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Introdução O programa da disciplina de Ciências Naturais para o 6º ano de escolaridade sugere que ao longo do ano letivo o aluno deve desenvolver um conjunto de atividades específicas, que devem contribuir para o seu desenvolvimento. Assim, o aluno deve cooperar e colaborar em atividades de grupo, ao mesmo tempo que revela curiosidade e espírito de abertura e desenvolve o seu pensamento crítico. Deste modo, a educação em Ciências contribuirá para o desenvolvimento e a compreensão quer de si próprio, quer do mundo que o rodeia. Além disso, o aluno passa a desempenhar um papel central na sua própria aprendizagem, assumindo o professor o papel de facilitador do conhecimento, disponibilizando pistas que o aluno poderá explorar por si próprio, desenvolvendo simultaneamente as suas competências (ME-DGEBS, 1991). As atividades experimentais sugeridas neste documento vão ao encontro dos objetivos sugeridos no programa da disciplina de Ciências Naturais do 6º ano de escolaridade (ME-DGEBS, 1991), bem como nas metas curriculares propostas para este nível de ensino (Bonito, Morgado, Silva, Figueira, Serrano, Mesquita & Rebelo, 2013), nomeadamente no que diz respeito à aplicação de conceitos científicos na resolução de problemas e às características do trabalho científico, nomeadamente interpretar dados e tirar conclusões. O presente documento pretende contribuir para o auxílio de professores e alunos no desenvolvimento de atividades relativas aos temas «Água e mudanças de estado físico», «Seres vivos: plantas e animais» e «Universo e Sistema Solar – dinâmica da Terra», para o 6º ano de escolaridade. Contudo, este guião apenas faculta sugestões, podendo estas ser (re) ajustadas pelo professor de acordo com as especificidades dos alunos envolvidos. Propostas de atividades para o 2º ciclo do ensino básico Nesta secção do documento apresentam-se sugestões para a realização das atividades. Tal como referido anteriormente, estas atividades enquadram-se nos seguintes temas genéricos: 1) Água e mudanças de estado físico; 2) Seres vivos: plantas e animais; 3) Universo e sistema solar – dinâmica da Terra.

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Introdução

O programa da disciplina de Ciências Naturais para o 6º ano de escolaridade sugere que ao longo

do ano letivo o aluno deve desenvolver um conjunto de atividades específicas, que devem

contribuir para o seu desenvolvimento. Assim, o aluno deve cooperar e colaborar em atividades

de grupo, ao mesmo tempo que revela curiosidade e espírito de abertura e desenvolve o seu

pensamento crítico. Deste modo, a educação em Ciências contribuirá para o desenvolvimento e

a compreensão quer de si próprio, quer do mundo que o rodeia. Além disso, o aluno passa a

desempenhar um papel central na sua própria aprendizagem, assumindo o professor o papel de

facilitador do conhecimento, disponibilizando pistas que o aluno poderá explorar por si próprio,

desenvolvendo simultaneamente as suas competências (ME-DGEBS, 1991).

As atividades experimentais sugeridas neste documento vão ao encontro dos objetivos

sugeridos no programa da disciplina de Ciências Naturais do 6º ano de escolaridade (ME-DGEBS,

1991), bem como nas metas curriculares propostas para este nível de ensino (Bonito, Morgado,

Silva, Figueira, Serrano, Mesquita & Rebelo, 2013), nomeadamente no que diz respeito à

aplicação de conceitos científicos na resolução de problemas e às características do trabalho

científico, nomeadamente interpretar dados e tirar conclusões.

O presente documento pretende contribuir para o auxílio de professores e alunos no

desenvolvimento de atividades relativas aos temas «Água e mudanças de estado físico», «Seres

vivos: plantas e animais» e «Universo e Sistema Solar – dinâmica da Terra», para o 6º ano de

escolaridade. Contudo, este guião apenas faculta sugestões, podendo estas ser (re) ajustadas

pelo professor de acordo com as especificidades dos alunos envolvidos.

Propostas de atividades para o 2º ciclo do ensino básico

Nesta secção do documento apresentam-se sugestões para a realização das atividades. Tal como

referido anteriormente, estas atividades enquadram-se nos seguintes temas genéricos: 1) Água

e mudanças de estado físico; 2) Seres vivos: plantas e animais; 3) Universo e sistema solar –

dinâmica da Terra.

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Atividade 1 – Água e Sal

Resumo da atividade

Os conceitos relativos às mudanças de estado físico e à dissolução de substâncias em água são

referidos implicitamente nos documentos organizadores do ensino das Ciências Naturais do 2º

ciclo do ensino básico, nomeadamente aquando da referência à identificação laboratorial de

algumas propriedades da água.

A finalidade desta atividade é proceder à dissolução de cloreto de sódio (vulgar sal de cozinha)

em água numa primeira fase e, posteriormente, deixar a água evaporar, observando o resultado

desse processo. Deste modo, os conceitos-chave envolvidos nesta atividade são os seguintes:

- a solubilidade diz respeito à capacidade de uma substância se dissolver num líquido. O solvente

é a substância que dissolve e o soluto é a substância que é dissolvida;

- a água tem a capacidade de dissolver uma grande quantidade de solutos, como o sal de

cozinha;

- a evaporação consiste na passagem de uma substância do estado líquido para o estado gasoso;

- a água evapora à temperatura ambiente e, no caso da atividade proposta, o sal cristaliza à

medida que decorre essa evaporação.

Protocolo da atividade

Material:

- gobelet de 250 mL;

- espátula/colher;

- vareta;

- água;

- cloreto de sódio (vulgar sal de cozinha);

- lupa.

Procedimento – Nesta atividade pretende-se dissolver cloreto de sódio em água e,

posteriormente, observar os cristais que se formam por evaporação da água. Assim, a questão-

problema em análise durante esta atividade é a seguinte: «Como é que se processa a dissolução

e a evaporação de substâncias em água?».

Esta atividade refere-se à dissolução do cloreto de sódio em água e posterior evaporação do

solvente. Na primeira fase os alunos devem deitar água no gobelet até à sua capacidade máxima

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e colocar duas colheres de cloreto de sódio, com o auxílio da espátula. De seguida, os alunos

mexem muito bem com a vareta até o cloreto de sódio estar completamente dissolvido. Esta

operação deve ser repetida até já não ser possível dissolver mais cloreto de sódio em água, ou

seja, até se obter uma solução saturada.

Na segunda fase da experiência os alunos colocam este gobelet num local onde seja possível

ocorrer a evaporação da água, por exemplo, no parapeito de uma janela. Após alguns dias é de

esperar que toda a água tenha evaporado e observam-se os cristais de cloreto de sódio. Por fim,

os cristais de cloreto de sódio devem ser observados à lupa.

No final da experiência os alunos devem ser capazes de reconhecer que a água é o solvente, o

cloreto de sódio é o soluto e que quando o cloreto de sódio é dissolvido na água forma-se uma

solução. Para tal sugere-se que os alunos registem as suas observações numa tabela semelhante

à tabela 1. Na coluna da esquerda os alunos deverão registar as diferenças entre soluto, solvente

e solução, por exemplo, através de um esquema. Por seu lado, na coluna da direita os alunos

devem efetuar um desenho das observações que realizaram com o auxílio da lupa. O anexo 1

apresenta uma proposta para a folha de registo do aluno.

Dissolução do cloreto de sódio Evaporação da água

No final da atividade os registos dos alunos devem ser semelhantes aos apresentados na tabela.

Dissolução do cloreto de sódio Evaporação da água

(Retirado de: Ramos & Lima, 2012)

(Retirado de: http://portuguese.alibaba.com/product-

gs/sodium-chloride-95--202026803.html)

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Atividade 2 – Órgãos respiratórios de um peixe

Resumo da atividade

Os animais apresentam diferentes modos de efetuar trocas gasosas com o meio exterior. A

atividade «Órgãos respiratórios de um peixe» enquadra-se no estudo da importância dos órgãos

respiratórios dos animais nas trocas gasosas. Através da atividade realizada os alunos poderão

identificar os órgãos respiratórios envolvidos na hematose branquial e relacionar o habitat dos

animais com os diferentes processos respiratórios.

Os conceitos-chave envolvidos nesta atividade são os seguintes:

- os órgãos respiratórios dos peixes são as guelras ou brânquias, que se encontram na câmara

branquial e que estão protegidas pelo opérculo;

- os peixes extraem o oxigénio da água, através das brânquias;

- os peixes realizam hematose branquial.

Protocolo da atividade

Material:

- 1 peixe (por exemplo, carapau, cavala ou dourada);

- garrafa de esguicho com água;

- pinça;

- tabuleiro;

- caixa de Petri;

- tesoura;

- luvas;

- lupa.

Procedimento – O principal objetivo desta atividade é proceder à análise da estrutura das

brânquias e inferir a sua importância no processo de trocas gasosas, em meio aquático, nos

peixes. A questão-problema desta atividade é a seguinte: «Como é que os peixes respiram na

água?».

Esta atividade deve ser efetuada em pequenos grupos de alunos. No início cada grupo calça as

luvas e coloca o seu peixe no tabuleiro, podendo os alunos realizar uma primeira observação

das características gerais do peixe. Os alunos podem, também, com a ajuda da pinça, levantar o

opérculo e observar a câmara branquial. De seguida, devem introduzir a pinça na boca do peixe

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e observar o local por onde esta sai do peixe. Após esta verificação os alunos recortam o

opérculo com a tesoura ficando, assim, expostas as brânquias. Estas estruturas são, de seguida,

lavadas com o auxílio da garrafa de esguicho que contém água e exploradas com o auxílio da

pinça e da lupa. Na parte final os alunos podem inclusive cortar uma brânquia, colocá-la na caixa

de Petri, e observá-la com mais pormenor.

No final da realização da atividade os alunos devem efetuar um esquema das brânquias, por

exemplo, através da tabela seguinte e preencher a respetiva folha de registo, que consta do

anexo 2.

Órgãos

respiratórios de

um peixe

No final da atividade os registos dos alunos devem ser semelhantes aos apresentados na tabela.

Órgãos

respiratórios de

um peixe

(Retirado de: Matias & Martins, 2012)

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Atividade 3 – Características do sangue

Resumo da atividade

A observação das características do tecido sanguíneo pode fazer-se utilizando uma preparação

definitiva ou através da realização de uma preparação com sangue de aves, que é facilmente

adquirido num talho. Neste caso, sugere-se a realização de uma preparação com o sangue de

aves, utilizando-se as técnicas de esfregaço e de fixação.

No final da atividade o aluno será capaz de identificar os constituintes do sangue e indicar a sua

função. Assim, os conceitos-chave envolvidos nesta atividade são os seguintes:

- o sangue é responsável pelo transporte de substâncias no interior de vasos sanguíneos;

- o sangue é constituído por uma parte líquida, o plasma, e por elementos figurados, os

leucócitos, as hemácias e as plaquetas;

- o plasma é constituído por água e substâncias dissolvidas, como nutrientes, dióxido de carbono

e produtos eliminados pelas células;

- os leucócitos são células com núcleo de forma variada, que têm como função defender o

organismo contra o ataque de micro-organismos;

- as hemácias são células com forma de disco, sem núcleo, que possuem hemoglobina, o que

lhes permite transportar oxigénio;

- as plaquetas são fragmentos celulares responsáveis pela coagulação do sangue.

Protocolo da atividade

Material:

- microscópio ótico composto (MOC);

- lâminas de vidro;

- lamelas de vidro;

- pipeta de Pasteur;

- lamparina;

- conta-gotas;

- garrafa de esguicho;

- papel de filtro;

- solução de azul-de-metileno;

- sangue de galinha.

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Procedimento – O principal objetivo desta atividade é proceder à análise dos principais

constituintes do sangue. A questão-problema desta atividade é a seguinte: «Quais são os

principais constituintes do sangue?».

Esta atividade deve ser efetuada em pequenos grupos de alunos e, quando se utilizar a

lamparina, este procedimento deve ser observado de perto pelo professor.

Em primeiro lugar, utilizando o sangue fornecido pelo professor, os alunos devem colocar uma

pequena gota de sangue sobre uma lâmina e espalhar essa gota na lâmina, aplicando a técnica

do esfregaço (nesta técnica utilizam-se geralmente duas lâminas de vidro, sendo que uma delas

tem o material biológico a observar e com a outra espalha-se o material biológico fazendo-a

deslizar sobre a primeira).

Após a aplicação da técnica referida, deixa-se secar o esfregaço ao ar, com movimentos rápidos

da lâmina, uma vez que uma secagem lenta levaria a alterações da forma dos glóbulos

vermelhos. De seguida, procede-se à fixação do esfregaço pelo calor, passando três vezes a face

inferior da lâmina na chama da lamparina. A técnica de fixação caracteriza-se pela morte

imediata das células, interrompendo a atividade vital num determinado momento e impedindo

a autólise celular e a decomposição por ação bacteriana.

Após a fixação pelo calor, deve-se inundar o esfregaço com a solução de azul-de-metileno e

deixar este corante atuar durante 10 minutos. Após este período de tempo, remove-se o corante

do esfregaço, colocando a lâmina paralelamente ao fio de água de uma garrafa de esguicho.

Depois retira-se cuidadosamente o excesso de água com papel de filtro e deixa-se secar ao ar a

zona do esfregaço.

Por fim, coloca-se a lâmina no microscópio e, sem usar lamela, observa-se nas várias ampliações.

O aluno deve efetuar um esquema legendado das observações efetuadas com a lente objetiva

de 40x, por exemplo, utilizando uma tabela semelhante à tabela 5 e preencher a respetiva folha

de registo, que consta do anexo 3.

Ampliação da lente ocular:

_____________

Ampliação da lente objetiva:

___________

Estruturas observadas:

_______________

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No final da atividade os registos dos alunos devem ser semelhantes aos apresentados na tabela.

(Retirado de: Matias & Martins, 2012)

Ampliação da lente ocular:

_____________

Ampliação da lente objetiva:

___________

Estruturas observadas:

Plasma, hemácias, leucócitos e

plaquetas

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Atividade 4 – Coração de um mamífero

Resumo da atividade

Após a identificação das características do tecido sanguíneo e a análise das funções

desempenhadas pelos seus constituintes, sugere-se a exploração da atividade 4. Durante esta

atividade o aluno terá a oportunidade de analisar o órgão responsável pela circulação sanguínea,

descrevendo os seus principais aspetos anatómicos e morfológicos.

Assim, os conceitos-chave envolvidos nesta atividade são os seguintes:

- o coração é um órgão formado por um músculo forte denominado miocárdio;

- o coração está dividido em quatro cavidades: duas aurículas e dois ventrículos;

- o sangue circula das aurículas para os ventrículos;

- a parte direita do coração está separada da parte esquerda por um septo;

- as veias que entram no lado direito do coração são as veias cavas e as que entram no lado

esquerdo são as veias pulmonares;

- a artéria que sai do ventrículo esquerdo é a artéria aorta e a que sai do ventrículo direito é a

artéria pulmonar.

Protocolo da atividade

Material:

- tesoura;

- tabuleiro;

- bisturi;

- pinça;

- coração de um mamífero (boi, porco ou carneiro).

Procedimento – O principal objetivo desta atividade é proceder à análise dos principais aspetos

morfológicos e funcionais do coração de um mamífero. A questão-problema desta atividade é a

seguinte: «Qual é a estrutura do coração de um mamífero?».

Esta atividade deve ser efetuada preferencialmente pelo professor mas, se considerar

conveniente, o professor pode dividir o grupo turma em pequenos grupos e cada um desses

grupos realiza a atividade independentemente.

No início o professor deve colocar o coração com a face ventral voltada para os alunos de modo

que a artéria com paredes mais espessas fique voltada para o lado direito dos alunos. Neste

momento os alunos devem observar os vasos sanguíneos que comunicam com o coração. Após

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esta observação o professor deve começar a cortar o coração pelo lado direito, com o auxílio da

pinça, do bisturi e da tesoura. De modo a dividir o coração em duas partes, o septo tem de ser

cortado com o bisturi. A partir deste corte é possível observar as aurículas, os ventrículos e as

válvulas, bem como observar a espessura do miocárdio.

Finalmente, o aluno deve efetuar um esquema legendado da anatomia interna do coração

através, por exemplo, de uma tabela semelhante à tabela 7 e preencher a respetiva folha de

registo, que consta do anexo 4.

Anatomia interna

do coração de um

mamífero

No final da atividade os registos dos alunos devem ser semelhantes aos apresentados na tabela.

Anatomia interna

do coração de um

mamífero

(Retirado de: Ramos & Lima, 2012)

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Atividade 5 – Circulação da seiva bruta

Resumo da atividade

A atividade 5 pretende demonstrar o modo como as substâncias dissolvidas na água circulam

numa planta, desde a raiz até às suas partes aéreas. Assim, os alunos verificarão a ocorrência de

fenómenos de capilaridade através da observação da mudança de cor das pétalas de cravos

brancos. No final da atividade, o aluno será capaz de concluir que as plantas são capazes de

transportar água e outras substâncias através de tubos existentes no seu interior,

nomeadamente no caule.

Assim, os conceitos-chave envolvidos nesta atividade são os seguintes:

- a água e os sais minerais que circulam no interior da planta constituem a seiva bruta;

- a seiva bruta circula no interior da planta em vasos condutores;

- a seiva bruta circula no interior da planta em sentido ascendente, desde a raiz até às partes

aéreas da planta.

Protocolo da atividade

Material:

- 3 gobelets de 500 mL;

- tesoura;

- água ;

- corante alimentar (azul e vermelho dão melhores resultados);

- cravos brancos (quanto mais curtos os cravos, mais rápida será a coloração).

Procedimento – O principal objetivo desta atividade é demonstrar o modo como ocorre o

transporte de substâncias no interior de uma planta. A questão-problema desta atividade é a

seguinte: «É possível colorir pétalas brancas de flores?».

No início da atividade os alunos devem encher três gobelets de 500 mL com água. Após este

procedimento devem adicionar corante azul a um dos gobelets e corante vermelho a outro

gobelet, de modo a que fiquem com uma cor escura. Não é necessário contar as gotas, mas o

professor deve certificar-se de que a mistura está bem concentrada, ou seja, que o corante

esteja bem forte. O terceiro gobelet permanece apenas com água. De seguida, procede-se ao

corte de três caules de cravos, de forma a ficarem com cerca de 5 centímetros de altura a mais

em relação ao gobelet e os caules devem ser imediatamente mergulhados nos gobelets. A cor

das pétalas deve ser observada no dia seguinte a esta preparação experimental.

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Por fim, o aluno regista as suas observações numa tabela semelhante à tabela 9 e preenche a

respetiva folha de registo, que consta do anexo 5.

Planta Cor das pétalas

Colocada em água

com corante azul

Colocada em corante

alimentar vermelho

Colocada em água

No final da atividade os registos dos alunos devem ser semelhantes aos apresentados na tabela.

Planta Cor das pétalas

Colocada em água

com corante azul Azul

Colocada em corante

alimentar vermelho Vermelha

Colocada em água Branca

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Atividade 6 – Eclipses

Resumo da atividade

Nesta atividade os alunos irão simular eclipses do Sol e da Lua, com base num modelo do sistema

Sol-Terra-Lua. Deste modo, os conceitos envolvidos nesta atividade são os seguintes:

- Ocorre um eclipse quando um astro fica total ou parcialmente oculto por outro, que projeta a

sua sombra sobre o primeiro;

- Os eclipses da Lua só ocorrem quando a Terra se encontra entre o Sol e a Lua, ou seja, na fase

de Lua cheia. A Lua, ao passar na região de sombra projetada pela Terra, deixa de ser iluminada

pelo Sol;

- Os eclipses do Sol só podem ocorrer em fase de Lua nova, quando a Lua se encontra entre o

Sol e a Terra. O Sol deixa de se ver na região da Terra atingida pela sombra da Lua. Nessas

regiões, o eclipse é total.

Protocolo da atividade

Material:

- lâmpada;

- globo terrestre;

- modelo da Lua em esferovite ou noutro material adequado.

Procedimento – Antes de mais, para a realização desta atividade devem-se ter em conta alguns

aspetos fundamentais. Na construção do modelo da Lua, deve respeitar-se que esta é cerca de

3,7 vezes menor do que a Terra, neste caso, o globo terrestre. Deve-se, ainda, utilizar uma sala

escurecida.

No início da experiência deve posicionar-se a Terra e a Lua de forma conveniente em relação à

fonte de luz que vai representar o Sol. Após este procedimento o aluno pode simular um eclipse

do Sol, devendo tentar criar situações em que o eclipse seja ora parcial ora total. Durante esta

etapa o aluno deve observar e registar as regiões do planeta onde seria possível observar cada

um dos eclipses simulados. De seguida, o aluno pode alterar as posições da Terra e da Lua em

relação à fonte de luz de modo a simular um eclipse da Lua. Tal como anteriormente o aluno

deve tentar observar um eclipse parcial e total, efetuando o respetivo registo das regiões do

planeta onde se observaria cada um dos eclipses simulados.

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Por fim, o aluno regista as suas observações numa tabela semelhante à tabela 11 e preenche a

respetiva folha de registo, que consta do anexo 6.

Eclipse Locais onde é observado

Eclipse total do

Sol

Eclipse parcial

do Sol

Eclipse total da

Lua

Eclipse parcial

da Lua

O preenchimento desta tabela dependerá da posição inicial do globo terrestre, bem como dos

restantes simuladores dos astros.

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Anexo 1

Água e Sal

Folha de registo

Regista na tabela seguinte o que esperas que aconteça durante a atividade 1. Deves preencher

a tabela antes e depois da realização da atividade.

Ocorre dissolução? Ocorre evaporação?

As

min

has

p

revi

sões

O q

ue

veri

fiq

uei

Esquematiza as tuas observações na tabela seguinte. Na coluna da esquerda deves fazer um

esquema em que seja possível distinguir o soluto, o solvente e a solução desta experiência. Na

coluna da direita deves desenhar as observações que efetuaste com a lupa.

Dissolução Evaporação

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Responde às questões:

Será correto afirmar que na primeira parte da experiência o sal desapareceu? Justifica a tua

resposta.

Dá um exemplo de uma situação na Natureza em que se forma cloreto de sódio (sal) a partir de

uma solução.

No teu dia a dia contactas com várias soluções. Refere dois exemplos de soluções que ainda não

tenham sido indicadas nesta atividade.

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Anexo 2

Órgãos respiratórios de um peixe

Folha de registo

Regista na tabela seguinte as tuas previsões antes da realização da atividade 2. Depois de

realizares a atividade volta a preencher a tabela com as principais conclusões a que chegaste.

Como é que os peixes respiram na água?

As

min

has

p

revi

sões

O q

ue

veri

fiq

uei

Esquematiza as tuas observações na tabela seguinte, relativas à observação das brânquias.

Órgãos

respiratórios de

um peixe

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Responde às questões:

Indica qual é a utilidade do opérculo.

Descreve o percurso da água durante a função respiratória de um peixe utilizando, entre outros,

os seguintes termos: fenda opercular, boca, brânquias.

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Anexo 3

Características do sangue

Folha de registo

Regista na tabela seguinte as tuas previsões, antes da realização da atividade. Depois de

realizares a atividade volta a preencher a tabela com as principais conclusões a que chegaste.

Quais são os constituintes do sangue?

As

min

has

p

revi

sões

O q

ue

veri

fiq

uei

Esquematiza as tuas observações na tabela seguinte, nomeadamente no que diz respeito aos

constituintes do sangue que observaste.

Ampliação da lente ocular:

_____________

Ampliação da lente objetiva:

___________

Estruturas observadas:

___________

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Responde às questões:

Indica quais são as células mais numerosas nas observações que efetuaste.

Apresenta uma explicação para o facto de as hemácias não possuírem núcleo.

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Anexo 4

Coração de um mamífero

Folha de registo

Durante esta atividade tiveste a oportunidade de analisar a estrutura interna do coração de um

mamífero. Esquematiza as tuas observações na tabela seguinte, nomeadamente no que diz

respeito à anatomia do coração observado.

Anatomia interna do coração de um

mamífero

Responde às questões:

Indica quantas cavidades existem no coração de um mamífero. Como é que se designam?

Refere qual é a estrutura que impede que as cavidades da direita do coração estejam em

contacto direto com as da esquerda.

Descreve o percurso do sangue no interior do coração.

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Anexo 5

Circulação da seiva bruta

Folha de registo

Regista na tabela seguinte as tuas previsões antes da realização da atividade. Depois de

realizares a atividade volta a preencher a tabela com as principais conclusões a que chegaste.

Cor das pétalas

Planta colocada

em água com

corante azul

Planta

colocada em

corante

alimentar

vermelho

Planta

colocada em

água

As

min

has

p

revi

sões

O q

ue

veri

fiq

uei

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Responde às questões:

Ao fim de algum tempo é possível observar estrias coloridas nas pétalas dos cravos mergulhados

nas soluções coradas. Apresenta uma explicação para estes resultados.

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Anexo 6

Eclipses

Folha de registo

Durante esta atividade tiveste a oportunidade de simular eclipses do Sol e da Lua. Regista os

locais onde esses eclipses foram observados.

Eclipse Locais onde é observado

Eclipse total do

Sol

Eclipse parcial

do Sol

Eclipse total da

Lua

Eclipse parcial

da Lua

Esquematiza as tuas observações na tabela seguinte, relativamente às condições necessárias

para a ocorrência de um eclipse total do Sol e da Lua, nomeadamente as posições relativas do

Sol, da Terra e da Lua.

Eclipse total do Sol

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Eclipse total da Lua

Responde às questões:

Refere por que razão não se usou uma fonte de luz, para representar o Sol, com a mesma escala

usada na restante montagem experimental.

Indica qual dos eclipses (solar ou lunar) pode ser observado numa região mais extensa do

planeta. Justifica a tua resposta.

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Referências bibliográficas

Bonito, J.; Morgado, M.; Silva, M.; Figueira, D.; Serrano, M. ; Mesquita, J.; Rebelo, H. (2013).

Metas Curriculares – Ensino Básico. Ciências Naturais. Ministério da Educação e Ciência.

Governo de Portugal.

Matias, O. & Martins, P. (2012). Natura 6. Ciências da Natureza 6.º ano. Porto. Areal Editores.

Ministério da Educação – Direcção Geral dos Ensinos Básico e Secundário (ME-DGEBS) (1991).

Programa de Ciências da Natureza. Plano de Organização do Ensino-aprendizagem. Ministério

da Educação.

Ramos, A. & Lima, V. (2012). CSI 5. Ciências Sob Investigação. Ciências da Natureza 5.º ano.

Porto. Areal Editores.

Vieira, R., Tenreiro-Vieira, C., Martins, I. (2011). A Educação em Ciências com Orientação CTS.

Atividades para o ensino básico. Porto. Areal Editores.

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