FGV / IBRE - 1º Seminário sobre Política Monetária - José Júlio Senna | 2015
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Transcript of FGV / IBRE - 1º Seminário sobre Política Monetária - José Júlio Senna | 2015
Política Monetária
José Júlio Senna | 2015
1º SEMINÁRIOPOLÍTICA MONETÁRIA
Primeiro Seminário de Política MonetáriaSegunda linha do título da apresentação
Economia Aplicada 2
Trata das consequências recessivas de aumento concentrado do
endividamento em período imediatamente anterior. Pesquisas
sobre isso já na década de 1930.
Interesse renovado nos anos 90 (recessões prolongadas). Caso
do Japão. Foco na dívida apareceu mais tarde.
Novo impulso com a Grande Recessão. Ponto importante:
recuperação econômica depende do reequilíbrio patrimonial.
Debt Overhang
Economia Aplicada 3
Ausência de Desalavancagem na Economia Mundial
Fonte: Luigi Buttiglione, Philip R. Lane, Lucrezia Reichlin and Vincent Reinhart. Deleveraging? What Deleveraging? International Center for Monetary and Banking Studies (ICMB). Center for Economic Policy Research. September, 2014, p. 13.
em % do PIB
Ausência de Desalavancagem Particularmente na Zona do Euro
Economia Aplicada 4
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Portugal Irlanda Itália Grécia Espanha
Nota: total = setor privado + dívida bruta do governo geral; setor privado = empresas não financeiras + famílias; dados anuais. Fontes: OECD; FMI.
Problema Adicional na Zona do Euro: Assimetria no Ajustamento (Viés Deflacionário). Semelhante ao Padrão-Ouro.
Economia Aplicada 5
em % do PIB
Nota: dados anuais de conta corrente. 2014 = projeções FMI. Fonte: WEO / FMI.
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Alemanha Portugal Irlanda
Grécia Espanha
Economia Aplicada 6
Dificuldade Adicional. Nos Desenvolvidos Salários Reais Crescem Abaixo dos Ganhos de Produtividade
índice
Nota: O crescimento dos salários é calculado como uma média ponderada de crescimento ano-a-ano em salários médios mensais reais em 36 países. Produtividade do trabalho refere-se ao PIB por trabalhador. 1999 = 100. Fontes: ILO Global Wage Report 2014/15 (Figure 7); ILO Global Wage Database; ILO Trends Econometric Models, Apr. 2014.
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salário real produtividade do trabalho
Economia Aplicada 7
Resultado: Forças Deflacionárias. Inflação de 12 Meses (Zona do Euro e Alemanha)
Nota: núcleo da inflação = ex - energia, alimentos, álcool e tabaco; dados mensais. Últimos dados: núcleo da inflação da Alemanha = janeiro/2015; demais dados = fevereiro/2015. Fonte: Bloomberg.
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Alemanha (%)
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Economia Aplicada 8
Forças Deflacionárias Manifestam-se em Várias Partes. Inflação de 12 Meses (EUA e Reino Unido)
Nota: dados mensais. núcleo da inflação do Reino Unido = ex - energia, alimentos, álcool e tabaco. Últimos dados: janeiro/2015. Fonte: Bloomberg.
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EUA – PCE (%)
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média do núcleo da inflação
média jan/13 – jan/15 = 1,4%
Economia Aplicada 9
Forças Deflacionárias Também na China. Inflação de 12 Meses.
Nota: núcleo da inflação = ex - energia, alimentos, álcool e tabaco; dados mensais. Últimos dados: fevereiro/2015. Fonte: Bloomberg.
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PPI (%)
média jan/13 – fev/15 = -2,1%
média jan/13 – fev/15 = 1,6%
Expectativas de Fenômeno Duradouro. Expectativas de Inflação para os Próximos 5 e 10 Anos (EUA e Alemanha)
Economia Aplicada 10
Nota: dados diários. Fonte: Bloomberg. Últimos dados: 11/03/14
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EUA Alemanha
Economia Aplicada 11
QE na Zona do Euro: Seria Solução? Parte dos Possíveis Efeitos Já Aconteceu
Nota: dados diários. Fonte: Bloomberg. Últimos dados: 11/03/15.
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Alemanha
França
Portugal
Espanha
Itália
Irlanda
Draghi:
“Whatever it
Takes”
Economia Aplicada 12
QE na Zona do Euro: Efeitos do “Whatever It Takes” em Detalhe
Fonte: Bloomberg.
Grécia Portugal Irlanda Espanha
25/07/2012 27,6% 11,5% 6,4% 7,4%
(véspera do "whatever it takes")
21/01/2015 9,4% 2,8% 1,3% 1,5%
(véspera do QE)
11/03/2015 10,5% 1,6% 0,7% 1,2%
(últimos dados)
Economia Aplicada 13
Grécia: Ausência de Contágio (Até Agora). Benefício do QE
Formal?
Nota: dados diários. Fonte: Bloomberg. Últimos dados: 11/03/15.
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Grécia Irlanda Portugal Espanha
Economia Aplicada 14
Evita contágio?
QE funciona por meio do efeito “signaling”.
Em geral, redução do juro de política tende a ser
considerada temporária.
QE formal dá caráter mais permanente à política
monetária expansionista. Sinaliza juro baixo por mais
tempo. Efeito sobre o câmbio. Euro provavelmente
ficará ainda mais fraco.
Benefícios do QE Formal
Recuperação Econômica Desequilibrada. É a Principal Força por Trás do Fortalecimento do Dólar
Economia Aplicada 15
Nota: dados trimestrais e dessazonalizados. Últimos dados: 2014T4. Fontes: BEA; Eurostat.
em % (crescimento do PIB em 4 trimestres)
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EUA zona do euro
Economia Aplicada 16
EUA e Reino Unido: Únicos Países Onde Houve Alguma Desalavancagem do Setor Privado. Isto Explica a Recuperação Mais Rápida Desses Dois Países.
Nota: total = setor privado + dívida bruta do governo geral; setor privado = empresas não financeiras + famílias; dados anuais. Fontes: FED; OECD; FMI.
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Dívida do Governo (% PIB)
EUA
Reino Unido
Dólar Forte. Ciclos Cambiais são Longos. Expressivo Espaço para Fortalecimento Adicional
Economia Aplicada 17
dollar index
Nota: dados médios mensais; major: março/1993 = 100; broad: janeiro/1997 = 100. Broad currency index includes the Euro Area, Canada, Japan, Mexico, China, United Kingdom, Taiwan, Korea, Singapore, Hong Kong, Malaysia, Brazil, Switzerland, Thailand, Philippines, Australia, Indonesia, India, Israel, Saudi Arabia, Russia, Sweden, Argentina, Venezuela, Chile and Colombia. Fonte: FED. Últimos dados: fevereiro/2015.
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Economia Aplicada 18
“Efeito-Cotação” sobre o Preço do Petróleo. Relação Inversa.
índice
Nota: dados diários; dollar index - major: março/1993 = 100. Major currencies index includes the Euro Area, Canada, Japan, United Kingdom, Switzerland, Australia, and Sweden. Fontes: FED; Bloomberg. Últimos dados: 09/03/2015
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dollar index (major)
petróleo (brent)
Economia Aplicada 19
“Efeito-Cotação” sobre os Preços das Exportações Brasileiras
índice
Nota: dollar index - major: março/1993 = 100; dados mensais de fechamento. Major currencies index includes the Euro Area, Canada, Japan, United Kingdom, Switzerland, Australia, and Sweden. Preços de exportação: dados mensais dessazonalizados; 2006=100. Fontes: Blog Armando Castelar (www.armandocastelar.com) ; FED; Funcex. Últimos dados: dollar index = fevereiro/2015; preço das exportações = janeiro/2015.
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dollar index preços de exportação
Economia Aplicada 20
Brasil. Difícil a “saída pelas exportações”. Economia mundial,
comércio internacional e preços de commodities não ajudam.
Efeitos externos sobre a inflação: a) forças deflacionárias em
geral; b) pressões baixistas sobre preços de commodities
(economia real e dólar forte); c) depreciação do real (efeito
contrário). Resultado líquido indeterminado (a priori).
Efeitos sobre o Brasil
Inflação dos Tradables (12 Meses) Bem Comportada Apesar da Depreciação Cambial
Economia Aplicada 21
Nota: tradables = alimentos industrializados e semi-elaborados, artigos de limpeza, higiene e beleza, mobiliário, utensílios domésticos, equipamentos eletro-eletrônicos, aquisição de veículos, álcool combustível, cama/mesa/banho, fumo e bebidas, vestuário e material escolar; peso dos tradables = 35,7%. Fonte: IBGE. Últimos dados: fevereiro/15
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média jan/13 – fev/15 = 6,3%
Item Mais Sensível às Variações das Condições Externas. Inflação (12 Meses) – Materiais e Componentes para a Manufatura
Economia Aplicada 22
Nota: peso de 19,9% no índice de preços ao produtor amplo (IPA-EP), segundo os estágios de processamento; sub-item de bens intermediários, cujo peso é de 34,9% do IPA-EP. Fonte: FGV. Últimos dados: fevereiro/15
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Preço Relativo e Taxa Nominal de Câmbio no Brasil
Economia Aplicada 23
Nota: preço relativo dos tradables e non tradables (serviços + alimentos in natura): dezembro/95 = 1; na relação entre os preços de tradables e de non tradables os preços monitorados não são incluídos; taxa de câmbio nominal: fim de mês. Fontes: IBGE; Bloomberg. Últimos dados: preço relativo: fevereiro/15; taxa de câmbio: março/15 (11/03/15)
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preço relativo
taxa nominal de câmbio
Conta Corrente e a Relação Preços Tradables / Preços Nontradables. Uma das Medidas de Câmbio Real. Evidência Empírica Muito Boa.
Economia Aplicada 24
Nota: preço relativo dos tradables e non tradables (serviços + alimentos in natura): dezembro/95 = 1; na relação entre os preços de tradables e de non tradables os preços monitorados não são incluídos; saldo em conta corrente: últimos 12 meses. Fontes: IBGE; Banco Central. Últimos dados: preço relativo = fevereiro/2015; conta corrente = janeiro/15
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preço relativo conta corrente
Inflação de Serviços (12 Meses) Influenciada pela Taxa de Desemprego
Economia Aplicada 25
Nota: taxa de desemprego: dados mensais e dessazonalizados. Fonte: IBGE. Últimos dados: inflação de serviços = fevereiro/2015; taxa de desemprego = janeiro/2015
em % em %
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set-14
inflação de serviços
taxa de desemprego
Economia Aplicada 26
Está difícil executar o necessário desvio de demanda
(expenditure switching).
Preço relativo dos tradables tem de subir. Depreciação cambial
adicional parece indispensável.
BC: responsabilidade redobrada. Preocupação somente com a
meta? E a composição da inflação?
Meta: correção dos desequilíbrios interno e externo.
Conclusão: a) rigor redobrado no combate à inflação de
nontradables; b) espaço para real ainda mais fraco (nova política
de swap cambial, de preferência bem clara).
Inflação de Tradables Abaixo de Nontradables há Mais de 10 Anos
Déficit Externo para Financiar Consumo (Famílias + Governo)
Economia Aplicada 27
Nota: CF e GOV de 2014 = 2014.III. Fontes: Blog Armando Castelar (www.armandocastelar.com); Ipeadata; IBGE; BCB.
em % do PIB em % do PIB
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-2%
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CF + GOV conta corrente
Produtividade Agregada e Salário Real
Economia Aplicada 28
Nota: 1995 = 100; produtividade agregada = VA / PO; VA das CNT / IBGE; PO da PNAD / IBGE; salário nominal da PNAD / IBGE; deflator IPCA; os dados de PO da PNAD foram ajustados com as metodologias da PIA e do CAGED; 2014 = estimativas de Silvia Matos e Fernando Veloso (IBRE / FGV). Fonte: Fernando Veloso (IBRE/FGV).
índice
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Produtividade Salário real - IPCA
Economia Aplicada 29
Conclusão: melhora do preço relativo trad. / non tradables,
redução do consumo (famílias + gov.) e queda do W / P entre 1998
e 2003. Visões distintas da mesma questão.
Reequilíbrio interno e externo exige movimentos semelhantes de
novo.
Tema do segundo bloco.
Enfoques Alternativos