jornal Edição do Brasil

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Belo Horizonte/Brasília 13 a 20 de maio de 2012 1515 R$ 1,00 www.jornaledicaodobrasil.com.br RAPHAEL Castro sugere cautela na hora da compra on-line Incremento de voos para o interior amplia o turismo de negócios em Minas Gerais A economia aquecida leva os empresários a serem mais otimistas na hora de promover investimentos em diversos setores. Em Minas, há sinais positivos diante da recente decisão das companhias aéreas de aumentar o número de voos para diferentes regiões do Estado, incre- mentando o turismo de negócios na Capital e também nas cidades beneficiadas com as novas rotas. A Trip já faz, diariamente, conexão com 80 destinos diferentes do interior. Por seu turno, a Azul Linhas Aéreas tem voos regulares para Uberaba, Juiz de Fora, Ipatinga, entre outros. Economia – Página 4 A assessoria do Tribunal de Contas confirmou que não está investigando a Prefeitura de Montes Claros. Seus fiscais que lá estiveram recentemente foram requisitados pelo Ministério Pú- blico. Isto reforçou a tese do prefeito Tadeu Leite, de que ele está sendo perseguido por grupos políticos rivais, interessados em desgastá-lo perante o povão, em época de pré-campanha eleitoral. Política – Página 3 As mulheres devem prestar atenção na recomendação feita pelo médico João Henrique Reis. Para ele, um nódulo nos seios nem sempre significa que a paciente esteja com câncer. Vida – Página 8 Espertalhões continuam aplicando o golpe do e-mail A inda existem milhares de brasileiros que caem no golpe do e-mail falso, cuja frequência maior recai sobre as mensagens em nome de empresas renoma- das ou instituições financeiras. O especialista em segurança da informática, Raphael La- baca Castro, alerta: “Fique atento. Se você não se inscreveu para receber informações e mesmo assim tem acesso a ofertas de de- terminada empresa, você pode estar sendo vítima de um golpe”. Cidades – Página 9 Fiador garante bons negócios imobiliários O aquecido mercado de locação de imó- veis e sua liquidez continuam sendo possí- veis graças aos fiadores, considerando que o seguro-fiança e a garantia-caução não são muito usados no dia-a-dia dos belo- -horizontinos e brasileiros em geral. Segundo o advogado do Sindicato dos Corretores de Imóveis, Ricardo Portugal, a Lei do Inquili- nato nem sempre é seguida ao pé da letra, na hora de se fechar um negócio, diante da preferência dos proprietários em assinar os contratos baseados nas fichas dos avalistas. Opinião – Página 2 Prefeito de Montes Claros ataca adversários políticos Divulgação TADEU Leite falou à imprensa de BH Caroço no seio nem sempre é câncer JEditorial Setor mineral investirá US$ 75 bilhões até 2016 Ao participar do 14º Prêmio Excelência da Indústria Mine- ro-Metalúrgica Brasileira, o empresário Fernando Coura, presidente do Sindiextra e do Ibram, confirmou a recente decisão do setor mineral bra- sileiro de rever os valores dos investimentos a serem feitos, que serão, agora, de US$ 75 bilhões, de 2012 a 2016. Economia – Página 5 FERNANDO Coura prestigiou o evento da Revista Minérios e Minerales Divulgação Agência Ideal Divulgação

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de 13 a 20 de maio de 2012

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B e l o H o r i z o n t e / B r a s í l i a 1 3 a 2 0 d e m a i o d e 2 0 1 2 N º 1 5 1 5 R $ 1 , 0 0

w w w . j o r n a l e d i c a o d o b r a s i l . c o m . b r

RAPHAEL Castro sugere cautelana hora da compra on-line

Incremento de voospara o interior

amplia o turismode negócios

em Minas GeraisA economia aquecida leva os

empresários a serem mais otimistas na hora de promover investimentos em diversos setores. Em Minas, há sinais positivos diante da recente decisão das companhias aéreas de aumentar o número de voos para diferentes regiões do Estado, incre-mentando o turismo de negócios na Capital e também nas cidades benefi ciadas com as novas rotas. A Trip já faz, diariamente, conexão com 80 destinos diferentes do interior. Por seu turno, a Azul Linhas Aéreas tem voos regulares para Uberaba, Juiz de Fora, Ipatinga, entre outros. Economia – Página 4

A assessoria do Tribunal de Contas confi rmou que não está investigando a Prefeitura de Montes Claros. Seus fi scais que lá estiveram recentemente foram requisitados pelo Ministério Pú-blico. Isto reforçou a tese do prefeito Tadeu Leite, de que ele está sendo perseguido por grupos políticos rivais, interessados em desgastá-lo perante o povão, em época de pré-campanha eleitoral. Política – Página 3

As mulheres devem prestar atenção na recomendação feita pelo médico João Henrique Reis. Para ele, um nódulo nos seios nem sempre signifi ca que a paciente esteja com câncer. Vida – Página 8

Espertalhões continuamaplicando o golpe do e-mail

A inda existem milhares de brasileiros que caem no golpe do e-mail falso, cuja frequência maior recai sobre as

mensagens em nome de empresas renoma-das ou instituições fi nanceiras. O especialista em segurança da informática, Raphael La-baca Castro, alerta: “Fique atento. Se você não se inscreveu para receber informações e mesmo assim tem acesso a ofertas de de-terminada empresa, você pode estar sendo vítima de um golpe”. Cidades – Página 9

Fiador garante bons negóciosimobiliários

O aquecido mercado de locação de imó-veis e sua liquidez continuam sendo possí-veis graças aos fi adores, considerando que o seguro-fi ança e a garantia-caução não são muito usados no dia-a-dia dos belo--horizontinos e brasileiros em geral. Segundo o advogado do Sindicato dos Corretores de Imóveis, Ricardo Portugal, a Lei do Inquili-nato nem sempre é seguida ao pé da letra, na hora de se fechar um negócio, diante da preferência dos proprietários em assinar os contratos baseados nas fi chas dos avalistas. Opinião – Página 2

Prefeito de Montes Clarosataca adversários políticos

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TADEU Leite falouà imprensa de BH

Caroço no seio nem sempre

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Setor mineral investirá US$ 75 bilhões até 2016

Ao participar do 14º Prêmio Excelência da Indústria Mine-ro-Metalúrgica Brasileira, o empresário Fernando Coura, presidente do Sindiextra e do Ibram, confi rmou a recente

decisão do setor mineral bra-sileiro de rever os valores dos investimentos a serem feitos, que serão, agora, de US$ 75 bilhões, de 2012 a 2016. Economia – Página 5

FERNANDO Coura prestigiouo evento da Revista

Minérios e Minerales

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13 a 20 de maio de 201222 EDIÇÃO DO BRASIL

ARTHUR LUIZ FERREIRA(Fundador do Edição do Brasil)

EUJÁCIO ANTÔNIO SILVADiretor-Responsável

Julho Editorial LtdaCooperativa de Comunicação Social

E D I Ç Ã O D O B R A S I L

ESCRITÓRIO CENTRAL - BELO HORIZONTEAV. FRANCISCO SÁ, 360 - PRADO

CEP 30.411-145TELEFONE: (0 xx 31) 3291-9080

Endereços Eletrônicos: [email protected]

[email protected]: www.jornaledicaodobrasil.com.br

EDITORIALO P I N I Ã O

Editado sob a responsabilidade de Julho Editorial Ltda. (C.003)

* Jornalista diretor da Rádio Jovem Panem Brasília – [email protected]

*José MariaTrindade

José Alves Neto

O fi ador continua garantindo a liquidez do mercado imobiliário. Quem garante isso é o responsável pelo setor jurídico do Sindi-cato dos Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Sindimóveis/MG), o advogado

Ricardo Portugal (foto). Ele explica a exclusão da impenhorabilidade de bens de família para os casos de fi ança em locação e analisa os aspectos positivos na mudança da Lei do Inquilinato. Ricardo Portugal recomenda cautela a quem decide assumir o papel de fi ador em contratos locatários. “O fi ador tem que ter consciência que, quando resolve garantir um contrato de locação, está dizendo o seguinte: ‘Se ele não pagar, eu pago’. O sujeito se torna responsável pelos limites daquele contrato. Se o locatário não pagar, terá que assumir a dívida”.

Saúde brasileiravai muito mal...

A saúde pública brasi-leira está na berlin-da. Esta é a consta-tação feita por meio de pesquisas reali-

zadas em municípios espalhados pelos mais diferentes recantos do país. Da mesma forma, os planos de saúde estão sendo questionados em Minas e nos demais estados, pela ganância dessas empresas que aceitam um número maior de clientes do que seus hospitais e médicos conveniados podem suportar. Muitos pacientes esperam até três meses por um atendimento, a não ser que este usuário aceite pagar a consulta.

Sobre este tema, o parlamen-tar Délio Malheiros, presidente da Comissão de Defesa do Con-sumidor da Assembleia Legislati-va, já se manifestou. Ele é contra o controle quase exclusivo da Unimed em nosso Estado, agre-gando mais de 60% de todos os pacientes da saúde suplementar. O deputado denuncia a falta de capacidade da empresa quanto ao cumprimento dos contratos, pois há excesso de associados frente ao número irrisório de leitos contratados.

Voltando à sofrível saúde pública, uma recente pesquisa do Instituto Sensus aponta que 45,9% da população belo-hori-zontina não está satisfeita com o atendimento do SUS. Especia-lista no assunto, o advogado An-tônio Carlos Teodoro, presidente da ONG SOS Vida, alerta: “Além da falha no atendimento, existem outras reclamações, pois faltam medicamentos, profissionais au-xiliares e, principalmente, leitos”.

Segundo ele, o poder públi-co em geral precisa investir no setor, além de promover trei-namentos para os gestores dos programas de saúde pública no Brasil, ao invés de simplesmente repassar recursos às prefeituras.

Os administradores e po-líticos deviam visitar mais os postos de atendimento à popu-lação nas periferias das grandes cidades, especialmente nos fins de semana, para ver de perto o verdadeiro amontoado de pes-soas em busca de atendimento. Elas f icam espalhadas pelo chão em biombos improvisadas como leitos, em um sofrimento inimaginável para um país que se diz justo com as classes so-ciais menos favorecidas. Se no passado o SUS era a solução de tudo, agora ajuda apenas uma pequena parcela de pacientes.

Portanto, governo, parlamen-tares, gestores, médicos e outros especialistas terão que promover um novo debate sobre o tema “saúde”, que atinge milhões de brasileiros, inclusive os morado-res da Capital mineira.

Fiador garante liquidezdo mercado imobiliário

Gostaria que o senhor falasse sobre a importância da garantia fi de-jussória em um contrato de locação.

A garantia fi dejussória é exatamente a fi ança. A Lei do Inquilinato prevê três modali-dades de garantia: o seguro-fi ança, a fi ança e a garantia-caução. Vamos falar primeiro das que não são muito usuais, não são as melhores. O problema da garantia-caução é que está limitada a três vezes o valor do aluguel, ou seja, se você faz um contrato usando esse tipo de garantia, três meses es-tarão garantidos, mas, se por acaso, houver uma ação de despejo e o processo demorar mais que três meses, o resto do período es-tará desprotegido, razão pela qual não é uma

das melhores opções. O seguro-fi ança até ganhou alguma força, mas também não é o melhor, pois o custo ainda é alto. Os contra-tos das instituições fi nanceiras que garantem essa modalidade são capciosos, com muitos detalhes, ou seja, é uma garantia em que o locador tem que fi car muito atento, pois, se não conseguir cumprir uma das condições da seguradora, ele acaba perdendo essa garantia. Eu acredito que o fi ador ainda seja a melhor garantia, porque ele responde de acordo com as cláusulas contratuais, com o único bem que ele tem.

O fi ador ainda é quem garante a solidez nesse mercado?

Ainda é a melhor garantia, pois ele res-ponde inclusive com o bem dele, o bem de família. No caso do fi ador, não existe impe-nhorabilidade do bem de família, a lei exclui

textualmente a impenhorabilidade nesses casos de fi ança. Então, caso venha a ser necessário, ele responderá até mesmo com o único imóvel que tem.

Qual é a sua avaliação sobre essa nova Lei do Inquilinato?

Na verdade não é uma nova lei, é a antiga com algumas alterações. Nessa questão da fi ança, teve uma mudança que foi extrema-mente interessante para o mercado, pois esclarece uma questão que afl igia a todos, que é a do tempo de garantia dessa fi ança. Alguns anos atrás, determinados tribunais passaram a entender que o contrato de locação que passasse a vigorar em prazo indeterminado, quando acabado o prazo determinado em contrato sem aditivo contra-

tual prorrogado, teria sua garantia estendida até a entrega das chaves. Outros tribunais davam uma interpretação diferente disso. Essa alteração veio botar uma pá de cal nessa polêmica, pois mostra que mesmo no prazo indeterminado o fi ador continua dando garantia, salvo se ele pedir exoneração ao fi m do contrato. Ele tem a opção, quando cair o prazo determinado, de se exonerar da garantia. Ainda sim, ele fi cará responsável por mais 120 dias.

No caso de exoneração do fi ador, qual procedimento deve ser adotado para que não haja despejo ou cancelamento do contrato?

Tendo o fi ador se exonerado, o locador ganha o direito de notifi car o locatário para que ele apresente novo fi ador no prazo de

30 dias. Se ele não apresentar nesse prazo, o locador pode entrar com o processo de despejo.

Que orientações o senhor prestaria a um fi ador para que ele não caia numa “fria”?

O fi ador tem que ter consciência que, quando resolve garantir um contrato de locação, está dizendo o seguinte: “Se ele não pagar, eu pago”. O sujeito se torna responsável pelos limites daquele contrato. Se o locatário não pagar, terá que assumir a dívida. É importante ressaltar que ele não consegue se exonerar no prazo de validade do contrato, pode se exonerar depois, quan-do entra no chamado prazo indeterminado, mas durante o prazo que está no contrato

ele não vai conseguir. Está ligado naquilo como co-responsável, podendo ter que pagar com o único imóvel. Essa decisão de ser fi ador de alguém é muito delicada, e a pessoa tem que estar consciente sobre essa obrigação de arcar com a dívida, caso não o façam. É uma atitude que tem que ser muito bem pensada. Na prática, pelas ações que a gente realiza, vemos que na grande maioria dos casos quem acaba pagando é o fi ador.

O apagão da confi ança oua ética da malandragem

O grande capital da convivência social é a confi ança. Há quem diga que a evo-lução da espécie se deu pela confi ança. Ao começar a caçada cooperativa, os macacos pulavam de árvore em árvores sustentados pelas mãos dos outros caça-dores. Eles tinham confi ança total de que a mão que seguravam era fi rme. Muita gente vê aí o início do capitalismo. Se não houver confi ança nada funciona. Quando entramos num restaurante o que está sendo vendido além do prato é a confi ança de uma alimentação preparada com regras de procedência de alimentos e de higiene. Um carro não é vendido só pelo estilo e cor, mas pela crença de que os freios não falharão e que a direção é segura.

A política é assim também. A confi ança é a alma da vida política. A oposição está para criticar e os governistas defendem o governo, mas se a oposição defende o governo e os governistas traem o pro-cesso não vai adiante. Mas é que existem os governistas que votam contra e os da oposição que colaboram, mas dentro da confi ança e do “fi o do bigode”, como costumam dizer os astutos deputados que fecham acordos e costumam cumprir em plenário. Muitas disputas acirradas que o público assiste é teatro. Tudo foi combi-nado nos bastidores e até a briga estava dentro do que os dois lados planejaram.

O caso Demóstenes Torres, o ex-líder do DEM no Senado, que foi pego com inti-midades no esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira assusta por que ele passava confi ança de que era um parlamentar de-fensor da moralidade. Ele traiu o espírito de corpo da Casa. Vai pagar caro. Será cassado com uma unanimidade jamais vis-ta por aqui. Os 16 senadores do Conselho Ética foram favoráveis à cassação. Total, 15 votos, por que o presidente, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), por impedimento regimental, não votou, mas deixou claro que gostaria de votar. Proces-so aberto e o voto secreto no plenário do Senado vai defi nir quer Demóstenes Torres será cassado não por irregularidades, já que outros aqui cometeram irregularidades graves e continuam, mas por que traiu a confi ança.

É de dar dó o constrangimento de outros senadores que compartilhavam segredos de ações com Demóstenes, sobre atos de probidade. O senador Ran-dolfe Rodrigues, líder do PSOL, confessa desolado: “O Demóstenes que eu conhecia nunca existiu”. Ninguém se assusta com Paulo Maluf, que continua deputado, e outros que resistem fortemente, e nem com a deputada federal Jaqueline Roriz, fi lmada recebendo maços de dinheiro re-conhecidamente de origem ilegal. Para a ética da malandragem política, ela não traiu a confi ança de ninguém. Quem traiu foi o secretário Durval Barbosa, que contrariou a lógica e fi lmou a corrupção.

A confi ança é tão presente na vida de todos que a maior confi ança brasileira nem é contabilizada: o fi ado. Não aparece nas estatísticas do Banco Central, do Ministério da Fazenda, IBGE ou FGV, mas existe. Eu nunca vi o ministro da Fazenda ou secretário do Tesouro chamar a imprensa para divulgar números da economia para falar sobre o fi ado.

Geralmente os dados mostrados são sobre o meio circulante (moeda em espécie), emprego e desemprego, índice de infl ação, grau de endividamento do brasileiro, e até confi ança do empresa-riado, mas o fi ado não entra. Nem neste índice de endividamento. Mas é a con-fi ança pura o tal fi ado. Casos registrados de pessoas que fecham seus negócios e são procurados anos depois para quitar a cadernetinha sem nenhum valor legal, mas cheia de confi ança. Insiste o jornalista Rodolfo Torres que o fi ado é o verdadeiro sustentáculo da economia e não é medido por nenhuma entidade econômica. Como? O grau de confi ança da pessoa está ali. Se ele não compra fi ado na sua cidade, está desenganado como pessoa.

O Congresso Nacional está sem o fi ado. Não se confi a mais em ninguém. A desconfi ança constrange. Ninguém acima de suspeitas. O processo político está de-sarranjado e este foi o estrago maior entre os parlamentares neste caso Cachoeira. Para a população que assiste tudo de cima do muro nada muda, pois não confi ava mesmo em ninguém que seja eleito, muito menos no Demóstenes. Mas internamente o organismo está com problemas. A cassa-ção do senador Demóstenes Torres pode recuperar a confi ança interna para a volta dos acertos, esquemas e grupos. Será o famoso bode expiatório. Quando ele voltar para Goiás, hoje quase uma Gomorra, os senhores senadores sentirão o alívio da expiação dos pecados. Não os pecados da associação ao crime, mas o pecado da quebra da confi ança.

Page 3: jornal Edição do Brasil

13 a 20 de maio de 2012 33EDIÇÃO DO BRASIL P O L Í T I C A

V I G Í L I A SPetistas insatisfeitos sãocortejados pelo PMDB

Tércio Amaral

C omo política não é ciência exata, podem ocorrer

mudanças de última hora. Com isso, o hoje consolidado projeto de reeleição de Marcio Lacerda corre o risco de sofrer alguns reveses, como uma retirada de apoio dos tucanos, com caminhada em direção ao candidato do PV, deputado Délio Malhei-ros, um nome que nos últimos dias se tornou muito badalado pelo povão, como uma das alternativas para a PBH 2012.

Enquanto isto, o se-nador Aécio Neves, considerado pelos elei-tores da Capital como político mineiro com maior capacidade de transferir votos, está dando as cartas. Nos bastidores, ele incentiva uma articulação política mais completa, como forma de acomodar os diversos partidos de sua base.

Em Brasília, o ex--governador confessa aos amigos que esta-va ficando complica-do exigir que todos os partidos da aliança ao redor de Anastasia ca-minhassem juntos para a sucessão de Marcio Lacerda.

A partir desta cons-tatação é que o PV

decidiu apostar na can-didatura de Délio Ma-lheiros, podendo ter ao seu lado o Democratas e outros pequenos par-tidos. Também foi de-pois desta articulação do senador tucano que o deputado Eros Biondi-ni, do PTB, declarou-se candidato.

Agora, a grande car-tada da oposição fi ca por conta do PMDB. Se o nome escolhido for o do deputado Leonardo Quintão, pode ter ao seu lado o PR como vice, entre outras pos-sibilidades.

Ainda com relação ao PMDB, o senador Clésio Andrade, atual-mente um dos caciques do partido, tem dito a amigos o seguinte: “Há uma ala do PT insa-

tisfeita com o projeto Marcio Lacerda. Este grupo de dissidentes é liderado pelo vice-pre-feito Roberto Carvalho. Estes rebeldes estariam dispostos a fazer um trabalho pelos peeme-debistas, pois enten-dem que na aliança com o atual prefeito não teriam o menor espaço, em caso de vitória”.

Aí vem a especu-lação de políticos ex-perientes: trata-se do pragmatismo da políti-ca. Ou seja, para fazer este projeto de oposição tomar corpo, estariam juntos a militância petis-ta dissidente, atuando na periferia, o carisma do Leonardo Quintão e o apoio institucional do senador Clésio Andra-de, também presidente

da poderosa Confe-deração Nacional dos Transportes (CNT).

Até agora ninguém desmentiu a informa-ção vinda de São Pau-lo, indicando o moti-vo da última viagem do presidente do PT nacional, Rui Falcão, a Belo Horizonte, vi-sando enquadrar os petistas no sentido de fazerem aliança com o atual chefe do Executi-vo da Capital. Falcão, em contrapartida, exi-giu de Marcio Lacerda fi delidade dele e de seu partido em relação à candidatura da presi-dente Dilma Rousseff em 2014. Aí, a conver-sa vazou para o sena-dor Aécio Neves, que começou a atirar para todos os lados.

CLÉSIOAndrade tem

conversado com dissidentes petistas

Prefeito de Montes Clarosdenuncia perseguição política

Andreza Cruz

O prefeito de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite, convocou a im-

prensa mineira para uma coletiva, na última quarta--feira, dia 09, na Assembleia Legislativa, com o intuito de levar ao conhecimento da população o que está acontecendo em sua cidade, localizada no Norte de Mi-nas. Tadeu Leite falou para o Edição do Brasil sobre as razões dessa convocação.

“Como houve uma ação contra mim no Ministério Pú-blico Federal, parece que eu vim me explicar. Mas eu te-nho pouca informação sobre isso, nem citado eu fui. Eu vim mesmo fazer uma denún-cia, quero mostrar que existe um complô contra Montes Claros, envolvendo os seto-res do Governo do Estado, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e Polícia Federal, visando criar fatos espetaculosos para servir de manchete de jornal e prejudi-car minha campanha política.

Eles estão investigando, procurando qualquer coisa. Ficaram três anos sem ne-nhuma prova de nada contra mim, esperaram a época das eleições para fazer barulho”, relatou o prefeito.

Segundo Luiz Tadeu Lei-te, aproximadamente 20 técnicos do Tribunal de Con-tas do Estado (TCE) per-maneceram durante duas semanas na Prefeitura de Montes Claros investigando contas do município. Foram solicitadas mais de 30 mil cópias de documentos com

um prazo de 24 horas para a entrega dos mesmos. “Ao fi nal de toda essa devassa, o procurador do TCE, Marcílio Barenco Corrêa de Mello, fez uma representação na qual acusa a prefeitura de estar retendo documentos, estipu-lando até uma multa diária, sendo que já entregamos praticamente todos os do-cumentos exigidos”, afi rmou o prefeito, que está fazendo uma representação contra o procurador.

Tadeu Leite acredita que toda essa ação seja uma tentativa de prejudicar de al-guma forma sua candidatura para o pleito deste ano. “São acusações levianas, irres-ponsáveis e mentirosas. Na representação, o procurador diz vislumbrar um desvio de verba na prefeitura da ordem de centenas de milhões de reais, o que é incompatível até mesmo com o orçamento do município, que está na casa dos 500 milhões”, disse.

De acordo com divulga-ções recentes, o Tribunal de Contas do Estado infor-mou que não há qualquer fi scalização em andamento na Prefeitura de Montes Claros. E que os técnicos foram cedidos a pedido da Procuradoria de Justiça do Estado.

Tadeu Leite acredita que essa ação seja uma tentativa de prejudicar sua candidatura para o pleito deste ano

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Marília governadora?Esta vem lá de Contagem. Consta que a atual prefeita

Marília Campos, em seus momentos de delírio político, sonha alto. Quer desgastar-se o mínimo possível na sucessão municipal deste ano, com a fi nalidade de se resguardar para 2014. Um de seus sonhos secretos é ser escolhida pelo PT para disputar uma eleição majoritária, de preferência de governadora ou senadora, já que, atu-almente, a estrela de seu partido, Fernando Pimentel, anda desgastado. Vê se pode...

Contagem IINo sepultamento do ex-prefeito de Contagem, José

Luiz de Souza, na semana passada, no Cemitério da Colina, em BH, a sucessão daquele município tomou conta das conversas. Em determinado momento, o tu-cano Ademir Lucas, certamente por estar com 40% de preferência dos eleitores, tinha ao seu redor cerca de 50 pessoas: assessores, amigos e puxa-sacos. Aí chegou o seu adversário para esta eleição de 2012, deputado Carlin Moura, do PCdoB. Ele deu umas voltinhas, cum-primentou algumas pessoas, afagou outras com tapinhas nas costas, saracoteou de cima a baixo e saiu fora.

Sucessão em BHDurante a solenidade de entrega do título de Cida-

dão Honorário de Belo Horizonte ao deputado Délio Malheiros, o homenageado era tratado o tempo todo como futuro prefeito de Belo Horizonte. A denominada grande imprensa mineira perfi lava para captar todos os detalhes da cerimônia, com o intuito de divulgar ao povo os bastidores dos acontecimentos.

Malheiros II Uma das pessoas que circulavam com mais desen-

voltura no dia do evento era o poderoso secretário de Governo, ex-deputado Danilo de Castro, que manteve, apesar de tudo, muita discrição durante o ato.

Malheiros III Desde quando era vereador da Capital mineira, o

novo Cidadão Honorário de BH já apresentava fortíssimas ligações com a presidente do Servas, Andréa Neves.

Malheiros IVNo mesmo dia da badalada solenidade de agracia-

mento do deputado Délio Malheiros, ouviu-se de tudo um pouco. Até a possibilidade de Rodrigo de Castro, deputado federal mais votado de Minas pelo PSDB, se tornar vice de uma possível candidatura de Malheiros à PBH. Outra mega chapa seria formada pelo deputado federal Leonardo Quintão, do PMDB, com apoio do Democratas, PTB e outras pequenas siglas. Coisas da política.

Sucessão em Montes ClarosIrritado com denúncia do Ministério Público, que tenta

o condenar por improbidade administrativa, o prefeito Luiz Tadeu Leite, de Montes Claros, ironizou: “Os pro-curadores deixaram para ajuizar ações agora, no período pré-eleitoral, embora se refi ram a fatos acontecidos em 2009. É uma armação política desmedida, deslavada, ou alguém duvida disso?”.

No lugar erradoTerça-feira, dia 08 de maio, 11h30. No ponto de taxi,

na Rua Rodrigues Caldas, em frente à Assembleia, uma caminhonete da marca Fiat, placa HMC 1591, estacionou em local proibido e simplesmente deixou os taxistas sem espaço para parar durante um bom tempo. Um fl agrante de desrespeito, ora veja.

Lacerda X PTO medo do prefeito Marcio Lacerda é que o PT venha

a eleger algo em torno de oito a dez vereadores. Se for reeleito, isso signifi ca que ele fi cará ainda mais refém da bancada petista de Belo Horizonte. Esta denominada aliança proporcional continua sendo o principal motivo de discussão sobre o pleito de 2012.

Perrella empresárioEm Brasília, fala-se que o senador e ex-presidente do

Cruzeiro, Zezé Perrella, é um dos donos do Shopping Norte, que está sendo erguido no gancho de acesso entre a Av. Cristiano Machado e a região de Venda Nova. A conferir...

Dr. Viana Conselheiro?Nos bastidores da Assembleia, os comentários indi-

cam que, desta vez, o experiente deputado Dr. Viana está com toda chance de se tornar conselheiro do Tribunal de Contas, a partir do mês vindouro, com a renúncia do atual presidente da entidade, Antônio Carlos Andrada. Pode ser...

Resposta ao articulistaEm seu recente artigo aqui no Edição do Brasil, o

jornalista e escritor Mário Ribeiro fez críticas ao estado em que se encontra o Colégio Estadual Central. Aí a professora de lá, Lenise Motta, em longo texto, rebateu: “O prédio, com 56 anos, continua ativo para a fi nalidade à qual foi destinado. Mas como ele é tombado pelo Pa-trimônio Cultural, qualquer reforma exige a aprovação de diferentes órgãos de Proteção”.

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13 a 20 de maio de 201244 EDIÇÃO DO BRASILE C O N O M I A

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Muita margem para redução dos juros

E stamos vivendo um importante momento em que se discute a redução das “taxas efetivas de juros” cobradas pelos ban-

cos. Uma das decisões mais acertadas foi tomada pela presidente Dilma Rousseff que determinou as reduções de juros nas institui-ções fi nanceiras públicas. Com esta medida a presidente quer reduzir o spread bancário que é a diferença entre os juros cobrados nos empréstimos pessoais a pessoas físicas e jurídicas e as taxas que eles pagam aos investidores pelas aplicações.

O pacote de redução de juros anunciado pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal engloba uma série de linhas de fi nan-ciamento para pessoas físicas e pequenas e médias empresas. No cheque especial e no fi nanciamento de veículos, por exemplo, os juros cobrados são praticamente metade da taxa média que o mercado praticava. Isso prova que eles têm muita gordura para cortar.

Em exatas duas semanas os bancos pri-vados seguiram a mesma linha e anunciaram novas taxas de juros a serem cobradas. Itaú Unibanco, Bradesco, HSBC e Santander viram a demanda por linhas de crédito e adesões aos pacotes anunciados pelos bancos públicos

crescerem e se renderam. Isso prova que eles também têm muita gordura para cortar. Afi nal os cinco maiores bancos que atuam no país (Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Santan-der e Caixa) tiveram lucro líquido total de R$ 52,7 bilhões em 2011.

No dia 04 o Banco do Brasil anunciou mais uma rodada de redução nas taxas de juros dos fi nanciamentos aos consumidores e empresas. A instituição também prometeu facilitar a adesão de antigos e novos clientes a um de seus pro-gramas que tem taxas e tarifas diferenciadas. Segundo dados da instituição os empréstimos dispararam no Banco do Brasil depois do corte de juros anunciado. O banco contabilizou um aumento de 50% na média diária de concessões de empréstimos em relação ao mês anterior. Houve aumento de 156,3% nas concessões para fi nanciamento de veículos.

Além do lucro elevado que permite queda dos juros, é inconcebível aceitarmos que os bancos mantenham taxas tão elevadas ou ainda as aumentem justamente quando o Banco Central reduz a taxa Selic que serve de referência para toda a economia. Os bancos passaram a pagar menos pelo dinheiro que captam no mercado, mas continuam aumentando o spread bancário.

Bruno Falci, presidente da Câmara de

Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH)

•Bruno Falci

Sucessão em IpatingaO crescimento do nome da petista Cecília Ferramenta

para disputar a Prefeitura de Ipatinga tem produzido mui-tos comentários e insinuações. Por exemplo: há muitas ironias em relação ao comportamento político da deputada Rosângela Reis. Ela também deveria estar no auge das pesquisas eleitorais, pois já foi vereadora, presidente da Câmara e está em seu segundo mandato, sem falar que sua votação como parlamentar se concentra naquele muni-cípio. Porém, certamente, o fato de ser uma deputada sem grupo político pode fazer com que ela perca a oportunidade de se tornar prefeita de sua cidade. É isso aí.

Sucessão em BetimA presença da presidente Dilma Rousseff em Betim,

na semana passada, foi a maneira encontrada pelo PT no sentido de dar uma ajudazinha à “companheira” prefeita Maria do Carmo, cuja popularidade na cidade anda lá em baixo.

Cena Final: O ex-prefeito Carlaile Pedrosa, líder abso-luto nas pesquisas rumo à sucessão de 2012, já preparou, para o início do próximo mês, uma grande convenção do PSDB, visando lançar ofi cialmente a sua candidatura, cuja estrela principal será o senador Aécio Neves.

Sucessão em ContagemPercebendo a inexistência de novas lideranças políticas

em Contagem, o deputado federal Weliton Prado, do PT, vai se tornando cada vez mais presente no município, tendo em vista futuras eleições. É aguardar para conferir, claro.

Briga no trânsitoSilenciosamente, vão aumentando as divergências

entre os integrantes da BHTrans e os membros da Guarda Municipal, pelo controle do serviço de trânsito da Capital. No megacongestionamento da última terça-feira, quando a cidade parou, sobraram problemas para os donos de carros e faltou bom senso entre as duas autarquias. Nos dias seguintes, farpas entre ambos foram levadas à mí-dia. O prefeito Marcio Lacerda, por certo, terá de olhar mais fi rme para encontrar soluções que amenizem este atrito. “Povo parado no trânsito. Por isso não voto neste prefeito”, diziam muitos passageiros, no dia do espetacular engarrafamento.

E por falar em trânsitoMoradores do Bairro Sagrada Família, ao lado da Arena

Independência, estão fi cando ilhados nos dias de jogos. As ruas são estreitas e nos momentos de competição o volume de carros impede a circulação normal de quem mora nas imediações. Vão sofrer, ora se vão...

Congresso de MunicípiosNo passado, o Congresso Mineiro de Municípios era

realizado no Minascentro, com muitas presenças impor-tantes. Agora, como o evento vem sendo realizado no Expominas, o espaço é considerado muito grande e os estandes fi cam vazios, a não ser nos horários em que acontecem as palestras mais importantes.

Prefeito e vereadores desligadosSegundo comentários dos repórteres esportivos da Rá-

dio Itatiaia, durante os anos em que os jogos de Cruzeiro, Atlético e América foram realizados na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, a Câmara de Vereadores e a prefeitura local sequer providenciaram uma bandeira do Brasil para que fosse erguida durante as execuções do Hino Nacional. Simplesmente um absurdo.

Savasssi modernaA Nova Savassi. Assim está sendo denominada a tradi-

cional praça onde a beleza estética da região fala mais alto. O prefeito Marcio Lacerda entregou à população a obra de recuperação do local, que custou cerca de R$ 11 milhões. O lado complicado de tudo fi cou por conta da verdadeira quebradeira de comerciantes e lojistas, durante mais de um ano de duração das obras de melhorias.

Dinis governador Durante a sua condição de governador interino, o

presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro, manteve a rotina de chegar ao Palácio Tiradentes todos os dias às 7 horas, fi cando por conta do trabalho até às 22 horas, nos compromissos ofi ciais. O pessoal do cerimonial teve que rebolar para dar conta de acompanhar o então governador.

Vai tarde...No centro da cidade, o ainda prefeito de Ouro Preto,

Ângelo Osvaldo, segundo levantamento, é bem avaliado pela população, porém, quando chega à periferia, fi ca literalmente vulnerável. Considerado intelectual, ele deve voltar a militar na imprensa, como articulista. Por outro lado, tem político local dizendo: “Ele já vai tarde”.

M inas Gerais, considerado um dos principais centros de conexão do país, vem

se destacando no setor aeroviá-rio, pelo seu potencial turístico e econômico. Devido a isso, várias companhias aéreas vêm inves-tindo no Estado, aumentando o número de voos e criando novas rotas. Destacam-se aí a Trip e Azul Linhas Aéreas.

É fato que a cidade que recebe novos voos vê a sua economia estimulada e desenvolvida, prin-cipalmente em Belo Horizonte e outros municípios do Estado, que se caracterizam pelo turismo de negócios. Para se ter uma ideia, a Trip, hoje, conta com 80 destinos em Minas saindo e chegando da Capital mineira, incluindo Montes Claros, Governador Valadares, Ipatinga, Juiz de Fora, São João Del Rei, Uberaba e Uberlândia. Já a Azul chega a Uberaba, Juiz de Fora, Ipatinga e Montes Claros, também saindo de BH.

O grande gargalo nessa expan-são das companhias em Minas é, sem dúvida, a falta de infraestru-tura de aeroportos. Para o diretor de Comunicação da Azul Linhas Aéreas, Gianfranco Beting, o crescimento do setor aeroviário foi maior que os investimentos nes-ses locais. “Os investimentos nos aeroportos precisam acontecer para acompanhar o crescimento das companhias aéreas. O aten-dimento aos milhares de usuários que viajam, inclusive por meio de Confi ns, está fi cando prejudicado”.

Confi nsO Aeroporto Tancredo Neves

(Confi ns) está passando atualmen-te por reformas, com transforma-ção do terminal de passageiros, novo pátio e reparação da pista. Segundo o encarregado de Ativi-dades da Imprensa, Bruno Gui-lherme Guedes Lopes, a obra visa aumentar o conforto e a segurança

para 5,5 milhões de passageiros/ano.

A transferência de voos da Ca-pital mineira para Confi ns aconte-ceu há cerca de sete anos. De lá para cá os brasileiros passaram a voar muito mais. Em 2011, 9,6 milhões de passageiros passaram pelo terminal. “O Aeroporto de Confi ns é o quinto do Brasil em termos de movimentação. É pro-curado e competitivo em termos percentuais e um dos que mais cresce no Brasil”, relata Lopes.

Vale dizer que desde 3 de maio foi realizada uma alteração de fl uxo nas vias próximas ao aero-porto. A rodovia LMG 800 (Linha Verde) agora tem fl uxo em mão dupla por toda extensão do aero-porto. A via de acesso ao terminal de passageiros – localizada logo após o estacionamento A – está interditada. Para quem trafega no sentido Confi ns, é necessário seguir pela rodovia até o fi m do estacionamento E para fazer o acesso ao aeroporto, virando à es-querda. Quem trafega no sentido Belo Horizonte, deve virar à direita antes do estacionamento E para chegar ao aeroporto.

PampulhaO Aeroporto Carlos Drummond

de Andrade, mais conhecido como da Pampulha, diminuiu sua capacidade de voo há alguns anos por uma definição estraté-gica do Governo de Minas, aliada ás suas restrições operacionais, como a local ização em uma região muito densa de popula-ção, restrição da Lei Municipal do Silêncio. Opera hoje para o segmento da aviação comercial e regional.

Há expectativa que um estudo técnico esteja concluído em um curto prazo para que novos voos sejam criados. Após, o aeroporto poderá receber os novos investi-mentos em linhas aéreas. A Infrae-ro está desenvolvendo um projeto de melhorias das condições de conforto do Terminal de Passagei-ros. É uma conduta adotada para os aeroportos centrais das capi-tais, cada um na sua capacidade operacional.

As novas linhas aéreas não estão liberadas pela ANAC para atuarem no Aeroporto da Pampu-lha. Isso enquanto não se con-cluem as definições de aeronave.

O Aeroporto de Confi ns está em obras

Page 5: jornal Edição do Brasil

13 a 20 de maio de 2012 55EDIÇÃO DO BRASIL

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E C O N O M I A

Felipe José de Jesus

A ngloGold, Vale, Votorantim, Jaguar Mining, entre outras empresas do setor minero-

-metalúrgico, foram homenagea-das no 14º Prêmio de Excelência da Indústria Minero-Metalúrgica Brasileira, que aconteceu no dia 8 de maio, no Hotel Mercury, em Belo Horizonte. Cerca de 250 convidados estiveram presentes na solenidade realizada pelo Sindi-cato da Indústria Mineral de Minas Gerais (Sindiextra) e pela revista Minérios e Minerales. O evento anual tem como foco a valorização das empresas do setor mineral.

Em entrevista ao jornal Edição do Brasil, Fernando Coura, presi-dente do Sindiextra, afi rmou que o prêmio é a consolidação de Belo Horizonte como Capital da indús-tria mineral. Questionado sobre a posição da mineração no Brasil, o presidente lembrou que novos investimentos foram anunciados pelo Instituto Brasileiro de Mine-ração (Ibram), também presidido por ele.

“Um prêmio que não podia con-tinuar acontecendo como era an-

tes, em São Paulo (SP), pois aqui é a cidade que vive a mineração, onde temos empresas fortes de engenharia, mídia especializada, pesquisas. É uma oportunidade de homenagearmos o profi ssional, aquele que faz a diferença. Uma novidade é que há duas sema-nas fi zemos uma reformulação e anunciamos um investimento de US$ 75 bilhões no setor, de 2012 a 2016. No ano passado, a Produ-ção Mineral Brasileira (PMB) atin-giu US$ 50 bilhões e com certeza deverá crescer 10% neste ano. A grande chance da mineração ainda está por vir, e virá”.

Para o jornalista Joseph Young, editor da revista Minérios e Mine-rales, os profi ssionais têm inves-tido mais no setor mineral após cada homenagem. “Os trabalhos estão melhores, isto é fato. Este prêmio valoriza os profi ssionais, e os reconhecidos se sentem valorizados. Esta é a nossa linha, não convidamos as cabeças das empresas para virem aqui, mas sim as equipes, aqueles que estão no dia a dia atrás dos resultados. É ótimo e gratifi cante ver a alegria deles”.

A s vendas a prazo im-peram no comércio de bens, serviços e turismo de Belo Horizonte. O cartão

de crédito, o cheque pré-datado e os boletos responderam por 60% da receita de vendas rea-lizadas na Capital mineira em março deste ano, de acordo com números da pesquisa Balanço do Crédito do Comércio de Belo Horizonte – Abril.

Ainda de acordo com a pes-quisa, realizada pela Fecomér-cio Minas, o cartão de crédito é o líder, com 69% dessas vendas. Nesse item, houve uma ligeira queda na comparação com fevereiro (71%). A pesquisa tam-bém apurou dados sobre parce-lamento, aceite de cheques e

inadimplência no comércio. Nas vendas com cartões,

o parcelamento é comum e se concentra entre três a seis par-celas, correspondendo a 44% das vendas. Se contar de uma a seis parcelas, esse percentual sobe para quase 76% do total. Para a gerente do Departamen-to de Economia da Fecomércio Minas, Silvânia Araújo, “o prazo tem apelo forte no processo de decisão, ao acomodar o preço na renda, independente do valor do produto”.

Do total das empresas pes-quisadas, a sondagem mostrou que apenas 27% trabalharam com cheques em março, núme-ro que cai gradativamente. Em abril de 2011, esse índice fi cou em 32% e em janeiro de 2010,

45%. O percentual de cheques sem fundos fi cou em 2%, abaixo de patamares anteriores. A últi-ma vez que esse índice atingiu dois dígitos foi em outubro de 2010 (10%).

O balanço do crédito apurou que a inadimplência no trimestre novembro/11-dezembro/11--janeiro/12 ficou em 2%. O quadro é relativamente estável e indica uma situação favorável para as fi nanças do comércio de bens, serviços e turismo. Para evitar os riscos de não re-ceber o valor das vendas, 46% dos empresários entrevistados deixaram de aceitar os cheques em março (em fevereiro, foram 60%). Outra ação é a utilização de cadastro próprio de clientes, com 24% das respostas.

Elas são econômicas, ambientalmente corretas e duram mais. As lâmpadas de LED (Diodos Emissores de Luz) - semicondutores que pro-duzem uma luz brilhante quando carregados de eletricidade -, cada vez mais usadas na iluminação pública de grandes cidades, che-

gam à CeasaMinas, trazendo mais modernidade para o entreposto de Contagem. O projeto, realizado em parceria com a Cemig, vai substituir cerca de 15 mil lâmpadas e gerar uma economia de 40% no consumo do sistema de iluminação da empresa.

Na primeira etapa, serão atendidas as áreas comuns, que abrangem a iluminação de ruas, plataformas e tes-teiras dos pavilhões. Depois, serão atendidos todos os concessionários, sem qualquer custo para eles. Para a implantação, estão sendo investidos R$ 6,1 milhões, que serão reembolsados pela CeasaMinas à Cemig com base na economia de energia obtida. Neste recurso, está inclu-ída a aquisição e instalação dos LEDs, além do descarte ecologicamente correto das lâmpadas atuais.

Além da economia de energia, os benefícios previstos com a implantação do novo sistema também incluem a redução dos custos de manutenção devido à maior vida útil dos LEDs, que é de aproximadamente 50 mil horas de funcionamento. Para se ter ideia, as lâmpadas de vapor de sódio, as mais utilizadas atualmente, duram até 32 mil horas, as de vapor de mercúrio, 12 mil horas, e as de vapor metálico, comuns em fachadas de prédios, 10 mil horas.

“Esta iniciativa é mais um passo rumo à modernização. A grandeza da CeasaMinas e da Cemig, ambas referên-cias nacionais, mostram a importância deste projeto para o entreposto”, afi rma João Alberto Paixão Lages, presidente da CeasaMinas. A estatal é a primeira central de abaste-cimento da América Latina a conduzir um projeto deste tipo. Ele está sendo realizado com recursos do Programa de Efi ciência Energética da Cemig e foi viabilizado pela Effi cientia – empresa do Grupo Cemig que atua na gestão.

Outro aspecto positivo é a adequação dos níveis de iluminação às normas vigentes, melhorando, assim, a qualidade da iluminação do entreposto para os usuários. As lâmpadas de LED possuem melhor reprodução de cores, não emitem raios ultravioletas e infravermelhos, propagam menos calor e, consequentemente, atraem menor quantidade de insetos. Sob o ponto de vista da sustentabilidade, o projeto permitirá que sejam evitadas as emissões de 600 toneladas de CO2 na atmosfera por ano.

A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to de Minas Gerais (Seapa) é parceira do projeto, que também é apoiado pelas Associações dos Comerciantes (ACCeasa) e dos Produtores de Hortigranjeiros (Aphce-mg) que atuam na CeasaMinas.

Presidente do Sindiextra prevêinvestimento de US$ 75 bilhões

JEdi

tori

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Conselho Nacional

Para alavancar ainda mais o setor, a classe quer criar um novo marco regulatório da mineração. “Já entramos com o pedido pelo Ibram. Tive um encontro com o mi-nistro Edison Lobão, do Ministério de Minas e Energia. Na conversa, afi rmei que estamos abertos para diálogo. Não seremos espectado-res, mas sim protagonistas nessas mudanças. O Brasil de 1967 é muito diferente do de hoje. De-fendemos uma agência nacional reguladora e um Conselho Nacio-nal de Política Mineral, que deve ser feito por governo, trabalhador e empresário. Ele vem para criar diretrizes, defi nir e implantar uma política de desenvolvimento mine-ral no Brasil”.

A respeito da entrada da Vale na Serra da Gandarela, com a construção da mina Apolo, as-

sunto quente na imprensa, Fer-nando afi rmou que o Sindiextra tem acompanhado de perto. “A primeira palavra que posso dizer é diálogo. Só com sabedoria po-demos juntar a preservação e a mineração. Mas lembro: ninguém vai preservar e minerar tudo 100%. Nós respeitamos muito o diálogo entre as classes. Só conseguire-mos resolver esta situação com bom senso”, concluiu.

Empresas premiadas no 14º Prêmio de Excelência: Anglo Ame-rican, Gar Mineração, Indústria Carbonífera, Rio Deserto, Jacobi-na Mineração e Comércio, Jaguar Mining, Mineração Caraíba, Mine-ração Serra Grande, Mineração Usiminas, Mirabela Mineração, Vale, Vale Fertilizantes, Votorantim Cimentos, Votorantim Metais e Ní-quel e Votorantim Metais e Zinco.

“O prêmio éa consolidação

de Belo Horizontecomo a Capital daindústria mineral”

Cartão decrédito é o líderde vendas emBelo Horizonte

O CARTÃO é o meiode pagamento mais

usado pelo consumidor

CeasaMinas lança novo sistema de iluminação

JEdi

tori

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Economia A CeasaMinas deu início ao seu projeto de

redução do consumo de energia em abril de 2010, quando implantou um sistema de efi ciência ener-gética fornecido pela empresa Qualilight Energia. À época, foram localizados os principais consu-midores de energia do entreposto – as câmaras frigorífi cas são responsáveis por 60% do consumo. Em seguida, começou a adequação para o melhor aproveitamento da energia. Entre maio de 2010 e dezembro de 2011, o gasto com energia caiu cerca de 9%, o que representou uma economia de R$ 1, 219 milhão.

JOÃO Alberto: “Esta iniciativa é maisum passo rumo à modernização”

Page 6: jornal Edição do Brasil

13 a 20 de maio de 201266 EDIÇÃO DO BRASILG E R A L

AN I V ERSAR I ANT E S

D A C O C H E I R A

J O R N A L D O A C I R A N T Ã O Email: [email protected]

A todos, os nossos Parabéns!

CIDADÃO HONORÁRIOO PSDB foi em massa à cerimônia da Câmara Municipal de

Belo Horizonte, que entregou o título de Cidadão Honorário da cidade ao deputado Délio Malheiros (foto). Estiveram lá, entre outras fi guras do PSDB, o presidente da Assembleia, deputado Dinis Pinheiro, que na ocasião exercia o papel de governador, e o secretário Danilo de Castro, uma das fi guras mais infl uentes do Governo de Minas. Isso representou um recado do senador Aécio Neves, que, ao que parece, já está arrependido de ter dado o seu apoio à aliança que vai disputar a reeleição da Prefeitura de Belo Horizonte, tendo Marcio Lacerda como candidato. Na verdade, o PSDB vem despersonifi cando sua presença na capital, desde que o governador Aécio Neves resolveu bancar, com o então prefeito Fernando Pimentel, o nome de Lacerda. Pimentel achava que, com isso, agradava Aécio e se tornava um nome confi ável das lideranças de Minas para disputar o governo do Estado, enquanto Aécio achava que agradava ao PT mineiro numa futura disputa pela Presidência da República, e ainda de sobra teria o apoio do PSB de Ciro Gomes e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Nem uma coisa nem outra. Pimentel fi cou só na tentativa de ser senador da República, com uma derrota imposta pelo seu amigo Aécio, que se elegeu e ainda levou de sobra Itamar Franco. Agora o PT pode dar o troco. Quer Marcio Lacerda para governador. E como fi cará Aécio? É bem provável que a aliança do PT com o PSDB se exploda antes das eleições. Quem vai morrer de rir será o vice--prefeito Roberto Carvalho, que quis evitar tudo isso e foi obrigado a engolir uma ingerência de Lula na política da cidade, ao mandar o PT aprovar uma alian-ça com o PSDB.

TRÂNSITO – Eu venho há muito tempo fazendo críticas con-tundentes à administração de Belo Horizonte, pela forma que vem enfrentando os constantes congestionamentos de tráfego na Capital. As autoridades da prefeitura acham que eu sou um implicante e que só falo das coisas da cidade para criticar. Agora, todos estão sentindo o que venho falando há muito tempo. A cidade não tem nenhuma estratégia para um dia de problemas no trânsito como aconteceu na terça-feira. Qualquer leigo vê que a BHTrans abandonou a cidade, com o apoio do prefeito Marcio Lacerda, que acha que está imune ao que vem acontecendo. Parece que a autonomia da BHTrans é tão grande que ela não deve satisfação a ninguém, e o prefeito virou refém do que ela faz, pois nunca ouvimos uma bronca contra aquela empresa. A BHTrans e o próprio prefeito colocam a culpa no aumento de automóveis emplacados na cidade, que hoje chega a casa de 1,5 milhão de veículos. Esquecem-se das obras que não são feitas e, quando inauguradas, quatro anos depois, são desmanchadas, como vem acontecendo na Cristiano Machado e Antônio Carlos. O sistema de ônibus da cidade, implantado há mais de 30 anos, é o mesmo, com todo o transporte coletivo passando pelo hipercentro, com con-sequências danosas à vida de quem tenta viver no centro da cidade. A BHTrans desrespeita os hotéis que enfrentam todo tipo de difi cul-dade para receber e despachar seus hóspedes. É bom lembrar que o prefeito acha que está fazendo uma grande obra com a implantação do BRT na Cristiano Machado e Antônio Carlos. Só isso não basta. Ele tem que andar pela cidade e ver de perto.

Os amigos se reuniram na semana passada para homena-gear o desembargador Osmando Almeida, pela sua aposenta-doria. Foi no Amadeus. O encontro serviu também para as des-pedidas do desembargador Antônio Armando, agora fabricante de vinhos, para uma temporada em Portugal, seu torrão natal.

A bancada do PSB na Câmara Municipal pode não disputar a reeleição, se o partido impor aliança formal com o PT. Para os vereadores, se isso acontecer, será o fi m da bancada do PSB na Câmara. Mais um abacaxi para o prefeito descascar.

O deputado Dinis Pinheiro não perdeu tempo. Ao assumir interinamente o Governo do Estado, foi a sua cidade de Ibirité e assinou um protocolo de intenções, anexando a Fundação Helena Antipof a Universidade do Estado. Um sonho antigo realizado por um fi lho de Ibirité.

O secretário de Turismo de Minas, Agostinho Patrus Filho, disse outro dia que o maior destino dos turistas em Minas hoje são as cidades de Ouro Preto e Brumadinho, por causa do Parque e Museu Inhotim. Por incrível que pareça, as duas cidades mais prejudicadas atualmente pelas estradas que lhe dão acesso.

Domingo, dia 13 de maioNiltinho TristãoEx-deputado Wainer Ávila, São João Del ReiEx-deputado José Militão

Segunda-feira, dia 14Salvina de Oliveira Laura Marques GuimarãesFrancisco Antônio de Aráujo

Terça-feira, dia 15Professor José DolabelaCoronel PM Luciene de Albuquerque

Quarta-feira, dia 16Advogado Expedito Monteiro Lara - ContagemHindemburgo Pereira Diniz

Quinta-feira, dia 17Diva Viana – ContagemAndreza Marina Saldanha

Sexta-feira, dia 18Ex-deputado José Fernando Aparecido de Oliveira Rafael Assumpção de AbreuAlda Rocha – Contagem

Sábado, dia 19João Guedes Vieira – ContagemJornalista Kátia LageIldeu Casagrande Eduardo Braz – ex-prefeito de Formiga Rosana Ribeiro Markú Ribas

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13 a 20 de maio de 2012 77EDIÇÃO DO BRASIL

Editada porMili Santos

[email protected] [email protected]

C O T I D I A N O

OS JORNALISTAS Claret e Suely Guerra, sócios-diretores do jornal MG Turismo, lotaram o auditório do Hotel Mercury, no último dia 7 de maio, com amigos, convidados e homenageados. Na ocasião, foram entregues os prêmios MG Turismo, Mulher Infl uente e Palma de Ouro. Pessoas de renome da socie-dade mineira estavam presentes.

ESPETÁCULO

O SESC PALLADIUM, do Sesc Minas (Sistema Fecomércio), está se consolidando como uma das mais importantes casas de espetáculos do país. Desde que foi reinaugurado, em agosto do ano passado, tem sido palco de apresentações que inserem Belo Horizonte no roteiro das grandes produções nacionais e interna-cionais. A casa oferece aos artistas recursos de última geração e conforto para 1.321 pessoas, só no Grande Teatro.

NESTE DOMINGO, 13 de maio, em pleno dia das mães, uma programação especial para elas. O cantor Fábio Júnior chega a Belo Horizonte com a turnê ‘Íntimo’, um show que mescla os grandes sucessos da carreira do músico com clássicos da MPB. A apresentação começa às 20h. Certamente mais uma grande produção do Centro Cultural Sesc Palladium.

PARA A NOITE

OS ADEPTOS de um bom programa, seja em restaurante, bar ou boate, têm parada obrigatória no site Open Night (www.opennight.com.br), a partir desta semana, quando será lançada a moeda eletrônica Open, que oferece aos usuários a possibilidade de acumular pontos ao consumir nos estabelecimentos parceiros, que podem ser trocados por descontos, ofertas, produtos e serviços.

AO LONGO do ano, o Open Night lançará outros programas exclusivos para os clientes, como conteúdo especializado em casas noturnas, ofertas e cortesias, além da possibilidade de compra antecipada de ingressos para eventos e boates ou reservas de mesas para os estabelecimentos que integram o portal.

DIA MINEIRO

NO DIA 21 de maio, por decreto do então governador de Mi-nas Gerais, Itamar Franco, foi constituído o Dia da Cachaça. Para comemorar esta data, a AMPAQ (Associação Mineira dos Produ-tores de Cachaça de Qualidade), em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profi ssionais de Minas Gerais, reunirá, no Clube Mineiro da Cachaça, os melhores do setor para homenagear os produtores de cachaça, fornecedores do setor, autoridades federais, estaduais e municipais e a imprensa em geral.

PARA O FUTURO

MAIS UMA iniciativa visando o desenvolvimento sustentável está sendo realizada pelo Programa Germinar, programa de edu-cação ambiental da Gerdau Açominas: para cada pessoa que visitar o Biocentro (sede do programa), uma árvore de espécie nativa será plantada pela Gerdau em sua RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural Luís Carlos Jurovsky Tamassia, situada no sopé da Serra de Ouro Branco. Cada pessoa que visita o local assina o livro de visitantes e recebe uma fi cha, em formato de folha, para depositar em uma árvore feita de acrílico, instalada no hall do Biocentro. Junto à árvore há um placar eletrônico que contabiliza as folhas inseridas.

DESDE a sua criação, o Biocentro já recebeu mais de 200 mil visitantes em suas mais diversas atividades. Inspirado no trinômio educação, ambiente e cidadania, o Germinar capacita jovens e adultos por meio de programas educativos que atuam na formação de cidadãos com conhecimento para atuarem de forma participativa e responsável em relação ao meio ambiente.

DESTAQUE

O MÉDICO José Eduardo Fernandes Távora é o novo pre-sidente da tradicional Sociedade Brasileira de Urologia - Secção Minas Gerais, para o período 2012/13. O vice é Antônio Peixoto de Lucena Cunha. Compõem a diretoria ainda os urologistas An-dré Lopes Salazar, Arilson de Souza Carvalho Júnior, José David Kartabil, David Lopes Abelha Júnior, e Francisco de Assis Teixeira Guerra, todos de Belo Horizonte. E ainda: Paulo José Gonçalves, de Barbacena; José Cesário Martins Carneiro, de Itabira; e Newton Ferreira de Oliveira, de Juiz de Fora, entre outros. O Dr. Távora e sua diretoria estão com ótimos planos para a gestão.

BOM GOSTO

QUEM GOSTA de viajar com conforto e sem nenhuma preocu-pação deve checar os pacotes de Greenwich Tours para o mês de julho. Uma opção que agrada todas as idades e gostos é o “Disney Together + New York”. São ao todo 14 dias, sendo 10 em Orlando e quatro na ilha de Manhattan. A programação inclui os melhores pontos turísticos das duas cidades, sempre com os melhores hotéis e a orientação de guias especializados. Dá pra curtir, se divertir e ainda fazer compras. Eu recomendo!

BRASILEIRO

NO PRÓXIMO dia 18 de maio, o Mercado Central fi cará peque-no para o almoço em homenagem ao mais famoso prato brasileiro: a feijoada. Lá estarão presentes nomes de peso da sociedade mineira, desde o setor judiciário ao turismo. A reunião acontecerá na Cozinha Escola Mercado Central Nestlé e a preparação da deliciosa feijoada fi cará nas mãos do Rei da Feijoada, João Dias.

APENAS MELHORIAS

FOI ANUNCIADO recentemente pelo presidente do Minas Tênis Clube, Sérgio Bruno Zech, e pelo vice-presidente Bra-desco, Domingos Figueiredo de Abreu, em evento na sede do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, a inauguração de mais um espaço cultural do Bradesco. O novo Te-atro Bradesco, com capacidade para 600

pessoas, abrirá suas portas em dezembro deste ano e estará situado no interior do Centro de Facilidades do Minas I.

COMO SEMPRE, o Minas se esmerou na organização, com impecável Buffet e cerimonial. O clube recebeu com ele-gância pessoas de renome da sociedade mineira, como o vice-governador Alberto

Pinto Coelho, o prefeito Marcio Lacerda, o presidente da Câmara Municipal, Léo Burguês, o presidente da ACMinas e BHC&VB, Roberto Fagundes, Carlos Al-berto Teixeira, Arthur Cavalcante, Edson Simão, Kouros Monadjemi, Luis Carlos Costa, Afonso Franco, Ildeu koscky, Regis Souto e muitos outros.

ENCONTROS E MÉRITOA ABERTURA do 29º Congresso

Mineiro de Municípios foi marcada pela presença de convidados de peso e pela assinatura de importantes par-cerias. Passaram por lá o deputado Dinis Pinheiro, representando o go-vernador de Minas Gerais, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Larcerda, o deputado José Henrique, repre-sentando o presidente da Assembleia (ALMG), o presidente do Tribunal de Contas, Antonio Carlos Andrada, e o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Roberto Ziulkoski.

DURANTE a sessão solene, aconteceu à entrega da Medalha do Mérito Municipalista “Celso Mello de Azevêdo”, maior reconhecimento mu-nicipal do Estado concedida a perso-

nalidades e entidades de destaque na causa municipalista. Um dos homena-geados foi o ex-vice-presidente, José Alencar. Outros agraciados por seu envolvimento com o desenvolvimento dos municípios foram o prefeito de Conselheiro Lafaiete e ex-presidente da AMM, José Milton de Carvalho Rocha, e o Conselheiro-presidente do Tribunal de Contas do Estado, Antônio Carlos Doorgal de Andrada.

A IMPRENSA Oficial de Minas Gerais (IOMG), representada pelo diretor geral da entidade, Eugênio Ferraz, também foi homenageada por seus 120 anos de criação. Além destes, o ex-presidente da República Itamar Franco foi agraciado com uma medalha especial Post Mortem.

OSCAR Dias Corrêacom Ildeu Koscky

SÉRGIO Bruno Zech comsua elegante esposa

ROBERTO Fagundes eCarlos Alberto Teixeira

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O ADVOGADO Marcos Souza Lima, agraciado com o prêmio MG Turismo, ao lado de sua mãe, Mariadas GraçasSouza Lima

O JORNALISTA esócio-diretor do MGTurismo, ClaretGuerra, e ojornalista emestre decerimônia,João CarlosAmaral

NA BANCADA especial:Maria Elvira Sales e opresidenteda Belotur,FernandoRios

MARIA VITÓRIA Capelão recebendo a Palma de Ouro da diretora do MG Turismo, Suely Guerra

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SENADOR Aécio Neves e opresidente da AMM e prefeito de

São Gonçalo do Pará, ÂngeloRoncalli, durante o 29°

Congresso Mineiro de Municípios.

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13 a 20 de maio de 201288 EDIÇÃO DO BRASILV I D A

Cerca de 50% dos casos de cefaléia crônica (dor de cabeça) são provenientes da Articulação Temporo-Mandibular (ATM), devido a posições posturais viciosas, arca-das dentárias com apertamento ou ranger de dentes. Essas situações, associadas ao estresse, normalmente culminam em quadros crônicos de dores nos músculos da face, da cabeça e do pescoço. A afi rmação é do cirurgião bucomaxilofacial Ronaldo Rettore Júnior, autor do livro Emergências Odontológicas, ao chamar a atenção para a importância de se diagnosticar corretamente as “comumentes dores de cabeça” para o tratamento correto, uma vez que uma dor de cabeça – considerada comum – pode ser, na verdade, causada por uma disfunção da Articulação Temporo-Mandibular.

Segundo ele, a ATM sofre infl uência direta do posicionamento ósseo da maxila e man-díbula e do alinhamento dos dentes. Quando

não estão harmonicamente posicionados pro-vocam uma tensão na região, causando a dor.

O especialista explica que a ATM é a arti-culação situada na união entre a mandíbula (inferior) e o crânio (superior), à frente do ouvido, e é responsável pelos movimentos executados pela mandíbula tanto na fala quanto na mastigação. “A ATM é a única articulação do corpo humano que funciona simultaneamente dos dois lados (direito e esquerdo), não sendo possível movimentare somente um lado”.

A disfunção, ressalta, é causada pelos movimentos desta articulação executados de forma inadequada. “Acredita-se que a principal causa da disfunção da ATM seja a má oclusão. A presença de dentes tortos, desalinhados, de próteses mal adaptadas, dentes ausentes ou inclusos e o bruxismo são fatores que contribuem fortemente para o aparecimento da disfunção”, ressalta.

Nem todo caroçono seio é câncer

JEdi

tori

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Andreza Cruz

T oda mulher que en-contra um nódulo nas mamas se assusta com

a possibilidade de estar com câncer. Porém, nem todo caroço detectado é maligno ou desencadeia essa temida doença. Esse é o caso do Fibroadenoma, tipo mais fre-quente de nódulo nos seios, que pode ocorrer desde a puberdade até a menopausa.

O Fibroadenoma apre-senta-se como um nódu-lo de limites nítidos, forma arredondada ou lobulada, consistência firme e ampla mobilidade. O crescimento é lento e raramente ultrapassa quatro centímetros. Trata-se

de um tumor benigno, sem ris-cos ou consequências para a saúde da mulher.

O médico mastologista João Henrique Reis expli-ca que qualquer mulher no período reprodutivo pode desenvolver o Fibroadenoma. Mas esse tipo de nódulo é mais comum entre jovens de 20 a 30 anos. “Existe uma frequência um pouco maior nas pessoas de pele negra”, explica ele.

João Henrique informa que a patologia não tem qual-quer relação com o câncer. “É um nódulo inocente que na grande maioria dos casos não necessita de tratamen-to. Geralmente não apre-senta sintomas, exceto nos

fi broadenomas maiores que são sentidos pelas mulheres como um nódulo de mama”.

Ao serem diagnosticadas com a doença, o primeiro pensamento das pacientes diz respeito à retirada do “ca-roço”. No entanto, o médico afi rma que esse tipo de tumor não precisa de nenhum trata-mento. “Somente em alguns tipos especiais mais raros, ou caso a paciente deseje, ele é retirado cirurgicamente. Geralmente, é uma cirurgia pequena sob anestesia local. Em resumo, a remoção não é indicada porque não existe risco para a paciente, mas eventualmente é feita por opção da mulher”, conclui o mastologista.

QUALQUER mulher noperíodo reprodutivo podedesenvolver o Fibroadenoma

Dor de cabeça pode signifi carproblemas com a articulação

Via

Com

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ação

Origem da dor

Ronaldo Rettore Júnior explica ainda que a proximidade entre a ATM e o ouvido pode oca-sionalmente confundir o paciente sobre o local de origem da dor. No caso da dor de ouvido, ela pode se manifestar com febre, diminuição da audição, produção de secreção, acompanhada ou não por quadros infecciosos das vias aéreas superiores. Já a dor causada pela disfunção da ATM, ao contrário, apresenta como sintomas tonturas, vertigens, desgaste dental e estalos próximos ao ouvido. O paciente pode ouvir/sentir o estalido ao abrir e fechar a boca. Normalmente, ele é acompanhado de dores de cabeça, da face, do pescoço, olhos e dentes. Mas a ausência de dor não é um sinal de normalidade. Segundo Rettore, o estalido, por si só, já traduz problemas na ATM.

Todo tratamento da disfunção da ATM baseia--se na eliminação dos fatores causais. Após a identifi cação de sua origem (oclusais, ósseas, musculares ou psíquicas), as possibilidades são: placas de mordida - uso diurno e/ou noturno; aparelhos ortodônticos - alinhamento dos dentes; reposição dos dentes ausentes - implantes dentá-rios; fi sioterapia reposicionadora - fortalecimento muscular; laserterapia - tratamento com laser; reabilitação protética - revisão das próteses; medi-cação específi ca - analgésicos, anti-infl amatórios e relaxantes musculares, além de intervenções cirúrgicas - nas condições em que a causa é a desproporção óssea.

A disfunção da Articulação Têmporo-Mandibu-lar é uma doença que, depois de instalada, é qua-se sempre progressiva. “O que não se consegue determinar com exatidão são a sua velocidade de progressão e as suas consequências”, acrescenta o especialista.

Segundo ele, quando não instituído o trata-mento adequado, pode-se ter como resultado duas situações de emergência: travamento aberto - luxação da mandíbula (queda do queixo), relacionado à fl acidez dos músculos e ligamentos que fi caram comprometidos com a disfunção, ou então travamento fechado - incapacidade de abertura mandíbular: a boca fi ca completamente

sem abrir ou com uma limitação muito grande nos movimentos de abertura.

Isto se deve a uma reação muscular (trismo), que trava os músculos, evitando os seus movi-mentos. Ambas as situações requerem atendi-mento emergencial. Após tratada a emergência, deverá ser instituído o tratamento da disfunção da ATM. Nesse sentido, alerta: “O tratamento preco-ce é o ideal, uma vez que proporciona melhores soluções e resultados”, conclui.

Ronaldo Rettore Júnior explica que a ATMsofre infl uência do posicionamento da maxila

e mandíbula e do alinhamento dos dentes

Glaucoma é uma das principais causas de cegueira

AFE

Tratamentos

Se a doença for diagnos-ticada em uma fase precoce, os tratamentos com colírios costumam ser muito efi cazes. Controlam a maior parte dos casos, o que quer dizer que o glaucoma não cont inua progredindo. No entanto, não se pode recuperar a visão já perdida.

Quando o paciente não responde ao tratamento com colírio, é possível recorrer ao laser ou à cirurgia. O tratamen-to com laser oferece melhores resultados em idosos, enquan-to a intervenção cirúrgica é in-dicada para pacientes jovens.

“O problema de todas as operações contra o glaucoma

é a cicatrização. Quanto pior é a cicatrização, melhor é o resultado”, ressalta o oftalmo-logista. Em pacientes jovens, o efeito do laser enfrenta re-sistência muito rapidamente. Deste modo, “o laser, abaixo dos 50 anos, praticamente não serve para nada”, acrescenta.

O êxito dos tratamentos depende em grande medida da detecção precoce. Os especia-listas da Clínica Universidade de Navarra ressaltam que o aumento da pressão ocular só pode ser diagnosticado se medido por um oftalmologista.

Atendendo às recomenda-ções da Organização Mundial da Saúde, García afi rma que

as pessoas com antecedentes familiares ou outros fatores de risco devem controlar a pres-são intraocular pelo menos uma vez ao ano. Além disso, aconselha as pessoas sem nenhum tipo de antecedente que, a partir dos 50 anos, vigiem a pressão intraocular anualmente.

O glaucoma avança de maneira silenciosa. Há pes-soas que não visitam nunca o oftalmologista porque aparen-temente têm boa visão. Mas no dia em que, enfi m, decidem marcar uma consulta, podem descobrir que já é tarde de-mais para prevenir a cegueira, aponta o especialista.

O glaucoma é uma doença muito preocu-pante, que surge devido à falta de regulação da pressão intraocular. O aumento da pressão vai danifi cando o nervo ótico. Devido a isso, se perde a visão periférica do olho de maneira paulatina. A visão central pode ser conservada durante muito tempo, o que faz com que a doença muitas vezes passe despercebida.

De fato, o problema fundamental do glaucoma é sua falta de sintomas. “Quando a elevação da pressão intraocular não é muito forte, podem passar mais de dez anos. Às vezes, é possível que transcorram até 18 anos antes de o paciente notar que algo vai mal”, explica Julián García Sánchez, catedrático de Oftalmologia da Universi-dade Complutense de Madri e acadêmico da Real Academia Nacional de Medicina da Espanha.

“A população, em geral, tem cerca de 2% de probabilidade de padecer de glaucoma”, aponta o especialista. No entanto, as pessoas cujo pai, mãe ou irmãos tenham glaucoma multiplicam por cinco esse risco, assinala.

A herança genética é um fator destacado no caso do glaucoma, mas existem outros grupos de risco. Um deles é o das pessoas de idade avançada. “Antes dos 50 anos, a probabilidade de padecer de glaucoma não chega a 0,5%. No

entanto, superados os 70, sem antecedentes de nenhuma classe, aumenta até superar 5%”, aponta o médico.

O risco também é elevado entre os míopes. No entanto, García diz que este grupo não pre-ocupa tanto os especialistas, já que se trata de pacientes “que costumam submeter-se a revisões periódicas, pelo que é mais fácil descobrir a doença”. Além disso, o glaucoma aparece com frequência entre diabéticos e cardiopatas. “Com todas estas pessoas se deve extremar a vigilân-cia”, adverte o oftalmologista.

O PROBLEMA fundamental do glaucoma é a sua falta de sintomas

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13 a 20 de maio de 2012 99EDIÇÃO DO BRASIL

RAPHAEL LABACA:“Bancos e operadoras de cartão de crédito não solicitam dados pessoais por e-mail”

C I D A D E S

B E L O H O R I Z O N T E

T I M Ó T E O

N O V A L I M A

S A N T A L U Z I A

Todas as vezes que eu fecho os olhos tocando aquele meu trompete, eu olho logo no coração da

boa e velha Nova Orleans... Ela deu-me algo pelo que viver”. A frase eternizada na voz do jazzista Louis Armstrong retrata bem o cenário mu-sical que Nova Lima quer traçar para seus músicos. Com bandas de ritmos diversos e que fazem um trabalho de qualidade, o município tem todos os ingredientes para se despontar como produtor musical e seguir os passos das grandes capitais.

A história da música na cidade tem como uma de suas raízes a classe operária que trabalhava na Mina Morro Velho. Ela foi funda-mental para a construção de im-portantes manifestações culturais. O Ciclo do Ouro teve no trabalho escravo sua primeira forma de atuação. No município, o lundu, considerado por muitos o primeiro ritmo afro-brasileiro, criado pelos escravos a partir de batuques, ditava o som com características de danças ibéricas, como o estalar dos dedos, a melodia e a harmo-nia, além do acompanhamento instrumental do bandolim. As apre-sentações contavam ainda com as valsas, abrindo espaço, mais tarde, para as corporações musicais.

União Operária, Sociedade Musical Santa Efi gênia e Sagrado Coração de Jesus fazem parte da história da cidade e são bens cul-turais pertencentes ao conjunto do patrimônio imaterial brasileiro. Elas foram o grande berço para a criação dos grupos de seresta e choro.

O Regional do Sabino, primeiro

expoente de choro em Nova Lima, seguido por grupos como Ferro Velho, Orquestra do Amorim, Ameri-can Jazz, Sexteto de Ouro e muitos outros, fi zeram história na cidade. Um símbolo dessa musicalidade está eternizado na fi gura do sau-doso José Acácio de Assis Costa (Zé Fuzil), que dá nome à Escola Municipal de Música de Nova Lima.

Se nas décadas passadas Nova Lima teve em sua história grandes nomes da música, hoje a cidade abriga centenas de grupos e ban-das que fazem de cada esquina um pequeno palco e têm músicos de sobra para encantar não só os nova-limenses com seus acordes, mas todo o mundo. Em cada canto, a cada esquina de Nova Lima, há sempre instrumentistas, músicos e cantores a embalar os dias com a magia que só a música pode trazer.

RECARGA DE TONERS E TINTAS

MANUTENÇÃO DE IMPRESSORAS

CARTUCHOS COMPATÍVEIS E

CARTUCHOS ORIGINAIS

LOCAÇÃO DE IMPRESSORAS

Golpes por e-mail ainda preocupam especialistas

Agên

cia

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Mensagens CCO

Labaca lembra que muitas pessoas acabam recebendo e-mails falsos ou indesejados, por que não prestam atenção em como estão enviando suas mensagens. “Na correria do dia a dia, ou por estarem ligadas às redes sociais, as pessoas não se atentam na hora do en-vio, e quando vão replicar uma mensagem, não colocam com cópia oculta. Os usuários devem sempre responder aos e-mails, utilizando o ‘cópia oculta’ (CCO), para proteger os endereços eletrônicos dos destinatários e, claro, o dele também”.

Ele acrescenta que não existe um tipo de fraude mais comum, mas que o mais provável é que

a mesma pessoa (cibercriminoso) mande mensagens diferentes para lesar o usuário.

“O mais comum é que a mesma pessoa utilize diferen-tes meios para propagar seu Malware (programa que pode danifi car o sistema geral do com-putador), enviando promoções e etc, obtendo um maior índice de infecção nos computadores dos usuários. Sugiro sempre um antivírus. A educação, ou seja, o cuidado no acesso à internet é um ponto forte e que ajudará as pessoas a se manterem longe dessas ameaças. Mesmo assim, ter atenção e cuidado ao verifi car a sua caixa é primordial”, conclui o especialista.

Felipe José de Jesus

P romoção de calçados, via-gens, computadores etc. Estas são algumas das men-sagens que bombardeiam diariamente as caixas de

e-mail dos brasileiros. Contudo, por trás destas vantagens, existe um perigo: o golpe on-line. De acordo com a Syman-tec, empresa de proteção de dados e gerenciamento de sistemas, de 2011 para 2012, não houve um aumento, mas uma queda de 34% nas fraudes por e-mail, em função das redes sociais, que detêm quase 90% da atenção dos internautas. No entanto, experts em segurança on-line acreditam que, por falta de cautela, muitos usuários ainda caem facilmente nos golpes.

De acordo com Raphael Labaca Castro, especialista em Educação, Conscientização e Pesquisa, da ESET América Latina, empresa de Tecnolo-gia em Segurança da Informação, as pessoas devem olhar com cuidado os e-mails e ver tranquilamente o que estão recebendo. Por isso, ele deixa algumas dicas.

“Hoje é muito comum as pessoas receberem mensagens de empresas renomadas, mas é bom desconfiar, principalmente daquelas que tem muita exposição na mídia. A melhor forma de identifi car se é verdade, é usando os fi ltros antispam, olhando com calma. O objetivo dessa ferramenta é identifi car e-mails falsos. Além disso, o usuário deve prestar atenção se realmente se inscreveu para receber informações daquela empresa que está enviando uma determinada mensagem. Caso contrário, será um bom indicador de spams”, diz.

Outra questão que ele chama a atenção dos internautas é o perigo ao preenchimento de dados pessoais so-licitados por e-mail. “A maioria das em-presas, quando precisa de informações do cliente, pede pela web. Contudo, os usuários devem permanecer atentos para não enviar informações pessoais. Bancos e operadoras de cartão de cré-dito, por exemplo, não solicitam dados pessoais por e-mail, isto é verdade, não pedem jamais. No entanto, caso o usuário fi que em dúvida, ele deve entrar em contato com a empresa que enviou a suposta mensagem, para verifi car se é legítima ou não”.

Cidade do choro,do blues e do jazz

PMN

L

A BANDA nova-limense foi fundada em 7de abril de 1939, por Carlito Cerezo, o paido ex-jogador de futebol Toninho Cerezo

Todas as vezes que eu fecho os olhos tocando aquele meu trompete, eu olho logo no coração da

Cidade comemora aniversáriohomenageando seus benfeitores

PMT

Didico Araújo

José Antônio Araújo nasceu no dia 9 de fevereiro de 1919, em Marliéria, Minas Gerais, e viveu nesta cidade até os 25 anos. Em 1945, na Acesita contratava operários para a cons-trução de casas para seus empregados. Ob-viamente muitos se inscreveram, menos ele, que analisando a terra de boa qualidade do terreno que o pai comprara, preferiu fazer te-lhas para as casas que iriam ser construídas.

José Antônio começou então com a

produção de telhas e isso logo chegou ao conhecimento da empresa que, devido à qualidade do produto, encomendou na época 30 mil unidades. Assim, começou o primeiro negócio da sua vida.

A siderúrgica estava atraindo muitas pes-soas para a região que, na época, não tinha nenhum comércio que vendesse cereais, ferramentas e utensílios. E assim, mais uma ideia tomava a cabeça de José Antônio. A

de montar um armazém. Para tanto, viajou a cavalo por um trecho e completou a viagem na carroceria de um caminhão até a cidade de Dom Silvério. Dias depois chegou a Ti-móteo com 20 animais, que transportavam as mercadorias. Nascia assim o “Armazém do Didico”, com variedades de produtos que, até então, não havia na região. Tudo era em-balado em sacolas de papel. Uma novidade para a época.

Política

Paralelo à vida de negócios, crescia um desejo de melhoria para o pequeno povoado, pertencente a Coronel Fabri-ciano. Melhoria essa que ocorreria com a emancipação político-administrativa. Começou então um movimento no dis-trito, em que fazendeiros, comerciantes, carroceiros, todos iam a Belo Horizonte discutir a possibilidade de emancipação

com o governador Magalhães Pinto. Enfim, em 29 de abril de 1964, acon-

teceu o momento tão esperado pelos moradores: a emancipação de Timóteo. Neste momento as lideranças precisavam organizar estrutura a física e administra-tiva do município. Então, mais uma vez, fazendeiros e comerciantes compraram, do próprio bolso, o gabinete do prefeito.

Toda parte legal da época, foi feita pelo recém formado advogado Ezio Assim Bowen.

Em 1965, houve eleições diretas e José Antônio Araújo, seu Didico, foi eleito o 1º prefeito, que governou até 1967. Didico Araújo foi um cidadão que dedicou muito da sua vida à Timóteo, faleceu em 2010, aos 91 anos de idade.

No aniversário de 48 anos de Timóteo, o prefeito Sérgio Mendes (PSB) entregou a “Me-dalha Didico Araújo” a alguns benfeitores de diversas áreas públicas e privadas, que contri-buíram para o desenvolvimento da cidade. O nome da medalha foi escolhido em homenagem ao primeiro prefeito da cidade, o senhor José Antônio de Araújo, conhecido como Didico Araújo.

Este ano, foram agraciados a senhora Maria da Conceição Aparecida e os senhores Ma-noel Felix de Souza, Geraldo dos Reis Ribeiro, Newton de Almeida, Argental Ferreira da Silva e José Brasil. Seguindo o que determina o decreto nº 4194/2011, os homenageados foram escolhidos através de uma Comissão Especial de Agraciamento.

“A ‘Medalha Didico Araújo’ foi criada com o intuito de prestar uma homenagem às pessoas que, de alguma maneira, parti-ciparam da construção da his-tória do município, seja na área cultural, religiosa, econômica ou social. São cidadãos que servem como exemplo para to-dos nós pelo seu passado, mas, sobretudo, por permanecerem atuantes na comunidade com

projetos e ações de cidadania. São pessoas que engrandecem a nossa cidade”, destacou o prefeito Sérgio Mendes.

DIDICO Araújo foi o 1ºprefeito de Timóteo

Mães são homenageadas no SESC

PMSL

A equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Londrina da Se-cretaria de Saúde de Santa Luzia realizou, no dia 09 de maio, uma homenagem às mães. O evento teve teatro, dança, música, exer-cícios de tai-shi-shuan e muito bolo. De acordo com a organização, o objetivo do evento cultural foi o for-talecimento dos vínculos entre as equipes de Saúde da Família, bem como a socialização e a integração entre usuários do distrito do bairro. Mais de 150 pessoas participaram do evento.

Cinco mães, represen-

tando os bairros das Unida-des Básicas de Saúde do Baronesa, Jabaquara, Lon-drina, Luxemburgo e Sesc receberam faixas de “Mãe 2012”, fl ores e presentes. “Receber esta homenagem é uma alegria para mim. Estou emocionada”, disse Maria Matilde, de 84 anos, com três filhos adotados. Já a usuária Danuza Maria de Souza, de 28 anos disse que a gravidez foi difícil, mas superou a situação. “Minha fi lha tem hoje dez anos e a criei sozinha. É muito bom ser reconhecida como mãe e mulher”, concluiu.

Durante a homenagem,

a primeira-dama e secretária de Desenvolvimento Social, Jane Dorneles, afi rmou que ser mãe é uma dádiva e que as mulheres precisam ter coragem, força e paciência em tempos difíceis. “Para as mães que sofrem com maridos e fi lhos principal-mente nas drogas, deixo um recado para que se-jam fortes, fi rmes e tenham muita confi ança em Deus”, completou Jane.

Além da primeira-dama, autoridades da saúde par-ticiparam do evento, como o secretário municipal de Saúde, Antônio Teixeira da Costa (Bilé), as coordenado-ras do PSF e da Assistência Social da Saúde, Nádia Cristina e Marta Barnabé, e a psiquiatra do NASF, Dra. Taís.

AS MÃES receberam fl ores e presentes

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13 a 20 de maio de 2012 1111EDIÇÃO DO BRASIL C I D A D E S

MONTES CLAROS:Churrascaria ChimarrãoChurrascaria e Pizzaria PapaulaBar do Toco ChurrascariaRestaurante Sabor e SaúdeChicos Pizzaria e ChurrascariaUai Tchê CervejariaLumas ChurrascariaArmandos RestauranteRestaurante FavoritoBar e Restaurante Quintal

IPATINGARestaurante Tempero MineiroRestaurante Sabor e AromaRestaurante Bom ApetiteRestaurante D’LucasRestaurante Vovó Efi gêniaRestaurante Popular

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Conferência debate direitosdas pessoas com defi ciência

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A terceira edição da Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Defi ciência foi realizada na semana passada, no au-ditório da Escola Técnica, em Montes Claros, com a presença de cerca de 200 representantes do poder público e de diversas enti-dades da sociedade civil.

Com o tema “Um olhar através da Convenção so-bre os Direitos da Pessoa com Defi ciência, da ONU: Novas Perspectivas e De-safi os”, a iniciativa foi pro-movida pela Coordenadoria de Apoio e Assistência à Pessoa com Deficiência

(CAAD), da Secretaria de Desenvolvimento Social, em parceria com o Conselho Municipal em Defesa dos Direitos da Pessoa com Defi ciência e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social.

A coordenadora da CAAD, Elizabeth Amaral, acredita que o objetivo proposto pela conferência foi atingido plenamente, através da troca de expe-riências e da elaboração de propostas de políticas públicas que contemplem a reestruturação dos direitos da pessoa com defi ciência.

Entre as 16 propostas

aprovadas, e que serão levadas pelos 12 delegados eleitos até a Conferência Estadual, que acontecerá entre 29 e 31 de maio, em Belo Horizonte, estão a criação de espaços de acessibilidade de comuni-cação tecnológica, como salas de cinema, teatro e quadras esportivas, a pre-sença de um intérprete em Libras em todos os eventos públicos e a implementação de políticas para priorizar o atendimento nas redes de atenção à saúde.

Também foi aprovada a proposta que aumenta o número de entidades cre-denciadas para fazer aten-dimento terapêutico junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) e a obrigatoriedade, em todos os cursos de nível superior, de noções, defi ni-ção, patologia e legislação sobre as deficiências, a criação de equipes médicas itinerantes e multidisciplina-res para avaliação e aten-dimento a pacientes com difi culdades de locomoção e a formação de uma equipe específi ca para atendimento nos órgãos públicos de so-corro emergencial.A CONFERÊNCIA foi bem prestigiada

Plano Municipal de Cultura

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Vários grupos de música, capoeira, dança e congado, além de escritores e poetas, participaram do encontro de apresentação da “Elabora-ção do Plano Municipal de Cultura”, promovido pela Prefeitura de Santa Luzia, no Bairro Cristina. Cerca de 100 pessoas estiveram no evento. Dos mais de cinco mil municípios brasileiros, Santa Luzia está entre as 20 cidades contempladas pelo projeto do Ministério da Cultura.

O objetivo do Governo Federal é criar instrumentos de gestão para acompanhar a avaliação das políticas públicas e estabelecer par-cerias entre os setores pú-blicos e privados nesta área.

No Cristina e no Bairro Bom Destino, a tarefa é identifi car os grupos cultu-rais envolvidos na comuni-dade. A apresentação do plano foi bem recebida. “O desenvolvimento do ser humano perpassa pela cul-tura, que o amplia e o po-tencializa através da arte. Nossa cidade está madura para receber este plano e

tenho certeza que colhere-mos bons frutos no futuro”, afi rma o educador social e professor de dança, Waldir Sandro Marques.

O núcleo executivo do plano é formado por repre-sentantes da Secretaria de Cultura e por membros do Conselho Municipal de Políticas Culturais. A meto-dologia é dirigida pela Uni-versidade Federal da Bahia (UFBA), entidade responsá-vel pelo desenvolvimento e aplicação do processo de elaboração dos planos em todo o país.

O plano será apresenta-do à Câmara Municipal para aprovação do texto da lei, instituindo essa ferramenta de gestão no setor cultural do município. “Creio que este plano não é mais uma teoria e sim a garantia efe-tiva de uma política pública de apoio à cultura”, afi rma Gibram Muller, do grupo cultural “Ponto de Cultura Arte 22”, de Santa Luzia. O próximo evento será re-alizado no dia 19 de maio, às 09h, na Escola Jaime Avelar Lima, no Bairro Bom Destino.

A CAPOEIRA foi uma das atrações do evento

CNTUR SOLICITA AUDIÊNCIA PÚBLICAO presidente da Confedera-

ção Nacional do Turismo, Nelson de Abreu Pinto, enviou ofício ao deputado José Rocha, presi-dente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara Federal, solicitando a convocação de uma Audiência Pública para discutir a desoneração ampla ao setor produtivo do turismo brasileiro.

A solicitação tem como base a inclusão de um item do turismo, a hotelaria, dentre as atividades econômicas referenciadas no Plano Brasil Maior, anunciado recentemente pela presidente Dilma Rousseff, como estímulo ao crescimento econômico do país. Em sua carta, o presidente da CNTur destaca:

“A desoneração do turismo é uma das mais antigas reivindica-ções desta Confederação, que a vem discutindo como tema princi-pal em seus diversos congressos, fóruns e seminários, por ver na iniciativa a única forma de tornar a atividade turística menos onerosa ao setor produtivo e, consequen-temente, com menor custo ao consumidor fi nal – o turista. Aplau-dimos a iniciativa da presidente Dilma Rousseff quando incluiu, no conjunto de medidas de estímulo à economia nacional, a hotelaria, aliás, com muita justiça, no Plano Brasil Maior, do Governo Federal. No entanto, talvez por falta de maiores informações, deixou de benefi ciar a grande máquina pro-

dutiva do turismo brasileiro, que são os setores da gastronomia, operadores e agentes de viagens, parques temáticos, empresas de diversão e lazer, organizadores de eventos, dentre outras, embora sejam eles o cerne de sustentação e base da atividade”.

Nelson da Abreu Pinto afi rma que um dos principais gargalos do turismo brasileiro é apontado no seu custo operacional, o que torna a ati-vidade cara no país, especialmente pelo excesso de tributos, taxas que oneram sobremaneira a produção. Por essa razão é da maior justiça que esse setor, considerado essen-cial, tenha um tratamento especial, para que o turismo realmente se desenvolva no Brasil.

Por que esse privilégio? A apresen-tadora Xuxa Meneguel foi ao Consulado americano no Rio para renovar seu visto, recebendo tratamento VIP.

Minha Casa, Minha Dívida. Ao com-prar um apartamento fi nanciado pela Caixa Econômica Federal, do programa “Minha Casa, Minha Vida”, é bom o comprador tomar cuidado para não transformar o sonho da casa própria em “Minha Casa, Minha Dívida”.

Dilma não vai conseguir. Com tanta mudança, a estratégia do Governo Federal de fazer a economia crescer 4,5% esse ano já dançou. Se o PIB brasileiro crescer 3% está bom demais.

Jogou verde e colheu maduro. O comentário no meio artístico sobre a atriz Carolina Dickmann, que teve fotos íntimas publicadas na internet, é que ela conseguiu uma projeção internacional. O “problema” das fotos da atriz é tão “grave” que ela recorreu a Rodrigo Pimentel, “comenta-rista” de segurança, ex-policial do BOPE. O Brasil vai parar por causa das fotos da mocinha Carolina Dickmann. Será que o Brasil vai parar por causa da Carolina? Gente, que país é esse?

Morte por raios. O número de mortes causadas por raios em todo o território nacional no ano passado fi cou em 81, segundo balanço feito pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A cada 50 mortes por raios no mundo, uma é no Brasil. O país é campeão mundial em in-cidência de descargas anuais e teve quase 1.500 vítimas fatais nos últimos 12 anos.

Crime contra crianças. A Câmara Federal aprovou projeto de lei que amplia o prazo de prescrição de crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Segundo o projeto, que vai à sanção presidencial, o tempo para que um crime prescreva come-ça a ser contado a partir da data em que

a criança completar 18 anos e não mais da data em que ocorreu o crime. A nova lei dará à vítima do crime e às autoridades maior prazo para apurar o caso.

Cabral não descobriu o Brasil. O go-vernador do Rio, Sérgio Cabral, aumentou em quase 300% os gastos da administra-ção estadual com diárias no exterior desde 2007. Naquele ano, foram pagos R$ 663 mil para esse tipo de despesa, contra 3,2 milhões em 2011 – aumento nominal de 391%. Atualizando valores pela infl ação, o aumento fi ca em 294%.

Cidadão Honorário. A solenidade de entrega do Título de Cidadania Honorá-ria ao amigo e deputado estadual, Délio Malheiros, ocorrida na Câmara Municipal de Belo Horizonte, no dia 07 de maio, foi bastante concorrida e prestigiada pelo mundo político de Minas Gerais. Marcaram presença na solenidade o governador de Minas em exercício, deputado Dinis Pinheiro; o secretário de Estado do Gover-no, amigo Danilo de Castro; o presidente da OAB-MG, Luiz Cláudio Chaves, além de dezenas de vereadores, secretários, deputados federias e estaduais. Após a solenidade, foi servido um coquetel.

Péssima educação. No Maranhão, o sobrenome Sarney está em 161 escolas, mas 61% dos moradores não têm ensino básico. O Maranhão, onde quase 40% da população vive no campo, é uma espécie de campeão das estatísticas negativas. Enquanto o Brasil tem 28% de trabalha-dores sem carteira assinada, o percentual no estado supera os 50%. Conclusão: educação no Maranhão só na fachada.

Dólar caro, preços altos. A culpa agora é do dólar que saiu de R$ 1,60 e foi para R$ 1,90. Soja, carne, margarina, químicos e celulose no atacado dispara-ram, sem contar o nosso tradicional feijão carioquinha, que está R$ 8,00. O salário mínimo, que chegou a valer US$ 390, hoje está valendo US$ 325.

TURISTAS ESTRANGEIROS

Foi “recorde” o número de turistas estrangeiros no Brasil em 2011. O país recebeu 5.433.354 visitantes, segundo levantamento do Ministério do Turismo, com base nos dados da PF. Foram 271.975 pessoas a mais que em 2010. Esses números come-morados pelo Ministério do Turismo são ridículos.

ATENTADO A JORNALISTASA Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SDH) criará um ob-

servatório para acompanhar investigação de atentados cometidos contra jornalistas. A decisão foi anunciada pela ministra Maria do Rosário, após encontro com representantes da Associação Nacional de Jornalistas (ANJ), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Fe-deração Nacional de Jornalistas (Fenaij) e Altercom, representante dos comunicadores de blogs, que estiveram em Brasília para pedir a federalização dos crimes contra profi ssionais da imprensa. Também deve ser aberto um canal de comunicação direta com o governo para denunciar ameaças à liberdade de expressão.

Fernando Coura, o secretário de Meio Ambiente, Adriano Magalhães,o jornalista Iran Firmino e Getúlio Amorim em recente evento do Sindiextra

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Page 12: jornal Edição do Brasil

13 a 20 de maio de 20121212 EDIÇÃO DO BRASILE S P O R T E

M I N E I R I N H O

Mancini deixa Tocaapós mais um fi asco

D epois da eliminação do Cruzeiro frente ao Atlético/PR na

Copa do Brasil, na despe-dida da Arena do Jacaré, não foi surpresa para nin-guém o pedido de demis-são feito pelo técnico Vág-ner Mancini. Pressionado desde o ano passado, o treinador havia ganhado um oxigênio a mais pela histórica goleada aplicada em cima do Atlético, pelo placar de 6 x 1. Mas o pífi o desempenho dos celestes nesse primeiro semestre foi sufi ciente para deixar Mancini sem saída.

Ao todo, o treinador co-mandou o Cruzeiro por 32 vezes, com 15 vitórias, sete empates e dez derrotas. Ele lamentou a pressão que vinha sofrendo por par-te da torcida. “No momento mais difícil de cada um de nós, você é a única pessoa que pensa somente em você. Ninguém pensa por nós, ninguém que veio até o estádio aqui hoje lembrou daquilo que foi feito ao longo desses oito meses. Gostaria também de lem-brar alguns aspectos que neste momento considero importantes. Um deles é que o clube foi deixado na minha mão e da minha equipe no momento mais delicado da história do

Cruzeiro, e nós deixamos a equipe na Série A. Este ano o trabalho acabou não fl uindo e por isso entreguei o cargo”, desabafou. Ele admitiu que mesmo se o Cruzeiro se classifi casse para a próxima fase, ele manteria o pedido de de-missão.

Apesar de não criticar diretamente o treinador, o presidente Gilvan de Pinho Tavares deixou a entender que não estava satisfeito com o trabalho de Mancini, sobretudo no que diz res-peito à parte tática da equi-pe. “Acho que jogar com dois jogadores no meio-de--campo é muito perigoso. Ninguém joga dessa forma no Brasil. O time se expôs demais, os zagueiros fi cam expostos, os laterais que

antes eram bons passam a não ficar no gosto da torcida, porque eles fi cam vulneráveis. Todo mundo sabe disso”, tentou justifi -car o mandatário celeste, após a eliminação.

Apesar de “creditar” categoricamente a elimi-nação ao treinador, Gilvan também reconheceu que o time ainda precisa se reforçar para a disputa do Campeonato Brasilei-ro. “Precisamos e vamos, com urgência, contratar jogadores. Nós sabemos as posições que estamos carentes, mas não vamos nos precipitar, antes de contratar o novo treinador. Eu acho que é uma teme-ridade, porque temos que conversar primeiro com o novo treinador e saber com

que jogadores ele quer contar”, revelou.

Repercussão no grupoSe reforços chegarão,

alguns jogadores também deixarão a Toca da Ra-posa, segundo afi rmou o presidente celeste. “Nós já sabemos que não vamos contar com alguns jogado-res do atual plantel. Vamos emprestar e vender joga-dores”, disse Gilvan, que preferiu não citar nomes.

Um dos pivôs da elimi-nação cruzeirense, após ser expulso ainda no pri-meiro tempo, o meia Ro-ger é um dos que podem deixar a Toca da Raposa. “De todo o grupo, o que tinha mais ligação com o Vágner talvez fosse eu. Não sei se tínhamos outros jogadores com a ligação afetiva tão forte quanto eu. Ele me disse que são ciclos, e que o dele havia terminado no Cruzeiro. Estou muito triste, viver e trabalhar com essa pres-são é complicado.

No primeiro jogo do campeonato aconteceu uma derrota e a torcida já estava questionando o trabalho dele. Ele soube o momento de pedir de-missão. A gente entende e compreende, mas não fi car triste é impossível”, disse o meia celeste.

Presidente da CBF se vê ameaçado e ataca Mano para derrubar Andres

VÁGNER MANCINI não conseguiu dar ritmo ao time

Div

ulga

ção

V oltaram a circular na CBF informações de que o presidente

José Maria Marin prepara a queda de Andres San-chez do cargo de diretor de seleções. Os tiros que dá em Mano Menezes visariam, na verdade, o ex--presidente do Corinthians. Resultados pífi os da Sele-ção serviriam de pretexto para a demissão daquele que considera candidato à sua própria cadeira.

Marin voltava da Su-íça, onde se reuniu com membros da Fifa, e não foi encontrado para comentar. Sanchez diz que não sabe “de nada”. Há dois meses na presidência da CBF, após a renúncia de Ricardo Teixeira, José Maria Marin já discordou algumas ve-zes do diretor de seleções da CBF, Andres Sanchez.

No início do mês passa-do, Marin nomeou chefes de delegação para as sele-ções masculina e feminina para a Olimpíada de Lon-dres. No entanto, Andres

era contrário a ideia. Na opinião do ex-presidente do Corinthians, os times feminino e masculino não deveriam ter esses cargos em Londres por causa do reduzido número de cre-denciais concedidas pelo Comitê Olímpico Interna-cional.

No masculino, o es-colhido foi Delfi m Pádua Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense de Futebol, enquanto Patrí-

cia Amorim, presidente do Flamengo, foi a escolhida para a feminina. A dirigente aceitou, mas posteriormen-te rejeitou o convite.

Além de discordar sobre os chefes de delegação, Marin também discorda de Andres Sanches sobre a prioridade dos Jogos Olím-picos de Londres. Logo que assumiu o cargo de diretor de seleções da CBF, o ex-presidente do Corin-thians afi rmou que o ouro

olímpico não é prioridade. Já Marin diz que não está “medindo esforços para a seleção olímpica” conquis-tar a medalha dourada.

Mano entendeu o reca-do e afirmou que vai prio-rizar os jogadores com idade olímpica nos pró-ximos quatro amistosos: Dinamarca (26 de maio), Estados Unidos (30 de maio), México (3 de ju-nho) e Argentina (9 de junho).

JOSÉ Maria Marin está há dois meses na presidência da

CBF

CBF

Independência: Casa nova com

velhos problemas

O estádio Independência vive neste domingo uma grande festa com a decisão do Cam-

peonato Mineiro, entre América e Atlético. Majestoso, bonito, moderno, o estádio se transformou na nova Arena Independência, recebida pelo torcedor mineiro como um novo cartão postal da cidade. O que, de fato, é. Quem frequentava o velho estádio do Horto e chega agora no Independência se impressiona com a bela arquitetura da arena.

Mas quem frequenta a Arena Independência para trabalhar, como nós, cronistas, sentimos na pela que a nova casa preservou velhos problemas funcionais. E o pior. Em alguns casos, ampliou e criou novos problemas. As poucas vagas de estacionamento que a imprensa tinha desapareceram, o acesso entre setores do estádio viraram obstácu-los praticamente intransponíveis e a privacidade e tranquilidade para o trabalho dos profi ssionais de impren-sa, que antes eram mínimas, viraram situação de alto risco. Os jornalistas estão expostos ao irracionalismo comum dos estádios de futebol, entregues à sorte em sua jornada de trabalho.

Esses problemas e desconfor-tos enfrentados nos três primeiros jogos, porém, não ocorreram por falta de ação da AMCE – Associação Mineira de Cronistas Esportivos. Fal-ta de internet, de estacionamento, de privacidade; escassez de cabines e difi culdade de acesso às dependên-cias do estádio, entre outros, foram temas exaustivamente discutidos em diferentes reuniões com o go-verno, responsável pela construção do estádio, e posteriormente com representantes da BWA, empresa que administra o Independência.

Tivemos o cuidado de apontar todos os problemas quando o está-dio estava ainda em fase de projeto, lá atrás na gestão do governador Aécio Neves. Também foram reali-zadas pelo menos quatro reuniões oficiais com o atual governador Antonio Anastasia e, depois, com o secretário Extraordinário para Copa do Mundo, Sérgio Barroso, e sua equipe executiva. Em todos os encontros formais cobramos, justamente, aumento de número de cabines e postos de trabalho, além da manutenção de estaciona-mento e de cadeiras no Mineirão e Independência, para acomodar os cronistas em serviço com segurança e o mínimo de conforto.

A BWA, empresa que administra pela primeira vez um estádio, está pagando por sua inexperiência. Demonstra interesse em atender nossas reinvindicações, mas esbarra na falta de prática. Na distribuição das poucas cabines de imprensa acatou um ranking de frequência de emissoras no Mineirão e Arena do Jacaré, informado pela AMCE, mas cometeu o erro de não permitir que a própria entidade fizesse a distribuição dos espaços. Com isso, acabou privilegiando emissoras e provocando o descontentamento na maioria.

Realizamos uma vistoria téc-nica no estádio dias antes de sua

reabertura, com uma comissão formada por colegas de diferentes veículos. Listamos uma série neces-sidades e enviamos para a Secopa e BWA. Colocamos-nos, inclusive, a disposição para resolver alguns desses problemas, o que não nos permitiram. Resultado: pouca coisa foi resolvida até agora.

Na questão do estacionamento, pedimos pelo menos 250 vagas para imprensa, número que tínhamos no Mineirão. No primeiro momento, negaram qualquer espaço para veículos da imprensa. Depois de muita negociação conseguimos a li-beração do estacionamento na parte de baixo do estádio (Rua Esmênia Tunes) apenas para os carros das empresas, que transportam os equi-pamentos e as equipes de trabalho.

Estamos tentando com a BHTrans a liberação de uma parte da Rua Esmênia Tunes, para usarmos como estacionamento. A empresa ainda estuda o nosso pedido. Obser-vamos espaços ociosos no estádio que estamos pleiteando até que se encontre uma solução defi nitiva.

A internet no estádio, essencial para nosso trabalho, foi uma de nossas primeiras cobranças. Está prometida para hoje. Durante a semana, a informação passada pela assessoria da BWA era de que a empresa estaria negociando comercialmente com as operadoras e fecharia com uma delas antes do fi m de semana.

O que nos preocupa muito é a segurança. Nada vale ter um estádio bonito, moderno se ele não for segu-ro. Mostramos, nos primeiros jogos, risco que representa os profi ssionais de imprensa utilizar de acessos co-muns aos torcedores antes, durante e depois dos jogos. Pedimos que neste domingo os cronistas usem o portão de serviço da Rua Pitangui, mas ainda há resistência por parte dos operadores do estádio.

Com tantos problemas, solicita-mos uma reunião emergencial com a diretoria da BWA, quando apre-sentaremos as possíveis soluções. O encontro está previsto para esta semana, quando o presidente da empresa estará em Belo Horizonte. Só que no último jogo tivemos 367 profi ssionais trabalhando, número que deve subir em pelo menos 20% nesta fi nal. E não podemos esperar indefi nidamente por soluções que precisam ser imediatas.

Curso Estão abertas as inscrições para

o curso de inglês da AMCE. Com uma metodologia exclusivamente desenvolvida para quem busca o aprendizado rápido e efi caz, para trabalhar nos eventos esportivos, o curso acontecerá na “Sala de Aulas AMCE”, no Edifício Helena Passig, em plena Praça Sete. As vagas são limitadas e podem ser reservadas pelo telefone 31 3481-9796, ou pelo site www.amce.org.br.

DentistaO Consultório Odontológico da

AMCE também já está funcionando no Edifício Helena Passig, à dispo-sição de associados, dependentes e pessoas indicadas. Informações e consultas: (31) 3481-9796 ou pelo site www.amce.org.br.

Carlos Cruz – presidente da AMCE (Associação Mineira de

Cronistas Esportivos)

*Carlos Cruz

Por Leandro Lopes

H á um ditado que diz: a pressa é inimiga da perfeição. No caso do trânsito, ela é hostil aos bons

modos. De acordo com o gerente de Educação da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte S/A – BHTrans, César Teixeira Lopes, em mo-mentos diferentes, as pessoas agem de forma diferente. “Se você está atrasado para uma reunião, por exemplo, você tende a não promover gentilezas nas ruas. Porém, quando você sai de casa cedo, você fi ca mais cordial”, resume.

A conclusão de César é uma resposta à pergunta: os mineiros são educados ao volante? A questão é bem subjetiva, mas o cotidiano nas vias belo-horizontinas permite deduzir que se não são tão mal-educados quanto motoristas de outros estados, ainda assim, é preciso melhorar. E, para isso, as locadoras podem contribuir. O Sindloc-MG quer fazer sua parte e incentivar os profi ssionais do segmento a orientar seus clientes.

“Informações simples podem fazer a diferença para quem vai ganhar as ruas com um carro alugado. Por exem-plo, não custa nada ao atendente da locadora falar sobre horários de picos na capital mineira. Assim, o locatário pode evitar determinados momentos do dia e diminuir o número de automóveis nas vias”, afirma Leonardo Soares, presidente do Sindloc-MG.

A primeira sugestão que as locado-ras podem fornecer é a de que saiam mais cedo. Quanto mais tempo o cliente tiver para chegar ao seu destino, mais gentileza ele promoverá. “Além disso, ele evita cometer infrações de trânsito”, lembra César. A ausência de multas é também um excelente negócio para as locadoras de automóveis.

Outra sugestão do gerente de Educação da BHTrans é a programa-ção do itinerário. Algo também simples de ser repassado para os clientes nas

locadoras. “Isso mesmo. Uma boa orientação de trajeto pode contribuir muito”, concorda Leonardo.

Além disso, orientações básicas como beber e não dirigir, usar o cinto de segurança e as cadeirinhas para as crianças já são, de algum modo, uma forma de ajudar.

Para César Teixeira Lopes, as loca-doras podem ir além e participar mais aproximadamente das campanhas da BHTrans. “Podemos fazer um discurso único e as dicas dos profi ssionais do setor de locação podem estar sinto-nizadas com as nossas ações. Por exemplo, vamos soltar uma campanha sobre faixa de pedestre. Junto com todo o nosso trabalho nas ruas, as empresas podem divulgam, dentro dos escritórios, os mesmos ideais. Isso internalizaria na cabeça dos clientes a importância da-quele gesto específi co”, detalha César.

Pelo Sindloc-MG, isso já pode acontecer. “Queremos paz no trânsito, queremos melhorar a vida dos nossos clientes e de todos. Vamos começar a estreitar as relações com o departamen-to de educação da BHTrans e repassar essas dicas a todos os associados”, promete Leonardo.

Algumas orientações- Incentivar o motorista a sair mais

cedo. Quanto mais tempo o seu cliente tem para chegar ao seu destino, mais gentileza ele promoverá nas ruas;

- Programar o itinerário. Saber por onde passar e evitar avenidas con-gestionadas contribui para um trânsito melhor. Basta, para isso, que o cliente detalhe seu destino e o atendente trace para ele um bom caminho;

- Orientar ações básicas como “se beber não dirigir”.

- Estar em sintonia com as campa-nhas promovidas pela BHTrans.

*Leandro Lopes é jornalista do Sindloc-MG, repórter do Programa Diverso, da Rede Minas de Televi-

são e editor do www.blogdaslocadoras.com.br.

A pressa é inimiga da educação