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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA
DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
OCORRÊNCIAS NA ÁREA DE SEGURANÇA NA
CIDADE UNIVERSITÁRIA DA UFPB
João Pessoa
Dezembro de 2011
OCORRÊNCIAS NA ÁREA DE SEGURANÇA NA
CIDADE UNIVERSITÁRIA DA UFPB
CRISTIAN SOARES VIEIRA DOS SANTOS
João Pessoa
Dezembro de 2011
CRISTIAN SOARES VIEIRA DOS SANTOS
OCORRÊNCIAS NA ÁREA DE SEGURANÇA NA
CIDADE UNIVERSITÁRIA DA UFPB
João Pessoa
Dezembro de 2011
SANTOS, Cristian Soares Vieira dos
OCORRÊNCIAS NA ÁREA DE SEGURANÇA NA
CIDADE UNIVERSITÁRIA DA UFPB
SANTOS, Cristian Santos Soares Vieira dos.
João Pessoa: UFPB, 2011.
65p.
Monografia (Graduação em Geografia)
Centro de Ciências Exatas e da Natureza –
Universidade Federal da Paraíba.
CRISTIAN SOARES VIEIRA DOS SANTOS
OCORRÊNCIAS NA ÁREA DE SEGURANÇA NA
CIDADE UNIVERSITÁRIA DA UFPB
Monografia apresentada à Coordenação do
Curso de Geografia da Universidade
Federal da Paraíba, para obtenção do grau
de bacharel no curso de Geografia.
Orientador: Prof. Paulo Roberto de Oliveira Rosa
Co-orientadora: Bel. Fransuelda Vieira de Farias
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA
DGEOC
CRISTIAN SOARES VIEIRA DOS SANTOS
OCORRÊNCIAS NA ÁREA DE SEGURANÇA NA
CIDADE UNIVERSITÁRIA DA UFPB
Aprovada em:_____/_____/_____
OCORRÊNCIAS NA ÁREA DE SEGURANÇA NA CIDADE
UNIVERSITÁRIA DA UFPB
CRISTIAN SOARES VIEIRA DOS SANTOS
BANCA EXAMINADORA
______________________________________
Prof.
Orientador
________________________________________
Prof.
Examinador
________________________________________
Prof
Examinador Convidado
João Pessoa
Novembro de 2011
DEDICO
A todos que não nasceram em “berço esplendido”,
mas que lutam por um dia melhor,
a partir do trabalho,
da dignidade e persistência.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela vida, saúde, pelas pessoas que me rodeiam e pela inspiração espiritual que
me tem permitido cumprir minha jornada. À minha família, pela formação ética e moral que me
proporcionou, sem as quais não teria tido indignação e reflexões suficientes à idealização e
desenvolvimento do presente trabalho.
Ao orientador, Prof. Paulo Roberto de Oliveira Rosa e a Co-orientadora Fransuelda
Vieira de Farias, pela orientação, firme e segura, pela postura ética e competência.
A todos os amigos e profissionais que, direta ou indiretamente, colaboraram na
elaboração do presente trabalho, cujas reflexões e intervenções muito contribuíram para o seu
aperfeiçoamento.
A Tamyris, minha namorada, pela contribuição, dedicação e paciência nas horas de
dificuldades.
Portanto, a você que de alguma forma participou deste trabalho, mas que, por uma
imperdoável falha de minha parte, não se viu nesta lista, a quem peço perdão e atribuo
igualmente meu carinho e afeto.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 14
PRIMEIRA PARTE
1 – ABORDAGEM CONCEITUAL 16
1.1- Linhas gerais acerca da violência no Brasil; análise espacial geográfica e
bases legais do conceito de crime.
16
1.2- Aspectos legais da categoria funcional Agentes de Segurança (vigilante)
do quadro efetivo e terceirizado da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), cidade
Universitária Campus I.
19
2 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 22
SEGUNDA PARTE
3 - Resultados e discussão dos resultados 24
3.1 - Função dos vigilantes efetivos e terceirizados que atuam na Cidade
Universitária, Campus I da UFPB
24
3.2. - Apresentação das áreas críticas através da identificação das ocorrências
por setores na Cidade Universitária.
29
3.3 - Análise dos registros das ocorrências da Cidade Universitária, Campus I
da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
38
3.4 - A Segurança na Cidade Universitária a partir da Opinião da Comunidade
Acadêmica.
49
CONSIDERAÇÕES FINAIS 56
REFERÊNCIAS 59
Apêndices 61
Anexos 62
Lista de Figuras
Foto 01- Viatura da Segurança Universitária (UFPB) 24
Figura 01 - Cidade Universitária no Campus I da UFPB 25
Figura 02- Registro de ocorrência da segurança da Cidade Universitária,
Campus I Universidade Federal da Paraíba /UFPB
40
Organograma 01-A Segurança Universitária de acordo com Regimento Interno
da Reitoria, da Universidade Federal da Paraíba
27
Mapa 01- Representação das áreas críticas através da identificação das
ocorrências por setores na Cidade Universitária, Campus I Universidade Federal da
Paraíba (UFPB)
30
Lista de Gráficos
Gráfico 01- Representação das ocorrências no setor I, da Cidade Universitária,
Campus I/ Universidade Federal da Paraíba (UFPB) 2011. 31
Gráfico 02 - Representação das ocorrências no setor II, da Cidade Universitária,
Campus I da Universidade Federal da Paraíba /UFPB 2011. 32
Gráfico 03- Representação das ocorrências no setor III, da Cidade Universitária,
Campus I da Universidade Federal da Paraíba /UFPB 2011. 33
Gráfico 04- Representação das ocorrências no setor IV, da Cidade Universitária,
Campus I da Universidade Federal da Paraíba /UFPB 2011 34
Gráfico 05- Representação das ocorrências no setor V, da Cidade Universitária,
Campus I da Universidade Federal da Paraíba /UFPB 2011 35
Gráfico 06- Representação das ocorrências no setor VI, da Cidade Universitária,
Campus I da Universidade Federal da Paraíba /UFPB 2011 36
Gráfico 07- Representação das ocorrências no setor V II, da Cidade Universitária,
Campus I da Universidade Federal da Paraíba /UFPB 2011 37
Gráfico 08- Quantidade de ocorrências na Cidade Universitária 44
Gráfico 09- Apresentação mensal dos números de ocorrências 45
Gráfico 10-Apresentação das ocorrências com veículos na Cidade Universitária 46
Gráfico 11- Turnos com maior e menor freqüência de registro de ocorrências 47
Gráfico 12 - Ocorrências de tentativas de delitos na Cidade Universitária 48
Gráfico 13 - Apresentação do percentual de segurança segundo a opinião dos
pesquisados (as)
49
Gráfico 14 - Apresentação do percentual de entrevistados (as), que foram
vítimas de violência na Cidade Universitária
50
Gráfico 15 - Apresentação dos percentuais de entrevistados (as), que
informaram não se sentirem seguros; não saber onde se localiza a base de segurança e
não possuem conhecimento da existência do número telefônico da segurança
51
Gráfico 16 - Apresentação da opinião dos pesquisados em relação à quantidade
de vigilantes na Cidade Universitária, em relação à suficiência ou insuficiência
52
Gráfico 17- Representação da opinião dos entrevistados em caso de ocorrências
de fatos criminosos
53
Gráfico 18 - Opinião dos entrevistados em relação ao dever de proteção dos
vigilantes a comunidade acadêmica em casos de eventos criminosos
54
Gráfico 19 - Opinião dos entrevistados acerca da necessidade da polícia na
Cidade Universitária.
55
Lista de Tabelas
Quadro 01- Ocorrências de furtos e roubos contra o patrimônio da universidade
e terceiros na Cidade Universitária, Campus I da UFPB de 2002 a 2010.
40
RESUMO
Este estudo trata-se acerca das ocorrências na área de segurança da Cidade Universitária, Campus I da
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), localizada na cidade de João Pessoa/PB. A Cidade
Universitária, além de ser um espaço de produção de conhecimento científico por excelência, também
possui características de uma cidade, inclusive, com Prefeitura Universitária e, portanto, com algumas
peculiaridades do contexto urbano do qual faz parte. Desta forma este TCC, tem como objetivo geral:
compreender as ocorrências na área de segurança da Cidade Universitária. Mais especificamente
pretende: entrevistar a equipe dos agentes de segurança da Cidade Universitária; verificar junto à
segurança qual a sua função e dos seus vigilantes; identificar através dos registros de ocorrências quais os
setores críticos em relação às ocorrências dentro do lócus da pesquisa; qualificar e quantificar os registros
de ocorrências; aplicar Instrumento de Pesquisa de Opinião (IPO) junto à amostragem da comunidade
acadêmica proporcionando o entendimento do grau de preocupação dos cidadãos com sua segurança na
Cidade Universitária. Constitui-se universo da pesquisa às ocorrências no respectivo Lócus de estudo; por
sua vez a amostragem é composta por 1025 ocorrências dos anos de 2002 a 2010, que foram identificadas
em 14 livros de registros da segurança. Ainda foram entrevistadas por meio do (IPO) 370 pessoas
escolhidas de modo aleatório entre estudantes, técnicos administrativos e usuários, os quais se
caracterizam sujeitos da pesquisa, juntamente com os coordenadores da segurança; vigilantes e os livros
de registros das ocorrências. Em relação ao tipo da pesquisa, esta se compreende em seus aspectos
quantitativos e qualitativos. Quanto aos procedimentos metodológicos, foram realizadas visitas a Base da
Segurança Universitária, para obtenção de informações que pudessem materializar o objeto de estudo.
Ainda realizou-se a espacialização geográfica dos registros de ocorrências, utilizando-se técnicas gráficas
e cartográficas de representação através de setores temáticos. Em relação à abordagem conceitual,
discorreu-se em linhas gerais acerca da violência no Brasil; análise espacial geográfica e bases legais do
conceito de crime. Fundamentaram-se os aspectos legais da categoria funcional Agentes de Segurança
(vigilante) do quadro efetivo e terceirizado da UFPB. Nos resultados e discussões apresentaram-se: a
função dos vigilantes no Lócus de estudo; apresentação das áreas críticas através da identificação das
ocorrências por setores e análise dos registros e, por conseguinte a Segurança na Cidade Universitária a
partir da Opinião da Comunidade Acadêmica. Como considerações deste TCC apontam-se que as
ocorrências na área de segurança da Cidade Universitária da UFPB, constituem uma problemática a ser
enfrentada, no que diz respeito a maiores investimentos físicos, financeiros, recursos humanos,
estratégicos entre outros; através dos órgãos responsáveis pela Segurança Universitária. Ressalta-se que
as ocorrências interferem diretamente no cotidiano, da Comunidade acadêmica e de outros (as), que
acessem os serviços disponibilizados no espaço físico da Cidade Universitária. Logo também é
conveniente rever as atribuições da Segurança Universitária, em relação ao disposto no Regimento
Interno da Reitoria, pois se constata que somente a segurança patrimonial, não satisfaz as atuais demandas
que consubstanciam as ocorrências objeto de estudo.
Palavras- chave: Ocorrências, Vigilantes, Segurança, Cidade Universitária.
14
INTRODUÇÃO
“A conformação do terreno é de grande importância
nas batalhas. Assim sendo, apreciar a situação do inimigo, calcular as
distâncias e o grau de dificuldade do terreno, quanto à forma, de se
poder controlar a vitória, são virtudes do general de categoria. Quem
combate com inteiro conhecimento destes fatores vence, de certeza;
quem o não faz é, certamente derrotado.”
Sun Tzu, A arte da guerra
O presente trabalho trata-se de um estudo acerca das ocorrências na área de segurança na
Cidade Universitária, Campus I, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que está sediada
na cidade de João Pessoa/PB.
A Cidade Universitária, além de ser um espaço de produção de conhecimento científico
por excelência, possui características de cidade, inclusive, com Prefeitura Universitária e
portanto, com as algumas peculiaridades do contexto urbano do qual faz parte.
Considerando a realidade das principais cidades brasileiras, em particular João Pessoa,
observa-se uma grande preocupação dos cidadãos com sua segurança, diante dos elevados
índices da violência; o que está diretamente relacionado a este objeto de estudo. Nesse sentido,
Nascimento (2006) relaciona os campi universitários ao contexto da cidade, aponta que “como
qualquer cidade urbana, os campi universitários são locais propícios para a presença da
violência”.
Estando inserida em um espaço urbano, a Cidade Universitária diariamente, possui um
trânsito e permanência intensa de pessoas, aproximadamente 12 mil veículos circulam por suas
vias (Coordenação de Segurança, UFPB, 2011), sem computar outros meios de transporte como
as motocicletas e bicicletas.
Esse volume de usuários na Cidade Universitária se justifica também pelo aparato de
serviços em seu território, como o de saúde no Hospital Universitário (HU); serviços clínicos,
terapêuticos através de clínicas escolas das diferentes áreas e cursos de graduação;
estabelecimentos financeiros; agência dos Correios; livrarias e bancas de revistas, restaurantes e
lanchonetes.
15
Campos (2009) aponta que os bairros próximos do entorno da universidade os quais
fazem parte do “eixo sul- sudeste, apresentam 25% da população da capital paraibana” . Assim,
a partir do alto quantitativo de pessoas que se servem dos serviços prestados na
Cidade Universitária e da percepção da incidência de fatos relacionados à violência
que se configuram em crimes, fomentou-se a análise in lócus das ocorrências na área
de segurança da UFPB.
Logo para elaboração deste objeto de estudo, problematizou-se quais são as ocorrências
na área de segurança da Cidade Universitária, deste retirou-se então o objetivo geral, que é
compreender tais ocorrências no lócus de estudo; estabelecendo ainda como objetivos
específicos: entrevistar a equipe dos agentes de segurança da Cidade Universitária; verificar
junto à segurança qual a sua função e dos seus vigilantes; identificar através dos registros de
ocorrências quais as áreas críticos em relação às ocorrências dentro do lócus da pesquisa;
qualificar e quantificar os registros de ocorrências; aplicar instrumento de pesquisa de opinião
junto à amostragem da comunidade acadêmica e usuários no sentido de entender o grau de
preocupação dos cidadãos com sua segurança na Cidade Universitária.
O estudo tem como universo as ocorrências na área de Segurança da Cidade Universitária
sendo a amostragem composta por 1025 ocorrências dos anos de 2002 a 2010, que foram
identificadas em 14 livros de registros da segurança, como também 370 pessoas escolhidas de
modo aleatório entre estudantes, técnicos administrativos e usuários.
Desta forma os sujeitos da pesquisa foram: estudantes, técnicos administrativos e
usuários da Cidade Universitária; bem como os coordenadores da segurança e vigilantes,
utilizamos também os livros de registros de ocorrências como fonte de pesquisa.
Como fundamentação teórica, recorremos à abordagem conceitual em linhas gerais
acerca da violência no Brasil, realizando ainda a análise espacial geográfica; discorrendo,
sobretudo acerca das bases legais do conceito de crime.
Ainda discorremos sobre os aspectos legais da categoria funcional agentes de segurança
(vigilante) do quadro efetivo e terceirizado da Cidade Universitária, Campus I, da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB).
Nos Resultados e discussões, apresentamos a função dos vigilantes efetivos e
terceirizados que atuam na Cidade Universitária; os setores críticos com a identificação das
16
ocorrências e análise dos registros; a análise dos registros das ocorrências de segurança na
Cidade Universitária a partir da Opinião da Comunidade Acadêmica.
Por fim, as considerações finais acerca do tema, seguida das referências.
1 – ABORDAGEM CONCEITUAL
1.1 - Linhas gerais acerca da violência no Brasil; análise espacial geográfica e
bases legais do conceito de crime.
A segurança, enquanto aspecto fundamental à vida humana vem marcando a história da
sociedade atualmente com mais intensidade, pela relevância, abrangência, complexidade e
crescente necessidade o que tem motivado aos diversos setores da sociedade a pensar, debater e
discutir a situação diante dos crescentes índices de violência que também são destacados em
pesquisas de órgãos que tratam da temática.
Segundo a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP, 2009), o Brasil nas
últimas décadas, passou a estar associado, tanto no âmbito nacional quanto internacional, ao
fenômeno do crime e da violência. A situação é pauta nos cadernos da mídia nacional e
estrangeira que veiculam matérias que mostram “rebeliões em estabelecimentos prisionais,
conflitos entre a polícia e alguns movimentos sociais, seqüestros entre outros” (SENASP, 2009).
Conforme o Mapa da Violência (2011), que se baseia na taxa de homicídios por 100 mil
habitantes a qual aponta as estatísticas de crime e violência no Brasil, o país se destaca na
violência em escala regional e global. Considerando a realidade dos centros urbanos brasileiros,
a insegurança tem ultrapassado o tempo e o espaço.
Ainda conforme a SENASP (2009), na análise da incidência de ocorrências registradas
pela policia civil entre 2001 e 2003 “no Brasil, os índices de criminalidade mostram que os
crimes violentos contra o patrimônio, além de apresentarem as maiores taxas também foram os
que mais aumentaram no período” (SENASP, 2009).
Em escala regional, conforme matéria disponibilizada na Revista Época (2011):
17
Nas regiões Norte e Nordeste os números da violência dobraram, observa-se o
maior aumento nos números de mortes por causas externas, como homicídios,
acidentes de trânsito e suicídios. Os homicídios dobraram na década analisada
(108,1% e 101,5% no Norte e Nordeste respectivamente), os acidentes de
trânsito aumentaram, em média, 50% em ambas as regiões, e os suicídios, no
Nordeste, também dobraram (109,6%). Em alguns lugares, como no Maranhão,
as taxas de homicídio chegaram a quadruplicar, e Estados que tradicionalmente
apresentavam números baixos, com padrões de países desenvolvidos, viram,
nesses dez anos, a violência disparar (Revista Época, 2011).
A partir do mapa da violência (2010), Trazendo um recorte para a escala local, este
aponta que:
A taxa de homicídios por 100 mil habitantes nas principais cidades do país, dos
quais se observam que nas principais cidades que compõem a Área
Metropolitana de João Pessoa/PB, há uma elevada taxa de violência que coloca
a capital do Estado da Paraíba no desconfortável primeiro lugar, em números
absolutos, sendo 57 homicídios para cada 100 mil habitantes; Santa Rita em
segundo com 43 homicídios; Bayeux 39 homicídios e Cabedelo com 26
homicídios (Mapa da Violência, Jornal Estadão/ Infográficos, 2010).
Diante desse aspecto relacionado à violência na cidade de João Pessoa, trazer a análise
geográfica das ocorrências na área de segurança na Cidade Universitária é também propor mais
um tema e uma área para os geógrafos se debruçarem e explorar. Por se tratar a temática de um
elemento da estrutura espacial, esta representa um fundamento do pensamento geográfico, logo,
da identificação da geografia.
Segundo Ferreira e Simões, (1986) aos geógrafos são colocados problemas sobre
distribuições espaciais, respectivas estruturas e suas conseqüências. Nesse aspecto também se
pretende relacionar as ocorrências na área de segurança ao espaço territorial da Cidade
Universitária para adquirir a visualização da distribuição espacial dos fatos em estudo.
De inicio o geógrafo encontra-se diante da paisagem, o aspecto visível, diretamente
perceptível do espaço. Ou seja, “as paisagens decorrem dos dados do meio natural ou são
conseqüências da forma que o homem imprime suas marcas no espaço. Toda paisagem é
composta formada por elementos geográficos que se articulam uns em relação aos outros”
(Dolfuss, 1973).
18
É nesse aspecto que se apresenta a necessidade da localização que segundo a escola
geográfica francesa define a geografia como “a ciências dos locais”. Conforme Dolfuss (1973), o
estudo da localização realizado através da análise do sítio e da posição aponta ao reconhecimento
do sistema que organiza o espaço. “O sítio representa um receptáculo de um elemento no espaço,
enquanto a posição depende do sistema de relações com outros elementos que estejam próximos
ou distantes” (Dolfuss, 1973).
Com vistas aos apontamentos de alguns conceitos referentes à análise geográfica,
depreende-se a necessidade de referenciar alguns pressupostos ao conhecimento dos crimes e
violências sobre a perspectiva do Direito.
Desta forma, apontar alguns itens do Direito Penal Brasileiro torna-se importante para
melhor esclarecimento dos conceitos que circunstanciam as infrações, sendo estas em grande
parte derivadas de crimes e violências.
Neste sentido, pontua-se a compreensão da Teoria Geral do Crime, sendo indispensável à
percepção das bases pelas quais se desenvolveu o Direito Penal Brasileiro, que surge como um
ramo do direito público cuja finalidade é proteger os bens jurídicos mais importantes,
necessários e indispensáveis a vida em sociedade. Para tanto possui um caráter fragmentário,
ocupando-se da tutela desses bens mais valiosos.
Sendo assim, o Direito Penal contempla um conjunto de normas, elaborado pelo Estado,
que define crime e contravenção penal por determinadas condutas, aplicando-lhes determinadas
sanções penais ou medidas de segurança.
No Brasil a infração penal é composta de duas espécies, crime (ou delito) e contravenção
penal, o que diferencia as espécies são simplesmente, a quantidade e a qualidade da pena.
Enquanto no crime a sanção imposta é a prisão no regime de reclusão, detenção e ou multa na
contravenção penal a sanção é a prisão simples e multa.
O conceito de crime que prevalece entre os doutrinadores é o conceito analítico que trata
de um conceito formal fragmentado em seus elementos. Consistem em fato típico, antijurídico e
culpável (Código Penal Brasileiro, 1940).
Ainda destacam-se alguns entendimentos conceituais, tais como a classificação de
infrações penais e de trânsito como: roubos, furtos, dano, estupro e direção perigosa.
Conforme o Código Penal Brasileiro, nos Artigos 157 e 155, considera-se roubo e Furto
respectivamente:
19
Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia
móvel (Código Penal Brasileiro, 1940).
Observa-se que a diferença entre os dois crimes reside no fato de que no roubo o agente
infringe violência ou grave ameaça ou reduz à impossibilidade de resistência da vítima; e no
crime de furto nenhuma destas condutas ocorrem. É nesse sentido que se entende a violência
caracterizada como física e ou psicológica.
Ressaltam-se, ainda na Lei Penal os Artigos 14; 163 e 213, neles crime de tentativa;
estupro e dano são considerados respectivamente como sendo:
Diz-se crime tentado quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstancia alheia a vontade do agente. Afirma-se estupro constranger
alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a
praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. Assim o dano
é caracterizado por destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia (Código Penal
Brasileiro, Art. 14; 163 e 213; 1940).
Por conseguinte com respaldo no Código de Trânsito Brasileiro Art. 170 em analogia
com o Código Penal Brasileiro Art. 132, classificam-se respectivamente como direção perigosa:
dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública, ou os demais veículos
(infração gravíssima) e expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto ou iminente.
Portanto, segundo Nascimento (2006), “pode-se considerar que o tema segurança deixa
de ser matéria específica do sistema de justiça para converter-se em finalidade transversal e
integrada envolvendo diversos atores e espaços de reflexão e socialização”.
20
1.2 - Aspectos legais da categoria funcional Agentes de Segurança (vigilante)
do quadro efetivo e terceirizado da Universidade Federal da Paraíba (UFPB),
cidade Universitária Campus I.
Na classificação de Cargos do Poder Executivo Federal disposto na Lei nº 3.780/1960,
são estruturados vários cargos vinculados a área de segurança. Estes cargos relacionam-se a
partir da área de atuação, sendo, cargos relacionados à segurança patrimonial: Inspetor de
Guardas; Guardas; Inspetor de Vigilância; Auxiliar de Vigilância; Fiscal de Vigilância; Guarda
Noturno; Rondante; Vigia; Vigia Noturno; Vigilante; Vigilante de Enfermaria; Guarda de Polícia
e Guarda Vigilante.
O plano de classificação que fora instituído pela Lei nº 3.780/1960 na década seguinte é
extinto pela Lei nº 5.645/1970 que estabelece as diretrizes para a Classificação de Cargos do
Serviço Civil da União e das autarquias federais e que passaram a ter a denominação de
categoria funcional.
Na década de 1980, através do Decreto nº 85.354/1980, foi incluído no Decreto nº
72.950/1973, que dispõe sobre o Grupo – Outras Atividades de Nível Médio, a que se refere o
artigo 2º, da Lei nº 5.645/1970, os cargos de Inspetor de Guarda e de Guardas, bem como os de
atividades idênticas, embora com denominações diferentes, classificados na Lei 3.780/1960,
relacionados com a segurança patrimonial, que foram extintos e que agora foram transformados
na categoria funcional de Agente de Vigilância.
Em 1980 com a edição da Lei 6849/1980, em seu Art. 3º é estabelecido alguns
parâmetros para o ingresso na categoria funcional agente de vigilância:
O ingresso na Categoria Funcional de Agente de Vigilância far-se-á na classe
inicial, mediante concurso público de provas e subseqüente habilitação em
curso de formação profissional promovido pela Academia Nacional de Polícia,
no regime jurídico da legislação trabalhista, observadas as normas legais e
regulamentares pertinentes, exigindo-se, no ato da inscrição, comprovante de
conclusão do ciclo ginasial ou 1 grau, 8ª série (LEI Nº 6849/1980).
21
Percebe-se que para o exercício da função o agente de vigilância passará por uma
formação semelhante à de um policial, visto que nas Universidades Federais há a necessidade de
profissional com características policiais, em face das demandas desses estabelecimentos.
A partir de 1987 entra em vigor a Lei nº 7.596, que transforma a Categoria Funcional de
Agente de Vigilância em Vigilante. Essa transformação equiparou os servidores da área de
segurança das Universidades Federais, a profissionais submetidos à Lei nº 7. 102/1983, que
dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros e normatiza a constituição e
funcionamento de empresas de segurança privadas que exploram serviços de vigilância e de
transporte de valores.
Na Lei 7.102 de 20 de junho de 1983 são considerados como segurança privada as
atividades desenvolvidas em prestação de serviços com a finalidade de proceder à vigilância
patrimonial das instituições financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados, bem
como à proteção e segurança de pessoas físicas.
Em janeiro de 2005, com a edição da Lei nº 11.091, o Cargo de Vigilante, foi classificado
para uma ordem de nível mais elevado, justificado pela sua importância na atual conjuntura de
violência que vivencia a sociedade brasileira.
22
2 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para obtenção dos dados da pesquisa foram realizadas visitas durante o mês de agosto e
setembro de 2011 à base de segurança da UFPB, a fim de obter informações junto à coordenação
de segurança, e que posteriormente fossem disponibilizados os registros de ocorrências, com
intuito da formação de um Banco de Dados para melhor compreender e analisar o objeto de
estudo.
Esse Banco de Dados foi estruturado através da leitura e análise de 1025 ocorrências
compreendidas de 2002 a 2010, contendo: a classificação das ocorrências, sua localização, o
período do fato ocorrido, com respectivo mês e ano. Desta forma o Banco de Dados revelou-nos
alguns dados secundários através de combinações entre os registros disponíveis.
Também foi construído e aplicado um Instrumento de Pesquisa de Opinião (IPO) para
entender e analisar a opinião da comunidade acadêmica sobre a segurança na UFPB. O IPO foi
aplicado no curso do mês de outubro de 2011, de forma aleatória à comunidade acadêmica e em
turnos distintos, com a cooperação dos estudantes da disciplina Planejamento e Gestão Geo
Ambiental (PGGA) do período 2011.2, totalizando 370 Instrumentos de Pesquisa de Opinião.
O estudo teve como universo as ocorrências na área de Segurança da Cidade
Universitária sendo a amostragem composta por 1025 ocorrências dos anos de 2002 a 2010, que
foram identificadas em 14 livros de registros da segurança, como também 370 pessoas
escolhidas de modo aleatório entre estudantes, técnicos administrativos e usuários.
Compreendem os sujeitos da pesquisa estudantes, técnicos administrativos e usuários da
Cidade Universitária, bem como os coordenadores da segurança e vigilantes. Pesquisamos
também os livros de registros de ocorrências.
Através da utilização da pesquisa quantitativa e qualitativa, para construção e
desenvolvimento do objeto de estudo, também foi necessária a pesquisa de base documental
através dos registros de ocorrências, como também a Resolução N° 257/79 que instituiu o
Regimento da Reitoria da UFPB, objetivando o conhecimento pertinente das atribuições dos
vigilantes do quadro técnico administrativo da Universidade.
23
Da mesma forma, recorremos a Lei Nº 7.102/1983 que regulamenta os vigilantes do
quadro terceirizado; Lei nº 11.091 que trata acerca do quadro Técnico Administrativo das
Universidades Federais; Código de Trânsito Brasileiro e o Código Penal Brasileiro.
Outras fontes de pesquisa se constituíram através da internet; revistas; documentos
digitais de órgãos governamentais, como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
Organização Mundial de saúde (OMS), Presidência da República, Secretaria Nacional de
Segurança Pública (SENASP); além de pesquisa bibliográfica.
Logo, percebemos ser necessária a espacialização geográfica dos registros de ocorrências,
utilizando-se de técnicas gráficas e cartográficas para representação das distribuições dos
registros de ocorrências, referenciados a partir dos anos 2002 a 2010.
24
SEGUNDA PARTE
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 - Função dos vigilantes efetivos e terceirizados que atuam na Cidade
Universitária, Campus I da UFPB.
Foto 1- Viatura da Segurança Universitária (UFPB)
Fonte: Cristian Santos, (2011).
A equipe de segurança da UFPB dispõe apenas de uma viatura e quatro
motocicletas, porém apenas duas motocicletas estão em funcionamento, conforme
observação direta in lócus, estando as demais danificadas, o que dificulta a realização com
maior efetividade dos trabalhos em segurança na Cidade Universitária.
Ressalte-se que a Cidade Universitária é um complexo de edificações que assim
estão distribuídas no Estatuto da Reitoria da UFPB, conforme se apresenta no Art. 6º
Incisos I e II e Parágrafo único: “A Universidade tem em sua estrutura funcional a unidade
25
de patrimônio e administração; unidade com funções de ensino, pesquisa e extensão. A
estrutura organizacional será constituída pelos Departamentos reunidos em Centros”
(Estatuto da Reitoria, Resolução Nº 07 do CONSUNI, 2002).
É oportuno explicitar que a Cidade Universitária é composta pelo Hospital
Universitário e os seguintes Centros: Centro de Ciências Exatas e da Natureza
(CCEN); Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA); Centro de
Ciências Médicas (CCM); Centro de Ciências da Saúde (CCS); Centro de
Ciências Sociais Aplicadas (CCSA); Centro de Educação (CE); Centro de
Tecnologia (CT); Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) e Centro de Tecnologia e
Desenvolvimento Regional (CTDR).
Desta forma, percebe-se que a UFPB é formada por multicampi, que neste TCC,
tem-se como foco de análise da pesquisa a Cidade Universitária compreendida no Campus
I, conforme figura 01 abaixo:
Figura 01 – Cidade Universitária no Campus I da UFPB
Fonte: Imagem do Google Earth acessada em 31 de agosto de 2011
Da análise da Resolução N° 257/1979 que aprovou o Regimento da Reitoria da
UFPB, que estrutura e organiza o funcionamento da Universidade, pode-se identificar no
26
artigo 202 do Regimento, que os vigilantes que compõem a segurança da universidade
estão lotados na Divisão de Serviços Gerais e lhes compete, conforme o estabelecido no
Inciso III; que a Seção de vigilância deverá:
Manter a permanente vigilância sobre o patrimônio da Universidade;
opinar, junto à Divisão de Obras da Prefeitura Universitária, quanto à
previsão de instalações de equipamentos de segurança nos prédios da
Universidade; manter em perfeito estado de funcionamento os
equipamentos de segurança, providenciando a recarga dos extintores de
incêndio; treinar pessoal no combate a sinistros; colaborar na orientação e
disciplina do trânsito e do estacionamento de veículos, internamente no
"campus"; zelar pela ordem e pela disciplina no "campus"; fiscalizar os
serviços de segurança contratados pela Universidade de forma a garantir o
exato cumprimento dos termos do contrato (REGIMENTO INTERNO
DA REITORIA, Artigo 202 Inciso III).
Vale ressaltar que na UFPB, a segurança é composta por vigilantes do quadro
funcional efetivo, sendo 36 vigilantes que se dividem em seis equipes com plantões de
12/60 horas; vigilantes contratados de empresas terceirizadas com quantitativo de 102
vigilantes distribuídos em 22 postos diurnos e 29 postos noturnos em plantões de 12/36
horas de trabalho e folgas (COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA UFPB, 2011).
27
A Segurança Universitária de acordo com Regimento Interno da Reitoria,
da Universidade Federal da Paraíba, (UFPB) /2011.
Destaque-se que se observou a partir das visitas in lócus, que o número de vigilantes
efetivos do plantão, diferia do quantitativo presente em serviço, três vigilantes, sendo
numericamente inferior ao previsto na escala, em um total de seis. No entanto, a ausência
foi justificada em conseqüência da paralisação do quadro técnico administrativo da
Universidade, nos períodos das visitas, em meados de setembro de 2011.
Outro aspecto importante que se pôde observar em relação à equipe de segurança da
UFPB, está relacionado a maior aplicabilidade cotidiana do que está previsto na alínea (g),
item III do artigo 202 da Resolução N° 257/1979, sendo esta a “fiscalização dos serviços de
Organograma 01 Fonte: pesquisa secundária. Regimento Interno da
Reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) / 2011.
Fonte: Regimento da Reitoria da UFPB, 1979.
28
segurança contratados pela Universidade de forma a garantir o exato cumprimento dos
termos do contrato”.
Verifica-se em relação às demais competências previstas no item III do artigo 202
da Resolução N° 257/1979, que há certa impossibilidade de efetivação no seu cumprimento
por conta da elevada demanda na área de segurança, como se constatou nas análises dos
registros de ocorrências, como também pelo reduzido quantitativo de vigilantes efetivos,
que se totalizam em 36.
Em relação aos vigilantes terceirizados suas funções estão pautadas pela Lei Nº
7.102/1983 que conforme o Artigo 10, Incisos I e II, respectivamente, considera como
segurança privada as atividades desenvolvidas em prestação de serviços com a finalidade
de:
I - proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de
outros estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança de
pessoas físicas; II - realizar o transporte de valores ou garantir o transporte
de qualquer outro tipo de carga (LEI Nº 7.102/1983).
Dessa forma, destaca-se que é a coordenação de segurança da UFPB quem
estabelece as atribuições conforme as necessidades da instituição e, em particular, de cada
posto de serviço em que se encontre designado o vigilante como dispõe em resumo o
exemplo da norma prática de funcionamento da guarita I, cabendo a esta:
Fiscalizar saída de veículo com equipamentos e materiais; abordar a saída
de veículos de carga; proibir a retirada de madeira; não permitir o
estacionamento de veículos em vias de acesso a entrada e saída da UFPB;
proibir aglomerações de pessoas nas proximidades das guaritas; proibir a
entrada de pedintes; proibi a entrada de carros de som entre outras
normas. Ainda segundo a coordenação de segurança aos vigilantes
terceirizados fica a incumbência da segurança do patrimônio da
universidade (COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA DA UFPB, 2011).
Considera- se que a segurança de pessoal fica em planos secundários, tendo em
vista que o Estatuto da UFPB, o Regimento Interno da Reitoria, que disciplina os vigilantes
do quadro efetivo e a Norma Prática de Segurança estabelecida pela Coordenação da
Segurança Universitária para a vigilância terceirizada, não mencionam a proteção de
usuários, professores e nem de estudantes. Em contra ponto, os vigilantes efetivos e
terceirizados têm que manter a permanente vigilância sobre o patrimônio da Universidade,
conforme LEI Nº 7.102/1983 e Regimento Interno da Reitoria, Artigo 202 Inciso III.
29
3.2 - Apresentação das áreas críticas através da identificação das
ocorrências por setores na Cidade Universitária.
Para apresentação dos setores espaciais com as respectivas ocorrências registradas,
foram contabilizados 1025 registros de ocorrências do ano 2002 a 2010, sendo que deste
total 33 ocorrências foram registradas nos livros da Segurança da Cidade Universitária sem
a devida localização espacial dos acontecimentos. Logo neste TCC foram distribuídas por
setores quantitativos de 992 ocorrências, com formação de sete setores distintos.
Segundo George Pierre et al. (1980), a Carta é alternadamente instrumento
de conhecimento e de expressão:
Instrumento de conhecimento na medida em que localiza os diversos
elementos de um estado e de uma perspectiva, uns em relação aos outros:
primeira forma de correlação, que é simplesmente uma forma de
correlação espacial. Instrumento de expressão ela serve para mostrar,
através de construções apropriadas as relações de causalidades
comprovadas pelas diversas ordens de pesquisa de competência d
geógrafo e dos técnicos aos quais se destinam para ampliar seu campo de
conhecimento (GEORGE, et al, 1980).
Em observância e análise dos registros de ocorrências de segurança na UFPB,
percebeu-se que há uma distribuição nas áreas de seus acontecimentos como também existe
uma diversidade de seus tipos. Assim, conforme Ferreira e Simões (1986) o conceito de
distribuição pode ser entendido como “a freqüência com que qualquer fato ocorre no
espaço”.
30
Representação das áreas críticas através da identificação das ocorrências no
período de 2002 a 2010
por setores na Cidade Universitária Campus I (UFPB)
Mapa 01- Adaptado por Cristian Soares V. Santos (Dezembro/ 2011)
31
Fonte: Registros de Ocorrências da Segurança UFPB, 2002 a 2010
No setor I compreendido pelo Setor Desportivo, Educação Física, Escola Técnica de
Enfermagem, Residências Estudantis e Guarita IV, constataram-se 136 ocorrências, dessas
destacam-se 28 roubos e 36 furtos.
Também foi detectado através dos registros de ocorrências que dos 28 roubos oito
foram contra o patrimônio da UFPB e 20 foram contra terceiros. Dos 36 furtos sete foram
contra o patrimônio e 29 contra terceiros. Das outras 72 ocorrências, destacam-se que 24
envolveram o crime de dano; 22 contra o patrimônio e duas contra terceiros.
Gráfico 01- Representação das ocorrências no setor I, da Cidade
Universitária, Campus I / UFPB, no período de 2002 a 2010.
Total 136
Outros 72
Roubos 28Furtos 36
Ocorrências no setor I
32
Gráfico 02 - Representação das ocorrências no setor II da Cidade
Universitária, Campus I /UFPB, no período de 2002 a 2010.
Fonte: Registros de Ocorrências da Segurança UFPB, 2002 a 2010
No setor II compreendido pelo Hospital Universitário e a Garagem Central
constatou-se 75 ocorrências, 27 destas são de roubos e furtos, sendo que dos nove roubos,
três foram contra o patrimônio da UFPB e seis contra terceiros; dos 18 furtos dois foram
contra o patrimônio e 16 contra terceiros.
Destaque-se ainda que na categoria outras, registraram-se 48 ocorrências,
destacando-se seis ocorrências envolvendo queda de árvores no setor e seis crimes de dano,
sendo cinco contra o patrimônio e um contra terceiro.
Total 75
Outros 48
Roubos 9
Furtos 18
Ocorrências Setor II
33
Fonte: Registros de Ocorrências da Segurança UFPB, 2002 a 2010
Desta forma no setor III formado pelo Centro de Ciências da Saúde (CCS), Centro
de Ciências Médicas (CCM) e a Prefeitura Universitária (PU), constatamos 119
ocorrências, destas destacam-se 71 ocorrências envolvendo os crimes de roubos e furtos.
Contudo, destas 71 ocorrências 27 foram de roubos, sendo 10 contra o patrimônio
da UFPB e 17 contra terceiros; 44 furtos sendo 12 contra o patrimônio e 32 contra terceiros.
Destaca-se ainda das 48 ocorrências identificadas na categoria outros, sendo 19
registros foram de crime de dano; 17 contra o patrimônio; dois contra terceiros e nove
registros de ocorrências relacionadas a acidente de transito no setor III.
Gráfico 03 - Representação das ocorrências no setor III, da Cidade
Universitária, Campus I/ UFPB, no período de 2002 a 2010.
Total 119
Outros 48
Roubo 27
Furtos 44
Ocorrências Setor III
34
Fonte: Registros de Ocorrências da Segurança UFPB, 2002 a 2010
No setor IV compreendido pelo Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN),
LTF e Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) constatou-se 112 ocorrências, destas 58
envolveram roubos e furtos.
Dos 22 roubos, sete foram contra o patrimônio da UFPB e 15 contra terceiros. Dos
36 furtos houve 13 contra o patrimônio e 23 contra terceiros. Ainda, na categoria outros
destacaram-se 18 registros de ocorrências de crime de dano, destes quatro praticados contra
terceiros e 14 inferidos contra o patrimônio, além do registro de 11 acidentes de trânsito.
Gráfico 04 - Representação das ocorrências no setor IV, da Cidade
Universitária, Campus I /UFPB, no período de 2002 a 2010.
Total 112
Outros 54
Roubos 22
Furtos 36
Ocorências Setor IV
35
Fonte: Registros de Ocorrências da Segurança UFPB, 2002 a 2010
Todavia no setor V compreendido pelo Centro de Tecnologia (CT) e Centro de
Ciências Jurídicas (CCJ) constataram-se 98 ocorrências.
Associando os registros de roubos e furtos, totalizaram 57. Destes 21 foram de
roubos, sendo seis contra o patrimônio da UFPB e 15 contra terceiros; 36 furtos sendo 11
contra o patrimônio e 25 contra terceiros.
Destacam- se ainda na categoria outros, com total de 41 registros de ocorrências, 14
crimes de dano, sendo 13 contra o patrimônio e um contra terceiro.
Gráfico 05 - Representação das ocorrências no setor V da Cidade
Universitária, Campus I /UFPB, no período de 2002 a 2010.
Total 98
Outros 41
Roubos 21
Furtos 36
Ocorrências Setor V
36
Gráfico 06 - Representação das ocorrências no setor VI, da Cidade
Universitária, Campus I/ UFPB, no período de 2002 a 2010.
Fonte: Registros de Ocorrências da Segurança UFPB, 2002 a 2010
No setor VI compreendido pelo Centro de Ciências Humanas Letras e Artes
(CCHLA), LES, Central de Aulas (CA), Centro de Educação (CE), CCSA, DECON,
Guarita I e Guarita V constataram-se 298 ocorrências, destas 135 registros de ocorrências
que envolveram roubos e furtos.
Dos registros 55 foram de roubos, contabilizando oito contra o patrimônio da UFPB
e 47 contra terceiros. Dos 78 furtos, houve 22 contra o patrimônio e 56 contra terceiros.
E ainda, dos 163 registros caracterizados como outros, destes 41 envolveram
veículos, e 37 foram do crime de dano, sendo 30 contra o patrimônio e sete contra terceiros.
Total 298
Outros 163
Roubos 55Furtos 78
Ocorrências Setor VI
37
.
Fonte: Registros de Ocorrências da Segurança UFPB, 2002 a 2010
No setor VII compreendido pela Biblioteca Central, ADULF, Capela Universitária,
Almoxarifado Central, Centro de Vivência, Editora Gráfica, Restaurante Universitário e
SINTESP, constataram-se 154 ocorrências.
Somando-se roubos e furtos foram registradas 66 ocorrências, apresentando-se
como o único setor em que o número de roubos superou o número de furtos.
Contabilizaram-se 34 registros de roubos, sendo 10 contra o patrimônio da UFPB e 24
contra terceiros. Ainda identificou-se 32 furtos, destes houve sete contra o patrimônio e 25
inferidos a terceiros.
Dos 88 registros identificados como outros, destacam-se 29 crimes de dano, destes
28 contra o patrimônio e um contra terceiro; além de 23 registros de ocorrências
envolvendo acidente de trânsito no setor VII.
Gráfico 07 - Representação das ocorrências no setor VII, da Cidade
Universitária, Campus I/ UFPB, no período de 2002 a 2010.
Total 154
Outros 88
Roubo 34 Furtos 32
Ocorrências Setor VII
38
3.3 - Análise dos registros das ocorrências na Cidade Universitária,
Campus I, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Para análise dos registros de ocorrências in lócus, utilizou-se como referencial o
conceito de ocorrência policial utilizado no Manual Básico de Policiamento Ostensivo do
exército Brasileiro (1976), sendo desta forma caracterizada ocorrências “todo ato que exige
intervenção policial-militar, por intermédio de ações ou operações”.
Ainda conforme o manual, o registro de ocorrência “é um documento que se destina
ao registro atendimentos de ocorrências pela Polícia Militar (PM) empenhada no
policiamento Ostensivo”. Desta forma os registros de ocorrências uma vez tabulado,
proporcionam condições para apresentar dados estatísticos quanto à incidência; para fins de
planejamento operacional, permitindo ainda a avaliação relativa de produção no trabalho.
Percebe-se que o registro de ocorrências é um documento de suma importância para
o planejamento do desempenho das atividades no setor segurança, sendo um modelo
prático de registro de ações e operações desempenhadas no cotidiano do profissional de
segurança.
O caráter informativo e referencial dos registros obtidos pode proporcionar a
implantação e/ou o aperfeiçoamento do sistema de segurança, através da criação de novos
postos de vigilância; remanejamento de pessoal; investimentos financeiros em tecnologia e
treinamento de recursos humanos entre outros. Desta forma estas características fazem
parte do rol dos procedimentos básicos para a produção de uma segurança balizada nos
princípios do planejamento.
Assim, conceituar o planejamento é uma atividade difícil dada sua amplitude e
abrangência. Nesse sentido para Steiner (1969 apude OLIVEIRA 1988), estabelecem-se
cinco dimensões básicas do planejamento:
A primeira dimensão faz referência ao assunto abordado; a segunda
relaciona-se com os elementos do planejamento; a terceira corresponde ao
tempo do planejamento; a quarta refere-se às unidades organizacionais nas
quais o planejamento é elaborado; a quinta e última dimensão corresponde
às características do planejamento que pode ser representado por
complexidade ou simplicidade, qualidade ou quantidade, estratégica ou
tática entre outros. (STEINER, apude, OLIVEIRA 1988).
39
Desta forma, considerando as dimensões abordadas, Steiner (1969 apud OLIVEIRA
1988) aponta que “o planejamento pode ser entendido como um processo, desenvolvido
para o alcance de uma situação desejada de um modo mais eficiente e efetivo, com a
melhor concentração de esforços e recursos pela empresa”.
Para maior aproximação teórico-prática com o objeto de estudo deste TCC,
necessitou-se do contato com a coordenação da segurança da UFPB, que se estabeleceu
através de visitas à Base de segurança com o propósito de obter informações para subsídio
da pesquisa.
Algumas informações repassadas pela coordenação de segurança universitária
foram apresentadas no formato de estatísticas, o que trouxe a necessidade da leitura dos
livros de registros das ocorrências conhecendo desta forma os procedimentos aplicados
pelos vigilantes para a redação dos fatos ocorridos.
Ao iniciar a leitura e análise das ocorrências com a respectiva formação do banco de
dados, percebeu-se que os registros não são produzidos de forma padronizada pela equipe
de vigilantes, sendo assim manuscritos o que traz certa dificuldade à leitura e ao
processamento dos dados para fins de posterior planejamento.
Outra característica dos registros de ocorrências é a forma dos relatos, com
predominância narrativo-descritivo, podendo ser identificados em alguns registros
expressões de subjetividades dos vigilantes, como sentimentos de angustias em relação ao
serviço, reivindicações e sugestões como se observa no registro de ocorrência abaixo.
40
Registro de ocorrência da segurança da Cidade Universitária,
Campus I Universidade Federal da Paraíba /UFPB.
Figura 02 - Fonte: Coordenação de Segurança UFPB/2011.
41
Como se observa no registro não há o ordenamento dos dados o que dificulta a
compreensão da ocorrência. Contudo, no Manual de Policiamento Ostensivo são indicados
alguns procedimentos essenciais para serem seguidos no preenchimento do registro de
ocorrência como:
1- A unidade executante;
2- O setor;
3- O dia da semana expresso pelas três primeiras letras, o mês e ano representado
por algarismos;
4- Hora da ocorrência expressa, por quatro algarismos (hora e minutos);
5- Local da ocorrência constará os dados exatos do local da ocorrência, como rua,
número ou referencia que o identifique;
6- Ocorrência, sua denominação por extenso;
7- Providencias tomada por extenso;
8- Observações, todos os demais dados julgados úteis;
9- Recibo constará a condição de integridade física da (s) pessoa (s), bem como do
rol do material entregue;
10- Assinatura constará a assinatura do recebedor da (s) pessoa(s) ou material
entregue à autoridade competente.
Assim, segundo o Manual de Policiamento Ostensivo do Exército Brasileiro (1976),
o registro de ocorrência, se bem elaborado, possibilita a disposição dos meios para a
execução da segurança, julgamentos criteriosos das necessidades, escalonamento das
prioridades no atendimento e a dosagem do efetivo e do material. Desta forma favorecendo
o uso racional dos recursos disponíveis para a consolidação de uma segurança mais eficaz e
efetiva.
Dessa forma entendemos ser importante referenciar algumas formas e modalidades
de ocorrências que se configuram como crimes, sendo apontadas através do Código Penal
Brasileiro (CPB); infração de trânsito segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB); e
outras que ficam no âmbito administrativo.
Assim o Código Penal Brasileiro (CPB), classifica algumas ocorrências como:
roubo, furto, dano, tentativa de homicídio, ameaça, estupro. Em relação ao CTB, percebem-
se infrações de trânsito como direção perigosa e até o próprio acidente de trânsito; no
42
âmbito administrativo observam-se queda de arvores, incêndios, atendimento a pessoas
com problemas de saúde.
Do universo da pesquisa constituída pela análise de 1.025 ocorrências, do período
de 2002 a 2010 o que implica uma média de 128 ocorrências por ano, registradas pelos
vigilantes; algumas se sobressaltam pela sua periodicidade, como nos casos de roubos,
furtos e danos contra o patrimônio da universidade.
As ocorrências contra o patrimônio possuem maior incidência principalmente em
dias de calouradas (festas realizadas por grupos de estudantes de diversos cursos), contudo
mesmo diante de tais evidencias a segurança da Cidade Universitária geralmente não é
comunicada com antecedência da realização dessas festividades; impedindo assim, uma
articulação mais precisa com vistas à prevenção destes tipos de ocorrências.
Outro fato relevante são as ocorrências envolvendo veículos no período em análise,
2002 a 2010, totalizando nos registros 116 ocorrências, algumas deste total com ocorrências
de atropelamentos de porteiros que prestam serviços a UFPB.
Dessa forma, torna-se importante sinalizar uma das ocorrências do período em
análise; acontecida no dia 25 de junho de 2008, a qual um vigilante foi baleado na cabeça
este fato levou a vítima a óbito. No mesmo mês foi registrada outra ocorrência de atentado
contra a vida de outro vigilante, no Centro de Ciências Sociais (CCS). No ano de 2009
foram registradas mais duas tentativas consecutivas de homicídios na guarita I, durante o
plantão noturno.
Recentemente, na última semana do mês de setembro de 2011, após o término de
uma calourada no Centro de Tecnologia (CT) houve uma tentativa de roubo e conseqüente
troca de tiros entre os ladrões e os vigilantes na guarita I, como também uma arma calibre
38 foi encontrada abandonada na área do (CT).
43
Quadro 01
Ocorrências de furtos e roubos contra o patrimônio da universidade e terceiros
na Cidade Universitária, Campus I da UFPB de 2002 a 2010.
Ocorrências Patrimônio Terceiro Total
Furtos 75 208 283
Roubo 54 155 209
Fonte: Registros de Ocorrências da Segurança UFPB, 2002 a 2010
Nesse sentido a análise das ocorrências relacionadas a roubos e furtos contra o
patrimônio e terceiros, identificaram um total de 75 furtos contra o patrimônio e 208 contra
terceiros, sendo este quantitativo de 208 cometidos contra usuários, funcionários e
estudantes da UFPB. Ainda constatou-se a ocorrência de 54 roubos contra o patrimônio e
155 contra terceiros, como apresenta a tabela 01.
44
Gráfico 08 - Quantidade de ocorrências na Cidade Universitária
Campus I da UFPB, 2002 a 2010.
Fonte: Registros de Ocorrências da Segurança UFPB, 2002 a 2010
Verifica-se que a quantidade de ocorrências por ano não é homogênea variando a
cada ano, sendo possível identificar, por exemplo, no ano de 2005 registrou o maior
quantitativo de registros, contudo, há uma redução no quantitativo de ocorrências nos anos
posteriores, mas, ainda assim, em 2010 registraram-se um aumento de 152 % a mais no
quantitativo de ocorrências em comparação com o número de ocorrências registradas no
ano de 2002.
0
100
20067
138105 141 136
99 116 120102
QUANTIDADE DE OCORRÊNCIAS POR ANO
45
Fonte: Registros de Ocorrências da Segurança UFPB, 2002 a 2010
Observaram-se na relação das ocorrências por meses no período em estudo (2002 a
2010), que há uma relativa proximidade do quantitativo de ocorrências durante todo o ano,
existindo nos meses de março e outubro elevação no quantitativo de registros de
ocorrências em relação aos demais meses.
Gráfico 09 - Apresentação mensal dos números de ocorrências registradas de
2002 a 2010 na Cidade Universitária Campus I da UFPB.
Jan
Fer
Mar
Ab
r
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
No
v
Dez
90
74
111
9284
7791
7970
104
7974
Número de ocorrências por mês no período de 2002 a
2010
Ocorrências
46
Fonte: Registros de Ocorrências da Segurança UFPB, 2002 a 2010
Os registros de ocorrências envolvendo veículos permitem observar que desde o ano
de 2002 esse tipo de ocorrência vem se destacando em freqüência de acontecimento,
contudo nos registros dos anos de 2003, 2004 e 2008, apontaram uma substancial redução.
No entanto, no ano de 2006 o quantitativo de ocorrências com veículos aumentou
em relação aos três últimos anos, equiparando-se ao quantitativo de ocorrências do ano de
2002.
Nos anos de 2009 e 2010 essas ocorrências superaram os registros de todos os
períodos anteriores.
Na análise conjunta dos anos 2008, 2009 e 2010 percebemos o registro de uma
elevação de 316% entre 2008 e 2009 identificou-se, ainda, uma elevação no percentual de
ocorrências envolvendo veículos de 333% entre os anos de 2008 a 2010.
Ainda na análise entre os anos de 2002 e 2010 percebe-se uma elevação de 75 %
nas ocorrências envolvendo veículos.
Gráfico 10 - Apresentação das ocorrências com veículos na Cidade
Universitária, Campus I da UFPB, de 2002 a 2010.
05
1015
20
2002
2004
2006
2008
2010
Ocorrências envolvendo veículos
Ocorrências
47
Fonte: Registros de Ocorrências da Segurança UFPB, 2002 a 2010
Como se pode observar no gráfico (11), 70% das ocorrências são registradas no
turno diurno. Mas percebeu-se a contraditória disposição dos postos de vigilâncias na área
em estudo. Pois, o maior número de postos ocupados por vigilantes na Cidade Universitária
compreende o período noturno. Portanto, evidenciando-se como contra-censo, tendo em
vista a identificação da incidência de ocorrências em maior percentual durante o período
diurno.
Gráfico 11 - Turnos com maior e menor freqüência de
registro de ocorrências,na Cidade Universitária, Campus I da
UFPB de 2002 a 2010.
DIURNO
70%
NOTURNO
30%
Ocorrências por turno de 2002 a 2010
48
Gráfico 12 - Ocorrências de tentativas de delitos na Cidade
Universitária, Campus I da UFPB, de 2002 a 2010. Fonte: Registros de Ocorrências da Segurança UFPB, 2002 a 2010
Em se tratando de ocorrências na área de segurança nem sempre esses fatos são
concretizados pelos seus propulsores, o que se classifica como crime de tentativa definido
pelo Código Penal Brasileiro (CPB).
Nesse aspecto os registros de ocorrências no período em estudo caracterizados como
tentativas, revelaram que 70% desse tipo de delito são de roubos e furtos, seguidos pelas
tentativas de homicídios que sinalizam 24% e por último a tentativa de estupro com 6%.
70%
24%
6%
Percentual de Tentativas de Delitos de 2002
a 2010
Tentativa de roubos
e furtos
Tentativa de
homicídio
Tentativa de estupro
49
3.4 - A Segurança na Cidade Universitária a partir da Opinião da
Comunidade Acadêmica.
Para maior respaldo investigativo, foram pesquisadas 370 pessoas da
comunidade acadêmica, técnicos administrativos e usuários da Cidade Universitária,
através de Instrumento de Pesquisa de Opinião (IPO), que indagava acerca da percepção
individual em relação à segurança.
Fonte: Pesquisa primária, 2011.
Do total de 370 pesquisados 87% responderam que não se sentem seguros na
Cidade Universitária, o que mostra uma insatisfação, assim como preocupação da maioria
das pessoas em relação à segurança no espaço estudado. Em contrapartida, apenas, 13% dos
entrevistados responderam que se sentem seguros na Cidade Universitária.
Gráfico 13 - Apresentação do percentual de segurança
segundo a opinião dos pesquisados (as), na Cidade
Universitária Campus I da UFPB.
87%
13%
Sentem-se seguros na Cidade
Universitária do Campus I
Não
Sim
50
Gráfico 14 - Apresentação do percentual de entrevistados
(as), que foram vítimas de violência na Cidade
Universitária, Campus I da UFPB. Fonte: Pesquisa primária, 2011.
Como se pode observar no gráfico, 98% dos pesquisados afirmaram que não foram
vítimas de violência na Cidade Universitária, enquanto apenas 2% informaram terem sido
vítimas de algum ato violento na Cidade Universitária. No entanto, podem-se inferir dos
dados apontados no gráfico 13 e 14 conclui-se que a comunidade acadêmica vivência um
clima de insegurança, apesar de não terem sofrido nenhum ato contra sua integridade física,
moral e material.
98%
2%
Já foi vítima de algum ato de violência na
Universidade
Não
Sim
51
.
Fonte: Pesquisa primária, 2011.
Como mostra no gráfico, 76% dos entrevistados, afirmaram não se sentirem
seguros; não saber onde se localiza a base de segurança e não possuem conhecimento da
existência do número telefônico da segurança. Em contrapartida 24% afirmaram o
contrário.
Ainda destaca-se que 76% do total pesquisado não têm conhecimento do número
telefônico da segurança e nem sabe onde se localiza a base de segurança universitária.
Gráfico 15 - Apresentação dos percentuais de entrevistados (as), que
informaram não se sentirem seguros; não saber onde se localiza a
base de segurança e não possuem conhecimento da existência do
número telefônico da segurança.
76%
24%
Não se sentem seguros, não sabem onde se
localiza a base de segurança, e nem tem
conhecimento da existência do número
telefônico da segurança
Não
sim
52
Fonte: Pesquisa primária, 2011.
Em continuidade ao conhecimento da opinião dos entrevistados (as), questionou-se
a respeito da quantidade de seguranças observados na Universidade. Desta forma 90% dos
pesquisados responderam não ser suficiente o efetivo. Contudo 10% dos entrevistados
acreditam que o total de vigilantes que atuam na universidade oferece a segurança
necessária.
Logo, das observações in lócus, o que se pode perceber é que a presença ostensiva
e efetiva da segurança, é insuficiente, tanto em relação a quantidade de vigilantes como a
sua ocupação e disposição nos espaços físicos da universidade. Esse aspecto pode
possibilitar o entendimento de outros dados já apontados como a sensação de insegurança
detectada através do gráfico 14.
Gráfico 16 - Apresentação da opinião dos pesquisados em
relação à quantidade de vigilantes na Cidade Universitária, em
relação à suficiência ou insuficiência.
90%
10%
Nas suas observações a quantidade de
seguranças na Cidade Universitária é
suficiente?
Não sim
53
Fonte: Pesquisa primária, 2011.
A partir da representação do Gráfico 17, depreende-se a partir das opiniões dos
pesquisados que lhes ocorressem ou tivessem conhecimento de um fato criminoso
necessitando da realização de um registro de ocorrência, 60% dos entrevistados,
responderam que recorreriam à polícia para registrar o fato; enquanto 35% informaram à
segurança e 5% recorreriam ao diretor de centro.
Gráfico 17 - Representação da opinião dos entrevistados em caso
de ocorrências de fatos criminosos, na Cidade Universitária,
Campus I da UFPB.
60%35%
5%
Caso ocorrece a voçê ou tivesse conhecimento
de determinados crimes no Campus
Universitário, a quem você recorreria?
A polícia
A segurança
Ao diretor de centro
54
Gráfico 18 - Opinião dos entrevistados em relação ao dever de
proteção dos vigilantes a comunidade acadêmica em casos de eventos
criminosos. Fonte: Pesquisa primária, 2011.
Do gráfico acima aponta-se que 89% dos participantes do Instrumento de Pesquisa
de opinião responderam que acreditam que os seguranças têm o dever de proteger-lhes
contra fatos criminosos. Contudo, 11% informaram que os seguranças da Cidade
Universitária, não possuem atribuição de proteção às pessoas contra eventos criminosos.
Logo, é importante destacar que de acordo com o Regimento da Reitoria da UFPB,
a equipe de segurança não possui atribuição para com a comunidade acadêmica, mas sim
com a vigilância patrimonial na Universidade.
Apesar de 89% do total de 370 pesquisados acreditarem que a segurança
universitária tem atribuição na segurança das pessoas. No gráfico 17, 60% dos pesquisados
afirmaram que caso ocorre-lhes um fato criminoso recorreria à polícia para tomar as
devidas providências.
11%
89%
Você acredita que os seguranças tem o dever
de lhe proteger contra algum evento
criminoso ?
Não
Sim
55
Fonte: Pesquisa primária, 2011.
Da análise dos dados do gráfico acima se aponta que 84% do total de 370
pesquisados acreditam ser necessária a presença policial na Cidade Universitária. Mas, 16%
dos entrevistados não acreditam haver necessidade da presença da polícia no local.
Gráfico 19 - Opinião dos entrevistados acerca da
necessidade da polícia na Cidade Universitária.
16%
84%
A presença da polícia se faz necessária
na Cidade Universitária?
Não
Sim
56
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A compreensão e análise das ocorrências na área de segurança na Cidade
Universitária da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus I, João Pessoa/PB,
trouxe alguns apontamentos, acerca dessa problemática.
Dessa forma, a questão do crime e da violência tem sido considerada como um dos
estigmas reveladores da desordem, e no atual estágio da modernidade parece atribuir-lhe
uma capacidade de onipresença e de crescente grau de poder, transformando-as nas
principais referências obsedantes e fixadores de incompreensões, inquietudes e angústias.
Então, relacionar o crime e a violência na escala mais próxima do objeto de estudo
foi compreendê-la em seus aspectos desafiadores para a comunidade acadêmica e em
especial à gestão da segurança na Cidade Universitária.
Logo, percebeu-se que a segurança é questão primordial à vida em sociedade,
inclusive, para o desenvolvimento das atividades da comunidade acadêmica e demais
pessoas que se utilizam dos serviços que se concentram na Cidade Universitária, não
podendo ser conduzida de modo secundário pelos seus respectivos responsáveis.
Dessa forma, ao identificar no Regimento da Reitoria, que a segurança está
vinculada a seção de serviços gerais, percebeu-se que essa inclusão situa-se de maneira
insuficiente aos dias atuais, tendo em vista principalmente as variadas formas de
ocorrências que foram neste TCC apresentadas, muitas inclusive indicando risco de morte
às pessoas.
Então, entende-se que a compreensão e análise fundamentada das ocorrências na
área de segurança da Cidade Universitária, também é uma forma de contribuição científica
para o planejamento da segurança na UFPB, sem, contudo deixar de explicitar suas
características e as opiniões da comunidade acadêmica sobre o objeto de estudo.
Percebeu-se que são os órgãos da Segurança Pública, os possuidores de mecanismos
adequados e com competência explícita para o trato dos diversos crimes elencados nos
registros de ocorrências da Cidade Universitária. E com isso considera-se que é insuficiente
tratar acerca da segurança na Cidade Universitária, apenas composta por vigilantes
patrimoniais.
57
Assim essa lacuna em relação à atribuição da Segurança Universitária tornou-se
inquietante, tendo em vista o quantitativo de 1025 ocorrências registradas no período de
2002 a 2010; apresentando-se através de vários tipos que provocaram a percepção da
insegurança por parte da comunidade acadêmica.
Por outro aspecto percebeu-se certa impotência, por parte dos vigilantes, para o
enfrentamento dos diversos tipos de ocorrências, cada uma com diferentes graus de
complexidade, seja pelo fato destas serem competentes aos órgãos de Segurança Pública,
ou porque os vigilantes não apresentam formação específica com atribuição relativa à
natureza da segurança pública de pessoas.
Ressalte-se que por esses aspectos de insegurança, não sendo, contudo estes uma
problemática, apenas, da Cidade Universitária, Campus I da UFPB. Mas, da maioria das
Universidades Federais do país.
Logo, percebeu-se, também, através do Instrumento de Pesquisa de Opinião (IPO)
que a comunidade acadêmica vivencia um clima de insegurança na Cidade Universitária,
apontando a necessidade da presença policial como forma de prevenir as ações prejudiciais
contra o patrimônio e terceiros.
Essa insegurança exemplificou-se através das respostas às indagações do IPO,
quando a maioria dos pesquisados responderam não se sentirem seguros na Cidade
Universitária, mesmo não havendo sofrido nenhum fato delituoso.
Percebeu-se também que 70% dos registros de ocorrências são realizados no
período diurno, mas que o maior quantitativo de postos de vigilâncias encontram-se
ativados no período noturno constituindo-se um paradoxo para a segurança.
Portanto, considera-se que as ocorrências na área de segurança da Cidade
Universitária constituem uma problemática a ser enfrentada, a partir do planejamento das
ações no que tange a segurança; a articulação da segurança com a comunidade acadêmica,
com alguns órgãos que compõem a Segurança Pública e maiores investimentos pelos
órgãos gestores da Universidade, tendo em vista que as ocorrências interferem diretamente
no cotidiano das pessoas que acessam os serviços disponibilizados no espaço físico da
Cidade Universitária.
Logo também é conveniente rever as atribuições da Segurança Universitária, em
relação ao disposto no Regimento Interno da Reitoria, pois se constata que somente a
58
segurança patrimonial, não satisfaz as atuais demandas que consubstanciam as ocorrências
objeto de estudo.
59
REFERÊNCIAS
ABRAMOVAY, Miriam e PINHEIRO, Leonardo Castro. “Violência e Vulnerabilidade
Social”. In: FRAERMAN, Alicia (Ed.). Inclusión Social y Desarrollo: Presente y futuro
de La Comunidad IberoAmericana. Madri: Comunica. 2003.
BEATO FILHO, C.C. "Políticas públicas de segurança e a questão policial ". Artigo,
dez. 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
88391999000400003&script=sci_arttext. >. Acesso em 03 de setembro. 2011.
BRASIL. Câmara Federal. PEC Nº 38/2011. Disponível em:
<http://gtsegurancafasubra.blogspot.com/2011/05/pec-que-cria-policia-universitaria.html>,
acesso em setembro de 2011.
BRASIL. Exército Brasileiro. Manual Básico de Policiamento Ostensivo: Inspetoria
Geraldas Polícias Militares. Brasília: Ministério do Exército. 1976.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. http://www.ibge.gov.br/
home/disseminacao/online/catalogo2/digitaltema.php?tema=Organizacaoterrit&pagatual=in
icio acesso em 19/11/201
BRASIL. Ministério da Justiça. Mapa da Violência 2011. Disponível em: <
http://www.sangari.com/mapadaviolencia >.Acesso em 5 de agosto. 2011.
BRASIL, Paraíba. Lei Nº 9503, de vinte e três de setembro de 1997. Código de Trânsito
Brasileiro: Manual, p. 43, 1997.
BROCHADO, João Manoel Simch. O cidadão Protegido: Opiniões e Refleções sobre
Segurança. Brasília: Don Bosco,1995.
CAMPOS, Lenilson Fabiano. Bairro Do Jardim São Paulo: Adensamento Urbano e
Verticalização, entre 1998 e 2009. 2009. 100 f. ( graduação em Geografia) – Centro de
Ciências Exatas e da Natureza, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.
60
DOLFUSS. Oliveira. Análise Geográfica. Tradução Heloysa de LimaDantas. Difusão
Européia do Livro, Col. Saber Atual, 1973.
FERREIRA, Conceição Coelho; SIMÕES, Natércia Neves. A Evolução do Pensamento
Geográfico. Lisboa: (ed) Gradiva. 1986.
KAHN, T. A Expansão da Segurança Privada no Brasil: algumas implicações teóricas
e práticas. Ver. Conjuntura Criminal nº 5, junho de 1999.
MANDARINI, Marcos. Segurança Corporativa Estratégica: Fundamentos. São Paulo:
Ed. Manole, 2005.
MARIZ, Everaldo Guedes. Segurança Privada: Legislação Atualizada. Olinda. Ed. do
Autor. 2005.
NASCIMENTO, Armando Luís do. Segurança Orgânica nas Universidades Federais:
Pernambuco em Perspectiva Comparada. 2006. 335 f. Dissertação (Mestrado Profissional
em Gestão Pública) – Centro de Ciências Sociais Aplicada, Universidade Federal de
Pernambuco, Recife.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento Estratégico: Conceitos,
Metodologia e Práticas. 3ª edição, São Paulo, ed Atlas, 1988.
Pierre George...[et al.]; Geografia Ativa. tradução de Gil Toledo, Manuel Seabra, Nelson
de La Corte e Vicenza Bochicchio; 5ª ed. SP: DIFEL, 1980.
VADE MECUM: Acadêmico de Direito/ Anne Joyce Anghe, organização. 12. ed. São
Paulo: Rideel, 2011.
61
Apêndice
Q 1- Você se sente seguro (a) no âmbito da UFPB?
Sim ( ) Não ( )
Q 2- Você já foi vítima de algum ato de violência dentro da UFPB?
Sim ( ) Não ( )
Q 3- Você já necessitou do serviço da segurança da UFPB?
Sim ( ) Não ( )
Q 4- Você sabe onde se localiza as instalações da segurança da UFPB?
Sim ( ) Não ( )
Q 5- Você tem conhecimento da existência de um nº telefônico da segurança disponível aos usuários
da universidade?
Sim ( ) Não ( )
Q 6-Você acredita no trabalho dos seguranças na universidade?
Sim ( ) Não ( )
Q 7-A presença do segurança no Campus:
Incomoda ( ) Dá sensação de segurança ( ) Não faz diferença ( )
Q 8-Em sua opinião a quantidade de seguranças observada no Campus é suficiente para a segurança
da comunidade acadêmica?
Sim ( ) Não ( )
Q 9- Caso ocorra-lhe algum fato criminoso na Universidade você recorrerá:
A polícia ( ) Ao diretor de centro ( ) A segurança ( )
Q 10- Você acredita que a segurança tem o dever de proteger-lhe contra algum evento criminoso?
Sim ( ) Não ( )
Q 11- Em sua opinião a presença da polícia se faz necessária para a segurança dos usuários da UFPB.
Sim ( ) Não ( )
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA
DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
Instrumento de Pesquisa de Opinião sobre a Segurança na UFPB
Campus I
62
Anexos
Anexo 01
E-mail de estudante do curso Serviço Social divulgando furtos no CCHLA
Subject: FURTO NA UFPB - CA DE SERVIÇO SOCIAL
...
Date: Sun, 20 Nov 2011 04:56:21 +0300
From: [email protected]
O CENTRO ACADÊMICO DE SERVIÇO SOCIAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA
PARAÍBA TORNA PÚBLICO O LAMENTÁVEL EPISÓDIO DE FURTO DO NOTEBOOK DO CASS
EM SUA SEDE NO DIA 10 DE NOVEMBRO (QUINTA-FEIRA).
APÓS A GESTÃO DO CENTRO ACADÊMICO CONSTATAR O DESAPARECIMENTO DO
NOTEBOOK DO CASS (ADQUIRIDO COM RECURSOS PRÓPRIOS DA ENTIDADE), PROCURAMOS
A DIREÇÃO DO CCHLA PARA COMUNICAR O OCORRIDO E PARA NOSSA GRANDE SURPRESA
OBTEVIMOS AS SEGUINTES INFORMAÇÕES:
NOS ÚLTIMOS 30 DIAS VEEM OCORRENDO UMA SÉRIE DE FURTOS NA UFPB SEM A
CONSTATAÇÃO DE ARROMBAMENTOS E DE APREENSÕES DOS RESPONSÁVEIS (A SEDE DO
CASS TAMBÉM NÃO FOI ARROMBADA), NO ENTANTO NÃO HÁ PUBLICIZAÇÃO DESTES
LAMENTÁVEIS FATOS POR PARTE DA UFPB PARA QUE MEDIDAS PREVENTIVAS SEJAM
ADOTADAS.
SEGUEM ALGUNS EPISÓDIOS OCORRIDOS:
FURTO DO NOTEBOOK DO PROFº ARIOSVALDO (DIRETOR DO CCHLA) DE DENTRO
DA DIREÇÃO DE CENTRO;
FURTO DE 2 NOTEBOOKS DA COORDENAÇÃO DE PSICOLOGIA.
DESTE MODO, O ROUBO NO CA DE SERVIÇO SOCIAL NÃO CONFIGURA-SE COMO UM FATO
ISOLADO E POSSÍVEL DE SER REPETIDO POR INÚMERAS VEZES, CASO A UFPB
DEFINITIVAMENTE NÃO GARANTA SEGURANÇA NAS SUAS DEPENDÊNCIAS.
REALIZAMOS UM BOLETIM DE OCORRÊNCIA NA POLÍCIA CIVIL, UMA VEZ QUE O
COMPUTADOR NÃO ERA TOMBADO PELA UFPB E SIM ADQUIRIDO COM RECURSOS
PRÓPRIOS DO CASS, NÃO SENDO DESTE MODO DE RESPONSABIDADE DA POLÍCIA FEDERAL
A APURAÇÃO DO OCORRIDO.
SOLICITAMOS JUNTO A PREFEITURA UNIVERSITÁRIA A GRAVAÇÃO DE UMA CÂMERA
INSTALADA NAS PROXIMIDADES DO CENTRO ACADÊMICO PARA QUE POSSAMOS
IDENTIFICAR O RESPONSÁVEL PELO FURTO.
SOCIALIZAMOS ESTE EPISÓDIO PARA QUE TOD@S @S COMPANHIR@S FIQUEM ATENT@S E
PARA QUE POSSAMOS UNIR FORÇAS NA COBRANÇA DE UMA EFETIVA SEGURANÇA DENTRO
DO NOSSO CAMPUS.
63
Att,
Ana Paula Barbosa Xavier
Graduanda de Serviço Social - UFPB
Estagiária do Banco de Alimentos do SESC-JP
Bolsista PIBIC pelo SEPACOPS
Centro Acadêmico de Serviço Social - UFPB - Gestão 2011/2012 - Resgatando Credibilidade, Construindo
Autonomia!
Anexo 02
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 38
PEC QUE CRIA A POLÍCIA UNIVERSITÁRIA FEDERAL
PRPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 38 DE 2011.
(Da Sra. ANDREIA ZITO)
Dá nova redação ao artigo 144 da Constituição Federal, inserindo inciso e parágrafo.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º, do
artigo 60, da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
Art. 1º Inclua-se no art. 144 da Constituição Federal um inciso, a ser
enumerado como IV, e um parágrafo, a ser enumerado como 3º, com a seguinte redação,
renumerando-se os atuais incisos e parágrafo:
“Art. 144
IV- polícia universitária federal;
§ 3º A polícia universitária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo dos
“campi” das universidades federais, dos institutos federais de educação e demais
instituições federais de ensino.”
Art. 2º Esta Emenda entra em vigor no prazo de cento e oitenta dias
subseqüentes ao de sua promulgação.
64
Anexo 03
Matéria disponível no Jornal do Laboratório do Curso de Jornalismo da UFPB, 1 a 7
de Novembro de 2011 Protestos contra a insegurança no campus
65