Boletim ABORL-CCF - Nº 132

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BOLETIM ABORL CCF WWW.ABORLCCF.ORG.BR [email protected] ANO XVIII - Nº - 132 - NOV/DEZ 2012 PÁGS. 10 a 12 Conheça quem são e onde estão os Otorrinolaringologistas brasileiros CENSO ORL BRASIL E MAIS: AVANÇOS EM MEDICINA DO SONO PÁG. 4 ENCERRAMENTO DA CAMPANHA CAMINHOS DA ORL 2012 PÁG. 16 CASA DO OTORRINO DE CARA NOVA PÁG. 26

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Novembro/Dezembro 2012

Transcript of Boletim ABORL-CCF - Nº 132

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BOLETIM

ABORL CCFW W W. A B O R L C C F. O R G . B [email protected] XVIII - Nº- 132 - NOV/DEZ 2012

PÁGS. 10 a 12

Conheça quem são e onde estão os Otorrinolaringologistas brasileiros

CENSO ORL BRASIL

E MAIS:AVANÇOS EM MEDICINA DO SONO PÁG. 4

ENCERRAMENTO DA CAMPANHA CAMINHOS DA ORL 2012PÁG. 16

CASA DO OTORRINO DE CARA NOVAPÁG. 26

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2 BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012

EDITORIAL COMISSÃO DE COMUNICAÇÕES

DIRETORIA 2012Dr. Marcelo Miguel Hueb – Uberaba/MG

PRESIDENTE

Dr. Agrício Nubiato Crespo – Campinas/SPDIRETOR PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE

Dr. Fernando de Freitas Ganança – São Paulo/SPDIRETOR SEGUNDO VICE-PRESIDENTE

Dr. Fábio Tadeu Moura Lorenzetti – Sorocaba/SPDIRETOR SECRETÁRIO GERAL

Dr. Allex Itar Ogawa – São Paulo/SP ASSESSOR DO DIRETOR SECRETÁRIO GERAL

Dra. Fernanda Louise Marti nho Haddad – São Paulo/SPDIRETORA SECRETÁRIA ADJUNTA

Dr. Fabrízio Ricci Romano – São Paulo/SPDIRETOR TESOUREIRO

Dr. Ali Mahmoud – São Paulo/SPASSESSOR DO DIRETOR TESOUREIRO

Dr. Godofredo Campos Borges – Sorocaba/SPDIRETOR TESOUREIRO ADJUNTO

Dr. Marcelo Sessim – Rio de Janeiro/RJASSESSOR DO PRESIDENTE PARA ASSUNTOS GOVERNAMENTAIS

Dr. Alexandre Felippu Neto – São Paulo/SPPRESIDENTE DA COMISSÃO DE RESIDÊNCIA E TREINAMENTO

Dr. Hélio Andrade Lessa – Salvador/BAPRESIDENTE DA COMISSÃO DE ÉTICA E DISCIPLINA

Dra. Mara Edwirges Rocha Gândara – São Paulo/SPPRESIDENTE DA COMISSÃO DE DEFESA PROFISSIONAL

Dr. Marcelo Ribeiro de Toledo Piza – Ribeirão Preto/SPPRESIDENTE DA COMISSÃO DE COMUNICAÇÕES

Dr. Marco César Jorge dos Santos – Curitiba/PRPRESIDENTE DA COMISSÃO DE EVENTOS E CURSOS

Dr. Reginaldo Raimundo Fujita – São Paulo/SPPRESIDENTE DA COMISSÃO DE TÍTULO DE ESPECIALISTA

Dra. Renata Cantisani Di Francesco – São Paulo/SPPRESIDENTE DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA

Dra. Wilma Terezinha Anselmo-Lima – Ribeirão Preto/SPPRESIDENTE DA COMISSÃO DO BJORL

MARCELO RIBEIRO DE TOLEDO PIZADIRETOR PRESIDENTE

DA COMISSÃO DE COMUNICAÇÕES [email protected]

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D ois mil e doze foi, sem dúvidas, um ano reple-to de conquistas para a ABORL-CCF. Entre homenagens aos personagens que � zeram a

história da Associação, participações em inúmeros con-gressos cientí� cos, promoção de cursos e campanhas, aproximação de órgãos - como o Ministério da Saúde, o Ministério da Educação e a Ordem dos Advogados do Brasil - parcerias com as sociedades estaduais, estreia no universo dos tablets e smartphones, mudanças na comunicação com os públicos e tantas outras realiza-ções, o ciclo encerra-se com dois sentimentos: missão cumprida e novos desa� os a ultrapassar.

E, claro, é hora de falar também das transforma-ções que marcam o início de uma nova etapa. No segundo semestre do ano, nossos associados de� niram, democraticamente, o diretor segundo vice-presidente e os membros das Comissões Permanentes para a gestão 2013. Nesta edição, você pode conferir a cobertura completa das Eleições Gerais, que, desde 2010, funcionam por meio de votação on-line.

Uma importante realização da ABORL-CCF foi a publicação da 3ª edição do Censo de Otorrino-laringologia. A reportagem “Quem são os ORLs brasileiros?” traz um panorama da atuação da especialidade no país e conta um pouco sobre a produção do Censo.

Destaque para a matéria sobre a campanha “Ca-minhos da Otorrinolaringologia”, que percorreu 17 cidades brasileiras durante oito meses com mode-los gigantes do ouvido, nariz e boca. O projeto foi encerrado com chave de ouro durante o 42º Con-gresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, na cidade de Recife (PE).

Dos planos para o futuro, podemos adiantar que já estamos planejando ações para aprimorar a sua leitura. E também é hora de renovar.

Depois de quatro anos de muitas conquistas à frente da diretoria de Comunicações, deixaremos o comando do Boletim e do site da ABORL-CCF para o próximo presidente da nossa comissão.

Agradeço aos colegas da nossa comissão e da diretoria atual, e das duas gestões anteriores, que muito nos ajudaram durante esse período.

Também aos funcionários da ABORL-CCF, que sempre estiveram prontos para nos auxiliar com boas ideias.

Feliz Ano Novo e que em 2013 mais inovações cheguem!

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL

BOLETIM ABORL-CCFDIRETOR DE COMUNICAÇÃO: MARCELO R. DE TOLEDO PIZA

JORNALISTA RESPONSÁVEL: ANTONIO JOSÉ CANJANI / MTB: 21.826REPORTAGEM: DANIELLA PINA E SHEILA GODOI

FOTOS DA CAPA: CENSO ORL BRASIL / ANTONIO CANJANI

REVISÃO: GABRIEL MIRANDA

COORDENAÇÃO DE PUBLICAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: ERIC TENAN BARIONI

PRODUÇÃO: SINTONIA COMUNICAÇÃO - FONE: (11) 3542-5264/0472 IMPRESSÃO: ESKENAZI INDÚSTRIA GRÁFICA

PERIODICIDADE: BIMESTRAL

TIRAGEM: 6.000 EXEMPLARES SEDE: AV. INDIANÓPOLIS, 1287 – CEP 04063-002 – SÃO PAULO/SP –

FONE: (11) 5053-7500 - FAX (11) 5053-7512OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES E

NÃO REFLETEM, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DA ABORL-CCF.

EM BUSCA DE INOVAÇÃO

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SUMÁRIO NOV/DEZ 2012

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MEDICINA DO SONO Conversamos com os Drs. Michel Cahali e Edilson Zancanella sobre as recentes conquistas do Departa-mento de Medicina do Sono da ABORL-CCF.

CENSO ORL BRASILLevantamento detalha a atuação dos Otorrinolaringo-logistas nos quatro cantos do país.

NÓDULO DE TIREÓIDE Artigo escrito pelo Dr. Márcio Abrahão.

CAMPANHA “CAMINHOS DA OTORRINOLARINGOLOGIA” Após percorrer 10 mil quilômetros pelo país, ação en-cerra atividades de 2012 com sucesso absoluto de pú-blico e mídia.

VERTIGEM NA INFÂNCIAArtigo escrito pelo Dr. Mário Greters.

HISTÓRIA DA ORLRelembre os principais fatos que marcaram a História da Laringologia no Brasil no artigo do Dr. José Antonio Pinto.

POR DENTRO DA ABORL-CCFO gerente � nanceiro Carlos Roberto fala sobre o traba-lho realizado na Associação.

EDITORIAL MENSAGEM DO PRESIDENTE

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CAMINHANDO SEM PARAR!

MARCELO HUEBPRESIDENTE DA ABORL-CCF

[email protected]

RODR

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A energia para cumprir com responsabilidade e compromisso o cargo de presidente da ABORL-CCF só tem aumentado. O ritmo neste � nal de gestão continua acelerado, procurando

trazer para a nossa Associação as melhores conquistas, em nome dos nossos associados.

Caminhando sempre em direção ao desenvolvimento da espe-cialidade, � zemos em novembro um ótimo congresso em Recife e encerramos com sucesso a campanha “Caminhos da ORL”, também na capital pernambucana. Recebemos, em nossa sede, a presidente da Comissão Nacional de Residência Médica/MEC para sacramentar a uni� cação de critérios de credenciamento e avaliação de serviços de ORL entre o MEC e a ABORL-CCF; participamos em Brasília, no Conselho Federal de Medicina, de reunião com os presidentes das sociedades de Cirurgia Plástica e Dermatologia, para de� nirmos critérios conjuntos para a atuação nas cirurgias estéticas de face e estaremos reunidos na ABORL--CCF para sacramentarmos esta atuação. E neste mês ocorreram ainda o PPA, o ProAR, o Curso de Polissonogra� a, o Curso de Rinologia, a primeira Certi� cação em Medicina do Sono, a dispo-nibilização do Per� l do Associado 2012, do aplicativo do BJORL para tablets e do protocolo de desinfecção de ópticas, além da participação o� cial da ABORL-CCF no Congresso Panamericano em Mar Del Plata (Argentina). Tudo isso em novembro!

Mas as atividades não param! Também realizamos melhorias em nossa sede, com a adequação da fachada e a construção de uma cobertura retrátil na área externa. E, valorizando ainda mais a história da nossa especialidade, inauguramos o espaço “Museu ORL” em nossa Associação.

E dezembro? Ainda mais! A 4ª etapa do Projeto Epidemiológico, o Curso de Otoneurologia, o Curso de Cirurgia Minimamente Invasiva – Módulo Rinologia, o Curso de Foniatria, reunião e seminário exclusivo da ORL na sede da OAB em São Paulo, entre outros, além da programação da campanha “Caminhos da ORL” em 2013 e a participação o� cial da ABORL-CCF no Congresso Mundial de ORL em 2013.

Organizamos uma estratégia uni� cada e representativa com as nossas sociedades estaduais, participamos ativamente e avança-mos muito em um cronograma nacional de reivindicações, na refor-mulação quantitativa e qualitativa da CBHPM, ganhos reais em vá-rios estados, na articulação e na atuação do COMSU, entre outras.

En� m, procurei, com os colegas da Diretoria Executiva, cumprir to-dos os projetos que apresentamos. Acredito que em função dis-to e pela percepção dos associados do extremo compromisso e responsabilidade com a qual estamos exercendo a presidência, tenhamos conseguido resultados estimulantes: um crescimento ex-ponencial de associados quites, chegando a magní� ca marca de 5 mil associados e um resultado � nanceiro extraordinário na história dos Congressos Brasileiros de ORL. Dois recordes absolutos!

Vejam tudo isso e muito mais neste “pacote” de � nal de ano, agregando ao Boletim ABORL-CCF e ao BJORL, mais 6 itens: o Boletim Especial do 42º Congresso Brasileiro de ORL-CCF; o Censo ORL 2012, o Consenso de Rinites, o Protocolo Ope-racional Padrão – POP, o Relatório da Campanha Caminhos da ORL 2012 e o Relatório de Gestão 2012.

Desejo, en� m, que ao celebrarmos tantas conquistas, possamos nos lembrar com carinho de todos que nos ajudaram nesta ca-minhada de união, luta, coragem e determinação. Mas tudo isso sem olhar para trás, já que o caminhar... este nunca para!

Um grande abraço e o desejo de um FELIZ NATAL e um ÓTIMO 2013 a todos!

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O secretário e o coordenador do De-partamento de Medicina do Sono da ABORL-CCF falam sobre as recentes conquistas na área, a visibilidade inter-nacional do Otorrinolaringologista bra-sileiro e os planos do Departamento para os próximos anos

BOLETIM ABORL-CCF: Em 2011, a AMB reconheceu a atuação do Otorrinolaringologista na área de Medicina do Sono. Esta é uma conquista bastante recente. O que mudou desde então?

MICHEL CAHALI: Desde o primeiro momento em que se pensou em criar a área de atuação em Me-dicina do Sono no Brasil, em 2005, a Otorrinola-ringologia sempre foi pioneira e esteve envolvida nisso. A o� cialização foi muito importante, pois for-talece os colegas Otorrinos que atuam nessa área, mas que encontram di� culdades em conseguir tra-balhar diante de convênios que não autorizam a prática quando feita pelo Otorrinolaringologista.

BA: Recentemente, foi aprovada a realização do primeiro concurso de obtenção do certi� cado

ENTREVISTA

em Medicina do Sono. Qual o signi� cado desta conquista para a área?

MC: Desde a criação da área, tem-se elaborado como seria a certi� cação e a o� cialização da Medicina do Sono no Brasil, já que é um processo complexo, que envolve os interesses de quatro sociedades médicas: Otorrinola-ringologia, Pneumologia, Psiquiatria e Neurologia. Agora, lançamos o edital aprovado pela AMB para certi� car a primeira turma.

EDILSON ZANCANELLA: Um dos pontos importantes da certi� cação é que, até então, o especialista em sono era uma necessidade do mercado, para o credenciamento de laboratórios de polissonogra� a, de quem pode executar e de quem pode atender alguém dentro dessa área. A partir dessa demanda, a AMB criou parâmetros e agregou às especialidades a normativa para a atuação.

BA: O Departamento de Medicina do Sono da ABORL-CCF atuou ativamente nessa luta. Como foi o processo?

MC: Todo o processo foi trabalhoso, com diversas reuniões, até conseguirmos contemplar os diferentes interesses de todas as especialidades médicas envolvidas. Chegamos, � nalmente, ao reconhecimento da área de atuação pela AMB, o� cializado com a publicação do edital do primeiro concurso. Essa é uma conquista, tanto para o Departamento de Medicina do Sono, como para todos os Otorrinos do Brasil.

BA: De acordo com o edital da AMB, neste primeiro momento, o concurso de certi� cação na área será feito por meio de pontuação curricular. Como será nos anos seguintes?

EZ: Um dos compromissos assumidos pelas especiali-dades é que, a cada ano, seja feito um novo concurso com edital, contemplando datas, critérios e o modelo da certi� cação. Será uma análise de currículo e uma prova. Foi decidido que cada especialidade fará a indi-cação de membros para compor a banca examinadora do concurso.

BA: Os senhores participam de vários eventos internacionais. Como a Medicina do Sono brasileira é vista lá fora?

EZ: Nós somos muito bem vistos e há vários pontos positivos. A questão de tecnologia ainda é uma di� cul-dade, mas temos muita qualidade no atendimento e no entendimento do que é a Medicina do Sono. Aqui no Brasil, um dos diferenciais é que nós podemos in-

Michel Cahali

Edilson Zancanella

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dividualizar um pouco mais o tratamento e buscar as opções mais adequadas aos pacientes.

MC: Em quase todos os eventos sobre sono realizados no exterior, há trabalhos de brasileiros citados e discu-tidos. A nossa contribuição é muito signi� cativa e mais relevante do que a contribuição europeia, por exemplo. O país tem se equipado e tem um alto potencial de crescimento nessa área.

BA: Como vocês avaliam o futuro da Medicina do Sono no Brasil?

EZ: Promissor. A área de Otorrinolaringologia pode agregar diferenciais tanto para o diagnóstico como para o tratamento cirúrgico ou clínico. É uma área em formação, que tem muito a se desenvolver.

MC: Globalmente, a Medicina do Sono vai sofrer transformações acentuadas, porque é uma área que está florescendo. A ciência vem se transformando usualmente para melhor. E o Brasil terá um papel muito significativo nessa evolução, a medida que nós, médicos, temos mais liberdade de atuação aqui do que em outros países, considerados normatizados e onde os convênios impõem o que se pode ou não fa-zer. O Brasil é um país privilegiado, no sentido de não estar tão enquadrado pelos convênios, mas deixando que o médico estabeleça as diretrizes de atendimen-to. Isso é um ponto a favor quando se tem uma área em transformação.

BA: Outra conquista recente foi a publicação de duas Diretrizes sobre diagnóstico e tratamento de Apneia Obstrutiva do Sono e Ronco Primário. Qual foi a contribuição do Departamento de Medicina do Sono na elaboração dessas Diretrizes?

MC: A equipe das Diretrizes é formada por membros do Departamento e teve o trabalho de formatar e ela-borar o texto do estudo junto à AMB. Posteriormente, esse texto foi discutido com as outras sociedades das especialidades envolvidas. É uma das poucas ou tal-vez a única Diretriz encabeçada por cinco sociedades médicas diferentes. Isso gera relevância e importância política para o conteúdo.

EZ: O Departamento de Medicina do Sono assumiu esse tema com seis Otorrinos envolvidos no projeto. Fizemos um treinamento intensivo de 20 horas sobre como é pro-duzida uma Diretriz. Tivemos que ler muitos artigos (mais de 500) para chegarmos às conclusões. Depois, foram fei-tas várias revisões. Desenvolver um tema que, até então, não tinha sido abordado pelas Diretrizes, que tem grande valor enquanto método de produção e que tem uma im-portante questão multidisciplinar, foi uma grande respon-

sabilidade e de extrema relevância para a classe médica.

BA: Como vocês veem a evolução do Curso de Polissonogra� a promovido pela ABORL-CCF ao longo desses cinco anos? O que podemos esperar de novidades em 2013?

EZ: É um curso que dá uma formação abrangente em Medicina do Sono, tem um foco prático para o entendi-mento do exame de polissonogra� a e também aborda as-pectos como insônia, fisiologia do sono, etc. Estamos estudando a ideia de tornar parte desse treinamento semipresencial. Outro ponto é que a participação no cur-so terá validade para a pontuação de currículo, utilizada na certi� cação. Precisa haver captação de recursos com patrocinadores, pois o custo do programa não é barato, as datas não devem coincidir com congressos ou grandes cursos da nossa Associação e muitos outros detalhes que viabilizam o programa ser como é atualmente.

BA: Quais são planos do Departamento de Medicina do Sono para os próximos anos em relação à Educa-ção Médica Continuada?

MC: O Departamento tem uma inserção relevante na grade cientí� ca do Congresso Brasileiro de Otorrinolarin-gologia, com a mesma quantidade de horas disponíveis para as outras supraespecialidades. Sempre trazemos convidados internacionais para participar do Congresso Brasileiro, que conta com Curso Pré-Congresso ano sim, ano não. Esperamos crescer cada vez mais. Também manteremos o Curso de Polissonogra� a anualmente, com uma possível mudança em direção à educação à distância. Planejamos inserir conteúdos da área de Medi-cina do Sono no aplicativo da ABORL-CCF para celulares e tablets.

BA: O ano de 2012 foi marcado por grandes con-quistas para a Medicina do Sono. Qual foi a impor-tância do apoio da atual diretoria nestes projetos?

MC: O Departamento de Medicina do Sono tem muito a agra-decer pelo apoio que as diretorias têm dado em relação à dis-ponibilidade de espaço na grade cientí� ca do congresso, inclu-sive, trazendo convidados internacionais. Também a estrutura para a realização do Curso de Polissonogra� a e a infraestrutura para desenvolvermos as Diretrizes recém-publicadas.

EZ: Há uma sensibilização das diretorias anteriores, atuais e futuras, no sentido de ver que esse é um assunto de extrema relevância para o Otorrinolaringologista. Recebe-mos todo o apoio para desenvolvermos e implementarmos atualizações, gerando melhores resultados para os asso-ciados. Desde a abertura do Curso de Polissonogra� a até o espaço dado em congressos e a produção de Diretrizes. Tudo isso mostra que há um trabalho em conjunto e que o apoio vem sendo feito de forma efetiva e harmônica.

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NOTÍCIAS ABORL-CCF

Depois de criada a Comissão de Desinfecção de Ópticas, em março deste ano, a ABORL-CCF partiu para o próximo passo: desenvolver um

método adequado às novas regras da Agência Na-cional de Vigilância Sanitária para a desinfecção dos equipamentos utilizados na realização de exames en-doscópicos com via de acesso por orifícios naturais.

Desde o mês de outubro, já está disponível em área res-trita do site da Associação, o POP (Procedimento Ope-racional Padrão) para a desinfecção dos instrumentos utilizados nos exames ambulatoriais. A ideia é nortear os Otorrinolaringologistas no procedimento de limpeza

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A ABORL-CCF e a Sociedade Brasileira de Otologia estiveram representadas no V Encontro do Gatanu (Grupo de Apoio

à Triagem Auditiva Neonatal Universal), realizado de 11 a 13 de outubro, no Hospital Sírio Libanês.

Presente no evento, o diretor da Comissão de Comunicações da ABORL-CCF, Dr. Marcelo de Toledo Piza, apresentou a posição das entidades em relação à triagem auditiva. De acordo com ele, foi enfatizada a necessidade da participação do Otorrinolaringologista em todas as fases de pesquisa e tratamento da surdez infantil.

No mesmo encontro, também estiveram repre-sentadas a Sociedade Brasileira de Pediatria, a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, o Conselho Federal de Fonoaudiologia, a Academia Brasileira de Audiologia e o Ministério da Saúde.

V ENCONTRO DO GATANU

➤ Dr. Marcelo de Toledo Piza representa ABORL-CCF e SBO durante V Gatanu

Recentemente, a AMB publicou duas novas Dire-trizes em seu site: Apneia Obstrutiva do Sono e Ronco Primário – Diagnóstico e Tratamento.

A coordenação e elaboração dos estudos contaram com a participação de seis Otorrinolaringologistas, indicados pelo Departamento de Medicina do Sono da ABORL-CCF. Segundo o Dr. Edilson Zancanella, coordenador das Diretrizes, o objetivo do projeto é nortear condutas médicas e amadurecer o diagnós-tico, o tratamento e o emprego de técnicas cirúrgicas.

O Dr. Marcelo Hueb, presidente da ABORL-CCF, con-corda que essa é uma importante fonte de informação aos especialistas: “As Diretrizes, que também estão disponíveis no site da ABORL-CCF, representam um ganho para a área de Medicina do Sono”, conclui.

DEPARTAMENTO DE MEDICINA DO SONO COORDENA DIRETRIZES SOBRE RONCO E SAOS

DISPONÍVEL POP PARA DESINFECÇÃO DE ÓPTICASe gerar condições adequadas para a atuação, sem faltas em relação às exigências da Anvisa.

Coordenado pelo Dr. Marco César Jorge dos Santos e com supervisão da Profª Dra. Enfª Kazuko Uchikawa Graziano, “o POP tem o objetivo de oferecer aos associados as orien-tações fundamentais para os procedimentos de limpeza”, explica Santos, presidente da Comissão de Desinfecção de Ópticas. “O documento re� ete o compromisso da ABORL-CCF em contribuir com os nossos pro� ssionais, gerando benefícios e segurança”, completou o Dr. Marcelo Hueb, presidente da entidade.

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➤ Projeto Diretrizes da AMB

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Correção de valores referenciais da CBHPM

AMB promove 1º Concurso de Certi� cação em Medicina do Sono

Foi aprovado pela AMB, no dia 17 de outubro, o edital para o primeiro concurso de obtenção de certi� cado para atuação em Medicina do Sono.

O Dr. Michel Cahali, coordenador do Departamento de Medicina do Sono da ABORL-CCF, comemorou o avanço, lembrando que não havia um padrão em relação aos es-pecialistas habilitados a realizar exames de polissonogra� a.

“O Departamento de Medicina do Sono se empenhou muito nessa luta. A certi� cação é uma conquista inédita

para a categoria médica no país”, acrescentou o presi-dente da ABORL-CCF, Dr. Marcelo Hueb.

A primeira titulação ocorreu através de avaliação cur-ricular, a partir das atividades relacionadas à Medicina do Sono. Já nos próximos anos, estão previstas provas teóricas e práticas. Para atuar na área, os pro� ssionais devem possuir título de especialista em uma ou mais es-pecialidades médicas: Otorrinolaringologia, Neurologia, Psiquiatria e/ou Pneumologia e Tisiologia.

No dia 18 de outubro, a AMB enviou às socieda-des de especialidades o "Comunicado CBHPM", sobre a correção dos valores referenciais dos ser-viços médicos.

A partir de uma análise, realizada pela Comissão de Economia Médica, dentro do período de ou-tubro de 2011 a setembro de 2012, foi adotado o INPC/IBGE apurado na ocasião, de 5,5765%.

Já a Unidade de Custo Operacional, foi de� nida como 1 UCO = R$ 14,33.

A recomendação da AMB é que os novos valo-res sejam adotados como referencial nos custos operacionais, nas valorações dos portes médicos e nas negociações entre médicos, prestadores de serviços e operadores de planos de saúde.

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NOTÍCIAS ABORL-CCF

twitter.com/aborlccfo� cial

facebook.com/aborlccf

COMUNICAÇÕES RÁPIDAS COM A

ABORL-CCFAcompanhe os per� s o� ciais da ABORL-CCF no Twitter e Facebook e � que por dentro

dos assuntos institucionais da Associação e das principais

notícias de interesse do Otorrinolaringologista.

Eternizados. Essa é a palavra mais adequada para fazer referência aos pro� ssionais que um dia já passaram pela cadeira da presidência da ABORL-CCF. No mês de outubro, em um gesto de reconhecimento, a As-sociação cunhou e enviou uma medalha de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido por cada um dos 14 ex-presidentes.

Para o Dr. Marcelo Hueb, atual presidente da Associação, a iniciativa valori-za a história da Otorrinolaringologia no Brasil. “Prestando essa homenagem aos especialistas que conduziram nossa Associação durante os 33 anos de atuação, queremos demonstrar a importância da contribuição de cada um deles com os avanços nesta trajetória”, a� rmou.

EX-PRESIDENTES RECEBEM MEDALHA DE RECONHECIMENTO

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➤ Medalha enviada aos ex-presidentes

“Os últimos 2 anos em...”Grandes temas da Otorrinolaringologia disponíveis em lâminas de atualização. Está sendo lançado o novo programa da Comissão de Educação Médica Continuada da ABORL-CCF: “Os dois últi-mos anos em...”.

O programa trará um resumo de 12 temas da especialidade, como rinite alérgica, rinossinusite, entre outros. De acordo com a presi-dente da Comissão de EMC, Dra. Renata Di Francesco, “essa é uma forma rápida de ler e saber o que aconteceu naquele assunto dentro da ORL”.

O conteúdo será gratuito para associados quites e poderá ser acessado pelo site da ABORL-CCF (www.aborlccf.org.br) e por meio do aplicativo da Associação para tablets e smartphones com sistema Android ou iOS.

CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICAO segundo volume do livro “História da Otorrinolaringologia Brasileira” está sendo produzido e depende do apoio dos colegas para sua conclu-são. Se você tem dados para ajudar nesta narrativa, contribua contando detalhes de sua cidade ou região. Escreva para: [email protected] e [email protected].

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AGENDA DO OTORRINO

Mais informações, você pode conferir no site: www.aborlccf.org.br/conteudo/eventos.asp

Atualização no Tratamento dos Distúrbios do Equilíbrio Corporal – São Paulo (SP)

Cirurgia Minimamente Invasiva – Módulo Rinologia – São Paulo (SP)

Atualidades em ORL – Feira de Santana (BA)

4º Curso de Foniatria da ABORL-CCF – São Paulo (SP)

Curso de Vectonistagmogra� a e Videonistagmoscopia – Santa Maria (RS)

Curso de Potenciais Evocados Auditivos – Santa Maria (RS)

II Curso Internacional de Atualização em Otorrinolaringologia: Os Grandes Avanços na Otorrinolaringologia nos Últimos 40 Anos – São Paulo (SP)

4ª Imersão em Otorrinolaringologia – São Paulo (SP)

V Curso de Implante Coclear – Salvador (BA)

VI Rhinology – São Paulo (SP)

2ª Imersão em ORL Pediátrica – São Paulo (SP)

84º Curso Teórico-Prático de Cirurgia Endoscópica Nasossinusal e XIII de Dis-secção em "S.I.M.O.N.T." (Sinus Model Otorhino Neuro Trainer) – São Paulo (SP)

85º Curso Teórico-Prático de Cirurgia Endoscópica Nasossinusal e XIII de Dis-secção em "S.I.M.O.N.T." (Sinus Model Otorhino Neuro Trainer) - São Paulo (SP)

43º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial – São Paulo (SP)

1 de dezembro de 2012 u

7 de dezembro de 2012 u

13 e 14 de dezembro de 2012 u

14 de dezembro de 2012 u

28 de janeiro a 3 de fevereiro de 2013 u

7 a 9 de março de 2013 u

8 e 9 de março de 2013 u

14 a 16 de março de 2013 u

4 e 5 de abril de 2013 u

18 a 20 de abril de 2013 u

23 a 25 de maio de 2013 u

7 a 9 de agosto de 2013 u

23 a 25 de outubro de 2013 u

20 a 23 de novembro de 2013 u

DEZ 2012/2013SH

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10 BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012

Quantos são e onde estão os Otorrinolaringolo-gistas brasileiros? Atualmente, os médicos responsáveis por cuidar do ouvido, nariz,

laringe, região cérvico-facial e áreas correlatas somam 7.039 pro� ssionais. Deste total, quase 60% está concentrado na região Sudeste, enquanto a re-gião Norte contempla apenas 3% dos ORLs. Todos esses especialistas estão distribuídos em 646 dos 5565 municípios do país, ou seja, em 12% das cida-des, incluindo o Distrito Federal e oito cidades satélites.

A pesquisa é do Censo ORL Brasil, realizado ao longo de 2012 e lançado pela ABORL-CCF em novembro. A partir de dados coletados na própria Associação, na AMB (Associação Médica Brasileira), no CFM (Conselho Federal de Medicina), no CRM (Conselho Regional de Medicina) e no IBGE (Instituto Brasileiro de Geogra� a e Estatística), as informações foram confrontadas entre si e geraram o relatório � -nal. A terceira edição do estudo traz um levantamen-to completo sobre a distribuição e a concentração de Otorrinolaringologistas nas variadas cidades do país, incluindo detalhamentos sobre localizações do interior e das capitais.

O lançamento da publicação, em formato digital, ocorreu durante o 42º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, rea-lizado em Recife (PE). No evento, foram disponi-bilizados tablets com o relatório para consulta na íntegra. Já a versão impressa foi enviada aos asso-ciados quites, juntamente com as publicações que encerram a gestão 2012.

CENSO ORL BRASIL

EDIÇÕES ANTERIORES

QUEM SÃO OS

ORLs brasileiros?Censo 2012 traz levantamento detalhado sobre a atuação dos especialistas no país

Por reunir dados relevantes sobre a espe-cialidade médica, o Censo ORL Brasil se tornou referência desde que foi lançada a primeira edição, em 2001, sob a coorde-nação do Dr. Roberto Guimarães. “O Cen-so foi uma iniciativa brilhante para tornar a ABORL-CCF como fonte de informação sobre o segmento médico”, a� rmou o Dr. Marcelo Hueb, presidente da entidade e coordenador da edição 2012.

Na pesquisa de 2007, os dados foram confrontados com os números do IBGE e resultaram em um relatório completo que abordou aspectos como a quantidade de Otorrinolaringologistas no país, tipos de convênios atendidos, local de formação, equipamentos disponíveis nos consultó-rios, subespecialidade de preferência, en-tre outras questões.

Se em 2001, o número de pro� ssionais era de 5.830, em 2007, cresceu para 6.857. Hoje, a quantidade de especialistas che-gou a 7.039, o que representa a média de um Otorrinolaringologista para cada 27.557 habitantes.

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BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012 11

Uma das constatações dessa edição do Censo é que a maior parte dos médicos está concentrada nos grandes centros: há 3.887 pro� ssionais nas capitais contra 3.152 localizados no interior. As ci-dades de Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo possuem mais de 200 ORLs cada. As capitais paulista e carioca, por sua vez, chegam a concentrar mais de 500 especialistas cada.

Para Hueb, o estudo retrata a realidade brasileira e consolida a forte atuação da ABORL-CCF na busca por contemplar as mudanças e o cresci-mento do número de pro� ssionais no país.

Debate junto ao Ministério da SaúdeUm dos grandes objetivos da realização pe-riódica do Censo é apresentar dados junto ao Ministério da Saúde para, posteriormente, sensi-bilizar e trazer à tona o debate sobre os incenti-vos à pesquisa cientí� ca. “Realizamos todo esse trabalho de pesquisa e levantamento de dados com o intuito de agregar informações relevantes sobre a especialidade”, apontou Hueb.

Panorama da especialidade

“OUTRO PONTO IMPORTANTE É COLOCAR EM PAUTA A DISCUSSÃO DE MELHORIAS PARA A ATUAÇÃO DOS ESPECIALISTAS DA ÁREA DE OTORRINOLARINGOLOGIA”,

AFIRMOU O DR. MARCELO HUEB

NÚMEROS DA ATIVIDADE MÉDICA NO BRASIL

Quantidade de pro� ssionais: 7.039

Concentração: 1 especialista para cada 27.557 habitantes

646 municípios brasileiros possuem ORLs

6.236 ORLs estão concentrados em centros com mais de 100 mil habitantes

Apenas 27 atuam em cidades com menos de 20 mil habitantes

234 municípios têm apenas 1 especialista

542 municípios possuem menos de 10 Otorrinos

94 cidades possuem entre 10 e 50 pro� ssionais

6 capitais concentram mais de 200 ORLs

As capitais do RJ e SP têm mais de 500 ORLs

“Outro ponto importante é colocar em pauta a discussão de melhorias para a atuação dos especialistas da área de Otorrinolaringologia”, acrescentou Hueb. “Defender os interesses da nossa categoria médica e bene� ciar a po-pulação com um atendimento cada vez melhor é a nos-sa grande meta. Por isso, pleitear melhorias constantes em prol da nossa atuação como pro� ssionais da saúde é mais do que um dever, é um prazer!”, concluiu o presiden-te da ABORL-CCF.

Sudeste detém a maioria dos especia-listas em relação às demais regiões

Sudeste59%

(4.096 ORLs)

Sul15%

(1.089 ORLs)

Nordeste16%

(1.135 ORLs)

Centro-Oeste

7%(496 ORLs)

Norte3%

(212 ORLs)

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12 BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012

133%

100%

1 a 15%

16 a 30%

31 a 50%

acima de 51%

0% ou abaixo

Evolução dos estados

38%

15%

10%

38%

33%

35%

6%

14%41%

17%35% 0

24%

17%

-5%

-7%

-25%

35%

10%42%

19%

18%

25%

26%

19%

Sudeste 1/19.914

Sul 1/25.465

Centro-Oeste 1/29.081

Nordeste 1/47.495

Norte 1/73.309

Brasil por regiões(considerando municípios com e sem ORL)

Distribuição de ORLs por região, em relação à população local

Evolução no número de Otorrinos por Unidade Federativa

CENS

O O

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L 20

12

CENS

O O

RL B

RASI

L 20

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BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012 13

HUM ORL

Questão de pronúnciaO Neurologista teve um dia trabalhoso. Além de

participar pela manhã de atividades cirúrgicas, passou a tarde com o consultório lotado somando

alguns “encaixes” de casos tidos como urgentes ou que mereciam aquele tipo de atendimento.

Seu último paciente era um velhinho, com alguns sinais de demência senil, que veio ao consultório amparado pela esposa, também idosa, mas, seguramente, em melhores condições que o marido.

Processada a anamnese, realizado o exame físico, o médico, visivelmente cansado, orientou o casal e foi se levantando para levá-los até a porta e, � nalmente, efetuar a retirada em direção à sua residência.

Num ato automático desligou o computador e se despediu do casal.

Foi quando a senhora o questionou:

- Mas, doutor, o senhor não vai nos dar a receita?

Surpreendido pela falha, o colega não titubeou:

- Claro, aguardem mais um minuto.

E aí ocorreu o problema – como era mesmo o nome do paciente? Não dava para religar o computador, � caria bem claro que ele não lembrava. Perguntar pelo nome, então, seria ainda pior.

Naqueles escassos segundos que passaram, a angústia estampava-se no semblante do médico. Foi quando, literalmente, encontrou a solução. O velho tinha feições claras e um biótipo que lembrava povos europeus.

Vai ver que é alemão, pensou. E sem perder tempo perguntou:

- Senhora, como se pronuncia o nome do seu esposo?

A velhinha, apoiando-se nos cotovelos, debruçou-se sobre a mesa e, chegando próximo ao médico, falou pausadamente:

- Pau-lo-Sil-va.JOSÉ SELIGMAN

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14 BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012

ARTIGO MÉDICO

Por Márcio AbrahãoAR

QUI

VO P

ESSO

AL

Uma das queixas frequentes na nossa rotina é a percepção de um nódulo tireoidiano por meio da palpação cervical ou da realização de

algum exame de imagem. A incidência na população adulta de nódulos tireoidianos à palpação é de 4% a 7%, porém, essa porcentagem se eleva ao analisar-mos a prevalência destes com a utilização da ultrasso-nogra� a (USG) de tireóide ou em estudos de autópsia, alcançando 30% e 50%, respectivamente.

A grande importância clínica está na necessidade de diferenciar os nódulos benignos dos malignos, já que somente 5% dos nódulos diagnosticados são lesões malignas. Os nódulos tireoidianos são cerca de 4 a 8 vezes mais frequentes em mulheres do que em ho-mens, aumentando também sua frequência com a ida-de. Aproximadamente 50% das pessoas com 60 anos de idade apresentam nódulos tireoidianos.

Habitualmente, a descoberta do nódulo pelo médico, pelo próprio paciente ou por sua família é acidental, sendo necessária a investigação deste com o objeti-vo de afastar uma neoplasia maligna (presente em 5% dos casos).

Alguns fatores relativos à história são importantes no diagnóstico diferencial do nódulo de tireóide:

• História prévia de radioterapia na região anterior da cabeça e pescoço durante a infância ou ado-lescência aumenta a ocorrência de carcinoma de tireóide. O achado de nódulo palpável em um pa-ciente com história de irradiação aumenta em 4

vezes a probabilidade de câncer (70-97% são papilíferos);

• Presença de carcinoma papilífero em membros da mesma família pode sugerir carcinoma papilífero familiar (3-5% dos car-cinomas papilíferos podem apresentar um componente familiar). Por outro lado, a pre-sença de doenças benignas na família dimi-nui a suspeita de um carcinoma de tireóide. História familiar de carcinoma medular e/ou feocromocitoma deve direcionar a hipótese diagnóstica para carcinoma medular, com dosagem de calcitonina sérica e realização de "Punção Aspirativa com Agulha Fina" do nódulo (PAAF);

• Especial atenção deve ser tomada em re-lação à presença de um nódulo em crianças abaixo dos 14 anos, com chance de 50% de malignidade, enquanto, no adulto, esta chan-ce diminui para 5% a 10%;

• Crescimento rápido do nódulo em se-manas ou meses, dispneia, disfagia, tosse crônica ou alteração da voz são sinais que atentam para a possibilidade de sintomas compressivos e invasivos do carcinoma de tireóide.

As dosagens dos hormônios TSH e T4 livre es-tão normais na maioria dos casos de carcino-ma. Se houver suspeita de nódulo autônomo ou áreas de autonomia em um bócio diagnosticado previamente, as dosagens de TSH e T4 livre po-dem estar alteradas (TSH suprimido ou no limite inferior da normalidade com dosagem de T4 livre normal ou aumentada). A presença de nódulo em uma glândula de consistência aumentada, em pa-ciente com anticorpos antitireoidianos positivos e quadro clínico de hipotireoidismo, leva à hipótese diagnóstica de tireoidite de Hashimoto, que pode se apresentar na forma de um nódulo palpável. É importante lembrar que a dosagem de tireoglobu-lina sérica é o teste principal no seguimento dos pacientes com carcinoma diferenciado da tireóide, mas não tem indicação no diagnóstico inicial des-ses tumores, sendo pouco especí� ca, pois, várias condições benignas ocasionam seu aumento.

A dosagem da calcitonina em todos os pacientes com nódulo de tireóide, para diagnóstico de carci-noma medular de tireóide, ainda não é um méto-do de rotina utilizado em nosso meio, devido ao alto custo deste exame. Após o diagnóstico de

Nódulo de Tireóide

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BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012 15

ACER

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UTO

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carcinoma medular é necessário investigar a forma familiar da doença nos parentes de primeiro grau, e isto é realiza-do com a pesquisa das mutações no proto-oncogen Ret.

O dado mais importante para o diagnóstico do nódulo tireoidiano é a PAAF, com valores de sensibilidade e espe-ci� cidade superiores a 95%. É um método seguro, e� cien-te e relativamente atraumático. A PAAF, além de permitir o diagnóstico de carcinoma papilífero, medular e anaplá-sico, possibilita também o diagnóstico de doenças não neoplásicas, como tireoidite de Hashimoto, bócio colóide e linfoma.

Os demais exames subsidiários acrescentam pouco ao diag-nóstico. A cintilogra� a com iodo radioativo ou tecnécio, du-rante muitos anos, o principal instrumento para o diagnóstico diferencial dos nódulos, é hoje suplantada pela PAAF. O em-prego da cintilogra� a na prática clínica � ca restrito em casos em que há suspeita de nódulo hiperfuncionante.

A ultrassonogra� a (USG) da tireóide é um exame solicitado por pro� ssionais de várias especialidades. Este exame pro-picia informações sobre localização, quantidade, dimensão, ecogenicidade e vascularização dos nódulos, esta última, quando associada ao estudo Doppler.

São sugestivos de malignidade: contorno ou parte dele sem boa diferenciação com o parênquima tireoidiano adjacente, hipoecogenicidade do nódulo, a presença de microcalci� -cações tende a se relacionar com a demonstração histopa-tológica de corpos psamomatosos no carcinoma papilífero enquanto que calci� cações grosseiras não têm sido relacio-nadas com malignidade, ao Doppler o padrão de � uxo intra-nodular está mais associado a carcinomas, enquanto que o � uxo periférico está associado a lesões benignas. É impor-tante citar que as características ecográ� cas dos nódulos “sugerem” benignidade ou malignidade, sendo necessário a realização da PAAF para esclarecimento diagnóstico.

O carcinoma papilífero incide em indivíduos mais jo-vens (entre a terceira e quarta década) podendo aco-meter inclusive crianças. Ele corresponde, nas diver-sas séries estudadas, cerca de 40% a 70% de todos os carcinomas tireoidianos. Seu crescimento é lento e apresenta baixo grau de malignidade, de modo que períodos longos são necessários para o seu apareci-mento. De maneira geral, o prognóstico é bom e pelo menos 80% dos pacientes estão vivos cerca de 10 anos após o diagnóstico.

Sua disseminação se dá por meio dos linfáticos intra-glandulares, evoluindo do foco inicial para as outras partes da tireóide e para os linfonodos pericapsulares e cervicais.

Desta forma, lesões multicêntricas na tireóide são co-muns e por ocasião da apresentação, 25% dos pa-cientes têm metástases cervicais, 20% têm invasão extratireoidiana e 5% apresentam metástases à dis-tância, especialmente para o pulmão. Os 5-10% dos casos de carcinoma papilífero que apresentam pior prognóstico são constituídos pelo grupo de pacientes que apresentam um ou mais dos seguintes fatores: idade mais avançada ao diagnóstico, presença de le-sões aderentes às estruturas vizinhas, presença de metástases invasivas cervicais ou à distância e va-riantes celulares do carcinoma papilífero mais agres-sivas, como as variantes células altas e esclerosante difusa. Mais raramente, encontramos na tireóide, os carcinomas foliculares, o de células oncocíticas, o medular e o anaplásico ou indiferenciado.

O tratamento do câncer diferenciado da tireóide (papilífero, folículas e células oncocíticas) inclui, de modo geral, cirurgia, seguida da ablação do tecido remanescente ou tratamento das metástases dife-renciadas com 131I e terapêutica substitutiva com levotiroxina (L-T4).

O objetivo da cirurgia é remover todo o tecido tumoral da região cervical. A tireoidectomia total (TT) associa-da sempre com a inspeção direta dos linfonodos re-gionais e excisão dos linfonodos suspeitos, se houver comprometimento extenso dos linfonodos, indica-se a dissecção “modi� cada” do pescoço.

O seguimento do paciente com carcinoma diferencia-do da tireóide, após a tireoidectomia total e ablação dos resíduos tireoidianos com radioiodo, inclui a USG e dosagens de sTg, com o objetivo de detectar e tratar precocemente recorrência local ou doença metastáti-ca. O paciente deve tomar a Levotiroxina de tal forma que o TSH deve se manter suprimido, sendo que os níveis de T4 e T3 devem permanecer normais.

➤ Nódulo de Tireóide

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16 BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012

ESPECIAL CAMINHOS DA ORL

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“Caminhos da ORL” encerra o ano com números expressivos. Foram 9,8 mil quilôme-tros percorridos, mais de 140 mil visitas e cerca de R$ 50 milhões em retorno de mídia

CAMINHADA DE SUCESSO

A bordo de uma carreta estilizada, a ação rodou o Brasil levando a exposição de um ouvido, um nariz e uma boca gigantes. A trajetória iniciada em abril, passou

por 17 cidades nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro--Oeste do país, encerrando a última etapa nas cidades de Fortaleza (CE), Natal (RN) e, � nalmente, em Recife (PE) – na ocasião do 42º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.

O ano terminou com números expressivos, dignos de muita comemoração. Juntas, as 53 exposições receberam mais de 140 mil visitas. E, na mídia, a campanha atingiu a marca de R$ 50 milhões em retorno, com cerca de 3,5 mil ma-

MAR

TA L

ANZO

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térias publicadas e participação em 60 emissoras de TV e a� liadas de todo o Brasil.

Por onde passou, a “Caminhos da ORL” propagou conhe-cimento e a conscientização do mais diverso público. Para o Dr. Marcelo Hueb, presidente da ABORL-CCF, o papel foi cumprido com excelência. “Foram cerca de dez mil quilô-metros rodados Brasil afora, levando educação e cultura à população que nos prestigiou com a sua presença. Es-tamos muito satisfeitos com os resultados e o alcance da campanha”, comemorou Hueb, idealizador e coordenador do projeto, que também recebeu apoio do Ministério da Saúde e da atriz Deborah Secco.

CONFIRA OS DESTAQUES DAS ÚLTIMAS ETAPAS DA CAMPANHA 2012

Entre os dias 19 e 21 de outubro, cerca de nove mil pessoas marcaram presença na praça José de Alencar, no centro da capital cearense, para conhecer os gi-gantes mais famosos do Brasil. Sob um céu azul sem nuvens e com muito calor, o público compareceu em peso ao evento, que teve como destaque o “Jogo dos Aromas”, reunindo um enorme número de crianças e adultos para o teste. Com cobertura das emissoras TV Globo Fortaleza, TV Ceará, TV Bandeiran-tes, jornais O Povo e Diário do Norte e a rádio CBN, a ação ganhou destaque na mídia local e despertou a atenção da população para os cuidados com a saúde do ouvido, nariz e boca. A etapa foi coordenada regionalmente pelo Dr. André Alencar, com coordenação nacional dos Drs. Fábio Lorenzetti e Fabrízio Romano, representando o Dr. Marcelo Hueb.

FORTALEZA (CE)

➤ No interior da laringe, crianças aprendem sobre os cuidados com a voz

➤ Cearenses assistem à palestra sobre os cuidados com a saúde do ouvido, nariz e garganta

➤ Dr. Fábio Lorenzetti concede entrevista

à TV Globo M

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BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012 17

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ARTA

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MAR

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NATAL (RN)Na penúltima etapa da campanha “Caminhos da ORL”, a Praça Cívica, localizada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, � cou pequena para tamanho público presente. Mais de nove mil pessoas visitaram a exposição, participaram de palestras e conferiram as explica-ções dos especialistas sobre as áreas que en-volvem a Otorrinolaringo-logia. Na capital potiguar, a ação coordenada pelo Dr. Pedro Cavalcanti - com coordenação nacional dos Drs. Marcelo Hueb e Fábio Lorenzetti - aconteceu simul-taneamente à XVIII Semana de Ciência, Tecnologia e Cultu-ra - CIENTEC/2012, o que potencializou ainda mais o seu público. O � nal de semana repleto de atividades socioe-ducativas foi notícia na TV Globo Natal, TV Record, SBT, TV Universitária, TV Assembleia, jornais O Hoje e A Tribuna e rádio CBN.

RECIFE (PE) Já em clima de saudades antecipadas, a passagem da campanha “Caminhos da ORL” pela capital pernambucana marcou a conclusão de um ano de mui-to trabalho, parcerias e conquistas. Paralela ao 42º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, a ação foi encerrada em Recife, com as últimas exposições realizadas entre os dias 14 e 15 de novembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, e 16 a 18 do mesmo mês, no par-que Dona Lindu. O coordenador local da ação foi o Dr. Silvio da Silva Caldas Neto, também presidente do 42º Congresso e na coordenação nacional, os Drs. Marcelo Hueb e Fábio Lorenzetti. Noticiada em todos os princi-pais meios de comunicação de Recife, a campanha esteve na TV Globo, Bandeirantes, Record, Brasil, TV Nova, Nova Nordeste, no jornal Folha de Pernambuco e na rádio CBN.

➤ Público natalense testa o olfato no Jogo dos Aromas

➤ Escolas municipais e particulares

prestigiam evento na UFRN

➤ Na etapa de Recife, família caminha no

interior do ouvido gigante

➤ Equipe de Otorrinos durante a etapa de Natal

➤ Caminhos da ORL" movimenta capital pernambucana ➤ Ouvido, nariz e boca gigantes instalados no parque Dona Lindu

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18 BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012

ESPECIAL CAMINHOS DA ORL

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Avamys® furoato de fluticasona Apresentação: Avamys® é apresentado em spray nasal contendo 120 doses. Avamys® é um corticosteroide com potente ação anti-inflamatória. Composição: cada dose (1 jato) contém: furoato de fluticasona 27,5 mcg, excipiente q.s.p. 1 dose. Excipientes: glicose anidra, celulose dispersível, polissorbato 80, solução de cloreto de benzalcônio, edetato dissódico e água purificada. Indicações: Adultos e Adolescentes (a partir de 12 anos de idade): tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido nasal e espirros) e sintomas oculares (prurido/ardência, lacrimejamento e vermelhidão nos olhos) de rinite alérgica sazonal. Tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido nasal e espirros) de rinite alérgica crônica. Crianças (2 a 11 anos): tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido nasal e espirros) de rinite alérgica sazonal e crônica. Posologia: Avamys® somente deve ser administrado por via nasal. Para benefício terapêutico completo, recomenda-se o uso regular. Podem ser necessários vários dias de tratamento para benefício máximo. O início de ação foi observado 8 horas após a administração inicial. Uma ausência de efeito imediato deve ser explicada ao paciente. Adultos e Adolescentes (a partir de 12 anos de idade): dose inicial recomendada: dois jatos em cada narina, uma vez ao dia. Alcançado o controle adequado dos sintomas, a redução da dose para um jato em cada narina uma vez ao dia pode ser eficaz para manutenção. Crianças (2 a 11 anos de idade): dose inicial recomendada: um jato em cada narina, uma vez ao dia. Os pacientes que não reagirem adequadamente à dose inicial podem usar dois jatos em cada narina uma vez ao dia. Atingido o controle dos sintomas, a redução da dose para um jato em cada narina uma vez ao dia é recomendada. Precauções: não é necessário qualquer ajuste da dose em pacientes idosos, com insuficiência renal ou insuficiência hepática leve a moderada. Pacientes com doença hepática grave devem ser controlados cuidadosamente quando em uso de furoato de fluticasona. O furoato de fluticasona é metabolizado pela enzima CYP3A4. A coadministração com ritonavir não é recomendada, devido ao risco potencial de aumento da exposição sistêmica ao furoato de fluticasona. Efeitos sistêmicos com corticosteroides nasais foram relatados, particularmente em doses elevadas prescritas por períodos prolongados. Esses efeitos são muito menos prováveis de ocorrer com corticosteroides nasais do que com corticosteroides orais e podem variar em cada indivíduo e entre diferentes formulações de corticosteroides. Redução na velocidade de crescimento foi observada em crianças tratadas com 110 mcg de furoato de fluticasona por dia, durante um ano. Portanto, crianças devem ser tratadas com a menor dose necessária para o controle adequado dos sintomas. Como com outros corticosteroides intranasais, os médicos devem estar alertas para seus potenciais efeitos sistêmicos, incluindo alterações oculares. Gravidez e lactação: não estão disponíveis dados adequados com relação ao uso de Avamys® durante a gravidez e a lactação em seres humanos. Avamys® somente deve ser usado na gravidez se os benefícios para a mãe forem superiores aos riscos potenciais para o feto. Após a administração intranasal de Avamys® na dose humana máxima recomendada (110 mcg/dia), as concentrações plasmáticas de furoato de fluticasona foram tipicamente não quantificáveis e, portanto, prevê-se que o potencial para toxicidade reprodutiva seja muito baixo. A excreção de furoato de fluticasona no leite materno humano não foi investigada. Capacidade de dirigir/operar máquinas: não há razões para prever um efeito sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas com Avamys®. Contraindicações: é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos ingredientes do produto. Interações medicamentosas: não foram observadas interações entre Avamys® e outros medicamentos nos estudos realizados. Reações adversas: Muito comuns: epistaxe. Em adultos e adolescentes, a incidência de epistaxe foi mais alta no uso de longa duração (mais de 6 semanas) do que no uso de curta duração (até 6 semanas). Em estudos clínicos pediátricos de até 12 semanas de duração, a incidência de epistaxe foi similar entre Avamys® e placebo. Comuns: ulceração nasal, cefaleia. Incomuns: rinalgia, desconforto nasal (incluindo queimação, irritação e dor nasal), ressecamento nasal. Raras: reações de hipersensibilidade que incluem anafilaxia, angioedema, rash e urticária. Não conhecidas: retardo no crescimento em crianças. Em um estudo clínico de um ano avaliando-se o crescimento de crianças pré-púberes que receberam 110 mcg de furoato de fluticasona uma vez/dia, uma diferença média de -0,27 cm por ano na velocidade de crescimento foi observada em comparação com placebo. Superdosagem: em um estudo de biodisponibilidade, doses intranasais de até 24 vezes a dose diária recomendada para adultos foram estudadas durante três dias, sem que nenhum efeito sistêmico adverso fosse observado. É improvável que a superdosagem aguda exija qualquer tratamento além de observação. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Reg. MS: 1.0107.0271. mBL_Avamys_spr_GDS08_IPI07_v7.

A bula completa do medicamento e outras informações estão à disposição, sob solicitação ao Serviço de Informação Médica (0800 701 2233 ou [email protected]).

Referências bibliográfi cas: 1. AVAMYS® (furoato de fl uticasona). Bula do produto. 2. BERGER, WE. et al. Intranasal corticosteroids: the development of a drug delivery device for fl uticasone furoate as a potential step toward improved compliance. Expert Opin Drug Deliv, 4(6): 689-701, 2007. 3. SCADDING, GK. et al. Fluticasone furoate nasal spray consistently and signifi cantly improves both the nasal and ocular symptoms of seasonal allergic rhinitis: a review of the clinical data. Expert Opin Pharmacother, 9(15): 2707-15, 2008.

Avamys® spray nasal é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos ingredientes do produto. Os dados disponíveis sobre indução e inibição de enzimas indicam que não há base teórica para prever interações metabólicas entre Avamys® e o metabolismo mediado pelo citocromo P450 de outros compostos, em doses intranasais clinicamente relevantes. Portanto, nenhum estudo clínico foi conduzido para investigar interações entre Avamys® e outros fármacos.Material de divulgação exclusiva para profi ssionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar medicamentos. Recomenda-se a leitura da bula e da monografi a do produto antes da prescrição de qualquer medicamento. Mais informações à disposição, sob solicitação ao Serviço de Informação Médica (DDG 0800 701 2233 ou http://www.sim-gsk.com.br).

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Que balanço o senhor faz da campanha?

FL: As 17 cidades e os quase 10 mil quilômetros percor-ridos pela campanha reforçaram o trabalho dos Otorrino-laringologistas, uni� cando as principais áreas de atuação. Nossa caminhada ao lado da população brasileira teve um cunho social, de conscientização, que atingiu todos os objetivos propostos. Foi um grande sucesso!

Em relação aos números, as expectativas foram atingidas?

FL: As expectativas foram superadas durante todo o trajeto da carreta, com números recordes de público. Chegamos as 140 mil visitas e estamos muito satisfei-tos com os resultados.

Além dos benefícios à população, de que forma o pro-jeto contribuiu com os associados da ABORL-CCF?

FL: Por onde passamos, disseminamos o nome da ABORL-CCF como uma instituição atuante e partici-pativa na luta por seus associados. Além disso, con-seguimos gerar aproximação entre os pro� ssionais, fortalecendo ainda mais a categoria.

COM A PALAVRA, O IDEALIZADOR E COORDENADOR NACIONAL E O

ASSESSOR DE COORDENAÇÃOMais do que números, os frutos desse trabalho envolvem um sentimento de gratidão e de missão cumprida. Eles foram responsáveis por idealizar, executar e coordenar a campanha “Caminhos da ORL”. Con� ra um bate-papo rápido com os Drs. Marcelo Hueb, presidente da ABORL-CCF, e Fábio Lorenzetti, secretário geral da Associação

Dr. Marcelo HuebIdealizador e coordenador nacional da campanha

Dr. Fábio LorenzettiAssessor de coordenação

Qual foi a maior conquista para a ABORL-CCF ao

realizar a campanha?

MH: As conquistas da “Caminhos da ORL” foram inúme-ras. Evidenciamos a importância da ABORL-CCF como o principal órgão de representação dos Otorrinolaringo-logistas brasileiros e, consequentemente, contribuímos com o fortalecimento da classe. A exposição em mídia gerada a partir da campanha também foi um importante ganho. Em suma, promovemos ações de educação e engajamos os públicos na conscientização e prevenção de doenças. A maior conquista, sem dúvidas, foi a de ter cumprido com êxito nosso papel social.

Qual foi o papel do Ministério da Saúde na cam-panha?

MH: Incontestavelmente, a parceria com o Ministério da Saúde foi vital para a realização deste sonho. A pasta permitiu a utilização da logomarca nos materiais de divul-gação e o ministro, Dr. Alexandre Padilha, declarou seu total apoio aos objetivos de prevenção e conscientização da campanha. Ter o órgão máximo da área de saúde ao nosso lado colaborou – e muito – para que avançásse-mos com mais força Brasil adentro e nos deixou uma porta aberta para, no futuro, buscar subsídios junto à iniciativa pública ou privada, dando continuidade a esse trabalho.

Qual foi o principal desafio de coordenar esse projeto?

MH: Tornar-se uma organização de referência nunca foi uma tarefa fácil e esse foi possivelmente um dos princi-pais desa� os da campanha. Para nós, o projeto inspirou e

corroborou a nossa missão de consolidar a ABORL-CCF como uma das instituições de maior prestígio entre os pro� ssionais de saúde. Estamos em processo de cresci-mento e, a cada dia, nosso desa� o constante é criar for-mas de seguir aprimorando, nos mais variados âmbitos.

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Page 19: Boletim ABORL-CCF - Nº 132

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Para benefício terapêutico completo, recomenda-se o uso regular. Podem ser necessários vários dias de tratamento para benefício máximo. O início de ação foi observado 8 horas após a administração inicial. Uma ausência de efeito imediato deve ser explicada ao paciente. Adultos e Adolescentes (a partir de 12 anos de idade): dose inicial recomendada: dois jatos em cada narina, uma vez ao dia. Alcançado o controle adequado dos sintomas, a redução da dose para um jato em cada narina uma vez ao dia pode ser eficaz para manutenção. Crianças (2 a 11 anos de idade): dose inicial recomendada: um jato em cada narina, uma vez ao dia. Os pacientes que não reagirem adequadamente à dose inicial podem usar dois jatos em cada narina uma vez ao dia. Atingido o controle dos sintomas, a redução da dose para um jato em cada narina uma vez ao dia é recomendada. Precauções: não é necessário qualquer ajuste da dose em pacientes idosos, com insuficiência renal ou insuficiência hepática leve a moderada. Pacientes com doença hepática grave devem ser controlados cuidadosamente quando em uso de furoato de fluticasona. O furoato de fluticasona é metabolizado pela enzima CYP3A4. A coadministração com ritonavir não é recomendada, devido ao risco potencial de aumento da exposição sistêmica ao furoato de fluticasona. Efeitos sistêmicos com corticosteroides nasais foram relatados, particularmente em doses elevadas prescritas por períodos prolongados. Esses efeitos são muito menos prováveis de ocorrer com corticosteroides nasais do que com corticosteroides orais e podem variar em cada indivíduo e entre diferentes formulações de corticosteroides. Redução na velocidade de crescimento foi observada em crianças tratadas com 110 mcg de furoato de fluticasona por dia, durante um ano. Portanto, crianças devem ser tratadas com a menor dose necessária para o controle adequado dos sintomas. Como com outros corticosteroides intranasais, os médicos devem estar alertas para seus potenciais efeitos sistêmicos, incluindo alterações oculares. Gravidez e lactação: não estão disponíveis dados adequados com relação ao uso de Avamys® durante a gravidez e a lactação em seres humanos. Avamys® somente deve ser usado na gravidez se os benefícios para a mãe forem superiores aos riscos potenciais para o feto. Após a administração intranasal de Avamys® na dose humana máxima recomendada (110 mcg/dia), as concentrações plasmáticas de furoato de fluticasona foram tipicamente não quantificáveis e, portanto, prevê-se que o potencial para toxicidade reprodutiva seja muito baixo. A excreção de furoato de fluticasona no leite materno humano não foi investigada. Capacidade de dirigir/operar máquinas: não há razões para prever um efeito sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas com Avamys®. Contraindicações: é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos ingredientes do produto. Interações medicamentosas: não foram observadas interações entre Avamys® e outros medicamentos nos estudos realizados. Reações adversas: Muito comuns: epistaxe. Em adultos e adolescentes, a incidência de epistaxe foi mais alta no uso de longa duração (mais de 6 semanas) do que no uso de curta duração (até 6 semanas). Em estudos clínicos pediátricos de até 12 semanas de duração, a incidência de epistaxe foi similar entre Avamys® e placebo. Comuns: ulceração nasal, cefaleia. Incomuns: rinalgia, desconforto nasal (incluindo queimação, irritação e dor nasal), ressecamento nasal. Raras: reações de hipersensibilidade que incluem anafilaxia, angioedema, rash e urticária. Não conhecidas: retardo no crescimento em crianças. Em um estudo clínico de um ano avaliando-se o crescimento de crianças pré-púberes que receberam 110 mcg de furoato de fluticasona uma vez/dia, uma diferença média de -0,27 cm por ano na velocidade de crescimento foi observada em comparação com placebo. Superdosagem: em um estudo de biodisponibilidade, doses intranasais de até 24 vezes a dose diária recomendada para adultos foram estudadas durante três dias, sem que nenhum efeito sistêmico adverso fosse observado. É improvável que a superdosagem aguda exija qualquer tratamento além de observação. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Reg. MS: 1.0107.0271. mBL_Avamys_spr_GDS08_IPI07_v7.

A bula completa do medicamento e outras informações estão à disposição, sob solicitação ao Serviço de Informação Médica (0800 701 2233 ou [email protected]).

Referências bibliográfi cas: 1. AVAMYS® (furoato de fl uticasona). Bula do produto. 2. BERGER, WE. et al. Intranasal corticosteroids: the development of a drug delivery device for fl uticasone furoate as a potential step toward improved compliance. Expert Opin Drug Deliv, 4(6): 689-701, 2007. 3. SCADDING, GK. et al. Fluticasone furoate nasal spray consistently and signifi cantly improves both the nasal and ocular symptoms of seasonal allergic rhinitis: a review of the clinical data. Expert Opin Pharmacother, 9(15): 2707-15, 2008.

Avamys® spray nasal é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos ingredientes do produto. Os dados disponíveis sobre indução e inibição de enzimas indicam que não há base teórica para prever interações metabólicas entre Avamys® e o metabolismo mediado pelo citocromo P450 de outros compostos, em doses intranasais clinicamente relevantes. Portanto, nenhum estudo clínico foi conduzido para investigar interações entre Avamys® e outros fármacos.Material de divulgação exclusiva para profi ssionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar medicamentos. Recomenda-se a leitura da bula e da monografi a do produto antes da prescrição de qualquer medicamento. Mais informações à disposição, sob solicitação ao Serviço de Informação Médica (DDG 0800 701 2233 ou http://www.sim-gsk.com.br).

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Dr. Fábio Lorenzetti Assessor de coordenação

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20 BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012

ARTIGO MÉDICO

tos; por exemplo, a Vertigem Posicional Paroxís-tica Benigna (VPPB), que é uma das patologias mais frequentes na população adulta, é rara-mente vista na criança.

Os diagnósticos mais comuns na clínica espe-cializada são a migrânea e a Vertigem Paroxísti-ca Benigna da infância (VPBi), que também está associada com histórico de enxaqueca na família e é considerada uma precursora da enxaqueca no adulto. Outras patologias devem ser consi-deradas, como a neuronite vestibular, a doença de Ménière, disfunções labirínticas associadas a erros alimentares e/ou alterações endócrinas. Importante é lembrar que, em até 5% das crian-ças com comprometimento do sistema vestibu-lar, podemos encontrar doenças do sistema ner-voso central, desde malformação até neoplasias (a prevalência estimada das patologias está na tabela que se encontra no fi nal do texto).Concluindo, uma avaliação otoneurológica está indicada em crianças que tenham uma ou mais das seguintes queixas:

• Baixo rendimento escolar;

• São taxadas de desajeitas;

• Quedas frequentes;

• Tonturas;

• Indisposição frequente;

• Falta de habilidade nos esportes;

• Intolerância a brinquedos que giram;

• Passam mal com estímulo visual ou em veículos em movimento;

• Medo do escuro;

• Enurese noturna;

• Queixas auditivas associadas.

A base principal para a constatação de alterações vestibulares e o diagnóstico das mesmas é uma história clínica cuidadosa e detalhada. Entretanto, não se deve esperar que a criança consiga ex-pressar claramente os seus sintomas. A partici-pação dos pais ou cuidadores é de fundamental importância, principalmente na determinação do tempo de evolução e da periodicidade dos sinto-mas, assim como no fornecimento de dados dos antecedentes familiares. A presença dos mesmos

Vertigem na infância

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Por Mário Edvin Greters

A criança com alteração do sistema vestibular apresenta características próprias, variando a sua queixa e sintomatologia de acordo com

a idade. Antes dos quatro anos, di� cilmente elas se queixam de tonturas, manifestando o comprome-timento do equilíbrio através de medo do escuro, enurese noturna, necessidade de � car próximo a um adulto, � car apoiada em paredes ou móveis, baixo rendimento escolar, quedas, alterações do desen-volvimento motor, di� culdade na prática esportiva, episódios de sudorese e palidez inexplicável, intole-rância a brinquedos que rodam, a estímulos visuais e a viagens por períodos mais prolongados (cinetose).

Estima-se que aproximadamente 5,7% das crianças com até dez anos apresentem ou tenham apresen-tado algum tipo de alteração vestibular. Se consi-derarmos a população brasileira de crianças nessa faixa etária, poderemos supor que existam em nos-so país aproximadamente dois milhões de indivíduos afetados, e que a maioria não é corretamente diag-nosticada.

As causas de tonturas na infância apresentam uma distribuição diferente daquela encontrada nos adul-

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BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012 21

durante a consulta faz com que a criança se sinta mais segura e con� ante.

Quando a criança é capaz de descrever seus sinto-mas, temos um rico subsídio para o diagnóstico. Se a tontura é rotatória, geralmente aponta sua origem para o sistema vestibular. Neste caso, se é um episó-dio único, pode orientar para doenças agudas como a neuronite vestibular, labirintite ou labirintopatia pós-traumática. Os episódios recorrentes podem estar re-lacionados a migrânea vestibular, VPBI , doença de Ménière, etc.

As tonturas não rotatórias podem ser originadas de alterações, tanto do sistema vestibular, como do sis-tema nervoso central ou psicológicas.

Uma vez caracterizada a tontura, devemos nos ocu-par das outras manifestações clínicas concomitantes, como, por exemplo, cefaleia (na VPBI, na migrênea vestibular), alterações auditivas (ototoxicose, surdez congênita, doença de Ménière, labirintite, traumas la-birínticos), tontura e síncope (alterações cardiovascu-lares, epilepsia, hipoglicemia).

Após um exame Otorrinolaringológico geral, em que foi realizada uma otoscopia cuidadosa, o exame da função vestibular em crianças maiores é o mesmo que o utilizado para adultos com avaliação da mo-vimentação ocular, pesquisa dos pares crânicos, de nistagmo espontâneo e provocado, testes de impulso cefálico e agitação cefálica, provas de Romberg e Un-terberger e da função cerebelar. Nas crianças meno-res, a avaliação dos re� exos posturais (Moro, tônico cervical, marcha, Landau e sustentação lateral) deve ser realizada.

Exames complementares são importantes, não po-dendo faltar a audiometria com imitância acústica e

FOTO

LIA

PREVALÊNCIA DAS PRINCIPAIS VESTIBULOPATIAS NA INFÂNCIA

Migrânea 15% a 30%

VPBi 19% a 25%

Trauma 5% a 8%

Hidropisia Secundária 2% a 4%

Ménière 2% a 4%

VPPB 1% a 3%

Neuronite Vestibular 2% a 12%

Centrais 2% a 5%

Outras 11% a 18 %

pesquisa de re� exo estapediano, uma vez que afec-ções de orelha média podem ser causa de tonturas e que várias patologias da orelha interna cursam com hipoacusia e tonturas. A eletronistagmogra� a ou a videonistagmogra� a com as provas calóricas podem ser realizadas em crianças a partir dos cinco anos de idade, fornecendo dados valiosos, não só para o diagnóstico, como também para a orienta-ção terapêutica e prognóstico.

Medicamentos, como o dimenidrinato na fase agu-da e, eventualmente, medicações pro� láticas para migrânea, podem ser úteis no tratamento da VPBi.

Muitas crianças apresentam cinetose, nesses ca-sos recomendamos o dimenidrinato no mínimo uma hora antes de iniciar a viagem.

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22 BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012

ELEIÇÕES GERAIS 2012

EXERCENDO A CIDADANIA MÉDICA

Eleições são encerradas e de� nem cargos estratégicos da ABORL-CCF para os próximos anos

DANI

ELLA

PIN

A

DANI

ELLA

PIN

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➤ Eleições Gerais da ABORL-CCF foram abertas oficialmente em 22 de outubro

Transparência e agilidadePara dar legitimidade ao processo, o Protocolo de Zerésima, documento que garante que o iní-cio do procedimento de votação está zerado, foi impresso e assinado pelos presentes. A partir de então, os associados puderam exercer o direito do voto em um formato totalmente on-line.

O processo eleitoral ocorreu com transparência e segurança, na avaliação do presidente do Colé-gio Eleitoral, Dr. Moacir Tabasnik. “Julgamos que a disputa é saudável, mas com o critério de civili-dade. E foi exatamente isso que vimos aqui: uma eleição límpida e serena”, a� rmou.

Para o presidente da ABORL-CCF, Dr. Marcelo Hueb, a instituição é uma das que possui tecno-logia mais avançada para esse tipo de procedi-mento. “Desde que o voto eletrônico foi lançado, em 2010, o ato de eleger representantes se tor-nou mais confortável para os nossos associados. O modelo é simples, seguro e ágil”, garantiu.

Um segundo Protocolo de Zerésima foi gerado no encerramento da votação e assinado pelos pre-sentes na ocasião, para que, en� m, a lista de can-didatos eleitos fosse disponibilizada pelo sistema.

Durante o período de 22 de outubro a 5 de no-vembro, mais de 2 mil associados votaram e definiram seus representantes na ABORL-CCF

para os próximos anos. O pleito 2012 registrou um aumento de 1.023 associados aptos a votar, compa-rado com o ano anterior.

Entre as de� nições do processo eleitoral, estavam a es-colha do diretor segundo vice-presidente, a renovação de um terço das Comissões Permanentes e a seleção dos representantes distritais para as Comissões Per-manentes em cada uma das cinco regiões do país.

Os resultados foram proclamados e referendados na Assembleia Geral da ABORL-CCF, realizada no dia 15 de novembro, durante o 42º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, em Recife (PE).

A abertura o� cial das Eleições Gerais foi acompanhada pelos conselheiros do Colégio Eleitoral, Drs. Luiz Lavinsky, Lídio Granato e Moacir Tabasnik - o representante da di-retoria da ABORL-CCF, Dr. Fábio Lorenzetti, a advogada Vania Rosa Moraes, do setor jurídico da Associação, e o auditor David Roso Martins, da empresa Tríade Auditoria.

➤ Ao início e final do processo eleitoral foi impresso e assinado o Protocolo de Zerésima

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BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012 23

DANI

ELLA

PIN

AObrigado, associado!Anunciado em Assembleia Geral, o pleito foi con-cluído com sucesso. O presidente da organiza-ção agradeceu a todos que votaram e participa-ram do processo democrático.

Hueb congratulou também os candidatos eleitos e deixou o convite para que os demais participem de atividades voluntárias na Associação. “Toda contribuição será muito bem recebida. Desejo que todos possam desempenhar um excelente trabalho junto à ABORL-CCF”, � nalizou.

➤ Realizado em formato on-line, pleito definiu segundo vice-presidente e membros das Comissões Permanentes

ELEIÇÕES GERAIS DA ABORL-CCFRELAÇÃO DOS ELEITOS

Segundo Vice-Presidente 2013w Sady Selaimen da Costa

Comissão de Eventos e Cursosw Fabrizio Ricci Romanow Thais Knoll Ribeiro

Representante Distrital Região Nortew Eduardo Santos dos Santos

Regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro OesteNão houve candidatos inscritos.

Comissão de Ética e DisciplinawUlisses Jose Ribeirow Ivan Miziara

Representante DistritalNão houve canditados inscritos em nenhuma das regiões.

Comissão de Residência e Treinamentow Eduardo Landini Lutaif Dolciw Fábio Tadeu Moura Lorenzettiw Ektor Tsuneo Onishiw Eduardo Macoto Kosugi

Representante DistritalNão houve canditados inscritos em nenhuma das regiões.

Comissão de Título de Especialista

w Tatiana Regina Teles AbdowGraziela de Souza Queiroz MartinswRenata Ribeiro de Mendonça PilanwRodrigo de Paiva TangerinawChristiano de Giacomo CarneirowDaniel Mochida Okada

Representante DistritalNão houve canditados inscritos em nenhuma das regiões.

Comissão de Defesa Profi ssionalwBraz Nicodemo Neto;wCarlos Augusto Ferreira de Araujo;w Eduardo Baptistella.

Representante Distrital Região SudestewBruno Almeida Antunes Rossini

Representante Distrital Região Centro-Oeste wMaria Cristina Cento Fanti

Representante Distrital Regiões Sul, Nordeste, Norte

Não houve inscritos.

Comissão de Educação Médica Continuada

wDiderot Rodrigues ParreirawMarcos Luiz Antunesw Arnaldo Guilherme Braga Tamiso

Representante Distrital Região SudestewRodrigo de Paula Santos

Representante Distrital Região Centro-Oeste wMelissa Ameloti Gomes Avelino

Representante DistritalRegiões Sul, Nordeste, NorteNão Houve Inscritos.

Comissão de ComunicaçõeswMaria Dantas Costa Lima Godoyw Allex Itar OgawawMarco Antonio dos Anjos Corvo

Representante Distrital Região Sudestew Vinicius Magalhaes Suguri

Representante Distrital Região Centro-Oeste wRenato Marinho Correa

Representante Distrital Regiões Sul, Nordeste, NorteNão houve inscritos.

Comissão do Brazilian Journal – BJORLw Eulalia Sakano

De acordo com o Estatuto Social para Co-missão do BJORL não há representantes distritais.

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24 BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012

HISTÓRIA DA ORL

A História da Laringologia no Brasil

Por José Antonio PintoAR

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ESSO

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No Brasil, como em todo o mundo, a história da Laringologia se mescla com a Broncoesofagologia e com a Cirurgia de Cabeça e Pescoço, pois as-

sim atuavam os Titãs que construíram os alicerces de nos-sa especialidade, como Chevalier Jackson, Gustav Killian, Brünings, Haslinger, George Portman e muitos outros.

Hilário de Gouveia, primeiro professor catedrático de Otorrinolaringologia no Brasil, nomeado em 1911, deu origem à ORL como especialidade autônoma em nosso país. Executou no Rio de Janeiro, em 1907, a primeira laringoscopia direta em suspensão com a aparelhagem de Killian. Em 1915, Castilho Marcondes chega ao Rio de Janeiro, vindo da Europa, com a aparelhagem de Brünings e a utiliza na remoção de corpos estranhos das VAS.

Raul David Sanson che� ou a Policlínica de Botafogo, praticando a Otorrinolaringologia em todos os seus campos, inclusive na cirurgia da laringe e tireóide. Sanson empregava a via indireta na remoção de tu-mores benignos e em biópsias da laringe, técnica que foi abandonada posteriormente, passando ao uso da laringoscopia direta em suspensão sob anestesia geral.

Ildeu Duarte, professor em Belo Horizonte, esteve com Chevalier Jackson na Filadél� a em 1920, e foi quem difundiu no Brasil os exames endoscópicos sem anes-tesia geral, tendo conquistado a cátedra de ORL em 1927 com a tese “Broncoscopia e Esofagoscopia na Criança”.

Sylvio da Silva Caldas defendeu em 1927 sua tese de doutorado sobre “Directoscopia de Haslinger” na Fa-culdade de Medicina do Rio de Janeiro, utilizando um laringoscópio com válvulas que se distendiam em senti-do ântero-posterior, podendo ser usado com o pacien-

te sentado ou deitado.

A primeira laringectomia total realizada no Brasil se deve a Walter Seng, cirurgião geral em São Paulo e fundador do Hospital Santa Catarina, que apresentou à Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, em 1915, “um caso de extirpação da laringe”. Eduardo Rodrigues de Moraes executou em Salvador, a primeira laringectomia total feita por ORL no Brasil, em 1922. Foi o primeiro catedrático de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Bahia e teve como seus ilustres discípulos Paulo Mangabeira Albernaz, Ermiro de Lima, Ocelo Pinheiro, Otacílio Lopes, Sílvio Caldas e muitos outros.

Com a fundação da Faculdade de Medicina de São Pau-lo, em 1913, por Arnaldo Vieira de Carvalho, foi indica-do para a Cátedra de Otorrinolaringologia, em 1916, o nome de Henrique Lindenberg. Foi o primeiro chefe do Serviço de ORL da Santa Casa de São Paulo, onde fun-cionava a Faculdade de Medicina. Entre seus discípulos mais distinguidos está Mário Ottoni de Rezende, que trabalhou com Hajek e Seiffert, e nos seus 40 anos de Santa Casa deu grande impulso na especialidade, em especial na Laringobroncoesofagologia.

Antonio de Paula Santos substituiu Lindenberg na cá-tedra de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina de São Paulo em 1928. Formado no Rio de Janeiro em 1915, defendeu tese sobre “Leucoplasia, Etiologia e Valor Semiológico”. Foi seu assistente Raphael da Nova que o substituiu na cátedra em 1956.

Em 1937, Plínio de Mattos Barretto voltou ao Brasil após estágio na Filadél� a com Chevalier Jackson, com o qual aprendera a cirurgia do “câncer intrínseco da laringe”. Fez curso em Milão com Pietrantoni, em Viena com Haslinger, em Paris aprendeu radioterapia com Coutard e Baclese e cirurgia de laringe com Hautant e Leroux-Robert. Em 1938, inaugurou o primeiro ambulatório de endoscopia peroral no Pavilhão Conde Lara da Santa Casa de São Paulo, que granjeou fama como um centro especializado em Laringobroncoesofagologia.

Com a inauguração do Hospital das Clínicas em 1944, o Serviço de Endoscopia, dirigido por Barretto, passou a funcionar no HC, desde 1947, recebendo os agregados à Cátedra de Otorrinolaringologia dirigida por Paula Santos, para se aprimorarem em Laringologia e Broncoesofagologia. Além de ter sido o criador da Broncoesofagologia, Barretto foi também introdutor de modernas técnicas de endosco-

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BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012 25

da Santa Casa de São Paulo. Colaborou na organização e criação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo em 1963, sendo nomeado Professor Pleno da Disciplina de Endosco-pia do Departamento de Cirurgia daquela Faculdade. Ao falecer, foi substituído por Seiji Nakakubo.

Flávio Aprigliano, no Rio de Janeiro, faz parte da chamada Escola de Chicago, representada pelo próprio, por Ivo Kuhl, Fernando Carneiro da Cunha e outros, que nos anos 40 � zeram cursos de aprimoramento em Broncoesofagologia e Laringologia com Paul Holinger, em Chicago. Aprigliano deu grande impulso à Endos-copia Peroral e à Laringologia no Rio de Janeiro, criando servi-ços como no Hospital Geral de Bonsucesso, incorporando inclu-sive uma seção de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Nesta mesma época, também exerciam a Laringologia e a Endoscopia Peroral no Rio de Janeiro, com bastante competência, Álvaro Escobar, Luiz Guimarães e Hugo Niedermeier. Ivo Kuhl, em Porto Alegre, foi o primeiro em nosso país a utilizar a microcirurgia de laringe e o laser de CO2 nas doenças da laringe.

Em princípios dos anos 50, o Prof. Antonio Prudente funda o Hos-pital A. C. Camargo da Associação Paulista de Combate ao Câncer e convida o Otorrinolaringologista Jorge Fairbanks Barbosa para organizar e che� ar o Serviço de Cabeça e Pescoço. Barbosa rea-liza em 1954, pela primeira vez em nosso meio, uma laringectomia total com esvaziamento cervical radical bilateral em monobloco. Foi o fundador da especialidade de Cirurgia de Cabe-ça e Pescoço. No Hospital das Clíni-cas de São Pau-lo, praticava-se a Laringologia na Endoscopia com Plínio e na ORL com Elias Salomão Mansur, professor livre docente, que também fazia Ci-rurgia de Cabeça e Pescoço. Nasciam então os primeiros serviços de Cirur-gia de Cabeça e Pescoço, separa-dos da ORL.

A moderna Larin-gologia renasceria somente a partir dos anos 70 com as novas técnicas de microcirurgia de laringe introduzidas por Kleinsasser e os novos conceitos morfo� siológicos oriundos de Hirano.

No Brasil, o interesse pela Laringologia ressurgiu com uma nova geração liderada por Paulo Pontes, Domingos Tsuji, Agricio Cres-po, Nédio Steffen e muitos outros, dando origem nos anos 90, à Academia Brasileira de Laringologia e Voz, colocando nosso país como referência mundial e culminando com a criação do Dia Mundial da Voz.

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pia laríngea e de cirurgias reconstrutivas do câncer da laringe e hipofaringe. Dentre os seus primeiros discípulos, destacamos José Augusto de Arruda Botelho e Jorge Barretto Prado.

Arruda Botelho formou-se em 1940 pela Faculdade de Medicina da USP, sendo, em 1941, convidado pelo Prof. Paulo Manga-beira Albernaz para assistente da cadeira de Otorrinolaringologia da Escola Paulista de Medicina. Foi chefe do Serviço de En-doscopia Peroral do Hospital São Paulo e do Hospital da Bene� cência Portuguesa. Foi o primeiro no Brasil a realizar fotogra� as e cinematogra� a endoscópica em 1953. Criou o laringoscópio extensível, que com uma pequena cremalheira permitia expor e focalizar melhor a comissura anterior. De-senvolveu técnicas próprias de dilatação de estenoses cáusticas de esôfago e para tra-tamento das paralisias bilaterais de pregas vocais. Faleceu muito cedo, deixando na che� a do serviço, Walter Marchi.

Gabriel Porto veio do Rio de Janeiro para Campinas para trabalhar no Instituto Penido Burnier com Raul Guedes de Mello em � ns dos anos 20, dedicando-se à cirurgia da laringe e endoscopia peroral. Desenvolveu intenso trabalho continuado posteriormen-te por Alfredo Porto e Raul Renato Guedes de Mello.

Jorge Barretto Prado formou-se pela Escola Paulista de Medicina em 1944, tra-balhou com Mattos Barretto no Hospital das Clínicas e, posteriormente, em 1954, che� ou a Clínica de Laringologia e Broncoesofagologia

➤ Dr. Ivo Kuhl

➤ Dr. Plinio de Mattos Barreto

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26 BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012

Aconteceu na sede da ABORL-CCF, no mês de outubro, a 9ª etapa do PPA (Projeto Próteses Auditivas). Com o in-

tuito de levar aos Otorrinolaringologistas infor-mações sobre a indicação e adequação de próteses auditivas, o curso itinerante percor-reu dez cidades brasileiras ao longo do ano.

Na reta � nal do projeto, foi realizado um en-contro de relacionamento com médicos e patrocinadores para a apresentação do ci-clo de 2013. Além de ideias de ações, surgi-ram também sugestões de locais por onde o PPA poderia passar. “Essa foi uma opor-tunidade de obter um feedback dos patro-cinadores, agradecê-los pelo apoio e abrir espaço para que eles pudessem contribuir com sugestões”, a� rmou o Dr. Marcelo Piza, coordenador do PPA.

A ideia do projeto é promover a educação médica continuada, ao mesmo tempo em que se bene� cia o mercado. “Queremos gerar aprimoramento pro� ssional para os nossos associados e garantir retorno dos investimen-tos para os nossos parceiros. Os resultados foram muito positivos”, analisou o presidente da ABORL-CCF, Dr. Marcelo Hueb.

NOTÍCIAS ABORL-CCF

SEDE DA ABORL-CCF ESTÁ DE CARA NOVA

Na última semana de novembro, o prédio da ABORL-CCF ganhou uma nova fachada. Depois do envio de um pedido de modi� ca-ção da área frontal da Associação à Prefeitura de São Paulo e da

aprovação deste dentro das exigências municipais, foi instalada, então, uma placa com a logomarca da organização.

De acordo com o Dr. Marcelo Hueb, a disposição da placa metálica reforçou a apresentação da ABORL-CCF aos associados e visitantes do prédio. “Em busca de tornar a nossa fachada mais bonita, projetamos um layout moderno e que completasse as modi� cações que realizamos ao longo do ano, com um toque de elegância”, declarou.

Recentemente, também foram feitas melhorias do espaço local, incluin-do uma cobertura retrátil para a área externa, que permite, por exemplo, a utilização do ambiente para eventos sociais.

Patrocinadores contribuem com ideias para o

PPA 2013

Durante o dia 15 de novembro, foi realizada em Reci-fe, a Assembleia Geral da ABORL-CCF, na ocasião do 42° Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia

e Cirurgia Cérvico-Facial.

Dentre os temas e de� nições tratados, estiveram as aprova-ções dos relatórios da diretoria, comissões, comitês e depar-tamentos e a exposição das modi� cações estatutárias e do balanço � nanceiro anual. A assembleia proclamou e referendou os resultados das eleições gerais da ABORL-CCF e realizou a votação para vaga remanescente na Comissão de Ética e Dis-ciplina. Ainda na ocasião, a cidade sede para o 45° Congresso Brasileiro foi votada, sendo eleita a capital cearense, Fortaleza.

A passagem simbólica da posse para a gestão 2013 encer-rou a sessão, marcada por momentos emocionantes. O atual presidente da ABORL-CCF, Dr. Marcelo Hueb, agradeceu às comissões, comitês, departamentos, membros da diretoria,

De� nições e novos rumos

ANTO

NIO

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➤ Fachada recebe placa com a logomarca da ABORL-CCF

colaboradores e associados e entregou simbolicamente a faixa presidencial ao Dr. Agricio Crespo. Este, por sua vez, compro-meteu-se a realizar uma excelente administração. “É comum di-zer que é difícil suceder uma gestão bem sucedida. Neste caso, no entanto, não acredito que será tarefa difícil, uma vez que o Marcelo deixou muitos caminhos pavimentados”, declarou.

Retribuindo a faixa entregue, Crespo ofereceu uma homena-gem a Hueb. “Minhas palavras são de agradecimento. Simbo-licamente passo aqui a medalha de ex-presidente ao nosso eterno presidente”, disse. “Agricio, desejo boa sorte! Pode contar conosco sempre que precisar. Tenho a certeza de que a Associação estará cada vez mais em melhores mãos”, en-cerrou o atual presidente.

Con� ra todos os detalhes no Boletim Especial do 42º Congresso Brasileiro de ORL.

Page 27: Boletim ABORL-CCF - Nº 132

BOLETIM ABORL-CCF NOV_DEZ 2012 27

POR DENTRO DA ABORL-CCF

RODR

IGO

SODR

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CARLOS ROBERTO DA SILVAE-MAIL: [email protected]: (11) 5053-7510

Conheça o setor � nanceiroda ABORL-CCF

Iniciei minha trajetória na ABORL-CCF, em 2000, na gestão do saudoso Dr. Luc Louis Maurice Weckx, tendo como tesoureiro o

querido Dr. Edigar Rezende.

Foi desa� ador iniciar um departamento de con-trole administrativo e gestão � nanceira, mas ob-tivemos o respaldo e con� ança da diretoria.

Assumimos como “controller de gestão”, com a incumbência de criar controles, modernizar sistemas e otimizar os custos da ABORL-CCF e das recém-chegadas supras.

Tive o privilégio de encontrar pessoas determi-nadas que já vislumbravam o crescimento que desfrutamos hoje em nossa Associação e de fa-zer parte deste desenvolvimento, tanto na área de infraestrutura de atendimento, como maior representatividade e conhecimento cientí� co.

Com o crescimento patrimonial em média de 20% ao ano, conseguimos gerir projetos que atendam aos anseios dos associados e man-ter adequadamente nossa sede “A Casa do Otorrino” sem prejudicar a equilibrada saúde � nanceira da ABORL-CCF.

O maior patrimônio da Associação também cresce em ritmo acelerado. Este ano, tivemos um crescimento surpreendente, chegando a quase cinco mil associados, com participação efetiva. O que nos eleva ao patamar das dez maiores entidades representativas de especia-lidade médica no país.

A cada ano, cresce a proposta de “Mais benefí-cios! Menor valor!”, sempre agregando produtos

e ferramentas que auxiliam no cotidiano dos nos-sos associados.

Além do controle � nanceiro, damos suporte aos associados e municiamos o diretor tesou-reiro, com informações gerenciais para as to-madas de decisões e projeções futuras. Hoje contamos com mais dois colaboradores, que nos auxiliam nesta tarefa, os Srs. Anubio Henrique e Hugo Soares.

Agradeço a todos os diretores, que nos con� -ram esta importante tarefa ao longo destes doze anos.

“Não podemos dirigir os ventos, mas podemos ajustar as velas”.

Com certeza teremos maior prazer em conti-nuar estes ajustes em prol dos associados da ABORL-CCF.

O gerente � nanceiro Carlos Roberto da Silva fala sobre o trabalho que realiza na Associação

Page 28: Boletim ABORL-CCF - Nº 132

São os votos da Diretoria 2012:Marcelo Miguel Hueb (Presidente)

Agricio Nubiato Crespo (Diretor Primeiro Vice-Presidente), Fernando de Freitas Ganança (Diretor Segundo Vice-Presidente), Fábio Tadeu Moura Lorenzetti (Diretor Secretário Geral), Allex Itar Ogawa (Assessor do Diretor Secretário Geral), Fernanda Louise Martinho Haddad

(Diretora Secretária Adjunta), Fabrízio Ricci Romano (Diretor Tesoureiro), Ali Mahmoud (Assessor do Diretor Tesoureiro), Godofredo Campos Borges (Diretor Tesoureiro

Adjunto) e Marcelo Sessim (Assessor do Presidente para Assuntos Governamentais).

Caro associado,

Obrigado por fazer parte da grande família ABORL-CCF!

Um ótimo � nal de ano com um feliz NATAL e um super ANO NOVO!

Caro associado,

Obrigado por fazer parte da grande família ABORL-CCF!

Um ótimo � nal de ano com um feliz NATAL e um super ANO NOVO!