Fundamentos e Formalismos Teóricos da Cromatografia · 2018. 10. 23. · Fundamentos e Formalismos...

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Fundamentos e Formalismos Teóricos da Cromatografia MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CAMPUS FLORIANÓPOLISSANTA CATARINA Prof. Marcel Piovezan [email protected] UC: Análise Instrumental II

Transcript of Fundamentos e Formalismos Teóricos da Cromatografia · 2018. 10. 23. · Fundamentos e Formalismos...

  • Fundamentos e Formalismos Teóricos da Cromatografia

    MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

    SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

    INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

    CAMPUS FLORIANÓPOLIS– SANTA CATARINA

    Prof. Marcel Piovezan

    [email protected]

    UC: Análise Instrumental II

  • Cromatografia em coluna com detecção por UV-Vis

    Relatório da prática: Cromatograma e:

    N = µ =

    H = kA e kV = Rs =

    tRA’ e tRV’ = α =

    VRA e VRV’= V0 =

  • Cromatografia em coluna com detecção por UV-Vis

    Resultado da prática:

    Construa dois cromatogramas, um que relacione o Volume total eluído (mL)

    de FM versus Abs (610 nm) e outro Abs (520 nm) no mesmo gráfico para cada

    uma das condições testadas.

  • Cromatografia em coluna com detecção por UV-Vis

    Resultado da prática:

    Construa dois cromatogramas, um que relacione o Volume total eluído (mL)

    de FM versus Abs (610 nm) e outro Abs (520 nm) no mesmo gráfico para cada

    uma das condições testadas.

    0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1

    1,2

    1,4

    1,6

    1,8

    2

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    Ab

    s

    V total FM (mL)

    A520nm

    A

    V

    ?

  • A separação foi boa? O que significa ser boa?

    EFICIÊNCIA DA SEPARAÇÃO

    Eficiência da coluna em separar dois solutos

    depende em parte das velocidades relativas

    segundo os quais são eluídos.

    E a eluição depende do equilíbrio destes entre

    as fases móvel e estacionária

    AFM AFE

  • COEFICIENTE DE PARTIÇÃO, K

    AFM AFE

    CFE K =

    CFM

    CFE

    CFM

    isoterma de distribuição

    cromatografia linear

    A = analito A

    CFE = Concentração de A na fase estacionária

    CFM = Concentração de A na fase móvel

  • Detector

    Tempo

    Sin

    al d

    o d

    etec

    tor

    tR1

    Amostra

    tR2

    O resultado de uma cromatografia em geral é um gráfico que correlaciona a medida de um sinal de um detector adequado com relação ao tempo decorrido

    ou ao volume do eluente. O formato é de pico gaussiana. O tempo ou volume pode ser usado para identificá-lo, a área sob o pico pode ser utilizada para medida quantitativa.

  • Diluição do analito Consiste no alargamento da zona original (banda de aplicação da

    amostra) à medida que os componentes da mistura são separados; Implica no uso de detectores mais sensíveis.

    CROMATOGRAFIA: Teoria Básica

  • Coluna cromatográfica: série de estágios independentes onde acontece o equilíbrio entre o analito dissolvido (sorvido) na fase estacionária e na fase móvel.

    K = constante de distribuição do analito [A]FE = concentração do analito na FE [A]FM = concentração do analito na FM

    CROMATOGRAFIA: Teoria Básica

    [A]FE [A]FM

    KA = Afinidade pela FE

    Afinidade pela FM

    [A]FE

    [A]FM

    MENOR RETENÇÃO

    • Sendo KA > KB qual substância ficará mais tempo retida?

  • Quantificação da eficiência: Número de Pratos (N)

    Supondo a coluna cromatográfica como uma série de estágios separados onde ocorre o equilíbrio entre o analito, a FE e a FM:

    Cada “estágio” de equilíbrio é chamado de PRATO TEÓRICO

    O número de pratos teóricos de uma coluna (N) pode ser calculado por:

    tR ou VR

    Wb N Coluna mais eficiente

  • Quantificação da eficiência: Número de Pratos (N)

    O número de pratos teóricos de uma coluna (N) pode ser calculado por:

    tR ou VR

    Wb N Coluna mais eficiente

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    Ab

    s

    V total FM (mL)

    A520nm

    Unidades: sempre as mesmas ,

    pois N é adimencional

    Faça o seu!!!

    A V

  • CROMATOGRAFIA: Quantificação da eficiência

    ALTURA EQUIVALENTE A UM PRATO TEÓRICO (H) “Tamanho” de cada estágio de equilíbrio

    L N

    H =

    (L = comprimento da coluna)

    dc = diâmetro da coluna em mm df = espessura da fase estacionária em m

    Capilares, L = 30 m

    Empacotadas, L = 2 m

    Valores típicos de H e N:

    Valores de H para colunas capilares e empacotadas são próximos, mas como L para capilares é MUITO maior tipicamente elas são mais eficientes.

  • CROMATOGRAFIA: Quantificação da eficiência

    ALTURA EQUIVALENTE A UM PRATO TEÓRICO (H) “Tamanho” de cada estágio de equilíbrio

    L N

    H =

    (L = comprimento da coluna)

    Valores típicos de H e N: Unidades: Tipicamente L e H São expressos em mm

    Faça o seu!!!

  • Detector

    CROMATOGRAFIA: CÁLCULOS

    Tempo

    Sin

    al d

    o d

    etec

    tor

    Amostra

    tM

    tR

    tE

    tR = tR’ + tM

  • CROMATOGRAFIA: CÁLCULOS

  • CROMATOGRAFIA: CÁLCULOS

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    Ab

    s

    V total FM (mL)

    tM = 5 mL

    tRV = 25 mL

    tRV’ = ?

    Faça o seu!!!

    A V

    tM = 5 mL

    tRA = 75 mL

    tRA’ = ?

    tR = tR’ + tM

    VR= tR. F

  • diâmetro = 22 mm

    C = mm

    V0 = ?

  • Detector

    CROMATOGRAFIA: CÁLCULOS

    Sin

    al d

    o d

    etec

    tor

    Tempo

    tM

    tR

    tE

    L

    Coluna

  • CROMATOGRAFIA: CÁLCULOS

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    Ab

    s

    V total FM (mL)

    u = ?

    L = cm

    VM = 5 mL

    F = 1 cm3/min

    Faça o seu!!!

    A V

    VR= tR. F

  • CROMATOGRAFIA: Comparar velocidades de migração

  • CROMATOGRAFIA: Comparar velocidades de migração Faça o

    seu!!!

    0 0,2 0,4 0,6 0,8

    1 1,2 1,4 1,6 1,8

    2

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    Ab

    s

    V total FM (mL)

    A V

    kA

    kA = ?

    kV = ?

  • Tempo

    tM

    (tR’)A

    A

    (tR’)B

    • Sendo B o soluto mais retido que A • Sempre 1 (quando = 1, A e B co-eluem)

    CROMATOGRAFIA:

    B

    Compara a capacidade de separação entre 2 analitos

  • Tempo

    tM

    (tR’)A

    A

    (tR’)V

    • Sendo V o soluto mais retido que A • Sempre 1 (quando = 1, A e V co-eluem)

    CROMATOGRAFIA:

    V

    Compara a capacidade de separação entre 2 analitos

    V

    A

    Faça o seu!!!

    A V

  • WA WB

    (tR)A

    (tR)B

    WA WB

    (tR)A

    (tR)B

    Resolução (RS )

    CROMATOGRAFIA: Medida quantitativa da separação de 2 picos consecutivos

    RS = 2 [(tR)B - (tR)A]

    (WA + WB) (tR)B - (tR)A

    (tR)B - (tR)A

    tempo

    tempo

    Sin

    al d

    o d

    etec

    tor

    Sin

    al d

    o d

    etec

    tor

    Unidades: tR e W São expressos na mesma unidade

  • WA WB

    (tR)A

    (tR)B

    Resolução (RS )

    CROMATOGRAFIA: Medida quantitativa da separação de 2 picos consecutivos

    RS = 2 [(tR)B - (tR)A]

    (WA + WB) (tR)B - (tR)A

    tempo

    Sin

    al d

    o d

    etec

    tor

    Unidades: tR e W São expressos na mesma unidade

    Faça o seu!!!

    0 0,2 0,4 0,6 0,8

    1 1,2 1,4 1,6 1,8

    2

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    Ab

    s

    V total FM (mL)

    A V

    Rs = ?

  • FATOR DE RETENÇÃO (k): razão entre a massa do soluto

    presente na FM e na FE.

    ♦ Quanto maior o k , maior o tempo de retenção na coluna.

    ♦ Juntamente com o fluxo, determina o TR do pico.

    SELETIVIDADE (α): relação entre o tempo que 2 solutos

    passam na fase líquida.

    ♦ Mede a capacidade de separação entre 2 picos e é alterada

    com a troca do solvente da FM, pH, FE e temperatura.

    α

    Resumão:

  • Resumão:

    EFICIÊNCIA DA COLUNA:

    Número de pratos teóricos (N): número de distribuição de

    equilíbrio entre a fase móvel e a estacionária.

    ♦ Quanto maior o nº de N, mais eficiente a coluna.

    RESOLUÇÃO:

    Medida quantitativa da separação de 2 picos consecutivos,

    determinada pela distância entre os tRs e a largura da base

    dos picos.

  • RE = 2 [(tR)B - (tR)A]

    (WA + WB)

    FÓRMULAS

  • DEFINIÇÕES GERAIS:

    Rs = t

    wb2

    N = 16 TR 2

    wb

    α = TR (B)

    TR (A)

    A B