Noticiário 06 03 2016

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DIVULGAÇÃO Empresário trilha proposta política no caminho da oposição POLÍTICA Arrecadação de R$ 1,5 bilhão não garante a redução do 'Custo Macaé' Presidente da Firjan: “O mundo não vai ficar esperando o Brasil” GERAL O DEBATE Eduardo Eugênio Batalha por investimentos de R$ 20 milhões para atender demanda da economia do município reacende a discussão sobre modelo de gestão e prioridades com o objetivo de auxiliar a indústria retomar crescimento PÁG.3 Ao presidir o encontro com empresários no evento “O Fu- turo da Indústria do Rio e o Desenvolvimento do Estado”, realizado na sede da Firjan em Campos, dia 25 último, depois de abordar de forma categóri- ca a situação caótica que a in- dústria de petróleo e gás vem enfrentando com a crise, o pre- sidente da Firjan, Eduardo Eu- gênio Gouvêa Vieira, declarou que “o mundo não vai ficar es- perando o Brasil”. A rediscussão da posição da Petobras na ope- ração do pré-sal foi considrada por ele como um grande passo para o país. PÁG. 11 PR lança pré- candidato a prefeito em Macaé: André Longobardi “Brincar com a fragilidade da população é cometer um estelionato eleitoral”. A afirmativa de impacto é capaz de traduzir o que o empre- sário André Longobardi tem ouvido nas ruas e em reuniões organizadas com um objetivo cla- ro e definido: compartilhar um sentimento que move o seu projeto político focado nas eleições municipais deste ano. PÁG. 9 Empresário assume desafio pautado na defesa pela renovação de líderes políticos Detran promove vistoria itinerante ÍNDICE TEMPO CIDADE GERAL Projeto visa ampliar vagas para atendimento de veículos da região PÁG. 11 KANÁ MANHÃES ASSESSORIA Reservatório que abastece moradores está sujo e com água parada Vagas podem atender motoristas também de Macaé Caixas d'água comunitárias viram focos do Aedes Denúncia de moradores da Águas Maravilhosas expõe risco à saúde PÁG. 10 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 38º C Mínima 25º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA GERAL GERAL CADERNO DOIS Comportamento humano em análise Réplica de arma é usada em crimes na cidade Educação abre inscrições para cursos O DEBATE apresenta novo colunista Coronel Ramiro Campos discute novo tema PÁG. 5 Pistola falsa foi apreendida pela polícia com menor PÁG. 5 Formação continuada atende profissionais da rede PÁG. 10 Dr. Cláudio Ambrósio abordará temas da medicina CAPA O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 6 e segunda- feira, 7 de março de 2016 Ano XL, Nº 8959 Fundador/Diretor: Oscar Pires MARIANNA FONTES WANDERLEY GIL facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon ESCOLA MUNICIPAL ABANDONADA É OCUPADA OVOS DE PÁSCOA COM PREÇOS SALGADOS BICICROSS MACAÉ CONQUISTA MEDALHAS R$ 1,50 POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.6 ESPORTE, PÁG.10 Contratos atravessam governos e custam mais de meio bilhão aos cofres do município Em três anos e dois meses, três contratos assinados ainda na administração municipal passada, e prorrogados com ba- se em termos aditivos mantidos pelo atual governo, geraram aos cofres públicos um gasto total de mais de R$ 572 milhões. Comprometidos com a ar- recadação dos royalties e da Participação Especial, esses contratos representam quase um terço do total de receitas recebidas pelo governo desde 2013, dinheiro destinado prin- cipalmente à coleta do lixo do- miciliar, ao subsídio do trans- porte público, além de obras de manutenção do passeio público e de escolas da rede municipal. Apenas com o lixo foram ge- rados gastos de R$ 196 milhões no atual governo, com o contra- to referente à empresa Limpa- tech. Já com a Zadar, responsá- vel por obras de manutenção, foram gastos R$ 210 milhões. Contrapartida fiscal da indústria sustenta custo de mais de R$ 2,5 bilhões da folha de pagamento Apenas em 2015, mais de R$ 909 milhões foram aplicados no custeio da folha de pagamento de servidores fixos e dos asses- sores do governo. A quantia, que representa uma verdadeira dor de cabeça para a Controladoria Geral do Município diante do possível atropelo dos índices preconizados pela Lei de Res- ponsabilidade Fiscal, torna-se ainda mais expressiva quando é adicionada à conta total já arca- da pela atual administração mu- nicipal entre 2013 e os primeiros dois meses deste ano. Segundo dados do governo, um total de R$ 2,5 bilhões foram destinados ao custeio da folha, dinheiro que está diretamente ligado à con- trapartida da indústria, princi- palmente às empresas que ope- ram na cadeia do petróleo local. Hoje, o sustento da folha está atrelado à permanência e ope- ração das 50 maiores empresas do petróleo sediadas em Macaé.

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Transcript of Noticiário 06 03 2016

DIVULGAÇÃO

Empresário trilha proposta política no caminho da oposição

POLÍTICA

Arrecadação de R$ 1,5 bilhão não garante a redução do 'Custo Macaé'

Presidente da Firjan: “O mundo não vai �car esperando o Brasil”

GERAL

O DEBATE

Eduardo Eugênio

Batalha por investimentos de R$ 20 milhões para atender demanda da economia do município reacende a discussão sobre modelo de gestão e prioridades com o objetivo de auxiliar a indústria retomar crescimento PÁG.3

Ao presidir o encontro com empresários no evento “O Fu-turo da Indústria do Rio e o Desenvolvimento do Estado”, realizado na sede da Firjan em Campos, dia 25 último, depois de abordar de forma categóri-ca a situação caótica que a in-dústria de petróleo e gás vem enfrentando com a crise, o pre-sidente da Firjan, Eduardo Eu-gênio Gouvêa Vieira, declarou que “o mundo não vai ficar es-perando o Brasil”. A rediscussão da posição da Petobras na ope-ração do pré-sal foi considrada por ele como um grande passo para o país. PÁG. 11

PR lança pré-candidato a prefeito em Macaé: André Longobardi

“Brincar com a fragilidade da população é cometer um estelionato eleitoral”. A afirmativa de impacto é capaz de traduzir o que o empre-sário André Longobardi tem ouvido nas ruas e em reuniões organizadas com um objetivo cla-ro e definido: compartilhar um sentimento que move o seu projeto político focado nas eleições municipais deste ano. PÁG. 9

Empresário assume desafio pautado na defesa pela renovação de líderes políticos

Detran promove vistoria itinerante

ÍNDICETEMPO

CIDADE GERAL

Projeto visa ampliar vagas para atendimento de veículos da região PÁG. 11

KANÁ MANHÃES ASSESSORIA

Reservatório que abastece moradores está sujo e com água parada Vagas podem atender motoristas também de Macaé

Caixas d'água comunitárias viram focos do AedesDenúncia de moradores da Águas Maravilhosas expõe risco à saúde PÁG. 10

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 38º CMínima 25º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA GERAL GERAL CADERNO DOIS

Comportamento humano em análise

Réplica de arma é usada em crimes na cidade

Educação abre inscrições para cursos

O DEBATE apresenta novo colunista

Coronel Ramiro Campos discute novo tema PÁG. 5

Pistola falsa foi apreendida pela polícia com menor PÁG. 5

Formação continuada atende profissionais da rede PÁG. 10

Dr. Cláudio Ambrósio abordará temas da medicina CAPA

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 6 e segunda-feira, 7 de março de 2016Ano XL, Nº 8959Fundador/Diretor: Oscar Pires

MARIANNA FONTES WANDERLEY GIL

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

ESCOLA MUNICIPAL ABANDONADA É OCUPADA

OVOS DE PÁSCOA COM PREÇOS SALGADOS

BICICROSS MACAÉ CONQUISTA MEDALHAS

R$ 1,50

POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.6 ESPORTE, PÁG.10

Contratos atravessam governos e custam mais de meio bilhão aos cofres do município Em três anos e dois meses, três contratos assinados ainda na administração municipal passada, e prorrogados com ba-se em termos aditivos mantidos pelo atual governo, geraram aos cofres públicos um gasto total de mais de R$ 572 milhões.

Comprometidos com a ar-

recadação dos royalties e da Participação Especial, esses contratos representam quase um terço do total de receitas recebidas pelo governo desde 2013, dinheiro destinado prin-cipalmente à coleta do lixo do-miciliar, ao subsídio do trans-porte público, além de obras de

manutenção do passeio público e de escolas da rede municipal.

Apenas com o lixo foram ge-rados gastos de R$ 196 milhões no atual governo, com o contra-to referente à empresa Limpa-tech. Já com a Zadar, responsá-vel por obras de manutenção, foram gastos R$ 210 milhões.

Contrapartida �scal da indústria sustenta custo de mais de R$ 2,5 bilhões da folha de pagamentoApenas em 2015, mais de R$ 909 milhões foram aplicados no custeio da folha de pagamento de servidores fixos e dos asses-sores do governo. A quantia, que representa uma verdadeira dor de cabeça para a Controladoria Geral do Município diante do possível atropelo dos índices

preconizados pela Lei de Res-ponsabilidade Fiscal, torna-se ainda mais expressiva quando é adicionada à conta total já arca-da pela atual administração mu-nicipal entre 2013 e os primeiros dois meses deste ano. Segundo dados do governo, um total de R$ 2,5 bilhões foram destinados

ao custeio da folha, dinheiro que está diretamente ligado à con-trapartida da indústria, princi-palmente às empresas que ope-ram na cadeia do petróleo local. Hoje, o sustento da folha está atrelado à permanência e ope-ração das 50 maiores empresas do petróleo sediadas em Macaé.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 6 e segunda-feira, 7 de março de 2016

CidadeEDIÇÃO: 317 PUBLICAÇÃO: 30 DE DEZEMBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

NOTA

Vereador quer criar Comissão de Inquérito a fim de apurar concorrência fantasma

Está sendo entregue ao Vereador Rubem Gonza-ga de Almeida Pereira diversos documentos para serem juntados ao requerimento que será enviado ao Presidente da Câmara Municipal e ao Promotor de Justiça solicitando do primeiro a convocação de sessão extraordinária para apurar infração políti-co-administrativa, e ao segundo o afastamento do prefeito, a fim de ser promovido inquérito respon-sabilizando criminalmente o Chefe do Executivo.

Segurança apaga incêndio simulado no Aeroporto que será inaugurado dia 5

A equipe de Segurança da ARSA, utilizando um caminhão Pioneiro II, de combate a incêndio em ae-ronaves, dotado de 02 tanques de 750 lts. de pó quí-mico cada um, em apenas dois minutos apagaram o fogo colocado na cabeceira da pista do Aeroporto, em uma vala onde foram colocados 600 litros de óleo.

“O Varandão” promove festa no “reveillon”

Tudo pronto para a passagem do ano a ocorrer amanhã, com alguns clubes abrindo seus portões para a alegria de associados e visitantes. Apenas o Fluminense e o Iate vão promover bailes e, pela pri-

meira vez, Edison Torres de Castro resolver abrir as portas do Restaurante “O Varandão” para reunir 60 casais que irão participar da ceia e, certamente, após os cumprimentos da passagem de ano, de um alegre carnaval saudando o ano novo.

Polícia prende em flagrante homem que aplicava “conto do paco” em Macaé

O chefe da Seção de Apoio Operacional da Delegacia de Macaé, detetive Zilmar Borges Costa, após perseguir por alguns momentos um indivíduo que se encontrava na fila da agência da Caixa Econômica na manhã de terça-feira, conseguiu prendê-lo identificando-o como José Clmente Cruz, natural da Bahia, mas residente em Duque de Caxias.

Estudantes ocupam praça em dia de protesto

Recolhimento de veículos abandonados contribui para combate ao Aedes aegypti

Centenas de estudan-tes e professores saí-ram às ruas do Centro

de Macaé como forma de protesto frente às condi-ções precárias das escolas da rede estadual de ensino. Promovida pelo Sindicato dos Profissionais de Educa-ção (Sepe), a manifestação - que também se estendeu por outros municípios do Estado - foi rápida. Antes mesmo do fim da manhã, o grupo, em grande parte for-mado por jovens do Colégio Estadual Luiz Reid, Matias Neto, Olga Benário, Primei-ro de Maio e Ciep 393, já ha-via se dissipado.

Com faixas, nariz de pa-lhaço e cartazes, os mani-

festantes se concentraram na Praça Veríssimo de Melo. Acompanhados por um car-ro de som, enquanto alguns aproveitavam para namorar e tirar ‘selfies’, outros real-mente levaram a questão mais a sério e fizeram do microfone sua voz.

“Eles, os políticos, que-rem que fiquemos à mercê deles. Mas se esquecem que dependem dos nossos votos. Somos o futuro de Macaé e do Brasil, e é inad-missível que no centro da Capital Nacional do Petró-leo existam escolas públicas no estado decadente em que se encontram”, disse uma das estudantes em tom mais enérgico.

Sorteio de�ne ocupação de imóveis do Bosque AzulSerão sorteados ama-nhã (5) os 543 imóveis sociais, construídos na cidade através de recursos federais do progra-ma Minha Casa, Minha Vida. Só serão contempladas as famílias que se cadastraram junto à se-cretaria municipal de Habitação e consideradas aptas a ocupar os apartamentos, após documen-tação ser aprovada pelo Banco do Brasil. O sorteio acontece no Centro de Convenções Jor-nalista Roberto Marinho e de-finirá quais as famílias que irão ocupar os imóveis, que estão em fase final de construção no Bos-que Azul.

SECOM

Apartamentos foram construídos com recursos do governo federal

GUILHERME MAGALHÃES

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 6 e segunda-feira, 7 de março de 2016 3

PolíticaPRIORIDADES

Arrecadação de R$ 1,5 bilhão não garante a redução do 'Custo Macaé'Batalha por investimentos de R$ 20 milhões para atender demanda da economia local reacende discussão sobre modelo de gestão e prioridadesMárcio [email protected]

As competências admi-nistrativas até podem ser distintas, mas é im-

possível negar que exista uma relação direta entre o volume de receitas recebidas, pelo governo municipal, com base nas opera-ções do petróleo, e os passivos que a cidade ainda apresenta em setores diretamente ligados ao chamado 'Custo Macaé'.

No momento em que a indús-tria passa a ser pró-ativa na luta pela consolidação da reforma da pista do Aeroporto de Macaé, assumindo um papel esquecido pelo poder público, as contas re-lativas ao montante de receitas já recebidas pelo atual governo com os royalties e a Participação Es-pecial geram uma equação cujo resultado demonstra que ainda há um grande passivo no que se esperava do município, diante de uma 'bolada' que ultrapassa a casa dos 1,5 bilhão de reais.

Dados registrados no Por-tal da Transparência apon-tam que, de janeiro de 2013 a fevereiro de 2016, o atual governo recebeu exatos R$ 1.556.844.536,45 com os repas-ses dos royalties do petróleo e com a Participação Especial.

Suficiente para custear por 77 vezes a reforma da pista do Aeroporto, uma responsabi-lidade do governo federal or-çada extraoficialmente em R$ 20 milhões, os R$ 1,5 bilhão já

recebidos pelo governo com as receitas do petróleo nesses três anos e dois meses seriam capa-zes de garantir, ainda, a constru-ção de 17 Arcos Viários de Santa Tereza, projeto idealizado pela administração municipal junto ao governo do Estado, mas que ainda não saiu do papel devido à demora na emissão de licenças ambientais.

Além disso, os 1,5 bilhão de reais relativos apenas às rique-zas oriundas da exploração e da produção do petróleo, na Bacia de Campos, seriam suficientes para construir mais de 20 pro-jetos do Veículo Leve sobre Tri-lhos, nos moldes do programa criado pelo governo passado, que acabou deixando de heran-ça para a cidade as duas compo-sições paradas na estação ferro-viária do Miramar.

Segundo o Portal da Trans-parência, dos R$ 1.556 bilhão recebidos pelo governo já foram gastos com a manutenção de programas sociais e a realização de obras de infraestrutura e urba-nização o total de R$ 1.481 bilhão. Por lei, essas receitas não podem ser aplicadas no custeio da folha de pagamento e não são contabi-lizadas nos índices constitucio-nais da Saúde e da Educação.

No entanto, até mesmo os R$ 75 milhões restantes dessa equação já seriam suficientes para resolver parte das deman-das que elevam os custos opera-cionais das empresas que atuam na cadeia o�shore.

WANDERLEY GIL

Pauta do Aeroporto foi assumida pelo setor empresarial

Contratos atravessam governos e custam mais de meio bilhão aos cofres do município

PESO

Em três anos e dois meses, três contratos assinados ainda na administração municipal

Transporte, coleta de lixo e reforma de calçadas e escolas consomem um terço das receitas

passada, e prorrogados com ba-se em termos aditivos mantidos pelo atual governo geraram aos cofres públicos um gasto total de mais de R$ 572 milhões.

Comprometidos com a ar-recadação dos royalties e da Participação Especial, esses contratos representam quase um terço do total de receitas recebidas pelo governo des-

Ano Arrecadação Gasto Diferença2013 R$ 539.449.466,66 R$ 507.172.304,73 R$ 32.277.161,932014 R$ 576.322.832,26 R$ 553.264.249,53 R$ 23.058.582,732015 R$ 387.271.827,52 R$ 392.794.300,55 R$ -5.522.473,032016 R$ 53.800.410,01

*Até fevereiroR$ 27.880.933,52 R$ 25.919.476,49

Total R$ 1.556.844.536,45 R$ 1.481.111.788,33 R$ 75.732.748,12

BALANÇO

Receitas recebidas pelo governo

de 2013, dinheiro destinado principalmente à coleta do lixo domiciliar, ao subsídio do trans-porte público, além de obras de manutenção do passeio público e de escolas da rede municipal.

Apenas com o lixo foram gerados gastos de R$ 196 mi-lhões no atual governo, com o contrato referente à empre-sa Limpatech.

Já com a Zadar, responsável por obras de manutenção, fo-ram gastos R$ 210 milhões.

A SIT, concessionária que se-guirá à frente da concessão do transporte público municipal até setembro, de acordo com o contrato prorrogado pela pre-feitura, já recebeu dos cofres públicos de Macaé um total de R$ 164 milhões.

Contrapartida da indústria sustenta a folha de pagamento

EQUILÍBRIO

Apenas em 2015, mais de R$ 909 milhões foram aplicados no custeio da folha de pagamento de servidores fixos e dos asses-sores do governo.

A quantia, que representa uma verdadeira dor de cabeça

Receitas próprias custeiam salários de servidores fixos e assessores do governo

para a Controladoria Geral do Município diante do possível atropelo dos índices preconi-zados pela Lei de Responsabi-lidade Fiscal, torna-se ainda mais expressiva quando é adi-cionada à conta total já arcada pela atual administração mu-nicipal entre 2013 e os primei-ros dois meses deste ano.

Segundo dados do governo, um total de R$ 2,5 bilhões fo-ram destinados ao custeio da

folha, dinheiro que está dire-tamente ligado à contrapartida da indústria, principalmente às empresas que operam na cadeia do petróleo local.

Por lei, a folha de pagamento só pode ser sustentada pela ad-ministração pública com base no volume de receitas próprias arrecadadas. Essa fonte do or-çamento representa o dinheiro recolhido pelo governo em ta-xas e impostos como o ISS (Im-

posto Sobre Serviços) e o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), que incidem diretamente em todas as atividades realizadas pelas mais de cinco mil empresas que têm sede na cidade.

Hoje, o sustento da folha de pagamento está atrelado prin-cipalmente à permanência e operação das 50 maiores em-presas do petróleo no mundo, sediadas em Macaé.

PONTODE VISTA

Quem acompanha o dia a dia da administração municipal consegue, não só através de informações de bastidores nos cor-redores do governo, aliadas ao que é constatado no Portal da Transparência, que a coisa não anda boa.

Não cansamos de registrar aqui que a principal porta de entrada de visitas de uma cidade importante como Macaé, que de Princesinha do Atlântico se transformou na Capital Nacional do Petróleo, é um aeroporto que possa proporcionar aos empresários, principalmente aqueles ligados à indústria do petróleo, façam deslocamentos rápidos, o que é impossível pela BR-101.

Ninguém sabe e ninguém entende porque a prefeitura paga em três anos mais de R$ 200 milhões como subsídio para manter a passagem a 1 Real, deixando de investir no máximo R$ 20 milhões para fazer a pista do aeroporto de Macaé. Alguns admitem que os maiores beneficiados não são os passageiros, mas os empresários que, por lei, devem pagar o vale-transporte.

Nesta semana duas bombas de efeito retardado atingiram as bases políticas e do governo em Brasília. A primeira, a possível colaboração premiada do Senador Delcidio Amaral (PT), que atinge diretamente a cúpula do governo federal. A outra, a deflagração da 24ª Operação Lava Jato, para ouvir o ex-presidente Lula e vários empresários que estão sendo investigados, resultando em manifestações.

Até domingo.

No “salve-se quem puder”, desde que foi iniciada a Operação Lava Jato, são muitas as surpresas e os poderosos não imaginavam que poderiam estar atrás das grades pagando bons advogados com recursos eternos. A decisão do Supremo Tribunal Federal de mandar cumprir a prisão após decisão de segunda instância deixa muitos poderosos com a pulga atrás da orelha.

Perdendo o rumo?

Pista do aeroporto

O instrumento que proporciona ao cidadão que paga altos impostos para ver o dinheiro reverter em benefício da população, consegue notar que a má-quina está perdendo o rumo ou, para alguns, até já perdeu. Não são poucas as manifestações de pessoas contrárias a muitas medidas adotadas e perpetu-adas pelo prefeito que não ouve nin-guém e, segundo alguns empresários que, antes aliados, já formam uma grande lista de ex-aliados, estão nas ruas militando para trocar o governo. A promessa de mudanças não mudou praticamente nada, a não ser perseguir aqueles que possam ter opiniões dife-rentes do “projeto de governo” ado-tado desde o primeiro momento em que a atual administração se instalou, em praça pública, “para recuperar os espaços nas praças”. Bem, lógico que

em qualquer disputa eleitoral - e este ano vai ser um osso duro de roer com as mudanças da legislação eleitoral que não permite mais doação de em-presas, e somente de pessoas físicas - existe nos bastidores uma verdadeira “guerra” para quem está confortável em algum cargo e àqueles que querem ou desejam renovar a administração. Já existem algumas investigações de improbidade administrativa que se-rão somadas a outras que estão a ca-minho por causa do grande número de denúncias que pode atingir alguns gestores. Os atos governamentais de perseguição podem ser comparados a bumerangues. Tomara que a popula-ção não continue perdendo como vem acontecendo até agora. Um exemplo? O corte das incorporações dos servi-dores. Fala sério.

Em Macaé, de apenas uma pista de pouso para pequenos aviões administra-da pelo Aero Clube, a um importante ae-roporto que chegou a ostentar o terceiro lugar em pouso e decolagem de aerona-ves no país, para levar trabalhadores às plataformas que era em torno de 1.200 embarques, agora a cidade ganha, pro-jetado pela Infraero, uma portentosa estação de passageiros com 11 mil me-tros quadrados. Fantástico. A previsão de entregar as obras é de 60 dias. Só que a preocupação dos empresários ligados à Firjan e à Associação Comercial, que há tempos colocaram na agenda esta rei-vindicação junto às autoridades, viram o projeto sair da prancheta para a realida-de e, hoje, quem visita as obras observa que Macaé se coloca a nível de possuir

uma das maiores e melhores estação de passageiros, talvez do Brasil. Mas falta, agora, a principal obra: a construção da nova pista para suportar voos comerciais de aeronaves de grande porte. Os voos até então constando Macaé no roteiro, paralisados desde agosto do ano passado, até agora não têm previsão de retorno exatamente por causa... da pista. O orça-mento inicial quando planejada era de R$ 13 milhões, quando o então ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, esteve em Macaé. Agora, estima-se, no máximo, em R$ 20 milhões. Como o governo municipal se mostra ausente, e não se manifesta, a Firjan e a Associa-ção Comercial decidiram entrar na luta e já estão agindo devido à importância do aeroporto de Macaé.

PONTADA

Quarta-feira passada, a reunião da Comissão Municipal da Firjan foi enriquecida com dois eventos. Primeiro, a iniciativa da Abespetro - Associação Brasileira das Empresas de Petróleo, que tem Gilson Coelho como representante -, que apresen-tou o projeto do primeiro emprego nos quais objetivam aproveitar os deficientes, lotando o auditório do Senai e emocionando as pessoas que participaram. Dentre as autoridades presentes, apenas o prefeito de Rio das Ostras compareceu.

Cinturão econômico

O prefeito de Macaé não deu nem bola mas... mandou representante? Na agenda da reunião mensal da Firjan foram debatidos vários temas como o Mapa do Desenvolvimento Regional, a importância do aeroporto de Macaé e de Campos (este já municipalizado), a necessidade do Porto do Açu que está precisando e vai precisar muito das empresas de Macaé, a prospecção de negócios através da Rede Petro. A necessidade da construção da nova pista do aeroporto que, segundo Mar-celo Reid (Merrel), é de fundamental importância e elo entre as duas pontas ligando o Rio de Janeiro e Porto do Açu, levou o conselheiro Cliton Silva Santos

a confessar que “conheci o projeto no papel mas o que vimos hoje (03) está acima de todas as expectativas, e deve-mos provocar a classe política junto a SAC - Secretaria de Aviação Civil para fazer a pista, já que o governo muni-cipal não dá importância”. Também o representante da Petrobras, Waney Cunha, deixou claro que a criação de um cinturão econômico desde Rio das Ostras, passando por Macaé, Quissamã e Açu é importante e, também, cobrar agilidade na duplicação da BR-101 que está construindo em média um quilô-metro por mês e só deverá concluir a obra em 2027... Nenhum representante da prefeitura compareceu...

Governo recolhe R$ 34 milhões a mais do previsto para ISS e ICMS. Receitas arrecadadas em janeiro e fevereiro superam marcas estimadas pela prefeitura

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 6 e segunda-feira, 7 de março de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Do lixo ao transporte público, passando por reformas de calçadas e praças, além de peças e atos de publicida-de, o comprometimento das receitas dos royalties com contratos que atravessam governos representa acordos que começam a ser expostos no período pré-eleitoral. E, na briga pela manutenção de um projeto de poder, vale tudo, até mesmo sacrifícios e inverdades.

Começou em fevereiro o ano letivo de 2016 para a Educação Básica, abrangendo a Infantil, o Ensino Fundamental e o Médio. Nessas etapas, nosso país tem 38,54 milhões de estudantes matriculados nas redes municipais e estaduais, segundo dados preli-minares do Censo Escolar 2015. Dentre esses alu-nos, 2,82 milhões referem-se à Educação de Jovens e Adultos (EJA) e 661,36 mil são crianças e adoles-centes com alguma necessidade especial.

Acordos

Feliz ano novo letivo

Sem sombra de dúvida, o Portal da Transparência pode ser o principal legado desta administração mu-nicipal, não pela condeco-ração dada pelo Ministério Público Federal em relação à avaliação do ranking na-cional da transparência, mas por se tornar uma fer-ramenta real de quebra de paradigmas e de conceitos que começam a cair por ter-ra. Assim como as máscaras!

Apresentado como ferra-menta de controle social, o Portal expõe, sim, todas as veias do governo, desde ca-da centavo recolhido pelos cofres públicos, até cada mi-lhão gasto em benefício dos 240 mil habitantes da cida-de. Mas, até mesmo onde não há maquiagem, é neces-sário um esforço profundo para se descobrir verdades.

Passada a fase de “caças às bruxas”, relativa à identifi-cação de assessores e servi-dores, assim como os seus respectivos salários, surge o momento em que os valo-res exorbitantes relaciona-dos às grandes despesas do

governo são acompanhados pela população. E não basta apenas olhar o quadro rela-tivo à execução fiscal.

Em 2011, dois dos quatro principais contratos em ati-vidade na prefeitura foram firmados, gerando hoje aos cofres públicos uma despesa de mais de R$ 140 milhões. Nesta conta se enquadram a coleta de lixo e a reforma de calçadas e de escolas.

Em 2012 foi assinada a Parceria Pública Privada (PPP) do Esgoto, origem das obras que trazem tan-tos transtornos à maioria dos moradores da parte sul da cidade.

O mais longo, datado de 2005, é o contrato da con-cessão do transporte públi-co que, apesar de ter vencido em 2015, foi prorrogado por mais um ano, custando aos cofres da cidade cerca de R$ 60 milhões apenas em 12 meses, referentes ao subsí-dio da passagem.

Pelo que se vê, entre dois governos há mais conexões que um simples discurso político.

Para esse expressivo con-tingente de brasileiros, equi-valente à quase totalidade da população argentina, a escola gratuita é decisiva como fator de ascensão socioeconômica. Além disso, também é con-dicionante para que o Brasil torne-se uma economia de renda alta.

Embora o ajuste fiscal do governo em 2015 tenha, de modo equivocado, cortado cerca de R$ 10 bilhões da educação, não se pode atri-buir historicamente a má qualidade à falta de dinheiro, pois o setor tem verbas cons-titucionalmente vinculadas. O problema maior parece mesmo ligado à gestão e ao desperdício, por incompe-tência, dolo ou ambas as cau-sas. Como nos deploráveis petrolão, mensalão e outros escândalos da República, também no ensino há casos de corrupção.

Uma das vertentes nas quais campeia a improbida-de, conforme se observa em denúncias e processos divul-gados na mídia de todo o Pa-ís, refere-se às licitações dos materiais escolares destina-dos aos alunos de famílias de baixa renda, ou seja, aqueles matriculados nas redes mu-nicipais e estaduais. Escorre pelo ralo da corrupção, volu-me expressivo de dinheiro, que poderia ser aplicado pa-

ra remunerar melhor os pro-fessores, estes heróis nacio-nais, equipar e informatizar as salas de aula, melhorar a merenda e suprir outras de-mandas importantes para a boa escolaridade.

Há uma solução eficaz, o Cartão Material Escolar, já adotado com sucesso em vá-rias cidades, um estado e o Distrito Federal, mas ainda negligenciada por numero-sos prefeitos e governadores. O Cartão Material Escolar dispensa a licitação e, por-tanto, coíbe a corrupção. Ca-da aluno recebe um crédito específico e compra seus ma-teriais nas papelarias de su-as cidades. Têm livre escolha para os modelos, reforçando sua identidade. Também há ganhos para o comércio local, que passa a fazer parte da ca-deia de valores e suprimen-tos da educação.

É preciso mobilização da opinião pública para melho-rar o futuro de 38,54 milhões de jovens brasileiros, suas fa-mílias e toda a Nação! Que o 'Ano Novo Letivo' seja feliz para os brasileiros na eleição de novos prefeitos, em outu-bro, e que estes venham a ser mais comprometidos com a educação de nossos jovens.

Rubens F. Passos, economis-ta pela FAAP e MBA pela Duke University

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Prefeitura entrega ampliação do Ciep Darcy Ribeiro

Principal base de operações da logística offshore do país, o Aeroporto de Macaé ainda não tem previsão de receber as obras de reforma da pista de pousos e decolagens, o que garantiria o retorno dos voos comerciais. Empacado há três anos, o projeto atenderia uma das principais demandas de empresários do município. O que falta é esforço político por parte da cidade.

Concessão A antiga gestão da secretaria municipal de Mobilidade Urbana tentou dar início ao pro-cesso de elaboração da nova concessão do transporte público, sendo obrigada pelo go-verno a prorrogar por mais um ano o contrato da SIT. Mudado o quadro de secretário, hoje não há novas informações referentes à con-corrência pública. Enquanto isso, a empresa recolhe mais de R$ 64 milhões por ano da administração da cidade em contrapartida do subsídio da passagem.

Defesa E, toda vez que vereadores de oposição se levantam para denunciar a nebulosidade que existe na definição dos valores do subsídios, eles são atacados por governistas que os acu-sam de ser contra a passagem a R$ 1. Igor Sar-dinha (PRB), líder da oposição, defende que a gestão do transporte seja municipalizada, tornando a tarifa gratuita. Maxwell Vaz (SD) defende que a passagem seja de graça para de-sempregados. Amaro Luiz (PRB) quer que os terminais sejam mantidos pela concessionária.

Vice Mesmo sufocado por falta de estrutura em seu gabinete, o vice-prefeito Danilo Funke (REDE) tem mantido um trabalho político em defesa de interesses da cidade, mas não do governo. Ele abraçou o projeto “Decola Ma-caé”, proposto por empresários da cidade que cobram a reativação dos voos comer-ciais no Aeroporto de Macaé. Mas, para isso, é preciso garantir a reforma da pista, um pro-jeto que vem sendo discutido pela prefeitura há dois anos, sem solução.

Compromissos Com os recursos dos royalties comprometidos com as empresas Limpatech, Zadar, SIT e a Odebrecht Ambiental, nos contratos assinados nos governos passados, relativos à coleta do lixo, reforma de calçadas e escolas, transporte público e do saneamento, fica difícil para Ma-caé bancar os R$ 20 milhões necessários para a realização da reforma da pista do Aeroporto da cidade. Só quem é obrigado a circular pela BR 101 sabe a falta que os voos comerciais fa-zem ao município.

Representatividade E falando na rodovia federal, segue sem definição o início das obras nos 46 qui-lômetros da estrada compreendidos en-tre Macaé e Casimiro de Abreu, cortando também Rio das Ostras. Até Campos dos Goytacazes conseguiu modificar o projeto previsto inicialmente pela Autopista Flumi-nense. A ausência de representantes do município na esfera federal compromete a conquista de projetos importantes para o futuro do município.

UPAsMunicipalizadas em outubro do ano passa-do, as duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Macaé seguem os mesmos proble-mas registrados pela rede de saúde no Estado. Nesta semana, o atendimento na unidade do Lagomar foi fracionado devido à grande de-manda de pacientes e o baixo número de mé-dicos de plantão. Com isso, a UPA da Barra e o Pronto Socorro do Parque Aeroporto estão sobrecarregados. A rede municipal passa por um sério dilema administrativo.

Desistência Médicos, enfermeiros e técnicos de enfer-magem estão pedindo baixa de seus con-tratos e até vínculos com a prefeitura, diante da indignação gerada por falta de estrutura para trabalho e os problemas constantes re-lacionados ao ponto biométrico. Os cortes de gratificações e benefícios também pe-sam na decisão dos profissionais de deixar a rede municipal e buscar espaço em outras cidades. Como a demanda é grande, não falta trabalho na região.

Susto O aumento de 10% na cota do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) causou um susto para muitos contribuintes da ci-dade. O aumento foi tanto que muitos estão deixando de pagar a cota única, que prevê desconto de 8%, para conseguir quitar o débito de forma parcelada. Somando as contas com a taxa de esgoto, energia e encargos sociais, muitos empresários es-tão dizendo que a crise elevou ainda mais o chamado “Custo Macaé”.

Milagre Arrastadas desde 2013, as obras de im-plantação da nova rede de abastecimento, executadas pela Nova Cedae com o apoio da prefeitura, avançam em direção à região Sul da cidade. Porém, o serviço não atende a grande parte dos moradores da área que ainda recorrem a carros-pipas. Mas, como a cidade já entrou no período pré-eleitoral, não será surpresa que a água jorre, por mi-lagre, em torneiras fixadas na entrada do Lagomar em outubro.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 6 e segunda-feira, 7 de março de 2016 5

PolíciaCOLUNA

O tenente-coronel Ramiro Campos discute sobre arrependimentos

A enfermeira austra-liana Bronnie Ware, especia-lista em cuidados paliativos e doentes terminais, afirma que durante dois anos reuniu con-fissões honestas e francas de pessoas em seu leito de morte, lançando um livro com uma lis-ta de cinco principais arrepen-dimentos dos que estão prestes a morrer. Inicialmente, ele foi publicado nos Estados Unidos e, posteriormente, sua versão se espalhou pelo mundo e re-des sociais, onde foi viralizado através de debates envolvendo especialistas no assunto.

QUAL O NOME DO REFERIDO LIVRO?

O titulo original é: THE TOP FIVE REGRETS OF THE DYING (ou Os cinco princi-pais arrependimentos antes da morte). Após a leitura, percebi que muitas vezes nos sentimos soberbos ou superiores aos nossos semelhantes durante a vida. Fazemos isso com fa-miliares, amigos e até mesmo pessoas que nem conhecemos; porém no leito de morte somos a pessoa mais frágil do mundo. Os títulos, honrarias e dinhei-ro são esquecidos, e sem muito tempo hábil para reverter tu-do de prepotência e maldade que fizemos com o próximo nos resta a vontade de existir uma máquina do tempo para entrarmos em um processo de regressão, para tentar uma se-gunda chance de virmos a ser mais humanos e solidários. Qual de nós nunca cometeu um grave erro em nossas vidas e naquele momento fechou os olhos pedindo a Deus que o tempo voltasse, pois não mais faria aquilo?

QUAL É O PRIMEIRO ARREPENDIMENTO?

Eu gostaria de ter vivido uma vida fiel a mim mesmo, não a vi-da que os outros esperavam de mim. Vivemos em um mundo onde nos preocupamos mais com nossas aparências do que com nossa satisfação pessoal. Muitas vezes deixamos de fa-zer nossas escolhas pessoais por causa dos outros. Na ver-dade esta é uma atitude co-mum durante a vida. Em geral, acabamos fazendo isso porque queremos ser amados e acei-tos. O problema é que deixa-mos de fazer nossas próprias escolhas, muitos adiam o lazer para quando tiver tempo, de-pois para quando se aposentar, depois para quando envelhecer. Quando percebemos já temos nossa vida limitada pela idade ou doenças, e fica tarde demais para vivermos uma vida fiel aos nossos princípios.

QUAL É O SEGUNDO ARREPENDIMENTO?

Eu gostaria de não ter traba-lhado tanto. Na vida moderna, a intensidade de trabalho nos envolve, por muitas vezes. O mais grave é quando trabalha-mos em algo que não gostamos, ou quando ganhamos dinheiro e não somos felizes no dia a dia. Tal fato piora no fim da vi-da, pois não se tem mais tempo para pedir demissão ou reco-meçar outro trabalho. Esquece-mos das sutilezas da vida como família, lazer e outros. Afinal, só damos conta quando estamos acamados na fase terminal e,neste estado, queremos estar

próximos da família e aprovei-tar, intensamente, o pouco que resta. Enfim, nos damos conta que poderia ter sido feito mode-radamente durante toda nossa vida de forma saudável.

QUAL É O TERCEIRO ARREPENDIMENTO?

Eu gostaria de ter tido cora-gem de expressar meus senti-mentos. Quando estamos aca-mados com uma enfermidade grave, a máscara do medo cai, o que mais importa é a sinceri-dade, ficamos mais indefesos e desprotegidos, menos vingati-vos. O mais importante aflora, a afetividade, percebemos que todas essas máscaras foram desnecessárias ao longo da vida. À medida que uma doen-ça se agrava, as pessoas ficam mais carinhosas, mais dóceis. A doença tira a sombra da de-fesa, da proteção de sí mesmo, da vingança; por fim percebem que tudo isso foi desnecessário ao longo da vida. ninguém quer ser esquecido ou lembrado co-mo uma pessoa má.

QUAL É O QUARTO ARREPENDIMENTO?

Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos. Nossa família não podemos escolher, ela nos é imposta puramente pelo destino. No entanto, os amigos não, são nossas escolhas, nossas opções, e muitas vezes, ao final da vida, damos conta que poderíamos ter nos dedicado mais a eles ou ter feito mais amigos. No leito de morte se arrependem de terem sido abandonados pelas famílias e não terem fei-to amigos durante a vida. Nem sempre têm histórias felizes com a própria família, mas com os amigos é diferente; de-pendendo da doença, existem mudanças da nossa aparência corporal, muitos não querem receber familiares para não de-monstrar fraqueza e fragilida-de. Em tais momentos, os ver-dadeiros amigos são as pessoas mais importantes, pois sabem que não serão julgados.

QUAL É O QUINTO ARREPENDIMENTO?

Eu gostaria de me permitir ser mais feliz. Este arrepen-dimento é o resumo de todos os outros acima citados, para a pessoa que abriu mão da pró-pria felicidade, uma pessoa re-alizada se faz feliz e transmite sua felicidade aos outros. Este arrependimento é muito mais doloroso nas pessoas que ti-veram chance de mudar suas vidas e não o fizeram.

QUAL SUA OPINIÃO SOBRE A OBRA?

Por fim, esta obra me faz acreditar que temos que refle-tir mais sobre nossas escolhas, enquanto temos saúde e tempo hábil. Todos nós somos passí-veis de um arrependimento no futuro. Por que não deixarmos de fazer? Por que não procurar-mos o caminho certo, de modo que nos traga paz no fim da vi-da, para que possamos falar “Eu faria tudo de novo, exatamente do mesmo jeito"? As boas ações da vida temos que fazer agora, para não nos arrependermos no futuro, nossa paz espiritual tem que ser sedimentada ao longo a vida, não no leito da morte.

Quem quiser pode enviar sugestões de pautas para o e-mail <[email protected]>

NOTA

Mobilidade Urbana realizará capacitação para agentes de trânsito

O consultor de segurança indica a leitura de um livro que aborda o tema

PARQUE DA CIDADE

Obras abandonadas servem de moradia Escola do município segue abandonada e moradores em situação de rua fazem do local seu larLudmila [email protected]

D iante do atual cenário em que moradores em situação de rua ocupam

locais públicos, e que deveriam ser cuidados pela Prefeitura, um novo programa social de habi-tação poderia ser criado inspi-rado na atual realidade: “Meu Parque, minha Vida”.

Um exemplo é o Parque da Cidade. O espaço público, que deveria servir de área de lazer para a população, vem sendo utilizado como moradia por pessoas em situação de rua. A obra de uma escola municipal, que está abandonada há dois anos, serve hoje de abrigo.

No local, os moradores de rua improvisaram e fizeram dos alojamentos suas casas, onde cerca de cinco espaços já estão com portas e pessoas podem ser vistas circulando pela área externa da obra.

De acordo com moradores próximos ao Parque da Cidade, as pessoas que estão morando no local são usuários de drogas e a população em seu entorno teme a situação. Além disso, os moradores afirmam tam-bém que o local é usado por bandidos para se esconder ou praticar assaltos. As mulheres, principalmente, têm evitado passar próximo da obra, já que temem ser vítimas de assaltos e até mesmo de estupro.

O problema de abandono do Parque da Cidade é antigo e não há qualquer tipo de me-lhoria ou conservação por parte da Prefeitura. O espaço que há anos vem se deteriorando, tem se tornado cada vez mais um “Parque Fantasma”, onde pou-cos se arriscam a utilizar o local como uma área de lazer, já que, além da má conservação, a falta de segurança também não atrai a população.

Há cerca de um ano a Guar-da Municipal (GM) utilizava um posto como unidade do Grupo de Apoio Operacional (GAOP), dentro do Parque da Cidade, o que colaborava com a segurança do Parque. Contudo, diante da falta de segurança dos

próprios agentes, a GM realiza apenas patrulhamento dentro do Parque e nos arredores. Po-rém, segundo moradores, como os agentes não ficam mais 24h no local, só os patrulhamentos não são suficientes para inibir a ação dos criminosos e afastar os usuários de drogas. Além disso, outro aspecto de insegurança é a localização do Parque, rode-ado por duas comunidades ri-vais, que vivem se confrontan-do: Morubá e Favela da Linha.

A Polícia Militar realiza pa-trulhamento em toda área da Praia Campista, inclusive ao re-dor do Parque. Mesmo assim, a falta de segurança é a principal reclamação dos moradores do bairro.

CARAPEBUS

Menor é encaminhado a delegacia com réplica de pistola

Guarnição da Polícia Mi-litar foi até a Escola Municipal Antônio Augusto da Paz, no Centro de Carapebus, verifi-car uma denúncia anônima de que um jovem estaria exibin-do uma arma de fogo na frente da escola.

No local, os policiais abor-daram o menor de idade, de 14 anos. Após revista pessoal encontraram uma réplica de pistola com acionamento em ar comprimido. Os policiais então souberam que o mes-mo estudava na escola men-

Denúncia informou que jovem estava em frente a uma escola exibindo a arma

cionada.Diante dos fatos, o adoles-

cente e sua genitora foram conduzidos à 130ª DP, onde o menor foi ouvido e liberado.

BARREIROSTambém em Carapebus,

guarnição da PM foi até o Sítio Santa Luzia verificar possível afogamento em um açude. No local, constatou-se o fato, e após perícia o corpo foi remo-vido pelo rabecão e conduzido ao IML de Macaé. A vítima era Levi Morales, de 74 anos.

De acordo com a polícia, a família percebeu a demora no retorno da vítima e saíram em busca do idoso, encontrando o corpo no açude. A ocorrência foi registrada na 130ª DP.

DIVULGAÇÃO PM

Réplica de pistola estava em posse de um menor de idade

MARIANNA FONTES

Moradores em situação de rua se abrigam em alojamentos de obra abandonada pela Prefeitura

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 6 e segunda-feira, 7 de março de 2016

COMÉRCIO

Ovos de páscoa a preços salgadosDependendo da marca, produtos podem apresentar variação de 500% na comparação com barras de chocolateGuilherme Magalhã[email protected]

Com a aproximação da Pás-coa, comemorada no pró-ximo dia 27, uma questão

sempre polêmica é o preço dos ovos de chocolate - a cada ano, mais caros. Pensando nisso, O DEBATE visitou algumas lojas no centro da cidade, para com-parar o preço de alguns produ-tos do gênero e descobrir se eles realmente valem a pena.

Segundo o levantamento, no caso mais discrepante da com-paração de preços, um ovo de chocolate da ‘Kinder Max’ que custa R$ 45,77 equivale a mes-ma quantidade (150 gramas) de uma barra de chocolate da ‘Nes-tlé’, que custa R$ 7,97. Ou seja, na prática, a variação de 574,2% fica por conta do brinde.

Em outro exemplo, uma bar-ra de ‘Diamante Negro’ de 150

gramas sai por R$ 9,40, enquan-to um ovo de chocolate do ‘Meu Malvado Favorito’ de 100 gra-mas sai por R$ 34,74. Isso sig-nifica que, mesmo possuindo 50 gramas a menos, o produto que tem como brinde os popu-lares ‘minions’ equivale a 269% a mais que o preço da barra de chocolate.

Em busca de uma melhor ofer-ta no custo-benefício, o segu-rança Hélio Pinho, que tem dois filhos, pensou melhor e decidiu procurar outras alternativas.

“O valor é assombroso. Se cada ovo tem 150 gramas e custa R$ 45, eu levaria apenas trezentos gramas de chocolate por noven-ta reais para os dois. Chega a ser loucura”, disse Hélio pensando em outras formas de comprar o presente de maneira mais mo-desta.

Para os que pensam como Hé-lio, uma ótima solução para não

deixar de presentear as crianças com ovos de páscoa seria fazê-los em casa. Na Rua Vereador Abreu Lima, por exemplo, existe uma loja que vende tabletes de chocolate de um quilo. Saindo em média entre R$ 14 e R$ 17, o material bruto só precisa ser derretido e colocado nas formas apropriadas. Já o brinde fica por conta da criatividade dos país.

Procon também faz ressalvas De acordo com o coordena-

dor do Procon-Macaé, Carlos Fioretti, é crucial que se tenha atenção com o peso dos ovos de chocolate, pois as numerações de peso indicadas pelos fabri-cantes nem sempre são equi-valentes entre as marcas. Além disso, quando houver inclusão de brinquedos no interior do produto, também é necessário observar se a embalagem traz o selo do Inmetro e a idade reco-mendável para o brinquedo.

WANDERLEY GIL

Cada vez mais caros, ovos de páscoa viram artigos de luxo nas bancas dos supermercados

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 6 e segunda-feira, 7 de março de 2016 7

SETOR

Presidente da Firjan: “O mundo não vai �car esperando o Brasil”Discurso de Eduardo Eugênio marca nova posição da indústria no país

Ao presidir o encontro com empresários no evento “O Futuro da Indústria do Rio

e o Desenvolvimento do Estado”, realizado na sede da Firjan em Campos dos Goyacazes, dia 25 úl-timo, depois de abordar de forma categórica a situação caótica que a indústria de petróleo e gás vem en-frentando com a crise, o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gou-vêa Vieira, declarou que “o mundo não vai ficar esperando o Brasil”. A frase, pronunciada quando era avaliado o questionário listando os problemas de logística e infraestru-tura que afligem, principalmente, os empresários de vários setores da indústria, demonstravam preocu-pação com a decisão tomada pelo Senado que um dia antes aprovou projeto alterando o regime de par-tilha para exploração na camada de pré-sal, considerado por Eduardo Eugênio um grande passo para que o país possa voltar a crescer.

Eduardo Eugênio junto com o presidente da Regional, Fernando

Coutinho Aguiar, e Geraldo Cou-tinho, discutiram pelo menos 32 propostas de gestão empresarial, como agenda da região norte, dis-tribuídos em vários temas, com o objetivo de elaborar um plano re-gional de desenvolvimento integra-do. Falta de ligação ferroviária entre Rio de Janeiro-Campos-Vitória, com estimativa de 600 quilometros necessitando uma parte de traça-do novo; ligação ferroviária até o Porto do Açu, que hoje representa a maior infraestrutura portuária do país; discutir com a classe in-dustrial o que pode acontecer com projeto estrutural e ações reativas; debate com a classe política pelo fato de ser este um ano de eleições, evidenciando que a necessidade de elaborar esta agenda para que o Estado em especial e, também, o Brasil, volte a crescer.

Impedir a ocupação irregular, em especial nas áreas industriais e seus entornos, sistema de saneamento ambiental, educação e qualificação de mão de obra com implantação de

programas voltados para melhoria do nível de escolaridade e de qua-lidade do ensino, dentre outras su-gestões, foram debatidas. Edmilson Gonçalves - que junto com Marcelo Reid (Merrel), Luiz Vieira e Claudio Matos representaram a Comissão Municipal da Firjan de Macaé - su-geriu que fosse incluído também a qualificação política e social no en-sino e Merrel pediu que a duplica-ção da RJ-106 - rodovia Amaral Pei-xoto, fosse até São Pedro D´Aldeia, para acaber com os constantes con-gestionamentos ao longo da estrada que leva até ao aeroporto de Cabo Frio, utilizado pelas empresas da indústria do petróleo.

Eduardo Eugênio Gouvêa Viei-ra declarou que agora a Firjan vai atuar junto à Câmara dos Deputa-dos, para que o projeto aprovado no Senado seja também votado sem alterações, visando que o processo legislativo seja encerrado e sancio-nada a lei que objetiva incentivar os investimentos na indústria de petróleo, gás e naval.

O DEBATE

Eduardo Eugênio participou de encontro com empresários do Norte Fluminense

O DEBATE

Comissão Municipal da Firjan foi representada pelo presidente, Marcelo Reid

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 6 e segunda-feira, 7 de março de 2016

BAIRROS EM DEBATE Jardim Franco Plaza e Garden

Infraestrutura precária é alvo de reclamações Moradores do loteamento Jardim Franco Plaza e Garden pedem uma atenção maior do poder público

Marianna [email protected]

O Bairros em Debate tem co-mo objetivo mostrar toda semana a situação de um

determinado lugar na cidade, levantando os problemas de in-fraestrutura e também apontan-do as melhorias que vêm sendo feitas.

Essa semana, a nossa equipe de reportagem volta ao Jardim Franco Plaza e Garden para conversar com os moradores. Segundo eles, poucas melhorias foram feitas desde a nossa últi-ma visita.

Esse bairro fica situado às margens da Avenida Industrial e do Canal Macaé-Campos. O loteamento, que tem cerca de 10 anos de existência, é atualmente lar para mais de 2.200 pessoas, que cobram das autoridades me-lhorias.

Apesar do valor pago em im-postos todos os anos, os morado-res dizem se sentir abandonados quando se trata de investimen-tos no bairro. O Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, mais conhecido como IPTU, tem como objetivo gerar uma arrecadação de verbas pa-ra o município, sendo revertido em melhorias no local, mas aqui esse retorno parece não existir.

FOTOS: KANÁ MANHÃES

Falta de infraestrutura é questionada pelos moradores que pagam seus impostos em dia

Galerias estão sem manutençãoNo último Bairros em De-bate realizado no local, os mo-radores pediam a manutenção na rede de esgoto. Segundo eles, todo dejeto é despejado sem ne-nhum tipo de tratamento em um córrego, que está situado dentro do terreno da prefeitura.

“A rede está toda entupida. No dia 17 de agosto de 2015 eu fiz uma solicitação na secretaria de Serviços Públicos para que fos-se feita a manutenção em todo o bairro. Inclusive, enviei um ofí-cio ao prefeito. Só que até agora ninguém apareceu. Enquanto isso, os dejetos estão retornan-do para as ruas, isso quando não é despejado sem tratamento no

córrego”, relata Dilson Jordão, presidente da Associação de Moradores do bairro.

Segundo ele, a Odebrecht Ambiental tem sido solícita à comunidade, no entanto, a prefeitura não tem feito a parte dela. “Quando a gente precisa, nós ligamos para a empresa e ela vem em poucas horas resol-ver a situação. Só o governo mu-nicipal que não tem atendido o nosso bairro”, diz.

No último Bairros em De-bate, em outubro de 2015, a Empresa Pública Municipal de Saneamento (Esane) informou que existe um Termo de Ajusta-mento de Conduta (TAC) entre

os proprietários do loteamento e a prefeitura.

Na época, ela informou que, segundo o documento, a MRV deveria entregar no dia 5 de novembro à ETE que trataria o esgoto do Jardim Franco e os prédios do condomínio. Com relação ao esgoto a céu a aber-to, uma equipe da prefeitura iria até ao local para verificar a situação, o que não aconteceu.

O mesmo pedido está sendo feito em relação às galerias plu-viais. “A água não tem para onde escoar devido a falta de manu-tenção. O bairro sempre alaga quando chove por conta disso. É um transtorno”, afirma Dilson. Esgoto corre a céu aberto em terreno da prefeitura

Pavimentação de algumas ruasA falta de pavimentação tem gerado problemas de aces-sibilidade em alguns trechos do bairro. Moradores enfrentam no seu cotidiano lama, poeira e buracos para se deslocar.

Já na Rua Edelto Barreto Antunes, a Nova Cedae abriu há mais de um ano o pavimen-

to para a implantação da rede de água. Contudo, a prefeitu-ra, que deveria fazer o reparo nunca apareceu para realizar o serviço. “Sem manutenção, o jeito é andar sobre os buracos. Mas não é só ali. Todas as ruas do loteamento estão em estado deplorável”, diz Dilson.

Lama e alagamentos prejudicam a acessibilidade no bairro

Ruas sem iluminação públicaA falta de iluminação pública acarreta vários transtornos para a população. Quem tem sentido isso na pele são os moradores do Jardim Franco, que continuam reclamando da escuridão em al-gumas ruas, o que tem aumenta-do o medo de quem vive ou passa por ali.

A situação mais crítica fica nas ruas do primeiro e do segundo prolongamento do bairro. Em algumas delas, só existe o poste, mas todos sem o braço de luz. Os moradores contam que mesmo sem ter acesso ao serviço, a taxa de iluminação pública é cobrada todo mês.

A associação de moradores che-gou a fazer uma lista dos pontos críticos. Falta rede de extensão nas seguintes vias: Rua Kléber Guima-rães, Rua Carlos Edmundo Azeve-do Aurich (antiga 42), Rua Edelto Barreto Antunes (antiga 17) e na Rua Augusto Carlos Curvello (an-tiga 44).

Já a falta de braços de iluminação atingem os seguintes logradouros: Rua Edelto Barreto Antunes (anti-ga 17) e na Rua Augusto Carlos Cur-vello (antiga 44), Rua Virgílio Pedro de Moienoa Bastos (antiga 21), Rua Lêda Maria de Figueiredo Bastos (antiga 23), Rua Wilson Carlos de Azevedo dias (antiga 24) e Rua Abe-nor César Pinto (antiga 27).

Ruas ainda não contam com iluminação pública

Com medo, muitos moradores acabaram colocando lâmpadas nas portas de suas residências pa-ra amenizar a situação. “Teve um morador da Rua 44 que precisou entrar na justiça para conseguir que instalassem a iluminação perto da casa dele. As pessoas reclamam porque à noite isso aqui fica um breu, o que aumenta a inseguran-ça no bairro”, reclama o presidente.

Segundo a subsecretaria de Ilu-minação Pública, a instalação da rede de extensão, bem como de braços de luz, é de responsabilida-de do loteador, conforme Código de Urbanismo do município.

LOCAL NÃO TEM ÁREAS DE LAZER

Sem opção de lazer, crianças e adolescentes do Jardim Franco são obrigados a brincar no meio da rua, sem nenhum tipo de seguran-ça. Nas ruas as opções de brincadei-ras acabam se tornando perigosas e põem em risco a vida das pessoas.

De acordo com Dilson, existe uma grande área da prefeitura que seria destinada para o lazer e a edu-cação. Apesar de existir o projeto, até hoje nada saiu do papel. Onde a população deveria aproveitar os momentos livres, serve hoje só para

acumular lixo e mato. “Há anos a gente briga para que

esse terreno seja transformado em uma área de lazer. A prefeitura chegou a fazer a limpeza parcial dele, mas não concluiu. Com isso, alguns moradores, possivelmente revoltados, atearam fogo. Foi aqui que há cerca de um ano ocorreu aquela tragédia das adolescentes que foram estupradas e mortas”, relata o presidente do bairro.

A secretaria de Serviços Públicos informa que a construção de área de lazer ainda não está prevista. Quanto à limpeza, foi realizada essa semana um mutirão no bairro.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 6 e segunda-feira, 7 de março de 2016 9

Geral Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE) encerra primeiro curso na Cidade Universitária

NOTA

PRÉVIAS

PR lança pré-candidato a prefeito em Macaé: André LongobardiEmpresário trilha caminhada política com a bandeira da renovação na gestão dos poderes

“Brincar com a fragilidade da população é cometer um estelionato eleito-

ral”. A afirmativa de impacto é ca-paz de traduzir o que o empresário André Longobardi tem ouvido nas ruas, e em reuniões organizadas com um objetivo claro e definido: compartilhar um sentimento que move o seu projeto político focado nas eleições municipais deste ano.

Desde que assumiu a comissão municipal do PR, André tem de-senvolvido e compartilhado uma experiência pessoal com outras lideranças sociais, comunitárias e sindicais do município, uma re-lação que tem auxiliado na cons-trução de uma proposta chance-lada pelo seu partido na semana passada.

Durante encontro regional, An-dré Longobardi foi lançado pelo PR como pré-candidato a prefeito de Macaé nas eleições deste ano, uma proposta sustentada dentro da li-nha que mais cresce na política ma-caense atualmente: a de oposição.

“O governo perde para ele mes-mo, ao não cumprir o que prome-teu, criando falsas esperanças, aproveitando a carência da socie-dade que cresce a cada dia”, disse.

Empresário do ramo offshore, André tem 40 anos e a formação profissional de engenheiro do pe-tróleo. Membros de uma das famí-lias pioneiras do segmento na cida-de, André apresenta o seu nome à sociedade macaense como forma de construir uma proposta de re-novação, baseada na realidade dos fatos e na transparência.

“A crise não é financeira ou or-çamentária, mas sim de gestão. As prioridades hoje da administração pública não são as mesmas que as da população. E isso está claro em nossa cidade”, aponta.

Entrevistado por O DEBATE, nesta semana, André explicou que surgiu a proposta da pré-candida-tura e falou sobre o que espera dos próximos dias que virão até a deci-são das urnas.

A FAMÍLIA LONGOBARDI É MUITO CONHECIDA EM MACAÉ DEVIDO AO SEU EMPREENDEDORISMO, ADOTANDO A CIDADE COMO MUNICÍPIO DO CORAÇÃO HÁ QUASE 40 ANOS. ULTIMAMENTE SEU NOME TEM SIDO MUITO RELACIONADO APAUTAS POLÍTICAS. AFINAL, VOCÊ TEM PRETENSÕES POLÍTICAS?

Sim, todos temos pretensões po-

líticas, pois vivemos em sociedade. Partidariamente, estou na presi-dência do Partido da Republica - PR em Macaé. Como você disse, nosso nome tem sido relacionado pela população macaense nas pau-tas políticas, o que fez com que a di-reção estadual do PR decidisse pela candidatura própria nas próximas eleições. Assim, no último Encon-tro Estadual, o partido lançou ofi-cialmente nossa pré-candidatura. Desta forma, aceitamos o desafio, e já estamos trabalhando na estru-turação do partido, na formação de uma boa nominata para elegermos vereadores, além de planos e pro-postas a serem apresentadas no tempo certo, respeitando o calen-dário eleitoral, visando a constru-ção de um novo momento político para nossa cidade.

DE ONDE SURGIU ESSE SEU DESEJO DE INGRESSAR NA POLÍTICA, LOGO NUMADISPUTA PARA O CARGO DE PREFEITO NUM MOMENTO POLÍTICO TÃO CONTURBADO?

De origem familiar simples, nos-sa criação foi baseada na formação ética e moral. Dentre as nossas conquistas, a que mais nos orgu-lhamos é o respeito e confiança de todos que estavam ao nosso redor. Assim sendo, nossos valores e prin-cípios contribuíram para 2 coisas: Condicionar-nos a desenvolver um elevado espírito público, de valo-rização social; Fazer-nos cidadãos conscientes, sabedores da impor-tância da busca do conhecimento em ciências políticas.

Tanto eu, quanto outros mem-bros da minha família, participa-mos ativamente da história socio-política da cidade. Nossos projetos sempre foram baseados em 3 coi-sas: Pessoas, Qualidade de vida e Desenvolvimento sustentável.

Entendemos que a POLÍTICA, se utilizada de forma ética e moral, pode transformar a vida das pesso-as, das famílias e grupos sociais.

POR QUE SEGUIR ALINHA DE OPOSIÇÃO?

Nossa intenção com a política nunca foi - e nunca será - fazer dela profissão, pelo contrário, en-xergamos os mandatos como opor-tunidade de servir a sociedade, que deveria ser, de fato e por direito, a grande beneficiária de todas as nossas riquezas.

É notório que a crise atingiu a indústria offshore, que por con-sequência afetou a economia e a população da cidade. Daí, começa

DIVULGAÇÃO

André Longobardi foi lançado pelo PR como pré-candidato a prefeito de Macaé

uma grande contradição, já que vivemos numa cidade com orça-mento bilionário, uma cidade ri-quíssima como poucas, mas com um povo sempre em crise, cada vez mais pobre e carente de dignidade e presença do poder público. Em Macaé, a desigualdade social é um "abismo", cujo cerne da questão não é a ausência de dinheiro, e sim a carência de uma boa GESTÃO dos recursos existentes.

De que adianta receber mais de R$ 2 bilhões todos os anos, e ao olharmos ao nosso redor a saúde, a educação, transporte público, se-gurança etc. experimentarem um verdadeiro caos?

Não temos saneamento básico, não temos água tratada, falta in-fraestrutura, qualquer chuvinha inunda a cidade por completo, etc. Para que tanto dinheiro recebido se existe um transporte público de péssima qualidade, hospitais lota-dos com equipamentos quebrados e falta de leitos? Uma cidade com belezas naturais valiosíssimas, mas nenhum programa voltado para o turismo, esporte, lazer, entreteni-mento, e ao contrário disso uma re-gião serrana com grande potencial, porém abandonada. O servidor pú-blico, que deveria ser o primeiro a ser motivado e valorizado, segue cada vez mais desrespeitado e per-seguido, como se fosse inimigo do município, e não servidor. E a segu-rança? Essa está entregue à sorte, pois a pobre cidade rica se tornou a

capital nacional do petróleo para o mundo que assiste pela TV, mas pa-ra os munícipes é a capital nacional da injustiça e desigualdade social.

NA SUA OPINIÃO, O QUE DEVERIA SER ALTERADO NAATUAL ADMINISTRAÇÃO?

Já até respondi anteriormente, mas o faço novamente. Se esti-vesse satisfeito, não proporíamos uma nova construção política no município, muito menos uma pré-candidatura.

Na nossa avaliação, o governo perdeu para ele mesmo, pois pro-meteram muito quando estavam em campanha, e não cumpriram quase nada. Prometeram quebra do monopólio na concessão do transporte público, prometeram a construção da nova rodoviá-ria, prometeram a duplicação da RJ106, a construção de uma nova ponte na Barra, a estrada de Santa Tereza, água tratada no prazo de 1 ano, tratamento ao paciente onco-lógico, novo terminal portuário, e muito mais. Ao invés de cumprir com as promessas de campanha, trocaram de partido, aliando-se ao PMDB, o qual tanto combateram em campanha, e lotearam secre-tarias com vereadores. Tiveram alguns acertos, mas que se torna-ram mínimos mediante tantos equívocos e promessas não cum-pridas. A Região Serrana de Macaé está largada, aparelhos públicos como Parque da Cidade, Ginásio

Poliesportivo, Terminais Rodovi-ários estão sucateados por falta de atenção, e o VLT apodrecendo no tempo. Esses são alguns pequenos exemplos da falta de gestão, que prioriza o custeio de campanhas publicitárias caríssimas e abusa de ações demagógicas como abdicar do salário de prefeito.

E SE VOCÊ FOSSE O PREFEITO, QUAIS SERIAM SUAS PRIORIDADES CONSIDERANDO O CENÁRIO CRÍTICO QUE ACIDADE VIVE?

Estamos ouvindo a sociedade e elaborando um plano a ser apre-sentado em breve, mas posso lhe adiantar que o DIÁLOGO será nossa grande marca. Independen-te de crise ou cenário, o mandatário deve ter sempre a consciência que é representante do povo, e nada mais. Portanto, é um servidor da sociedade.

Precisaremos implementar po-líticas públicas sustentáveis, pau-tadas em princípios de inclusão e cidadania, visando consolidar a cultura da democracia e participa-ção popular.

Isso será possível à medida que conciliarmos Gestão e Planeja-mento à administração pública, principalmente na condução de políticas públicas em áreas sociais, como educação, saúde, habitação, previdência, saneamento, assis-tência social, transporte, esporte, cultura, dentre outros.

A verdade é que cada vez mais a população precisa da presença do poder público, que por sua vez está cada vez mais distante da so-ciedade.

Nossa proposta é oferecer para Macaé um modelo político que inclua uma gestão eficiente, on-de o "lucro" não seja dinheiro na conta ou nos cofres do governo, e sim políticas públicas que resul-tem em ganhos à sociedade. Essa riqueza toda tem que ser melhor gerida, e o povo deve ser o centro de toda e qualquer ação que envol-va o município.

JÁ QUE ESTÁ SE INICIANDO NA POLÍTICA, POR QUE NÃO SE CANDIDATA A VEREADOR PRIMEIRO?

Somos um grupo, onde temos muitos pré-candidatos a vereador, com perfis diferenciados, bandei-ras distintas e com muita repre-sentatividade. Não tenho dúvida alguma que elegeremos vereado-res e conduziremos o mandato a muitas mãos, pois nosso partido é um grupo político com unidade, e essa unidade não se deu a partir de nossas escolhas, e sim de nossas causas.

Não temos um projeto de poder, e sim o desejo de contribuir na construção de um novo momento para Macaé. Esse grupo acredi-ta que meu perfil é de executivo, minha expertise é gestão, por isso optamos pela pré-candidatura a prefeito em 2016.

VOCÊ ACREDITA QUE HÁ ESPAÇO PARA UM DISCURSO DE OPOSIÇÃO?

Não tenho dúvidas. Hoje nosso grupo político já repercute em toda cidade. O povo espera, ansiosamen-te, por uma renovação de verdade, e os indicadores mostram que nas próximas eleições irá rechaçar toda e qualquer candidatura que repre-sente continuísmo ou ligações com partidos e políticos envolvidos em escândalos responsáveis pela crise atual do país.

QUAIS SÃO AS VITÓRIAS ENCONTRADAS NESTE NOVO CAMINHO?

Muita coisa. Mas, por ora, gosta-ríamos de agradecer toda a equipe do jornal O Debate pela oportuni-dade dessa entrevista.

Agradecemos também a todos os amigos e componentes do nosso grupo político, que nos incentivam e apoiam nessa luta por uma cidade melhor.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, domingo, 6 e segunda-feira, 7 de março de 2016

BICICROSS

Atletas são destaque em campeonato em Muriaé

No último dia 28, a equipe da Associação Macaense de Bicicross (AMB) participou do Campeonato Mineiro em Muriaé (MG). Ao todo foram 15 medalhas, sendo 12 de-las de crianças e jovens do Projeto Macaé Pró-Bike e as outras três de atletas profissionais.

“Levamos representantes do nosso município, que mais uma vez mostraram o seu potencial. Dentro de todas as categorias, conseguimos colocar atletas em quase todas elas. E na maioria tivemos medalhistas. Foi uma experiência muito boa. Saímos de Macaé em comboio. Os familiares apoiaram. Gostaria de agradecer a todos os parceiros do projeto que viabilizaram isso e aju-daram as crianças”, frisa o diretor da AMB, Daniel Pereira de Castro.

Os classificados: Categoria Da-mas 11 e 12 anos - Maria Clara Uchoa (1º lugar); Boys até 10 anos- Miguel Bernardo de Oliveira (1º lugar), Samuel Lessa (2º lugar); Boys até 7 anos - Miguel Oliveira (1º lugar), Enzo Gabriel Pinheiro (2º lugar); Boys 9 anos- Caiqui Abreu (1º lugar); Boys 10 anos- Matheus Freitas Rodrigues (3º lugar), Ga-briel Santos Silva (5º lugar) e Ga-briel Figueiredo (6º lugar); Boys 11 anos- José Jerez (2º lugar), Sillas Andrade (3º lugar); Boys 12 anos - Daniel Azevedo (2º lugar); Boys 13 anos - Vinícius Silva (1º lugar), Islan Hitler Paciência Alves (4º lu-gar); Boys 14 anos - Ryan Campos (2º lugar), João Pedro Pinheiro (6º lugar); Adulto 25-29 anos - Gui-lherme Rocha Fonseca (2º lugar), Eduardo Oliveira Jandre (3º lugar); Adulto 30+ - Pablo Sebastian Rodri-guez (5º lugar); Cruiser 35-39 anos - Jorge Gomes da Silva (3º lugar).

As próximas competições agen-dadas são: 2ª etapa da Copa Br de BMX em Manhuaçu (MG) nos dias 14 e 15 de maio. Antes disso, eles vão participar da 3ª etapa da Copa Ma-caé BMX Race, no dia 24 de abril, na pista do Parque Aeroporto.

Associação Macaense levou representantes de projeto social e também do profissional

“Estamos tentando ir para a 3ª etapa da Copa Brasil de BMX em Palmas (TO) nos dias 25 e 26 de junho. Queremos levar alunos do projeto e também os profissionais para representar a nossa cidade em uma competição nacional. Pa-ra isso, dependemos de ajuda para pagar a viagem, alimentação, hos-pedagem, enfim, quem puder nos ajudar entre em contato”, enfatiza Daniel.

Os interessados podem ligar pa-ra os números: (22) 99600-9037 (Daniel) ou 99722-3653 (Eduardo - Presidente).

CONHEÇA O PROJETO

Como o esporte tem um forte papel de inclusão social dentro de uma comunidade, a AMB criou o Projeto Macaé Pró-Bike, que ofe-rece à população uma escolinha na pista do Parque Aeroporto. As au-las, que são gratuitas, são voltadas para crianças e adolescentes de seis a 16 anos.

Para participar, basta que os responsáveis legais apresentem os documentos dos alunos (CPF, car-teira de identidade e comprovante de residência) e um documento de identificação do menor. Isso deve-rá ser feito no local onde acontece a escolinha nos seguintes dias e horá-rios: segunda, quarta e sexta-feira, das 8h30 às 11h ou das 12h às 17h, ou aos sábados, a partir das 15h.

Essa iniciativa tem como fina-lidade contribuir para a formação esportiva e educacional de crian-ças e adolescentes no município, afastando-as das drogas e da cri-minalidade.

Através dele, busca-se priorizar valores construtivos como o com-panheirismo, o autocontrole e o respeito às regras. Além disso, o projeto contribui para redução da evasão escolar e melhor desem-penho dos alunos, aprimorando o nível de concentração.

A pista da prova está situada na Rua Dr. Benedito Carlos Ferreira, no trecho final da antiga Rua 4, no Parque Aeroporto. A Associação Macaense de Bicicross foi criada em 2005 e, desde então, promove o incentivo à modalidade na cidade.

WANDERLEY GIL

Projeto Pró-Bike oferece aulas gratuitas para jovens de 6 a 16 anos

PERIGO

Caixas d'água sem tampa viram focos do AedesMoradores da Águas Maravilhosas relatam que há anos convivem com o problema na comunidadeMarianna [email protected]

Como solução para o pro-blema da falta d'água em Macaé, nos bairros

e comunidades que não são contemplados com a rede, o abastecimento é feito por meio de reservatórios. Só que o que deveria servir como uma solução emergencial para a população dessas localidades pode estar contribuindo com a proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus.

Na comunidade Águas Ma-ravilhosas, que é uma das áreas mais carentes de infraestrutura no município, as caixas d'água comunitárias estão se tornando focos para o mosquito. De acor-do com os moradores, apesar de o abastecimento ser feito regu-larmente, quatro delas perma-necem sem tampa há anos.

Além de prejudicar a qualida-de da água que é fornecida para o consumo humano, uma vez que pode misturar com a chu-va e resíduos, tal situação é uma afronta à política de combate ao vetor das três doenças.

Chamou a atenção da nossa equipe o relato dos moradores, que informaram que o traba-lho preventivo do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) é regular dentro da comunida-de. No entanto, os reservatórios da prefeitura continuam sendo “ignorados” pelo poder público.

“Os agentes de combate a en-demias estão sempre presentes, conversando com a gente, vis-toriando as casas. Até o carro verde do combate ao Aedes já esteve aqui. Só que eles fazem vista grossa no que se refere a essas caixas. Eles até chegam a

colocar remédio dentro deles, só que isso é uma medida que não faz efeito, pois a troca da água ali é constante. O ideal é que elas sejam tapadas. Seria muito mais barato e evitaria um grande desperdício de dinheiro público”, sugere o morador Gu-temberg.

Vale ressaltar que, no início de fevereiro, durante o "Bairros em Debate", essa foi uma das solicitações feitas pela popula-ção, inclusive pela própria As-sociação de Moradores. Apesar do apelo, nenhuma providência foi tomada até o momento.

Enquanto isso, o número de casos de dengue só cresce. “Só no entorno dessa caixa d'água já houve relatos de que oito fa-

mílias tiveram a doença recen-temente. Isso sem contar os casos que não são divulgados. A prefeitura precisa entender que quando ela atua de maneira efetiva na prevenção, ela evita gastos maiores com a saúde”, sugere Gutemberg.

Procurada, a prefeitura in-formou que a manutenção preventiva das caixas d’água comunitárias do município é feita, diariamente, no ato do abastecimento. A limpeza é realizada mensalmente. O Instituto Macaé de Ciência e Tecnologia (IMCT) faz a aná-lise da qualidade da água para certificar que o produto está chegando em boas condições nas caixas.

AJUDE A DENUNCIAR

A população pode continuar ajudando o jornal O DEBATE no sentido de identificar os possíveis criadouros do mos-quito. As denúncias podem ser feitas pelo WhatsApp. Para par-ticipar, basta entrar em contato pelo telefone (22) 99731-1955 e enviar uma mensagem com no-me completo, lugar onde mora e data de nascimento, além da reclamação, fotos e/ou vídeos. Caso deseje, sua identidade não será divulgada na reportagem.

A notificação desses possíveis focos também deve ser feita à prefeitura por meio dos nú-meros (22) 2796-1186 ou 0800-022-6461.

KANÁ MANHÃES

População ressalta que agentes do CCZ visitam a comunidade, porém a prefeitura não toma providências

Educação abre inscrições para formação continuada

ENSINO

Cursos são oferecidos para profissionais que atuam na rede municipal

Estão abertas as inscri-ções para os cursos de Forma-ção Continuada, que visa favo-recer os profissionais da rede municipal. Os módulos que serão ministrados no Centro de Formação Carolina Garcia, que funciona na sede do Colé-gio Municipal Professora Ma-ria Isabel Damasceno Simão (Centro e no Núcleo de Tecno-logia Municipal da Secretaria de Educação) serão oferecidos para educadores, técnicos, ges-tores e auxiliares.

Os interessados devem se ins-crever até três dias da data que antecede os módulos. As inscri-ções estão sendo recebidas pelo endereço eletrônico formacao-macae.wix.com/formação ou na sala 220 da sede da Secretaria de Educação, das 9h às 17h, situada à rua Antero Perlingeiro, 402. A programação que é direcionada para os que atuam na rede mu-nicipal vai acontecer a partir de quarta-feira (9).

O objetivo da Secretaria de Educação é reforçar as práticas pedagógicas daqueles que atu-am nas unidades municipais. Um dos destaques é o curso “Censo Escolar”. O programa, que começa no dia 16 deste mês, contará com aulas presenciais e a distância até o mês de abril. O curso, que vai acontecer na se-de do NTM, tem a finalidade de apresentar orientações quanto ao sistema do censo escolar, que visa levantar dados individuali-zados de cada estudante, profes-

sor, turma e escola do país, tanto das redes públicas - em âmbito federal, estadual e municipal - quanto da rede privada.

A programação também con-ta com os cursos firmados por meio da parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O Gover-no Federal disponibiliza a for-mação continuada presencial e a distância com o objetivo de fazer chegar, de maneira rápi-da e eficiente, a informação a todos os gestores municipais e escolares, técnicos e profissio-nais de educação, conselheiros educacionais, legisladores e comunidade sobre a execução e aplicação dos recursos desti-nados à educação. Um dos cur-sos será o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que vai acontecer a distância, e pre-

sencialmente, nos dias 9 e 31 de março e 14 abril, no laboratório do NTM.

A lista conta, ainda, com o módulo “Educação afetiva: Heterogênese urbana escolar”, que vai acontecer no NTM e se-de da Funemac, sendo dirigido para profissionais da educação e comunidade escolar como pais e familiares dos alunos. No dia 22 deste mês começa o curso “ Deficiência auditiva-surdez” que se estende no dia 29.

NTM- A rede municipal tam-bém está com inscrições abertas para cursos voltados à tecnolo-gia digital. O cadastro pode ser feito até o dia 10 (quinta-feira) pelo endereço <ntmmacae.com>. O cronograma de mó-dulos começa no dia 14 deste mês, e terá início com “Intro-dução a Educação Digital com

ênfase em recursos virtuais”. A programação, que se esten-de no dia 18 deste mês, seguirá até novembro com encontros mensais no NTM. No dia 15 deste mês será ministrado, via plataforma Moodle, o módulo “ Uso ético, seguro e legal da tec-nologia: Desafios da Educação na Era digital”. A programação será voltada para profissionais da Educação e professores que atuam junto às turmas de 6º ao 9º ano.

A partir do dia 15 deste mês também vai começar o módulo “Mediação pedagógica com a web 2.0”. A programação que será pela modalidade a dis-tância também terá encontro presencial. A formação dos educadores também está com inscrições abertas para os mó-dulos “Introdução à Educação Digital com ênfase em recursos digitais”, com início no dia 18 deste mês, além de “Mídias na Educação”, que começará no dia 31 deste mês.

De acordo com o Secretário de Educação, Guto Garcia, a re-alização dos cursos tem como objetivo contribuir com a troca de experiências, consideradas significativas para os profis-sionais, que atuam no ensino municipal. “Os módulos que serão ministrados seguem a proposta de levar maior co-nhecimento aos participantes no sentido de como tratar com os programas federais”, ressal-tou. Ele acrescentou que a co-ordenação da Formação Con-tinuada organizou uma grade de cursos específica, visando reforçar o processo de ensino junto aos profissionais da rede municipal.

WANDERLEY GIL

Secretário de Educação, Guto Garcia, afirmou que proposta é qualificar e atualizar profissionais da rede

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 6 e segunda-feira, 7 de março de 2016 11

SERVIÇO

Detran retoma Vistoria ItineranteMotoristas poderão recorrer a serviços em municípios vizinhos como Rio das Ostras e CarapebusGuilherme Magalhã[email protected]

Devido a dificuldade em agendar atendimento no posto fixo do Detran

na cidade, em março, uma alter-nativa para os motoristas volta a ser a ‘Vistoria Itinerante’, que até o próximo dia 30 passará por diversos municípios do Norte Fluminense, oferecendo vários tipos de serviço.

Segundo o calendário do De-tran, na região, o serviço alter-nativo começará a ser oferecido por São João da Barra, nesta se-gunda-feira (7). Na quarta-feira

(9), será a vez de Silva Jardim. Já no dia 14 o atendimento aconte-ce em Rio das Ostras.

Na terceira semana de circui-to do posto itinerante do órgão este mês, o serviço vai para São Francisco do Itabapoana, no dia 15, onde permanecerá até o dia 17. Nesse meio tempo, no dia 16, Quissamã também rece-berá atendimento. Em seguida, no dia 17, a Vistoria Itinerante chega a Carapebus; no dia 18 a Conceição de Macabu e São Fi-délis e no dia 21, volta a São João da Barra e Silva Jardim.

Por fim, na última semana de março, o posto de Vistoria Itine-

rante retorna a todas as cidades: São João da Barra e Quissamã (28); Carapebus (29) e Concei-ção de Macabu (30).

Conforme informações ce-didas pelo próprio Detran, o atendimento nas unidades iti-nerantes deverá ser agendado estritamente por meio do site oficial do órgão (www.detran.rj.gov.br). Os serviços ofereci-dos serão licenciamento anual, transferência de propriedade, transferência de município, transferência de jurisdição, 2ª via de CRV, inclusão e baixa de alienação, além de alteração de características.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé, domingo, 6 e segunda-feira, 7 de março de 2016