

Os critérios de qualidade serão revisados anualmen-te, podendo-se excluir, alterar ou incluir novos parâ-metros para o fator de qualidade. Já os critérios para aplicação do fator de qualidade são resultado de uma ampla discussão entre AMB, CFM, Sociedades de Espe-cialidades Médicas e Associação de Proteção ao Paciente em parceria com a ANS, e podem ser consultados na integra no link <http://www.ans.gov.br/images/stories/prestadores/contrato/nota_tecnica_45.pdf>.

CONDUTA MÉDICA

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QUALIDADE DE VIDA

Tudo começou há 10 anos como uma “curtição” de amigos médicos que queriam fazer algo divertido nos momentos de folga. Surgia a banda DayOff ,

que, nas palavras de seu vocalista, o Dr. Raul Zanini, “Era o momento out de curtição e de fazer arte”. Só que o ritmo dos ensaios – o grupo se reúne pelo menos uma vez por semana – mostrou que eles tinham potencial e criativida-de para levar a banda a sério, com direito a covers quentes, músicas autorais que “grudam” nos ouvidos de quem as escuta e apresentações bem frequentadas nos mais descola-dos templos do rock paulistano. “Antes da banda, eu e os demais integrantes tínhamos em comum o fato de traba-lharmos no Departamento de Otorrinolaringologia da Fa-culdade de Medicina do ABC. Um dia, em pleno hospital, um colega foi falando com o outro, e assim nos “juntamos”, conta. A formação inicial era de quatro integrantes, todos otorrinolaringologistas. Contudo, após algumas modifica-ções, a banda foi se desenvolvendo, até chegar na forma-ção atual. “Agora estamos mais maduros. Quando a coisa ficou séria, tivemos que trocar de nome, pois o ‘DayOff ’ já estava registrado. Então, pensamos em algo que tivesse a ver com a nossa profissão e com o momento em que tudo começou. Foi assim que chegamos à CRM7. Não temos empresário e somos diversão pura levada a sério”, revela.

Com exceção do baixista, que no momento é músico profissional, os demais membros da banda – Dr. Renato Prescinotto e Dr. Leonardo Aluízio, que tocam guitarra, e Dr. Rodrigo Santos, o baterista – também são otorrinos. Apesar de a Medicina ser a prioridade, a banda ensaia com profissionalismo, e as apresentações são levadas muito a sério. “Temos que fazer algo que agrade ao público, mas também a nós. Procuramos levar um repertório de pop--rock e rock que agrade a todos. O público para o qual a gente toca, que na verdade tem muitos amigos médicos,

sempre pede covers de bandas como The Killers, que tem músicas mais dançantes, fazendo o gosto das mulheres, Led Zeppelin para os mais clássicos, e canções de bandas mais ‘recentes’, como Arctic Monkeys e Franz Ferdinand, que agradam aos residentes e aos mais jovens”, elenca. A CRM 7 é presença frequente nas casas Tonton, Black-more e Skull Bar, e toca entre 25 e 30 músicas por show.

A maioria das músicas próprias foi composta pelo Dr. Raul, que é o letrista, e duas receberam melodia de sua autoria. E ele tem bagagem para tanto – afinal, fez aulas de música e canto. Mas, e de onde veio a vontade de ser vocalista? “Sempre pratiquei esportes e era goleiro de futebol. Como cirurgião, chegou o momento em que eu priorizei as minhas mãos, que são o meu instrumen-to de trabalho. Com o ‘vazio’ que tive estando fora das competições, surgiu o gosto pela arte e quis me desen-volver mais. Fiz o Conservatório de Música e encontrei na música algo que preencheu esse vazio”, lembra. Estar no palco, é, em suas palavras, algo “louco”: “É mágico, é fazer arte da melhor forma, e me gera prazer”.

Engana-se quem pensa que o Dr. Raul Zanini está to-talmente realizado como músico. “Seria sensacional tocar em um congresso. Se tivermos um convite, podem ter a certeza que vamos preparar um repertório TOP, ensaiar com afinco, divertir as pessoas e, assim, realizar esse so-nho. Tem muita coisa legal que a gente pode fazer, fica aí a dica para os realizadores do 47° CBO”, avisa. E se algum colega gritar “Toca Raul!”, não haverá problema. “Temos sempre na manga uma música ensaiada para atender ao público nesse momento”, diverte-se.

Acesse e ouça as músicas do álbum Pri-meira Lei, CD de estreia da banda CRM7, no QR Code ao lado.

Por Carol Herling | Foto: divulgação

Dr. Raul Zanini alterna rotina de consultas e cirurgias com ensaios e apresentações da banda CRM 7, da qual é vocalista

COM A ORL NA VEIA E O ROCK’N’ROLL NO CORAÇÃO

Dr. Raul Zanini

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EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA - CASOS CLÍNICOS

• F. S. S., 22 a, masculino, natural e procedente de São Paulo (SP).• QD: lesões em lábio e boca há 5 dias.• HMA: há 7 dias, refere quadro de obstrução nasal, dor de garganta e febre baixa. Há 5 dias, iniciou lesões orais e em lábios após uso de me-dicações sintomáticas. As lesões são dolorosas. Há 4 dias, refere lesões em membros superiores e região genital. • AP: ndn.• Exame físico: crostas e exulcerações em toda a cavidade oral, principalmente em lábios.• HD: eritema multiforme.• Doença de curso agudo que ocorre por necrose devido a depósito de imuno--complexos (IgM). A maior prevalência ocorre em homens na 3ª década de vida. A principal causa é reação a medicamentos (anti-inflamatórios e anticon-vulsivantes), mas pode ocorrer também devido à infecção por herpes vírus. A doença é mucocutânea e acomete mucosas oral e genital. O diagnóstico é baseado em quadro clínico e biópsia. A biópsia é realizada para afastar outras doenças vésico--bolhosas que têm como diagnóstico diferencial o eritema multiforme, por exemplo: pênfigo vulgar. O tratamento é baseado na suspensão da droga que desencadeou o quadro e uso de corticoides. Nos casos de recorrência, devemos utilizar o aciclovir para tratamento.• Diagnóstico Diferencial:Pênfigo vulgar: bolhas intra-epidérmicas superficiais que se rompem facilmente. É mais comum ver erosões e ulcerações em pele (cabelo, tronco e extremidades) e mucosa (oral quase sempre). Encontradas em pessoas de 50 a 60 anos. Remissões e exacerbações são frequentes. É característico o sinal de Nikolsky, um achado cutâneo em que as camadas superiores da pele se separam das inferiores quando há uma ligeira fricção.• Stevens-Johnson: a lesão típica é em alvo. Normalmente são mais planas e com maior presença de máculas. Ao contrário do eritema multiforme (extremidades e face), acomete mais o tronco ou é generalizada. O com-prometimento de mucosa apresenta um maior número de locais e a etiologia é mais relacionada a reações alérgicas a drogas (eritema multiforme, infecções).

• C. A. S. S., 45 anos, feminino, natural de Porto Alegre (RS) e procedente de São Paulo (SP).• QD: lesão oral há 10 anos.• HMA: Refere lesões em assoalho de boca, indolores, não sangrantes e sem crescimento progressivo há mais de 10 anos. As lesões foram encon-tradas como achado de exame físico. Nega outras lesões.• Ao exame físico, observamos protuberâncias endurecidas em assoalho de boca em contato com a mandíbula.• HD: tórus mandibular. O tórus é um crescimento ósseo que pode ocorrer em palato (mais frequente) ou mandíbula, em geral é assintomático.• Outras lesões assintomáticas na cavidade oral são: linha alba, mucosa mordiscada, pigmen-tação racial, grânulos de Fordyce.

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NOTÍCIAS DA EMC

Novo Portal da Educação Médica Continuada

Todo os novos conteúdos da EMC e aqueles já disponíveis no site da ABORL-CCF estarão on-line em um portal especialmente planejado para facilitar a navegação. O portal também será um canal para divulgação das atividades de EMC e uma plataforma EAD (Educação a Distância) para cursos. Os primeiros serão o de Atualização e o de polissonografia, que se tornará semipre-sencial. O acesso de todo o conteúdo de EMC da ABORL-CCF estará a um clique dos associados, em computadores de mesa e dispositivos móveis , com todos os conteúdos facilmente encontrados por meio de ferramentas de busca.

O Curso de atualização UP! abordará todos os temas da Otorrinolaringologia e será pro-movido pela EMC a partir do mês de março. A proposta é apontar os conteúdos básicos e o que há de mais novo em cada assunto. Serão aulas de 20 minutos, acompanhadas de uma pauta de apoio com condutas e algoritmos para melhorar a prática diária nos consultórios. As informações sobre a programação estão disponíveis no Portal da EMC.

Concurso OrlTube

A fim de dinamizar o uso da plataforma, a ABORL-CCF idealizou um concurso baseado no compartilhamento de vídeos de cirurgias. As gravações deverão ser postadas pelo associado dire-tamente no OrlTube. Todos os vídeos serão publi-cados e aquele que receber a maior quantidade de curtidas será premiado. Os vídeos poderão ser sub-metidos ao portal entre os dias 1° de março e 31 de abril de 2017 e o vídeo mais curtido, entre os dias 1° de maio e 30 de junho, será o vencedor. A premia-ção será de R$1.000,00. Contamos com a sua par-ticipação para o compartilhamento de vídeos. Mais informações em: <http://www.orltube.org.br/>.

OrlTube é um portal de compartilhamento de vídeo, de acesso exclusivo para os associados da ABORL-CCF, que permitirá uma fácil interação entre os usuários. Idealizado na gestão do Prof. Dr. Sady Selaimen, o ambiente virtual permiti-rá a apresentação de técnicas e táticas cirúrgicas, demonstração de exames clínicos e complemen-tares, manobras terapêuticas e divulgação de ino-vações em técnicas cirúrgicas e tecnologias com-provadas cientificamente.

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HumORL

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