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Logística é desafio para setor offshore 'Custo Macaé' pesa em momento de retração de investimentos no setor Itaparica cobra do governo fim de alagamentos e implantação de rede de esgoto WANDERLEY GIL Elevação de trecho da RJ 106 facilita acesso de carretas ao Polo Offshore, no entanto, veículos pesados ainda impactam a mobilidade Única opção de lazer da região, projeto de construção de praça não foi terminado A criação de uma nova rota de acesso ao Parque de Tubos para as cerca de 700 carretas que cir- culam no município, atendendo as demandas de logística rodoviá- ria da indústria do petróleo, ame- niza mas não garante a redução efetiva do chamado 'Custo Ma- caé', gerado pelo déficit de infra- estrutura da cidade. Enquanto a prefeitura executa ações imedia- tas, outros projetos importantes para alavancar a logística da cida- de seguem emperrados: duplica- ção da BR 101, Tepor e nova pista do Aeroporto. PÁG. 3 J á se passaram mais de dois anos desde a última visita do Bairros em Debate ao loteamento Itapari- ca. Hoje a situação no local permanece da mesma maneira, apesar de promes- sas de melhorias. Mesmo sem perder as esperanças, o sentimento de quem vive ali é de esquecimento. Desde 2013, a ci- dade recebeu várias obras, contudo, a do bairro, que foi iniciada ainda na gestão passada, não foi concluída. O loteamento foi contemplado com pavimentação, rede de água e esgoto, só que tudo isso foi en- tregue sem a finalização adequada. PÁG. 8 ESPERA POR URBANIZAÇÃO Mesmo com todos os garga- los, Macaé ainda vai se manter como a principal base de ope- rações do segmento do petró- leo nacional. No atual momen- to de crise econômica nacional, as operações em andamento na Bacia de Campos são capazes de evitar literalmente a quebra do orçamento da cidade, do Esta- do e do governo federal. Além disso, apesar de um futuro ne- buloso quanto aos investimen- tos no setor de exploração, que movimenta a cadeia offshore, grandes empresas internacio- nais do petróleo anunciaram investimentos de quase R$ 300 milhões na expansão de suas ba- ses operacionais no município. A realização de novos proje- tos para melhorar a infraestru- tura da cidade também está em andamento. PÁG. 3 O 32° BPM (Batalhão de Po- lícia Militar) criou uma nova estratégia de policiamento no trânsito. A ação posta em práti- ca recentemente tem como alvo principal a apreensão de armas, drogas e criminosos que utili- zam, principalmente, carros e motos, tanto para se locomover como para transportar os carre- gamentos ilícitos. O objetivo da PM mudou de- pois que pesquisas e estudos, re- alizados pelo Setor de Inteligên- cia da Corporação, apontaram para um aumento na demanda desse tipo de ocorrência. Além das estratégias operacionais usadas pelos criminosos, as rotas pelas quais eles trafegam passaram a ser monitoradas com mais intensidade. A pre- visão é que a medida garanta resultados imediatos. PÁG. 5 EDUCAÇÃO GERAL WANDERLEY GIL Orla se transformou em 'arena dos esportes' Estado vai contratar Agricultura Familiar Atividades ajudam a evitar riscos à saúde Consumo de produção ajuda a manter cultura agrícola no município PÁG. 9 Exercícios regulares garantem qualidade de vida à população PÁG. 11 WANDERLEY GIL Produtores de Macaé podem participar de chamada pública ÍNDICE TEMPO EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 35º C Mínima 23º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) CIDADE GERAL ECONOMIA CADERNO DOIS Sustentabilidade em debate durante feira Programa garante medicamentos Comércio deve ficar atento a prazo Henrique e Juliano agitam Macaé Programação acontecerá entre os dias 26 e 28 de maio PÁG. 10 DST/Aids segue instruções do Ministério da Saúde PÁG. 9 Taxa de alvará deve ser paga até o dia 30 deste mês PÁG. 6 Dupla apresenta super show nesta segunda-feira CAPA POLÍTICA POLÍCIA BAIRROS EM DEBATE Pressão política pode gerar resultado PM cria estratégia de ações no trânsito O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de abril de 2015 Ano XXXIX, Nº 8685 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL TENTATIVAS DE ESTUPRO ASSUSTAM MORADORES SINDICATO APROVA VETO A PROJETO DE TERCEIRIZAÇÃO FAFIMA É REFERÊNCIA EM FORMAÇÃO ACADÊMICA POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.6 EDUCAÇÃO, PÁG.9

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Logística é desafio para setor offshore'Custo Macaé' pesa em momento de retração de investimentos no setor

Itaparica cobra do governo fim de alagamentos e implantação de rede de esgoto

wanderley gil

wanderley gil

Elevação de trecho da RJ 106 facilita acesso de carretas ao Polo Offshore, no entanto, veículos pesados ainda impactam a mobilidade

Única opção de lazer da região, projeto de construção de praça não foi terminado

A criação de uma nova rota de acesso ao Parque de Tubos para as cerca de 700 carretas que cir-culam no município, atendendo as demandas de logística rodoviá-ria da indústria do petróleo, ame-niza mas não garante a redução efetiva do chamado 'Custo Ma-

caé', gerado pelo déficit de infra-estrutura da cidade. Enquanto a prefeitura executa ações imedia-tas, outros projetos importantes para alavancar a logística da cida-de seguem emperrados: duplica-ção da BR 101, Tepor e nova pista do Aeroporto. PÁG. 3

Já se passaram mais de dois anos desde a última visita do Bairros em Debate ao loteamento Itapari-

ca. Hoje a situação no local permanece da mesma maneira, apesar de promes-sas de melhorias. Mesmo sem perder as esperanças, o sentimento de quem vive

ali é de esquecimento. Desde 2013, a ci-dade recebeu várias obras, contudo, a do bairro, que foi iniciada ainda na gestão passada, não foi concluída. O loteamento foi contemplado com pavimentação, rede de água e esgoto, só que tudo isso foi en-tregue sem a finalização adequada. PÁG. 8

EspEra por urbanização

Mesmo com todos os garga-los, Macaé ainda vai se manter como a principal base de ope-rações do segmento do petró-leo nacional. No atual momen-to de crise econômica nacional, as operações em andamento na Bacia de Campos são capazes de evitar literalmente a quebra do orçamento da cidade, do Esta-do e do governo federal. Além disso, apesar de um futuro ne-buloso quanto aos investimen-tos no setor de exploração, que movimenta a cadeia offshore, grandes empresas internacio-nais do petróleo anunciaram investimentos de quase R$ 300 milhões na expansão de suas ba-ses operacionais no município.

A realização de novos proje-tos para melhorar a infraestru-tura da cidade também está em andamento. PÁG. 3

O 32° BPM (Batalhão de Po-lícia Militar) criou uma nova estratégia de policiamento no trânsito. A ação posta em práti-ca recentemente tem como alvo principal a apreensão de armas, drogas e criminosos que utili-zam, principalmente, carros e motos, tanto para se locomover como para transportar os carre-gamentos ilícitos.

O objetivo da PM mudou de-pois que pesquisas e estudos, re-alizados pelo Setor de Inteligên-cia da Corporação, apontaram para um aumento na demanda desse tipo de ocorrência. Além das estratégias operacionais usadas pelos criminosos, as rotas pelas quais eles trafegam passaram a ser monitoradas com mais intensidade. A pre-visão é que a medida garanta resultados imediatos. PÁG. 5

educação Geralwanderley gil

Orla se transformou em 'arena dos esportes'

Estado vai contratar Agricultura Familiar

Atividades ajudam a evitar riscos à saúde

Consumo de produção ajuda a manter cultura agrícola no município PÁG. 9

exercícios regulares garantem qualidade de vida à população PÁG. 11

wanderley gil

Produtores de Macaé podem participar de chamada pública

ÍNdIcetemPo ediTOrial 4

Painel 4

gUia dO leiTOr 4

eSPaÇO aBerTO 4

CrUZadinHa C2

HOrÓSCOPO C2

CineMa C2

agenda C2

Máxima 35º CMínima 23º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

cIdade Geral ecoNomIa caderNo doIs

Sustentabilidade em debate durante feira

Programa garante medicamentos

Comércio deve ficar atento a prazo

Henrique e Juliano agitam Macaé

Programação acontecerá entre os dias 26 e 28 de maio PÁG. 10

dST/aids segue instruções do Ministério da Saúde PÁG. 9

Taxa de alvará deve ser paga até o dia 30 deste mês PÁG. 6

dupla apresenta super show nesta segunda-feira caPa

PolÍtIca PolÍcIabaIrros em debate

Pressão política pode gerar resultado

PM cria estratégia de ações no trânsito

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de abril de 2015Ano XXXIX, Nº 8685Fundador/Diretor: Oscar Pires

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R$ 1,50

wanderley gil wanderley gil

TenTaTivas de esTupro assusTam moradores

sindiCaTo aprova veTo a proJeTo de TerCeiriZaÇÃo

fafima É referÊnCia em formaÇÃo aCadÊmiCa

PolÍcIa, PÁG.5 ecoNomIa, PÁG.6 educação, PÁG.9

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de abril de 2015

CidadeEDIÇÃO: 271 PUBLICAÇÃO: 22 DE JULHO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

NOTA

Comissão define ruas que serão priorizadas com obras. Prefeitura diz que ações na Granja dos Cavaleiros, Novo Cavaleiros e Vale Encantado serão retomadas.

Violência ExecrávelComo já deve ser do conhecimento públi-

co, este jornal recebeu na quinta-feira últi-ma a visita abominável da violência. Estes atos execráveis surgem inesperadamente e atingem a qualquer um ser humano. Até mesmo o Papa João Paulo II foi vítima da violência que corre o mundo afora, na sua caminhada célere, tentando sobrepor-se ao bem e aos bons.

Casal prepara-se para a eternidade

Depois de trabalhar algum tempo com pequeno comércio e posteriormente ter montado uma oficina de carpintaria, hoje aposentado pelo Funrural, o Sr. Waldemiro Melchiades dos Santos, casado com Dolores Maria dos Santos, residentes em Carapeus, ele com 81 anos, e ela com 78 anos, resolve-ram preparar-se para a eternidade.

Foi Renato Patrocínio, nosso colaborador, que descobriu naquela localidade o casal de velhos, que inclusive já construiu com as próprias mãos no Cemitério de Carapebus uma sepultura com 3 gavetas.

Corrida Rústica do Mirante será domingo

Contando com a participação do Forte Marechal Hermes, Polícia Militar, Colégio Estadual Luiz Reid, Coordenadoria de Saú-de das Baixadas Litorâneas, promovida pe-la EMIL - Empreendimento Imobiliários Imboassica e O DEBATE, será realizada às 3,30 hs de domingo, dia 26, a III Corrida Rústica do Mirante com percurso de 10 quilômetros.

Desembargador Ronald de Souza vai instalar a 2ª Vara dia 29

A 2ª Vara da Comarca de Macaé vai ser instalada dia 29 de julho, data do aniversá-rio da cidade, em solenidade a ser presidida pelo Desembargador Ronald de Souza, por designação do Tribunal de Justiça.

O Dr. Walter Cabral de Souza, auxiliar na Comarca, responderá pela 2ª Vara até a promoção do Juiz de Direito Titular, en-quanto a 1ª Vara de Macaé tem como Juiz o Dr. José Carlos Pinheiro da Costa.

WANDERLEY GIL

Executiva determina saída do PT do governoEm reunião realizada na noite da última segunda-feira (13), a executiva estadual do Par-tido dos Trabalhadores deliberou a saída do PT da base do governo municipal. A decisão fortalece projeto eleitoral do vereador Igor Sardinha em 2016.

Igor Sardinha é líder da oposição

em meio as expectativas quanto ao futuro do segmento o¢shore no país, no momento de turbulência gerado pela cri-se da Petrobras e de queda na cotação do barril do petróleo no mercado internacional, Macaé segue como foco de investimen-tos relativos à expansão de parques operacionais de empresas que atuam nas atividades executadas na Bacia de Campos. E a consolidação de empreendimentos como o CLIMA afasta indícios de desmobilização da indústria responsável pela prin-cipal fatia da produção do setor de óleo e gás. Previsto para ser construído em um prazo de quatro anos, o empreendimento se destaca pela localização: o parque industrial está situado próximo a RJ 168, a BR 101 e a Estrada Santa Tereza.

Complexo Industrial segue fase de licença prévia

Mutirão da Semana Nacional do Júri acontece em MacaéAcontece desde a última

segunda-feira (13), no Fórum de Macaé, uma série de jul-gamentos de casos de crimes dolosos contra a vida. O pro-cedimento, conduzido pela 1ª Vara Criminal, segue as dire-

trizes da Semana Nacional do Júri, proposta pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que tem como objetivo analisar, em júri popular, aproximadamen-te 3,1 mil crimes registrados em todo o país.

No município, de acordo com a 1ª Vara Criminal, o intuito é que um processo envolvendo júri seja concluído por dia da semana, totalizando cinco so-luções de casos criminais.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de abril de 2015 3

Políticafuturo

'Custo Macaé' ainda afeta a indústria do petróleoInauguração de nova rota para o Parque de Tubos ameniza problemas de logística. Porém, setor ainda depende de outros modais de apoioMárcio [email protected]

A criação de uma nova ro-ta de acesso ao Parque de Tubos para as cerca

de 700 carretas que circulam no município, atendendo as de-mandas de logística rodoviária da indústria do petróleo, ame-niza mas não garante a redu-ção efetiva do chamado 'Custo Macaé', gerado pelo déficit de infraestrutura da cidade, senti-do diretamente pelas atividades realizadas pela cadeia produtiva de óleo e gás.

O projeto, entregue nesta se-mana pela prefeitura, represen-ta a parte inicial do Arco Viário de Santa Tereza, estrada que ligará o Parque de Tubos a RJ 168, principal acesso a BR 101.

Prevista para este mês, a lici-tação do projeto total de Santa Tereza, um investimento de cerca de R$ 90 milhões dividi-do entre o Estado e o município, deve ocorrer ainda neste mês. Por enquanto, caminhões se ar-riscam ao trafegar pela estrada ainda não urbanizada.

A logística segue como um dos setores que geram o maior custo nas operações das empre-sas que atendem as atividades realizadas na Bacia de Campos.

Setor que movimenta as ope-rações de três principais mo-dais do país: rodoviário, aéreo e marítimo, a logística foi o fator crucial para a escolha de Macaé como base de instalação da Uni-dade de Operações da Bacia de Campos (UO-BC).

A construção do Porto de Imbetiba garantiu à Petrobras a integração entre as atividades em terra e as unidades offshore.

A utilização do Aeroporto de Macaé como base de desloca-mento dos milhares de profis-sionais que atuam nas unidades de produção e exploração de petróleo também foi um fator predominante para a criação da Capital Nacional do Petróleo.

A proximidade entre a exten-são urbana do município com a BR 101 também chancelou a es-colha da companhia pela Prin-cesinha do Atlântico.

Apenas a malha ferroviária, um dos grandes trunfos do Bra-sil antigo, não foi aproveitada.

InvestImentos esperadosPassados 40 anos, o gargalo

registrado por esses três modais representa o encerramento de

uma fase da história criada pe-la cidade junto ao segmento do petróleo. A crise, que derrubou a pujança do setor, veio apenas para indicar a necessidade de reestruturação.

A dependência do crescimen-to da cadeia do petróleo local por investimentos em logística motivou a criação de propostas que ainda não foram consolida-das no município.

Br 101Há três anos, a pressão po-

lítica criada por integração regional foi capaz de vencer as barreiras burocráticas e ga-rantir a antecipação das obras de duplicação da BR 101. Apesar do berço da mobilização ter sido em Macaé, as intervenções no trecho da estrada pertencente ao município só devem começar no segundo semestre deste ano.

Como uma espécie de prêmio de consolação, Macaé já conta com o novo trevo que passou a garantir segurança aos motoris-tas que seguem pela RJ 168 em direção a BR 101. Por outro la-do, a construção do viaduto, por onde passa a Estrada da Serra, não seguiu critérios técnicos re-lativos ao tamanho de carretas e peças destinadas ao segmento offshore.

aeroportoHá 33 anos, a pista de pou-

co menos de dois mil metros, construída em área cercada por mangue e vegetação rastei-ra, tornou-se o principal acesso entre a cidade e as unidades de exploração e produção instala-das no além-mar.

Suportando há três décadas o deslocamento de quase 500 mil pessoas por ano, o Aeroporto se adaptou à demanda crescente da logística aérea do petróleo.

Porém, apenas há dois anos, a Infraero promoveu a imple-mentação de um projeto capaz de modernizar a base macaen-se. Cerca de R$ 59 milhões estão sendo investidos em infraestru-tura, mas a pista de pousos e de-colagens permanece a mesma.

O que se sabe é que existe um interesse nacional em manter o Aeroporto Internacional de Cabo Frio como a base do trans-porte aéreo de cargas offshore no Norte Fluminense. No en-tanto, essa posição esbarra na falta de infraestrutura da Ro-dovia Amaral Peixoto.

Hoje, é mais barato uma em-

presa offshore sediada em Ma-caé contratar o transporte aéreo de cargas com rotas no Rio de Janeiro, e garantir o envio do material para a base no muni-cípio, por terra pela BR 101.

O transporte pela RJ 106 tor-na-se mais caro em função dos gargalos registrados no trecho da estrada, principalmente o situado entre Rio das Ostras e Macaé.

No ano passado, o ex-ministro da Secretaria da Aviação Civil, Moreira Franco, esteve na cida-de e garantiu a implantação do projeto de construção da nova pista. Associado a isso, os gover-nos municipal e federal inicia-ram o esboço de um projeto que tornaria o Aeroporto uma base de transporte aéreo de cargas. A proposta ainda não decolou.

teporDesenvolvido através de par-

ceria firmada pela prefeitura e grupo empreendedor ainda no governo passado, a instalação do Terminal Portuário de Macaé (Tepor), assumiu, nos últimos dois anos, a posição de garantia da permanência de Macaé como a principal base de apoio às ope-rações offshore do país.

O projeto enfrentou a fúria de ambientalistas que se posi-cionaram de forma contrária ao empreendimento, alegando

riscos para espécies da fauna e a flora local, o que foi descartado por estudos realizados pela em-presa financiadora do projeto.

No entanto, de forma im-pressionante, o Tepor esbarra no processo de licenciamento prévio, situação que gera na ci-dade várias interpretações.

Uma delas, levantada pela Câ-mara de Vereadores, é o ataque geopolítico sofrido pelo proje-to que se tornaria a maior base logística marítima de apoio à cadeia do petróleo.

Orçado em R$ 1,5 bilhão, o empreendimento atenderia a um mercado cujo principal cliente é a Petrobras. Neste caso, cria-se um fato digno de inves-tigação da Operação Lava-Jato.

O Tepor sofreu o baque ao perder espaço na licitação feita pela Petrobras com o objetivo de contratar empresa de opera-ção de atividades de apoio logís-tico marítimo, visando atender demandas da Bacia de Campos e do Espírito Santo.

No certame, a estatal apli-cou às empresas com interesse de operação a partir de Macaé uma sobretaxa de 17%, tirando da jogada o Tepor. A medida foi contestada na justiça pela pre-feitura da cidade, porém, até agora, o projeto ainda não pos-sui a liberação necessária para a sua instalação.

wanderley gil

trecho da estrada de santa tereza representa planejamento do município para atender demandas do setor offshore

Luz no fim do túnelMesmo com todos os garga-los, Macaé ainda vai se manter como a principal base de ope-rações do segmento do petróleo nacional.

No atual momento de crise econômica nacional, as opera-ções em andamento na Bacia de Campos são capazes de evitar literalmente a quebra do orça-mento da cidade, do Estado e do governo federal.

Além disso, apesar de um futuro nebuloso quanto aos in-vestimentos no setor de explo-ração, que movimenta a cadeia offshore, grandes empresas in-ternacionais do petróleo anun-ciaram investimentos de quase R$ 300 milhões na expansão de suas bases operacionais no município.

A realização das obras de du-plicação da BR 101 no trecho da cidade passam pela fase de licenciamento do IBAMA. A

expectativa da Autopista Flu-minense é que as intervenções sejam iniciadas neste ano.

No caso do Aeroporto, agen-das realizadas entre a prefeitura e a Secretaria de Aviação Civil nas últimas semanas estreitam relações para que os investi-mentos aconteçam.

Já a agenda firmada pelo ve-reador Igor Sardinha (PT) junto à Infraero garantiu o planeja-mento da estatal para a cons-trução da nova pista.

O Tepor segue, na visão do secretário municipal de Desen-volvimento Econômico, Vandré Guimarães, como um projeto com grande prioridade para o município.

De acordo com Vandré, Ma-caé assumirá posição de desta-que na fase de reestruturação do setor offshore, em função do potencial de petróleo con-centrado na Bacia de Campos.

Com saída de Guto Garcia (psB) o plenário da Câmara de Vereadores terá nova composição

NotA

PONTODE VISTACom exceção do quadro político que, parece, não consegue en-xergar o que está acontecendo à sua volta, considerando que o cargo público, eletivo ou de assessoramento, depende apenas da arrecadação de impostos e taxas, esquecendo de praticar polí-ticas públicas para atender a população, o Brasil vem passando por uma séria crise econômica, social e, também, política.

Encerradas as eleições de outubro passado, quando a pre-sidente Dilma Rousseff acabou reeleita, a população bra-sileira se sentiu frustrada porque ela começou fazendo exatamente tudo aquilo que condenava, alegando que o adversário assim faria.

Sexta-feira, o governador Luiz Fernando Pezão esteve em Macaé para prestigiar a filiação solene de Dr. Aluízio no PMDB e sua posse como presidente da OMPETRO - Organização dos Municípios Produtores de Petróleo. Pezão não perdeu tempo e lascou: “Agora, temos o Sheik do Petróleo tomando posse como presidente da OMPETRO”. O evento foi no Hotel Sheraton.

Que a população paga a Contribuição de Iluminação pública, garfada na conta

da ampla todos os meses no valor de r$ 5,42, todos sabem. Que o dinheiro é

para pagar, como o nome diz, a iluminação pública e sua melhoria, também. o

que não sabem, é quanto de dinheiro é arrecadado, como é gasto, e por que tem

inúmeras ruas com postes sem lâmpadas, deixando-as na escuridão.

até domingo.

Um cidadão que subia no elevador com outros moradores do prédio onde reside, comentou para os seis ocupantes do andar de cima: “Macaé está mesmo com muito dinheiro. Nunca vi um prefeito gastar tanto para asfaltar ruas e avenidas que já são pavimentadas, deixando outras de bairros carentes cheias de buraco, quando o tempo está seco, e lama, quando chove.

Colocar o pé no freio?

Está chegando a hora...

Em consequência da gestão po-pulista de manter o poder pelo poder, quem sofre é o povo mais pobre, sendo que o efeito em cas-cata não atinge apenas os muni-cípios produtores de petróleo que deixaram de arrecadar re-cursos dos royalties por causa do preço do barril de petróleo, que caiu para a casa dos US$ 50 dóla-res. Atinge todos os mais de 5.560 municípios que sobrevivem de recursos repassados pelo gover-no federal, como o Fundo de Par-ticipação dos Municípios (FPM), que o Congresso tentou ampliar em mais 1%, tentativa barrada na legislatura passada com a base aliada votando de acordo com o toma lá dá cá. Como as medidas adotadas pelo ministro da Fazen-da atingem em cheio a classe tra-balhadora, a situação vai pioran-do com a inflação atingindo 8%, desesperando aquelas famílias de baixa renda que sobrevivem com apenas o salário mínimo ou o salário de mercado, desde que

a Petrobras entrou em crise com o nefasto episódio do “petrolão”, ocasionando nas cidades onde ela atua com mais força - como no caso de Macaé -, desemprego, desmobilização e esvaziamento econômico, desesperando tam-bém um grande número de em-presários que, de repente, viram o alicerce afundar e não ter outra solução senão demitir e fechar o negócio. Mas, colocar o pé no freio é a solução? Em todas as crises, quem inova, quem cria, quem se capacita durante o pe-ríodo de vacas magras, tem toda a expectativa de, em algum tempo, festejar a bonança depois da tem-pestade. Macaé é uma cidade que precisa se reinventar, precisa da prática de políticas públicas, na acepção da palavra, para sair do buraco. Antecipar receita como as provenientes dos royalties do petróleo, parece agora um ato criminoso. Evitar o endivida-mento, como fazem as empresas de sucesso, é o remédio.

Além do mais, a crise da Petrobras não estava tão aguda, o ministro da Fazenda Guido Mantega, hábil em promover a “pedalada fiscal” para acertar as contas, contrariando a Lei de Responsabilidade Fiscal, todo o quadro caótico resultou em um déficit jamais visto. A so-lução qual foi? Enviar uma pro-posta para o Congresso alterando a lei que beneficiava, também, os estados e municípios. O escânda-lo do “petrolão”, descoberto com a Operação Lava-Jato - agora na 12ª fase -, levou até o tesoureiro do PT para a cadeia e os tentáculos do polvo continuam envolvendo outros órgãos que ninguém sabe onde vai parar a imensidão de negócios malfeitos, o que levou alguns movimentos populares e não políticos a levar uma enorme multidão às ruas espontaneamen-te. Agora, já nos deparamos com as eleições de 2016. Todos os atores políticos que administram os par-tidos estão em plena atividade, aguardando apenas algumas alte-rações na legislação eleitoral para se aninharem no que melhor lhes convier, esquecendo que, antes de mais nada, devem ter o respaldo popular. Como as redes sociais

não têm controle, muito menos as pessoas que as utilizam, quando setembro chegar (até agora o prazo de filiação partidária para aqueles que desejarem concorrer para ve-reador ou prefeito), teremos um quadro possível de ser analisado e saber quais as forças que vão se defrontar. Bem, o prefeito já dei-xou o Partido Verde sem plantar uma árvore enquanto esteve por lá filiado e aninhou-se no PMDB de Renan Calheiros, Eduardo Cunha e outros protagonistas menos co-nhecidos. Alguns aliados também foram indicados para outras siglas e a campanha boca-a-boca já corre solta, prometendo, quem sabe, uma renovação na Câmara Municipal, se é que vai mudar mesmo alguma coisa. Como o Tribunal Superior Eleitoral ainda não julgou o pro-cesso contra o ex-prefeito Riverton Mussi, ele aguarda com expectativa a possibilidade de sair desta e ser, de novo, candidato da oposição a prefeito de Macaé. Como ele e Dr. Aluízio agora estão no PMDB, um vai ter que mudar e, com certeza, Riverton deve ir de PRB com Mar-celo Crivella. Agora, só temos que aguardar mais um pouco para saber como vai ser pintado o novo quadro.

PoNtADAs

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de abril de 2015

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Terra dos sonhos para muitas pessoas que vivem o dia a dia do debate político, Brasília tornou-se também o cenário de um processo que, aos poucos, contaminou a estrutura administrativa do país.

As obras de assentamento de tubulações que fazem parte do sistema de distribuição de água tratada avançam na região norte de Macaé. Atualmente a Nova Cedae, com apoio da prefeitura, realiza intervenções no Jardim Franco, bairro que surgiu após a construção da Avenida Industrial. A proposta é que a rede siga até o Lagomar, bairro que registra expressivo déficit de atendimento do serviço.

Provavelmente você já observou o mesmo que eu. Ao longo dos anos, identificou a posição política dos formadores de opinião atuantes nos veículos a que acessa.

Brasília

Chutam cachorro morto

Mesmo com a ebulição das denúncias de corrupção e o envolvimento de lide-

ranças que ocupam as cadeiras do Congresso Nacional, o planalto central ainda é a 'Meca' para os representantes dos municípios do interior. E com Macaé não é diferente.

Enfrentando o mais duro mo-mento administrativo dos últi-mos 40 anos, os municípios que formam o chamado 'Emirado do Petróleo Brasileiro' nunca depen-deram tanto do apoio político e também administrativo de diver-sos setores do governo federal. Apesar de difícil, é preciso acredi-tar que o futuro da Capital Nacio-nal do Petróleo também depende das artimanhas que ocorrem nos bastidores da Esplanada dos Mi-nistérios e também do Congresso.

Desde que a pujança do petróleo passou a assumir uma fatia signi-ficativa no orçamento do municí-pio, a dependência de Macaé por repasses governamentais gerados por uma série de programas de apoio a setores básicos de atendi-mento à população, como a Saúde, Educação e a Infraestrutura, pas-sou a ser cada vez menor.

Mais que uma questão finan-ceira, a liberdade orçamentária conquistada pelo município re-presentou também a autonomia política em uma fase onde a rela-ção entre os municípios do Norte Fluminense se aproximava de

uma questão bélica. O perfil sepa-ratista assumido pelo governo do Estado, na época, ajudou e muito para criar o hiato nas relações en-tre a Capital Nacional do Petróleo e o restante do país.

No entanto, ao passar dos anos, o preço assumido pelo municí-pio em não cobrar dos governos federal e estadual a responsabili-dade de contribuir com o plane-jamento da cidade que se tornou a 'Eldorado' do emprego no país, acabou ficando alto, superando até mesmo a margem dos R$ 2 bilhões registrados anualmente pelos cofres públicos.

Enfrentando a fase de queda do ciclo do petróleo, hoje Macaé precisa recuperar cerca de 20 anos de relações perdidas, um procedimento que supera os en-contros formais, as alianças po-líticas e partidárias, e requer um exercício administrativo sério, eficaz e com metas.

As idas e vindas de represen-tantes da política local a Brasília precisam apresentar resultados coerentes. Macaé ainda precisa do aval da Secretaria de Aviação Civil para a construção de uma nova pista de pousos e decolagens no Aeroporto. O município ainda não foi contemplado pelas obras de duplicação da BR 101, e vê, dia após dia, a viabilidade da construção de um novo porto minguar, represen-tando assim mais uma boa oportu-nidade perdida.

Você reconhece, acima de qualquer dúvida, aque-les que emprestaram

sua capacidade de influência para ajudar na construção da hegemonia petista. Você pode não saber o clube de futebol pelo qual cada um torce, mas percebe a que projeto político servem.

Da mesma forma você deve estar percebendo mudanças. De repente, jornalistas que sempre ajudaram o PT com os quatro pés passam a criticar o partido, a apontar nele, como se fossem deformações recen-tes, defeitos congênitos de con-duta moral e posição política que o acompanham desde sua fundação em 1980.

Essas figuras me trazem à lembrança o falecido escritor José Saramago. Comunista, apoiou todas as violências, todas as execuções e todas as formas de repressão impostas pelo regi-me cubano sobre o povo da ilha entre 1959 e 2003. Nesse ano, após a execução dos três jovens negros que sequestraram uma embarcação e tentaram fugir para a Flórida, o velho rompeu com ele em um artigo publica-do no jornal espanhol "El País" com o título "Hasta aquí he lle-gado". Ou seja, Saramago assis-tiu passivamente 27 mil mortes, mas 27003 eram demais para seu humanismo e para seus princípios.

Os jornalistas a que me re-firo reproduzem essa hipocri-sia. Os governos petistas nunca foram diferentes. Seus princi-pais líderes nacionais sempre

usaram o Estado em benefício próprio. Nunca tiveram líderes melhores. Nunca andaram em boas companhias. Nunca foram amantes da verdade. Nunca deram aos fatos importância maior do que às versões. Nun-ca admitiram os próprios erros. A "causa" sempre foi o critério determinante para a justifi-cação de meios escusos. Por isso, processados, condenados e presos, seus líderes viraram, ato contínuo, guerreiros heróis do povo brasileiro.

Enfim, esses jornalistas esti-veram com o PT até o dia 26 de outubro de 2014. Mas no dia 27 a casa caiu. Caiu? Eu os assisto agora, eu os leio agora, eu os ou-ço agora, batendo em cachorro morto. Mudaram de lado? Não! Fazem o mais fácil. Enquanto criticam o PT, escrutinam os milhões de manifestantes se-gundo suas classes sociais e "raças", identificam-nos como conservadores, como direitis-tas, como golpistas. Embora os cidadãos das ruas e dos pane-laços digam as mesmas coisas sobre o governo, não merecem palavras de estímulo à oposição que fazem. Afinal, isso benefi-ciaria a intolerável direita, não é mesmo? Continuarão, por-tanto, disseminando o mal por outros meios. Estão, simples-mente, trocando de montaria. Prefiro os irredutíveis porque são bem identificáveis.

Percival Puggina membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor

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PeregrinaçãoNos últimos meses Brasília se transformou em terra de peregrinação para lideranças políticas de Macaé. Diante de pautas em aberto, repre-sentantes do governo municipal e da Câmara de Vereadores se reuniram com ministros e mem-bros do Congresso Nacional. Importante desta-car que os corredores do planalto central foram abertos para os representantes de Macaé, por meio de articulações do PMDB e do PT, partidos que podem partir para a briga eleitoral em 2016.

MudançasAssim como na secretaria municipal de Educa-ção, há a expectativa de mudanças em quadros de outros setores estratégicos da administra-ção municipal. Segue em alta a possível troca de gestores da área da Cultura e também no setor de Controladoria. Os comentários elevam as expectativas de vereadores sobre possíveis convocações para assumir novos quadros na prefeitura, situação que movimenta a bancada de apoio ao Executivo.

AntecipandoFalando na Câmara, vereadores passaram a ado-tar a estratégia do 'gabinete itinerante' para se aproximar de moradores de bairros e comunida-des da cidade. No entanto, a proposta tem sido acompanhada de perto pela equipe da Justiça Eleitoral, para evitar que a ação legislativa possa ser interpretada como um corpo a corpo anteci-pado das eleições de 2016. A fase das filiações partidárias ainda não terminou e já tem gente querendo queimar a largada do próximo pleito.

ItineranteO Legislativo municipal vai levar todo o seu staff para a praça principal do Parque Aeroporto no próximo dia 9. O bairro será o primeiro da cidade a ser contemplado pela nova edição da Câmara Itinerante, projeto criado na legislatura passada e que oferece aos moradores de bairros, distritos e comunidades, a oportunidade de registrar as suas reivindicações. A participação dos secre-tários da administração municipal é importante para que a solução dos problemas seja imediata.

OffshoreDe alguns pontos do litoral macaense é pos-sível identificar o posicionamento de novas embarcações offshore próximas ao Arquipé-lago de Sant'Anna. A área de fundeio, utilizada principalmente por rebocadores que esperam espaço para atracar no Porto de Imbetiba, se transformou em estacionamento para unida-des de exploração de petróleo, pertencentes a empresas que reduziram as suas atividades na Bacia de Campos, como o caso da Schahin.

ServiçoFaltando cerca de dois meses para a realiza-ção da edição deste ano da Brasil Offshore, a prefeitura ainda não finalizou o processo para a liberação de mais de 100 novas autarquias para o serviço de táxis. A definição dos profis-sionais que irão assumir as concessões gera expectativas para motoristas que atuam como auxiliares no transporte em Macaé. A previsão é que até junho, mês de realização da feira, todo o processo seja definido.

ReformaSeguem em ritmo acelerado as obras de refor-ma do Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho. Atualmente as intervenções estão con-centradas na parte frontal do prédio. Em função das obras a posse do prefeito Dr. Aluízio Júnior como presidente da Ompetro (Organização dos Municípios Produtores de Petróleo), precisou ser realizada no Hotel Sheraton. O Centro de Con-venções estará pronto para receber cerca de 50 mil pessoas durante a Brasil Offshore.

PortoPelo visto, o projeto de implantação do Terminal Portuário de Macaé (Tepor) perdeu forças. Alvo de um ataque geopolítico, o empreendimento che-gou a fazer sombra ao Complexo Portuário do Açu, em Barra do Furado, não pela capacidade de operação, mas sim pelo potencial em se tor-nar uma das principais bases de apoio à logística offshore do país. Enquanto o projeto de Macaé esbarra no licenciamento, o porto de Eike Batista se prepara para a atender demandas da Petrobras.

PrejuízoDe acordo com levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), os municípios do Rio de Janeiro que recebem aportes financeiros em de-corrência das operações offshore perderam cerca de 35% das receitas dos royalties estimadas para este ano. Em cifras, o prejuízo contabilizado pelas cidades foi de mais de R$ 660 milhões. O balan-ço foi chancelado pelo presidente do TCE, Jonas Lopes, que fez um alerta aos gestores por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal.

EXPEDIENTE

PAINEL

GUIA DO LEITORPOLÍCIa MILITaR: 190POLÍCIa RODOVIáRIa FeDeRaL: 191saMU - seRV. as. MeD. URGÊnCIa: 192CORPO De BOMBeIROs: 193DeFesa CIVIL: 199POLÍCIa CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DIsQUe-DenÚnCIa (POLÍCIa MILITaR): 2791-5379DeLeGaCIa De POLÍCIa FeDeRaL (24 hORas): 2796-8330DeL. De POL. FeDeRaL (DIsQUe DenÚnCIa): 2796-8326DeL. De POL. FeDeRaL (PassaPORTe/VIsTO): 2796-8320DIsQUe-DenÚnCIa (CÂMaRa De MaCaÉ): 2772-7262hOsPITaL PÚBLICO MUnICIPaL: 2773-0061aMPLa: 0800-28-00-120CeDae: 2772-5090PReFeITURa MUnICIPaL: 2791-9008DeLeGaCIa Da MULheR: 2772-0620GUaRDa MUnICIPaL: 2773-0440ILUMInaÇãO PÚBLICa: 0800-72-77-173aeROPORTO De MaCaÉ: 2772-0950CaRTÓRIO eLeITORaL 109ª ZOna: 2772-9214CaRTÓRIO eLeITORaL 254ª ZOna: 2772-2256CORReIOs - seDe: 2759-2405aG CORReIOs CenTRO: 2762-7527TeLeGRaMa FOnaDO: 0800-5700100seDeX: 2762-6438CeG RIO: 0800-28-20-205RaDIO TaXI MaCaÉ 27726058COnseLhO TUTeLaR I 2762-0405 / 2796-1108 PLanTãO: 8837-4314COnseLhO TUTeLaR II 2762-9971 / 2762-9179 PLanTãO: 8837-3294COnseLhO TUTeLaR III 2793-4050 / 2793-4044 PLanTãO: 8837-4441

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A Prefeitura de Macaé intensifica as ações da construção de mais uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no município, a ETE Centro, situada em grande área na Linha Verde

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de abril de 2015 5

PolíciaSEGURANÇA

Tentativas de estupro assustam a populaçãoDois casos foram registrados apenas na última semana

A crise econômica que assombra a região não trouxe somente preocu-

pações quanto a desemprego e diminuição da renda: uma apre-ensão que se tornou realidade para a população é o aumento da violência.

O que mais se vê nas ruas e bairros é o reforço do policia-mento, inclusive, com mudan-ças drásticas nas estratégias de patrulhamento. Mas nenhum desses esforços impediu que du-as tentativas de estupros fossem registradas na última semana.

A primeira aconteceu na sexta-feira (10) à tarde. Segun-do relatos da vítima - uma ado-lescente de 16 anos -, ela estava

com a mãe próximo à orla da Lagoa de Imboassica quando foi abordada por um homem estranho, que tentou agarrá-la e arrastá-la para longe. A sorte foi que a mãe da jovem percebeu a situação e começou a gritar, pe-dindo socorro. Alguns homens que estavam por perto corre-ram e conseguiram espantar o suspeito, que fugiu.

O outro registro foi na últi-ma quarta-feira (15), em plena luz do dia. Era por volta das 9h, quando outra jovem sofreu a tentativa. Ela havia acabado de sair de uma academia, na Praia dos Cavaleiros e entrado no car-ro, quando viu um homem abrir a porta e sentar no banco do ca-

rona. De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito tentou tirar as roupas da vítima, mas ela conseguiu se desvencilhar e correr de volta para a academia para pedir socorro. Este crimi-noso também fugiu.

Resposta da PMO comandante da PM, coro-

nel Jorge Fernando Pimenta, disse que o policiamento na área das duas tentativas está reforçado, inclusive, com o pa-trulhamento realizado pelos agentes em bicicletas, percor-rendo toda a orla.

Quem presenciar qualquer crime pode entrar em contato com o número (22) 2772-4535. Não é necessário se identificar.

WANDERLEY GIL

Uma adolescente de 16 anos estava com a mãe próximo à orla da Lagoa de Imboassica quando foi abordada por um homem estranho, que tentou agarrá-la

Atenção redobrada nos trechos de duplicação da BR-101OBRAS

quem quiser aproveitar os feriados prolongados no Norte Fluminense e na Região dos Lagos deve tomar bastante cuidado. As obras de duplica-ção da BR-101/Norte, um dos principais caminhos para tais destinos, pedem atenção re-dobrada de motoristas e con-dutores de veículos. Apesar de todos os trechos estarem sina-lizados devidamente, todo cui-dado é pouco, especialmente durante a noite.

Nas cidades de Macaé, Ca-rapebus, Casimiro de Abreu e Conceição de Macabu, áreas de concentração de boa parte

Os locais mais vulneráveis ficam em Macaé, Casimiro e Macabu

das obras de duplicação, a sina-lização é especial. Agentes da concessionária responsável pela via permanecem em de-terminados locais orientando o tráfego, utilizando cones para delimitar os espaços per-mitidos para trânsito e placas sinalizadoras com avisos.

Em Macaé (km 144), Cara-pebus (km 125), Casimiro de Abreu (km 190) e Conceição de Macabu (km 138), os usuários devem obedecer a sinalização especial de tráfego, já que há obras sendo realizadas para a implantação de novos trevos em desnível (viadutos).

Sinalização especial em de-mais trechos

Os condutores, que saem ou passam por Niterói, devem ter cuidado no trecho entre o km 322,1 e o km 320,6, no local

KANÁ MANHÃES

Nas cidades de Macaé, Carapebus, Casimiro de Abreu e Conceição de Macabu, áreas de concentração de boa parte das obras de duplicação, a sinalização é especial

conhecido como a Avenida do Contorno, pois os veículos da pista sentido Espírito Santo voltarão a trafegar em quatro faixas de rolamento no novo trecho ampliado com 1,5 qui-lômetro de extensão.

Em Itaboraí, duas novas alças de acesso no Trevo de Manilha (km 297) auxiliam o tráfego, sendo uma no en-troncamento entre a BR-101 e a BR-493, na pista sentido Niterói, e na BR-101 e RJ-104, na pista sentido Espíri-to Santo.

E em Campos, no novo tre-cho duplicado da rodovia (en-tre o km 102 ao km 118), os usu-ários devem redobrar atenção no km 110 e do km 113. A área está sob sinalização especial de tráfego por conta de retornos operacionais provisórios.

POLICIAMENTO

Polícia Militar modi�ca ações de trânsito

a população de Macaé está acostumada com as operações rotineiras da PM chamadas 'Rodando Legal', com o obje-tivo de impedir a circulação de condutores que estejam com os documentos de habilitação irregulares, assim como de ve-ículos que também não apre-sentem as documentações em dia. De fato, ações como essas permanecem acontecendo em todas as seis cidades abrangi-das pelo 32° BPM (Batalhão de Polícia Militar).

No entanto, uma nova es-tratégia de policiamento no trânsito foi posta em prática recentemente: o alvo agora é a localização de armas, drogas e criminosos que utilizam, prin-cipalmente, carros e motos, tanto para se locomover como para transportar os carrega-mentos ilícitos.

O objetivo da PM mudou de-pois que pesquisas e estudos, re-alizados pelo Setor de Inteligên-cia da Corporação, apontaram para um aumento na demanda desse tipo de ocorrência. Além das estratégias operacionais usadas pelos criminosos, as rotas pelas quais eles trafegam passaram a ser monitoradas

Novo objetivo é localização de armas, drogas e suspeitos

com mais intensidade.Boa parte dessas ações

acontece nas chamadas áreas fronteiriças (como a divisa de

municípios) e locais que ser-vem como rota de fuga e de deslocamento de suspeitos para a prática de crimes.

SYLVIO SAVINO

O objetivo da PM mudou depois que pesquisas e estudos, apontaram para um aumento na demanda desse tipo de ocorrência

NOTA

PM impede tentativa de assalto a casal. Dois homens foram presos depois de abordar casal na ultima sexta (17)

Page 6: Noticiário 19 04 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de abril de 2015

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

Entenda a terceirização

AndreA Meirelles [email protected]

Alguém é responsável?

Nossa história de hoje co-meça com pedaços. O que ver-dadeiramente foi apresentado sob o nome de “terceirização”, enquanto uma novidade orga-nizacional da produção, con-sistia em uma empresa enco-mendar partes de seu produto final a outras. Esse seguimento da produção era terceirizado.

O caso clássico eram as montadoras automobilísticas, responsáveis pelos padrões técnicos das peças que enco-mendavam às fornecedoras. Em lugar de fabricar elas pró-prias os assentos do veículo,

por exemplo, passou a enco-mendar os assentos a outras empresas, cabendo à contra-tante a instalação e montagem das partes.

Em determinado momento da onda ideológica neoliberal, algum iluminado descobriu que podia fazer com pessoas o que já fazia com peças. Aí começou a terceirização, tal como hoje a conhecemos. E seu pressuposto fundamental é exatamente esse: tratar pes-soas como peças que tenham funcionalidade para o resul-tado final.

A sociedade industrial com-binou incrível desenvolvimen-to da capacidade de produção com deterioração da qualida-de de vida dos trabalhadores. A isso chamamos “Desenvol-vimento Desigual”. O Direito do Trabalho é filho direto do Desenvolvimento Desigual, o qual forçou o Estado a intervir nas relações de trabalho.

Desde fins do século XVIII, as principais reivindicações ex-postas em greves se vinculam aos três pilares fundamentais da intervenção do Estado nas relações de trabalho: remu-neração, jornada e segurança no trabalho. As greves cobram que o Estado garanta direitos nessas áreas. Mas como o Es-tado, por sua vez, pode dar ga-rantias?

Do patrão, oras! Por essa básica razão, a nossa CLT, logo em seu Art. 2º, define o Empre-gador como aquele que, “assu-mindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de

serviço.” Vamos refletir sobre essa redação:

(a) os riscos da atividade são do patrão, e não do empregado; exceções a essa regra, como a Participação nos Lucros e Re-sultados, devem ser vistas com muito cuidado;

(b) patrão é quem contrata, paga, e comanda; então o toma-dor de serviços que seleciona empregados “terceirizados”, paga - mesmo que indireta-mente - e lhes dá tarefas, é o empregador, de fato;

(c) a previsão legal é de con-tratação de pessoas, e não de empresas; interpor uma em-presa para “fingir” que não é patrão não pode afastar as res-ponsabilidades devidas, à luz da CLT.

É aqui que atua a picareta-gem, como na Petrobras, por exemplo, onde prepostos da empresa contratam, pagam e comandam, uma determinada pessoa, que porém não é em-pregada da Petrobrás. Por quê?

Escravidão liberadaA terceirização cria trabalha-

dores com direitos diferentes, no mesmo local de trabalho, execu-tando tarefas semelhantes ou di-retamente interligadas. Isso viola direitos humanos fundamentais, como o princípio do “Salário igual para trabalho de igual valor” e a Convenção da Organização Inter-nacional do Trabalho - OIT sobre discriminação no trabalho.

O mais perverso dessa relação é que a discriminação de direitos é feita a partir de uma invenção hipócrita - o “suposto patrão”: uma empresa interposta entre o patrão de fato e o trabalhador, que retira seus lucros da diferença en-tre a remuneração do trabalhador reconhecido como empregado e a remuneração do trabalhador sem direitos.

O Projeto de Lei 4.330 se des-

tina a dar legalidade a essa farsa. Ele permite a terceirização em quaisquer atividades, mesmo que sejam permanentes e carac-terísticas da atividade principal da empresa. Além disso, blinda o real patrão contra as respon-sabilidades pela violação das leis trabalhistas e consolida direitos desiguais.

A aprovação do destaque que excetua empresas públicas e sociedades de economia mista não representa vitória. Apenas mantém a imoralidade da prática atual. A nova escravidão demanda leis que a combatam, e não que a tornem legal.

Enquanto tal não se dá, con-tinuaremos a enriquecer o su-cessor histórico do mercador de escravos: a empresa que fornece pessoas como se fossem peças.

Terceirização

Veto de expansão à terceirização alivia Sindipetro-NFMedida parcial deve assegurar viabilização de concursos para empresas de economia mista nos próximos anosGuilherme Magalhã[email protected]

Comemorada como a pri-meira etapa para a der-rubada do projeto de lei

que regulariza a abrangência dos cargos terceirizados em empresas nacionais, o veto parcial à emenda de extensão da medida para atividades-fim em companhias públicas é considerado pelo Sindicato de Petroleiros do Norte Flumi-nense (Sindipetro-NF) como garantia da realização de con-cursos e condições de trabalho menos desiguais na Capital Nacional do Petróleo para os próximos anos.

Alterado durante o decorrer da última semana, na prática, a mudança na PL 4330 retirou do texto-base a autorização para que empresas públicas e de economia mista como a Caixa, Banco do Brasil e prin-cipalmente a Petrobras (com cerca de 300 mil trabalhado-res terceirizados, atualmen-te) possam contratar serviços

considerada uma medida de precarização dos direitos tra-balhistas.

“Foi uma vitória, mas ainda é cedo para dizer que ela é sem volta; mas eu duvido que volte. Além disso, tem outros pontos do projeto que ainda denigrem muito as condições emprega-do x empresa. Não por acaso, na última sexta-feira, mais de trezentos funcionários da Prol, empresa que presta ser-viços de limpeza para a Petro-bras entraram em greve por conta de salários e benefícios atrasados, além de uma série de denúncias de abusos e irre-gularidades envolvendo horas extras não acertadas”, diz o sindicalista Marcelo Silvano.

Elaborado sob o argumento de que as regras atuais dos ser-viços de terceirização não são especificados com exatidão em lei para cada setor das empre-sas, as principais críticas em relação à implementação da medida se referem ao direito absoluto das companhias ter-ceirizarem todos os tipos de serviço (atividades-fim), e não mais apenas os de apoio (ativi-dades-meio). Neste sentido, o problema é que, de acordo com as estatísticas, atualmente os funcionários atuantes por meio da modalidade de con-trato sofreriam grandes dife-renças de tratamento.

Ainda segundo o Sindipetro-NF, das 79 mortes de profissio-nais do setor elétrico ocorridas este ano, 61 teriam sido com terceirizados. Por sua vez, na Petrobras, somente nos pri-meiros três meses de 2015, doze petroleiros perderam a vida em acidentes - dez deles terceirizados.

“A segurança é prejudicada porque companhias de menor porte não têm as mesmas con-dições tecnológicas e econômi-cas. Além disso, elas recebem menos cobrança para manter um padrão equivalente ao seu porte”, explica Marcelo.

No mais, segundo o De-partamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio-econômicos (Dieese), apesar de trabalhar, em média, três horas a mais por semana, o salário de trabalhadores ter-ceirizados é 24% menor do que o dos empregados for-mais, ou seja, se o processo fosse inverso e os terceiriza-dos passassem a trabalhar o mesmo número de horas que os contratados, seriam criadas 882.959 novas vagas.

Wanderley Gil

sindicato continuará promovendo manifestações contra a Pl 4330 durante a próxima semana

terceirizados para além das atividades-meio.

Apesar de significar a possi-bilidade da manutenção dos concursos públicos e cargos

‘meritocráticos’ nas compa-nhias de capital aberto, mes-mo com a mudança, segundo representantes do Sindipetro-NF, a PL-4330 ainda pode ser

O falso argumentoAs doutrinas de gestão afir-

mam que a terceirização de pessoas é vantajosa porque o tomador de serviços não gasta energia em atividades secundá-rias. A verdade é bem outra. A real vantagem da terceirização, para o tomador dos serviços - o contratante -, é a redução de custos e responsabilidades.

Em outras palavras, a tercei-rização permite aumentar os lucros por reduzir a remune-ração dos trabalhadores. E faz isso com um enorme bônus pa-ra o tomador de serviços, pois o torna literalmente irrespon-

sável pelo contrato de trabalho. Ele é, de fato, um empregador que não se responsabiliza pelos empregados.

E graças à nossa anacrônica legislação sindical, o empresá-rio que terceiriza se livra dos incômodos sindicatos. Assim, salários e outros direitos, co-mo jornada de trabalho, são fixados por acordos coletivos negociados com sindicatos sem nenhuma relação com a atividade principal da empre-sa e, em geral, sem verdadeira representatividade junto aos trabalhadores.

normando rodrigues - Professor de Direito e Advogado Colunista Interino

Petrobras reduz uso de helicópteros e causa demissões, diz sindicato. Foram 136 pilotos demitidos, segundo Sindicato Nacional dos Aeroviários.

NoTa

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de abril de 2015 7

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de abril de 2015

bairros em debate Loteamento Itaparica

Moradores cobram conclusão de obras de urbanizaçãoLoteamento Itaparica sofre com alagamentos, esgoto a céu aberto e área de lazer abandonada Marianna [email protected]

Já se passaram mais de dois anos desde a última visita do Bairros em Debate ao

loteamento Itaparica, entretan-to, a situação no local permane-ce da mesma maneira. Apesar de promessas, melhoria que é bom, nada. Enquanto isso, mes-mo sem perder as esperanças, o sentimento de quem vive ali é de esquecimento. Sem ter mais a quem recorrer, os moradores procuraram a nossa equipe de reportagem novamente essa semana.

Desde 2013, a cidade rece-

beu várias obras, contudo, a do bairro, que foi iniciada ainda na gestão passada, não foi con-cluída. O loteamento foi con-templado com pavimentação, rede de água e esgoto e tam-bém com macrodrenagem, só que tudo isso foi entregue sem ser concluído. E os moradores continuam convivendo com os mesmos problemas.

O loteamento, que foi criado há um pouco mais de 10 anos, fica localizado na Estrada do Imburo, a poucos minutos da Linha Azul. Apesar de ser uma área rural, a região tem sofrido um forte crescimento habitacional.

Wanderley Gil

Moradores contam que obras estão inacabadas desde a antiga gestão, em 2012

Área de lazer está inacabadaA obra de urbanização do loteamento Itaparica também incluía a construção de uma praça. Apesar de ter de fato saído do papel, assim como o resto, ela também ficou inaca-bada. Para se ter ideia, o local ainda não conta com mesas, bancos e também parquinho para as crianças.

De acordo com os morado-res, além do Itaparica, essa área de lazer é a única opção para quem vive na Ajuda de Cima, Santo Amaro e Vale

Alagamentos geram muitos transtornosApesar de ter rede de ma-crodrenagem, basta chover para os moradores ficarem apreensi-vos. Mesmo com o escoamento rápido, tal medida não tem impedido os alagamentos, que sempre trazem prejuízos para

quem vive ali.“As obras não foram termi-

nadas, então sempre que chove alaga tudo. Pode ver que os mu-ros têm marca da água. A últi-ma chuva forte que teve deixou o bairro todo debaixo d'água”,

relata Doca. Segundo a prefeitura, está em

andamento um estudo que con-templa toda parte de urbaniza-ção da localidade. Isso inclui as questões do alagamento e da conclusão da praça.

Verde. “Essa é a nossa única opção e é triste ver o estado em que se encontra. Além de estar inacabada, ela ainda so-fre com a falta de manutenção. A única coisa que é feita aqui é o serviço de capina, porque de resto está abandonada. Não recebe pintura, a quadra está com as traves enferrujadas e o alambrado arrebentado. Nem varrição tem aqui. É um lugar bom de se viver, mas que, infe-lizmente, não tem um local de-cente para os moradores apro-

veitarem”, relata o morador e ex-presidente da Associação de Moradores, Alessandro Braga (Doca).

Mesmo sendo utilizada, a praça só tem sido frequenta-da durante o dia, já que ainda não tem iluminação pública. “À noite isso aqui fica muito escuro, pois não há postes. Para minimizar a situação, os próprios moradores tomaram a iniciativa e colocaram um refletor próximo a quadra”, conta.

Esgoto a céu abertoEnquanto as obras de sanea-mento não chegam à região do lo-teamento, a população sofre com o esgoto correndo a céu aberto nas suas portas. Isso ocorre por-que a manutenção na rede não é feita regularmente, o que causa o entupimento e, consequente-mente, o transbordamento para

as ruas. “Essa é uma das prioridades

para o nosso bairro. Já procu-ramos as autoridades, mas sem êxito. Esperamos que essas obras cheguem o quanto antes aqui”, relata o morador.

De acordo com a prefeitura, o esgotamento sanitário da lo-

calidade está incluído na PPP (Parceria Público Privada) entre a Odebrecht Ambiental, a prefei-tura e a Esane e pela proximidade com o Parque Aeroporto a loca-lidade será atendida dentro do Subsistema Aeroporto. As obras já estão programadas, com prazo para iniciarem em 2016.

Esgoto é uma das principais reclamações dos moradores

Única opção de lazer da região, praça também não foi terminada

Limpeza de terrenos baldiosApesar do bairro não sofrer muito com o problema de entu-lhos e a coleta de lixo ser realiza-da normalmente, alguns terrenos baldios estão até hoje tomados pe-los matagais. Os moradores con-tam que o problema de entulho é controlado no loteamento Itapa-rica por eles mesmos, que fazem constantemente a fiscalização, a fim de evitar que o bairro acumule muitos materiais de construção.

Além das áreas privadas, o pro-

blema também acontece em áreas públicas. Na praça, onde recebe o serviço de capina, parte dela sofre com o matagal. A situação é ainda pior devido a falta de varrição que, segundo quem vive ali, não é feita em todo o bairro.

Outra reivindicação é para que seja feita a limpeza dos bueiros e galerias, já que elas contribuem para os alagamentos. “Está tudo sujo. O nosso bairro está preci-sando de uma limpeza geral”,

ressalta o morador.A prefeitura informou no início

dessa semana que estava prevista uma visita da secretaria de Lim-peza Pública no local na última quarta-feira (15). Ela enfatizou que estava programada a varrição semanal no loteamento, em todas as ruas, prevista para ter início ain-da nessa semana. A Selimp informa que irá identificar se há terrenos públicos para limpeza e, caso seja confirmado, irá efetuar o serviço.

Moradores pedem solução para problema na Estrada do Imburo

Apesar de escoar rápido, toda vez que chove o bairro fica alagado

Redutores na Estrada do ImburoAndar pela Estrada do Imbu-ro, via que liga o loteamento à Linha Azul, pode ser um perigo, tanto para quem passa de carro e moto, quanto para quem anda a pé. Sem sinaliza-ção, muitos motoristas abusam dos limites de velocidade, colocando a vida dos outros em risco.

“Não temos acostamento, nem calçada. O pedestre precisa transi-tar no canto da pista, que é estreita. E para piorar a situação, o fluxo de veículos aumentou devido a ga-ragem da SIT estar situada aqui e também por conta do condomínio Brisa do Vale. Mas pior do que o flu-xo é que a maioria transita em alta velocidade. São comuns os aciden-tes, principalmente por atropela-mento. Reforço nosso pedido à pre-feitura para que sejam instalados redutores de velocidade e também seja feito um local para os pedestres transitarem”, ressalta Doca.

Procurada, a secretaria de Mobi-lidade Urbana esclareceu que já foi feita uma solicitação para instala-ção de outro redutor de velocidade

na Estrada do Imburo na altura do Aterrado. As demais solicitações do bairro, incluindo as para instalação de redutores, serão analisadas em conjunto pela equipe de trabalho responsável, seguindo um crono-grama que está sendo realizado bairro a bairro.

Enquanto isso, cabe aos motoris-tas respeitarem as regras para evi-tar acidentes. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) ressalta que deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segu-rança do trânsito “nas proximida-des de escolas, hospitais, estações

de embarque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa movimentação de pedestres” é con-siderada uma infração gravíssima. O infrator poderá ser multado.

Já o Art. 311 prevê que “trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de pas-sageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano” a pena passa a ser de detenção, que pode variar de seis meses a um ano, ou multa.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de abril de 2015 9

GeralPrecursora

Fafima segue como referência na formação de educadores Instituição, que este ano completa o seu 41O aniversário, tem entre os cursos mais procurados o de pedagogia

Juliane Reis [email protected]

Uma instituição de ensino que há quarenta anos forma e informa pesso-

as, entre eles profissionais que carregam consigo o sonho de um presente, passado e futuro engajado na educação. Assim é a Faculdade de Filosofia Ciên-cias e Letras de Macaé - Fafima -, que desde sua fundação é re-ferência na formação de edu-cadores.

Uma trajetória que, em al-guns casos, vem passando de pais para filhos, como é o caso da recém-formanda Marina Germano, que seguiu os passos dos pais Gicélia Santos Ger-mano e Edson Germano, que também cursaram pedagogia na instituição, e onde, além de estudar, se conheceram e decidiram formar uma famí-lia. Hoje, juntos, fazem a dife-rença no município enquanto educadores. Uma reportagem completa sobre essa linda his-tória de amor do casal, e a atu-ação da família na educação no município, será divulgada na próxima semana. Juntos eles deram e dão vida ao Centro Educacional Piaget.

“A FAFIMA faz parte da história da nossa família, ela representa um espaço no qual tivemos a oportunidade de re-ceber conhecimentos e onde conquistamos muitos amigos.

Alguns deles foram nossos pa-drinhos de casamento”, conta Gicélia.

Já Marina conta que esco-lheu a instituição por ela ser considerada uma das melhores na cidade de Macaé, principal-mente pela qualidade do curso de Pedagogia, assim como pelo fato dos seus pais terem sido

Wanderley Gil

Os diretores da instituição lembram o discurso feito por uma ex-aluna, que retornou à unidade para prestigiar a formatura da filha

formados por ela. “Também levei em consideração o fato da unidade me oferecer a flexibi-lidade de trabalhar durante o dia e me dedicar aos estudos durante a noite. Tomei gosto pela área da Educação no en-sino médio, e por gostar mui-to de trabalhar como crianças menores de 10 anos, escolhi o

curso de pedagogia”, conta. Considerada a precursora

na oferta do ensino superior na cidade, a Fafima foi reco-nhecida pelo Decreto Federal nº 81.904, de 10 de julho de 1978 (publicado no D.O.U. de 11/07/1978), e tem como prin-cipal missão produzir e trans-mitir conhecimentos, atuan-

do no campo educacional e científico, em todos os seus níveis, tornando-os acessíveis à comunidade, e contribuindo principalmente para o desen-volvimento da região.

Entre as diversas personali-dades formadas pela referida unidade estão a ex-vice-pre-feita e ex-secretária de Educa-

ção do Município - professora apaixonada pela arte de ensi-nar e compartilhar conheci-mentos -, Marilena Garcia, que fez parte da primeira turma do curso de Pedagogia da institui-ção. E também o atual diretor da instituição, Luis Gasparelli Júnior que, em entrevistas a edições anteriores do Jornal, ressaltou que a unidade não foi apenas o local de sua formação acadêmica, mas o polo onde te-ve a oportunidade de ampliar seus horizontes profissionais e intelectuais. “Conheci pro-fessores que me auxiliaram no ingresso ao mestrado e ao doutorado na Universidade Federal Fluminense, conse-gui empregos por indicação de professores, e após minha formação comecei a dar aula na FAFIMA, onde hoje sou di-retor”, relata.

Conforme mencionado aci-ma, a história completa da ex-aluna e recém-formada Marina e sua família será di-vulgada em edição na próxima semana. “A história deles é bas-tante emocionante. A Marina foi uma das formandas de pe-dagogia, e na plateia estavam seu pai e sua mãe, ambos há 25 anos se conheceram aqui mes-mo, na Fafima, e se casaram. A mãe, inclusive, pediu a palavra e narrou toda a importância da FAFIMA na história de sua vi-da e na de nossa cidade”, lem-bra o diretor.

agricultura Familiar

Oportunidade para os agricultores da região

Atenção, agricultores! Com foco no incentivo a alimentação saudável nas unidades da rede, a Secretaria de Estado de Educa-ção (Seeduc) vai divulgar nesta segunda-feira (20) o edital de Cha-mada Pública para a aquisição de gêneros alimentícios oriundos da agricultura familiar. A iniciativa, de acordo com o órgão, cumpre a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, e busca incentivar hábitos alimentares mais saudáveis entre os alunos, assim como o consu-mo diário de alimentos frescos e da estação e, ao mesmo tempo, estimular o desenvolvimento da agricultura local.

O documento estará disponível em <http://www.rj.gov.br/web/seeduc>.

A partir da abertura do edital, os fornecedores individuais, associa-tivas e/ou cooperativas podem en-trar em contato com as Diretorias Regionais e as unidades escolares para a apresentação das propostas e da documentação para a habilita-ção no processo de seleção. O con-trato é válido até o fim do ano letivo.

De acordo com a Lei, no míni-mo 30% do valor repassado aos estados, municípios e ao Distrito Federal, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), deve ser utilizado na compra de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar, do empre-endedor familiar rural ou de suas

A Seeduc vai divulgar nesta segunda (20) o edital de Chamada Pública para a aquisição de gêneros alimentícios

organizações. Dessa forma, são priorizados os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e as comu-nidades quilombolas.

O programa, segundo dados da Seeduc, já está presente em mais de 400 escolas da rede estadual, impulsionando a economia local, assim como servindo de estímulo à agrobiodiversidade e o uso susten-tável dos recursos naturais. Além disso, representa um canal impor-tante de comercialização, geração de renda com regularidade, além de contribuir para o aumento de emprego no meio rural. No Esta-do, de acordo com o órgão, cerca de 110 fornecedores individuais e 27 cooperativas já foram benefi-ciados. Em relação aos estudantes, a agricultura familiar possibilita o consumo regular de produtos fres-cos da estação, frescos, garantindo assim uma alimentação saudável e balanceada.

A coordenadora de Segurança Alimentar da Seeduc, Lívia Ribera Souza, ressalta que este ano a Secre-taria de Estado de Educação busca

um aumento de 70% na adesão das unidades escolares da rede à agri-cultura familiar.

A elaboração da especificação técnica dos gêneros alimentícios que poderão ser adquiridos na Chamada Pública é feita pela See-duc, em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Ru-ral do Estado (Emater-RJ), levando em consideração os alimentos típi-cos da agricultura do Estado.

Esse ano, a especificação téc-nica conta com 39 itens: abacaxi, abóbora, abobrinha, aipim, alface, arroz, bananada, banana prata, batata doce, berinjela, beterraba, brócolis, caqui, cebolinha, cenou-ra, coentro, couve, couve-flor, chu-chu, espinafre, feijão, filé de peixe, goiaba, goiabada, inhame, iogurte, laranja natal/seleta, limão, manga, mel, melancia, ovos/ovos de galinha caipira, pepino, quiabo, repolho, salsa, tangerina, tomate e vagem.

Segundo a Seeduc, a iniciativa ainda pode ser ampliada. O Estado pode utilizar até 100% dos recur-sos repassados pelo FNDE para a alimentação escolar.

educação

Salesiana segue com inscrição aberta para o vestibular

A Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora (FSMA) Macaé segue com as inscrições abertas para o vestibular do segundo semestre. As oportunidades são para os cursos de Administração, Comunicação Social - habilitação em Jornalismo e/ou Publicidade e Propaganda, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Química, Engenharia da Computação e Psicologia. O valor da taxa de inscrição é de R$ 25,00, pagável em qualquer banco ou casa lotérica até o vencimento.

Vagas oferecidas são para o segundo semestre. Inscrições podem ser feitas pelo www.salesiana.edu.br ou na sede da instituição

Os interessados podem se inscre-ver pelo www.salesiana.edu.br até o dia 8 de junho ou, presencialmente, na secretaria da instituição até o dia 12 de junho das 15h às 21h.

Os candidatos farão prova no dia 14 de junho das 9h às 12h. A avalia-ção será composta por uma reda-ção e questões de Conhecimentos Gerais, Língua Portuguesa e Mate-mática.

De acordo com o edital, o gaba-rito estará disponível no dia 15, a partir das 16h, e o prazo para o re-sultado final e matricula dos clas-sificados será nos dias 17, 18 e 19 de junho também a partir das 16h.

A instituição oferece a opção de ingresso nos cursos por meio da nota do Exame Nacional do En-sino Médio (Enem). Neste caso, é necessário que o candidato tenha obtido a média aritmética igual ou superior a 400 das notas das 4

áreas (Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Na-tureza e suas Tecnologias) e na re-dação. Serão disponibilizadas 20% das vagas estabelecidas no edital.

Entretanto, segundo o edital, apenas terão direito ao benefício aqueles que manifestarem a in-tenção de utilizar o resultado do ENEM no ato da inscrição e apre-sentarem a documentação com-probatória na secretaria da Facul-dade. O ingresso por essa modali-dade está condicionado ainda ao número de vagas reservadas para o curso pretendido, preenchidas por ordem decrescente de nota. Os não-classificados para o número de vagas disponíveis deverão realizar as provas do vestibular de acordo com as normas estabelecidas pela instituição.

Wanderley Gil

Processo seletivo será por meio de prova composta por uma redação e questões de Conhecimentos Gerais, Língua Portuguesa e Matemática

crédito

Entre os alimentos que poderão ser fornecidos este ano estão abacaxi, abóbora, abobrinha, aipim, alface, melancia, ovos de galinha caipira, pepino, quiabo e repolho

Devido ao atraso dos Correios na entrega dos talões para pagamento da taxa para obtenção de Alvará de Localização e Funcionamento e para veiculação de propaganda, os empresários e microempreendedores individuais com atividades econômicas instaladas e em funcionamento em Macaé poderão efetuar esse pagamento até o dia 30 de abril.

Nota

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de abril de 2015

Alimentação balanceada é indicação de especialistasSaúde

Quem nunca ouviu dizer, que aos finais de semana não há problemas fugir da dieta? E aqueles que declaram as segun-das-feiras como o dia oficial do regime? Pois bem, diante dessas afirmações, é preciso cuidados às escapadinhas para as tradi-cionais cervejinhas e gulosei-mas dos finais de semana. Sair da rotina de vez em quando é bem comum, porém, a melhor

Pratos coloridos são as principais dicas dos nutricionistas

dica é não exagerar. Especialistas alertam em re-

lação aos exageros, a principal recomendação é sempre man-ter uma boa alimentação, du-rante todo o ano. Aqueles que não sabem por onde começar a melhorar, a nutricionista Thaís Godinho, sugere algumas dicas.

De acordo com ela, o primeiro passo é fazer refeições mais le-ves, com base em alimentos in natura, em grande variedade e predominante de origem vege-tal. Deve-se evitar o consumo de sal, açúcares, óleos e gordu-ras ou consumir em pequena

quantidade.O consumo de frutas, verdu-

ras e legumes e água é ainda mais importante, pois auxilia na hidratação e reposição de sais minerais perdidos na sudore-se, geralmente aumentada nos dias de folia. Alimentos leves e com alto teor de água, como me-lancia, laranja e melão, e saladas cruas, como alface, cenoura, to-mate e rúcula, aumentam a sen-sação de saciedade e reduzem a sensação de sede.

Água, sucos de frutas naturais e água de coco sem adição de açúcar, auxiliam na hidratação

Kaná Manhães

Uma dieta equilibrada previne contra doenças e melhora a qualidade de vida das pessoas

do corpo. Chás podem ser bons aliados. A água é indispensável ao funcionamento adequado do organismo humano e essencial à vida.

Dê atenção também ao con-sumo de fibras, elas ajudam a varrer as toxinas do organismo, além de auxiliar no bom funcio-namento do intestino.

Thaís ressalta a importância da alimentação variada, comen-do de tudo um pouco, tendo sempre atenção com as cores.

“Quanto mais cores, mais vi-taminas diferentes as pessoas estão ingerindo”, frisou.

SuStentabilidade

Evento em Macaé discute alternativaspara uma sociedade mais sustentávelVIII Feira de Responsabilidade Social Empresarial Bacia de Campos acontecerá nos dias 26, 27 e 28 de maio das 14 às 21 horas, no Clube Cidade do SolMartinho Santafé

Tendo como tema central “Soluções urbanas sus-tentáveis”, a VIII Feira de

Responsabilidade Social Empre-sarial Bacia de Campos, realiza-ção da Revista Visão Socioam-biental e parceiros, com o apoio de O Debate, que acontecerá nos dias 26, 27 e 28 de maio, das 14 às 21 horas, no Clube Cidade do Sol, em Macaé, volta a abordar algumas questões fundamentais para o desenvolvimento susten-tável da região mais impactada pelas atividades de exploração e produção de petróleo e gás natu-ral no país.

Desde a primeira edição em maio de 2008, este tem sido o tema recorrente do Fórum do evento. Para discutir o presente e o futuro de municípios extre-mamente dependentes de uma riqueza não renovável, o even-to tem trazido personalidades locais, regionais e nacionais de prestígio e reconhecida experti-se, disponibilizando um espaço democrático para a circulação de idéias e projetos. “Hoje, mais do que nunca, é preciso discutir al-ternativas que sejam economica-mente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas”, afir-mam os organizadores do evento.

Além de painéis e palestras, o Fórum da VIII Feira de RSE disponibilizará um espaço pa-ra a apresentação de projetos e ações implementados na região que têm o objetivo de fortalecer a sustentabilidade urbana.

No primeiro dia do evento,26 de maio a partir das 15 horas, após a palestra de abertura, haverá um painel sobre “Im-pactos urbanos das mudanças climáticas”, com os sub-temas “Recursos hídricos: gerencian-do a escassez”, com o professor Francisco de Assis Esteves, fun-dador do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambien-tal de Macaé (Nupem/UFRJ); e “Ecologia das cidades”, com o professor Arthur Soffiati, escri-tor e doutor em História Social.

No mesmo dia, outro Painel abordará o tema ‘Cidades mais sustentáveis”, com os sub-temas “Mobilidade urbana: uma visão sustentável”, com João Sayd, ar-quiteto e urbanista, que atuou na elaboração do Plano Diretor da Cidade Universitária da UFRJ e em projetos de urbanização de favelas; e “Cidadania ambiental nos processos de transformação urbana”, com Hermeto Didonet, engenheiro agrônomo com es-pecialização em Ciências Am-bientais e Gestão Pública.

Para fechar a programação do primeiro dia, haverá palestra sobre “Water Vector: máquinas vidas que fazem água limpa”, um projeto pioneiro e bastante inovador desenvolvido por um grupo de engenheiros e empre-sários de Macaé.

Impactos do desenvolvImento

Na quarta-feira, 27 de maio, a partir das 15 horas, o Fórum da VIII Feira de RSE iniciará com o Painel “Desenvolvimen-

to local”, com os sub-temas “A política econômica do RJ e seus impactos socioambientais na região norte fluminense”, com o professor Marcos Antônio Pe-dlowski, PhD em Planejamento e professor do Laboratório de Estudos do Espaço Antrópico da UENF; e “O novo projeto de desenvolvimento econômico na-cional e as implicações no pro-cesso de licenciamento ambien-tal”, com Thiago Wentzel, espe-cialista em Gestão Ambiental e mestre em Ciências Ambientais e Conservação.

Em seguida a palestra será de representante da Itaipu Bi-nacional, um dos patrocinado-res do evento, que desenvolve o programa “Cultivando Água Boa”, premiado pela ONU du-rante a Rio+20. Depois o Pai-nel “Conexões urbanas”, com os sub-temas “Hererogênese urbana”, com Paulo de Tarso Peixoto, mestre e doutorando em Psicologia, diretor do Es-paço Vital; e “Interferências cósmico-urbanas”, com Sandra Wyatt, terapeuta psicomotora com formação em Cultura pela Paz na Irmane C pela Paz.

A programação do segundo dia do evento será encerrada com a palestra do jornalista, ambien-talista e co-organizador da Feira de RSE, Martinho Santafé, com o tema “Consumindo o futuro”.

Na quinta-feira, 28 de maio, a programação do Fórum começa com o Painel “Outros caminhos da economia”, com os sub-temas “A criatividade como alternati-va econômica”, com Lincoln Weinhardt, gerente de Plane-jamento Integrado e Gerencia-mento de Contratos de Projetos, Construção e Montagem da Pe-trobras/UO-BC e ex-secretário de Desenvolvimento Econômi-co e Tecnológico de Macaé; e ‘Ambiente e desenvolvimento: dois lados de uma moeda”, com representante da secretaria de

DIVULGaÇãO

o coletivo Harmonia estimula mudanças de hábitos em consonância com o paradigma global emergente

Ambiente de Macaé.Em seguida, palestra sobre o

tema “Construções urbanas sus-tentáveis”, com a equipe da pre-miada arquiteta Viviane Cunha. Logo depois o Painel “Emergên-cias ambientais”, que abordará alternativas para superar a falta de recursos dos órgãos públicos para enfrentar problemas recor-rentes nas áreas de preservação, como incêndios, desmatamen-to ilegal etc. Este Painel contará com a participação de represen-tantes de entidades ambienta-listas, da Guarda Ambiental de Macaé e Rio das Ostras, do INEA e Ibama.

Para concluir a programação, o Painel “Arranjos urbanos sus-tentáveis” apresentará projetos socioambientais desenvolvidos em Macaé e região, como o Cole-tivo Harmonia e o NEA-BC.

Relações maIs jUstas e solIdáRIas

O Coletivo Harmonia, que par-ticipará da VIII Feira de RSE Ba-cia de Campos, foi lançado entre os dias 06 e 08 de março na Gale-ria Bia Café com Arte. De acordo com Lívia Campos e Lana Rosa, o coletivo nasceu do anseio de um grupo de amigos de oferecer à Macaé ações e reflexões de cunho socioambiental com objetivo de estimular localmente mudanças de hábitos que estejam em con-sonância com o paradigma global emergente, onde as relações en-tre homens e a natureza são mais justas e solidárias.

As atividades naquele final de semana envolveram exposição artística de mandalas e mosai-cos, celebrada com a apresen-tação de músicos locais e um buffet vegetariano. A concepção dessa exposição envolveu a asso-ciação entre arte e espiritualida-de, buscando resgatar a questão do sagrado no cotidiano através de símbolos e simbologias de an-tigas e variadas tradições.

No sábado e no domingo o espaço da exposição passou a receber atividades diversas co-mo oficinas - Yoga para adultos e crianças, Ikebana e Horta Ur-bana -, rodas de conversa - sobre Ecovilas e Orgânicos -, leitura de aura e troca de livros. “A progra-mação foi pensada com objetivo de proporcionar momentos de práticas saudáveis, críticas e so-lidárias, além de estimular refle-xões sobre uma espiritualidade que associe o homem e a nature-za. Todas as atividades foram ofe-recidas de forma gratuita, sendo todos os facilitadores amigos e participantes do coletivo Har-monia colocando em prática a atitude solidária proposta pelo evento”, explica Lívia.

Destacaram-se algumas par-ticipações como a presença de alunos do curso de jornalismo, que vieram cobrir o evento esti-mulados por um de seus profes-sores; a vinda espontânea de um representante de produtores da serra macaense trazendo queijo, banana e mandioca para venda no local; a presença de repre-sentantes do NUPEM - alunos de mestrado e professores; a participação de representantes da velha guarda ambientalista macaense, apoiando e agregan-do sua experiência à formação desse movimento inovador que é o coletivo Harmonia.

movImentaR a cena alteRnatIva

O objetivo inicial do Harmonia foi movimentar a cena alternati-va na cidade de Macaé, realizar o encontro de pessoas interessadas em um modo de vida sustentável, distribuir e receber informação sobre novas tendências de ali-mentação e consumo, ativida-des físicas, práticas espirituais, ambientalismo em geral, rela-ções humanas, ocupação urbana crítica entre tantos outros temas associados. A resposta positiva do

público presente e também nas redes sociais fortaleceu o ideal do coletivo de que este é um mo-mento de atuar intensamente em Macaé melhorando a qualidade de vida na nossa cidade.

Para manter e fortalecer as re-lações estabelecidas através do evento o coletivo organizou na rede social Facebook uma pági-na denominada Harmonia, que servirá de canal de comunicação para realização de outros encon-tros e também para discussão e encaminhamento dos temas tra-tados no evento. Até o momento a ideia é de realizar outro final de semana de atividades no segun-do semestre, porém, agregando um número maior de facilitado-res e de organizadores, em uma proposta mais ampla de gestão participativa.

Outras ações do coletivo Har-monia atualmente são a Horta Comunitária Nova Macaé e a organização de um coletivo de consumo solidário para os que buscam uma boa alimentação e que se preocupam com a origem do alimento, entendendo o ciclo de produção e consumo e apoian-do a agricultura familiar local.

A Horta Comunitária está se desenvolvendo de forma parti-cipativa através da ocupação de uma praça abandonada na rua 9 da Nova Macaé. Embora o cole-tivo busque incentivar a partici-pação dos moradores do bairro onde se encontra a horta, tem crescido a contribuição de mo-radores de toda a cidade.

máqUInas vIvas qUe fazem ágUa lImpa

O projeto Water Vector Ini-tiative, que será apresentado pela primeira vez na VIII Feira de RSE Bacia de Campos, busca desenvolver, com escalabilida-de, soluções práticas, energe-ticamente eficientes e de baixo custo para o tratamento natural de efluentes. As soluções pesqui-

sadas partem da adaptação dos casos de sucesso encontrados nas estações de tratamento desse tipo existentes no mundo atual-mente. Estas, conforme proposto pela equipe que lidera o projeto, serão estações de tratamento de efluentes que utilizam processos naturais e podem ser emprega-das desde em uma única residên-cia a até mesmo cidades inteiras.

A Water Vector Initiative é um projeto que objetiva o ganho de eficiência hídrica no tratamento de efluentes poluídos, converten-do-os em água potável. O projeto apoia-se em três pilares funda-mentais: o emprego de processos naturais, a garantia da eficiência energética nos processos e o de-senvolvimento de tecnologias abertas.

O projeto tem como objetivo a elaboração de modelos de esta-ções de tratamento de efluentes que utilizarão processos natu-rais confinados e controlados. Também adota plenamente os conceitos e as práticas da tec-nologia livre. Após a conclusão de cada etapa, o que implica na comprovação dos resultados, to-do o conhecimento gerado será disponibilizado para a sociedade que poderá utilizá-lo livremente.

Na segunda quinzena de março de 2015 foi iniciada a construção dos elementos do primeiro pro-tótipo que possui dez módulos funcionais e capacidade máxima prevista de cerca de quatro mil litros de água por dia na planta principal. A equipe gestora pla-neja a divulgação dos primeiros resultados para até o final de 2015.

A construção do primeiro protótipo está dividida em cin-co etapas. Cada etapa possui objetivos bem definidos, e seu cumprimento é pré-requisito para o início da próxima.m São elas: Safe Water (Água Segura); Clear Water (Água Cristalina); Drinking Water (Água Potável); Hard Smash (Combate Pesado); e Addons (Acessórios).

O projeto Water Vector Ini-tiative não é uma empresa e está sendo conduzido por um

grupo de trabalho desvincu-lado de qualquer instituição. Os trabalhos são geridos por um sta-ff responsável por deliberações estratégias, captação, aquisição e gestão de recursos, adminis-tração das demandas, gestão e difusão do conhecimento.

A equipe é composta por Lo-renzo Prucoli Martins, idealiza-dor e coordenador técnico,

Ramon Narcizo, responsável pela gestão das inovações e do conhecimento do projeto,

Demerval Porto Maciel, arti-culador externo e responsável pela gestão das demandas, An-tonísio Prucoli Martins, articu-lador interno e responsável pela prospecção tecnológica e Már-cio Henrique Severino Ferreira, responsável pela administração, gestão e investimento dos recur-sos. Atualmente as atividades estão sendo custeadas por meio de recursos pessoais dos colabo-radores e de contribuições das empresas RT-LEA, Nutrishore e J4SYSTEMS.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de abril de 2015 11

CUIDADOS

Atividades físicas regulares ajudam a combater doençasPara os que já praticam atividades é preciso certos cuidados com a alta temperatura

A prática de atividades físicas traz benefícios para saúde do corpo e

da mente, é constantemente a receita para os males do cor-po, prescrita por especialistas. Macaé possui diversas opções para quem deseja começar a mudar os hábitos e se exercitar gratuitamente.

Com o vasto litoral que con-templa o município, as opções de atividades são bem variadas para quem procura ativida-des ao ar livre. Quem costuma passar pelas orlas das diver-sas praias da cidade, observa a quantidade de pessoas que costumam praticar algum tipo de exercício.

Há uma grande variedade de esportes para quem deseja deixar a ociosidade e cultivar a qualidade de vida. Entre os esportes mais praticados pela população nas praias, estão: o surf, kite surf, frescobol nas areias, caminhada nos calça-

dões, bicicletas, skates, patins, canoagem, stand up paddle, prática de remar em cima de um pranchão e muito mais.

Além dessas opções, ainda existem as academias ao ar li-vre, nem todas ficam na beira-mar, porém, todas são abertas ao público que buscam uma vida mais saudável.

Porém, mesmo não estan-do na estação mais quente do ano, o calor continua intenso na nossa região e por conta disso, é preciso sempre ter cui-dados ao se exercitar. É preci-so seguir algumas orientações durante a prática de exercícios nos dias quentes, não apenas quem faz as atividades ao ar li-vre, mas todos os praticantes de exercícios.

Os horários, vestimentas, alimentação e hidratação, são os alertas dos especialistas. O melhor horário é antes das 10h da manhã ou no final da tarde, após às 16 horas. Quanto as

WANDERLEY GIL

Macaenses aproveitam espaços ao ar livre para se exercitarem e se divertirem

roupas, preferencialmente roupas de tecidos leves e de co-res claras. O uso de protetores solares e chapéus também são indispensáveis.

E uma das principais re-comendações é a hidratação, tomar bastante água é funda-mental, antes, durante e após os

exercícios, principalmente se a atividade for aeróbica, como andar de bicicleta, caminhar, correr, entre outras.

A exposição ao sol é também algo com que se preocupar, por isso é indispensável o uso do protetor solar. Os raios ul-travioletas (UV) têm efeito

cumulativo e penetra profun-damente na pele, sendo capaz de provocar diversas alterações e doenças mais graves como câncer de pele.

Para prevenir tumores cutâ-neos, a recomendação é evitar a exposição solar entre 10 horas e 16 horas, período de maior inci-

dência de radiação ultravioleta B, e fazer uso de protetor solar, fator mínimo de 30.

O protetor solar deve ser usado diariamente, a indicação é que se faça o uso do protetor ainda em casa e reaplicado ao longo do dia, preferencialmen-te de duas em duas horas, se houver muita transpiração ou exposição ao sol prolongada. É preciso aplicar uma boa ca-mada do produto, uma colher de chá rasa, para o rosto e três colheres de sopa para o resto do corpo, uniformemente, sem deixar nenhuma área do corpo descoberta.

A prática de atividade física proporciona benefícios à com-posição corporal, saúde e à qua-lidade de vida. O corpo reage de diversas formas aos exercícios praticados, como a natureza do estímulo, a duração e intensida-de do esforço, o grau de treina-mento e o estado nutricional do praticante.

HIV/AIDS

Programa estende acesso ao medicamento 3 em 1

Durante a última semana, o Ministério da Saúde (MS), ini-ciou a distribuição da dose tripla combinada aos pacientes com HIV e Aids dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Antes, o medicamento estava disponível apenas para as pessoas que ini-ciavam o tratamento. Agora será ofertado a todos os pacientes em tratamento que usam esta com-binação de drogas, os novos e os antigos.

A combinação dos medicamen-tos permite uma adesão melhor ao tratamento, já que é de mais fácil ingestão, com a redução de três comprimidos, para apenas um. O

Antes, o remédio estava disponível apenas para as pessoas que iniciavam o tratamento

medicamento beneficia mais de 100 mil pacientes em todo o país, com HIV e Aids.

O Ministério da Saúde investiu R$ 80 milhões na aquisição de 90 milhões de comprimidos. O esto-que é suficiente para atender os pacientes em tratamento nos pró-ximos 12 meses.

O uso do medicamento 3 em 1 está previsto no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Trata-mento de Adultos com HIV e Aids, do Ministério da Saúde, como tra-tamento inicial para os pacientes soropositivos.

Entre 2005 e 2013, o Ministé-rio da Saúde mais do que dobrou o total de brasileiros com acesso ao tratamento, passando de 165 mil (2005) para 400 mil (2014). Atualmente, o SUS oferece, gratui-tamente, 22 medicamentos para os pacientes soropositivos. Desse

total, 12 são produzidos no Brasil.Em Macaé, até o final de novem-

bro de 2014, o Centro de Testagem e Acolhimento (CTA), realizou o teste para HIV em 1.211 pessoas e obtiveram 104 positivos. Todas essas pessoas procuraram o CTA espontaneamente.

O Programa Municipal de DST/AIDS é considerado referência em atendimento na região. O pacien-te tem disponível uma estrutura assistencial formada por médicos de diversas especialidades. Além da realização de testes para Sífilis e hepatites B e C.

Aqueles que desejam fazer a Testagem Rápida diagnóstica de HIV podem procurar a sede do programa, com um documento com foto. Os profissionais do setor garantem que o exame é sigiloso e seguro. O Programa fica na Rua Velho Campos, 354, Centro.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de abril de 2015