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FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA DE LORENA DEPARTAMENTO DE BIOTECNOLOGIA PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA INDUSTRIAL ESTUDO DA MOVIMENTAÇÃO DOS HERBICIDAS EM COLUNAS DESOLO Disserlação de mestrado apresentada como parte das exigências para a obtenção do tít:ulo de Mestre em Biotecnologia Industrial Banca examinadora: Dr.André RibeiroCotrim (presidente) Dr.Joel Irineu Fahl Dr. Flávio Teixieira da Silva Estudante: Márcia Freire dos Reis Lorena-SP-Brasil 1999

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FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA DE LORENA DEPARTAMENTO DE BIOTECNOLOGIA

PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA INDUSTRIAL

ESTUDO DA MOVIMENTAÇÃO DOS HERBICIDAS EM COLUNAS DESOLO

Disserlação de mestrado apresentada como parte das exigências para a

obtenção do tít:ulo de Mestre em Biotecnologia Industrial

Banca examinadora: Dr.André RibeiroCotrim (presidente) Dr.Joel Irineu Fahl Dr. Flávio Teixieira da Silva

Estudante: Márcia Freire dos Reis

Lorena-SP-Brasil 1999

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FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA DE LORENA DEPARTAMENTO DE BIOTECNOLOGIA

PÔS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA INDUSTRIAL

ESTUDO DA MOVIMENTAÇÃO DOS HERBICIDAS EM COLUNAS DE SOLO

Este exemplar corresponde a versão final da dissertação de mestrado aprovada pela banca examinadora.

Dr. André Ribeiro Cotrim -Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Tranferido da Biblioteca do DEBIQ para a Bilblioteca

I Universitária em Junho/2004

L Proc .• !m~~""""""- ...,,;i

Lorena - SP - Brasil 1999

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AGRADECIMENTOS

Ao Dr. André Ribeiro Cotrim, cuja capacidade admiro e a quem sou

sinceramente agradecida.

Aos Drs. Adilson Gonçalves, André Ferraz e Flávio Teixeira da Silva,

de quem os auxílios e sugestões foram essenciais para a execução

desse trabalho.

Ao técnico agrícola José Moreira, pela colaboração, dedicação e

amizade.

A todos os amigos e colegas de curso, em especial Cleyde, Anderson,

Régís, Patrícia e Hellen: a cooperação e o apoio de vocês valeram.

Aos técnicos do laboratório Jussara e José Carlos, pela eficiência.

Aos demais funcionários do DEBIQ os pequenos, mas indispensáveis

trabalhos.

À F APESP que, com a concessão da bolsa e auxílios complementares,

propiciou-me a realização deste trabalho.

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iv

CONTEÚDO

LISTA DE TABELAS viii

LISTA DE FIGURAS x

RESUMO xiv

ABSTRACT xv

LISTA DE ABREVIATURAS xvi

INTRODUÇÃO l

1.1. Avaliação da FLC 7

2. OBJETIVOS 14

3. METODOLOGIA 15

3.1 MATERIAIS: 15

3.2. MÉTODOS 18

3.2.1. OBTENÇÃO DAS FORMULAÇÕES 18

3.2.2. CARACTERIZAÇÃO DAS FORMULAÇÕES 18

3.2.2.1. Estudo da cinética de liberação dos IAs das FLC de ametrina, diuron e 2,4-D em sistema dinâmico 18

3.2.2.2. Análise de ametrina, diuron e 2,4-D por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) 19

3.2.2.3. Determinação do IA liberável e residual 20

3.2.2.4. Extração do IA residual de FLC de 2,4-D em Soxhlet 22

3.2.2.5. Obtenção dos espectros de Infravermelho das formulações comerciais e LC de 2,4-0 22

3.2.3. ESTUDO DA SENSIBILIDADE DAS SEMENTES AOS HERBICIDAS 23

3.2.3.1. Bioensaio em placas de Petri utilizando sementes de alpiste (Phalaris canariensis) e rabanete (Raphanussp) 23

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V

3.2.3.2. Testes em vasos 24

3.2.3.2.1. Capacidade de campo da vermiculita 25

3. 2.3.2.2. Determinação da umidade da vemiculita 25

3.2.3.2.3. Determinação da perda de água da vermiculita por evaporação 26

3.2.3.2.4. Avaliação da adsorção dos herbicidas em vermiculita, com e sem a adição de solução nutritiva 26

3.2.3.3. Testes em vasos com sementes de aveia preta (Avena strigosa) e rabanete (Raphanussp),sem adição de solução nutritiva 27

3.2.3.4. Testes em vasos com sementes de aveia preta (Avena strigosa) e rabanete (Raphanussp), com adição de solução nutritiva 28

3.2.4. ESTUDO DA MOVIMENTAÇÃO DOS HERBICIDAS EM COLUNAS DE SOL0 29

3.2.4.1. Preparação das colunas de solo 29

3.2.4.1.1.Confecção das colunas de solo 29

3.2.4.1.2. Coleta do solo 31

3.2.4.1.3. Tratamento da areia utilizada nas colunas 31

3.2.4.1.4. Empacotamento das colunas de solo 31

3.2.4.1.5. Aplicação das amostras 32

3.2.4.2. Experimentos de lixiviação 32

3.3.4 BIOENSAIOS COM SOLOS DAS COLUNAS COLETADAS 34

3.3.5. ANÁLISE DOS LIXIVIADOS 35

3.3.6. EXTRAÇÃO DOS IAs RESIDUAIS DAS FLC DAS COLUNAS 35

3.3.7. DETERMINAÇÃO DOS HERBICIDAS NOS SOLOS DAS COLUNAS 36

4.-RESULTADOS E DISCUSSÃ0 37

4.1. CARACTERIZAÇÃO DAS FLC 37

4.1.2. AMETRINA 37

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vi

4.1.2.DIURON 40

4.1.3. 2,4-D 43

4.1.3.1. Caracterização das FLC de 2,4-D por FTIR 46

4.2. BIOENSAIOS 48

4.2.1. ESTUDO DA SENSIBILIDADE DE SEMENTES DE RABANETE E ALPISTE EM PLACAS DE PETRI .48

4.2.1.1. Rabanete 49

4.2.1.2. Alpiste 53

4.2.2. ESTUDO DA SENSIBILIDADE DE SEMENTES DE RABANETE E AVEIA PRETA EM VASOS 53

4.2.2.1. A veia preta 53

4.2.2.1.1. Contagem do número de plântulas 54

4.2.2.1.2. Produção de biomassa 58

4.2.2.2. Rabanete 59

4.2.2.2.1. Contagem do número de plântulas 60

4.2.2.2.2 Produção de biomassa 63

4.2.3. CAPACIDADE DE ADSORÇÃO DOS HERBICIDAS PELA VERMICULIT A 66

4.2.4. ESTUDO DA SENSIBILIDADE DE SEMENTES DE AVEIA PRETA E RABANETE EM TESTES EM VASOS, COM ADIÇÃO DE SOLUÇÃO NUTRITN A 68

4.2.4.1. A veia preta 68

4.2.4.1.1. Contagem do número de plântulas 68

4.2.4.1.2. Produção de biomassa 72

4.2.4.2 Rabanete 7 4

4.3. ENSAIOS DE LIXNIAÇÃO EM COLUNAS DE SOL0 75

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4.3.1. LIXIVIAÇÃO DA AMETRINA 76

4.3.1.1. Contagem de plântulas 76

4.3.1.2. Produção de biomassa 80

4.3.1.3. Determinação da ametrina no solo 82

4.3.1.4. Análise dos lixiviados 83

4.3.1.5. Extração do IA residual das FLC. 84

4.3.2. LIXIVIAÇÃO DO DIURON 85

4.3.2.1. Contagem do número de plântulas 85

4.3.2.2. Produção de biomassa 89

4.3.2.3. Determinação do diuron no solo 91

4.3.2.4. Análise dos lixiviados das colunas 92

4.3.2.5. Extração do IA residual nas FLC 92

4.3.3. LIXIVIAÇÃO DO 2,4-0 93

4.3.3.1. Contagem do número de plântulas 93

4.3.3.2. Análise dos lixiviados 97

4.3.3.3. Extração do IA residual das FLC do topo das colunas 98

5. CONCLUSÕES 100

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Características dos herbicidas estudados 15

Tabela 2. Volumes utilizados no preparo da solução nutritiva (lL) 17

Tabela 3. Composição do solo utilizado nos experimentos de lixiviação 17

Tabela 4. Condições de análise dos herbicidas estudados 20

Tabela 5. Doses utilizadas no bioensaio em placas de Petri 24

Tabela 6. Coleta das colunas de solo durante o experimento 33

Tabela 7. Resultados da determinação do IA liberável das FLC de

ametrina 37

Tabela 8. Balanço de massa da ametrina 39

Tabela 9. Resultados da determinação do IA liberável das FLC de

diuron 40

Tabela 10. Balanço de massa de diuron 43

Tabela 11. Resultados da determinação do IA liberável das FLC de 2,4-D .44

Tabela 12. Balanço de massa do 2,4-D 46

Tabelal3. Germinação de sementes de aveia preta após 15

DDS 57

Tabela 14. Teste t para os resultados da produção de biomassa de aveia preta

nos vasos em vasos com vermiculita, após 22 DDS 59

Tabela 15. Germinação do rabanete nos vasos após 15 DDS 62

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ix

Tabela 16. Teste t para os resultados da produção de biomassa de rabanete, nos

ensaios em vasos com vermiculita, após 18 DDS 64

Tabela 17. Porcentagem de herbicidas adsorvidos em vermiculita após 24 horas

de experimento 66

Tabela 18. Ametrina residual extraída das FLC do topo das colunas 84

Tabela 19. Diuron residual extraído das FLC do topo das colunas 92

Tabela 20. 2,4-D lixiviado das colunas do topo das colunas 97

Tabela 21. 2,4D residual extraído das FLC. 98

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X

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Estrutura modelo de lignina proposta por E. Adler (Fengel e Wegener, 1984) 6

Figura 2. Esquema do sistema dinâmico de liberação do IA das FLC 19

Figura 3. Confecção das colunas de solo utilizando tubos de PVC 30

Figura 4. Porcentagem média de ametrina liberada das formulações LC em sistema dinâmico 38

Figura 5. Porcentagem média de ametrina liberada das FLC em função da raiz quadrada do tempo 39

Figura 6. Porcentagem média de diuron liberado das FLC em sistema dinâmico 41

Figura 7. Porcentagem média de diuron liberado das FLC em função da ra.iz quadrada do tempo 42

Figura 8. Porcentagem média de 2,4-D liberado das FLC em sistema dinâmico 44

Figura 9. Porcentagem média de 2,4-D liberado das FLC em função da raiz quadrada do tempo em sistema dinâmico .45

Figura 10. Espectros de N da lignina do bagaço de cana (A) e da formulação de 2,4-D (B) 45

Figura 11. Espectros da diferença: (A) entre os espectros da formulação de 2,4-D e a lignina do bagaço de cana; (B) entre os espectros da formulação residual após liberação do IA e LB, e; (C) entre os espectros da formulação residual após liberação do IA e extração em aparelho Soxhlet e LB. Escala do eixo y = 0,5 UA 61

Figura 12. Porcentagem de plântulas de rabanete (Raphanus sp) nas placas de Petri com (O) 5,19 kg/ha, (D) 4,4 kg/ha, ('1) 3,46 kg/ ha, (x) 1,73 kg/ ha, (*) 0,86 kg/ ha, (o) O kg/ha de ametrina 49

Figura 13. Porcentagem de plântulas de rabanete (Raphanus sp) nas placas de Petri com (O) 6,14 kg/ha, (D) 5,31 kg/ha, ('1) 4,26 kg/ ha, (x) 2,12 kg/ ha, (*) 0,64 kg/ ha, (o) O kg/ha de diuron 50

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xi

Figura 14. Porcentagem de plântulas de rabanete (Raphanus sp) nas placas de Petri com (O) 2,83 kg/ha, (O) 2,34 kg/ha, (d) 1,89 kg/ ha, (x) 0,94 kg/ ha, (*) 0,28 kg/ ha, (o) O kg/ha de 2,4-0 51

Figura 15. Porcentagem do efeito fitotóxico produzido pela(+) ametrina e pelo ( *) diuron nas sementes de rabanete, em função da dose aplicada, após 12 005 52

Figura 16. Porcentagem de plântulas de aveia preta (A vena strigosa) nos vasos com diferentes doses de ametrina 54

Figura 17. Porcentagem de plântulas de aveia preta (A vena strigosa) nos vasos com diferentes doses de diuron 55

Figura 18. Porcentagem de germinação de sementes de aveia preta (A vena strigosa) nos vasos com diferentes doses de 2,4-0 56

Figura 19. Porcentagem de plântulas de rabanete em vasos com diferentes doses de ametrina 60

Figura 20. Porcentagem de plântulas de rabanete em vasos com diferentes doses de diuron 61

Figura 21. Porcentagem de plântulas de rabanete nos vasos com diferentes doses de 2,4-0 61

Figura 22. Porcentagem de plântulas de aveia preta tratadas com diferentes doses de ametrina nos ensaios em vasos com adição de solução nutritiva 69

Figura 23. Porcentagem de plântulas de aveia tratadas com diferentes doses de diuron em teste de vasos com solução nutritiva 70

Figura 24. Número de plântulas tratadas com diferentes doses de (d) ametrina e(•) diuron após 24 OOS 71

Figura 25. Relação do peso de massa fresca/ número de plântulas de aveia preta (máximo da % germinação) tratadas com diferentes doses de ametrina e diuron ........................................................................................................................................... 73

Figura 26. Porcentagem de plântulas de rabanete redondo tratadas com diferentes doses de 2,4-0, em teste de vaso com adição de solução nutritiva 75

Figura 27. Porcentagem de plântulas de aveia preta germinadas após a semeadura ,em vasos com solos das camadas (O) 0-10 cm, (O) 10- 20 cm, (*)20-30

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xii

cm, (o) 30-40 cm tratadas com ametrina comercial (A) 30 dias, (B) 60 dias (C) 92 dias 77

Figura 28. Porcentagem de plântulas de aveia preta germinada após a semeadura em vasos com solos das camadas (O) 0-10 cm, (D) 10- 20 cm,(*) 20-30 cm, (o) 30- 40 cm tratadas com ametrina LC. (A) 30 dias, (B) 60 dias, (C) 92 dias 79

Figura 29. Biomassa fresca de aveia preta produzida nos bioensaios realizados com as diferentes camadas dos solos das colunas tratadas com ametrina comercial, FLC e controle, coletadas durante o ensaios de lixiviação 81

Figura 30. Curva de resposta da aveia preta obtida nos solos com diferentes concentrações de ametrina (O) biomassa produzida (.1) nº de plântulas 83.

Figura 31. Porcentagem de plântulas de aveia preta germinadas após a semeadura em vasos com solos das camadas (O) 0-10 cm, (D) 10- 20 cm,(*) 20-30 cm, (o) 30-40 cm tratadas com diuron comercial. (A) 30 dias, (B) 60 dias, (C) 92 dias 86

Figura 32. Porcentagem de plântulas de aveia preta germinada após a semeadura em vasos com as camadas (O) 0-10 cm, (D) 10- 20 cm,(*) 20-30 cm, (o) 30-40 cm tratadas com diuron LC. (A) 30 dias, (B) 60 dias, (C) 92 dias 88

Figura 33. Biomassa fresca de aveia preta obtidas nos bioensaios realizados com as diferentes camadas dos solos das colunas tratadas com diuron comercial, FLC e controles, coletadas durante o ensaios de lixiviação 90

Figura 34. Curva de resposta da aveia preta obtida nos solos com diferentes concentrações de diuron (O) biomassa produzida (.1) nº de plântulas 91

Figura 35. Porcentagem de plântulas de rabanete germinadas após semeadura em vasos com as camadas (O) 0-10 cm, (D) 10- 20 cm,(*) 20-30 cm, (o) 30-40 cm tratadas com 2,4-D técnico. (A) 30 dias, (B) 60 dias, (C) 92 dias 94

Figura 36. Porcentagem de plântulas de rabanete germinadas após semeadura em vasos com as camadas (O) 0-10 cm, (D) 10- 20 cm,(*) 20-30 cm, (o) 30-40 cm tratadas com 2,4-D LC. (A) 30 dias, (B) 60 dias, (C) 92 dias 96

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xiii

LISTA DE ABREVIATURAS

2,4-D: Ácido 2, 4 diclorofenoxiacético

ANDEF: Associação Nacional dos Defensivos Agrícolas

Cp: Capacidade de campo

DDS: Depois da data de semeadura

D L: Dose letal

EDT A: Etilenodiaminotetracetato de sódio

et al. Abreviação de et allii = e colaboradores

FLC: Formulação de liberação controlada

FTIR: (Fourier- transformed In:frared) espectros dein:&avermelho

portransformadade Fourier.

ha: Hectare

IA (s): fugrediente(s) ativo(s)

k': Constante de velocidade de liberação do herbicida da formulação de liberação

controlada

kgf: Kilograma força

LC: Liberação controlada

meq: Miliequivalente

mL: Mililitros

min: Minuto

rpm: Rotações por minuto

9. Desvio padrão da amostra

SINDARG: Sindicato Nacional da Indústria de Defensivos Agrícolas

t: tonelada

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xiv

RESUMO Estudo da movimentação dos herbicidas em colunas de solo. Márcia Freire dos Reis. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós- Graduação em Biotecnologia Industrial, Departamento de Biotecnologia, Faculdade de Engenharia Química de Lorena. Orientador: André Ribeiro Cotrim (Departamento de Biotecnologia, FAENQUIL, CP 116, 12600-000, Lorena, SP, Brasil). Banca Examinadora: Dr. Joel Irineu Fahl e Dr. Flávio Teixeira da Silva, Março de 1999.

O estudo da movimentação dos herbicidas provenientes das formulações comerciais e de liberação controlada (LC) de ametrina, diuron e 2,4-D foi realizado em ensaios de lixiviação em colunas de solo. A movimentação dos herbicidas foi monitorado por bioensaios e análises químicas.

As FLC dos herbicidas foram produzidas em laboratório com 50% de I.A. (ingrediente ativo). Os valores de k' (constante de velocidade de liberação) das FLC de ametrina, diuron e 2,4 -D, em sistema dinâmico foram 22 d-1/2, 8 d-1/2 e 18 d-1/2, respectivamente.

Bioensaios em placas de Petri e em vasos foram realizados para avaliar a sensibilidade das sementes das sementes aos herbicidas estudados. Das sementes avaliadas, o rabanete (Raphanussp) foi escolhido para avaliar 02,4-D, e a aveia preta (A vena strigosa), foi escolhida para avaliar a ametrina e do diuron.

Os resultados obtidos dos ensaios de lixiviação em colunas de solo, realizados durante 3 meses, mostraram que a ametrina proveniente da formulação comercial foi mais lixiviada do que coma FLC. O diuron da formulação comercial permaneceu nas camadas superiores das colunas.

Os resultados obtidos da avaliação das FLC de 2,4-D mostraram que a FLC evitou a lixiviação e produziu efeitos melhores que a formulação comercial.

As extrações residuais das FLC coletadas após 92 dias que 64 % de ametrina, 76% do diuron e 12% do 2,4-D não foi liberado das FLC.

Os resultados deste trabalho mostraram que as FLC não apresentaram o comportamento esperado pela caraterização do sistema dinâmico devido a condição não saturada apresentada pelas colunas de solo. Os resultados obtidos em vermiculita puderam ser comparados com os resultados obtidos em solo, quando foram utilizadas concentrações equivalentes dos IA's (ingredientes ativos) no meio aquoso.

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XV

ABSTRACT Toe study of the mobility of herbicides of conventional formulations and

of controlled release (CR) of ametryn, diuron and 2,4-D was conducted in leaching assays in soil columns. Toe mobility of herbicides was monitored by bioassays and chemical analisys.

The CR formulations of herbicides were produced in laboratories with 50% of AI (active ingredient). Toe k' values (constant of release rate) of CR formulations of ametryn, diuron and 2,4-D, dynamic system were 22 d -1/2, 8 d-1/2

and 18 d -1/2, respectively.

Bioassays in Petri dishes and in pots were performed to evaluate the sensibility of seeds to the herbicides studied. From the seeds studied radish (Raphanus sp) was chosen to evaluate the2,4-D, and the black oat (Avena strigosa), was chosen to evaluate ametryn and diuron.

The results the leaching assays obtained in soil columns, conducted during 3 months showed that ametryn of the conventional formulations was more leached than the CR formulations.

The diuron of the conventional formulations remained in the upper layers of the columns.

Toe results obtained on the evaluation of CR formulation of the 2,4-D showed that CR formulation avoieded leaching and produced better effects than the conventional formulations.

The residual extraction of CR formulations collected from the columns after 92 days showed that 64% of ametryn, 76% of diuron and 12% of 2,4-D were not released from CR formulations

The results presented in this work show that the bioassays gave good results, the CR formulations did not present the behaviour expected by the characterization of the dynamic system, owing to the insatured conditions presented by the soil columns.

The results obtained from the bioassays with vermiculite could be compared with the results obtained in soil, when equivalent concentrations of active ingredients (AI) in aqueous medium were utilized.

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1

1. INTRODUÇÃO

A crescente demanda mundial por alimentos e o desenvolvimento

maciço de monoculturas têm levado a um aumento constante do uso de

defensivos agrícolas no controle de plantas daninhas. Raramente os

defensivos agrícolas afetam o organismo alvo sozinho, e o equilíbrio da

natureza, incluindo a relação predador - presa é desestabilizado. Em muitos

casos o efeito negativo pelo uso dos defensivos agrícolas é maior que seus

benefícios.

Entre os defensivos agrícolas utilizados, os herbicidas representam

58% do total produzido, 35% da fração importada e 86% do total exportado,

fazendo desta classe de defensivos a mais importante a nível nacional

(ANDEF, 1989). Em 1990, o Brasil produziu 63.713 t de defensivos agrícolas,

importou 13.264 t e exportou 15.374 t, figurando entre os 3 maiores

consumidores mundiais de defensivos agrícolas (ANDEF, 1990). Dados da

SINDARG de 1996, mostram que no país foram gastos 588 milhões de dólares

em 1993 e 775 milhões de dólares em 1994, somente com herbicidas. Dados

fornecidos pela Associação Nacional de Defensivos Agrícolas (ANDEF,1996)

mostraram que foram vendidos U$ 88 milhões em 1997 contra U$ 69,7

milhões, em fevereiro de 96. A venda de herbicidas teve um aumento de 35 %

em relação a fevereiro de 1995.

Os dados apresentados, referem-se ao consumo em formulações

convencionais, utilizadas em quantidades acima das doses necessárias, para

se obter níveis adequados de concentração que permitam o controle de

plantas daninhas durante o período desejado. Esse procedimento é usado

para compensar as perdas causadas por fatores como vento, volatilização,

degradação química, física ou biológica e lixiviação (Wilkins, 1990). Devendo

ser lembrado que as perdas ocorridas no solo, não são sinônimas de

descontaminação total do ambiente, e podem representar uma transferência

do químico (solo) para outro (ar e água) (Paul e McLaren, 1975).

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Dentre as perdas ocorridas, merece destaque a perda ocasionada pela

lixiviação, que é fonte da maior preocupação mundial no últimos anos. A

lixiviação dos defensivos agrícolas ocasiona contaminação das águas de

superfície e de lençóis freáticos.

Lixiviação é o processo pelo qual um pesticida se move verticalmente

através do perfil do solo, solubilizado na fase aquosa. O número de pesticidas

encontrados em lençóis freáticos, rios, lagos e mangues têm sido

constantemente crescente (Peters et ai., 1994; Peck et al, 1995; Wilkins, 1990).

Um grande número de inseticidas aplicados em solos, nematecidas e

herbicidas, têm sido detectados à níveis significativos no lençol freático

(Wilkins,1990). Isso gerou um interesse no desenvolvimento de formulações

que reduzissem o risco da contaminação do lençol freático.

A mobilidade de um herbicida é regulada pelas propriedades do do

composto químico, propriedades do solo e propriedades hidrogeológicas,

condições climáticas e condições de aplicação.

Para conter as perdas ambientais e manter uma concentração acima do

mínimo de atividade,é geralmente necessária a aplicação de quantidades

excessivas de herbicidas em formulações convencionais. Esse aumento da

taxa de aplicação, entretanto acarreta riscos ao meio ambiente, para os

aplicadores, e também para os consumidores dos alimentos produzidos, além

da elevação do custo do produto final.

Essas desvantagens à prática da agricultura, têm estimulado a busca de

novas tecnologias, como por exemplo o desenvolvimento de formulações de

liberação controlada (Cotterill,et ai., 1996; Wilkins, 1990).

O sistema de liberação controlada é definido como método em que as

substâncias bioativas são liberadas a uma taxa controlada ou conhecida e por

um período pré-determinado, a fim de atingir um alvo específico (Wilkins,

1990). A tecnologia de liberação controlada (LC) de herbicidas tem sido

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bastante estudada nas últimas duas décadas. Isso decorre das desvantagens

das formulações convencionais de herbicidas, citadas anteriormente.

A habilidade em manter um nível efetivo de material ativo na zona de

raiz (camada de O a 40 cm do solo), pode reduzir a contaminação do

lençol freático. Esse fato é um dos maiores benefícios concedidos pelo uso da

tecnologia LC. Além da diminuição das perdas devidas à lixiviação, as FLC

também melhoram a eficiência do ataque aos alvos de interesse, minimizam o

impacto sobre outros organismos, reduzem perdas do ingrediente ativo (IA)

devido à degradação química e microbiológica, aumentam a eficiência do IA

com meia vida pequena e reduzem a quantidade de IA aplicado.

Os sistemas LC podem ser divididos em dispositivos físicos e

químicos, de acordo com o processo pelo qual o IA é liberado no ambiente.

-Sistema Químico de LC

Consiste em formulações em que o IA se apresenta quimicamente

ligado à matriz polimérica. As ligações devem ser hidrolisáveis. Após contato

da formulação com a água inicia-se o processo de liberação.

- -_.,..,

-Sistemas Físicos

São divididos em 4 tipos que serão explicados individualmente a

seguir (Wilkins, 1990).

A- Sistemas de reservatório com membrana reguladora da

velocidade de liberação

Este sistema inclui micro e macrocápsulas. O encapsulamento é

produzido pela formação de uma camada polimérica uniforme e fina sobre

pequenas partículas sólidas, gotículas de líquido ou dispersões de sólidos em

líquidos. Geralmente as cápsulas de tamanho entre 2 e 3 mm são chamadas

macrocápsulas.

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Muitos dos produtos microencapsulados liberam seus conteúdos pela

permeação através da parede. Também existem outros mecanismos de

liberação por destruição ou dissolução das paredes e rompimento osmótico.

Um exemplo que pode ser citado é o desenvolvimento da microcápsula com

fenitrotion para controle de baratas, onde o IA, liberado após o rompimento

das microcápsulas pelo atrito das patas da barata com o chão, é ingerido pelo

inseto (Wilkins, 1990).

Existem também microcápsulas de nylon reticulado (30 e 50 µm)

suspensas em solução aquosa. O IA é liberado dessas microcápsulas por

difusão através da parede ou pode ser lixiviado pela água ou outro solvente

(Koestler, 1980). Esse sistema tem a vantagem de ser seguro, eficaz e de

toxicidade baixa.

B - Sistemas de reservatório sem membrana reguladora

Os exemplos mais simples desse sistema são fibras ôcas que contêm o

IA e o liberam por difusão através da extremidade em contato com o ar. Este

sistema é bastante usado para ferômonios (Wilkins, 1990).

Outros sistemas que podem ser utilizados são os de espumas e

plásticos porosos. Nesses casos o IA é retirado dos poros por ação capilar,

difundindo-se através da camada de ar acima do líquido. Esses sistemas são

muito parecidos com os de dispersão em matriz monolítica, mas a interação

entre o IA e o polímero é mínima.

C - Sistemas de estrutura laminada

O produto básico consiste na montagem de várias camadas de material

polimérico poroso sobre um reservatório que contém o IA. O IA na camada

do reservatório é protegido do exterior também por uma camada plástica

impermeável em sua superfície inferior e nos lados. Neste sistema o IA migra

continuamente, através de uma ou mais camadas internas, inicialmente

inertes, para a superfície exposta, devido ao desequilíbrio do potencial

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químico entre elas. Na superfície, o IA é removido por volatilização,

degradação térmica ou fotoquímica, hidrólise ácida ou alcalina, ou contato

mecânico com homem, insetos, chuvas, vento ou outros agentes (Wilkins,

1990).

D - Sistemas monolíticos

Nestes sistemas o defensivo agrícola convencional é misturado com

uma matriz polimérica. Essa matriz serve como plastificante do defensivo

agrícola, agindo como protetor físico e químico, além de controlar a liberação

do IA. A liberação do IA geralmente ocorre por difusão combinada com

erosão.

Os sistemas monolíticos não erosíveis são sistemas simples de

liberação controlada, em que o IA se acha dissolvido ou disperso na matriz

polimérica. É importante para o sucesso comercial desse tipo de formulação o

uso de polímeros disponíveis e baratos. O uso de rejeitos agrícolas e florestais,

contendo carboidratos e lignínas têm sido proposto (Wilkins, 1990; Schereiber

et ai., 1993; Ferraz et sl., 1996).

O uso de polímeros biodegradáveis, como por exemplo a lignina, é

vantajoso devido à sua degradação no campo. Assim evita - se o acumulo de

resíduos poliméricos no ambiente. A degradação ocorre naturalmente e

fornece parte da matéria orgânica do solo (Ferraz et ai. ,1996).

Devido a sua estrutura polifuncional (Figura 1), a lignina pode ser

utilizada como fonte energética em produtos comerciais, como estabilizantes

para borracha e látex, em asfalto, como agentes quelantes de metais para

tratamento de águas industriais, como aditivos para concreto e plásticos

vinílicos, para produção de resinas de trocas iônica, como substituto do fenol

em resinas fenol-formaldeído e matrizes poliméricas para sistemas LC

(Wilkins, 1990, Chang e Allan, 1971'; 1967, Silva et al, 1995; Cotrim et al.,

1993; Cotterill, 1996; Wilkins, 1995).

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Figura 1- Estrutura modelo de lignina proposta por E. Adler (Fengel e Wegener, 1984).

Em vários estudos sobre o sistema LC com herbicidas têm-se utilizado

a lignina como matriz polimérica na forma macromolecular (Silva et ai.,

1991).

A obtenção de formulações de liberação controlada (FLC) utilizando

lignina como matriz polimérica foi inicialmente proposta por Allan e Neogi

em 1975 (Wilkins, 1990).

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A grande maioria dos trabalhos desenvolvidos até o momento têm

utilizado lignina kraft de pinus (INDULIN-AT ®, Nestvaco Inc.) como matriz

polimérica ou lignina kraft de pinus modificada (Riglle e Penner, 1987, 1988,

1992, 1994).

Formulações de 2,4-D (ácido 2,4-diclorofenoxi-acético) utilizando

lignina kraft de pinus como suporte, mostraram controle eficiente de plantas

daninhas em áreas de reflorestamento por mais de 14 meses com uma única

aplicação (Wilkins, 1990).

Formulações de 2,4-D com lignina extraída da casca do arroz foram

preparadas por fusão por Cho et ai. (1990). A liberação do 2,4-D obtida em

água foi monitorada. Os resultados obtidos indicaram que a liberação total do

herbicida ocorreu em 150 dias.

Cotrim et ai. (1993) mostraram que diferentes tipos de lignina e

diferentes condições de processamento, proporcionam velocidades de

liberação distintas para formulações contendo diuron, 2,4-D e ametrina. Esses

resultados podem estar associados às propriedades físicas e químicas das

ligninas utilizadas. O desenvolvimento de formulações com ligninas de

diferentes procedências pode ser útil no controle das velocidades de liberação

de um determinado IA. A manipulação das condições de processamento

também pode ser útil para se obter formulações com diferentes velocidades

de liberação (Silva, F.T. e Wilkins, R. 1991; Cotrim et el., 1993; Silva, F.T. et

al, 1993; Souza, 1994; Ferraz etal, 1997, Cotterill, 1996, Pereira, 1996).

1.1. Avaliação das FLC

Para avaliar as FLC são necessários estudos preliminares em condições

de laboratório. Após a determinação do comportamento em laboratório é

possível predizer o comportamento em condições de campo, e então delinear

experimentos comparativos com formulações convencionais.

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Uma maneira simples e precisa de se avaliar a taxa de liberação do IA a

partir das FLC em laboratório é o estudo da liberação em água do IA, usando

métodos estáticos ou dinâmicos (Wilkins, 1990). Wilkins e Cotterill (1994)

estudaram a cinética de liberação do diuron (3-3,4-diclorofenil)- l, l-

dimetilurea) em água em sistema estático e dinâmico, utilizando três

diferentes tipos de lignina como matriz. Os resultados foram analisados com

base no Tso (tempo necessário para liberação de 50% do IA). A razão média

para T 50 dinâmico/ T 50 estático foi de 0,42 ± 0,03. A rápida liberação em meio

dinâmico foi atribuída à diminuição da concentração do IA na superfície dos

grãos, o que provoca o aumento da velocidade de difusão.

Santos (1995) estudou a cinética de liberação de FLC em sistema

dinâmico, utilizando ametrina e lignina de bagaço de cana de açúcar em

sistema dinâmico. Os resultados obtidos mostraram que em 14 dias de

experimento 80,1 % do IA foi liberado das formulações.

Ferraz et ai. (1997) estudaram diferentes ligninas usadas para obter

matrizes de FLC de 2,4-D (ácido 2,4-diclorofenoxiacético) em sistema estático.

Os resultados obtidos revelaram que as taxas de liberação do 2,4-D em água

em sistema estático, e a liberação total do herbicida variaram dependendo do

tipo de lignina utilizada(de 15 a 40 dias).

Uma avaliação intermediária entre os ensaios de laboratório e de

campo é feita utilizando-se colunas de solo e bioensaios em vasos, onde se

determina a liberação do IA em um solo com propriedades físico-químicas

conhecidas. O conhecimento das propriedades físico-químicas do solo, tais

como pH, teor de matéria orgânica, capacidade de campo e coeficiente de

emurchecimento são necessários para o entendimento da eficiência e

movimentação do IA no solo. A concentração do herbicida no perfil do solo

pode ser avaliada através da extração química e determinada por HPLC ou

CG, ou utilizando bioensaio com espécies bioindicadoras. A análise dos

lixiviados coletados das colunas de solo também fornece o potencial de

lixiviabilidade do herbicida.

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O processo de extração com solventes é geralmente empregado para

isolar, substâncias dissolvidas em solução ou misturas sólidas ou ainda para

remoção de impurezas solúveis indesejáveis na mistura. Este último processo

é chamado de lavagem.

As técnicas de extração atuais utilizam o método de extração "on- line"

sendo que as extrações simultâneas ou sequenciais são conduzidas em

mesmo recipiente (Cairns et ai. ,1997).

Uma das técnicas utilizadas na extração é a extração contínua de sólido

por um solvente. Essa técnica, comumente usa um extrator Soxhlet. A

vantagem desse processo é que o solvente pode ser trocado por outro novo,

possibilitando a extração total do extrativo. Outra vantagem oferecida pela

utilização da extração contínua é que a quantidade de solvente é

relativamente pequena.

O Bioensaio é uma técnica utilizada para determinar se resíduos de

herbicidas ( ou outro composto químico) estão presentes no solo ou em água.

A utilização de bioensaios com espécies (plantas, peixes, algas) sensíveis é

feita para estimar concentrações em solo e água; identificar resíduos de

herbicidas desconhecidos, ou solo com história de uso de herbicida.

O bioensaio usa a suscetibilidade das plantas aos herbicidas e pode ser

verificada através da inibição da germinação de sementes, de raízes ou do

crescimento das plantas (sintomas de injúria nas plantas). Existem muitas

espécies de plantas sensíveis para serem utilizadas como bioindicadoras para

vários herbicidas (Kerney e Kaufman, 1988).

Os bioensaios fornecem um monitoramento das quantidades

fitotóxicas atuais dos herbicidas disponíveis nas colheitas, enquanto a

extrações são adequadas para a determinação do herbicida total presente no

solo. As técnicas químicas podem imitar a resposta das plantas.

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Szmigielska et al (1998) compararam as respostas obtidas na

determinação da concentraçãodo IA no solo usando 2 métodos de extração do

metsulfuron, com as respostas obtidas da avaliação do comprimento do caule

e da raiz no bioensaio usando lentilhas. Os resultados obtidos mostraram que

o comprimento das raízes da lentilha forneceram respostas semelhantes as

respostas obtidas na extrações do IA com solventes. Isso indica que as

respostas dos bioensaios podem fornecer uma boa estimativa da fração

biodisponível de metsulfuron no solo.

A utilização de FLC do tipo granulada, aplicada nos primeiros 10 cm

na superfície do solo, proporciona a manutenção de doses adequadas para o

controle de pragas na zona de raiz por um período de tempo mais

prolongado como mostram diversos trabalhos (Peck et al., 1995; Ferraz et al.,

1996). Entretanto, livre da matriz polimérica o IA tem o mesmo destino do IA

aplicado a partir de uma formulação convencional.

Wilkins (1988) estudou a cinética de liberação de propaclor (2-cloro-N-

isopropilacetanilida) formulado com lignina em vasos, mantendo condições

de umidade do solo e temperatura controladas. A cinética de liberação foi

monitorada pela germinação de sementes de Poa annua. Os resultados

mostraram que após 9 semanas de aplicação, o propaclor convencional inibia

somente 40 % da germinação das sementes, enquanto que as FLC com 20% e

40% de propaclor mantiveram a inibição da germinação das sementes entre

90% e 100%.

Schreiber et al (1993) estudaram o efeito da lixiviação em colunas de

solo utilizando formulações de atrazina encapsuladas em amido. Para tal foi

reproduzida a densidade do solo em colunas e as dosagens de água

simularam períodos de chuva. Os resultados obtidos demonstraram que em

formulações de liberação controlada a lixiviação foi menor que em

formulações convencionais.

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Weber et ai. (1993) estudaram a mobilidade de formulações

convencionais dos herbicidas fomesafen e atrazina em colunas de diferentes

tipos de solo, em condições de saturação ou insaturação de água. Os

resultados mostraram que a mobilidade do fomesafen foi menor que a da

atrazina em condições insaturadas e maior em condições saturadas. Uma

relação inversa de mobilidade do herbicida em relação ao teor de matéria

orgânica existente no solo foi encontrada.

Yanase et ai. (1993) estudaram o movimento de formulações

convencionais de cinco herbicidas inibidores de fotossíntese em colunas de

solo, entre eles o diuron. A distribuição do herbicida nas várias camadas da

coluna foi determinada pela intensidade da fluorescência da clorofila de

células de Chlorella. suspensas em extratos aquosos de solo coletados a

diferentes profundidades. Os resultados deste trabalho comprovam que a

solubilidade do herbicida é um dos fatores que governam a mobilidade dos

herbicidas no solo .

Gan et ai. (1994) avaliaram o comportamento de FLC baseadas em

alginato-kaolin de thibencard comparada com uma formulação comercial

granular em culturas de arroz. Os experimentos foram realizados em uma

sistema aquático simulado (aquário) utilizando peixes (Rutilus rutilus) e

arroz ( Oriza sativa L ) como bioindicadores. Amostras de águas, solo, plantas

e peixes (tecidos), foram analisados para avaliar a distribuição e o bioacumulo

do herbicida. Os resultados indicaram que a persistência de thiobercard na

FLC foi prolongada em água e em solo, e o potencial do impacto nos

componentes não alvo como plantas de arroz e peixes, foram

simultaneamente reduzidos.

Foy et ai. (1996), realizaram bioensaios utilizando sementes de aveia

com solos coletados de fileiras tratadas com herbicidas, com o diuron, terbacil

e simazina. Os resultados revelaram que o solo do topo das fileiras das

árvores (O a 7,5 cm) produziram uma menor biomassa de aveia do que em

profundidades maiores (acima de 30 cm), ou solos de profundidades

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correspondentes aos solos adjacentes não tratados. Os resultados sugeriram a

possibilidade das substâncias tóxicas residuais estarem no topo do solo (7,5

cm).

Cobucci (1996) estudou o efeito da aplicação do fomesafen utilizando

milho como planta modelo. Resíduos de fomesafen foram detectados nos

primeiros 20 cm do solo. As maiores concentrações foram encontradas na

camada de O a 10 cm. Os resíduos de fomesafen reduziram o conteúdo de

clorofila das folhas e o volume da raiz milho plantados 65 dias depois da

aplicação. Após 212 dias não foi observado efeito tóxico nas plantas.

Wilian et ai. (1997) estudaram a adsorção, a dissipação e o movimento

do fluometuron em 3 tipos de solos. O fluometuron não foi detectado acima

de 15 cm no perfil de nenhum solo, e foram detectadas concentrações

menores que 15 ppb, na zona entre 8 a 15 cm após 112 dias de tratamento. Em

geral, a concentração do herbicida no solo foi influenciada pelo conteúdo de

matéria orgânica do solo e pela profundidade do solo. As zonas de

subsuperfícíe do solo, onde o conteúdo de matéria orgânica foi menor,

contribuíram para diminuir a adsorção e dissipação do herbicida.

Ma et ai. (1997) estudaram a resposta de 3 diferentes espécies de

pragas (Xanthium strumerium, Chenopodium slbum. Sennna obtusifolia) ao

prosulfuron, utilizando bioensaios em vasos. O prosulfuron inibiu o

crescimento de todas as espécies estudadas em estufa. Esse efeito foi medido

através da redução do peso de massa fresca (produção de biomassa); as

observações visuais revelaram grandes diferenças na tolerância do herbicida

entre as espécies. Os estudos em estufa foram semelhantes aos estudos em

campo.

Vasilakoglou et ai. (1997) estudaram o efeito fitotóxico de um

concentrado emulsionável e 3 formulações microencapsuladas de alachlor,

utilizando bioensaios com sementes de aveia preta feitos em placas de Petri.

A resposta medida foi o comprimento da raiz de aveia crescida em areia e

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solo. Os resultados obtidos indicaram que o alachlor, em todas as

formulações, causou maior inibição de crescimento da raiz de aveia na areia

(44 a 62 % ) do que no solo (20 a 36% ). Em ambos os testes o crescimento da

aveia foi reduzido com o aumento da concentração de todas as formulações

usadas. A menor atividade de todas as formulações em solo pode ser

atribuída, principalmente, a diferenças no teor de matéria orgânica e no

conteúdo de argila. Resultados similares foram reportados por Peter and

Weber (1985), que encontraram que a taxa de alachlor necessária para

controlar 80% das plantas aumentava 0,283 kg/ha de alachlor para cada 1 %

de aumento no teor de matéria orgânica, começando com uma taxa inicial de

1,17 kg/ha num solo sem matéria orgânica.

Cobucci et ai. (1998) estudaram o efeito residual de imazamox,

fomesafen, e acifluorfen em solos com colheitas rotativas e estimaram o nível

destes resíduos sob as condições do cerrado brasileiro. Foram produzidas as

curvas padrões utilizando diferentes concentrações de herbicidas adicionados

em solos não tratados. Em cada solo foram colocados 5 sementes pré -

germinadas de sorgo e foi feito peso de massa seca após 13 dias da data da

semeadura (DDS). O efeito de cada solo tratado foi expresso como

porcentagem dos vasos controles. As porcentagens de sementes germinadas

nas amostras de campo foram colocadas na equação obtida das curvas

padrões para determinar a concentração do herbicida biodisponível.

A proposta deste trabalho foi estudar a movimentação e de

formulações comerciais e FLC dos herbicidas ametrina, diuron e 2,4-D em

colunas de solos, utilizando um Latossolo roxo com elevada acidez, e baixo

teor de matéria orgânica (M.O.) em condições controladas. A avaliação foi

feita com base nas respostas obtidas nos bioensaios e dos resultados obtidos

na análise química.

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2. OBJETIVOS

O objetivo principal desse tabalho foi estudar a movimentação vertical

dos herbicidas ametrina, diuron e 2,4-D em colunas de solo, usando FLC e

formulações convencionais.

Para atingir o objetivo proposto foram realizadas as seguintes etapas:

1. Obtenção e caracterização as FLC de lignina de bagaço de cana

contendo 50% de cada um dos IA's (ametrina, diuron e 2-4D);

2. Estudo da cinética de liberação dos herbicidas em sistema dinâmico

(sistema de fluxo);

3. Avaliação da sensibilidade de sementes aos herbicidas ametrina,

diuron e 2,4-D e escolha das espécies mais adequadas para serem utilizadas

como plantas modelos dos bioensaios;.

4. Escolha do método de avaliação mais adequado para verificar o

efeito causado pelos herbicidas nas plantas modelos;

6. Realização de experimentos de lixiviação em colunas de solo, sob

condições controladas; e

7. Utilização dos bioensaios para acompanhar a movimentação dos

herbicidas no perfil do solo.

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3. METODOLOGIA

3.1 MATERIAIS:

Matriz Polimérica: A lignina utilizada para obtenção das FLC foi

obtida de bagaço de cana de açúcar tratado por explosão à vapor, por

deslignificação com NaOH 1 % a lOOºC por 60min., precipitada por HO, em

uma planta semi-piloto no Departamento de Biotecnologia da Faculdade de

Engenharia Química de Lorena (FAENQUIL) (Silva,1991).

Herbicidas: as características dos herbicidas são mostradas na tabela 1.

Tabela 1. Características dos herbicidas estudados

Características Ame trina Diuron 2,4-D

Nome oficial N-etil-N' -(l-metiltio)-6- 3- (3,4-diclorofenil)-1,1- Ácido 2,4- (metiltio )-1,3,5,-triazina-2,4- dimetilurea diclorofenoxiacético

diamina Fórmula SCH-.3 H

estrutural NAN 1

cr@-ocH2co tO~ P~ O N'---.._ / N ( CH.3 )2 » ~ JJH N H-CH

H3CCH:2 \;H3 o o Nome comercial Gesapax KarmexDF 2,4-D técnico

%IA 45,57% 80% 97,5%

Solubilidade em 185 ppm (20ºC) 42 ppm (25ºC) 620ppm(25ºC) água

Meia vida 60 dias 90 dias campo, 30-40 anos solo 10 dias estéril

Controle Plantas infestantes de folhas Muitas plantas infestantes Plantas infestantes de largas e gramíneas anuais (baixas doses) e plantas folhas largas

!infestantes perenes (altas doses)

Utilização Plantações de abacaxi, cana- Plantações dealgodão, cana- Gramados, plantações de de acúcar, banana, milho, deaçúcar, abacaxi, citros, pêra, aveia, trigo, cevada,

citros. alfafa, aspargo, milho, sorgo, centeio, sorgo, milho, banana feijão, arroz, aspargos,

pomares. Mecanismo de Inibidor da fotossíntese Inibidor da fotossíntese Inibidor de germinação

Ação

' -- ,...

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Os herbicidas diuron, ametrina e 2,4-D foram gentilmente doados pela

Du Pont do Brasil, Cyba Geigy, pela Dowelanco Industrial Ltda.,

respectivamente.

Solventes: Os solventes utilizados nos procedimentos de extração e

cromatografia, foram metanol, ácido sulfúrico, ácido acético, com grau de

pureza analítica.

Sementes: Para o estudo das porcentagens de germinação foram

utilizadas sementes de alpiste (Phalaris canariensis) (% germinação e pureza

não determinadas), aveia preta (A vena stri.gosa) (90% germinação/99,30 %

pureza), e rabanete (Raphanussp) (90% germinação/99,50% pureza).

As sementes de aveia preta foram gentilmente doadas pela

Cooperativa de Laticínios de Lorena.

Vermiculita: Para a realização dos testes em vasos foi utilizado como

substrato a vermiculita com granulometria média (V ermifloc tipo 12).

Solução de Hoagland & Arnon: os reagentes utilizados no preparo da

solução nutritiva foram KH2P04, KN03, Ca(N03), MgS04, füB03, Mn02. 4.

H20,ZnS047.H20, CuS04 5. H20, H2Mo04 .H20, EDTA (etilenodiaminatetra-

cetato de sódio), e FeSÜ4 7. H20.

Preparo da soluções nutritivas (Hoagland & Amon /1950)

A solução nutritiva de Hoagland & Arnon foi preparada a partir de 4

soluções estoques 1 molar de KH2P04, KN03, Ca(N03)2 e MgS04

(macronutrientes) e de duas soluções de micronutrientes, com e sem ferro, de

nominadas solução II a" e solução 11b", respectivamente.

A solução II a" foi preparada pesando-se 2,83 g de füB03, 1,81 g de

Mn02. 4. H20, 0,22 g de ZnS04. 7. H20, 0,08 g de CuSÜ4. 5. H20 e 0,02 g de

H2Mo04. H20, que foram transferidos para um balão volumétrico de lL e

avolumados até a marca com água destilada.

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17

Para o preparo da solução "b" (Fe-EDTA), foram pesados 26,l g EDTA,

24,9 g de FeSÜ4 7H20 (Jacobson, 1951). O EDTA foi dissolvido em 286 ml de

KOH lN, e a essa solução foi misturado FeSÜ4. 7H20. A solução foi deixada

em descanso por uma noite e depois desse tempo foi completado o volume a

lL.

A solução final foi preparada pipetando-se os volumes de cada uma

das soluções indicadas na tabela 2 em um balão de 2L que foi avolumado até

a marca com água destilada. Note que as concentrações foram a metade das

recomendadas, já que a solução foi utilizada para nutrir plântulas jovens.

Tabela 2. Volumes utilizados no preparo da solução nutritiva (lL).

Solução mL de solução nutritiva

KH2P04l M KN03_lM

Ca(N03)2l M

MgS04 lM

Solução "a"

Solução "b"

1 5

5

2

1

1

Solo: foi utilizado Latossolo Roxo coletado dos 40 cm da superfície do

campo experimental do Departamento de Biotecnologia (F AENQUIL). O solo

foi caracterizado no Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de

Évora (Portugal). Algumas das características físico-químicas do solo são

mostradas na tabela 3

Tabela 3. Composição do solo utilizado nos experimentos de lixiviação

% CTC* Tipo de solo areia silte argila Matéria (meq/g PH

Orgânica de solo) Latossolo 29,6 47,5 22,9 2,61 4,80 5,5

Roxo

* CTC: capacidade de troca catiônica

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18

Colunas de solo: As colunas foram confeccionadas com tubos PVC

marrom para água com 100 mm de diâmetro, chapa de PVC de 5 mm de

espessura medindo 2xl m e borracha de silicone.

Areia : A areia que foi utilizada nas colunas de solo, foi areia com

granulometria média.

3.2. MÉTODOS

3.2.1. OBTENÇÃO DAS FORMULAÇÕES

Foram produzidas formulações contendo 50% de IA. As formulações

foram obtidas pela fusão de 1,5 g de cada herbicida com l,Sg de lignina em

recipientes côncavos de aço inox 316, imersos em banho de silicone a 180, 170

e 220ºC para ametrina, 2,4-D e diuron, respectivamente. A mistura foi

homogeneizada até a completa solubilização dos IA' s por aproximadamente

10 minutos para a ametrina e 2,4-D e 3 minutos para o diuron. Essas

condições foram otimizadas em estudos anteriores (Cotrim et ai., 1993; Silva

et ai., 1993).

Após o tempo necessário para a completa solubilização dos dois

componentes, os recipientes foram retirados do banho de aquecimento e

deixados resfriar à temperatura ambiente, formando um material escuro e

vítreo (formulação). Cada formulação foi cuidadosamente moída e peneirada.

Os grãos foram separados em três faixas granulométricas: menor que 0,50

mm; entre 0,50 e 0,71 mm; e entre 0,71 e 1,00 mm.

3.2.2. CARACTERIZAÇÃO DAS FORMULAÇÕES

3.2.2.1. Estudo da cinética de liberação dos IAs das FLC de

ametrina, diuron e 2,4-D em sistema dinâmico

FLC com granulometria entre 0,71 mm e 1,0 mm, secas com P20s sob

vácuo, foram pesadas (200mg) e colocadas dentro de colunas de vidro de 40

mm de comprimento e 18 mm de diâmetro, contendo discos sintetizados no

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19

topo e no fundo. O sistema foi alimentado com água destilada através de uma

bomba peristáltica de 4 canais (ISMATEC) a um fluxo de aproximadamente 2

mL/ min. O sistema foi montado em uma sala termostatizada à temperatura

de 30ºC. Os experimentos foram realizados em duplicata.

Nos experimentos com formulações de 2,4-D o efluente foi coletado em

frascos de vidro (5L) em intervalos de 24 horas. Para a ametrina e diuron a

coleta foi feita diariamente no início do experimento e, após 42 dias de

experimento, as amostras foram coletadas a cada 6 dias em recipientes de

vidro de 20 L.

As amostras coletadas foram homogeneizadas, seus volumes medidos

e anotados. Uma alíquota de 40 mL foi retirada, guardada em frascos de vidro

com tampa, lacrados com parafilme e estocadas em geladeira para posterior

análise.

\. (D - E,..,.,-ADA Ot Â8UA ~-ltl!IIIA PHllTALTICA

1 ~ CELA DE PLUJCO - FOltNULAçlO -OOLITA DE AM08TltA

: -. ,....

Figura 2. Esquema do sistema dinâmico de liberação do IA das FLC.

3.2.2.2. Análise de ametrina, diuron e 2,4-D por Cromatografia

Líquida de Alta Eficiência (HPLC)

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20

As amostras foram analisadas em um sistema de cromatografia líquida

de alta eficiência (HPLC) Shimadzu LC lOA, empregando-se uma coluna

Phenomenex RP-8 (250 mm X 4,6 mm). As condições de análise dos

herbicidas, otimizadas em estudos anteriores são dadas na tabela 4.

Tabela 4. Condições de análise dos herbicidas estudados

Parâmetros Ame trina Diuron 2,4-D

Vazão 0,7mL/min 0,7mL/min 0,7mL/min

Temperatura 30ºC 30ºC 30ºC Eluente Metanol/ tampão Metanol/ água Metanol/H2S04

acetato ácido Acético (pH 7,0) Composição do 70:30 70:30 70:30

eluente Comprimento de 220nm 254nm 280nm

onda

3.2.2.3. Determinação do IA liberável e residual

Considerando a possível ocorrência de perdas, devidas à degradação

térmica do herbicida durante o processamento ou mesmo à ocorrência de

ligações químicas entre a lignina e os herbicidas, foram feitas as extrações dos

IA' s das FLC.

- e

Ametrina

Para a extração da ametrina, as formulações foram maceradas, secas

com P20s sob vácuo e pesados (10 a 15 mg) dentro de frascos de 60 mL. Aos

frascos contendo as formulações foram adicionados 50 mL de metanol. Os

frascos foram levados ao banho de ultrassom por 20 minutos. A mistura foi

filtrada em membrana de porosidade de 0,45 µm, uma alíquota foi retirada,

diluída e analisada por HPLC.

Após os experimentos de liberação em sistema dinâmico, as FLC de

ametrina foram retiradas das colunas de vidro e o IA residual foi

determinado pelo mesmo procedimento descrito para a extração do IA

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21

liberável. Para amostras retiradas das colunas, colunal (AMYl) e coluna2

(AMY2), foram pesados: 35 mg e 40,l mg, respectivamente. Foi mantida a

mesma relação de massa de IA/ volume de solvente.

2, 4- D

Para a extração do IA das FLC de 2,4-D, as formulações foram secas

com P20s sob vácuo e pesadas (28; 21,7; 20,2 mg) em tubos de centrífuga, aos

quais foram adicionados 25 mL de metanol. Os tubos foram lacrados com

parafilme e levados ao banho de ultrassom por 20 min. Após esse tempo os

tubos foram centrifugados por 20 min a 2000 rpm. O sobrenadante foi

retirado com auxílio de uma pipeta Pasteur, transferido para um balão

volumétrico de 50 mL e o volume foi completado com metanol até a marca.

Uma alíquota foi retirada, diluída, filtrada com um filtro de membrana (0,45

µm) e analisada por HPLC.

Para a determinação do IA residual, as FLC nas colunal (24Dl) e

coluna2 (24D2) foram retiradas, secas com P20s sob vácuo e pesadas

(177,8 mg (24Dl) e 182,lmg (2402)), seguindo-se o mesmo procedimento de

extração e análise descrito acima.

Diuron

As FLC de diuron foram maceradas, secas com P20s sob vácuo e

pesadas (49 e 45mg) dentro de tubos de centrífuga. Aos tubos de centrífuga

foram adicionados 10 mL de metanol. Os tubos foram lacrados com parafilme

e levados ao banho de ultrassom por 30 min. A solução foi centrifugada a

1500 rpm por 20 min. Após a centrifugação, o sobrenadante foi retirado com

auxílio de uma pipeta Pasteur e transferido para um balão volumétrico de 25

mL, completando-se o volume com metanol até a marca. À formulação

residual foram adicionados mais 10 mL de metanol, repetindo-se o mesmo

procedimento por 5 vezes. Uma alíquota de cada extração foi retirada, filtrada

com filtro de membrana (0,45 µm) e analisada por HPLC.

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22

Após os experimentos de liberação em sistema dinâmico, as FLC de

diuron foram retiradas das colunas de vidro e o IA residual foi determinado

pelo mesmo procedimento descrito para a extração do IA liberável.

Cálculo da porcentagem de IA liberável

A porcentagem do IA liberável das formulações foi calculada, como

mostra a equação 1 :

% IA liberável= massa de IA extraída da formulação LC * 100

massa inicial pesada

3.2.2.4. Extração do IA residual de FLC de 2,4-D em Soxhlet

(Eq. 1)

As amostras de FLC utilizadas no sistema dinâmico (fluxo), extraídas

com metanol (procedimento 3.2.2.3), foram também extraídas com água em

soxhlet para verificar a presença do herbicida na matriz da formulação. As

formulações foram pesadas (50 mg) e colocadas em sacos feitos de papel de

filtro. A massa restante dessas formulações foi guardada para serem

analisadas por FTIR. O saquinho contendo a FLC foi colocado em um soxhlet

de 60mL. No balão do soxhlet (250mL) foram colocados 100 mL de água

bidestilada. O balão foi imerso em banho de silicone a 120ºC. A cada 10 horas

de extração o sistema foi desligado, o balão retirado e substituído por outro

contendo 100 mL de água bidestilada. A amostra contida no balão foi

transferida para um balão volumétrico de 100 mL e o volume foi aferido. A

quantidade de IA solubilizado foi determinada por HPLC.

3.2.2.5. Obtenção dos espectros de Infravermelho das

formulações comerciais e LC de 2,4-D

Para verificar a ocorrência de ligações químicas entre a lignina e o 2,4-

D, foi feita uma análise dos espectros de FfIR obtidos da lignina de bagaço de

cana, das formulações comercias e de LC de 2,4-D, antes e após a liberação do

herbicida em água (sistema dinâmico), e também antes e após a extração feita

em soxhlet.

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23

As amostras foram previamente secas em dessecador com P20s sob

vácuo. As pastilhas foram produzidas com 300 mg de KBr e 1,5 mg de

amostra, compactados a 10-12 kgf numa prensa hidráulica. Os espectros

foram medidos entre 4.000 e 400 crrr! em um espectrômetro FTIR Nicolet 520.

Tratamento dos espectros

O primeiro tratamento realizado foi a correção da linha base dos

espectros de infravermelho, usando-se um algoritmo linear (padrão do

software OMNIC®, Nicolet Instruments Corp.), ligando os pontos de

absorção em 3800, 1960, 750 e 362 crrr". Os espectros utilizados para subtração

foram corrigidos para as variações de concentração dividindo-se todos os

pontos do espectro pelo valor de absorbância da banda de estiramento

simétrico C=C de anéis aromáticos da estrutura da lignina em 1600 cnr", visto

que o 2,4-D não apresenta absorção nesse comprimento de onda. Após esta

correção os espectros da formulação, da formulação residual (após a liberação

do IA no sistema dinâmico) e da formulação residual extraída em aparelho

Soxhlet foram subtraídos dos espectro da lignina de bagaço de cana usada

como matriz.

3.2.3. ESTUDO DA SENSIBILIDADE DAS SEMENTES AOS HERBICI

DAS

3.2.3.1. Bioensaio em placas de Petri utilizando sementes de

alpiste (Phalaris canartensis) e rabanete (Raphanus sp)

Para cada herbicida foi preparada uma solução estoque de forma a

conter 0,06, 0,11 e 1,35 g/L de 2,4-D, ametrina (Gesapax 500) e diuron

(Karmex DF), respectivamente.

Para a realização dos testes de sensibilidade aos três herbicidas foram

usadas placas de Petri que continham uma camada de algodão de espessura

aproximada de 3 cm. Sobre as camadas foram adicionados volumes

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24

suficientes de cada solução estoque para se obter as seguintes doses de

herbicida relacionadas na tabela 5, em 30 mL de solução.

Tabela 5. Doses utilizadas no bioensaio em placas de Petri

Herbicidas Doses utilizadas* (kg/ ha)

Doses recomendadas p / aplicação em campo**

(kg/ ha)

2,4-D Diuron

Ametrina

0,28; 0,94; 1,89; 2,34; 2,83 0,64; 2,12; 4,26; 5,31; 6,45 0,86; 1,73; 3,46; 4,40; 5,19

0,28 a 2,3 0,67 a 7,17 2,24 a4,48

Valores calculados pela razão entre a massa de IA e a área supeficial da placa

de Petri.** Herbicides Handbook, 1974.

Vinte e quatro horas após a aplicação dos herbicidas foi feita a

semeadura das sementes e também foram adicionados volume de água

suficientes para completar 30 mL de solução em cada placa. As placas foram

colocadas em uma câmara de germinação a 30º C. A rega, para manter o

volume de solução na placa e a umidade constante, e a contagem das

plântulas foram feitas diariamente.

O cálculo da porcentagem do efeito fitotóxico, redução da taxa de

germinação, foi feito de acordo com a equação 2:

% Efeito =( nº de plântulas no controle - nº de plântulas da amostra)* 100 (Eq. 2)

nº de plântulas no controle

3.2.3.2. Testes em vasos

A avaliação da sensibilidade das sementes de aveia preta e rabanete

em vasos, foi feita utilizando-se vermiculita, um substrato inerte, sem

contaminação e com uma capacidade de retenção de água muito boa.

Antes de iniciar os bioensaios, foi necessário determinar a capacidade

de campo, a umidade e a perda de água diária da vermiculita, com a

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25

finalidade de se calcular a quantidade de água a ser reposta nos vasos, para a

manutenção das plantas. Também foi avaliada a porcentagem de adsorção

dos herbicidas pela vermiculita, para verificar a quantidade de IA disponível

para as plantas.

3.2.3.2.1. Capacidade de campo da vermiculita

Uma amostra de vermiculita foi colocada e pesada dentro de um anel

com 2,5 cm de altura e 3,6 cm de diâmetro. Os anéis foram colocados dentro

de uma cuba de aço inox, em seguida foi adicionada água pela parte externa

do anel, até a formação de uma película de água sobre a vermiculita. A água

em excesso foi drenada colocando-se os anéis sobre uma peneira e deixando-

se em repouso por 24 horas. Após esse tempo os anéis foram pesados, e

deixados secar a lOSºC, resfriados e pesados novamente. A capacidade de

campo foi determinada pela equação 3:

Cp = (m água/ m vermiculita) x 100 (Eq.3)

Onde:

Cp = Capacidade de campo

m água= massa de água retida na vermiculita (em g)

m vermiculita = massa de vermiculita seca (em g)

3. 2.3.2.2. Determinação da umidade da vemiculita

Uma massa conhecida de vermiculita foi colocada em uma balança

para a determinação peso seco por radiação infravermelho (Mettler PE-200) e

pesada até peso constante. Para a determinação da umidade da vermiculita

foi utilizada a equação

Umidade% = (mi-mf/mi) x 100% (Eq.4)

Onde:

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26

mi = massa de vermiculita inicial

mf = massa de vermiculita final

3.2.3.2.3. Determinação da perda de água da vermiculita por

evaporação

Uma massa de 28g de vermiculita foi pesada e colocada dentro de

vasos. Adicionou-se aproximadamente 120 mL de água (capacidade de

campo da vermiculita). Os vasos foram pesados e deixados em uma câmara

de germinação a 30ºC. Após 48 horas os vasos foram pesados novamente

verificando-se a perda de água.

3.2.3.2.4. Avaliação da adsorção dos herbicidas em vermiculita,

com e sem a adição de solução nutritiva

Foram realizados experimentos para estimar a quantidade dos

herbicidas adsorvida pela vermiculita e também para verificar se a adição da

solução de Hoagland teria algum efeito na adsorção dos herbicidas na

vermiculita.

Para cada herbicida foram feitas 2 soluções: uma solução contendo

herbicida em água destilada e outra contendo herbicida diluído em solução

nutritiva.

As soluções estoques produzidas para o diuron tiveram concentração

aproximada de 9 ppm. Para ametrina, as concentrações das soluções estoques

foram de aproximadamente 11 ppm, e para o 2,4 D foram produzidas

soluções de concentrações de 12 ppm (água) e 15 ppm. (sol. nutritiva).

Os experimentos foram realizados colocando-se 100 mg de vermiculita,

previamente seca a 105º C em erlenmeyers de 150 mL. Adicionou-se 50 mL

das soluções contendo os herbicidas em água destilada ou em solução

nutritiva e arrolhou-se os erlenmeyers.

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27

Para cada herbicida foram preparadas 36 amostras, 18 com água

destilada e 18 com solução nutritiva. Os erlenmeyers foram colocados num

shaker mantido a 25ºC com agitação orbital de 150 rpm. A cada 4 horas foram

retirados 6 erlenmeyers (3 com água e 3 com solução nutritiva), para se

determinar a concentração de herbicida em solução. A solução contida em

cada erlenmeyer foi coletada, filtrada e guardada em frascos de vidro,

lacrados. Os frascos foram mantidos em geladeira para análise da quantidade

de IA.

3.2.3.3. Testes em vasos com sementes de aveia preta (Avena

strigosa) e rabanete (Raphanus sp), sem adição de solução

nutritiva

Foi feita a pesagem dos vasos (10,5 cm de diâmetro e 7,5 cm de altura),

da vermiculita (30g), e feito o cálculo da capacidade de campo da vermiculita.

Adicionou-se água suficiente para manter 100% da capacidade de campo

( 4,8g de água/ g de vermiculita). A massa final de cada vaso foi anotada. A

seguir adicionou-se 1, 2 ,3 ou 5 mL de solução contendo 500 mg/L de 2,4-D

em etanol de forma a se obter doses equivalentes a 0,5, 1,15, 1,73, 2,8 kg/ha.

Para o diuron e ametrina, adicionou-se 3, 5, ou 10 mL de solução estoque

contendo 500 mg/L de forma a se obter as seguintes doses: 1,73, 2,89 e 5,77

kg/ha. A distribuição da solução contendo herbicidas sobre a vermiculita foi

feita com o auxílio de pipetas.

Os vasos foram colocados em uma sala termostatizada com

temperatura de 24 ± 1 ºC. Após 48 horas foi feita a semeadura das sementes de

aveia preta e rabanete e o volume de água perdida no período, reposto a cada

48 horas.

A germinação foi acompanhada diariamente com contagem do

número de plântulas sadias. Após 18 e 22 dias da data de semeadura do

rabanete e da aveia preta, respectivamente, as plântulas foram cortadas com

uma tesoura à altura da radícula e colocadas em pesa- filtros previamente

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28

tarados. A massa total foi anotada e os pesa-filtros levados a uma estufa a

110ºC. Os pesa-filtros foram resfriados em dessecador e pesados até

apresentarem massa constante. A massa seca das plântulas foi anotada. Os

testes foram feitos em triplicata para todas as dosagens e também para o

controle.

3.2.3.4. Testes em vasos com sementes de aveia preta (Avena

strigosa) e rabanete (Raphanus sp), com adição de solução

nutritiva.

A aveia preta foi utilizada para avaliação dos herbicidas ametrina e

diuron e a semente de rabanete foi utilizada para avaliar o herbicida 2,4-D.

Nesse experimento, a água de rega foi substituída por solução nutritiva para

evitar a desnutrição das plântulas.

Após a pesagem dos vasos e da vermiculita (30g), foi feito o cálculo da

capacidade de campo. Adicionou-se água suficiente para manter 100% da

capacidade de campo (4,8g de água/ g de vermiculita). A massa final de cada

vaso foi anotada.

Foram preparadas soluções estoques contendo aproximadamente

500 ppm de cada herbicida, utilizando ametrina (Gesapax 500), diuron

(Karmex) e 2,4-D técnico.

Para a aplicação dos herbicidas nos vasos foram pipetados 10, 5 ,3, 1,6

e 0,8 mL das soluções estoques dos herbicidas ametrina e diuron (506 ppm)

de forma a se obter doses equivalentes a 6, 2,98, 1,79, 1 e 0,5 kg/ha. Para o 2,4-

D, foram pipetados 5, 3, 1,6, 0,8 ou 0,4 mL de solução estoque contendo 517

mg/L de forma a se obter as seguintes doses: 3,04, 1,82, 1,03, 0,52 e 0,26

kg/ha.

Cada alíquota dessas soluções foi colocado numa proveta de 10 mL, e o

volume da proveta completado com água destilada . O conteúdo da proveta

foi espalhado sobre a superfície do vaso com um pulverizador. Para retirar o

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29

resíduo de herbicida da parede da proveta, foram adicionados mais 5 mL de

água destilada que foram novamente espalhados sobre o vaso. Os vasos

foram colocados em uma sala termostatizada a 24 ± 1 ºC. Após 48 horas foi

feita a semeadura das sementes de aveia preta e rabanete e o volume de água

perdida neste período reposto. A rega foi efetuada a cada 48 horas,

utilizando-se solução nutritiva .

A germinação foi acompanhada diariamente com contagem do

número de plântulas sadias. Após 30 e 24 dias da data de semeadura do

rabanete e de aveia preta, respectivamente, as plântulas foram cortadas com

tesoura à altura da radícula e colocadas em pesa- filtros previamente tarados.

A massa total (peso de massa fresca) foi anotada e os pesa-filtros levados a

uma estufa a llOºC. Os pesa-filtros foram resfriados em dessecador e pesados

até apresentarem massa constante (peso de massa seca). A massa seca das

plântulas foi anotada. Os testes foram feitos em triplicatas para todas as doses

e também para o controle.

3.2.4. ESTUDO DA MOVIMENTAÇÃO DOS HERBICIDAS EM

COLUNAS DE SOLO

3.2.4.1. Preparação das colunas de solo

3.2.4.1.1.Confecção das colunas de solo

Os tubos de PVC marron de 100 mm de diâmetro interno, medindo

cerca de 2 m, foram cortados em partes menores de 45 cm de comprimento

(colunas). Foram feitas 63 colunas de tubos de PVC. Com as chapas de PVC

foram feitos discos de 10,5 cm de diâmetro, tendo um orifício central de 0,5

cm de diâmetro interno.

Cada tubo de 45 cm (coluna) foi cortado longitudinalmente e na parte

interna das duas metades foram feitos anéis de silicone a cada 5 cm. Esse

procedimento foi feito para evitar o escoamento preferencial da água pelas

paredes das colunas. As 2 metades foram coladas e deixadas em repouso até

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30

secar. Os discos de PVC foram colados na parte inferior das colunas com

borracha de silicone (Figua 3).

corte longitudinal

45 cm

Figura 3. Confecção das colunas de solo utilizando tubos de PVC

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31

3.2.4.1.2. Coleta do solo

A coleta do solo foi feita retirando-se as camadas de solos de O a 10 cm;

10 a 20 cm; 20 a 30 cm e 30 a 40 cm. O solo coletado foi colocado para secar ao

ar destorroado e isento de pedras e raízes. Após esse procedimento os solos

foram peneirados (malha de 1,69 mm) e estocados em bombonas de lOOL,

conforme as camadas correspondentes.

3.2.4.1.3. Tratamento da areia utilizada nas colunas

Em cada coluna foram utilizadas 2 camadas de areia, uma no topo da

coluna para impedir o perturbação da camada superficial do solo e outra no

fundo, para evitar o arraste do solo.

Antes de utilizar a areia, a matéria orgânica e os metais foram

extraídos, para se evitar uma possível adsorção do herbicida.

A matéria orgânica foi retirada por calcinação da areia em cápsulas de

porcelana em mufla a 800ºC por 2 horas. Após o resfriamento, a areia foi

colocada em um béquer de 2L contendo uma solução de ácido súlfurico 1 N

para retirar os íons metálicos. A agitação foi feita com auxílio de agitador de

pás por 60 min. A areia foi filtrada em um funil de porcelana, lavada

exaustivamente com água destilada e seca em estufa a 105 ºC.

3.2.4.1.4. Empacotamento das colunas de solo

As colunas de PVC, foram empacotadas com as camadas de solo

coletadas do campo experimental.

Antes de colocar as camadas de solo, foi colocado no fundo de cada

coluna, 2,5 cm de areia previamente tratada conforme descrito no

procedimento acima, para impedir a passagem do solo. Após a colocação da

areia, as camadas de solo foram colocadas uma a uma na ordem

correspondente, suas massas anotadas e o solo foi então compactado com

batidas leves das colunas sobre a bancada. A cada coluna foi adicionado 1,5 L

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32

de água destilada, e deixou-se drenar livremente por 24 horas para o solo

atingir a capacidade de campo.

3.2.4.1.5. Aplicação das amostras

Antes de aplicar as FLC com granulometrina entre 0,71 mm e 1,0 mm,

foram colocadas no topo das colunas duas telas de aço inoxidável, com o

mesmo diâmetro interno do tubo e malha de 0,30 mm. Esse procedimento foi

adotado para se extrair o IA residual nas formulações após a realização do

experimento.

As FLC de cada herbicida, previamente secas com P20s sob vácuo,

foram pesadas para se obter a dose equivalente a 4 kg/ha de IA. As massas

pesadas, foram aproximadamente 7 mg para a ametrina e o diuron e 9 mg

para o 2,4-D. Cada formulação foi colocada em um saco plástico contendo

10 g de solo estéril, e acrescentado ar para facilitar a mistura e

homogeneização. Após a homogeneização a mistura foi espalhada sobre a

tela no topo da coluna. Em cima da mistura foi colocada outra tela de aço

inoxidável de mesmo diâmetro e malha, e sobre esta tela, mais 2,5 cm de areia

tratada.

Foram preparadas soluções estoques de 506 ppm dos herbicidas

ametrina (Gesapax 500 ®), diuron (Karmex ®) e 517ppm do 2,4-D técnico.

Para se obter doses equivalentes a 4 kg/ha foram pipetados 6,72 mL e 6,6 mL

das soluções estoques.

Após a aplicação dos herbicidas com um aspersor, aproximadamente

250g de areia (2,5 cm de altura) foram colocados no topo de cada coluna, para

prevenir a perturbação da camada superior pela adição de água.

3.2.4.2. Experimentos de lixiviação

Esses experimentos foram realizados em sala mantida a 30 ± 1 º C. Para

cada herbicida foram preparadas 24 colunas 12 contendo 4 kg/ha de IA da

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33

formulação comercial e 12 contedo 4 kg/ha da FLC, para permitir a retirada

de 3 colunas de cada formulação a cada 30 dias de experimento. Foram

também preparadas 12 colunas, nas quais não foram aplicados qualquer

herbicida, para serem utilizadas como controle. Dessa forma o experimento

teria 120 dias de duração, sendo obtidos 4 pontos de coleta, conforme a tabela

6.

As 84 colunas foram montadas sobre um suporte aço carbono e

regadas diariamente.

Tabela 6. Coleta das colunas de solo durante o experimento

Herbicida Formulação n. 0 de colunas Colunas coletadas a confeccionadas cada 30 dias

Coletadas Diuron LC 12 3

Comercial 12 3

Ametrina LC 12 3

Comercial 12 3

2,4-D LC 12 3

Comecial 12 3

Controle 12 3

Total 84 21

A irrigação das colunas foi feita com base na precipitação

pluviométrica anual da região do Vale do Paraíba. O volume referente 'a

precipitação pluviométrica anual de 1400 mm, foi dividido por 365 dias. O

resultado obtido (3,8 L/ m 2 ) foi multiplicado pela área da coluna (86,6 x 10 -4

m 2) o que resultou na adição diária de 35 mL de água destilada em cada

coluna.

O lixiviado das colunas foi coletado semanalmente, em garrafas de

vidro de 125 mL, colocadas em baixo de cada coluna. As garrafas coletadas

foram substituídas e os volumes de lixiviado foram anotados. Uma alíquota

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34

de aproximadamente 40 mL de cada lixiviado, foi retirada e guardada em

frasco de vidro. Os frascos foram lacrados e mantidos em geladeira para

análise posterior.

O experimento de lixiviação teve duração de 3 meses, sendo obtidos de

pontos de coleta. A cada ponto de coleta, as colunas de solo contendo os

herbicidas comerciais e as FLC. (ametrina, diuron e 2,4-D) e as colunas

controle, foram retiradas e abertas.

As colunas coletadas durante o experimento foram deixadas em

repouso por 48 horaspara drenar a água em excesso. Após esse tempo, as

colunas foram abertas ao meio com auxilio de um fio de metal, tomando-se

cuidado para que fosse mantida a mesma quantidade de solo nas duas

metades. Das colunas contendo FLC, antes de serem abertas, foram retiradas

as telas de aço inoxidável e solo contendo as FLC foram colocados em sacos

plásticos, lacrados e armazenados em freezer. Uma das metades foi utilizada

em bioensaios, e a outra metade de cada coluna coletada, foi guardada em a -

18 º C para análises químicas posteriores.

3.3.4 BIOENSAIOS COM SOLOS DAS COLUNAS COLETADAS

Nas metades das colunas foram delimitados intervalos a cada 10 cm

(intervalos O a 10 cm, 10 a 20 cm, 20 a 30 cm e 30 a 40 cm), os solos desses

intervalos delimitados foram retirados, transferidos para cubas de vidro e

homogeneizados com auxílio de espátulas. Após a homogeneização, os solos

foram transferidos para vasos (10,5 cm de diâmetro e 7,5 cm de altura),

previamente identificados. Foram semeadas sementes de aveia preta (A vena

strigosa), nos vasos de solos das colunas dos herbicidas ametrina e diuron, e

sementes de rabanete (Raphanussp) nos vasos de solos das colunas de 2,4-D.

Para as 3 colunas controles coletadas, foi usado o mesmo procedimento. Em 3

metades foram semeadas com aveia preta (A vena strigosa) e 3 metades,

foram semeadas com rabanete (Raphanus sp ).

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35

A germinação foi acompanhada a cada dois dias, com contagem do

número de plântulas. Após 26 e 28 dias da data de semeadura (DDS) do

rabanete e de aveia preta, respectivamente, as plântulas foram cortadas com

uma tesoura à altura da radícula e colocadas em pesa filtro previamente

tarado. A massa total (peso de massa fresca) foi anotada.

3.3.5. ANÁLISE DOS LIXIVIADOS

Foram determinados os limites de detecção dos 3 herbicidas estudados

antes de iniciar as análises com os lixiviados. Foram feitas soluções padrões

de concentrações de 2 ppm a 2 x 10 - 3 ppm e essas concentrações foram

analisadas por HPLC. Após a determinação do limite de detecção os

lixiviados foram filtrados em um filtro de membrana (0,45 µm) e analisados

por HPLC.

As condições utilizadas para as análises cromatográficas dos lixiviados

dos herbicidas ametrina e 2,4-D, foram modificadas para uma melhor

separação dos picos e identificação dos herbicidas nos lixiviados. Para as

análises com ametrina, o eluente utilizado foi metanol/tampão fosfato (pH=

7,2), na proporção 7:3, mantendo-se iguais os parâmetros de temperatura do

forno, vazão, comprimento de onda, citados anteriormente na tabela 1. Para o

2,4-D foi utilizado como eluente uma solução de acetonitrila/ ácido acético

(1 % ) na proporção 3:8. A vazão do eluente foi de 1,0 mL/ min, o comprimento

de onda utilizado foi o mesmo das análises anteriores (280 nm) .

3.3.6. EXTRAÇÃO DOS IAs RESIDUAIS DAS FLC DAS COLUNAS

As FLC de cada herbicida foram retiradas do freezer, deixada no

ambiente para perder o excesso de umidade. A amostra de solo com FLC, foi

pesada dentro de um cartucho de celulose (previamente seco e pesado) e a

massa total foi anotada. Após a pesagem foi colocado sobre a amostra uma

camada de lã de vidro para impedir a perda do material durante a extração.

O cartucho foi colocado em um aparelho soxhlet (125 mL). O balão foi

aquecido com uma chapa de aquecimento e a cada 8 horas de extração, o

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36

sistema foi desligado, o balão foi retirado, resfriado e a amostra contida no

balão foi transferida para um balão volumétrico de 200 mL e o volume

aferido. Uma alíquota da amostra foi retirada, filtrada em filtro de membrana

( diâmetro de poro de 0,45 µm) e analisada por HPLC.

Após ter sido exaurido todo o herbicida contido na amostra, o cartucho

foi retirado do Soxhlet, seco em estufa de 105ºC e pesado.

3.3. 7. DETERMINAÇÃO DOS HERBICIDAS NOS SOLOS DAS

COLUNAS.

As amostras de solo escolhidas foram retiradas do freezer, os sacos

onde foram armazenados, abertos, e os solos foram espalhados e deixados em

temperatura ambiente para perder o excesso de umidade. Após esse

procedimento, os solos foram transferidos para uma cuba de vidro, e

homogeneizados. Uma alíquota de 1 g foi retirada para determinação da

umidade. A porcentagem de umidade foi determinada em uma balança com

forno de infravermelho (OHAUS MB 200).

Após a determinação da umidade, foi pesada uma alíquota de

aproximadamente 25 g de solo seco. O solo foi pesado dentro de cartucho de

celulose previamente seco e tarado. Sobre o solo foi colocada uma camada de

lã de vidro para impedir a perda do material durante a extração. O cartucho

foi colocado em um aparelho soxhlet (125 mL) e extraído com 200 mL de

metanol. O balão aquecido com uma chapa de aquecimento. A cada 8 horas

de extração, o sistema foi desligado, o balão foi retirado, resfriado e a amostra

contida no balão foi transferida para um balão volumétrico de 200 mL e o

volume foi aferido. A quantidade de IA extraída foi determinada por HPLC.

O procedimento foi repetido até que não fosse detectado herbicida no extrato.

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37

4.-RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. CARACTERIZAÇÃO DAS FLC

4.1.2. AMETRINA

A quantidade do composto disponível para a liberação pode ser

determinada por sua extração da formulação com solventes adequados. O

solvente deve extrair todo o composto fisicamente ligado à matriz para que o

IA da formulação produzida seja corrigido. Para todos os herbicidas

estudados, o metanol foi utilizado como solvente.

Os resultados obtidos na extração da ametrina das FLC são mostrados

na tabela 7. A porcentagem média liberável de IA foi de 106,l ± 0,3 da

quantidade inicial de ametrina, usada para fazer as formulações. Esse valor é

superior à quantidade inicial, devido à presença de umidade na lignina ou à

perda da mesma durante o processamento da formulação.

Tabela 7. Resultados da determinação IA liberável das FLC de ametrina

Massa Massa Massa % extraída Média±S Fator FLC(mg) Inicial extraída

(mg) (mg)

12,10 6,05 6,40 105,79 106,1 ± 0,3 0,541

10 90 5 67 6 03 106 35

O perfil de liberação dessas formulações no sistema dinâmico, com uma vazão

de 2mL de água/min é mostrado na figura 4. Nos primeiros dias de

experimento houve uma liberação rápida do herbicida. Com 13 dias de

experimento foram liberados 50,5 % de IA e após 45 dias de experimento com

87,7 % de IA liberado, o sistema manteve uma liberação constante. Esse

comportamento foi observado até o último dia. Após 75 dias 90,8 ± 6 % da

ametrina foi liberada.

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38

100

80 ro ro i::: "O 60 ....... b ro -- 1-< * s Q) 40 ~ '-" ...... ro ......

20

o o 15 30 45 60 75

tempo (dias)

Figura 4. Porcentagem média de ametrina liberada das FLC em sistema

dinâmico

Para avaliar se a ametrina seguiu o mesmo mecanismo observado para

as formulações estudadas anteriormente (Souza, 1994, Pereira, 1996, Ferraz,

1997), a porcentagem de ametrina liberada das FLC, foi plotada em função da

raiz quadrada do tempo (Figura 5).

A relação linear entre a quantidade de IA liberado até 60 % , e a raiz

quadrada do tempo, indicou que nesse intervalo o mecanismo predominante

foi o de difusão. O valor da constante de velocidade (k') para essas

formulações foi de 22 ± 1 d-1/2 .

Comparando esses resultados com os obtidos por Santos (1995) com

formulações similares,utilizando a mesma lignina BC, processadas nas

mesmas condições, o valor de k 'obtido nessas formulações é 30% menor. Nos

experimentos realizados por Santos, as formulações LC de ametrina liberaram

80,1 % do IA em 14 dias, com k'=25,7 d-1/2 '.

Embora a diferença entre os dois valores seja significativa deve-se levar

em consideração que a constante k' esconde fatores como área superficial,

porosidade e tortuosidade dos grãos (Souza et sl., 1997), que podem variar, já

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39

que o processo de moagem e seleção dos grãos ainda manuais, não podem ser

muito bem controlados.

-.. 100 ~

'-"" (ti

80 "'O (ti !-< (J) 60 ,.o ...... - (ti 40 = ...... b

20 (J)

E (ti o

1 3 5 7 9 11

raiz quadrada do tempo, d -1/2

Figura 5. Porcentagem média de ametrina liberada das FLC em função da raiz

quadrada do tempo

Com os resultados obtidos na liberação dos IA' s em sistema dinâmico

e a extração dos IA' s residuais, foi feito o balanço de massas para verificar a

porcentagem total de IA recuperado nos experimentos realizados (tabela 8 ).

A porcentagem média de IA recuperado das FLC de ametrina foi de 90,7 % ,

com base na massa de IA liberável.

., -. ,._

Tabela 8. Balanço de massa da ametrina

Código Massa Massa Massa massa % Média±s inicial total*** (mg) Liberada" Residual recuperada

(mg) (mg) ** (mg)

AMY1 109,17 100,18 0,23 100,41 91,97 91,10 ± 0,7

AMY2 109,44 98,27 0,42 98,69 90,17

"sitema dinâmico , ** extração do la residual,"?" massa total= massa liberada no

sistem adinâmico + massa residual.

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40

4.1.2. DIURON

Para determinar a quantidade de IA disponível nas FLC de diuron foi

feita a extração com metanol. A porcentagem de IA liberável da FLC de

diuron foi de 86 ± 5% (tabela 9) .

. ' '

Tabela 9. Resultados da determinação do IA liberável das FLC de diuron

Massa FLC (mg)

Massa inicial (mg)

Massa extraída

m

% extraída Média±s Fator

48,42 24,21

22,23

20,09

19,88

83,00 86,21 ± 5 % 0,431

44,46 89,43

Com base nos resultados obtidos pode-se observar que houve uma

diminuição de 14 % no IA liberável das FLC produzidas nesse experimento.

Comparando os resultados obtidos nesse experimento com os resultados

obtidos por Pereira (1996), utilizando o mesmo procedimento para obtenção

das formulações (220ºC por 3 min), e com uma porcentagem de IA de 48,8 % ,

a diminuição do IA liberável nesse experimento foi quase o dobro da obtida

por Pereira (perda de IA de 7,5% ).

Cotterill et ai. (1996) estudaram a liberação do diuron em sistema de

matriz LC utilizando ligninas de diferentes fontes, os resultados obtidos da

análise da FLC foram de 3,7 % de perda de IA utilizando lignina de bagaço de

cana precipitada com HO, e 4,1 ± 0,9% para as FLC produzidas com as outras

ligninas testadas. Nos experimentos realizados por Cotterill et ai. (1996), a

temperatura de processamento das FLC foi de 180 'a 185 ºC.

A possibilidade de que o diuron ou parte dele tivesse se ligado

quimicamente a lignina foi descartada com base nos resultados obtidos por

Pereira (1996), que avaliou as formulações por FTIR. A comparação entre os

os espectros do diuron, da formulação lignina/ diuron e da lignina original,

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41

mostrou que não houve o aparecimento de novas bandas de absorção, o que

sugere apenas a existência de interações físicas entre o diuron e a matriz de

lignina.

Com base no IA liberável foi calculada a porcentagem de diuron

liberado das FLC no sistema dinâmico após 209 dias de experimento. A

liberação média de IA alcançada foi de 91,5 ± 1 % , como pode ser observado

na figura 5. O Tso (tempo necessário para a liberação de 50% do IA), foi obtido

com 61 dias de experimento. Pereira (1996) obteve, em sistema de liberação

estático, Tso =172 ± 27dias. Isso mostra que o tempo de liberação no sistema

dinâmico foi reduzido em 65%. Wilkins e Cotterill (1993) obtiveram Tso da

ordem de 4 a 16 dias para formulações com lignina kraft de eucalipto e pinus

em sistema dinâmico, mantido a 30ºC, com 4,5 mL/ min,

Peck et ai. (1995) estudaram a liberação do diuron em FLC utilizando

ligninas de diferentes fontes. Os resultados obtidos demonstraram que

ligninas de diferentes fontes fornecem diferentes cinéticas de liberação sob

condições de laboratório. O Tso obtido nesses experimentos com lignina de

bagaço de cana em sistema estático foi obtido por volta da 70 dias.

100 o

"O cu 80 ;..... Q) ..o - ...... * 60 - ~ '-"

o ;..... 40 ;j ...... "O

20

o o 30 60 90 120 150 180 210

tempo (dias)

Figura 6. Porcentagem média de diuron liberado das FLC em sistema

dinâmico.

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42

Na figura 7 é mostrada a porcentagem de massa de diuron liberada em

função da raiz quadrada do tempo. A regressão linear forneceu uma

constante de velocidade (k'), igual a 7,7 d -1/2 • Os valor médio obtido de k'

nos experimentos realizados por Pereira (1996) em sitema estático foi k'=4 ±

0,3 d 1/2•

Quanto maior o de k' mais rápida é a velocidade de liberação do IA na

FLC. A deferença do k' observada nos 2 experimentos pode ser atribuída ao

sistema utilizado nesse trabalho (sistema dinâmico), que acelera a velocidade

de liberação do IA da FLC.

Observa-se na figura 7 que a linearidade da curva manteve-se

constante após a liberação de 60% de IA. Indicando que o mecanismo de

liberação do IA foi o mecanismo de difusão. A cinética de ordem zero

(difusão), onde a velocidade de liberação é constante e independente do

tempo .

......._

* -- o 80 "lj (tl

"'" (].) 60 ..o ...... ...... ~ 40 o "'" ;:l ......

20 "lj

o 1,2 3,7 6,2 8,7 11,2 13,7

raiz quadrada do tempo , d-1/2

Figura 7. Porcentagem média de diuron liberado das FLC em função da raiz

quadrada do tempo

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43

Com os resultados obtidos na liberação dos IAs em sistema dinâmico e

a extração dos IA's residuais foi feito o balanço de massas para verificar a

porcentagem total de IA recuperado nos experimentos realizados (tabela 10 ).

Tabela 10. Balanço de massa de diuron

Código Massa Massa Massa Massa % Média inicial liberada* residual** total*** (mg} recuperada ±s

DIUl 87,01 80,31 19,60 99,91 114,47 108,33 ± 9

DIU2 88,58 80,74 10,00 99,74 102,20

"sistema dinâmico, ** extração IA residual, *** IA total = IA liberado + IA

residual.

Os resultados obtidos na determinação do IA residual das colunas

(DIUl e DIU2), mostradas na tabela 10 apresentaram um desvio padrão

relativo de 8%. ., -· ,. ~-,,

Pode ser observado que a porcentagem recuperada de IA das FLC de

diuron (108,33 ± 9) foi maior que a massa de IA inicial calculada, com base no

IA liberável (86 ± 5). Indicando que a extração com metanol foi incompleta,

isso explica a diminuição de 14% da massa de diuron obtida.

4.1.3. 2,4-D

A caracterização química das FLC de 2,4-D seguiu o mesmo

procedimento das outras formulações. A proporção média de IA nas FLC de

2,4- D foi de 50,5%.

Os resultados obtidos na extração do IA de FLC de 2,4-D, são

mostrados na tabela 11. A porcentagem média de 2,4-D extraída foi de 74 %.

O desvio padrão nesse experimento foi o menor desvio entre os resultados

calculados nas análises dos outros herbicidas estudados (ametrina e diuron).

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44

A porcentagem de IA liberável encontrada aqui, foi compatível com os

resultados obtidos por Ferraz et ai. (1997), que encontraram 81 % de IA

utilizando lignina e herbicida da mesma procedência e indicaram que parte

do 2,4-D ficou ligado à lignina na forma de éster.

Tabela 11. Resultados da determinação do IA liberável das FLC de 2,4-D

MassaFLC Massa inicial Massa (mg) (mg) extraída

m

28,00 14,14 10,30

21,70 10,85 8,00

20,20 10,10 7,40

% extraída Média± s Fator

73,85 73,7 ± 0,2 0,368

73,75

73,45

A figura 8 mostra a liberação média dos IA's das FLC de 2,4-D em 11

dias de experimento. A porcentagem média de 2,4-D liberado foi 41,07 ± 6,59

com base no IA liberável.

60 - ~ 50 '-"' o

"e 40 (,:3 i... Q) 30 ,.a ...... - o 20 • ~ 10 N

o o 2 4 6 8 10 12

tempo (dias)

Figura 8. Porcentagem média de 2,4-D liberado das FLC em sistema dinâmico

O tempo utilizado para a coleta de dados (curva de liberação) foi muito

pequeno, devido a um erro de análise em um dos eluatos que indicou que

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45

não havia mais 2,4-D sendo liberado. Porém, mesmo com um número de

pontos reduzido (menor que 60% de IA liberado), pode-se dizer que a

liberação teve a mesma tendência de liberação de outras FLC produzidas

anteriormente (Cotrim et al., 1993, Ferraz et ai., 1997, Souza, 1995).

Na figura 9 é mostrada a porcentagem da massa do 2,4-D liberado das

FLC em função da raiz quadrada do tempo. Através da regressão linear da

curva, obteve-se a constante de velocidade (k') onde o valor foi de 18 d-1/2.

Em resultados obtidos por Ferraz et ai. (1997) o valor de k' foi 13 ± 2 d-1/2 para

formulações LC com a mesma lignina, utilizando sistema estático.

O esperado nesse caso seria um valor de k' 2 a 3 vezes maior que o

valor obtido por Ferraz et ai. (1997), já que nesse trabalho a liberação foi feita

em sistema dinâmico, o que acelera a liberação do IA da formulação.

,-.... 60 l

*- 50 .._... o 40 '"O ('a i,...

30 Q) ..o ...... ,....... 20 o

1 ~ 10 N o

1,5 2 2,5 3 3,5

raiz quadrada do tempo, d-1/2

Figua 9. Porcentagem média de 2,4-D liberado das FLC em função da raiz

quadrada do tempo em sistema dinâmico

Após a liberação em sistema dinâmico, foi feita a extração do IA em

metanol para determinar a quantidade residual nas formulações, seguida

depois de uma extração com água em soxhlet, para que pudesse ocorrer a

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46

hidrólise das possíveis ligações do tipo éster entre a lignina e o 2,4-D. Esses

resultados são mostrados na tabela 12.

Com base nos resultados mostrados na tabela 12, pode-se observar que

a quantidade total de 2,4-D recuperada foi maior que a massa de IA liberável.

Esse fato indicou que ocorreram ligações entre o grupo ácido do 2,4-D e

grupo hidroxila da lignina. A formação de ligações do tipo éster nessas

formulações tem sido reportada e pode resultar do processo de aquecimento

durante o processamento (Wilkins, 1990). Esse fato pode ser comprovado

através da obtenção de espectros de FTIR das FLC, antes e depois da extração

em Soxhlet. Entretanto, a soma total correponde somente a 90,3 % da massa

inicial e mostra que a hidrólise com água em Soxhlet não foi completa.

Tabela 12. Balanço de massa do 2,4-D

Código Massa Massa Massa Massa Massa % Média±s liberada residual extraída Total

Inicial recuperada

24Dl 78,37 33,42 52,86 10,74 97,02 123,80 123,3 ± 0,8

2402 74,66 29,88 49,53 12,21 91,62 122,71

"sistema dinâmico, ** extração com metanol, *** exrtração em soxhlet, **** massa total= massa liberada+ massa residual+ massa extraída.

4.1.3.1. Caracterização das FLC de 2,4-D por FTIR

Na figura 10 são apresentados os espectros da formulação de 2,4-D e

da lignina do bagaço de cana. Os espectros da formulação original

apresentaram as bandas características do 2,4-D sobrepostas às bandas de

absorção da lignina, uma vez que, após a formulação, os dois materiais

componentes encontram-se em iguais proporções. Entretanto, destacaram-se

algumas bandas do 2,4-D em 1733 e 1479 crrr", que são muito intensas no

espectro de N do composto puro. Essas duas bandas podem ser atribuídas à

deformação axial do grupo C=O caboxílico ( dímero) ligado ao grupo

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47

diclorofenóx:i (1733 crrrt) e à deformação angular simétrica no plano do grupo

CH2 adjacente à carbonila (1479 crrr-) (Silverstein et ai., 1979). Destaca-se

também no espectro da formulação a banda de absorção em 1085 cm-', devida

à formação de ésteres com grupos hidróx:i na lignina.

0,70 0,60

lÚ ...... 0,50 <:) e ,(l:S 0,40 -e o

0,30 ..,, ~ 0,20

0,10

0,00 - 0,10

2000 1800

A

/

1600 1400 1200 1000 800 600 400

o ( -1) N de onda cm

Figura 10. Espectros de N da lignina do bagaço de cana (A) e da formulação

de 2,4-D (B).

Na figura 11 são mostrados os espectros obtidos pela diferença entre os

espectros de N da formulação de 2,4-D e a lignina do bagaço de cana (A),

entre a formulação residual após a liberação do IA e a lignina do bagaço de

cana (B) e entre a formulação após extração em aparelho Soxhlet e a lignina

do bagaço de cana (C). No espectro A observa-se as bandas do 2,4-D

discutidas acima. Os espectros B e C por outro lado, mostram que mesmo

após a liberação do 2,4-D na forma de ácido livre, parte do 2,4-D permanece

na formulação ligado lignina ligações do à tipo por

Lig-O-C(=O)-CH2-(2,4-diclorofenil). As bandas de grupamentos do tipo éster

situadas em 1763 crrr! e em 1085 cm? confirmam a presença desse tipo de

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48

estrutura. Observa-se também pelo espectro C que, mesmo a extração com

água em Soxhlet não foi suficiente para hidrolisar completamente as ligações

do tipo éster, o que confirma os resultados da tabela 12.

2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400

Figura 11. Espectros da diferença: (A) entre os espectros da FLC de 2,4-D e a

lignina do bagaço de cana; (B) entre os espectros da formulação residual após

liberação do IA e LB, e; (C) entre os espectros da formulação residual após

liberação do IA e extração em aparelho Soxhlet e LB. Escala do eixo y = 0,5

UA.

4.2 -BIOENSAIOS

4.2.1. ESTUDO DA SENSIBILIDADE DE SEMENTES DE RABANETE

E ALPISTE EM PLACAS DE PETRI

Os testes de sensibilidade foram primeiramente realizados em placas

de Petri, mantidas à temperatura constante numa câmara de germinação.

Nesse primeiro estudo o método de avaliação do efeito dos herbicidas em

plantas foi a contagem diária de plântulas sadias.

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49

O objetivo desse teste foi avaliar a sensibilidade das sementes aos

herbicidas estudados e verificar a existência da correlação entre dose e efeito

produzido nas plântulas. Para algumas plantas, a sensibilidade ao herbicida é

tão alta que mesmo em baixas concentrações, o herbicida já faz com que não

haja germinação das sementes, dificultando assim a observação da correlação

entre dose aplicada e efeito produzido, e em alguns casos a planta não

apresenta sensibilidade ao herbicida estudado e somente com a aplicação de

uma concentração alta verifica-se o efeito do herbicida. Por isso, no teste de

placas de Petri foram utilizadas diferentes doses para verificar a sensibilidade

das sementes estudadas.

4.2.1.1. Rabanete

Os resultados obtidos com sementes de rabanete semeadas em placas

de Petri após 12 dias em contato com diferentes doses de ametrina são

mostrados na figura 12. O máximo de germinação do rabanete (86% do

controle) foi obtido após 9 DDS

100 i i i i 80 ' X

r;/J D i ('a D g ......... o <> X .a 60 o !:,. i:: • <> <('a .........

40 D p... !:,.

* o 20 i e

o 2 4 6 8 10 12

Tempo (dias)

Figura 12. Porcentagem de plântulas de rabanete (Raphanus sp) nas placas de

Petri com (O) 5,19 kg/ha, (O) 4,4 kg/ha, (~) 3,46 kg/ ha, (x) 1,73 kg/ ha, (*)

0,86 kg/ ha, (o) O kg/ha de ametrina.

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... -·---~-.50 Sl\(JfHi/i,;r,~··,

d • ..

0\ Nas placas contendo ametrina houve uma diminuição umero __ df'_~~~\

f 1·~ .'

~-::; CEi3!(J ~:! plântulas no período de emergência, indicando que a ametrinaitenha atuado ,,. !

t·'· 1..;., I

como inibidora da germinação \> ·' ,, .. , i, ~,,/ ·, .; R E .,... . / '------~/ A partir do 9º dia começou a ocorrer a morte das plântulas também

nas placas controle, provavelmente por falta de nutrientes nas placas. A

mortalidade das plântulas tratadas com ametrina foi mais acentuada que no

controle. Este efeito tornou-se mais evidente nas placas onde a dose de

ametrina estava acima de 3,46 kg/ha, sendo inclusive evidente a correlação

entre dose e a mortalidade das plântulas. Quanto maior a dose aplicada,

menor foi o número de plântulas observados nas placas.

O efeito observado quando se utilizou o diuron (Figura 13) foi muito

semelhante ao da ametrina, sendo evidente também a correlação entre dose e

mortalidade. Observando - se a figura 13, pode-se dizer que o diuron foi mais

fitotóxico para as plântulas de rabanete.

100 o o

o 2 )1( o 80 i )1( )1(

X o (/) X X (ti X é ~ ~ - 60 1 X .a D D

l:!,. l:!,. ~

~ D )K <(ti l:!,. - 40 o

r;l.. • o X

~ o o A 20 s

o o o

2 4 6 8 10 12

Tempo (dias)

Figura 13. Porcentagem de plântulas de rabanete (Raphanus sp) nas placas de

Petri com (O) 6,14 kg/ha, (D) 5,31 kg/ha, (.1) 4,26 kg/ ha, (x) 2,12 kg/ ha, (*)

0,64 kg/ ha, (o) O kg/ha de diuron.

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51

Comparando esse tratamento com o da ametrina observa-se que as

mesmas doses de diuron causaram menores porcentagens de germinação e

plântulas durante todo o experimento.

O efeito de inibição da fotossíntese que é um mecanismo de ação dos

herbicidas ametrina e diuron (Kearney e Kaufman, 1988, Hassal, 1992) foi

pouco observado, devido ao pouco tempo do teste (12 dias).

As sementes de rabanete tratadas com 2,4-D, apresentaram até o 5° dia

uma porcentagem de germinação muito baixa, como pode ser observado

através da figura 14. Esse efeito foi devido ao mecanismo de inibição da

germinação provocado pelo 2,4-D. Este efeito também pôde ser

correlacionado com a dose aplicada. Nesses experimentos, as maiores doses,

apresentaram as menores porcentagens de germinação.

100 l o o o o x i 80 o li( (/) Ili ~ X ~ X l - .a 60 ,e ll. ll. ~ o li( ll. D D <~

40 9 e 9 - X ~ ia

* o li( ê 20 X li( li o

ili o 2 4 6 8 10 12

Tempo (dias)

Figura 14. Porcentagem de plântulas de rabanete (Raphanus sp) nas placas de

Petri com (O) 2,83 kg/ha, (D) 2,34 kg/ha, (d) 1,89 kg/ ha, (x) 0,94 kg/ ha, (*)

0,28 kg/ ha, (o) O kg/ha de 2,4-D.

Para comparar os efeitos dos herbicidas ametrina e diuron sobre as

plântulas de rabanete, foi feito um gráfico da redução da taxa de germinação

em função da dose aplicada, após 12 DDS do rabanete (Figura 15).

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52

o 100 u ·x 80 'º .;...> o .;...>

60 .... ~ o

.;...> 40 .... ,2 i:i.:l

20 * o o 1 2 3 4 5 6

dosagem (kg/ ha)

Figura 15. Porcentagem do efeito fitotóxico produzido pela (+) ametrina e

pelo ( *) diuron em sementes de rabanete em função da dose aplicada, após 12

DDS.

Como pode ser observado, a mortalidade foi diferente para os dois

herbicidas. Para ajustar os pontos a um modelo matemático, obteve-se

melhores coeficientes de correlação com uma função exponencial para o

diuron como pode ser bservado na equação 5:

Y = 35,104e0,1425x, (R2 = 0,95) (eq. 5)

Para a ametrina o melhor coeficiente de correlação obtido foi com uma

função polinomial do segundo grau (eq. 6).

Y = 4,2233 x2-11,818 x + 13,536, (R2= 0,99) [eq. 6)

A partir dessas equações calculou-se doses equivalentes à redução de

50% da população de plântulas (DL50): 2,6 kg/ha para o diuron e 4,8 kg/ha

para a ametrina.

Com base nesses resultados obtidos para diuron e ametrina, pode-se

verificar que o rabanete foi mais sensível ao diuron. O rabanete apresentou

sensibilidade ao 2,4-D, onde pode ser observado inclusive correlação entre

dose aplicada e efeito produzido. Mesmo sendo um estudo preliminar de

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53

sensibilidade aos herbicidas (ametrina, diuron e 2,4-D), o rabanete

demonstrou ser adequado para o estudo além de ser uma semente certificada

com taxa de germinação elevada.

4.2.1.2. Alpiste

Os resultados obtidos com o alpiste não foram satisfatórios, tendo em

vista a baixa porcentagem de germinação das sementes nas placas controles

(19% ). Nas placas onde foram aplicados os herbicidas diuron e ametrina,

apenas onde foram aplicadas as menores doses houve germinação de

sementes, já nas placas com as maiores doses ocorreu inibição total ou parcial

da germinação das sementes de alpiste. O 2,4-D pareceu ser muito fitotóxico

para as sementes de alpiste. Somente na menor dose aplicada (0,28 kg/ha)

houve germinação das sementes.

Devido a baixa viabilidade apresentada pelas sementes de alpiste, foi

descartada a possibilidade dessas sementes serem bioindicadoras para avaliar

os herbicidas estudados.

4.2.2. ESTUDO DA SENSIBILIDADE DE SEMENTES DE RABANETE

E AVEIA PRETA EM VASOS

Nesse experimento foram utilizadas sementes de rabanete (Raphanus

sp ) e aveia preta (A vena s-trigosa). O rabanete pareceu ser um bom

bioindicador para o estudo, como demonstraram os resultados obtidos nos

experimentos em placas de Petri. A aveia preta foi testada também por ser

uma espécie indicada para estimar níveis de toxicidade de herbicidas como

diuron, 2,4-D, simazina, termacil e triazinas, tanto em experimentos de

laboratório (vasos, placas de Petri) como também em experimentos de campo

(Foy et ai., 1996; Vasilakaglou et el., 1997). A avaliação do efeito causado

pelos tratamentos foi feita pela contagem diária do número de plântulas em

cada vaso e pela produção de biomassa.

4.2.2.1. Aveia preta

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54

4.2.2.1.1. Contagem do número de plântulas

Na figura 16 é mostrada a porcentagem de plântulas sadias, mantidas

nos vasos com diferentes doses de ametrina durante 18 dias de experimento.

A germinação das sementes de aveia preta alcançou 92% no 6º dia de

experimento nos vasos controles, e após 15 DDS, foi obtido o máximo de

germinação (97,33% ).

Todas as doses aplicadas causaram um retardamento na germinação

das sementes e somente após o 5° dia de experimento houve germinação na

placa onde foi aplicada a maior dose (5,77 kg/ha).

Nos vasos com dose de 5,77 kg/ha de ametrina foi obtido um efeito

mais pronunciado tendo-se obtido a menor porcentagem de plântulas no

experimento (75% ). Nos vasos com as doses de 1,73 e 2,89 kg/ha o efeito

observado foi muito semelhante.

100 .,, 80 (ti :3 60 - e: <(ti

a: 40 ~ o

20 o

2 4 6 8 10 12 14 16 18

Tempo (dias)

~ 1,73 kg/ha --0- 2,89 kg/ha -----<>------ 5,77 kg/ha -e-o kg/ha

Figura 16. Porcentagem de plântulas de aveia preta (A vena strigosa) nos

vasos com diferentes doses de ametrina.

A partir do 15º DDS houve diminuição do número de plântulas nos

vasos com ametrina e também nos vasos controles. Esse fato pode ser

atribuído à falta de nutrientes no substrato que não foi compensada com

adição de nenhuma solução nutritiva.

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55

Na figura 17 está mostrada a porcentagem de plântulas de aveia preta

nos vasos tratados com diferentes doses de diuron. Pode-se observar a

ocorrência do retardamento da germinação das sementes, também observado

com a ametrina. Somente após o 5º DDS foi possível observar a germinação

das sementes nos vasos com as diferentes doses de diuron.

Comparando os resultados obtidos com o controle pode-se dizer que

em todos os tratamentos foi observada uma diminuição da porcentagem de

plântulas nos vasos. O efeito causado com o diuron nas plântulas foi mais

pronunciado, sugerindo que o diuron mais fitotóxico para as plântulas do

que a ametrina.

100 1 (/J 80 ce - .E 60 i:=

<te - 40 ç.i...

*- 20 o o

2 4 6 8 10 12 14 16 18

Tempo (dias)

~ 1,73 kg/ha -o- 2,89 kg/ha ~ 5,77 kg/ha ~ O kg/ha

Figura 17. Porcentagem de plântulas de aveia preta (A vena strigosa) nos

vasos com diferentes doses de diuron.

O efeito do 2,4-D sobre a porcentagem de germinação das sementes de

aveia preta pode ser visto na figura 18. A partir do 4 º DDS houve germinação

das sementes nos vasos de todas as doses. A porcentagem de germinação das

sementes nos vasos de todos os tratamentos foram menores do que a

porcentagem encontrada nos vasos controles. A aplicação da dose 1,15 kg/ha

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56

de 2,4-D causou a menor taxa de germinação (60% ). As doses 0,577 kg/ha e

2,86 kg/ha causaram as maiores taxas de germinação em torno de 80%.

A partir do 15º dia houve uma diminuição na porcentagem de

plântulas em todos vasos com e sem tratamento, também observado nos

vasos com ametrina e diuron, porém o efeito causado foi mais pronunciado.

A correlação entre a dose de aplicada e as porcentagens de plântulas

não foi tão evidente como para a ametrina e diuron, mas o efeito produzido

nas plântulas foi mais acentuado.

100

rr, 80 ra - .E 60 i:::

<til 40 - P-;

~ 20

o o 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Tempo (dias)

----*- 0,577 kg/ha ........_ 1,15 kg/ha --o- 1,73 kg/ha ---<>----- 2,86 kg/ha ---e- O kg/ha

Figura 18. Porcentagem de de aveia preta germinadas (A vena strigosa) nos

vasos com diferentes doses de 2,4-D.

Nesse experimento não houve a adição de nutrientes no substrato

(vermiculita), esse fato pode ter levado a morte das plântulas de aveia preta.

No experimento realizado anteriormente, em placas de Petri, em todas as

placas a diminuição da porcentagem das plântulas ocorreu a partir do 10º dia

de experimento. Já nesse experimento somente após o 15º dia começou a

ocorrer a diminuição das plântulas nos vasos. Esse fato se explica pela

melhora ocorrida na aeração e na fixação das radículas das plântulas, com a

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57

utilização da vermiculita, que favoreceu a manutenção das plântulas por um

período mais prolongado.

Os tratamentos de ametrina e diuron não foram suficientes para causar

um efeito de diminuição nas plântulas superior a 30%. Como não foi obtido

um efeito superior a 50% não foi possível utilizar modelos matemáticos para

calcular a concentração necessária para a redução de 50% da população de

plântulas (DLSO).

Para melhor comparar o efeito causado pelos tratamentos nas

plântulas de aveia preta, comparou-se a porcentagem de plântuas sadias nos

vasos tratados em relação ao controle. Como a partir do 15º DDS houve uma

diminuição em todos os vasos tratados incluindo o controle, a comparação foi

feita com os resultados obtidos no 15º DDS (tabela 13)

Tabelal3. Germinação de sementes de aveia preta nos vasos após 15 DDS.

Tratamento

2,4-D

Dose (kg/ha ) % Germinação .. - ._,..,

o 100 ± 2,08

1,73 90,91 ± 4,16

2,89 95,10 ± 2,52

1,73 95,80 ± 2,08

2,89 82,52 ± 5,03

0,58 83,92 ±4,00

1,15 61,54 ± 4,93

1,73 70 63 ±3 06

Controle

Ametrina

Diuron

Verifica-se na tabela 13 que os efeitos causados pelos herbicidas

variaram entre 61 % e 91 % de germinação.

Page 74: FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA DE LORENA …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/antigas/1999/BID99009OCR.pdfTabela 10. Balanço de massa de diuron 43 Tabela 11. Resultados da determinação

58

Os tratamentos com ametrina produziram germinação de 77% com a

dose mais elevada (5,77kg/ha). As doses menores não produziram efeitos

significativamente diferentes entre si.

As doses 2,89 kg/ha e 5, 77 kg/ha do diuron, produziram taxas de

germinações semelhantes (83% e 85 %, respectivamente). A menor dose

causou um efeito tóxico reduzido na aveia preta (96 % de germinação).

Os efeitos causados pelos tratamentos com 2,4-D variaram entre 62 e

83% de germinação. A dose 1,15 kg/ha produziu 62% de germinação. A

maior dose aplicada causou a maior taxa de germinação 86%.

4.2.2.1.2. Produção de biomassa

Nesse experimento foram utilizadas duas metodologias de avaliação,

para eleger a melhor maneira de avaliar os resultados obtidos após o tempo

decorrido de bioensaio. Para verificar se as diferentes doses aplicadas

influenciavam na produção de biomassa após 22 e 18 dias de experimento as

plântulas de aveia preta e rabanete, respectivamente, foram removidas,

contadas e cortadas na altura da radícula. As partes aéreas das plântulas

foram pesadas, antes e depois de secas em estufa a 105ºC. Os resultados

obtidos com a produção de biomassa são mostrados na tabela 14.

Os valores dados na tabela 14 mostram uma tendência na diminuição

da produção de biomassa depois do tratamento com os 3 herbicidas

estudados em comparação ao controle.

Para se comparar o efeito de cada tratamento em relação ao controle,

foram calculados os valores de t ( distribuição de Student) para a comparação

de 2 médias com variâncias homogêneas (tabela 14).

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59

Tabela 14. Teste t para os resultados da produção de biomassa de aveia preta

nos ensaios em vasos com vermiculita, após 22 DDS.

Tratamento s Teste t Dose Peso de massa

(kgha) fresca (g)

o 2,0041

1,73 1,5961

2,89 1,7505

5,77 1,2939

1,73 1,2781

2,89 1,3595

5,77 1,2758

0,58 0,7419

1,15 0,3271

1,73 0,4202

2,89 0,5251

s Teste t Peso de massa seca(g)

Controle

Ametrina

Diuron

2,4-D

0,2436 o 0,1267 -3,6397

0,1185 -2,2931

0,3095 -4,4168

0,2481 -5,1146

0,3315 -3,8382

0,1368 -6,3854

0,246 -8,9304

0,1425 -14,5554

0,0859 -15,0202

0,0764 -14,1904

0,2221

0,1896

0,1990

0,1995

0,1996

0,2254

0,2102

0,1051

0,1031

0,1017

0,0908

0,0104 o 0,0241 -3,03291

0,0415 -1,32255

0,0405 -1,32627

0,0112 -3,60597

0,0444 0,177259

0,0262 -1,03407

0,0176 -14,0189

0,01 -20,2034

0,0178 -14,3057

0,0078 -24,7398

to,os,4=2,78

Quando comparados com o valor de t para 4 graus de liberdade ao

nível de 95% de confiança (to,os,4 = 2,78), esses resultados provam que todos

os herbicidas provocaram reduções estatisticamente significativas da

biomassa de plântulas. Ainda desses valores pode se verificar que, o efeito do

2,4-D foi mais pronunciado que o do diuron e o da ametrina (valores de t

iguais a 15,02; 5,11 e 3,64 com o tratamento de 1,73 kg/ha). O mesmo

comportamento foi também observado quando se compara a biomassa seca.

A medida da biomassa produzida parece acrescentar informações

complementares para as informações obtidas com as taxas de germinação.

4.2.2.2. Rabanete

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60

4.2.2.2.1. Contagem do número de plântulas

Os resultados obtidos com as sementes de rabanete testadas com as

diferentes doses de ametrina são mostrados na figura 19. A porcentagem

máxima de plântulas obtidas foi no 13º dia (68% ). Essa porcentagem de

germinação baixa pode ter sido devida a baixa temperatura (25ºC), na qual foi

feito esse experimento. Taxas de germinação de rabanete em torno de 95% são

usualmente obtidas com temperatura de 30ºC, temperatura ótima dessa

espécie de planta.

Após o 4 º dia de experimento foi obtida germinação das sementes de

rabanete em todos os vasos, com e sem tratamento, porém a maior

porcentagem encontrada foi nos vasos controles, permanecendo constante até

o 15º dia de experimento.

80

rr, 60 ctl ,.......

~ 40 <ctl - ~ 20 * o

o 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

Tempo (dias)

--*- l,73kg/ha --e-2,89kg/ha ~ 5,77 /kg/ha --o--controle

Figural9. Porcentagem de plântulas de rabanete em vasos com diferentes

doses de ametrina.

Na figura 20 são mostrados os dados obtidos com as diferentes doses

de diuron nas plântulas de rabanete. As doses mais baixas apresentaram

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61

taxas de germinação de 50 a 60 % , enquanto a maior dose (5,77 kg/ha)

reduziu a taxa de germinação para 40 % .

A correlação entre a dose aplicada e o efeito produzido nas plântulas

foi mais evidenciada para o diuron em comparação com a ametrina

80

60 r:/l ro ....... .a 40 e <ro ....... o.. 20 ~

o o 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

Tempo (dias)

____.__ l,73kg/ha -e- 2,89kg/ha ___.___ 5,77kg/ha ----B- controle

Figura 20. Porcentagem de plântulas de rabanete em vasos com diferentes

doses de diuron. : ,._ -~

r:/l 80 ro ........ 60 .a e «e 40 ........ o.. ~ 20

o o 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

Tempo (dias)

-----*""- 0,577kg/ha ____.__ 1,15kg/ha -e- J,73kg/ha ___.___ 2,88kg/ha ----B- controle

Figura 21. Porcentagem de plântulas de rabanete nos vasos com diferentes

doses de 2,4-D

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62

Os resultados obtidos com o 2,4-D são mostrados na figura 21. A

porcentagem de plântulas germinadas nos vasos controles atingiu o máximo

de germinação no 12º DDS e manteve-se constante até 18º dia.

Com as maiores doses aplicadas foi obtido 13% de germinação do rabanete.

Houve um aumento na porcentagem de germinação das sementes

progressivo até 18º dia de experimento

A tabela 15 mostra o efeito dos tratamentos com ametrina, diuron e

2,4-D em relação ao controle.

Tabela 15. Germinação do rabanete nos vasos após 15 DDS

Tratamento

2,4-D

Dose (kg/ha) % Germinação

o 100 ± 3,46

1,73 71,57 ± 3,51

2,89 80,39 ±5,13

1,73 84,31 ± 3,79

2,89 81,37 ± 3,79

0,58 47,06 ± 7,55

1,15 21,57 ± 5,51

1,73 2353±265

Controle

Ametrina

Diuron

Os efeitos produzidos com os tratamentos variaram entre 22 e 84 % da

taxa de germinação. A maior dose de ametrina 5,77 kg/ha proporcionou 68%

de germinação. A dose de 2,89 kg/ha proporcionou 80% de germinação,

sendo menos tóxica para o rabanete do que a dose 1,73 kg/ha (72% ).

O efeito produzido com os tratamentos de diuron variaram entre 60 e

84 % . O diuron apresentou a tendência esperada, apresentando correlação

entre dose aplicada e efeito produzido. As doses 1,73; 2,89 e 5,77 kg/ha

produziram 84%, 81% e 60%, respectivamente.

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63

Os tratamentos com 2,4-D produziram as menores taxas de

germinação que variaram entre 22 e 47 % . A menor porcentagem de

germinação 22% foi obtida com a aplicação de 1,15 kg/ha de 2,4-D. A dose

2,88 kg/ha produziu 41 % , sendo menos tóxica para o rabante do que as doses

1,15 kg/ha e 1,73 kg/ha.

As diferenças na germinação do rabanete tratadas com diuron e

ametrina não foram significativas. Os resultados dos efeito dos 3 herbicidas

com base na porcentagem de germinação do rabanete e aveia preta sugerem

que o rabanete foi menos tolerante aos herbicidas do que a aveia preta.

4.2.2.2.2 Produção de biomassa

Os resultados obtidos da produção de biomassa de rabanete (peso de

massa fresca e peso de massa seca) e os valores calculados de t são mostrados

na tabela 16.

Os tratamentos com ametrina produziram biomassas menores do que

as do controle. Verifica-se que a biomassa produzida (peso de massa fresca e

peso de massa seca) foi muito semelhante entre os diferentes tratamentos.

A maior dose aplicada de diuron (5,77 kg/ha) produziu a menor

massa fresca (1,4719 g), já as doses 2,89 kg/ha e 1,73 kg/ha produziram

massa frescas semelhantes.

O peso de massa seca do rabante tratado com diuron não apresentou

diferenças de massas entre as doses.

As menores massas produzidas de rabanete foram obtidas com os

tratamentos com 2,4-D. A maior dose de 2,4-D (2,88 g/ha) produziu a menor

massa 0,2972 g. Os demais tratamentos com 2,4-D não apresentaram

diferenças significativas no peso de massa fresca.

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64

A correlação entre dose aplicada de 2,4-D e efeito, foi mais evidenciada

com os valores obtidos do peso de massa seca. Os valores do peso de massa

seca variaram entre 0,0078 e 0,1051g.

Tabela 16. Teste t para· os resultados da produção de biomassa de rabanete

nos ensaios em vasos com vermiculita, após 18 DDS.

Tratamento Dose Peso de s Teste t Peso de s teste t massa

(kg/ha) Massa

Controle o 2,132 0,1817 0,2221 0,0104

Ame trina 1,73 1,779 0,3405 -2,2404 0,1896 0,0241 -3,0329

2,89 1,8578 0,3074 -1,8809 0,199 0,0415 -1,3226

5,77 1,7976 0,3414 -2,1180 0,1946 0,0405 -1,6110

Diuron 1,73 2,0647 0,199 -0,6118 0,1996 0,0112 -3,6060

2,89 2,0957 0,1324 -0,3955 0,2254 0,0444 0,1773

5,77 1,4719 0,3138 -4,4591 0,2102 0,0262 -1,0341

2,4-D 0,58 0,4443 0,1375 -18,1426 0,1051 0,0176 -14,0189

1,15 0,3908 0,0269 -23,2200 0,1031 0,01 -20,2034

1,73 0,4746 0,1218 -18,5593 0,1017 0,0178 -14,3057

2,89 0,2972 0,0764 -22,8012 0,0078 0,038 -13,3238 m,os,4=2,78

Os valores de t calculados (tabela 16) para os tratamentos com

ametrina ficaram muito próximos do limite de t (t= 2,78).

Dos valores de tcalculados para os tratamentos com diuron, somente o

valor para a dose de 5,77 kg/ha foi significativo ( 95% t 4, o.os = 2,78), o que

indica que somente a maior dose produziu uma redução significativa na

massa fresca.

Os valores de t calculados para os tratamentos com 2,4-D usando os

valores de massa fresca foram muito significativos. A mesma tendência foi

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65

observada para os valores de peso de massa seca. Esses valores indicam que o

rabanete foi muito sensível ao 2,4-D.

Nos experimentos realizados com vermiculita foi observado que a

correlação entre dose de herbicida versus taxa de germinação não foi tão

evidente. Comparando os resultados obtidos no experimento realizado em

placas de Petri (substrato: algodão) com os resultados obtidos em vasos

(substrato: vermiculita), pode-se verificar que a taxa de germinação do

rabanete sofreu menor influência dos tratamentos nos experimentos com

vermiculita.

O rabanete foi testado nos 2 experimentos e as respostas obtidas para

doses semelhantes dos herbicidas foram menores, mesmo considerando a

menor porcentagem de germinação do controle no segundo experimento

(68%).

Comparando os resultados obtidos com a ametrina em 12 dias de

experimento em vasos e placas de Petri, verificou-se que com a dose

5,77 kg/ha nos vasos foi obtido 46% de plântulas sadias, e aplicando-se 5,19

kg/ha nas placas de Petri, obteve-se 20%. O mesmo foi observado com o

diuron e com o 2,4-D.

A vermiculita possui uma alta capacidade de troca catiônica que é um

fator muito importante na adsorção de íons orgânicos. Isto ocorre geralmente

com pesticidas catiônicos que podem exibir uma maior ou menor adsorção,

enquanto pesticidas neutros ou aniônicos são adsorvidos fracamente ou

repelidos.

Muitos trabalhos demonstraram que os herbicidas aplicados em

substrato constituído de silicatos (kaolita, clorita, ilita, montimorilonita ou

vermiculita) sofreram adsorção e subsequente resistência à dessorção (Paul e

McLaren, 1975). Essa adsorção muitas vezes reduz a fitotoxicidade do

herbicida sobre as plantas (ou sementes) estudadas.

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66

Scott e Weber (1967) demonstraram que a vermiculita pode reduzir

fitotoxicidade do 2,4-D. Este fato se deve a adsorção de uma parte do

herbicida na vermiculita, fazendo que a quantidade do herbicida disponível

para a planta diminua.

4.2.3. CAPACIDADE DE ADSORÇÃO DOS HERBICIDAS PELA

VERMICULITA.

Após avaliar os dados obtidos e verificar a ocorrência da redução da

quantidade disponível dos herbicidas para as plantas testadas (bioensaio em

vasos com vermiculita, item 3.2.3.2), foi feito um teste quantificar a adsorção

dos 3 herbicidas estudados. A adsorção dos herbicidas foi monitorada

durante 24 horas em água e em solução nutritiva (Sol. Hoagland & Arnon). A

solução nutritiva também foi testada pois seria introduzida no próximo

experimento para aumentar o tempo de vida das plântulas, e era necessário

saber se haveria interferência na adsorção dos herbicidas na presença dessa

solução.

A tabela 17 mostra a porcentagem de herbicida adsorvido com e sem

solução nutritiva após 24 horas. A ametrina apresentou maior adsorção na

vermiculita do que os outros herbicidas (18,48%) seguida do diuron e do 2,4-

D com 12,3% e 8,2%, respectivamente.

Tabela17. Porcentagem de herbicidas adsorvidos em vermiculita após 24

horas de experimento.

Herbicida % adsorvida

Ametrina

Solução feita Cone.inicial Cone.final

Em: (ppm) (ppm)

Água 11,34 9,24 ± 0,43

Sol.Hoagland 11,44 9,74 ±0,48

Água 9,96 8,74 ±0,37

Sol.Hoagland 9,77 8,88 ±0,20

Água 11,90 10,92 ± 0,42

Sol.Hoagland 15,02 14,10 ± 0,30

Diuron

2,4-D

18,48

12,59

12,28

9,13

8,24

6,12

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67

Isso pode ser explicado pelo fato de que em pH = 6,5, no qual foi

realizado o experimento, o 2,4-D se encontrava na sua forma aniônica,

totalmente dissociado, enquanto que a ametrina e o diuron se encontravam

nas suas formas neutras ou parcialmente ionizados. Assim o 2,4-D foi

adsorvido pela vermiculita em menor proporção, seguido do diuron, mais

ácido do que a ametrina.

Em todos os casos a adsorção do herbicida pela vermiculita com a

adição da solução nutritiva foi diminuída com a adição da solução nutritiva.

A adsorção da ametrina na vermiculita diminuiu em 32%, para o diuron e 2,4-

D a diminuição foi de 26%. Isso pode ser explicado pelo efeito de competição

dos cátios na solução nutritiva pelos sítios aniônicos da vermiculita.

CONCLUSÕES PRELIMINARES

Os resultados obtidos no teste de adsorção dos herbicidas sugerem que

com a introdução da solução nutritiva nos bioensaios, a adsorção dos

herbicidas pela vermiculita poderia ser reduzida possibilitando uma maior

disponibilidade dos mesmos para as plantas testadas. Outra vantagem

oferecida com a adição da solução nutritiva seria a manutenção das plantas

vivas por um período mais prolongado, possibilitando uma melhor

observação dos efeitos tóxicos causados pelos herbicidas ametrina e diuron

no mecanismo da fotossíntese. Com isso se fez necessário um novo bioensaio

em vasos utilizando vermiculita, com adição da solução nutritiva para avaliar

as sementes de aveia preta e rabanete para a comparação dos resultados

obtidos com aqueles sem adição de solução nutritiva.

Com base nos resultados obtidos com as sementes de diferentes

espécies nos experimentos em placas de Petri e em vasos, foi decidido que o

rabanete seria utilizado na avaliação do 2,4-D, devido a maior sensibilidade

demonstrada para esse herbicida. Para o estudo dos herbicidas ametrina e

diuron, a aveia preta demonstrou uma boa sensibilidade.

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68

Para avaliar o efeito obtido com a aplicação do 2,4-D, foi escolhido taxa

de germinação das sementes (contagem diária), já que o mecanismo de

atuação desse herbicida é o de inibição da germinação.

Para o estudo do efeito causado pela ametrina e pelo diuron, inibidores

da fotossíntese, os 2 métodos de avaliação (contagem diária do número de

plântulas sadias e produção da biomassa) foram mantidos.

4.2.4. ESTUDO DA SENSIBILIDADE DE SEMENTES DE AVEIA

PRETA E RABANETE EM TESTES EM VASOS, COM ADIÇÃO DE

SOLUÇÃO NUTRITIVA

Foram realizados experimentos em vasos utilizando-se sementes de

rabanete redondo e aveia preta, tendo como substrato a vermiculita e com

adição de uma solução nutritiva. A utilização da solução nutritiva no

bioensaio, foi necessária para manter as plântulas estudadas por um período

de tempo mais prolongado, auxiliando na observação do mecanismo de

inibição da fotossíntese causada pela ametrina e pelo diuron, e também

diminuir a adsorção sofrida pelos herbicidas na vermiculita, conforme foi

verificado no teste de capacidade de adsorção (item 4.2.3).

4.2.4.1. Aveia preta

4.2.4.1.1. Contagem do número de plântulas

As figuras 22 e 23 mostram os efeitos causados na aveia preta com a

aplicação das diferentes doses de ametrina e diuron, respectivamente.

Na figura 22 são mostrados os resultados obtidos da contagem de

plântulas nos vasos tratados com diferentes doses de ametrina e nos vasos

controles. Como pode ser observado o máximo de germinação foi atingido na

primeira semana de experimento (94 % ) e manteve- se constante até o final do

experimento (24 dias).

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69

Os vasos com as maiores doses apresentaram redução na porcentagem

de plântulas a partir do 15º DOS. Já nos vasos com a menor dose aplicada (0,5

kg/ha), a redução do número de plântulas se deu a partir do 19º DOS.

A correlação entre dose aplicada e efeito produzido foi bem mais

evidente do que no experimento sem nutriente. Entretanto, observa-se que o

tratamento com 3 kg/ha não se enquadrou no comportamento previsto.

Deve-se ressaltar que nos experimentos realizados, não foram

utilizadas sementes ou tecidos de plantas de culturas que teriam respostas

homogêneas aos herbicidas, tratando-se de cópias idênticas de uma mesma

planta.

100 1 r;/) (1:$ 75 ....... .a i::

<(1:$ 50 ....... ~ ~

25

o o 2 4

., -. -

6 8 10 12 14 16 18 20 22 24

tempo (dias)

----l!r- 2,98 kg/ha -e-- 0,5 kg/ha

___._ 6kg/ha ---.'IE-- 1,1 kg/ha

------ 1,79 kg/ha ----- O kg/ ha

Figura 22. Porcentagem de plântulas de aveia preta tratadas com diferentes

doses de ametrina em teste de vasos com adição de solução nutritiva.

Os experimentos realizados nesse trabalho, foram feitos com sementes

de plantas de uma mesma espécie (rabanete, alpiste, aveia preta), e cada

semente responde ao herbicida individualmente (Petersen, 1994).

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70

Nas figuras apresentadas aqui igualmente as figuras apresentadas

anteriormente, foram usadas as médias das respostas de 50 sementes em

vasos ou placas, ou seja a média de 50 respostas obtidas por vasos (ou placas).

Na figura 23 são mostrados os resultados da porcentagem de plântulas

de aveia preta nos vasos com diferentes doses de diuron. A partir do 15º dia

foi observada a redução das plântulas nos vasos com tratamentos. Isso se

deve 'a inibição da fotossíntese causada pelo diuron. A redução a partir do

15º DDS do número das plântulas nos vasos com as maiores doses de diuron

foi mais acentuada do que para a ametrina.

100 C/l (tj 80 - .E 60 i:;

<(tj 40 - p...

~ 20 o

o 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 - --,,

---<>- 6kg/ha --EJ- 1 kg/ ha

Tempo (dias)

· A 2,98 kg/ha -0-- 0,5 kg/ha

---- 1,79 kg/ha ---o kg/ha

Figura 23. Porcentagem de plântulas de aveia tratadas com diferentes doses

de diuron em teste de vasos com solução nutritiva.

Os tratamentos com as maiores doses de diuron apresentaram as

menores porcentagens de plântulas nos vasos. Porém, a diferença do efeito

entre as doses de 6 kg/ha, 2,89 kg/ha e 1,78 kg/ha, não foi muito

pronunciada. A correlação não foi tão evidente para o diuron, como para a

ametrina.

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71

Com base nos resultados obtidos nesses experimentos e com os

experimentos anterirormente realizados em vasos sem adição de solução

nutritiva, verificou-se que sem a solução nutritiva as plântulas ficaram mais

suscetíveis a ação do herbicida. Quando adicionou-se a solução nutritiva no

experimento foi observado o efeito tóxico (inibição da fotossíntese) do

herbicida nas plântulas após 18 DDS, esse efeito não havia sido observado no

bioensaio sem a adição da solução nutritiva, pois o experimento foi realizado

até 18DDS.

Na figura 24 pode ser observada a existência de correlação entre dose

aplicada e número de plântulas nos vasos tratados. A medida que se

aumentou a dose do herbicida, observou-se um decréscimo no número

plântulas sadias nos vasos. Os tratamentos causaram mortalidade acentuada

a partir da dose O,Skg/ha (73% ). A partir da dose de 1,78 kg/ha esse efeito

fitotóxico do herbicida atingiu seu máximo e o número de plântulas, não

sofreu redução, e manteve-se constante não apresentando diferenças

significativas entre uma dose e outra.

ti) 50 l

(l;j ........ 40 .E i:: I <«:l ........ 30 e,

i i (1) '"O o 20 i-.. Q) a 10 ! t ,;::i i::

o o 1 2 3 4 5 6

dose (kg/ha)

Figura 24. Número de plântulas tratadas com diferentes doses de (M ametrina e ( •) diuron após 24 DDS.

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72

Foy et al. (1996) utilizaram a aveia preta como bioindicadora para

estimar concentrações do diuron e simazina (grupo das triazinas ao qual

pertence a ametrina) e verificaram que doses acima de 10 ppm produziam

respostas similares. E doses menores (0,01 ppm a 1,0 ppm) produziam

diferentes respostas nas plantas. Isso sugere que existe um limite de resposta

(superdosagem) que pode ser observado na planta (sintoma de injúria) que é

provocado pela presença do herbicida, e quando esse limite de resposta é

ultrapassado a resposta dada pela planta através dos sintomas injúrias se

mantém constante.

Nesta figura, observa-se claramente que o resultado obtido com o

tratamento 3kg/ha de ametrina foi muito maior do que o resultado esperado.

O mesmo resultado acima do esperado na dose 3kg/ha foi também

observado com o resultado do peso de massa fresca. Indicando que nessa

dose, possivelmente ocorreu um erro durante a aplicação,onde obteve-se uma

concentração final muito menor do que a dose desejada (3 kg/ha).

4.2.4.1.2. Produção de biomassa

O peso de massa fresca médio nos vasos controles foi muito maior

(aproximadamente o dobro) do que os valores obtidos nos vasos tratados com

herbicidas (tabela do apêndice 1). A produção de biomassa no controle foi a

mesma obtida nos experimentos realizados anteriormente, utilizando

vermiculita como substrato, sem adição de solução nutritiva.

Os valores da produção de biomassa (peso de massa fresca e peso de

massa seca) nos vasos controles foram muito maiores do que os valores

obtidos nos vasos com herbicidas, porém os valores foram muito próximos

entre as diferentes doses aplicadas. A produção de biomassa do controle foi a

mesma obtida nos experimentos realizados anteriormente, utilizando

vermiculita como substrato, sem adição de solução nutritiva, com o máximo

da germinação no 15º DOS.

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73

O peso de massa fresca da aveia preta nos tratamentos não apresentou

correlação entre dose e produção de biomassa. As maiores doses aplicadas

apresentaram as menores massas, com exceção da dose 3 kg/ha de ametrina

que apresentou um alto valor. O mesmo comportamento observado com peso

de massa fresca da aveia foi observado o peso de massa seca das plântulas,

A relação entre o peso de massa fresca e número de plântulas tratadas

com diuron e ametina é mostrada na figura 25. A tendência observada para os

dois herbicidas foi a mesma apresentada com a avaliação do número de

plântulas mostrada na figura 24, mostrando correlação entre massa e número

de plântulas, mesmo considerando o efeito inibidor da fotossíntese, que

reduz a quantidade de biomassa das pântulas tratadas.

~ 0,06 '-.rll o ca ~ ] 0,04

(J) = J:: <cti s ô.. 0,02 (J) e,

0,00 o 0,5 0,05 1,79 2,98 6

dosagem(kg/ ha)

• diuron <5<: ametrina

Figura 25. Relação do peso de massa fresca/ número de plântulas de aveia

preta (máximo da % de germinação) tratadas com diferentes doses de

ametrina e diuron .

Comparando os resultados obtidos anteriormente dos bioensaios em

vasos com vermiculita sem adição de solução nutritiva com os resultados em

vasos com vermiculita adicionando-se solução nutritiva, verificou-se que as

doses de mesmo nível de concentração apresentaram uma redução do efeito

tóxico causado nas plântulas (redução da produção de biomassa). Isso

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74

poderia ser explicado pelo efeito competitivo dos íons presentes na solução

de Hoagland pelos sítios ativos da vermiculita, deixando maior quantidade

dos herbicidas disponível em solução. Quando a solução nutritiva foi

adicionada juntamente com os herbicidas, os íons contidos nela ocuparam os

sítios ativos da vermiculita, diminuindo assim a adsorção ocorrida com parte

dos herbicidas, aumentando a quantidade dos mesmos em solução. Esse fato

se deve a alta capacidade para trocar cátions da vermiculita, que necessita

neutralizar as cargas negativas existentes em sua superfície, que é feita pela

adsorção de cátions como sódio, potássio, cálcio e hidrôgenio, além dos de

outros compostos catiônicos, como por exemplo os pesticidas (Paul, e

McLaren, 1975).

4.2.4.2 Rabanete

Os resultados obtidos com a contagem diária do número de sementes

de rabanete germinadas nos vasos tratados com 2,4-D são mostrados na

figura 26.

O número máximo de sementes de rabanete germinadas (58%) foi

obtido no controle, após 23 DOS, mantendo-se constante após essa data.

Nesse experimento não houve redução do número de plântulas nos

vasos após o 15º dia, observada no experimento realizado anteriormente. Esse

fato foi devido a adição da solução nutritiva que promoveu a manutenção das

plântulas nos vasos por um período mais longo.

A menor porcentagem de plântulas, foi obtida com a dose de

1,82 kg/ha. Esse resultado foi muito próximo ao resultado obtido com o

experimento realizado anteriormente com a dose 1,73 kg/ha. A dose de 3,04

kg/ha apresentou uma maior porcentagem de plântulas do que a dose de

1,82 kg/ha. Porém deve-se considerar que a correlação entre a dose e efeito

sobre as plântulas foi mantida em todas as doses.

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75

100 1 1

<U 75 ~ ::::i ... e: <<U D.. 50 ~ o

25

o o 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30

Tempo (dias)

-<>------ 3,04 kg/ha A 1,82 kg/ha ------- 1,03kg/ha --a- 0,52 kg/ha ~ 0,26 kg/ha ------- O kg/ha

Figura 26. Porcentagem de plântulas de rabanete redondo tratadas com

diferentes doses de 2,4-D, em teste de vaso com adição de solução nutritiva.

Comparando a porcentagem de germinação das sementes de rabanete

no controle nesse experimento (58%) com os valores obtidos anteriormente

(68% ),pode-se verificar que viabilidade das sementes nesse experimento foi

menor.

A correlação apresentada nesse experimento entre dose aplicada e

porcentagem de plântulas sadias (ou mortalidade das plantas) pareceu ser

um bom parâmetro para avaliar a movimentação dos herbicidas em colunas

de solo, apesar de algumas variações apresentadas entre um experimento e

outro.

4.3. ENSAIOS DE LIXIVIAÇÃO EM COLUNAS DE SOLO

O ensaio de lixiviação em colunas de solos teve duração de 3 meses

com irrigação diária, a dose equivalente à 4 kg/ha dos herbicida de

formulações comerciais e FLC foi aplicada nas colunas. A cada 30 dias foi

realizado um bioensaio, utilizando os solos retirados das colunas. As FLC

colocadas no topo das colunas foram retiradas e extraídas para se determinar

a quantidade de IA retido na formulação. Os lixiviados das colunas foram

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76

coletados semanalmente e analisados para se determinar a quantidade de

herbicida lixiviado.

4.3.1. LIXIVIAÇÃO DA AMETRINA

4.3.1.1. Contagem de plântulas

O efeito dos tratamentos com ametrina comercial sobre a aveia preta é

mostrado na figura 27.

Na figura 27 A são mostrados os resultados obtidos no bioensaio

realizado com solos das colunas após 30 dias de ensaio de lixiviação. Pode-se

observar que a porcentagem de plântulas de aveia preta em todas as camadas

se manteve constante até o 19º DDS. A partir dessa data houve redução da

porcentagem na camada de O a 10 cm, e após 27 DDS a porcentagem obtida

foi de 0%, indicando a presença da ametrina no topo da coluna.

A porcentagem de aveia preta nos solos das colunas irrigadas durante

60 dias é mostrada na figura 27B. A porcentagem de aveia preta se manteve

constante durante os 19 dias, e após essa data houve redução nas camadas de

O a 10 cm (47%), de 10 a 20 cm ( 28%) e de 20 a 30 cm (49%).

A figura 27C mostra os resultados do bioensaio com solos das colunas

irrigadas durante 92 dias. A porcentagem de aveia preta se manteve

constante durante todo o experimento. Não foi observado o efeito de redução

característico da ametrina (inibição da fotossíntese).

Os resultados apresentados mostram a movimentação do herbicida da

camada superior para inferior, confirmando que há lixiviação. Isso já era

previsto para os herbicidas do grupo das triazinas ao qual pertence a

ametrina (Paul e Me. Laren, 1975).

A figura 28 apresenta as respostas obtidas nos tratamentos com

ametrina LC.

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77

(A)

120 ~ <Jl 100 t • 1 , , 1 a i i i i i o

~ o ~ 80 i 8 i o o

.a )K i !i! !ii! ~ i:: 60 o o lK

<<à ..... 40 o O-. ~ 20 o o

o o o o 7 10 13 16 19 22 25

Tempo (dias)

(B)

120 o o 100 • i • • i i i i i i i i i i i o (/) o o (à 80 li IQ D D D D D D D a D !§ ........ E 60 ; 1 D i:: i i i <<à ........ 40 o... ~ 20

o 7 10 13 16 19 22 25

Tempo (dias)

(C)

125 o o o o o o o o o e <IJ 100 8 8 i::, 8 ~ ~ 8 8 ~ ~ ~ i ,.$ E )K )K )K )K )K )K 75 ,ij 50 ........ e,

* 25 o

7 10 13 16 19 22 25 28 Tempo (dias)

Figura 27. Porcentagem de plântulas de aveia preta germinadas após a

semeadura em vasos com solos das camadas (O) 0-10 cm, (O) 10- 20 cm, (*)20-

30 cm, (o) 30-40 cm tratadas com ametrina comercial. (A) 30 dias, (B) 60 dias

(C) 92 dias.

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78

Na figura 28A são apresentados os resultados da porcentagem de aveia

preta nos solos das colunas irrigadas por 30 dias. A porcentagem de plântulas

se manteve constante até o 24º dia, e a partir dessa data foi observada uma

diminuição nas camadas de O a 10 cm e 30 a 40 cm, atribuída à presença do

herbicida liberado da FLC. Após 27 dias DDS as taxas de germinação era 55 e

58% nessas camadas. O efeito produzido na última camada não era esperado,

visto que o IA proveniente da FLC não poderia tê-la atingido, já que não foi

observado redução do número de plântulas nas camadas de 10 a 20 cm e de

20 a30cm.

Após 60 e 92 dias de irrigação não se observou qualquer efeito dos

tratamentos nas taxas de germinação (figuras 28B e 28 C).

Comparando os resultados obtidos dos bioensaios utilizando os solos das

colunas tratadas com formulações convencionais e FLC de ametrina (fig.27 e

28, respectivamente), foi verificado uma menor lixiviação do IA da FLC na

camada de O a 10cm.

Após 60 dias dias de ensaios de lixiviação, não foi observado efeito nas

plântulas no solos das colunas tratadas com ametrina comercial. Esse fato se

deve a lixiviação ocorrida do herbicida no perfil da coluna, que após 70 dias

começou a ser detectado nas amostras dos lixiviados.

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79

(A)

120 X 100 1 i!!í

<> CJl .:a • 8 i • 8 8 8 8 ~ 8 ~ llC ~ o i • 1 X D llC

"3 80 o D ..... 60 8 8 e ~ (~

is 40 ~ 20

o 7 10 13 16 19 22 25

Tempo (dias)

(B)

120 ~ o o ~ 100 i i i i i i i i ~ ~ ~ li o D

~ ~ o 115 i • D D :i 80 !!, X X ..... e 60 (~ - p., 40 ~ 20

o 7 10 13 16 19 22 25 28

Tempo (dias)

(C)

150 CJl 125 <> <> <> <> <> ó <> <> crl D D a <> <> e ......... 100 li! r. ~ s li} iil li 1111 .a • • l!!I

,ij 75 o o o o o ......... 50 e, ~ 25

o 7 10 13 16 19 22 25 28

Tempo (dias)

Figura 28. Porcentagem de plântulas de aveia preta germinadas após a

semeadura em vasos com solos das camadas (O) 0-10 cm, (D) 10- 20 cm,(*) 20-

30 cm, (o) 30-40 cm tratadas com ametrina LC. (A) 30 dias, (B) 60 dias, (C) 92

dias.

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80

4.3.1.2. Produção de biomassa

Na figura 29 é mostrada a produção de biomassa fresca de aveia preta

pesada após a realização dos bioensaios.

Na figura 29A são mostradas as massas úmidas de aveia preta

produzidas após 28DDS na camada de O a 10 cm. A menor massa foi

produzida nas colunas tratadas com ametrina comercial após 30 dias de

irrigação (0,08 g). Com 60 dias de ensaio de lixiviação observou-se um

aumento da biomassa nessa camada para 0,72 g, o que sugere que o herbicida

se movimentou verticalmente para as camadas inferiores. Após 92 dias de

ensaio de lixiviação, a biomassa produzida nos solos com ametrina comercial

foi equivalente à biomassa de aveia preta produzida no controle.

Nos vasos com solos das colunas com FLC, a menor biomassa (1,26 g)

foi obtida após 30 dias, indicando a presença do herbicida na camada de O a

10 cm. Após 60 dias, observou-se o aumento da biomassa para 1,95 e após 92

dias 1,65 g

Observa-se pelas barras de erros que esses valores não são

significativamente diferentes do controle. Além de mostrar a movimentação

do herbicida para as camadas inferiores, o aumento da massa de aveia mostra

que houve diluição do IA.

Na camada de 10 a 20 cm (figura 29B) a diminuição da massa de aveia,

causada pela formulação comercial de ametrina foi observada após 60 dias.

Nesses vasos a massa média foi de 1,34 g. Comparada à massa obtida na

camada anterior (0,72 g) a redução da concentração de IA nessa camada é

evidente.

Não houve efeito desse tratamento após 30 e 92 dias de irrigação das

colunas. Nessa camada não foram observadas reduções significativas nas

massas de aveia preta nos experimentos com os solos dos tratamentos com

FLC.

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(A) 0-lOcm

3,5 3

bO ._.. 2,5 ai "CS .Ê 2 ,;::s ai 1,5 ri) ri) ai 1 s

0,5 o

30 60 92 tempo (dias)

• ametrina com. 13 ametrinaLC nIJ controle

81

(B) 10-20 cm

3,5 3

bO 2,5 ._.. ai

"CS 2 .Ê ,;::i 1,5 ai ri) 1 ri) ai s 0,5

o 30 60 92

tempo (dias)

• ame trina com. 181 ametrinaLC llD controle

(C) 20- 30 cm (D) 30-40cm

3,5 3,5 3 3

::§ 2,5 .--. ..::9 2 5

ai ai I

"CS 2 "CS 2 "§ ·s ,;::i 1,5 ,;::i 15 ai ai I ri) ri) ri) 1 ri) 1 ai e E 0,5 0,5

o o 30 60 92 30 60 92

tempo (dias) • ametrina com. 181 ametrinaLC llD controle

tempo (dias) • ametrina com. 13 ametrina LC nIJ controle

Figura 29. Biomassa fresca de aveia preta obtida nos bioensaios realizados

com as diferentes camadas dos solos das colunas tratadas com ametrina

comercial, FLC e controle, coletadas durante o ensaio de lixiviação.

Os resultados obtidos na camada de 20 a 30 cm são apresentados na

figura29C

A formulação comercial de ametrina causou a redução das biomassas

de aveia preta após 30 e 60 dias de irrigação. A média de 0,72 g, obtida com

30 dias, corresponde a uma redução de 68% na biomassa e é significativa, já

que os desvios padrões para esse efeito e o controle são de 0,4 e 0,6 g,

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82

respectivamente. Já o resultado obtido aos 60 dias apresenta um desvio

padrão de ± 1,68 g. Observando-se os valores individuais dos três vasos

(tabela do apêndice 3), torna-se evidente que houve algum problema com o

teste de germinação. Após 92 dias, a formulação comercial não reduziu a

biomassa total de aveia preta nessa camada. Os resultados com os

tratamentos com FLC não apresentaram efeitos significativos.

Na última camada (30 a 40 cm) os tratamentos com formulação

comercial e com FLC não produziram efeitos significativos.

4.3.1.3. Determinação da ametrina no solo

Os vasos onde foram observados efeitos de redução da biomassa com

os tratamentos com formulação comercial de ametrina, foram escolhidos para

se construir uma curva de efeito em função da concentração de IA no solo. Da

camada de O a 10 cm foram escolhidos os solos com 30 e 60 dias de lixiviação

e da camada de 20 a 30 cm, os solos com 30 e 92 dias. Os resultados obtidos

na extração em soxhlet usando metanol, estão apresentados na tabela 4,no

apêndice. Os resultados foram plotados na figura 30 em função da massa

úmida e do número de plântulas. Como pode ser observado existe correlação

da concentração de IA presente no solo tanto com a massa como para o

número de plântulas.

A maior dispersão dos pontos de amostragem foi obtida nos solos

onde não foi determinado o IA ou apenas uma concentração de 42 µg/ kg de

solo. Esses vasos não apresentaram relação da taxa de germinação.

Deve-se observar que na camada de 20 a 30 cm, após 30 dias de

lixiviação o efeito de redução da biomassa foi de 68% (item 4.3.1.2) e

entretanto o herbicida não foi detectado nas amostras corrrespondentes.

Page 99: FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA DE LORENA …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/antigas/1999/BID99009OCR.pdfTabela 10. Balanço de massa de diuron 43 Tabela 11. Resultados da determinação

83

2,5 50 ro 2 40 ri) ...... ro (l) ....... > .E ro 1,5 30 (l) -. i::

"O eo <ro .._ 1 20 ....... ro e, ri) (l) ri) 0,5 10 "O ro s o o ºi::

o 500 1000 1500 2000 2500 concentração (ug IA/kg solo)

Figura 30. Curva de resposta da aveia preta obtida nos solos com diferentes

concentrações de ametrina. (O) biomassa produzida, (d) nº de plântulas.

Os resultados obtidos da determinação da ametrina em solo foram

comparados com os resultados dos experimentos em vasos usando

vermiculita (item 4.2.4). A comparação foi feita considerando que o IA

disponível para as plântulas estaria dissolvido na solução do solo ou na

solução aquosa entre os espaços da vermiculita e nos seus poros.

Os resultados apresentados na tabela do apêndice 4 e figura do

apêndice 9, mostram que em ambos os experimentos o efeito produzido

(produção de biomassa) nas plantas testadas pelo herbicida, foi de mesma

magnetude e reflete a mesma tendência de redução de biomassa com o

aumento da concentração de ametrina.

4.3.1.4. Análise dos lixiviados

Todas os lixiviados coletados das colunas tratadas com ametrina

comercial e FLC foram analisados por HPLC. Quantidades traços foram

detectados nas colunas tratadas com ametrina comercial após 70 dias de

irrigação. Nas colunas tratadas com FLC somente após 84 dias foi detectada a

presença de ametrina nos lixiviados. Como nessas análises o limite de

detecção estimado foi de 20 ppb as concentrações não foram determinadas.

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84

4.3.1.5. Extração do IA residual das FLC

Foram realizadas extrações das FLC com ametrina colocadas no topo

das colunas com o objetivo de determinar a quantidade de IA residual na

formulação dentro da matriz. Os resultados obtidos nas extrações são dados

na tabela 18.

Em todas as colunas coletadas foi encontrado ametrina dentro da FLC.

A porcentagem de IA não liberado da matriz de lignina diminuiu à medida

que o tempo de ensaio aumentou, ou seja, a FLC liberou lentamente o

herbicida conforme foi adicionado água no sistema.

Tabela 18. Ametrina residual extraída das FLC do topo das colunas

Tempo de Coluna nº Massa liberável Massa % residual Média ±s irrigação( dias) (mg) extraída(mg)

17 3,4707 3,1129 89,69

30 19 3,6719 3,4038 92,70 88±6

23 3,6719 3,0114 82,01

60 16 3,57131 1,8503 51,81 57±8

13 3,4204 2,1583 63,10

92 15 3,4707 2,7643 79,65 64±23

22 3,4204 1,6222 47,43

Observa-se que após 30 dias de lixiviação a quantidade média de

ametrina retida na formulação correspondia a 88 % da quantidade liberável.

Isso significa que apenas 12 % da ametrina disponível foi liberada.

Continuando-se o experimento de lixiviação a quantidade de ametrina

liberada foi de 43 % após 60 dias e após 92 dias 36 % .

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85

Deve-se observar que os valores dos desvios individuais determinados

nas duas amostras após 92 dias de lixiviação apresentam um desvio médio

relativo de 36%.

Com esses resultados a constante de liberação (k') da formulação seria

de 6 dias-1/2 . Como foi visto anteriormente o valor da constante de

velocidade no sitema dinâmico foi de 22 dias-1/2. É provável que este valor

muito menor para a constante (k') se deva ao fato de a formulação não ter

ficado em um ambiente saturado de água no topo da coluna de solo.

Entretanto o número de resultados experimentais é muito pequeno para se

determinar a cinética de liberação da ametrina na coluna com a precisão

necessária para se fazer essa comparação.

4.3.2. LIXIVIAÇÃO DO DIURON

4.3.2.1. Contagem do número de plântulas

O efeito no tratamento com diuron comercial utilizando aveia preta é

mostrado na figura 31.

Na figura 31A são mostrados os resultados da porcentagem de

plântulas nos solos das colunas irrigadas por 30 dias. A porcentagem de

plântulas se manteve constante nas camadas até o 19º dia, após essa data

houve redução de 70% na camada de O a 10 cm, atribuída a presença do

diuron e uma redução menos acentuada na camada de 10 a 20 cm (31 % ).

Os resultados obtidos com 60 dias de irrigação são mostrados na figura

31B. A redução da germinação da aveia preta foi observada somente na

camada de O a 10 cm (63%), com 19 DDS. Esse fato indica que o herbicida

permaneceu no topo da coluna.

A figura 31C mostra os resultados da porcentagem de aveia com 92

dias de irrigação.

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86

(A)

125 - li (/) 100 ; X ~ 1 • i

~ ~ ~ ~ • (ti o 8 i • • ~ ~ X X - e " D e o o :»:: ;::::l 75 - ij D D o e D D D «s 50 <> D D ........ e p.... ~ 25 e e <> <> e o

7 10 13 16 19 22 25 28 Tempo (dias)

(B)

125 (/) ca 100 ........ ;::::l - 75 e

<Cll 50 ........ e, ~ 25

o 7

i 1 ; ; Q Q Q Q Q Q i o o i D D i li " i • • ~ ~ e

<> e

<> <> <> <> <> <>

10 13 16 19 22 25 28

Tempo (dias)

(C) 125 X X ~ X (/} 8 8 o ca 100 ...... D D D ~

~ 75 <Cll ........ 50 p.... ~ 25

o 7 10 13 16 19

X X X X X lC X X o o o o o o o ljjJ ~ ~ g D D D 8

<> e e e

22 25 28 Tempo (dias)

Figura 31. Porcentagem de plântulas de aveia preta germinadas após

semeadura em vasos com solos das camadas (O) 0-10 cm, (O) 10- 20 cm,(*) 20-

30 cm, (o) 30-40 cm tratadas com diuron comercial. (A) 30 dias, (B) 60 dias, (C)

92 dias.

Page 103: FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA DE LORENA …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/antigas/1999/BID99009OCR.pdfTabela 10. Balanço de massa de diuron 43 Tabela 11. Resultados da determinação

87

Novamente, foi observada redução somente na camada de O a 10 cm após o

21 º dia, porém o efeito foi menos acentuado (42%) do que o observado

anteriormente (figuras 31A e 31B).

Os resultados indicam que o herbicida se manteve no topo da coluna,

esse comportamento já era esperado devido à baixa solubilidade do diuron

em água (42 ppm), baixo potencial de lixiviação e alta afinidade para matéria

orgânica (Paul e Me. Laren, 1975).

A figura 32 mostra a porcentagem de aveia preta nos vasos com os

solos tratados com diuron LC.

Na figura 32A são mostrados os resultados obtidos com 30 dias de

irrigação. A porcentagem de aveia preta se manteve constante em todas as

camadas até o 19 º dia, após essa data houve uma redução de 32% na camada

de O a 10 cm em relação ao controle, causada pelo diuron liberado da FLC.

Após 60 e 92 dias de irrigação (figuras 32B e 32C, respectivamente),

não se observou reduções significativas nas taxas de germinação da aveia

preta nas camadas de solo.

A diminuição do efeito do herbicida pode ser atribuída a diluição do

IA na camada do topo, devido à pequena velocidade de liberação em água.

Com base nos resultados obtidos da avaliação das FLC de diuron,

verificou-se que as FLC não produziram qualquer efeito sobre a germinação

exceto para a camada de O a 10 cm do solo nos primeiros 30dias, ainda assim

muito abaixo do efeito produzido pela formulação convencional.

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88

(A)

125 X r;/)

100 8 • l!!J íl íl ~ 9 ; i i i i i X ....... ! .E e e <> <> e Ili X X X X o 75 CI a 8 o i:: e e ~ (~ e e e 9 " ....... 50 13 a,

* 25 o

7 10 13 16 19 22 25 28 Tempo (dias)

(B) r;/) 125 ~ .......

100 :: ...... i:: 75 (~ ...... p_, 50 * 25

o 7 10 13 16 19 22 25 28

Tempo (dias)

(C)

125 r;/) ~ 100 ....... :: 75 ...... i::

(~ 50 ...... p_, 25 * o

7

X X X X X X X X X ~ ~ ~ e e a e e e

10 13 16 19 22 25 28

Tempo (dias)

Figura 32. Porcentagem de plântulas de aveia preta germinadas após

semeadura em vasos com solos das camadas (O) 0-10 cm, (O) 10- 20 cm,(*) 20-

30 cm, (o) 30-40 cm tratadas com diuron LC. (A) 30 dias, (B) 60 dias, (C) 92

dias.

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89

4.3.2.2. Produção de biomassa

A figura 33 mostra a massa de aveia preta pesada após a realização dos

bioensaios. Os valores individuais das massas frescas de aveia preta, são

mostrados na tabela do apêndice 5.

Na figura 33A são mostrados os resultados obtidos com as massas de aveia

preta na camada de O a 10 cm. Com 30 dias de irrigação obteve-se a menor

biomassa nos solos com diuron comercial (0,25 g). Após 60 dias de irrigação

foi obtido 0,17 g de aveia. Com 92 dias de irrigação, houve uma aumento de

biomassa para 0,51 g.

Nos solos com diuron LC, a menor biomassa observada foi com 30 dias de

irrigação (O,% g), após 60 dias a biomassa se manteve constante (0,99 g). Com

92 dias houve um aumento na biomassa para 1,81 g.

Os resultados obtidos com a pesagem das plântulas de aveia preta, de

camada de 10 a 20 cm, são mostrados na figura 33B. Após 30 dias de irrigação

foi observada redução das massas de aveia preta nas camadas com diuron

comercial (1,41 g) e diuron LC (1,33 g).

Com 60 e 92 dias de irrigação a redução de biomassa não foi observada

nos solos com tratamentos.

Nas camadas de 20 a 30 cm (figura 33C) não foram observados efeitos

significativos dos tratamentos com diuron comercial e LC.

Nas camadas de 30 a 40 cm (figura 330) foi observada a menor biomassa, após 30 dias de irrigação, nas camadas com diuron comercial (1,4 ±

0,5) e diuron LC (1,4 ± 0,6g). Após 60 e 92 dias não foram observados

efeitos significativos nos solos com tratamentos.

Os resultados obtidos de biomassa de aveia preta nos solos das colunas

tratadas com diuron comercial e LC na camada de O a 10 cm, corroboram com

os resultados obtidos com a germinação (figuras 31e 32).

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(A) 0-lOcm

3,5

..-.. 3 eo ';' 2,5 "O "§ 2 ,;:1 ~ 1,5 "' ~ 1 s

0,5

o 30 60

tempo (dias)

92

• diuron com. E:3 diuron LC Ill] controle

(C) 20-30cm

3,5

:§ 25 ~ ' '.'5l 2 El

,;:1 1,5 ~ ~ 1 El 0,5

o

3 bà 3 ..._.. ~2,5 ·s 2 ,:s ~1,5 ~ 1 El

0,5 o

90

(B) 10-20 cm

30 60

tempo (dias)

92

30 60 92

• diuron com. 181 diuron LC llll controle

(D) 30- 40 cm

3,5

30 60

tempo (dias)

92

tempo (dias)

• diuron com. 181 diuron LC m controle • diuron com. E:3 diuron LC llil controle

Figura 33. Biomassa fresca de aveia preta obtida nos bioensaios realizados

com as diferentes camadas dos solos das colunas tratadas com diuron

comercial, FLC e controle, coletadas durante o ensaio de lixiviação.

Os resultados com as massas obtidas das plântulas das demais

camadas de solo avaliadas (10 a 20 cm, 20 a 30cm, e 30 a 40cm) estão dentro

do erro experimental e também são concordantes com os resultados de

germinação.

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91

4.3.2.3. Determinação do diuron no solo.

Para produzir a curva do efeito observado pela avaliação da biomassa

e número de plântulas em função da concentração de diuron, foram feitas

extrações nos solos referentes às camadas de O a 10 cm, com 30 e 60 dias. Da

camada de 20 a 30 cm foram escolhidos os solos com 60 dias e da camada de

30 a 40 cm, foram escolhidos os solos com 30 dias.

Os resultados obtidos na extração em Soxhlet com metanol, são

mostrados na tabela 6 do apêndice.

A existência de correlação entre a concentração de diuron no solo em

função da biomassa ou do número de plântulas foi observada.

Nos solos onde foram encontradas as maiores concentrações de diuron

(1431 e 1466 µg/kg solo) obteve-se 100 % de mortalidade das plântulas. As

maiores biomassas e os maiores números de plântulas foram encontrados nos

solos com as menores concentrações de diuron, evidenciando a correlação do

efeito versus concentração de IA no solo.

ro 2,5 50 (/) ...... ro ~

2 40 - .a Q) -- 1,5 30 ~

"'O eo <ro '-" - ro 1 20 e,

(/) Q) (/) "'O ro 0,5 10 a o

o o ~

o 500 1000 1500 2000 concentração (ug IA/ kg solo)

Figura 34. Curva de resposta da aveia preta obtida nos solos com diferentes

concentrações de diuron. (O) biomassa produzida, (8) nº de plântulas.

Os resultados obtidos da determinação do diuron em solo foram

comparados com os resultados dos experimentos em vasos, com base no IA

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92

disponível em solução nos dois experimentos (tabela do apêndice 8 e figura

do apêndice 10). Os resultados mostram que o efeito fitotóxico do herbicida

nas plantas (produçãode biomassa) apresentou a mesma tendência em ambos

os experimentos, e a correlação entre concentração do herbicida e efeito

fitotóxico também foi verificada. Esses resultados obtidos indicam que

experimentos realizados em substratos diferentes com solo e vermiculita

podem ser comparados, utilizando-se concentrações equivalentes dos IAs no

meio aquoso.

4.3.2.4. Análise dos lixiviados das colunas

Não foi detectado diuron nas amostras dos lixiviados das colunas com

formulação comercial e FLC.

4.3.2.5. Extração do IA residual nas FLC

Os resultados das extrações realizadas com metanol em soxhlet das

FLC de diuron, coletadas do topo das colunas são apresentados na tabela 19.

Tabela 19. Diuron residual extraído das FLC do topo das colunas

Tempo de Coluna nº Massa Massa % residual Média±s irrigação liberável extraída

(dias) (mg) (mg)

70 3,0100 2,5795 85,70

30 66 3,0100 2,6613 88,41 82±8

63 3,1390 2,2887 72,81

69 3,0100 2,2819 75,81

60 65 3,0100 2,2161 73,63 77±5

71 3,0530 2,5231 82,64

62 2,9670 2,3884 80,50

92 72 3,0100 2,1049 69,93 76±5

68 3,3626 2,3626 76,31

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93

Observando a tabela 19, pode-se verificar que após 30 dias de ensaio

de lixiviação, aproximadamente 18% do diuron foi liberado das FLC.

Após 60 dias de irrigação 23% do diuron foi liberado das FLC, e com

92 dias a quantidade de diuron liberado não se alterou (24 % ).

A lenta taxa de liberação do diuron da FLC já era esperada devido a

baixa solubilidade apresentada em água. Novamente observa-se que a

liberação do IA foi menor que a liberação observada em água no sistema

dinâmico.

4.3.3. LIXIVIAÇÃO DO 2,4-D

4.3.3.1. Contagem do número de plântulas

Os resultados da contagem de plântulas de rabanete, obtidos nos solos

das colunas com 2,4D técnico e LC após 30, 60 e 92 dias de irrigação são

mostrados nas figuras 35 e 36, respectivamente.

A figura 35 mostra os resultados obtidos da porcentagem de rabanete

com 2,4-D técnico. A figura 35A mostra a porcentagem de rabanete nos solos

das colunas irrigadas durante 30 dias. A porcentagem se manteve constante

em todas as camadas até o 25º dia. Após essa data, houve redução de 28% na

taxa de germinação nas camadas de O a 10 cm e 10 a 20 cm.

Os resultados da porcentagem de rabanete nos solos após 60 dias de

irrigação são mostrados na figura 35B. A porcentagem de rabanete se

manteve constante até o 27º dia, após essa data houve um aumento de 74% na

camada de 30 a 40 cm. O efeito antagônico observado pode ser devido à

presença desse herbicida em baixas concentrações.

Allan et al (1978) observaram que coníferas plantadas em áreas onde foram

aplicadas baixas doses de 2,4-D (FLC), cresceram significativamente mais

rápido do que as plantas não tratadas. Este estímulo de crescimento sugere

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94

que a FLC apresentou um efeito semelhante ao obtido com a aplicação de

auxina (hormônio de crescimento para as plantas).

(A)

[/) 180 til 150 - B 120 e; 8 ~ ~-ii <til 90 • • • ~ - P-. 60 *

QQ 30

o 7 10 13 16 19 22 25 28 31

Tempo (dias)

(B)

180 00 [/) 150 til - 120 B i;~~ <~ 90 e 1 1 1 ~ ~ - 60 P-.

* 30 o

7 10 13 16 19 22 25 28 31 Tempo (dias)

(C) 180

[/) 150 til - 120 o o o o o B ºº <~

90 ã 9 9 • li ··~~~; - 60 P-. 30 D

* o 7 10 13 16 19 22 25 28 31

Tempo (dias)

Figura 35. Porcentagem de plântulas de rabanete germinadas após semeadura

em vasos com solos das camadas (O) 0-10 cm, (O) 10- 20 cm,(*) 20-30 cm, (o)

30-40 cm tratadas com 2,4-D técnico. (A) 30 dias, (B) 60 dias, (C) 92 dias.

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95

A redução da porcentagem de plântulas rabanete foi observada nas

camadas de O a 10 cm (38%) e 10 a 20 cm (12% ).

Os resultados indicam que houve uma dispersão do 2,4-D no perfil da

coluna. A alta mobilidade observada pelo 2,4-D se deve ao fato de ele que é

um herbicida altamente solúvel em água e, em solo com pH ácido (pH= 5,5),

ele se encontrava na forma aniônica, apresentando uma repulsão pelo solo,

consequentemente, apresentando uma maior afinidade para a fase móvel

(água).

Na figura 35C são mostrados os resultados obtidos com 92 dias de

irrigação. A porcentagem de rabanete se manteve constante em todas as

camadas até o 28º dia, após essa data houve redução de 32% na camada de 10

a 20 cm e 46% na camada de 30 a 40 cm.

Os resultados com solos das colunas tratadas com 2,4-D LC são

mostrados na figura 36

A figura 36A mostra os resultados obtidos com 30 dias de irrigação. A

porcentagem de rabanete se manteve constante durante os 25 dias de

experimento, após essa data houve redução de 50% nas camadas de O a 10 cm

e de 10 a 20 cm. Isso indica que o 2,4-D liberado das FLC se distribuiu nas

camadas superiores.

Na figura 36B são mostrados os resultados da porcentagem de

rabanete com 60 dias de irrigação. A porcentagem se manteve constante em

todas as camadas até o 25º dia, após essa data houve redução do número de

plântulas nas camadas de O a 10 cm (24%), de 10 a 20 cm (27%) e 20 a 30 cm

(41%). Na camada de 30 a 40 cm houve um aumento de45%.

Os resultados apresentados mostram uma distribuiçao do herbicida no

perfil da coluna, indicando também que pequenas concentrações de 2,4-D

alcançarama última camada.

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96

(A) 180 1 o o

f/} 150 ro 120 o ,......, o ;j 90 1 • • • ~ ~ llC )IC +;

~; D D :::::; ,ro 60 ,......,

P-, 30 e o * o

7 10 13 16 19 22 25 28 31 Tempo (dias)

(B)

f/} 180 ro ,......, 150 ;j o o +; :::::; 120 ,ro 8 l!I 8 ! I! a ~ º º

,......, 90 P-,

* 60 • • 30 o

7 10 13 16 19 22 25 28 31 Tempo (dias)

(C)

180 f/} 150 ro ....... 120 o ;j

+; 90 ' lil • ' I B i i ! ij :::::; ,ro 60 ....... P-, 30 * o

7 10 13 16 19 22 25 28 31 Tempo (dias)

Figura 36. Porcentagem de plântulas de rabanete semeadas em vasos com as

camadas (O) 0-10 cm, (D) 10- 20 cm, (*) 20-30 cm, (o) 30-40 cm tratadas com

2,4-D LC. (A) 30 dias, (B) 60 dias, (C) 92 dias.

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97

Após 92 dias de irrigação (figura 36C) não se observou efeito do

tratamento sobre as plântulas de rabanete.

4.3.3.2. Análise dos lixiviados

Os lixiviados coletados semanalmente durante 92 dias foram

analisados por HPLC, e nas amostras onde se detectou o herbicida foi

determinada a concentração. Os resultados obtidos dessa análise são

apresentados na tabela 20.

Tabela 20. 2,4-D detectado nos lixiviados das colunas

Coluna nº Formulação Tempo Volume da fração Volume total Massa Cone.

(dias) (mL) lixivado (mL) (mg) (mg/mL)

2 Técnico 7 269 269 0,0810 0,0003

45 LC 7 51 51 0,0018 0,0000

35 Técnico 14 101,6 101,6 0,0136 0,0001

1 Técnico 21 14 93,3 0,0037 0,0003

31 Técnico 21 123 388 0,0060 0,0000

3 Técnico 42 2 568 0,004 0,0020

43 LC 42 102 611 0,0554 0,0005

38 LC 42 119 457 0,0767 0,0001

37 LC 49 31 399,2 0,0011 0,0006

2 Técnico 56 149 1131,2 0,0096 0,0000

3 Técnico 56 83 653 0,0073 0,0000

29 Técnico 56 97 698,4 0,0106 0,0010

38 LC 56 51 595 0,0017 0,0000

48 LC 56 151 1130 0,0184 0,0001

43 LC 56 91 831 0,0059 0,0001

43 LC 70 95 1089 0,0219 0,0002

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98

Pode-se observar na tabela que o 2,4-D foi detectado na primeira coleta

dos lixiviados (7 dias), nas 2 formulações estudadas. O 2,4-D técnico foi

detectado nas primeiras coletas e após 56 dias de irrigação não foi mais

detectado nas amostras coletadas. Nas FLC o 2,4D foi detectado com 42, 56 e

70 dias de irrigação.

Verifica-se ainda que a quantidade de 2,4-D lixiviada possui uma

relação com o volume total de lixiviado nas colunas. As maiores massas

determinadas do herbicida foram encontradas nos maiores volumes totais

dos lixiviados.

4.3.3.3. Extração do IA residual das FLC do topo das colunas

Os resultados obtidos das extrações de 2,4-D das FLC do topo das

colunas são mostrados na tabela 21.

Tabela 21. 2,4D residual extraído das FLC

Tempo de Coluna nº Massa liberável Massa extraída % residual Média ±s irrigação (mg)

(dias} (mg)

30 42 3,4498 1,9282 55,89 50±9

44 3,4498 1,5115 43,81

60 41 3,3764 0,5003 14,82 18±5

38 3,5966 0,7602 21,14

92 48 3,3397 0,5278 15,80 12±5

43 3,3397 0,2940 8,80

Observando-se a tabela pode-se verficar que em todos os pontos de

coletas das colunas foi encontrado 2,4-D retido na FLC A maior quantidade

de IA não liberado foi obtida com 30 dias de irrigação (50% ± 9). Após 60 dias

de ensaio de lixviação foi encontrado 18% ± 5. Com 92 dias de irrigação a

quantidade de IA retida na FLC foi de 12% ± 5.

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99

A porcentagem de IA não liberado das FLC diminuiu com o aumento

do tempo de irrigação nas colunas. Essa diminuição é atribuída a alta

solubilidade desse herbicida em água.

A liberação do IA nas FLC colocadas nas colunas foi muito menor do que a

liberação caracterizada anteriormente, em sistema dinâmico. Os resultados

obtidos no sistema dinâmico mostram que em 11 dias de experimento houve

liberação de 41 % de IA das FLC, já a liberação obtida com 30 dias de ensaios

de lixiviação onde foi somente 50% de IA.

Os resultados obtidos da avaliação das FLC de 2,4-D mostraram que a

FLC evitou a lixiviação e produziu efeitos melhores que a formulação

convencional, além de aumentar a persistência do 2,4-D no solo. O efeito

tóxico observado nas plântulas foi maior na FLC do que na formulação

convencional, esse resultado obtido foi o inverso do observado com a

ametrina e o diuron.

Considerando que uma das principais propostas para a utilização das

FLC é aumentar a persistência do herbicida que apresenta uma meia vida

pequena, verifica-se que a FLC de 2,4-D avaliada nesse experimento

apresentou bons resultados.

., -. --

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100

5.CONCLUSÕES 1. A avaliação do efeito da inibição da fotossíntese, característico

dos herbicidas ametrina e diuron, nas sementes foi prejudicada nos

bioensaios preliminares, devido ao curto período de avaliação. Com a adição

da solução nutritiva o experimento pôde ser prolongado por um período

maior, possibilitando uma melhor avaliação do efeito dos herbicidas nas

plantas.

2. Os bioensaios realizados em vasos com vermiculita forneceram

bons resultados. Esses resultados podem ser comparados com os resultados

utilizando solos.

3. Os resultados obtidos com a vermiculita e com os solos são

comparáveis para as dosagens menores de 2 kg/ha desde que se transforme

os valores em concentração no volume de água disponível para as plantas

(volume de campo).

4. As sementes utilizadas nos bioensaios, foram poucos sensíveis

aos herbicidas estudados.

5. Nos ensaios de lixiviação foi observada a lixiviação do 2,4-D e da

ametrina. O diuron permaneceu retido na camada do topo (O a 10cm) e após

92 dias foi observado efeito na segunda camada (10 a 20 cm)

6. A FLC de 2,4-D minimizou a lixiviação; produziu efeitos fitóxicos

melhores nas plântulas do que os obtidos com formulação convencional e

aumentou a persistência do 2,4-D no solo.

7. As FLC não se comportaram como no sistema dinâmico de

liberação, devido à boa permeabilidade das colunas, que evitou a saturação

do solo com água

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101

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APÊNDICES

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APÊNDICE 7

Biomassa produzida de aveia preta em relação da concentração de ametrina disponível nos teste em vasos com vermiculia e em solo.

Ensaio em vermiculita Ensaio em solo

Dose IA disponível Biomassa IA disponível Biomassa (kg/ha) (mg/L)* fresca (g) (mg/L)** Fresca(g)

o o 1,9581 o 0,6646

o o 2,3060 o 0,9637

o o 2,2133 o 1,9064

0,5 3,0058 1,0640 o 2,0264

0,5 3,0058 0,8172 0,0420 0,7794

0,5 3,0058 0,3743 0,1160 1,6536

1 6,0116 0,6485 0,4380 0,7027

1 6,0116 0,8182 1,1640 1,1029

1 6,0116 0,7952 1,8110 o 2 12,0231 0,5145 1,9370 0,2533

2 12,0231 0,3885 1,9680 o 2 12,0231 0,2336 2,3800 0,3599

4 24,0462 1,2619

4 24,0462 2,2356

4 24,0462 0,6210

6 36,0694 0,3420

6 36,0694 0,3285

6 36,0694 0,6129

*IA vermiculita (mg/L) = cone. do IA (mgLg solo} x d água (g/mL) Cp. de campo (g água/ 100 g solo)

** IA solo (mg/L) = massa IA (mg} x d água (g/ mL) Cp. de campo (g água / g vermiculita x massa vermiculita (g)

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APÊNDICE 8

Biomassa produzida de aveia preta em relação da concentração de diuron disponível nos teste em vasos com vermiculia e em solo.

Ensaio em vermiculita Ensaio em solo

Dose IA disponível Biomassa IA disponível Biomassa (kg/há) (mg/L) * Freca (g) (mg/L) ** freca(g)

o o 1,9581

o o 2,3060

o o 2,2133

0,5 3,0058 0,6875 0,1298 2,4691

0,5 3,0058 0,5599 0,1589 1,8923

0,5 3,0058 0,3735 0,1786 2,1116

1 6,0116 0,5919 0,3893 1,6440

1 6,0116 0,6412 1,5418 1,5700

1 6,0116 0,6363 2,1700 0,7547

2 12,0231 0,3150 3,1244 0,4993

2 12,0231 0,3157 3,2585 0,4058

2 12,0231 0,5471 3,4439 0,3575

4 24,0462 0,4105 4,2088 o 4 24,0462 0,5927 4,3118 o 4 24,0462 0,2585

6 36,0694 0,4258

6 36,0694 0,3443

6 36,0694 0,4631

*IA vermiculita (mg/L) = cone. do IA (mgLg solo) x d água (g/ mL) Cp. de campo (g água / 100 g solo)

** IA solo (mg/L) = massa IA (mg) x d água (g/ mL) Cp. de campo (g água / g vermiculita x massa vermiculita (g)

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APÊNDICE 10

Produção de biomassa de aveia preta em função da concentração disponível de

diuron nos testes de vasos em (O) vermiculita e(•) em solo.

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