Folha de S.Paulo. Coletânea de reportagens que citam a Vila Mariana. ~2003

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Origem do texto: DA REPORTAGEM LOCALEditoria: COTIDIANO Página: C1Edição: São Paulo Jul 12, 2003Legenda Foto: Rua França Pinto, na Vila Mariana , onde problema é verticalização; Casas à venda na av. Antonio Batuíra, uma das zonas de conflitoCrédito Foto: Bruno Stuckert/Folha ImagemLeia Mais: XVinheta/Chapéu: URBANISMOAssuntos Principais: URBANISMO; SÃO PAULO /SP/; LEI DE ZONEAMENTO; PINHEIROS /BAIRRO/; CONFLITO; COMÉRCIO; ÁREA RESIDENCIAL

Das 36 ruas e avenidas da região, só houve acordo para 9; sem consenso, prefeitura deverá definir futuro de áreas

Pinheiros não define o uso de corredores SIMONE IWASSO AMARÍLIS LAGE DA REPORTAGEM LOCAL Após nove meses de discussões para a formulação de um plano diretor regional adequado à expectativa da população, a Subprefeitura de Pinheiros irá encaminhar seu plano à Câmara Municipal com apenas nove corredores em áreas residenciais definidos. Outras 27 ruas e avenidas, muitas das quais abrigam algum tipo de serviço ou comércio irregular, ainda estão classificadas como "áreas de conflito" e poderão ser arbitradas pela prefeitura.A situação de Pinheiros é o exemplo mais forte do que acontece em outros bairros: disputas entre associações de moradores e comerciantes ou até mesmo entre os próprios moradores para definir o que será ou não permitido nas ruas e avenidas.De modo geral, as propostas para esses lugares sofrem pressão tanto de moradores, que defendem a manutenção do uso estritamente residencial, como de comerciantes e empresas prestadoras de serviço, que lutam pela transformação das vias em corredores de serviço e/ou comércio.Para Ivan Maglio, coordenador da equipe da Secretaria do Planejamento que cuida dos planos e da nova lei de zoneamento, a situação de Pinheiros deve-se à própria localização do bairro, espremido entre a marginal Pinheiros e a avenida Paulista, duas regiões nas quais o comércio e a atividade de serviços se desenvolveram muito nas últimas décadas."Pinheiros tem vias com muito tráfego, como a Rebouças e a Nove de Julho. No entanto, o miolo ainda é um bairro residencial sob pressão. Você não consegue evitar esse conflito", diz.Não faltam exemplos nem argumentos para os defensores de cada proposta. Um dos casos é o final da avenida Rebouças, entre a Brigadeiro Faria Lima e a rua Ibiapinópolis. Muitos imóveis foram abandonados ao longo do tempo e hoje são utilizados irregularmente por empresas de serviço.Os moradores desejam que a área permaneça como zona exclusivamente residencial e com controle de tráfego de passagem _instalação de ferramentas como lombadas eletrônicas para diminuir a velocidade dos carros.Outra proposta pede que o trecho seja regulamentado como corredor de serviços, permitindo escritórios, consultórios e imobiliárias, por exemplo."É impossível, neste local, controlar o tráfego de passagem. Afeta todo o trânsito da cidade.

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A proposta da prefeitura seria o corredor de serviços com restrições de construção", afirma Maglio.Mas o contrário também ocorre. As ruas de apoio à praça Panamericana ainda conservam um perfil predominantemente residencial. Entretanto, uma das propostas pede a criação de um corredor de serviços."O que foi chamado de conflito, na verdade, é uma posição majoritária das associações de moradores contra corredores de serviço e comércio. A área verde que se tem em Alto de Pinheiros deve ser preservada, mantida como uma área residencial", afirma o arquiteto Paulo Bastos, da Sociedade Amigos do Alto de Pinheiros.Caso não haja consenso nas reuniões para a discussão desse caso, a proposta da subprefeitura é a manutenção da zona residencial com controle do tráfego."Os moradores de alta renda dos antigos casarões foram se mudando para condomínios verticais e horizontais na periferia da cidade e esses espaços foram ocupados para usos não-residenciais", explica o arquiteto e urbanista Kazuo Nakano, do Instituto Pólis. Para o arquiteto, os conflitos são inevitáveis na cidade, cabendo ao poder público oferecer espaços para negociação e mediação dessas posições.Outras subprefeituras Nas subprefeituras da Lapa e da Sé, houve consenso na maioria das propostas, com exceção dos estabelecimentos comerciais que já funcionam irregularmente na avenida Pacaembu, e que os moradores desejam retirar do local.Porém, também há casos em que a discussão ocorre entre os próprios moradores.Na Vila Mariana , entre as ruas Capitão Macedo e Conselheiro Rodrigues Alves, discute-se duas propostas: a da Associação de Moradores e dos Amigos da Vila Mariana e a República da Vila Mariana . A primeira defende a adoção de uma zona mista de baixa densidade, ou seja, mantém os estabelecimentos de comércio e serviço no local, mas freando a verticalização do bairro. A segunda, defende um potencial construtivo maior, que incentivaria a construção de novos edifícios."Não temos nada contra o comércio e os serviços. Acho bom termos lojas, padaria e locadora de vídeo no bairro. Nosso problema é com o trânsito intenso e a verticalização", afirma César Michel Angelucci, da Amav.

PRINCIPAIS ÁREAS DE CONFLITO

12/07/2003

Autor: Editoria: COTIDIANO Página: C3Edição: São Paulo Jul 12, 2003Arte: QUADRO: PRINCIPAIS ÁREAS DE CONFLITOObservações: SUB-RETRANCAAssuntos Principais: URBANISMO; LEI DE ZONEAMENTO; SÃO PAULO /SP/; PREFEITURA; BAIRRO; COMÉRCIO; ÁREA RESIDENCIAL

PRINCIPAIS ÁREAS DE CONFLITO Locais onde não houve consenso entre moradores e comerciantes

- SUBPREFEITURA DE PINHEIROS

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Avenida Rebouças, entre Faria Lima e IbiapinópolisConflito: manutenção de zona estritamente residencial (ZER) e controle do tráfego de passagem (restrição a ônibus ou colocação de lombadas eletrônicas, por exemplo) ou corredor de serviços (consultórios e escritórios, por exemplo)

Rua Sampaio Vidal Conflito: manutenção de ZER e controle do tráfego de passagem ou corredor de serviços

Rua Gabriel Monteiro da SilvaConflito: manutenção do corredor de serviços ou corredor de serviços e comércio

Rua Groelândia, entre rua Atlântica e av. Brigadeiro Luiz Antonio Conflito: manutenção de ZER ou corredor de serviços

Avenida Europa e rua Colômbia, entre a avenida Nove de Julho e a EUAConflito: manutenção do corredor de serviços e retirada de ônibus ou corredor de serviços e comércio

Rua Natingui Conflito: manutenção de ZER

Ruas de apoio à praça Panamericana - rua Antonio Batuíra (entre marginal e a praça), rua Banibas (entre Manoel Guedes e Arq. Jaime Fonseca Rodrigues), rua Antonio Giudice (entre Pedroso de Moraes e São Gualter), rua Miralta (entre São Gualter e Pedroso de Moraes) Conflito: manutenção de ZER ou corredor de serviços

Avenida Brasil (entre Brigadeiro Luiz Antonio e Rebouças)Conflito: manutenção do corredor de serviços ou corredor de serviços e comércio

Rua Canadá (entre alameda Casa Branca e a Brasil) Conflito: manutenção da ZER ou corredor de serviços

SUBPREFEITURA DA VILA MARIANAAvenida IndianópolisConflito: manutenção do corredor de serviços ou corredor de serviços e comércio

Avenida José Maria WhitackerConflito: manutenção do corredor de serviços ou corredor de serviços e comércio

Ruas entre a Rua Tutóia e a Domingos de Moraes/ Cubatão e rua Eça de Queiróz até a rua Sena MadureiraConflito: criação de ZER ou zona mista

Rua João Lourenço Cândido Nascimento (rua da Daslu)Conflito: manutenção de ZER ou zona mista

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SUBPREFEITURA DA LAPARua Traipu Conflito: manutenção da ZER ou transformação em corredor de serviços

Avenida PacaembuConflito: manutenção do corredor de serviços ou criação de corredor de serviços e comércio

REUNIÕES DE CONCILIAÇÃOA partir de agosto, as associações de moradores e comerciantes serão chamadas para chegar a um consenso sobre o uso e a ocupação das vias. Se não houver acordo, caberá à prefeitura a decisão

Prefeitura vai arbitrar áreas de conflito

28/06/2003

Autor: SIMONE IWASSOOrigem do texto: DA REPORTAGEM LOCALEditoria: COTIDIANO Página: C5Edição: São Paulo Jun 28, 2003Vinheta/Chapéu: PLANO DIRETORAssuntos Principais: SÃO PAULO /SP/; PREFEITURA; ADMINISTRAÇÃO; PLANO DIRETOR; CENTRO /REGIÃO/; ÁREA; CONFLITO; COMÉRCIO; COMERCIANTE; MORADOR

Caberá ao Executivo definir uso de áreas nos casos em que moradores e comerciantes não chegarem a um consenso

Prefeitura vai arbitrar áreas de conflitoSIMONE IWASSODA REPORTAGEM LOCALMesmo com os planos diretores já elaborados, trechos de ruas e avenidas dos bairros centrais da cidade ainda causam polêmica, continuam indefinidos e poderão ter seu uso decidido pela prefeitura. São as áreas de conflito, onde grupos de moradores e associações comerciais não chegaram a um consenso sobre questões que envolvem, principalmente, a ocupação e o uso do solo.Anteontem, a prefeitura publicou no "Diário Oficial" as normas a serem seguidas nos conflitos de interesses. Após um número limitado de audiências, caberá à prefeitura decidir se determinada rua ou avenida será colocada no plano como zona estritamente residencial ou corredor de serviços.Apenas na subprefeitura de Pinheiros há cerca de 20 ruas que dividem moradores. Um dos exemplos é a alameda Gabriel Monteiro da Silva, que abriga lojas instaladas irregularmente. Moradores querem manter o corredor de serviços no local, porém associações comerciais defendem o corredor com comércio. Caso semelhante é o da rua Natingui, onde um grupo defende a manutenção de corredor de serviços e outro quer comércio.

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Para casos como esses, a subprefeitura da região decidirá quantas audiências serão necessárias. Cada grupo envolvido selecionará cinco representantes que deverão chegar a um consenso. Caso eles não consigam chegar a um acordo nas reuniões agendadas, a prefeitura decidirá o uso.Ontem, em seminário na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, o secretário do Planejamento Jorge Wilheim foi questionado por representantes de associações sobre o decreto.O secretário afirmou que a intenção é mediar o conflito, ouvindo as propostas dos grupos e procurando o consenso. "A intenção não é eternizar os conflitos, mas superá-los", disse o secretário.A maior parte dos 31 planos regionais possui áreas de conflito. Na Vila Mariana , moradores debatem sobre o uso da avenida Indianópolis. Na Sé, a polêmica gira em torno do comércio na avenida Pacaembu. Em Santo Amaro, o problema está na avenida Vereador José Diniz.A nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, que será votada na Câmara no segundo semestre, definirá, em linhas gerais, o que será ou não permitido. No entanto, os casos específicos serão ditados pelos planos regionais. "O que será determinado no plano regional vai incidir sobre a lei de uso do solo, ou seja, eles podem ser mais restritivos do que a lei, que é mais genérica", disse o urbanista Ivan Maglio, coordenador da equipe da Secretaria do Planejamento que cuida dos planos e da nova lei."Não sabíamos que o processo de discussão dos conflitos seria feito dessa maneira arbitrária", afirmou o urbanista Candido Malta, professor da USP e presidente da Associação de Amigos dos Jardins. "Não será levado em conta a posição da maioria dos moradores de uma área."A arquiteta Regina Monteiro, do Defenda São Paulo, também critica o decreto. "A prefeitura poderia fornecer informações técnicas, estudos de impacto de trânsito e poluição, fornecer informações para as pessoas decidirem."

Publicitário pede mais limpeza na praça Cidade de Milão, zona sul de São Paulo

23/06/2003

Autor: Editoria: COTIDIANO Página: C4Edição: São Paulo Jun 23, 2003Seção: A CIDADE É SUAVinheta/Chapéu: PRAÇA

Publicitário pede mais limpeza na praça Cidade de Milão, zona sul de São Paulo O publicitário Walter Antonio Costa afirma que a praça Cidade de Milão, na avenida República do Líbano, próximo ao parque Ibirapuera (zona sul de São Paulo), possui uma das mais belas fontes da cidade e está completamente abandonada, transformando-se em depósito de lixo e abrigo de mendigos."Será que a prefeitura não é capaz de cuidar do seu patrimônio artístico e histórico? Há inclusive um posto policial em um dos extremos da praça, o que poderia transformá-la num lugar seguro de lazer", questiona o publicitário.Resposta - De acordo com a Subprefeitura da Vila Mariana , a praça estará limpa até

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o dia 9 de junho. A subprefeitura informa que está em entendimento com um parceiro para fazer a manutenção e conservação do local.

Brasil importa estilo de vida

25/05/2003

Autor: MONICA FÁVERO; PAULA LAGOOrigem do texto: FREE-LANCE PARA A FOLHAEditoria: IMÓVEIS Página: 1Edição: São Paulo May 25, 2003Observações: COM SUB-RETRANCASAssuntos Principais: IMÓVEL; PRÉDIO RESIDENCIAL; PRÉDIO COMERCIAL; EMPREENDIMENTO; COMPORTAMENTO; ESTILO DE VIDA

Brasil importa estilo de vida Inspiradas em empreendimentos de Londres, Nova York e Paris, incorporadoras investem em residenciais ao lado de comerciais FREE-LANCE PARA A FOLHA Tendência em cidades como Londres, Nova York e Paris, voltam a ser lançados, em São Paulo, prédios residenciais ao lado de vias estritamente comerciais. As proximidades das avenidas Faria Lima e Eng. Luiz Carlos Berrini (zona oeste) são os alvos de construtoras e incorporadoras."O Brasil está importando um estilo de vida'', diz Tomás Salles, 52, diretor de novos negócios da imobiliária Lopes, a primeira no ranking de vendas. "A casa, hoje, tem mais importância que no passado. A sociedade se enclausurou. Consequentemente, a demanda é por ambientes agradáveis e próximos ao trabalho.''"Esses novos residenciais refletem a necessidade das pessoas", afirma Roberto Abud Filho, 32, coordenador de novos negócios da construtora Bueno Netto. "É o tipo de empreendimento que dá certo", completa Maristela Val, 32, gerente de marketing da construtora e incorporadora Cyrela.Para Edmond Lati, 34, sócio-diretor da Conceito Construtora e Incorporadora, projetos flexíveis e para vários nichos de compradores são a tendência nos grandes centros urbanos. "Mas, para viabilizar o investimento, a localização é fundamental. Não adianta se isolar e achar que vai atrair."Lançamentos Dar ao morador a sensação de que está num hotel cinco estrelas é a idéia do recém-lançado Diogo Home Boutique, incorporado pela Agra e pela Mac, na rua Diogo Jácome (zona sul), diz Viviane Frank, 36, gerente de marketing da Agra. O empreendimento terá manobrista, "concièrge", restaurante 24 horas e outros serviços. "O Diogo é marcante por chegar ao extremo no conceito de viver bem", completa Rogério Santos, 34, diretor de planejamento e marketing da imobiliária Abyara.Também comercializado por ela, o Mandarim, na rua Sansão Alvez dos Santos, abrigará, em 40 andares, 338 apartamentos com opções de um, dois e três dormitórios, além de lofts, dúplex e cobertura dúplex _as unidades variam de 46,5 m² a 202 m²."O projeto acolhe vários grupos de pessoas que não são atendidas na área'', analisa Val. "Elas trabalham na região e precisam morar perto do trabalho por motivos de comodidade

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ou de segurança."Na opinião de Cassio Mantelmacher, 35, diretor da Schahin Empreendimentos Imobiliários, o segredo de condomínios com mix de produtos é oferecer aos moradores diversificação, mas no mesmo padrão socioeconômico.Inspirado em empreendimentos nova-iorquinos, o Live & Lodge, da Lucio Engenharia, agregará numa só torre, na Vila Mariana (zona sul), apartamentos e hotel. "Os benefícios que os moradores terão com o mix é que poderão usar serviços como arrumadeira e café pagando pelo uso", analisa Gonzalo Fernandez, 35, diretor da imobiliária Fernandez Mera.A construtora e incorporadora Goldfarb deve lançar, no segundo semestre, um condomínio que mescla apartamentos e casas, na av. Aricanduva (zona leste). Os serviços vão além do "home theater", oferecendo anfiteatro, casa de bonecas e centro de estudos.Paulo Petrin, 28, diretor de incorporação, explica que, nos 40.000 m², haverá opções de um a três dormitórios, com plantas diferenciadas. "Quisemos resgatar o conceito de viver em comunidade, já que, de condomínios-clube, o mercado está cheio."(MONICA FÁVERO E PAULA LAGO)

Limitação faz pessoa 'sumir'

18/05/2003

Autor: AURELIANO BIANCARELLIOrigem do texto: DA REPORTAGEM LOCALEditoria: COTIDIANO Página: C4Edição: Nacional May 18, 2003Observações: SUB-RETRANCAAssuntos Principais: SAÚDE; DEFICIENTE FÍSICO; LOCOMOÇÃO

Limitação faz pessoa 'sumir'DA REPORTAGEM LOCALQuem não circula não é visto, e quem não é visto não é lembrado. Para as pessoas com dificuldade de locomoção, esse provérbio popular tem um peso muito mais dramático. Quem não se locomove, não pode ir ao trabalho, à escola, aos cinemas, aos serviços de saúde. Não pode fazer reabilitação, terapia essencial para quem está recuperando os movimentos.Numa cidade de 10 milhões de habitantes, como São Paulo, passam de 1 milhão os que têm limitação de locomoção, aqui incluídos idosos, gestantes, acidentados. Só em cadeira de rodas, São Paulo teria mais de 300 mil pessoas. Esse grupo formaria uma população equivalente à de uma cidade do porte de São José do Rio de Preto, mas ninguém os vê."Milhares nem saem de casa", diz a arquiteta Silvana Serafino Cambiaghi, especializada em acessibilidade e ela própria uma cadeirante. Serafino mora em Santana (zona norte) e trabalha no Anhangabaú, centro da cidade. Tem o privilégio de contar com o metrô, mas se não tivesse um carro adaptado _"demorei um ano para comprá-lo por conta da burocracia pública"_ não teria como trabalhar. A estação Vila Mariana do metrô não tem acesso para deficientes físicos.A arquiteta diz que São Paulo é o principal centro de tratamento e reabilitação do país, por isso recebe grande número de pessoas com dificuldade de locomoção do Brasil e da

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América do Sul.A deputada Célia Leão (PSDB-SP), é autora da lei 11.263, de novembro do ano passado, que estabelece critérios para a "promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida". A lei dá prazo de quatro anos para que todos os espaços públicos _de padarias a cinemas_ tenham formas de acesso aos deficientes. Significa que em 2006 _lembra a deputada_ uma pessoa em cadeira de rodas poderá chegar em qualquer lugar público sem ajuda.Uma lei federal anterior e a Constituição de 1988 já previam esse direito. "Os avanços são lentos, mas estão ocorrendo", diz a deputada, que está em cadeira de rodas há 28 anos, quando sofreu acidente de carro numa estrada sem sinalização.Em São Paulo, como na maioria das cidades, não há ônibus adaptados suficientes. O Ministério Público está analisando se a última licitação da prefeitura paulistana para o transporte urbano obedece às leis de proteção ao deficiente físico.(AURELIANO BIANCARELLI)

Boas-praças

18/05/2003

Autor: ALEXANDRE SAMMOGINIOrigem do texto: FREE-LANCE PARA A FOLHAEditoria: IMÓVEIS Página: 1Edição: São Paulo May 18, 2003Legenda Foto: Criança brinca no balanço da Praça Mateus Grou, que, com 848 m2, virou uma extensão do quintal e do térreo dos imóveis vizinhosCrédito Foto: Fernando Moraes/Folha ImagemLeia Mais: XAssuntos Principais: SÃO PAULO /SP/; URBANISMO; PRAÇA; LAZER; CIDADE; PARCERIA; INICIATIVA PRIVADA; PODER PÚBLICO; COMUNIDADE

Boas-praçasMultiplicam-se parcerias entre a iniciativa privada (incluindo construtoras e incorporadoras), o poder público e a comunidade em prol do lazer coletivo FREE-LANCE PARA A FOLHA Uma nova alternativa de lazer público começa a se multiplicar na Grande São Paulo: a construção, a manutenção e a reforma de praças e parques por meio de parcerias entre a iniciativa privada, o poder municipal e a comunidade.Em alguns casos, construtoras e incorporadoras assumem o papel de boas-praças na criação desses espaços de lazer público, visando a valorização imobiliária nas proximidades de empreendimentos em fase de lançamento.O número de parcerias começou a aumentar, gradativamente, a partir do segundo semestre de 2001, após o decreto 40.530/01, que regulamentou os termos de cooperação entre a Prefeitura de São Paulo e a iniciativa privada."O processo ficou mais ágil e transparente com as novas regras e a descentralização para as subprefeituras", afirma Patrícia Marra, 39, chefe de gabinete da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. "Mas é preciso avançar e dar estímulos fiscais para quem patrocina este tipo de iniciativa", opina Ricardo Pereira Leite, 44, diretor da Tecnisa.

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A construtora é uma das parceiras na construção da praça Aprendiz das Letras (500 m2), em Pinheiros (zona oeste), em 2001. "Apoiamos por causa da finalidade social dos projetos desenvolvidos no local", justifica Leite.Eduardo Della Manna, 45, diretor-executivo de legislação urbana do Secovi-SP (sindicato de construtoras e imobiliárias), faz coro: "O que existe, hoje, são iniciativas muito tímidas. É necessário lançar um projeto efetivo que beneficie toda a cidade''.Hoje, há 288 termos de cooperação vigentes na cidade de São Paulo. A campeã no quesito quantidade é a Subprefeitura de Pinheiros, com cem acordos, seguida pelas do Butantã e da

Vila Mariana , ambas com 27.A praça Mateus Grou, em Pinheiros, inaugurada dia 29 de março, é uma das mais recentes. "Como o lazer na região era restrito, percebemos a necessidade de uma praça", diz Luiz Dall'olio, 55, presidente da AMCMG (Associação de Moradores e Comerciantes da Rua Mateus Grou).Orientada pela prefeitura, a AMCMG conseguiu o apoio de um banco, duas construtoras (Olipol e Krut) e seis lojas da região para bancar o projeto de R$ 75 mil da praça Mateus Grou, que tem 848 m2 _o parque Ibirapuera é 1.297 vezes maior."A praça Mateus Grou funciona como uma extensão do térreo e da área de lazer dos condomínios", diz André Krutman, 28, diretor da Krut. "Parece rua do interior, todos se conhecem e passeiam tranquilos", compara Eduardo Oliveira, 75, engenheiro da Olipol.Apesar das iniciativas, os números da capital _4,6 m2 de verde por habitante, segundo os últimos dados disponíveis (1995)_ estão muito abaixo da recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde), que é de 16 m2."Desde a década de 70, o índice foi caindo com o avanço urbano desordenado", diz a professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo Marlene Yurger. "Com 55 m2 por habitante, Curitiba é o modelo.''(ALEXANDRE SAMMOGINI)

Novo zoneamento propõe 'freios' aos prédios

15/04/2003

Autor: SÉRGIO DURANOrigem do texto: DA REPORTAGEM LOCALEditoria: COTIDIANO Página: C3Edição: São Paulo Apr 15, 2003Legenda Foto: Prédios prontos e em construção na região do Alto da Lapa, na zona oeste de São Paulo, onde moradores querem limitar verticalizaçãoCrédito Foto: Tuca Vieira/Folha ImagemArte: QUADRO: O ZONEAMENTO E OS PRÉDIOSObservações: COM SUB-RETRANCAS*Vinheta/Chapéu: URBANISMOAssuntos Principais: SÃO PAULO /SP/; URBANISMO; PLANO DIRETOR; LEI DE ZONEAMENTO; RESTRIÇÃO; VERTICALIZAÇÃO; CONSTRUÇÃO; PRÉDIO; ADENSAMENTO POPULACIONAL

Mecanismos propostos no Plano Diretor deverão ser ajustados a cada região; Secovi tentará barrar mudanças na Câmara

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Novo zoneamento propõe 'freios' aos prédios SÉRGIO DURAN DA REPORTAGEM LOCAL Os planos diretores regionais _em fase final de elaboração nas 31 subprefeituras_ e a nova Lei de Zoneamento, que será baseada nesses planos, irão propor "freios" à construção de prédios na cidade. A São Paulo que surgirá dessa legislação terá a verticalização e o adensamento populacional mais acanhados.As propostas deverão ser debatidas e aprovadas na Câmara Municipal. Segundo o cronograma estabelecido pelo Plano Diretor Estratégico, a nova Lei de Zoneamento e os 31 planos regionais deveriam ser aprovados pelo Legislativo até o dia 30 deste mês _o que se tornou impossível.Das 31 subprefeituras que já deveriam ter concluído a versão final do seu plano, só cinco têm o documento disponível, de acordo com o site da prefeitura.Os "freios" aos prédios deverão despertar um debate ainda mais acirrado do que o que foi travado antes da aprovação do Plano Diretor na Câmara. Novamente, o setor imobiliário deverá pressionar os vereadores para modificar os planos e o novo zoneamento.Os parlamentares, por sua vez, estarão diante de uma situação difícil para qualquer político _caso modifiquem o que foi estabelecido nos planos, estarão se posicionando contra o que a população decidiu nos debates regionais."Roupa larga" De acordo com o urbanista Ivan Maglio, coordenador da equipe da Secretaria do Planejamento (Sempla) que cuida dos planos e da nova lei, os "freios" aos prédios, propostos pela população, são variados. "O Plano Diretor ofereceu uma roupa larga. Caberia ajustá-la em cada região", diz.Maglio se refere aos mecanismos propostos no Plano Diretor, como o coeficiente de aproveitamento (CA), a permeabilidade obrigatória do terreno e o gabarito (veja quadro). Os debates regionais deveriam decidir como e onde eles seriam utilizados.A maior parte dos bairros da região da Subprefeitura de Santo Amaro (zona sul), por exemplo, ficou com CA 1 _isso quer dizer que as construções permitidas na região não poderão ter área construída maior do que uma vez a metragem do terreno.Um prédio com apartamentos de três dormitórios, padrão na região, chega a ter 1.000 m² de área construída por andar. Caso o plano de Santo Amaro fosse aprovado como está, os construtores precisariam de terrenos imensos para erguer edifícios do tipo.Além disso, o plano de Santo Amaro criou uma segunda categoria de zona onde as construções poderiam ter CA 1,5 (área construída de uma vez e meia a metragem do terreno). Porém, nessa nova zona, a área permeável obrigatória teria de ser de 25% do lote.Ao mexer com a área permeável, os moradores impuseram restrições à construção de estacionamentos subterrâneos. Com menos terreno para cavar e construir lajes, os edifícios ficariam com menos vagas de garagem _e, indiretamente, menos unidades."Há uma leitura da população de que verticalização é igual a adensamento, que é igual a incômodo, que é igual a mais carros nas ruas. Na verdade, nem sempre é assim", afirma Ivan Maglio.Segundo ele, o CA 1 foi o mecanismo mais usado pelos moradores da Vila Mariana , na zona sul. Já no Alto da Lapa e na Vila Leopoldina (zona oeste), "a tendência é de que haja gabarito". Esse mecanismo diz respeito aos recuos e à altura máxima das construções.No caso da região da Lapa, os moradores propuseram a altura máxima de 25 metros, o que

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equivale a um edifício de oito andares. Tanto a Vila Leopoldina quanto a Vila Mariana estão entre os bairros mais visados para novos empreendimentos imobiliários _que têm,

no mínimo, o dobro da altura proposta no plano."Vários desses novos condomínios aumentaram o tráfego de veículos na região, e a preocupação quanto a isso foi manifestada pelos moradores. Eles não se posicionaram só contra o tamanho, mas quanto ao número de edifícios novos", diz Maglio.Participação Ao contrário do que fez nos meses que antecederam a votação do Plano Diretor na Câmara, o Secovi (sindicato das imobiliárias e construtoras) _para a qual o freio aos prédios significa prejuízo_ não esteve muito presente nos debates das subprefeituras.No lugar da entidade, afirma Maglio, estiveram moradores, movimentos sociais, comerciantes e grandes proprietários de terra. Os debates tiveram vários lances, entre o diagnóstico da região e a formulação de propostas.Nos intervalos, a Sempla revisava as proposições e tentava combiná-las para que não entrassem em conflito com as de outras subprefeituras. Os bairros em torno do aeroporto de Congonhas (zona sul), por exemplo, tiveram de unificar as propostas de verticalização. O mesmo ocorreu em trechos como a marginal Tietê.Anistia A prefeita Marta Suplicy sancionou ontem a lei que anistia cerca de 1 milhão de imóveis irregulares da cidade. Aprovada pela Câmara há 15 dias, a nova legislação deverá ser regulamentada em dois meses pelo Executivo, segundo o decreto de Marta. A última anistia foi feita em 1994, por Paulo Maluf (PP). Diferente dessa, a atual cobrará taxa pela regularização de parte dos imóveis.

Psicopedagoga pede à Subprefeitura da Vila Mariana poda de uma árvore no bairro

24/03/2003

Autor: FERNANDA NAGATOMIOrigem do texto: DA REPORTAGEM LOCALEditoria: COTIDIANO Página: C4Edição: São Paulo Mar 24, 2003Seção: A CIDADE É SUAVinheta/Chapéu: ARBORIZAÇÃO

Psicopedagoga pede à Subprefeitura da Vila Mariana poda de uma árvore no bairroA psicopedagoga Ayaka Goto Sato pediu a poda de uma árvore localizada na esquina da rua Morgado Mateus com a rua Rio Grande, na Vila Mariana (zona sul de São Paulo), à Subprefeitura da Vila Mariana no dia 6 de julho de 2001."No ano passado, apesar do grande número de ligações pedindo o serviço, a poda não foi feita. As respostas eram que não havia equipe ou que estava na programação." Sato afirma que, no dia 19 de março de 2002, enviou uma carta à subprefeitura."Mais um ano se passou, sempre com as mesmas respostas."A leitora diz que, neste ano, já entrou em contato com a regional várias vezes e é sempre informada de que o responsável está ciente do caso e de que é preciso aguardar a programação."A árvore é imensa e está infestada de cupins."

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Resposta - A Subprefeitura da Vila Mariana informa que a poda seria feita no dia 20 de março.

Prefeitura contrata IPT para fazer diagnóstico das árvores da cidade

13/03/2003

Autor: Origem do texto: DA REPORTAGEM LOCAL; DO "AGORA SÃO PAULO"Editoria: COTIDIANO Página: C5Edição: São Paulo Mar 13, 2003Vinheta/Chapéu: AMBIENTEAssuntos Principais: SÃO PAULO /SP/; QUEDA; ÁRVORE; VÍTIMA; PREFEITURA; INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS /IPT/; AVALIAÇÃO; PREVENÇÃO

Ontem, três tipuanas caíram em Moema (zona sul)

Prefeitura contrata IPT para fazer diagnóstico das árvores da cidade DA REPORTAGEM LOCAL E DO "AGORA" Um dia após a queda de uma tipuana causar a morte de uma pessoa na cidade, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente assinou contrato com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para fazer uma espécie de censo das árvores de São Paulo. Ontem, em Moema (zona sul), outras três tipuanas caíram.O diagnóstico do IPT começará em uma área piloto que inclui os bairros Alto de Pinheiros (zona oeste), Pacaembu (centro), Sumaré (oeste), Vila Nova Conceição e Jardim Paulista (sul) _regiões mais arborizadas da cidade.O preço do estudo dependerá do resultado obtido na área piloto. De acordo com a secretaria, deverá variar de R$ 300 mil a R$ 500 mil. Será o primeiro estudo do gênero, já que a prefeitura, também segundo a secretaria, não sabe quantas árvores há na cidade nem em que estado estão.O contrato vinha sendo negociado havia cerca de dois meses, época em que várias árvores caíram em São Paulo após temporais. Somente em 2 de dezembro, 49 foram derrubadas pelas chuvas. Problemas com cupins e fungos são apontados como causas.Durante a negociação do convênio, técnicos do IPT haviam alertado a prefeitura sobre os riscos que corriam bairros como Alto de Pinheiros e Jardim Paulista. Na região, segundo os técnicos, há espécies como tipuana, jacarandá, pinheiro e alecrim-de-campinas com idade entre 80 e 90 anos.Acidente Uma tipuana caiu ontem, na rua Lourenço de Almeida, em Moema. Ao cair, a árvore derrubou outras duas da mesma espécie. Ninguém foi atingido. O acidente aconteceu por volta das 13h e, segundo a Subprefeitura da Vila Mariana , foi provocado pela chuva e ventania.Na rua Tutóia, no Paraíso (zona sul), onde um homem morreu atingido por uma árvore anteontem, outras árvores ameaçam tombar. Há pelo menos sete muito inclinadas e uma delas já causou até confusão entre vizinhos.Marlene Cortes, 40, dona de uma lanchonete no número 705 da rua, passou um mês ligando

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para a Subprefeitura da Vila Mariana para pedir o corte da árvore. De tão inclinada, ela já causou estragos em vários carros.No dia 8 de fevereiro, quando os funcionários da subprefeitura chegaram, um morador vizinho à lanchonete disse que não deixaria cortar a árvore, alegando que não havia autorização _nesse caso a autorização não era necessária.

Árvore cai, atinge carro e mata um em SP

12/03/2003

Autor: SÉRGIO DURANOrigem do texto: DA REPORTAGEM LOCAL; DO "AGORA SÃO PAULO"Editoria: COTIDIANO Página: C5Edição: São Paulo Mar 12, 2003Legenda Foto: Gol que foi atingido por árvore que caiu na zona sul de São Paulo, matando o motorista, de 70 anos, e ferindo sua mulher, de 69Crédito Foto: Eduardo Knapp/Folha ImagemArte: MAPA: ONDE FOIObservações: COM SUB-RETRANCASVinheta/Chapéu: ACIDENTEAssuntos Principais: ACIDENTE; VÍTIMA; QUEDA; ÁRVORE; SÃO PAULO /SP/; INVESTIGAÇÃO; PODA; GAFISA /EMPRESA/

Segundo a prefeitura, escavações ilegais e poda de raiz feitas por uma construtora no local podem ter sido a causa

Árvore cai, atinge carro e mata um em SP SÉRGIO DURAN DA REPORTAGEM LOCAL Uma poda de raiz e escavações irregulares podem ser as causas principais da queda de uma árvore de cerca de oito metros de altura e uma tonelada, ontem, na rua Tutóia, zona sul de São Paulo, que provocou a morte de uma pessoa.A prefeitura diz que as intervenções irregulares foram feitas por operários da construtora Gafisa, que tem um empreendimento no local. A empresa não confirma.A árvore caiu por volta das 10h30, atingindo um Gol que passava pela rua. O motorista, Arnaldo Afonso, 70, morreu no local. Levada para o Hospital das Clínicas, sua mulher, Oldemira Lopes Afonso, 69, não corre risco.O casal, que morava a 300 metros do local, havia saído para ir ao mercado e buscar o neto de seis anos na escola. Arnaldo teve o pescoço quebrado. Oldemira não chegou a se ferir gravemente.Uma equipe da Subprefeitura da Vila Mariana , responsável pela área, constatou que a construtora retirou, irregularmente, cerca de 30 centímetros de terra da calçada, possivelmente para tentar rebaixar o calçamento.Além disso, a empresa, diz a subprefeitura, podou uma raiz da árvore, supostamente para fazer um canteiro. Como parte dela ficava na superfície, a raiz atrapalhava a obra de calçamento. Outras árvores próximas ao prédio tiveram raízes cortadas, mas não correm risco de cair.

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A Gafisa, diz a lei, teria de pedir autorização à prefeitura para fazer procedimentos que comprometessem a integridade das árvores. Por isso, foi multada em cerca de R$ 600, segundo a subprefeitura. A construtora finaliza a construção de um prédio de alto padrão no local, o Terraço Ibirapuera, com 30 andares, apartamentos de quatro dormitórios e 266 m2 de área útil por apartamento.Horácio Paracampo, vizinho do empreendimento, afirma que esteve ontem em frente à obra e presenciou os operários mexendo na raiz da árvore. "Entrei no prédio, chamei pelo engenheiro responsável e o alertei do risco que estavam correndo. Eles ignoraram o que eu disse", declara. A construtora não confirma a informação.O entregador Jéfferson Ferreira Landim, 17, diz que passou pelo local do acidente minutos antes e viu funcionários da Gafisa tentando cortar raízes da árvore com picaretas. A subprefeitura confirma que a raiz exibia sinais de corte.A árvore, da espécie tipuana, tem raiz central profunda, mas é mantida por ramificações superficiais, que funcionam como um tripé. Segundo a subprefeitura, a raiz central estava comprometida por cupins, mas as demais, saudáveis, não colocavam a árvore, podada há um ano, em risco.Cupins e chuvas fortes têm provocado a queda de várias árvores na cidade desde o fim do ano passado. Só no dia 2 de dezembro, 49 árvores caíram após temporal.

Moradora quer que a prefeitura asfalte quarteirão na zona sul de São Paulo

24/02/2003

Autor: Editoria: COTIDIANO Página: C4Edição: São Paulo Feb 24, 2003Seção: A CIDADE É SUAVinheta/Chapéu: TRÂNSITO

Moradora quer que a prefeitura asfalte quarteirão na zona sul de São Paulo A economista Thais Bueno Rubbo, moradora da rua Domingos Fernandes, na Vila Nova Conceição (bairro da zona sul de São Paulo), declara que somente o quarteirão dessa via onde ela mora não é asfaltado. "Esse quarteirão possui vários buracos, o que danifica os veículos que passam pela rua," afirma a economista.De acordo com a leitora, do outro lado da rua, em frente a sua casa, terá início uma grande obra, e o trânsito de caminhões pesados agravará os buracos e prejudicará ainda mais os motoristas. "Peço que a rua seja asfaltada", afirma Rubbo.

Resposta - A Subprefeitura da Vila Mariana informou que irá encaminhar a solicitação da economista para a Supervisão de Obras, que irá avaliar a possibilidade de atendimento do pedido.Veja mais casos na

Elite some do Orçamento Participativo

27/01/2003

Page 15: Folha de S.Paulo. Coletânea de reportagens que citam a Vila Mariana. ~2003

Autor: SÍLVIA CORRÊA; DAGUITO RODRIGUESOrigem do texto: DA REPORTAGEM LOCALEditoria: COTIDIANO Página: C1Edição: Nacional Jan 27, 2003Legenda Foto: Escola definida pelo Orçamento Participativo em Pedreira (zona sul); Obra de creche reivindicada por moradores do Butantã (zona oeste)Crédito Foto: Juca Varella/Folha ImagemArte: QUADRO: QUEM PARTICIPOU DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVOObservações: COM SUB-RETRANCAVinheta/Chapéu: ADMINISTRAÇÃOAssuntos Principais: ADMINISTRAÇÃO; PREFEITURA; SÃO PAULO /SP/; ORÇAMENTO PARTICIPATIVO; RENDA; ESCOLARIDADE; PESQUISA; PERFIL; REUNIÃO; POPULAÇÃO

Em reuniões promovidas pela gestão Marta Suplicy (PT), em 2002, caiu o número de pessoas com mais escolaridade

Elite some do Orçamento ParticipativoSÍLVIA CORRÊADA REPORTAGEM LOCALEles estudaram até a faculdade, têm uma renda familiar mensal superior a cinco salários mínimos e contam com os cada vez mais raros vínculos formais de emprego. Poderiam, sem dúvida, ajudar nas discussões para minimizar os problemas de São Paulo. Mas quando elas ocorreram, esses paulistanos sumiram do mapa.É isso o que mostram as pesquisas feitas pela Prefeitura de São Paulo sobre o perfil dos participantes das reuniões do Orçamento Participativo de 2001 e 2002.A comparação evidencia que, além de predominantemente feminino, o público das plenárias ficou mais pobre e menos escolarizado (veja quadro abaixo).A constatação não é meramente proporcional. O grupo com mais escolaridade e renda diminuiu mesmo _em números absolutos_, tornando-se no universo das reuniões uma parcela menor do que representa na cidade.Em 2001 _primeiro ano de reuniões e no qual se fixou prioridades da população para 2002_, dos 33 mil participantes dos debates, 26% tinham nível superior.No ano passado, quando foram escolhidas obras para este ano, o grupo representou 9% dos 55 mil debatedores _uma queda de 8.580 para 4.950 pessoas.No quesito renda, a proporção dos que pertenciam a famílias que contavam com mais de cinco salários mínimos mensais caiu de 39% em 2001 para 17% em 2002 _ou seja, de 12.870 para 9.350.Interesses e frustraçãoO Orçamento Participativo (OP) foi promessa de campanha da prefeita Marta Suplicy (PT). Dois anos de governo depois o universo de participantes desses encontros ainda é reduzido _0,5% dos 10,41 milhões de moradores da cidade. Um público que discutiu em 2002 a destinação de R$ 661,88 milhões _6,2% do Orçamento municipal de 2003.No Rio Grande do Sul _governado pelo PT até o ano passado e com orçamento e população próximos aos da capital paulista_, o primeiro ano de implantação do Orçamento Participativo (1999) teve a participação de 1,9% dos gaúchos, índice que se mantém até hoje. Eles decidem atualmente o destino de 10% do orçamento.

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Além da falta de divulgação das reuniões, que ainda é um problema da prefeitura, as pessoas que se engajaram nas discussões avaliam que a mudança de perfil dos debatedores é um reflexo de seus interesses e suas frustrações.O raciocínio: nos locais onde as obras andaram, a população se interessou por saber o que era o Orçamento Participativo, fazendo com que as discussões deixassem de ser monopolizadas por líderes de bairro. Onde isso não aconteceu, a frustração tomou conta."O primeiro ano foi mais fraquinho, mas depois da creche, melhorou", avalia a aposentada Marcionila Aparecida dos Santos, 48, conselheira do OP na Casa Verde (zona norte). Marcionila se refere ao Centro de Educação Infantil Cohab Vila Nova Cachoeirinha, uma das prioridades fixadas pela população da região em 2001 e concluído em maio passado.Se na Casa Verde a obra da creche teve um efeito agregador, na Vila Mariana (zona sul) a falta de construções levou ao desânimo.A dona-de-casa Beatriz Baldan, 57, representante da Sociedade Amigos de Mirandópolis e conselheira do OP em 2001, conta que os moradores da região pleitearam a construção de uma creche na avenida José Maria Whitaker, mas a obra não saiu do papel por problemas no terreno escolhido."Perdemos um equipamento votado como prioridade. A prefeitura deveria fazer um acompanhamento técnico das votações."Aposta na regionalização O governo lamenta o distanciamento da classe média, mas comemora o aumento do número de participantes das camadas sociais mais baixas (veja quadro)."Essa população é a que mais precisa que sejam colocadas em prática as ações do governo. Nesse sentido, atingimos nosso principal objetivo: diminuir a exclusão", diz o coordenador do OP, o paraguaio Félix Sánchez.Para Sánchez, para atrair a classe média _o que ele considera tão necessário quanto difícil_ a melhor arma do governo será a regionalização das prioridades."As pessoas com mais renda têm, em geral, plano de saúde e escola privada. Como precisam menos das ações imediatas do governo e a fixação de prioridade em 2001 foi feita em âmbito municipal, afastaram-se das discussões. Para este ano, porém, obras e atividades já foram definidas regionalmente. Então, quando os moradores de Pinheiros, por exemplo, notarem que não precisam se submeter à necessidade de escola da zona sul e que podem reivindicar a construção de uma biblioteca, o interesse voltará."

Colaborou DAGUITO RODRIGUES, da Reportagem Local

Classe média se muda para entrar nos trilhos

19/01/2003

Autor: ALEXANDRE SAMMOGINIOrigem do texto: FREE-LANCE PARA A FOLHAEditoria: IMÓVEIS Página: 5Edição: São Paulo Jan 19, 2003Legenda Foto: Rosângela Enéas com a filha, Rebeca, que foram morar na SaúdeCrédito Foto: Luana Fischer/Folha ImagemObservações: ESPECIAL; SUB-RETRANCAVinheta/Chapéu: ELEVADOR

Page 17: Folha de S.Paulo. Coletânea de reportagens que citam a Vila Mariana. ~2003

Assuntos Principais: SÃO PAULO /SP/; BAIRRO; ESTUDO; PERFIL; FRONTEIRA SOCIAL; LANÇAMENTO; IMÓVEL; DESEQUILÍBRIO; HABITAÇÃO; POPULAÇÃO

Classe média se muda para entrar nos trilhosALEXANDRE SAMMOGINIFREE-LANCE PARA A FOLHAUma região bem localizada, perto do metrô, com oferta de apartamentos de dois e três dormitórios, relativamente segura e com facilidade de acesso a escolas.Esses são alguns ingredientes que conspiraram para que Vila Mariana e Saúde se tornassem os distritos com a maior concentração de população da chamada classe média da cidade, segundo análise da Urban Systems Brasil.Em seguida, figuram os distritos da Liberdade e da Bela Vista, também próximos do metrô e dos pólos comerciais da avenida Paulista e do centro antigo. A consultoria considerou como classe média a faixa das famílias cujo chefe recebe de cinco a 20 salários mínimos." Vila Mariana , Saúde e o corredor sul que acompanha a linha do metrô têm vocação para atrair a classe média, e não é por acaso que a demanda ainda hoje é superior à oferta", diz Oswaldo Lopes, gerente da Seabra Consultoria.Há duas décadas, a coqueluche era comprar um imóvel em Moema e imediações. Mas o distrito se tornou altamente valorizado.Então o mercado descobriu a Vila Mariana no final dos anos 80. "Mas ela já está se 'elitizando', e as opções para a classe média estão indo para Saúde e Jabaquara", diz Carlos Alberto Innocencio, diretor da construtora Galli CGN.Ele explica que o fenômeno acontece em outras regiões da cidade, como o distrito da Vila Leopoldina, que recebe o público que antes procurava Pinheiros e Lapa."Hoje verificamos uma diversificação dos distritos com elevado número de lançamentos voltados para a classe média", diz Basílio Jafet, vice-presidente do Secovi.'Centrão'O futuro do nicho de imóveis para a classe média, porém, depende do acesso às linhas de crédito, que pelo menos em 2002 não foi tão fácil. "O mercado teve resultado fraco para essa faixa em 2002", afirma Sérgio Vieira, da imobiliária Coelho da Fonseca. O alto padrão foi o mais promissor."O acesso ao financiamento de imóveis de médio padrão caiu cerca de 30%", estima Jafet.A chamada classe média baixa, cujo chefe de família tem rendimento entre cinco e dez salários mínimos, tem menos acesso ainda ao financiamento e recorre ao aluguel. Uma das regiões procuradas hoje tem sido o centro."Quem não tem filhos e busca aluguel mais barato está percebendo que o 'centrão' é uma boa alternativa", afirma Renato Cymbalista, do Instituto Pólis.A coordenadora do programa municipal Morar no Centro, Helena Menna Barreto, diz que a área deverá atrair moradores com seu projeto de reabilitação. Hoje a taxa de vacância não motiva a construção de novos imóveis.

Comodidade atrai moradores para a zona sul

19/01/2003

Autor: Origem do texto: FREE-LANCE PARA A FOLHA

Page 18: Folha de S.Paulo. Coletânea de reportagens que citam a Vila Mariana. ~2003

Editoria: IMÓVEIS Página: 5Edição: São Paulo Jan 19, 2003Observações: ESPECIAL; SUB-RETRANCAAssuntos Principais: SÃO PAULO /SP/; BAIRRO; ESTUDO; PERFIL; FRONTEIRA SOCIAL; LANÇAMENTO; IMÓVEL; DESEQUILÍBRIO; HABITAÇÃO; POPULAÇÃO; ZONA SUL

Comodidade atrai moradores para a zona sulFREE-LANCE PARA A FOLHAA publicitária Rosângela Enéas, 36, mudou-se há dois anos com a filha, Rebeca, 4, para a Saúde, na zona sul, após se separar do marido. Antes morava em um apartamento de alto padrão perto da Serra da Cantareira, na zona norte.O novo lugar também é tranquilo, mas o espaço no apartamento, de um dormitório, bem menor. A escolha do bairro foi motivada pela facilidade de acesso ao curso de pós-graduação. "Vendi o carro e queria um local próximo do metrô e perto de algum parente [ela tem um irmão no bairro]."A designer gráfica Ana Lucas Fachina já morou na Granja Viana numa casa com mais de 3.000 m2 de terreno. "Mas perdia muito tempo no trânsito."Agora, no segundo casamento, com o jornalista Jhony Arai, 29, vive num apartamento no distrito da Vila Mariana . "A vantagem é a proximidade do trabalho", diz ela, grávida de nove meses e que já faz planos para dar uma "escapadinha" do serviço para amamentá-lo.

OFERTA X DEMANDA

19/01/2003

Autor: Editoria: IMÓVEIS Página: 5Edição: São Paulo Jan 19, 2003Arte: QUADRO: OFERTA X DEMANDAObservações: ESPECIAL; SUB-RETRANCAAssuntos Principais: SÃO PAULO /SP/; BAIRRO; ESTUDO; PERFIL; FRONTEIRA SOCIAL; LANÇAMENTO; IMÓVEL; DESEQUILÍBRIO; HABITAÇÃO; POPULAÇÃO

OFERTA X DEMANDAParcela da população nos distritos, em %Onde fica a classe B

Vila Mariana : 26,7Saúde: 25,7Bela Vista: 25,1Liberdade: 25,1Santana: 25

Onde fica a classe C+República: 34,7Sé: 31,4

Page 19: Folha de S.Paulo. Coletânea de reportagens que citam a Vila Mariana. ~2003

Artur Alvim: 30,7

Fonte: Urban Systems

Onde há mais lançamentos Entre R$ 50 mil e R$ 120 milVila Matilde: 673Morumbi: 615Butantã: 542

Entre R$ 120 mil e R$ 300 milSaúde: 632Pompéia: 576Tatuapé: 518

Fonte: Amaral d'Ávila

Professora afirma que quantidade de camelôs na Vila Mariana está aumentando

06/01/2003

Autor: Editoria: COTIDIANO Página: C4Edição: São Paulo Jan 6, 2003Seção: A CIDADE É SUAVinheta/Chapéu: AMBULANTES

Professora afirma que quantidade de camelôs na Vila Mariana está aumentandoA professora Maria de Lourdes David, moradora da rua Pinto Ferraz há quase 20 anos, tem acompanhado o aumento do número de camelôs na esquina dessa rua com a praça da estação Vila Mariana do Metrô."Está difícil circular durante o dia por lá. É uma pena, porque a região era ótima. Temo que os ambulantes tomem conta de lá. Não daria para começar a fazer um certo controle?"Resposta - A Subprefeitura da Vila Mariana informa que tem feito vigilância constante para coibir a instalação de novos camelôs no local, o que nem sempre é possível, pois, assim que é terminada a vistoria, novos ambulantes se instalam.Segundo a subprefeitura, a rua Pinto Ferraz faz parte do projeto de reurbanização do corredor viário Domingos de Morais.