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Jornal de um novo tempo Brasília, Distrito Federal, 14 de março de 2012 - Ano 20 nº 789 - www.dfnoticias.com.br - [email protected] - Exemplar R$ 1,00 SEM ACORDO, PROFESSORES DO DF CONTINUAM EM GREVE Foto: Divulgação Apesar do governo e professores se encontrarem ontem à noite, não houve acordo para acabar com a greve que começou segunda-feira(12). O governo afirma que não pode dar aumento sala- rial para nenhuma categoria este ano por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas os profes- sores insistem que o Fundo Constitucional não en- tra nesse cálculo. Na reunião, o comando de gre- ve recebeu uma carta do governo pedindo para que a categoria espere até abril para fechar uma proposta que contemple o plano de carreira, mas segundo a secretaria de imprensa do Sinpro, o GDF teve tempo desde abril do ano passado, até agora, para fechar uma proposta que atenda à classe. O governo também afirma que não corta- rá o ponto dos professores em greve nesse pri- meiro momento. Hoje a partir de 9h a categoria faz manifestação em frente à residência oficial do governador. A próxima assembleia está marcada para terça-feira (20). PERISC PIO Sem cigarro com sabor A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baniu os cigarros aromatizados e com sabor no país. Em reunião ontem, os quatro diretores da agência reguladora decidiram proibir a adição de substâncias que dão sabor e aroma aos cigarros e a outros produtos derivados do tabaco, como os mentolados e os de sabor cravo, chocolate e morango. PDOT Hoje, às 9h, no auditório da Câmara Legislativa será realizada a primeira audiência para discutir o PDOT . Somente serão considerados os pontos que foram apontados como inconstitucionais pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Reguladora firma novas normas no DF Dilma defende igualdade para as mulheres Foto: Divulgação Foto: A. Sabino Foto: SinproDF/Divulgação Fotos: Divulgação Fotos: A. Sabino Página 8 Página 3 Página 7 Página 6 Embaixadora aos 18 anos Clichê com Mauro Filho Mundo Melhor Cultura Jovem de Ceilândia será “Embaixadora da Juventude” em reunião global sobre drogas das Nações Unidas, em Viena, Áustria. O evento tem a finalidade de permitir a participação da juventude para debater sobre as políticas no combate as drogas no mundo. Nos dias 16, 17 e 18 de março, na Sala Villa Lobos do Teatro Nacional. O ator promete interagir com o público e fazer brincadeiras com o uso de frases feitas. Durante discurso no plenário do Senado, na sessão solene do Congresso Nacional, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a presidenta Dilma Rousseff disse que além de outras medidas, ela quer reduzir e eliminar todo tipo de violência contra a mulher. Desde o dia 9 de março a Adasa revisou novas medidas que esta- belecem regras para a população e para a concessionária respon- sável pelo serviço, a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). Um das mudanças é a aplicação de um contrato de pres- tação de serviço entre o cidadão e a concessionária. A expectativa é que as normas sejam aceitas e que fique bem claro o papel de cada um, ressalta Adasa. Página 5 Página 3 Página 4 A secretária da Mulher do Distrito Federal, Olgamir Amancia, fala das políticas públicas para as mulheres que envolvem saúde, qualificação profissional, educação e a superação de várias práticas e conceitos de ser mulher. Roubo com restrição de liberdade é a nova modalidade de crime no DF. Essa prática deixa assustada a população no geral, pois nos dois primeiros meses do ano foram registrados um equivalente a dois sequestros por dia. Atualmente em quase todas as regiões já tiveram vítimas e algumas levaram a outros agravantes como a morte. A Secretaria de Segurança Pública está realizando diversas operações para combater os índices e coibir outros crimes. Mulheres com poder População preocupada com os “sequestros relâmpagos” no DF Entrevista Atualidade

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Jornal de um novo tempo

Brasília, Distrito Federal, 14 de março de 2012 - Ano 20 nº 789 - www.dfnoticias.com.br - [email protected] - Exemplar R$ 1,00

SEM ACORDO, PROFESSORES DO DF CONTINUAM EM GREVE

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Apesar do governo e professores se encontrarem ontem à noite, não houve acordo para acabar com a greve que começou segunda-feira(12). O governo afirma que não pode dar aumento sala-rial para nenhuma categoria este ano por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas os profes-sores insistem que o Fundo Constitucional não en-tra nesse cálculo. Na reunião, o comando de gre-ve recebeu uma carta do governo pedindo para que a categoria espere até abril para fechar uma

proposta que contemple o plano de carreira, mas segundo a secretaria de imprensa do Sinpro, o GDF teve tempo desde abril do ano passado, até agora, para fechar uma proposta que atenda à classe. O governo também afirma que não corta-rá o ponto dos professores em greve nesse pri-meiro momento. Hoje a partir de 9h a categoria faz manifestação em frente à residência oficial do governador. A próxima assembleia está marcada para terça-feira (20).

PERISC PIO

Sem cigarro com saborA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baniu os cigarros aromatizados e com sabor no país. Em reunião ontem, os quatro diretores da agência reguladora decidiram proibir a adição de substâncias que dão sabor e aroma aos cigarros e a outros produtos derivados do tabaco, como os mentolados e os de sabor cravo, chocolate e morango.

PDOTHoje, às 9h, no auditório da Câmara Legislativa será realizada a primeira audiência para discutir o PDOT . Somente serão considerados os pontos que foram apontados como inconstitucionais pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

Reguladora fi rma novas normas no DF Dilma defende igualdade

para as mulheres

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Embaixadora aos 18 anos

Clichê com Mauro Filho

Mundo Melhor

Cultura

Jovem de Ceilândia será “Embaixadora da Juventude” em reunião global sobre drogas das Nações Unidas, em Viena, Áustria. O evento tem a finalidade de permitir a participação da juventude

para debater sobre as políticas no combate as drogas no mundo.

Nos dias 16, 17 e 18 de março, na Sala Villa Lobos do Teatro Nacional. O ator promete interagir com o público e

fazer brincadeiras com o uso de frases feitas.

Durante discurso no plenário do Senado, na sessão solene do Congresso Nacional, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a presidenta Dilma Rousseff disse que além de outras medidas, ela

quer reduzir e eliminar todo tipo de violência contra a mulher.

Desde o dia 9 de março a Adasa revisou novas medidas que esta-belecem regras para a população e para a concessionária respon-sável pelo serviço, a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). Um das mudanças é a

aplicação de um contrato de pres-tação de serviço entre o cidadão e a concessionária. A expectativa

é que as normas sejam aceitas e que fique bem claro o papel de

cada um, ressalta Adasa.

Página 5

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A secretária da Mulher do Distrito Federal, Olgamir

Amancia, fala das políticas públicas para as mulheres que envolvem saúde, qualificação

profissional, educação e a superação de várias práticas e

conceitos de ser mulher.

Roubo com restrição de liberdade é a nova modalidade de crime no DF. Essa prática deixa assustada a população

no geral, pois nos dois primeiros meses do ano foram

registrados um equivalente a dois sequestros por dia.

Atualmente em quase todas as regiões já tiveram vítimas e algumas levaram a outros agravantes como a morte. A Secretaria de Segurança

Pública está realizando diversas operações para combater os índices e coibir outros crimes.

Mulheres com poder

População preocupada

com os “sequestros relâmpagos”

no DF

Entrevista

Atualidade

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DF NOTÍCIASExpedienteDiretoria

Suéllen Vieira Barreto - Presidente

[email protected]@uol.com.br

www.dfnoticias.com.br

RedaçãoFrancisca Rocha - Editora

[email protected]

Vivianne Frota - Repó[email protected]

Cledson Soares - Design gráfi co

O DF NOTÍCIAS é de propriedadeda DF Notícias Editora Ltda

SIG - Quadra 3 Bloco B Entrada 75 2º Andar CEP 70610-400 - Brasília-DF

e-mail: [email protected]

Telefones: 3964-0777 e 3039-2631

Os artigos e matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade

dos seus autores.Impressão

F. Câmara Gráfi ca e EditoraTiragem

5 mil / 10 mil exemplares

PERISC PIOFrase“O Brasil só será um país verdadeiramente democráti co quando as decisões forem tomadas pela mesma proporção de homens e mulheres. Ganha-se com o equilíbrio do olhar feminino e masculino” Marco Maia (PT-RS) em entrega do Prêmio Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz.

Brasília, 14 de março de 20122 DF NOTÍCIAS

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Briga de alunosOs estabelecimentos de ensino serão obrigados a notifi car as autoridades competentes nos casos de violência contra seus alunos. É o que estabelece o Projeto de Lei nº 160/2011, de autoria do deputado Washington Mesquita (PSD), que foi aprovado ontem (13), durante a primeira reunião ordinária da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

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E o Olair Francisco...Quer saber o que os alunos estão estudando. Aprovou na Comissão de Educação uma lei que dispõe sobre a divulgação, por meio da Internet, do conteúdo

desenvolvido nas salas de aula da rede pública de ensino do Distrito Federal. Os conteúdos devem ser de cada professor?

Lei inconstitucional?A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou ontem a criação de auxílio-transporte, a ser pago em pecúnia ou vale-transporte, a policiais civis e militares e bombeiros do Distrito Federal. No entanto, a matéria afeta à União e é de iniciativa do Poder Executivo, segundo o deputado Chico Leite (PT), presidente da CCJ. Essa não deu para entender.

Falta de EducaçãoEsse estado de insegurança é devido à falta de educação das pessoas e nenhuma polícia vai resolver, pois prende-se os autores desses crimes, mas outros criminosos surgirão. A falta de educação é tanta que muitos não respeitam o que é dos outros, não resolvem seus confl itos dialogando e sim matando. Essa é a consequência da falta de investimento e políticas voltadas para a educação.

Corredor exclusivoEmpresário bem-sucedido e presidente da Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Produtos Automotivos, o deputado distrital Siqueira Campos (PSC) apresentou uma polêmica proposta na Câmara Legislativa. A exclusividade para ônibus, táxis, caminhões trafegarem livremente nos corredores só vai ter sentindo nos horários de pico, compreendidos entre 06 e 10 horas e 16 e 21 horas.

E a TV?Segundo a Comunicação Social da Câmara Legislativa a TV distrital vai sair. Estão sendo licitadas as câmeras. E para ajudar preencher a grade de programação da TV haverá um acordo de cooperação para se usar programas da TV Justiça, TV Câmara e TV Senado.

CobrançaO governador Agnelo está de olho nas obras em curso e foi pessoalmente aos canteiros. Cobrou pontualidade nas obras do VLP. Conferiu o cronograma para que o Expresso DF seja concluído. Quer as coisas funcionando no tempo certo.

Professores protegidos?Os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal poderão ter um novo aliado no combate e prevenção à violência sofrida no ambiente escolar. O Projeto de Lei nº 426/2007 foi aprovado ontem pela CCJ e institui a Política de Prevenção à Violência contra professores, prevendo o estabelecimento de medidas preventivas e cautelares em situações de risco.

Até sábadoRepresentantes da Unesco colhem desde ontem, dados sobre a conservação do projeto urbanístico da cidade que em 1987 foi elevado a Patrimônio Mundial. A visita termina sábado e torcemos para que sirva de alerta para o desvirtuamento que a cidade sofreu.

Dia do ConsumidorComo parte das ações desenvolvidas pelo Dia do Consumidor que será comemorado quinta-feira (15), a Agência Nacional Suplementar de Saúde (ANS) lançou o Guia Prático sobre Planos de Saúde. E vai ser distribuído nos eventos do dia, mas pode ser acessado pelo site www.ans.gov.br.

Essa Câmara!Aquele dinheiro que a Câmara Legislativa economizou ao deixar de pagar o 14º e 15º salários, dizem as más línguas que vai ajudar a pagar carrinhos para a Casa. Alguns até apontam as marcas. Mas o presidente Patrício afirma que os carros não serão para deputados e que as assessorias estão estudando se compra ou não.

Artigo

A Lei Complementar N. 135 de 4 de junho de 2010, mais conhecida como Lei da Ficha Limpa, que recentemente teve sua constitucionalidade analisada e avalizada pelo Supremo Tribunal Federal, é uma das principais reformas do sistema político brasileiro. A lei torna inelegíveis cidadãos que tenham alguma condenação em instância colegiada, que tenham renunciado a mandatos eletivos para escapar de cassação e aqueles que foram excluídos do exercício da profissão por algum crime ético-profissional. Ela é um passo muito importante para a melhora da qualidade da democracia no Brasil e um avanço relevante no combate a males que assolam a nação, como crimes contra a administração pública e eleitorais. Além disso, a lei atenua a sensação de impunidade que reina no Brasil e que é senso comum no que tange a políticos que tenham cometido crimes e infrações.

Mas por que essa lei é tão importante? Há duas ordens de explicação. A primeira por seu significado simbólico, pelo que ela representa. A segunda por conta de suas implicações concretas para eleições futuras e para o comportamento de partidos políticos, tribunais e políticos.

O valor simbólico, o que ela significa, já torna a Lei da Ficha Limpa um avanço significativo em nosso quadro institucional. Primeiramente, isso ocorre devido à forma como a lei foi formulada, através de proposição legislativa de iniciativa popular: uma das raras vezes em que uma lei foi elaborada e aprovada dessa forma no Brasil. O processo envolveu a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral que arregimentaram o apoio de mais de 1,3 milhão de assinaturas, requerimento para a apresentação de proposições legislativas desse tipo. Toda essa mobilização tinha uma mensagem clara, expressa pela lei: basta de impunidade e de incentivos para comportamentos oportunistas da classe política brasileira. O espírito da lei é claro: tolerância zero a políticos corruptos. Em segundo lugar, a lei deixa claro que os ocupantes de cargos eletivos devem estar acima de qualquer suspeita. A lei pune todos que tenham tido uma reles condenação, mesmo que o processo ainda esteja tramitando em instância de apelação. Basta o levantamento de evidências suficientemente convincentes a algum órgão colegiado que considere um cidadão culpado, para também

torná-lo inelegível. A severidade da lei, que foi motivo de dúvidas sobre sua constitucionalidade, realça apenas a indignação da população.

O segundo motivo claro para a relevância da Lei da Ficha Limpa diz respeito as suas consequências para o sistema político brasileiro. Cabe destacar que a lei preenche um vazio moralizante que não é ocupado por outras instituições políticas, como os partidos políticos. Em outros países do mundo, onde não há restrições ou impedimentos legais para que cidadãos que enfrentam processos legais ocupem cargos públicos eletivos, como na Inglaterra, os partidos políticos exercem a função de filtro de impurezas do sistema político, com previsões dessa natureza estipuladas em seus estatutos. À luz do menor escândalo, da menor suspeita de comportamento inadequado, carreiras políticas são devastadas pelos próprios partidos políticos dos envolvidos. Um partido político sério não quer ter seu nome associado a corruptos e incompetentes. Assim, o próprio partido se encarrega da tarefa de punir seus membros que apresentam comportamento oportunista e desviante. Todos nós sabemos que os partidos políticos brasileiros não cumprem essa função. Muito pelo contrário: os partidos políticos no Brasil dão guarida a seus quadros corruptos. Políticos envolvidos em escândalos são ovacionados em convenções partidárias, são eleitos através de manobras eleitorais, sendo carregados ao cargo público escondidos pelas votações de colegas “puxadores de voto”. Assim, vota-se em palhaços e elegem-se mensaleiros. Isso ocorre em todos os nossos partidos. Na ausência do filtro partidário, a lei da ficha limpa passa a ser fundamental para impor custos às candidaturas a cargos eletivos de cidadãos criminosos.

As implicações práticas da ficha limpa na disputa eleitoral já foram sentidas em 2010, apesar de toda a confusão e impasse que marcou esse questão na eleição passada. Se não fosse pela Ficha Limpa, Joaquim Roriz provavelmente teria sido eleito governador do Distrito Federal. Toda a confusão, no entanto, deu margem para que políticos que se enquadram nas restrições da lei fossem eleitos e ocupassem o cargo. Jader Barbalho é o principal exemplo. A dúvida sobre a constitucionalidade da lei, devido aos atrasos e indecisões da Suprema Corte em se posicionar sobre ela, estimulou que

candidatos recorressem ao judiciário para se livrarem da punição. A lei, por sinal, permite isso.

Em 2012, claramente haverá recursos, mas a probabilidade de sucesso destes será menor após a decisão recente, embora tardia, do Supremo Tribunal Federal. O que será fundamental para o sucesso da lei em 2012 é a agilidade das cortes em julgar recursos e fazer valer a lei. Em outros países do mundo, como a Colômbia, onde há disposições constitucionais semelhantes a nossa Lei da Ficha Limpa, as cortes levam muito tempo para julgar os recursos interpostos e o político, quando eleito, acaba assumindo e exercendo o mandato quase que na sua totalidade. Assim, o papel das cortes nas próximas eleições será fundamental para assegurar o efeito da lei. Na medida em que as cortes punam os afetados por ela, menor serão os estímulos para que outros recorram no futuro.

Se assim for, podemos esperar mudanças nos comportamentos de políticos e de partidos políticos. Em vista de uma lei que valha e que restrinja a elegibilidade de certos cidadãos, a probabilidade destes tentarem se eleger, por meio de expedientes de procrastinação da punição, será cada vez menor. Resta ver se os partidos políticos ainda nomearão candidatos barrados pela ficha limpa. Uma possibilidade é arriscar e nomear candidatos com eleitorados consolidados, a fim de aumentar a votação total do partido, facilitando atingir o quociente eleitoral e, com isso, assegurar maior número de cadeiras obtidas. Cabe avaliar o que ocorrerá com os votos dos candidatos que sejam julgados inelegíveis: a solução é torná-los em inválidos. Ou seja, partidos que nomeiem candidatos ficha suja, promoverão o estelionato eleitoral, casos esses votos sejam considerados inválidos. Assim, as eleições de 2012 nos guarda ainda capítulos decisivos para dirimirmos dúvidas sobre as consequências práticas da Lei da Ficha Limpa. Esses próximos passos serão tão fundamentais quanto os iniciais. Cabe, então, a vigilância continuada da população brasileira para assegurar que lei não se torne letra morta.____________________Lucio Remuzat Rennó Junior - professor adjunto do Centro de Pesquisa e Pós Graduação sobre as Américas (CEPPAC), da Universidade de Brasília.

A importância de uma Lei

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DF NOTÍCIAS Brasília, 14 de março de 2012 3

Dilma destaca igualdade de oportunidades para as mulheres

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Governo Federal

EDUCAÇÃO - Governo e professores negociam pontos de uma pauta de reivindicação que se arrasta desde o ano passado, enquanto isso, uma parcela de alunos da rede pública está sem aula

Sem negociação, “estamos de greve”Os professores da rede

pública de ensino en-traram em greve por

tempo indeterminado na segunda-feira (12). Entre as principais reivindicações da categoria, está a exigência de equiparação salarial com ou-tras carreiras de nível superior do governo distrital. Os pro-fessores ganham menos que outras categorias com curso superior do Distrito Federal. O item, segundo o Sindicato dos Professores no Distrito Fede-ral (Sinpro-DF), consta de um acordo negociado em abril de 2011 cujo teor o governo não teria cumprido.

Segundo a diretora de im-prensa do sindicado, Rosilene Correa a adesão à greve é de 70% da categoria. “Como em todo início de movimento va-mos intensifi car as ações para convencer os colegas da im-portância da adesão”, lembra.

Mas de acordo com o Governo do Distrito Fede-ral muitas escolas aderiram parcialmente ao movimento paradista e outras estão fun-cionando normalmente.

O movimento não está agradando alguns pais. Maria da Penha de Araújo tem fi lho em escola de ensino funda-mental, na 2ª série, e se pre-ocupa com a sequência dos conteúdos” A minha preocu-pação é passar muito tempo sem aula e o meu fi lho fi car perdido. Ele está numa série muito importante para a alfa-beti zação. Vejo muita gente chegar a quinta série sem ser bem alfabeti zado e isso se refl ete em todas as séries”, lamenta Penha.

Jorge Caixeta de Abreu, comerciante, fi ca preocupa-do porque as crianças terão alguma aulas e outras não. “Eu e minha mulher trabalha-mos o dia todo e queremos ter certeza que nossos fi lhos permaneçam na escola até irmos buscá-los. Apelo para que ambos os lados entrem num acordo”, pede Jorge.

Para o economista Dênis do Prado, que tem uma fi lha cursando o 2º grau, o gover-no e os professores medem força e quem paga são os alu-nos. “Pelo menos o governo deveria rever o plano de car-reira dos professores e colo-

car o aumento distribuído ao longo do ano, para dar tempo de sair desse impasse da lei de responsabilidade fi scal. É desconfortável para nós pais termos consciência que quem educa nossos fi lhos ga-nha mal. A educação assim se complica”, pondera Dênis.

A Secretaria de Educação afi rma que o governo está impossibilitado de atender as reivindicações salariais dos professores em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal. E nenhum aumento salarial de-verá ser concedido neste ano.

O secretário de Educação, Denílson da Costa, ressalva que mais de 90% dos pedidos

listados na pauta de negocia-ção dos professores, come-çaram a ser atendidos ano passado. Mas os professores rebatem que o governo não negociou os novos itens acor-dados e teve tempo para isso.

O movimento dos profes-sores do Distrito Federal se fortalece, pois entre os dias 14 e 16 de março de 2012, as escolas públicas de nível bási-co paralisarão suas ati vidades em todo o país. Aqui em Brasí-lia, os professores farão uma grande manifestação, hoje, em frente à residência ofi cial de Águas Claras, às 9h30, para cobrar a retomada da nego-ciação e para protestar contra

o descaso de grande parte dos gestores públicos em não garanti r educação de qualida-de socialmente referenciada para todos e todas.

Para a Confederação Na-cional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) embora o Brasil, nos últi mos anos, ve-nha galgando importantes resultados socioeconômicos – já tendo alcançado o posto de sexta economia do mundo, a educação conti nua sendo um entrave para a inclusão de to-dos os brasileiros e brasileiras no processo de desenvolvi-mento sustentável.

Ainda de acordo com a CNTE, em âmbito nacional, a

greve marcará o início de uma ampla jornada de luta dos trabalhadores por educação pública, gratuita, universal, laica, de qualidade (com equi-dade), e por valorização pro-fi ssional, devendo um de seus desdobramentos culminar na denúncia de governadores e prefeitos – desrespeitadores da Lei do Piso – à Organiza-ção Internacional do Trabalho (OIT) e a outras insti tuições in-ternacionais, além dos órgãos do Poder Judiciário nacionais.

Para a professora Lúcia Perei-ra Brito, todos os anos é a mes-ma coisa, governo e professores entram em rota de confronto. “Esperávamos que este ano fos-se diferente e que teríamos um plano de carreira condizente, mas vamos enfrentar mais uma greve. Esperamos que não seja longa, como no governo Cristo-vam Buarque”, pondera Lúcia.

Maria Margarida dos San-tos, professora aposentada já conhece o problema de perto e acredita que o governador Agnelo vai conseguir nego-ciar com a categoria. “Ele como homem cristão não deixará os professores na mão, espero”, fi naliza.

Segundo o sindicato, as 649 escolas públicas do DF vão permanecer fechadas até, pelo menos, 20 de mar-ço, quando será realizada uma nova assembleia.

Ontem, a presidenta Dilma Rousseff citou a igualdade de oportunidades e o protago-nismo como palavras-chave deste milênio para as mulhe-res e a sociedade brasileira. Ela discursou no plenário do Senado, na sessão solene do Congresso Nacional em ho-menagem ao Dia Internacio-nal da Mulher.

“Igualdade de oportunida-des é palavra-chave do meu governo. Queremos igual-dade de oportunidades para brasileirinhos e brasileirinhas. Sabemos que as pessoas são diferentes, mas elas não de-vem e não podem ter oportu-nidades desiguais”.

Em seu discurso, a pre-sidenta destacou que, ao lado das demais igualdades de oportunidades, também a de gênero deve ser perse-guida como “obsessão”. No campo políti co, ela defendeu a ampliação da parti cipação feminina em cargos eleti vos

e destacou a importância de o Senado e a Câmara terem vice-presidências ocupadas por mulheres.

A violência contra a mu-lher também foi abordada por Dilma no discurso. Reduzir e eliminar esse ti po de violên-cia foram apontados por ela como necessidades. A presi-denta elogiou a decisão do Supremo Tribunal Federal de autorizar o Ministério Público

a denunciar o homem acu-sado de violência domésti ca, mesmo sem queixa da víti ma. “Temos que criar condições para que a violência contra a mulher seja reduzida e, no fu-turo, até eliminada”.

Dilma citou dados que mostram o fortalecimento da mulher nos programas sociais do governo, entre eles o índi-ce de 93% dos cartões do Pro-grama Bolsa Família emiti dos

em nome das mulheres e de 47% dos contratos da primei-ra fase do Minha Casa, Minha Vida assinados por mulheres.

A presidenta ainda falou sobre os resultados alcan-çados na redução das desi-gualdades nos últimos anos e comemorou o fato de o Brasil estar entre os poucos países que, recentemente, tem seguido essa trajetória de forma contínua. “Isso foi feito contra a tendência in-ternacional de ampliação da pobreza. Os órgãos multila-terais mostram uma amplia-ção das desigualdades, seja dentro dos desenvolvidos, seja dos emergentes. Esta-mos entre os emergentes com redução da pobreza”.

No Senado, Dilma tam-bém foi agraciada com o Prê-mio Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz, concedido a mu-lheres que contribuem para ampliar os direitos e a parti ci-pação feminina na sociedade.

Sindicato dos Professores afirma que 70% da categoria está de braços cruzados e governo diz que é somente 30%

Governo não cogita fazer alterações na caderneta de poupança, diz Mantega

O ministro da Fa-zenda, Guido Mante-ga, negou ontem (13) que o governo esteja planejando, no mo-mento, fazer altera-ções nas cadernetas de poupança. Setores do mercado financei-ro avaliam que, com as seguidas reduções da taxa de juros, em algum momento, muitos investidores podem migrar dos fundos de investimentos para as cader-netas de poupança.

A poupança passaria a ser mais vantajosa, porque não re-colhe, como os fundos, Imposto de Renda e não paga taxa de administração às insti tuições fi nanceiras. O problema é que os fundos são formados, na maioria, por tí tulos públicos que ser-vem para o governo refi nanciar sua dívida.

Na semana passada, o Secretário do Tesouro Nacional, Arno Augusti n, já ti nha destacado que não existe uma relação entre os investi mentos em caderneta de poupança e a renego-ciação da dívida pública federal (DPF). Mesmo assim, o assun-to conti nua sendo discuti do no mercado fi nanceiro.

Fotos: A. Sabino

“Mal começaram as aulas e as crianças já estão sem aula. Isso é uma vergonha! Depois eles querem dar aulas nos fim de semana e a galerinha que se ferre”. __________Maria Tereza da Conceição,serviços gerais, 38 anos

“Sou totalmente contra, já que tenho filhos e os prejudicados são eles nessa hora. O ano mal começou e já estão em greve. Minha filha vai ser prejudicada. É o último ano e ela pretende fazer o Enem”. _______________Joenilston Santos,construção civil, 38 anos

Povo FalaComo a população vê a greve dos professores?

“Acho que os professores precisam de respeito e

merecem receber aumento. Tenho uma filha de 14 anos

e não é fácil criar. Imagina um professor numa sala

com mais de 30 alunos”. ______________

Vera Lucia, diarista,40 anos

Reivindicações dos professores

Revisão do plano de carreira, com isonomia salarial e as carreiras de nível superior do GDF, previsto para janeiro de 2012Implantação do plano de saúdeNomeação dos professores aprova-dos em concursoMelhores salários para os professo-res temporáriosAumento dos recursos repassados às escolas para investi mento em materiais pedagógicos e de infraes-trutura;Discuti r sobre a Lei de Responsabili-dade Fiscal (LRF) e criar a Lei de Res-ponsabilidade Educacional;

O que o GDF vem fazendo

Concedeu reajuste de 13,83% em 2011Contratou 400 professores efeti vosEstá implantando a gestão democráti ca nas escolasAumentou o valor do auxílio-alimentação em 55%Reformou 300 escolas, quase a metade de toda a rede públicaOferece curso de licenciatura na UnB para mais de 800 professores que possuem o ensi-no médioComplemento da licenciatura plena para mais de 540 professores que possuem a licenciatura curtaEspecialização a 700 professores por meio de parceria com a UnBFormação conti nuada para 10 mil docentes na Escola de Aperfeiçoamento dos Profi ssio-nais da Educação

Foto: A. Sabino

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Brasília, 14 de março de 20124 DF NOTÍCIAS

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) - 01/2012Região/Estados: Centro-Oeste | DF Escolaridade: Nível Superior, Nível Médio, Nível Fundamental Vagas: 91 e cadastro reserva Salário: Máx.: R$ 2.989,33Min.: R$ 1.473,58 Inscrições: 13/02/2012 a 13/03/2012 Prova(s): 29/04/2012 Validade do concurso: De dois anos, contados a parti r da data de publicação da homo-logação do resultado fi nal, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período Organizadora:UNIVERSA

Superior Tribunal de Justiça (STJ) - 01/2012Região/Estados: Centro-Oeste | DF Escolaridade: Nível Superior, Nível Médio, Nível Fundamental Vagas: 28 e cadastro reserva Salário: Máx.: R$ 6.611,39Min.: R$ 4.052,96 Cargos: Técnico e analista judiciário Inscrições: 22/02/2012 a 16/03/2012 Prova(s): 06/05/2012 Validade do concurso: De dois anos, contados a parti r da data de publicação da homo-logação do resultado fi nal, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período Organizadora:CESPE/UnB

Com o objeti vo de inserir o jovem no mercado de trabalho, por meio da capacitação teórica intercalada com a formação práti ca, o IF Estágio abre 498 vagas. São 125 para nível médio, seis para técnico e 367 para ensino superior. Destaque para o curso de Administração, com 67 oportunidades. As vagas estarão disponíveis de até 16 de março. Ainda são disponibilizadas oportunidades nos cursos de Direito, Engenharia, Ciências Contábeis,Gestão Comercial, Psicologia, Recursos Humanos e outros.

Os interessados em parti cipar do processo de seleção devem comparecer à sede do IF Estágio (SCS Qd 6 Ed. Jessé Freire – 5º andar), portando declaração escolar, identi dade e CPF, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h. Ou ainda se cadastrar pela internet (www.ifestagio. com. br).

O Senac está com inscrições abertas para o curso Técnico em Podologia, na unidade da 903 Sul. Com carga horária de 1.320 horas, as aulas incluem práti ca em laboratórios da insti tuição, estágio supervisionado e o material descartável necessário.

Começa dia 9 de abril, das 17h50 às 22h. O aluno apren-derá a atuar em terapias voltadas à podologia, em especial de portadores de doenças crônicas como diabetes, hiperten-são, hanseníase, traumas fí sicos e/ou deformidades podais. Informações: 3313-8877.

Operador de computador As matrículas estão abertas para o curso Operador de Com-

putador, na unidade de Taguati nga. Com carga horária de 160 horas, as aulas vão de 2 de abril a 31 maio, das 8h às 12h. Os alunos aprenderão a uti lizar o sistema operacional Windows e suas ferramentas: word, excel, power point e internet.

Para cursar é preciso ter no mínimo 16 anos e estar cur-sando o 7º ano/ 6ª série do ensino fundamental. O investi -mento é de R$ 450. O valor pode ser parcelado em três vezes. Mais informações pelo portal (www.senacdf.com. br) ou pelo telefone 3313-8877.

Instituto Fecomércio oferece 498 vagas de estágio

Cursos SenacTécnico em Podologia

Concursos:Mercado de trabalho

Segundo a Agência Bra-sil, a presidenta Dilma Rous-seff afi rmou no início desta semana que mais de 30 mil escolas em todo o país vão ter aula em tempo integral ainda em 2012. Segundo ela, o Programa Mais Edu-cação, que oferece ati vida-des em tempo integral aos estudantes do 1º ao 9º ano, deve benefi ciar 5 milhões de estudantes em todo o país – inclusive em escolas rurais.

“O Programa Mais Edu-cação é responsável por uma grande transformação que já estamos fazendo em 15 mil escolas do ensino fundamental de todo o país. Hoje, 2,8 milhões de estu-dantes do 1º ao 9º ano já fi cam na escola o dia todo. Eles parti cipam de ati vida-des orientadas, que vão des-de o acompanhamento das tarefas escolares até a práti -ca de esportes, aulas de arte e informáti ca”, explicou.

De acordo com a Agên-cia Brasil, no programa se-manal Café com a Presiden-ta, Dilma ressaltou que a meta de 30 mil escolas com ensino fundamental em tempo integral era esperada para 2014 e que o novo nú-mero defi nido para o últi mo ano de governo passou a ser de 60 mil escolas integradas ao Mais Educação.

“Elas [as crianças] fi cam na escola, no mínimo, sete horas por dia. Lá, recebem um lanche pela manhã, al-moçam e depois, à tarde, fazem novo lanche. E o que é importante: têm reforço em matemáti ca, português, ciências, prati cam esportes, têm aula de arte e ainda fa-zem informáti ca”, explicou.

O Ministério da Edu-cação está com inscrições abertas até o próximo dia 30 para novas adesões das prefeituras ao Mais Edu-cação. Ao todo, o governo deve investi r R$ 1,4 bilhão este ano no programa. Têm prioridade escolas onde es-tudam benefi ciários do Bol-sa Família e também as que ti veram baixa avaliação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

“As ati vidades comple-mentares podem contribuir muito para melhorar a qua-lidade da educação das nos-sas crianças”, disse a pre-sidenta. “É uma forma de superar desigualdades, per-miti r que todas as crianças tenham uma boa educação e acesso a ati vidades que serão muito importantes para o seu futuro”, concluiu.

Nova modalidade de crime assusta população do DF

ATUALIDADE - População de Brasília está preocupada com essa onda de “sequestros relâmpagos”. A polícia orienta como evitar e pede para não reagir quando uma pessoa é abordada na rua

O roubo com restrição de liberdade, conhe-cido popularmente

como “sequestro relâm-pago” está na moda no Distrito Federal. O núme-ro desse tipo de crime no Distrito Federal só tem au-mentado e isso preocupa a população. Muitas vezes crimes como esse são re-lacionados a roubo de car-ros, fuga, entre outras situ-ações. De 2010 para 2011 esse número aumentou 33,9%. Somente nos pri-meiros meses deste ano, 113 pessoas foram aborda-das por bandidos e tiveram sua liberdade privada, o equivalente a cerca de dois crimes por dia. Além disso, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, to-das as regiões do DF têm apresentado aumento nes-se tipo de ocorrência.

O crescimento de casos de “sequestro relâmpago” na capital do país desafi a as autoridades de segurança pública e preocupa a popu-lação. Isso porque os roubos não estão concentrados em uma única área do DF. Em 2011, houveram casos no Plano Piloto, em Samam-baia, em Ceilândia, no Gama, no Núcleo Bandeirante, em Planalti na e no Itapoã, entre outras cidades.

O subsecretário de opera-ção da SSP/DF, Coronel Joo-ziel de Melo Freire, explica que os crimes são classifi ca-dos de acordo com o ocorri-do. “O sequestro relâmpago, prati cado da forma como a sociedade conhece, é, na verdade, o roubo com restri-ção de liberdade da víti ma. Geralmente é uma ação para obter vantagem econômica. A víti ma é abordada pelo infrator que a ameaça obri-gando transitar com ela por horas. Logo depois, deixa a víti ma em algum lugar longe do local do crime”, elucida.

O Coronel ressaltou que existe uma proximidade en-tre os dois delitos como, por exemplo, extorsão, latrocí-nio, roubo, furto, roubo se-guido de morte, roubo com restrição de liberdade, entre outros que qualifi quem o crime cometi do.

A diferença de seques-tro relâmpago e roubo com restrição de liberdade é que cada um recebe uma pena. O verbo do crime de extor-

são é constranger, enquanto o roubo com restrição de li-berdade é subtrair um bem. No roubo, o bem está ao al-cance do agressor. Já o deli-to para ser ti pifi cado como sequestro relâmpago, a víti -ma deve ser constrangida a fornecer informações para o criminoso ter sucesso na ação. Neste caso, necessa-riamente deve haver contri-buição da víti ma no senti do de ela fornecer seus dados bancários.

A distinção entre os dois crimes ocorreu após a incorporação de um pa-rágrafo ao artigo 158 do Código Penal Brasileiro. De acordo com a lei, o acusado de roubo com restrição de liberdade pode pegar pena de até 6 anos. Já nos casos de sequestro relâmpago, a penalidade pode chegara os 12 anos de prisão.

Segundo o Coronel Frei-tas, esse tipo de crime não era uma prática no DF. Po-rém, houve um aumento da população, com melhores condições, poder aquisiti-vo o que chama a atenção dos criminosos. Ele acredi-ta também que devido ao combate as drogas em algu-mas regiões administrativas houve uma migração para este tipo de crime. “Acre-ditamos que as quadrilhas estão procurando um crime mais rentável e menos pe-rigoso. Por isso, essa quan-tidade de roubos”, destaca.

“Essas atividades são de quadrilhas do Entorno”.

Para a dona de casa Ma-rinalva de Andrade Gomes, 54 anos, essa ação já deve-ria ter sido feita há muito tempo, pois as pessoas es-tão apreensivas de andar na rua. “Meu fi lho já foi se-questrado há três anos, mas graças a Deus só queriam o carro para encobrir outro roubo. Meu fi lho foi largado em Santa Maria, mas nunca mais encontrou seu carro. Desde então, tenho medo de andar sozinha na rua e meu fi lho anda de ônibus, pois está pagando o carro até hoje, já que não ti nha se-guro”, revelou a mulher, que preservou o nome do fi lho.

A professora Juliana Pires, 30 anos, disse que o DF vai se igualar logo, logo a outras grandes cidades, pois os cri-minosos não medem esfor-ços para roubar, sequestrar. “A coisa está feia! Os infrato-res agora roubam até a polí-cia. Onde vamos parar? Isso é um absurdo!”, desabafa.

Ações de combate ao“sequestro relâmpago”

A SSP informou que por meio de um monitoramen-to foi possível detectar 73 pontos de áreas e locais onde esse tipo de crime tem sido mais frequente, além das rotas de fuga usa-das pelos criminosos, onde serão feitas abordagens minuciosas e revistas à ve-

ículos e pessoas. Por isso, criaram um programa Ope-ração DF seguro, que vai desencadear outras opera-ções em busca de quadri-lhas especializadas em “se-questros relâmpagos”.

As operações começaram no dia 5 de fevereiro, e até o momento já prenderam 22 pessoas. O número de roubos com restrição de liberdade também diminuiu de seis, para um caso por dia. No últi mo fi m de semana a Polícia Militar colocou nas ruas a Operação “Cerco Total”. A ação visa com-bater essa práti ca de crime. Cerca 250 policiais, 73 veículos e dois helicópteros parti cipa-ram da operação.

“Essa é uma forma de coibir os roubos com restri-ção de liberdade e outros crimes. São várias operações e cerca 300 policiais e fun-cionários estão envolvidos neste combate”, disse o sub-secretário Coronel Jooziel.

Relembre alguns casosUm policial militar e o ir-

mão dele foram víti mas de sequestro relâmpago na noi-te do dia 7 de fevereiro, no Setor Comercial Sul.

Um homem de 43 anos e um adolescente foram se-questrados no dia 8 de feve-reiro, no Núcleo Bandeiran-te. Ele foi abordado dentro do próprio carro por volta das 15h. Quando a víti ma avistou policiais militares, jogou o veículo em cima da

calçada para chamar aten-ção. Os militares cercaram o carro e deti veram os crimi-nosos em fl agrante.

Uma mulher de 32 anos foi sequestrada e estuprada na noite de 27 de fevereiro, quando esperava o namora-do na 512 Sul, em Brasília. O namorado da víti ma ou-viu por celular quando os sequestradores chegaram e fi zeram ameaças. A víti ma rodou com os criminosos por uma hora e meia e foi deixada em frente a uma co-operati va de leite na BR-251, próximo a São Sebasti ão.

Um homem de 31 anos foi abordado por três se-questradores, próximo à administração regional, no Núcleo Bandeirante.

Em Planaltina, foram dois sequestros registrados. Em um deles, um casal foi abordado por homens enca-puzados no estacionamento de um supermercado. O ca-sal sofreu agressões, mas não ficaram com ferimentos graves. Eles foram deixados meia hora depois no morro da Capelinha, também em Planaltina. Os ladrões le-varam o carro, celular e R$ 210 das vítimas.

No Riacho Fundo, duas pessoas foram feitas reféns por dois homens armados e abandonadas em um ma-tagal à margem da DF-475. Dois suspeitos do crime fo-ram presos, mas a polícia não deu detalhes do caso.

Foto: Divulgação

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Jornal de um novo tempo

Brasília, Distrito Federal, 15 fevereiro de 2012 - Ano 20 nº 786 - www.dfnoticias.com.br - [email protected] - Exemplar R$ 1,00

FALTA INFRAESTRUTURA E MUITO MAIS NO POLO JK

Todos os dias a população do DF em alguma região

convive com mau cheiro, mas segundo a Caesb isso se deve ao comportamento da própria

população que joga lixo nas ruas. Esse lixo é levado à rede de

águas pluviais e de esgoto. Outro fator é que os moradores fazem redes clandestinas de ligação, não obedecendo os padrões

exigidos pela companhia.

Criado em 2004, nos arredores de Santa Maria, o Polo JK

se arrasta desde então. Os serviços essenciais no setor che-gam ti midamente. O presidente da Associação Comercial

e Industrial do Polo, reconhece a morosidade dos projetos a

serem desenvolvidos para a área. Grandes indústrias estão

instaladas no local e outras estão chegando gerando muitos

empregos. Muito pode ser feito, como asfalto que falta em

muitas ruas, a luz, drenagem, recolhimento de lixo com regu-

laridade, segurança, transporte para dinamizar e melhorar

as condições da área. Algumas empresas se ressentem da di-fi culdade de contratar mão de obra no Distrito Federal, pois

os trabalhadores alegam que os ônibus de Santa Maria não

circulam no setor. Reclamam também das ruas com buracos,

dos problemas trazidos pela chuva e o período seco, a falta

de passarela de pedestres na BR 040 e segurança. O Polo JK

está em compasso de espera para deslanchar .

Página 3

PERISC PIO

FlagranteDiante de tamanha cara de pau do motorista que estacionou na calçada no SIG, Quadra 1, não restou ao policial multar. Muito bom! É por essa e outras que se instalou a maior baderna no setor. Estacionam de qualquer maneira tanto carros de passeios, como caminhões, motos e tudo mais.

Engolir sapoSão constantes os problemas com placas de sinalização, semáforos no Sudoeste. A consequência é o trânsito bastante congestionado em horários de grande circulação. É ainda pior quando alguém reclama e dão desculpas. Não adianta botar culpa em outros órgãos. É preciso alguém estar ligado nos problemas da cidade e resolver.

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Cidade

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: A.

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ino

Foto: A. Sabino

Foto: J. Vieira

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ABr

Mau cheiro invade

ruas do DF

Doenças transmitidas

pelo beijo

Visita inspira parceriasDilma destaca o interesse do Brasil em fortalecer parcerias comerciais,

educacionais e industriais com a Finlândia, durante visita do primeiro-ministro

ao País. Na oportunidade ressaltou que as trocas comerciais entre os dois

países e que ambos pretendem aumentar o fluxo de investimentos.

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Mundo Melhor

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Inclusão ainda é um desafi o para defi cientes

Carnaval Setebelos

A secretaria de Educação e o Detran/DF afirmaram que

estão atentos as irregularidades. Por mais que haja fiscalização pais devem ficar atentos aos veículos que prestam serviços

de transporte escolar. O objetivo é verificar a segurança e documentação dos veículos, em especial nas áreas rurais e, caso constatado alguma

irregularidade, que sejam tomadas

as providências estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro.

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Atualidade

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gaçã

o

Fiscalize o transporte

escolar

O deputado distrital Wellington Luiz (PPL) assume a Secretaria

de Regularização de Condomínios sabendo que não

há fórmula mágica para resolver

a regularização dos condomínios. Promete fazer um trabalho

observando a complexidade que envolve cada um, sem deixar

brechas para contestações dos

órgãos fiscalizadores mais tarde.

Entrevista

A missão é regularizar

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Cultura

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Teatro dos Bancários recebe o 3º Festival de Carnaval Setebelos.

De 17 a 21 de fevereiro.

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Falta de drenagem provoca buracos nas ruas e trabalhadores correm perigo ao atravessar a BR-040 todos os dias, por isso pedem passarela

Jornal de um novo tempo

Brasília, Distrito Federal, 15 fevereiro de 2012 - Ano 20 nº 786 - www.dfnoticias.com.br - [email protected] - Exemplar R$ 1,00

FALTA INFRAESTRUTURAE MUITO MAIS NO POLO JK

Criado em 2004, nos arredores de Santa Maria, o Polo JK

se arrasta desde então. Os serviços essenciais no setor che-gam ti midamente. O presidente da Associação Comercial

e Industrial do Polo, reconhece a morosidade dos projetos a

serem desenvolvidos para a área. Grandes indústrias estão

instaladas no local e outras estão chegando gerando muitos

empregos. Muito pode ser feito, como asfalto que falta em

muitas ruas, a luz, drenagem, recolhimento de lixo com regu-

laridade, segurança, transporte para dinamizar e melhorar

as condições da área. Algumas empresas se ressentem da di-fi culdade de contratar mão de obra no Distrito Federal, pois

os trabalhadores alegam que os ônibus de Santa Maria não

circulam no setor. Reclamam também das ruas com buracos,

dos problemas trazidos pela chuva e o período seco, a falta

de passarela de pedestres na BR 040 e segurança. O Polo JK

está em compasso de espera para deslanchar .

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PERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIOPERISC PIO

FlagranteDiante de tamanha cara de pau do motorista que estacionou na calçada no SIG, Quadra 1, não restou ao policial multar. Muito bom! É por essa e outras no SIG, Quadra 1, não restou ao policial multar. Muito bom! É por essa e outras no SIG, Quadra 1, não restou ao policial

que se instalou a maior baderna no setor. Estacionam de qualquer maneira tanto carros de passeios, como caminhões, motos e tudo mais.

Engolir sapoSão constantes os problemas com placas de sinalização, semáforos no Sudoeste. A consequência é o trânsito bastante congestionado em horários de grande circulação. É ainda pior quando alguém reclama e dão desculpas. Não adianta botar culpa em outros órgãos. É preciso alguém estar ligado nos problemas da cidade e resolver.

Foto

: A.

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ino

Foto: A. Sabino

Foto: J. Vieira

A secretaria de Educação e o Detran/DF afirmaram que

estão atentos as irregularidades. Por mais que haja fiscalização pais devem ficar atentos aos veículos que prestam serviços

de transporte escolar. O objetivo é verificar a segurança e documentação dos veículos,

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Atualidade

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Fiscalize o transporte

escolar

O deputado distrital Wellington Luiz (PPL) assume a Secretaria

de Regularização de Condomínios sabendo que não

há fórmula mágica para resolver

a regularização dos condomínios. Promete fazer um trabalho

observando a complexidade que envolve cada um, sem deixar

brechas para contestações dos

órgãos fiscalizadores mais tarde.

Entrevista

A missão é regularizar

Jornal de um novo tempo

Brasília, Distrito Federal, 8 fevereiro de 2012 - Ano 20 nº 785 - www.dfnoticias.com.br - [email protected] - Exemplar R$ 1,00

ANO LETIVO COMEÇA COM CONTAGEM REGRESSIVA

Escolas de samba de Brasília

aguardam para receber a

qualquer momento verba do

GDF para a realização dos

desfiles das escolas de samba.

“Está tudo certo e esperamos

até o final da semana a verba.

As agremiações estão a mil

por hora para terminar os

preparativos. Mas 2013 será

melhor ainda com a nova Lei

4738/2011, que regulamenta

o pagamento de no máximo

90 dias antes dos desfiles”,

destacou o presidente da

Uniesb, Geomar Leite”.

Glauco Rojas, secretário do

Trabalho afirma que sua pasta

está desenvolvendo ações

voltadas para a qualificação

profissional não só para

atender os eventos esportivos

que a cidade vai receber, mas

para atender o mercado de

trabalho. E tem novidade para

o empreendedor: o Prospera-

Programa de Microcrédito.

Instituição valoriza a educação de

jovens do Recanto das Emas e

Samambaia. A ideia é promover

inclusão social por meio de

projetos como Educação Digital,

Educação Infantil, Esporte, lazer e

reforço escolar.

Cirque du Soleil volta ao Brasil

para apresentar novo show

“Varekai”. O espetáculo promete

muita ousadia, números aéreos,

coloridos e verdadeiramente

surpreendentes.

Mais um ano leti vo começa e a comunidade escolar já

espera uma greve. Governo e Sindicato dos Professores não

se entendem. Hoje, segundo o Sinpro, é o marco da con-

tagem regressiva para a greve que pode ser iniciada dia

8 de março, com assembleia às 9h, na Praça do Buriti . “O

Governo não cumpriu nenhum dos prazos que ele mesmo

esti pulou para discuti r as reivindicações acordadas em abril

do ano passado que incluem a reformulação do quadro de

carreira, convocação dos concursados, o plano de saúde”,

afi rma Washington Dourado, diretor do sindicato. Já a as-

sessoria de imprensa da Secretaria de Educação afi rma que

o Governo vem proporcionando à classe ganhos, como a

Gestão Democráti ca que foi sancionada ontem, cursos que

garantem ascensão profi ssional.

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PERISC PIO

Pode ser hojeReunidos por mais de três horas, ontem,

na presidência da Câmara Legislativa, os

deputados distritais não chegaram a um

acordo para a nova composição das comissões

permanentes da Casa. Uma nova reunião está

marcada hoje , às 14h30.

Todos podem ajudarItapoã, região administrativa, fez aniversário este

mês. Não tem muito o que comemorar, pois a

segurança deixa a desejar, diz a população. Mas

alguns moradores lembram que é preciso todos

lutarem para fazer da cidade um lugar bom de se

morar. Se todos colaborarem...

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Mundo Melhor

Entrevista

Cultura

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Pró vida

Qualifi car é a meta

Show inédito no Brasil

Carnaval vai sair às pressas

Presidenta afi rma que

Petrobras investe em pesquisa

Petrobras foi a empresa que

mais investiu em tecnologia

para reduzir tempo e custo na

exploração do pré-sal. Segundo

a presidenta Dilma Rousseff,

as pesquisas desenvolvidas

pela empresa tiveram um

investimento de R$ 9,5

bilhões. E reiterou que o

Governo vai criar 201 escolas

técnicas, entre elas, quatro

novas universidades federais

e 47 campi universitários,

especialmente no interior do país, até 2014.

Governo Federal 292929Página 6

Fique atento• Mude sua roti na e iti ne-rário, mas avise a mais de uma pessoa conhecida;• Oriente seus empregados a não dar notí cias sobre seu paradeiro a estranhos;• Cuidado com ligações mu-das ou que comuniquem al-gum imprevisto;• Se for buscar seus fi lhos no colégio, seja pontual; • Não ande sozinho em ruas vazias ou escuras; • Fique atento à aproxima-ção de carros suspeitos; • Não estacione o veículo em locais isolados; • Evite fi car parado dentro do veículo na frente de bancos, supermercados, hospitais, shoppings, lojas, entre outros;• Evite dar ou aceitar caro-nas de desconhecidos; • Em caso de alguma sus-peita, avise a polícia imedia-tamente pelo telefone 190.

Secretaria de Segurança Pública do DF quer coibir sequestros e outros crimes

Escolas vão ter aula em tempo integral

Page 5: df noticias 789

Olgamir Amancia Fer-reira é titular da Se-cretaria de Estado da

Mulher do Distrito Federal. Criada no atual governo, no ano passado, a secretaria tem a missão de “defender e ampliar os direitos da mulher, por meio da for-mulação, implementação e integração de políticas públicas, na perspectiva da emancipação e transforma-ção social”. Em entrevista ao DF Notícias, Olgamir elenca as ações realizadas pela secretaria e a rede de proteção à mulher.

Pela primeira vez o Distrito Federal tem uma secretaria para imple-mentar políticas públicas para a mulher. Qual o ob-jetivo desse trabalho?

A secretaria procura im-plementar políticas públicas para a mulher do Distrito Fe-deral, para todas as mulhe-res , de todas as gerações, nas diferentes fases da vida, com mulheres de diferentes raças, com mulheres de diversos pa-drões socioeconômicos, mais favorecidas, menos favore-cidas. Não tem um público específico. Sendo mulher tem que ser contemplada pelas políticas públicas.

Nós somos 52, 7% da po-pulação do Distrito Federal. E nas camadas menos favo-recidas, naquelas de baixa renda ou de extrema pobre-za, a mulher é na maioria chefe de família.

A mulher produtiva que está inserida no mercado de trabalho, que contribui, ge-rando riqueza para o país e para o Distrito Federal, quando se examina em quais políticas essa mulher pode ser inserida, verificou-se que elas apresentavam várias di-ficuldades. O que nós temos hoje? Por que tem que ter uma secretaria para a mu-lher? Porque a mulher é a maioria numérica que é tra-tada como minoria. Por que é tratada como minoria? Por que historicamente na socie-dade que nós vivemos, com o patriarcalismo, machismo, a mulher foi colocada como cidadã de segunda catego-ria. Ganha menos, tem várias dificuldades, como no acesso à educação. O governador Agnelo não compreende des-

sa maneira. Ele entende que toda mulher deve ser tratada de outra forma.

Quais as principais ações desenvolvidas até agora?

Lançamos em março do ano passado o Programa Rede Mulher. Esse progra-ma nasceu da idéia que o atendimento à mulher não pode ser operacionalizado somente por um organismo. É preciso uma mobilização de um conjunto de órgãos do governo para atender as demandas das mulheres. Daí , o trabalho em rede.

Como ele é organizado?É um trabalho articulado

com outras secretarias, com outros órgãos, com a Code-plan e com entidades que vão além do Governo do Distrito Federal, como o Instituto Sa-bin, a OAB, várias outras en-tidades da sociedade como Sesi, Senai e muitas outras.

A ideia é que a gente possa ir à várias comunidades, le-vando e oferecendo informa-ções acerca dos direitos das mulheres em diferentes áreas, dando acesso ao trabalho, à educação, como por exemplo, o Programa DF Alfabetizado, e a capacitação profissional.

Na capacitação, temos desenvolvido parcerias tanto com a Secretaria do Traba-lho, por meio do Qualificopa, tanto com entidades nacio-nais, como a Sudeco. Lança-mos agora em fevereiro, o Programa As mulheres na Construção Civil e também o Programa ao Enfrentamento à Violência. Nesse caso, le-vamos informações sobre a Lei Maria da Penha, de quais equipamentos o Estado dis-põe para proteger as mulhe-res, porque entendemos que o Estado precisa ir até as mu-lheres. Como elas sempre fo-ram alijadas das políticas pú-blicas, elas ainda não criaram a cultura de acionarem essas políticas como cidadãs. Às ve-zes até acionam, mas como não têm resposta, acabam ficando desesperançadas. Nós temos procurado ir às cidades satélites. Ano passa-do fizemos dezoito redes. Fo-mos a diferentes localidades, com um conjunto de serviços que visam orientar a mulher sobre seus direitos, com lite-ratura, saúde e outros. Esse trabalho ao mesmo tempo

serve para dar visibilidade à secretaria que é nova.

Quais as ações desen-volvidas na saúde?

Diz respeito à saúde in-tegral da mulher. Adotamos um diálogo muito forte, permanente com a Secre-taria de Saúde. Temos o entendimento que a mulher não pode ser vista como

um só corpo. A mulher não pode ser vista só como sis-tema reprodutor, como útero, como uma mama. A mulher tem que ser vista como é: ela é um ser social, um ser político. Na hora do atendimento isso precisa ser considerado. Também tratar uma mulher que tem 70 anos do mesmo jeito que trata uma mulher de 22 anos não é possível, cada fase tem suas necessidades. Você não pode olhar e aten-der uma mulher da zona rural ou uma mulher ciga-na do mesmo jeito que uma mulher urbana. Por que elas têm cultura, formas di-ferentes de olhar o mundo. E a saúde precisa compre-ender isso e atender melhor essas mulheres.

Temos que evitar as causas de morte da mulher como o câncer de mama e câncer de útero. Essas ativi-dades culminaram no Muti-rão de Reconstrução Mamá-ria.Todas as mulheres que tinham condições médicas e técnicas foram atendidas. E

nós da Secretaria da Mulher estamos dando suporte psi-cológico, de assistência so-cial, de assistência jurídica a essas mulheres.

Muitas mulheres que perdem a mama sofrem problema de autoestima. Trabalhamos no sentido de ajudá-las a enfrentar a questão. Muitos maridos abandonam suas mulheres quando elas perdem uma mama, como se as mulheres fossem só uma mama.

E a Unidade Móvel de Saúde da Mulher ?

É um equipamento im-portante, o caminhão rom-pe com a ideia da cidadã procurar a saúde. O Estado vai até a mulher. A unidade está no Por do Sol, depois vai para a Estrutural e outras cidades. A equipe atenderá aquela mulher que tem ris-co de desenvolver a doença. São mulheres de 40 anos ou mais, que nunca fizeram ou já fizeram há tempo a ma-mografia, ecografia, exames ginecológicos, como papa-nicolau. É para aquela mu-

lher que não tem a cultura de ir ao médico, porque tem medo, porque o marido é controlador e não permi-te fazer os exames anuais. Também, porque nossa cul-tura ainda é do curativo e não do preventivo.

Outra atividade que te-mos em parceria permanente com a Secretaria de Saúde ex-tremamente importante diz respeito à notificação com-pulsória. Essa notificação é estabelecida pelo Ministério da Saúde e, determina que toda vez que um médico ou qualquer profissional de saú-de recebe uma mulher vítima de violência tem a obrigação de notificar e preencher os dados e encaminhar para a delegacia. Essa conduta pode salvar vidas.

Quais as políticas de educação?

Considerando o pa-triarcalismo, o machismo, existem preconceitos so-ciais que se estabelecem nas relações e na cultura de um povo. Nós entende-mos que eles podem ser

desconstruídos. Para isso, pedimos para inserir a discussão desses assuntos no currículo básico esco-lar. Nossas crianças preci-sam aprender desde cedo que não existem tarefas de meninos e de meninas. Devemos educar as crian-ças com outro olhar, outra relação, que as diferenças biológicas entre os dois se-xos não podem ser usadas para inferiorizar a menina, a mulher.

E as ações para a quali-ficação profissional?

Este é um elemento fundamental para a auto-nomia das mulheres para romper com o ciclo da vio-lência doméstica. Por isso a secretaria tem investido substancialmente com um trabalho articulado com a Secretaria de Trabalho, com o secretário Glauco Ro-jas, de forma que mulheres estão sendo inseridas nos cursos de capacitação pro-fissional, principalmente aquelas atendidas por nos-sos programas.

A parceria com a Secre-taria de Trabalho, Sindus-con, Sudeco e o Instituto Federal Brasileiro está qua-lificando 440 mulheres para trabalhar na construção ci-vil, na área de colocação de azulejo e na área de pintura. Há um reconhecimento que a mulher tem uma maior habilidade no momento do acabamento das obras pelo não desperdício.

Devemos chegar até o fi-nal do programa com 5 mil mulheres qualificadas para a construção civil. Entretan-to vivemos no Distrito Fe-deral com a seguinte situa-ção: as mulheres continuam trabalhando e recebendo menos que os homens. Não podemos aceitar isso. A ten-dência é que a secretaria avance em outras parcerias com outros órgãos do gover-no para que mais mulheres se qualifiquem.

Com a qualificação, a mulher tem mais chance de chegar ao mercado de trabalho e ter autonomia financeira, gerar renda e à medida que ela tem au-tonomia, ela se impodera e rompe com o ciclo da vio-lência doméstica.

entrevista – A Secretaria da Mulher construiu uma rede de proteção à mulher implementando políticas públicas na saúde, educação, segurança e na qualificação profissional e leva programas para as satélites

Ensinando buscar seus direitos

FiBrasinduscon – dF

O número de pedidos de falência du-rante o ano de 2011 teve recuo de 16% ante 2010. De janeiro a dezembro do ano passado, foram registradas 31 solicitações na Vara de Registro Público de Falências e Concordatas do Distrito Federal, ante 37 no mesmo período do ano passado. Já as falên-cias decretadas na Capital Federal tiveram redução maior no período: 33% a menos que em 2010. De janeiro a dezembro do ano passado, foram oito decretos, enquanto, no ano anterior, o número foi de doze falências decretadas no mesmo período. Dessa for-ma, o fechamento de empresas por motivos de falência retornam praticamente ao mes-mo ao patamar de 2009, quando houve 33 pedidos e quatro decretos, aumentando no-vamente em 2010 e caindo agora em 2011. O fenômeno é explicado pela assessoria téc-nica da Fibra pelo fato de que os pedidos registrados em 2009 – ano que refletiu os efeitos da grande crise econômica mundial de 2008 tiveram seu decreto no ano seguin-te. “Isso explica o alto número verificado em 2010 e a estabilização ocorreu em 2011. Estamos mais otimistas”, diz o economista da Federação, Diones Cerqueira.

Confiança - O otimismo citado acima tem fundamento científico. De acordo com pesquisa da Fibra em parceria com a Confe-deração Nacional da Indústria, o Índice de Confiança do Empresário Industrial do Dis-trito Federal (ICEI/DF) atingiu 60,8 pontos em fevereiro e ficou praticamente estável

frente a janeiro (61,5 pontos). De modo ge-ral, os empresários do DF permanecem oti-mistas tanto em relação às condições atuais quanto às expectativas para os próximos seis meses. O Indicador de Condições Atuais alcançou 51,9 pontos em fevereiro, manten-do-se acima da linha divisória dos 50 pontos. No entanto, merece destaque o componen-te “Economia DF” que se mantém abaixo da linha divisória dos 50 pontos desde novem-bro de 2010, caindo de 45 pontos para 41 pontos em fevereiro. No quesito “Empresa”, a queda foi menor, mantendo-se acima da linha de 50 pontos: de 54,8 pontos em ja-neiro caiu para 53,7 pontos.

Já para os próximos seis meses, as expec-tativas dos empresários do DF permanecem positivas. O Indicador de Expectativa alcan-çou 65,2 pontos em fevereiro, impulsionado, principalmente, pelo avanço de 1,7 ponto do Indicador de Expectativas de Evolução da Empresa, que alcançou 66,9 pontos. Por outro lado, no que se refere à Evolução da Economia do DF o índice de expectativas caiu de 0,9 pontos, mas ainda acima da linha que revela otimismo.

“Há forte relação entre o nosso índice de otimismo e o fato de o número de empresas a pedir falência estar mais brando, apesar de o agravar da crise financeira ter provocado maiores restrições no crédito bancário. Sina-liza que quanto maior confiança, maiores são as chances de o negócio dar certo”, avalia o presidente da Fibra, Antônio Rocha.

Secretária da Mulher dissemina os valores da mulher no DF

Foto: A. Sabino

“ Devemos educar as crianças

com outro olhar, outra relação, que as diferenças

biológicas

Menos falências e mais otimismo

Brasília, 14 de março de 20125 DF NOTÍCIAS

Em reunião realizada na sexta -feira (9), entre o governador Agnelo Queiroz, o secretário de Fazenda, Marcelo Piancastelli, e 50 representantes atacadistas, ficou decidido que o Imposto sobre Circulação de Mer-cadorias e Serviços (ICMS) será reduzido no DF de 12% para 7%, no que se refere a operações internas.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turis-mo (Fecomércio-DF) e o Sindicato do Comércio Ataca-dista do DF (Sindiatacadista) comemoraram a decisão. Essa era uma reivindicação dos atacadistas, que pe-diam uma solução para a falta de equidade tributária na relação com outros estados.

“O Sindiatacadista nunca esteve sozinho nesta luta, pois tem o apoio dos seus pares que formam a Feco-mércio. Essa decisão do GDF é acertada e beneficiará toda a sociedade de Brasília”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio- DF, Adelmir Santana.

O próximo passo do governo será encaminhar um projeto de lei para Câmara Legislativa modificando o percentual cobrado atualmente. “A redução da alíquo-ta para 7% representa um avanço para o setor ataca-dista local. Além de ganharmos competitividade, a me-dida permitirá que outras empresas ingressem no DF. Com isso, além do aumento em arrecadação, a região sentirá os impactos positivos com a geração de empre-go e renda”, diz o vice-presidente do Sindiatacadista, João Ricardo de Faria.

A Associação Brasi-liense de Construtores (Asbraco) elegeu, na úl-tima quarta-feira, dia 7, sua diretoria e seu con-selho fiscal para o triê-nio 2012/2015. A eleição ocorreu no auditório da entidade. A eleita foi a chapa única, intitulada Equilíbrio, que tem como presidente reeleito Régi-ton Queiroz de Menezes.

Antes de aberta a vota-ção, Régiton disponibilizou o balanço patrimonial e as de-monstrações contábeis, re-lativas ao exercício de 2011. A Proposta Orçamentária para o exercício de 2012 também foi apresentada para os presentes.

No total, foram 118 vo-tos, dos quais 117 favoráveis à chapa única e uma abs-tenção, correspondendo a 95,16% de presença ao plei-to e 99,15% de aprovação da nova diretoria.

Governo reduz ICMS para setor atacadista

Nova diretoria da Asbraco

FecomÉrcio

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Brasília, 14 de março de 20126 DF NOTÍCIAS

Açúcar é tão danoso quanto álcool e tabaco

Uso inadequado de maquiagem pode fazer mal à saúde

Você sabia

Uma jovem brilhante que parti cipa de projetos so-ciais e que luta por um

Brasil melhor vai representar o Brasil, na 55ª Comissão so-bre Narcóti cos e Drogas das Nações Unidas, em Viena, na Áustria. O objeti vo é permiti r a parti cipação da juventude na principal reunião global so-bre políti cas de drogas. As reu-niões estão sendo realizadas nos dias 12 a 16 de abril. Com apenas 18 anos e moradora da Ceilândia, Ruth Itunu Adewo-nuola, foi escolhida como um dos sete embaixadores da ju-ventude da Organização das Nações Unidas (ONU).

A Iniciati va da Juventude, junto com os escritórios de campo do UNODC, identi fi cou um pequeno grupo de jovens entre 15 e 18 anos de idade, de diferentes países, que par-ti cipam de ações de temas relacionados às drogas. Então, este pequeno grupo se junta a outros jovens de escolas inter-nacionais na cidade de Viena. Ao todo, 16 jovens vão parti -cipar das ati vidades organiza-das pela Iniciati va da Juven-tude durante a 55ª Sessão da Comissão sobre Narcóti cos e Drogas das Nações Unidas.

E para representar o Bra-sil, a oportunidade veio bater aqui em Brasília, com Ruth Itu-nu Adewonuola que tem uma história diferente. Nasceu em 1993, em Abuja, na Nigé-ria, mais logo cedo Ruth veio morar no Brasil com os pais, nesta época, ti nha apenas 3

anos de idade. A jovem estu-dou em escola pública, fala português, inglês e francês. Além disso, terminou o ensino médio no ano passado e está se preparando para prestar o vesti bular para direito. Atu-almente, reside na Ceilândia. Há cerca de um ano na busca por novos horizontes come-çou a parti cipar do Programa Jovem de Expressão, quando assisti u a uma apresentação da ofi cina de break. “Comecei a frequentar as aulas do Fuzzy, o instrutor de break, e fui me apaixonando pela dança. Sei

que talvez nunca chegue a dançar como ele, mas estou chegando perto”, conta Ruth.

O programa que Ruth parti cipa, Jovem de Expres-são é um projeto que traba-lha a prevenção à violência, drogas e promoção da saúde integral de jovens em situ-ação de vulnerabilidade. O programa Jovem de Expres-são é uma iniciati va da Caixa Seguros, em parceria com a CUFA-DF (em Ceilândia), o Grupo Cultural AZULIM (em Sobradinho II), o Escritório das Nações Unidas sobre

Drogas e Crime (UNODC) e a Organização das Nações Uni-das para a Educação, a Ciên-cia e a Cultura (UNESCO).

Oportunidade para Juventude

Nos dias 12 a 16 de abril em Viena, capital da Áustria. Além de Ruth como repre-sentante brasileira, outros jovens de seis países tam-bém parti cipam do evento. Peru, Quênia, Uganda, Tai-lândia, Paquistão e Sérvia.

Os critérios para poder parti cipar da seleção da ONU foram: a parti cipação em ofi cinas de projetos so-ciais e a fl uência em inglês. Ao se prepararem para as reuniões, os jovens coleta-ram informações sobre a si-tuação do uso de drogas, da prevenção e do tratamento nas suas comunidades. Com isso, destacaram quais as suas expectati vas e sonhos para melhorar a situação.

Durante o encontro, os jovens Embaixadores da Ju-ventude, vão trocar informa-ções, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas. Além de ser uma oportunidade para eles apre-sentarem seus anseios, so-nhos e sugestões à Comissão sobre Narcóti cos e Drogas.

Para a nossa represen-tante esta é uma oportu-nidade fundamental para

se debater temas como as drogas que têm infl uencia-do cada vezes mais jovens no mundo inteiro. “Vai ser uma óti ma oportunidade de debater a questão da dro-ga como é tratada no nosso país, e não só isso, serve ain-da para saber como as outras nacionalidades enfrentam esse problema”, disse Ruth.

Ruth tem uma consciência de que mora numa cidade em que os jovens começaram a usar drogas aos 10 anos, de-vido às más infl uências.

De acordo com o assessor do programa Jovens de Ex-

pressão, Gercivaldo Pires ter uma brasileira em um evento como esse é grati fi cante para o País. “Certamente, a Ruth está parti cipando da reunião graças a sua capacidade de aproveitar as oportunidades, além dela ser uma batalha-dora, que sabe os seus ob-jetivos e pretende alcan-çá-los. Hoje, principalmente na Ceilândia, os jovens estão cada vez mais vulneráveis ao consumo e ao comércio de drogas. O que falta é oportu-nidade aos jovens”, destaca.

Saiba mais A Comissão de Drogas

Estupefacientes é o órgão central de formulação de po-líti cas no âmbito do sistema das Nações Unidas que trata de assuntos relacionados com a droga, e também é o orga-nismo que rege o trabalho relacionado com as drogas do UNODC. A Comissão acompa-nha a situação mundial das drogas, desenvolve estraté-gias de controle internacional de drogas e recomenda medi-das para combater o proble-ma mundial das drogas, por meio da redução da deman-da de drogas, a promoção de iniciati vas alternati vas e do desenvolvimento e adoção de medidas de redução da oferta.

Este ano, além da parti ci-pação inédita da juventude, a denúncia da Convenção de 1961 por parte da Bolívia deve abordada durante a CND.

No dia 2 de fevereiro deste ano, a revista Nature publicou o arti go The Toxic Truth About Sugar, em que os autores afi r-mam que os açúcares adicio-nados aos alimentos represen-tam perigo para a saúde. Para eles, a ameaça é tamanha que justi fi caria controle semelhan-te ao que é feito com o álcool e o tabaco. Os autores sugerem que a regulação poderia ser feita por meio de impostos ex-tras, proibição das vendas em horário escolar e limite de ida-de para a compra.

Sabe-se que tabaco, ál-cool e dieta inadequada são fatores de risco importantes para o desenvolvimento de doenças crônicas não trans-missíveis como diabetes, câncer e doença cardiovas-cular. Considerando a alta prevalência de tais doenças e o elevado índice de mor-bidade e mortalidade das mesmas, as intervenções se justi fi cam como uma ques-tão bastante relevante para a promoção da saúde.

No entanto, controlar a venda de alimentos ricos em açúcar é mais complicado do que regular o consumo de álcool e tabaco. O açúcar in-tegra inúmeras receitas que compõem a alimentação co-ti diana de diversos grupos populacionais. O álcool e o tabaco sempre possuíram uso restrito para a maior par-te dos povos. Além do mais, o açúcar é barato, tem sabor agradável e grande aceitabi-lidade, o que faz com que a indústria de alimentos não tenha incenti vo para mudar.

É fato que, apesar dos avanços no conhecimento acerca dos males provocados

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Organização das Nações Unidas (ONU) abre espaço para jovens de diversos países debaterem e trocarem experiências com relação às políticas de drogas. A jovem escolhida é do Distrito Federal e promete representar bem o Brasil e trazer novidades

Ruth revela que parti cipar dessa reunião é uma oportunidade para conhecer novos paradigmas

Jovem representa o Brasil na ONU

pela ingestão excessiva de açúcar, o consumo do mesmo triplicou mundialmente nos últi mos 50 anos, inserido no contexto da dieta ocidental rica em alimentos altamente processados e de baixo custo.

Os alimentos in natu-ra possuem pouco açúcar quando comparados com os alimentos processados in-dustrialmente. O consumidor certamente não sabe que 1 copo de suco industrializado, pronto para consumo, pos-sui o total de carboidratos equivalente a 2 colheres de sopa de açúcar refi nado. Tal informação pode ser extraída na embalagem do produto. Infelizmente, as informações nutricionais conti das nos ró-tulos dos alimentos indus-trializados ainda são pouco uti lizadas pelo consumidor.

A substi tuição do açúcar pelos adoçantes dietéti cos é uma alternati va necessária e efi ciente para as dietas espe-ciais, como é o caso dos dia-béti cos. No entanto, o consu-mo excessivo de adoçantes dietéti cos não educa o pala-dar e não resolve o problema da ingestão exagerada de açúcar. Ao consumir grande quanti dade de adoçante die-téti co o paladar conserva a preferência pelo sabor doce.

Trata-se de uma questão bastante relevante e mui-tas vezes desprezada, que é o dano ao paladar induzido pelo consumo exagerado de uma série de aditi vos, den-tre os quais podemos incluir o glutamato monossódico, presente nos alimentos sal-gados. O consumo constan-te de alimentos muito doces ou muito salgados atrapalha o desenvolvimento do gosto por alimentos de sabores su-aves como é o caso das frutas e hortaliças. O resultado são grupos populacionais com baixo consumo de frutas e vegetais, que são alimentos fonte de fi bras e elementos anti oxidantes capazes de proteger o organismo de uma série de doenças crônicas.

Além de buscar alternati -vas educati vas para informar a população quanto aos pe-rigos do excesso de açúcar, é preciso também que o con-sumidor aprenda a identi fi -car em quais alimentos este açúcar se encontra e, acima de tudo, incenti var o consu-mo de alimentos e bebidas no seu estado natural, espe-cialmente as frutas, os vege-tais e a água.

Fabiana Nalon, mestre em Nutrição Humana pela Universidade de Brasília

Companheiros da maioria das mulheres, os cosméti cos, de uma maneira geral, são um grande depósito para bactérias e dependendo do local de armazenamento e modo de uso o risco aumenta mais. O pior são os específi cos para região dos olhos, como lápis, delineadores e máscaras que podem causar alergias, coceiras, conjunti vites e até infecções mais sérias na mucosa ocular.

Segundo o oft almologista Dr. João Luiz Pacini Costa, diretor médico do grupo Visão Insti -tutos Oft almológicos Associados, as maquiagens não devem ser comparti lhadas. “Um rímel, uma sombra ou um lápis de olho, pode ser veículo de transmissão de conjunti vite bacteriana. Por isso, os produtos devem ser pessoais e intransferíveis”, ressalta Pacini.

A remoção correta da maquiagem ocular também é fundamental porque impede a infl a-mação das pálpebras, chamada de blefarite. “É muito comum em pacientes do sexo feminino a patologia que causa coceira, queimação, lacrimejamento, tersóis, visão embaçada e esca-mas nas margens das pálpebras”, explica o especialista.

Fique de Olho:• O rímel e a máscara têm validade pequena, du-

rando até 6 meses dependendo da marca. Qualquer mudança na consistência ou na cor do produto já é um sinal que chegou a hora de trocar. Nunca tente melhorar a qualidade adicionando água ou óleo.

• Os pincéis merecem atenção especial. Poucas pessoas têm o hábito de lavá-los. A limpeza deve ser feita semanalmente com água morna e sabão neutro.

• Para não correr o risco de ter problemas por cau-sa da maquiagem, cheque sempre a data de validade e preste atenção no local adequado de armazenagem que consta na embalagem.

As propriedades anti can-cerígenas do brócolis já fa-zem parte do conhecimento da comunidade cientí fi ca. O vegetal é rico em sulforafa-no – composto que auxilia na prevenção da doença e possui ainda um elemento fundamental para a morte de células cancerígenas, o iso-ti ocianato. Mas os cienti stas ainda não sabem como fun-cionava o mecanismo de pro-teção que estes compostos trazem consigo.

Estudiosos da Universida-de de Georgetown identi fi -caram que o isoti ocianato se adere às proteínas de células danifi cadas pela doença e “ignora” as de células saudá-

veis, esta postura leva a mor-te das células cancerígenas. Os tumores são resultados de mutações genéti cas que desencadeiam uma super-produção celular.

SAÚDE

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DF NOTÍCIAS Brasília, 14 de março de 2012 7

Brasília está repleta de atrações teatrais que farão o público da cidade encher as salas. O ator global Lúcio Mauro Filho chega ao palco da Villa Lobos com sua nova peça cheia de “Clichês”

Serviço:

Serviço:

Serviço:

Lúcio Maurona Villa Lobos

Em seu texto datado de 1919, O Estranho (Das Unhei-mliche), Sigmund Freud afi rma que o duplo, apesar de nos parecer algo de estrangeiro, estranho a nós mesmos, sem-pre nos acompanhou desde tempos primordiais do fun-cionamento psíquico, estando sempre pronto a ressurgir e provocando-nos uma sensa-ção de inquietante estranheza.

A ideia de duplo pode ser explorada por inúmeros desdobramentos: espelhos, sombras, retratos, fantasmas, projeções, transferências, gê-meos… Remo e Rômulo são dois irmãos nascidos e cria-dos numa pequena cidade do sul do Brasil.

Aos 15 anos, Rômulo foge de casa para “fazer o mun-do”; aparece 20 anos depois e encontra um quadro abso-

lutamente diferente do que deixara quando parti u. Entre os irmãos – outrora gêmeos, porque agora é a diferença que os mede – um abismo repleto de fantasmas e toda a sorte de perturbações proporciona um embate em que os papéis pre-cisam de alguma forma ser tro-cados para que haja um acerto de conta com o passado e, con-sequentemente, com o futuro.

Uma mostra rara com 12 obras da premiada cineasta suíça, que discute em seus fi lmes a busca da identi dade feminina.

O Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília apresenta, de 20 a 25 de março, uma rara retrospecti va com 12 fi lmes de Léa Pool, uma premiada cineasta suíça radicada no Qué-bec. Léa é dona de uma vasta carreira em longas de fi cção, documentários e suas obras são marcadas pela busca da identi dade feminina.

A mecânicadas borboletas

Soma Culturaltraz Karina Buhr

Semana da Francofonia

CCBB apresenta Léa Pool

Serviço:

Quando: 20 a 25 de marçoOnde: CCBB SCES, Trecho 2 Conjunto 22Horário: Quarta e quinta, às 20h Ingressos: Entrada franca Classifi cação: segue na programação

Programação Quarta-feira, 21/3

15h – Uma mulher selvagem, 99 min, 35 mm, 16 anos17h – Movimento do desejo, 94 min, 35 mm, 16 anos19h – Pink Ribbons INC., 98 min, blu-ray, 16 anos21h – Leve-me, 94 min, 35 mm, 16 anos

Quinta-feira, 22/315h – A últi ma fuga, 90 min, 35 mm, 16 anos17h – Uma mulher selvagem, 99 min, 35 mm, 16 anos19h – Direto para o coração, 92 min, 35 mm, 16 anos21h – Mamãe foi ao cabelereiro, 97 min, 35 mm, 14 anos

Sexta-feira, 23/315h – A borboleta azul, 97 min, 35 mm, 16 anos17h – A últi ma fuga, 90 min, 35 mm, 16 anos19h – A dama do hotel, 89 min, 35 mm, 16 anos21h – Assunto de meninas, 99 min, 35 mm, 16 anos

Sábado, 24/315h – Movimento do desejo, 94 min, 35 mm, 16 anos17h – Direto para o coração, 92 min, 35 mm, 16 anos19h – Anne Trister, 106 min, Beta SP NTSC, 16 anos21h – A últi ma fuga, 90 min, 35 mm, 16 anos

Domingo, 25/315h – Assunto de meninas, 99 min, 35 mm, 16 anos17h – Mamãe foi ao cabelereiro, 97 min, 35 mm, 14 anos19h – Leve-me, 94 min, 35 mm, 16 anos21h – Uma mulher selvagem, 99 min, 35 mm, 16 anos

Quando: 17 a 21/03Onde: Teatro Oi BrasíliaHorário: 21h Ingressos: Entrada francaClassifi cação: ver programação Informações e programação: (61) 3424-7121 www.teatrooibrasilia.com.br

Idealizado pelo produtor Fernando Teles, o Soma Cultural re-alizou mais de 15 edições independentes em Taguati nga, entre 2006 e 2009. Em três anos, poetas, arti stas visuais e cênicos, mú-sicos e produtores locais integraram diferentes linguagens, esti los e pensamentos da arte experimental, oferecendo uma opção de qualidade para o público.

No próximo dia 16 quem vem parti cipar do evento é a sote-ropolitana Karina Buhr. Ela é considerada umas das novidades promissoras do cenário musical contemporâneo, com sonori-dade e performances originais. Em seu novo trabalho, ela traz somente canções inéditas e autorais e fi cou entre os Top 10 de revista Rolling Stone Brasil.

O show de abertura será com o som experimentalista do gru-po Satanique Samba Trio. No fechamento da noite, entram na pista

os mashups ao vivo do DJ Lucio K. Simultaneamente à programação musical, o público irá interagir com performances cênicas do Coleti vo Palavra e com pinturas ao vivo da arti sta Cida Carvalho. Arcos fl utu-antes de papelão produzi-dos pelo Tempo Eco Arte funcionarão como telas de projeção manipuladas ao vivo pelos VJs Soma e Moll.

O Dia Internacional da Fran-cofonia é celebrado em 20 de março e festejado em Brasí-lia pelo grupo das embaixadas francófonas, que organizam, de 17 a 27 de março, juntamente com instituições parceiras, uma semana com várias atividades, tais como eventos acadêmicos, institucionais, lúdicos, culturais e esportivos. A Organização In-ternacional da Francofonia (OIF) é uma instituição fundada sobre

o princípio de uma língua e de valores comuns e é composta atualmente por 75 países, entre os quais 56 membros e 19 ob-servadores, que reúnem apro-ximadamente 900 milhões de habitantes. O Teatro Oi Brasília participará da semana da fran-cofonia com festival de cine-ma apresentando cinco filmes de origens diversas, tais como França, Togo, Polônia, Burkina Faso, Suíça e República Tcheca.

Serviço:

Quando: 14/03/2012 a 15/03/2012 Onde: Caixa Cultural Brasília – Teatro da CaixaHorário: Quarta e quinta, às 20h Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) Classifi cação: 12 anosInformações: (61) 3206-9448

Quando: 16/03Onde: Espaço Soma Cultural (Qs 10, Conjunto 210 A, Chácara Canto Verde – na divisa entre Taguati nga e Águas Claras, atrás da Universidade Católica de Brasília)Horário: 22hIngressos: R$ 15 (antecipado) R$ 20 (no local)Classifi cação: 18 anosInformações: (61) 8200-9800/ 8426-2341 / 8575-8500

Quem com ferro fere com ferro será ferido, e, como diz o di-tado, a justi ça tarda mas não

falha. Por isso mesmo, já era mais do que chegada a hora e a vez de alguém acertar as contas com os clichês, fa-zendo um espetáculo que colocasse os pingos nos is.

Dizem que a vingança é um prato que se come frio, mas em Cli-chê os espectadores podem espe-rar pelo calor do momento e altas

doses de adrenalina, pois reza a lenda que Lúcio Mauro Filho não é fl or que se cheire, nunca sobe em um palco pra jogar conversa fora e adora jogar merda no venti lador…

E para comandar esse comba-te sem trégua contra os clichês nin-guém melhor do que Rubens Came-lo, que por N moti vos de A a Z é o cão chupando manga quando se trata de colocar ordem nessa casa da mãe Jo-ana, onde nem tudo que reluz é ouro.

Quando: 15/03/2012a 08/04/2012Onde: Centro Cultural Banco do Brasil BrasíliaHorário: Quinta a Sábado, às 21h Domingo, às 20Ingressos: R$6,00 (inteira) e R$3,00 (meia-entrada) Classifi cação: 12 anosInformações:(61) 7811-2904 / 8133-8877

Foto: Divulgação

O Trio do Trem, com-posto por Oswaldo Rios, Nélio Spréa e Júnior Bier, ini-ciou a difusão de seu traba-lho pelo território nacional, no ano passado. Entretanto, seus integrantes já desen-volviam diversos trabalhos para promoção da músi-ca de raiz em sua região. Oswaldo Rios é o fundador do grupo Viola Quebrada, Nélio Spréa desenvolve, anualmente, um Festi val de Música Raiz, e Júnior Bier in-tegra a Orquestra de Cordas do Conservatório de MPB de Curiti ba. Em seu reper-tório, o grupo traz canções de anti gos compositores, como Raul Torres, Alvaren-ga e Ranchinho, Jararaca e Rati nho, Nhô Belarmino e Nhá Gabriela, mas também obras de compositores atu-ais como Tom Zé e Wandi Dorati ott o.

Já a dupla Zé Mulato & Cassiano alcançou, recen-temente, 30 anos de car-reira e é herdeira de uma tradição que sinteti za o hu-mor e a poesia de arti stas famosos no início do século passado, como as duplas Raul Torres e Florêncio ou

Zé Carreiro e Carreirinho, aliada à técnica instrumen-tal de violeiros como Tião Carreiro e Bambico. A du-pla tem como marca a pre-servação da identi dade cai-pira. Em suas “modas”, os violeiros costumam abor-dar a temáti ca do homem do campo, relacionando-a a temas atuais, em letras críti cas e ousadas.

Música de raiz, toadas, cururus, cateretês, gua-rânias, maxixes e muitos causos formam a atmos-fera brejeira do show “Trio do Trem convida Zé Mula-to e Cassiano”, que chega à CAIXA Cultural Brasília para apresentações nos dias 14 e 15 de março (quarta e quinta-feira). Nesse encontro, o trio pa-ranaense se une à dupla caipira, considerada uma das maiores expressões do gênero, para “tomar um cafezinho” com o público e, em meio a causos e uma boa prosa, apresentar o que há de melhor na músi-ca regional. O espetáculo, com patrocínio da Caixa Econômica Federal, tem preços populares.

Viola caipira

Quando: 16/03/2012 a 18/03/2012

Onde: Sala Villa Lobos - Teatro Nacional

Horário: Sexta e sábado às 21h e domingo às 20h

Ingressos: R$60,00 (inteira) R$30,00 (meia)

Classifi cação: 14 anos

Informações: (61) 3325-6256 / 3325-6239.

Serviço: Serviço:

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DF NOTÍCIAS Brasília, 14 de março de 2012 8

CIDADE

Fotos: A. Sabino

Fotos: A. Sabino

“Acho muito importante essas medidas tanto para o consumidor como para a Caesb. Só espero que na hora de cobrar nossos direitos seja tudo solucionado a tempo”. __________Amanda Tavares, assistente de coordenação, 24 anos

“Acredito que as normas são importantes sim, pois dessa forma as pessoasvão poder respeitar e garantir seus direitos, principalmente quando ele está sem pagar a conta por alguns dias”. _______________Gilson Alves Leite, 36 anos

Povo Fala

“Acho muito importante

A Adasa está com novas normas para o usuário e para a Caesb. Essas medidas são importantes?

“Gostei de saber das normas, principalmente na

hora de cobrar meus direitos. Outro dia cortaram

a minha água sendo que estava tudo pago. A Caesb

levou dois dias para atender a reclamação”.

______________Liomar Gomes de Miranda,

mecânico de ar condicionado, 38 anos

Sesi oferece 900 vagas gratuitas do PAF em Ceilândia

A conta de água sempre é objeto de discus-são em condomínios

e nas residências individu-ais. A Agência Reguladora de Águas, Energia e Sanea-mento Básico do Distrito Fe-deral (Adasa) informa que, a parti r do dia 9 de março, começou a ser estabele-cido parâmetros técnicos, responsabilidades quanto à segurança, condições da prestação e uti lização dos serviços públicos de abas-tecimento de água e esgoto sanitário, direitos e deveres dos usuários, em relação à Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). Segundo a reguladora, é uma forma de fazer cumprir o direito do cidadão.

A resolução nº 14/2011 expande e cria novos direi-tos, estabelecendo prazos e procedimentos para a exe-cução dos serviços prestados pela Caesb como a ligação e religação, manutenção da rede, conserto de cavalete, ressarcimento de danos aos usuários, entre outros. Atu-almente, esses serviços são realizados conforme crono-grama estabelecido pela pró-pria Companhia.

A primeira mudança é a aplicação de um contra-to de prestação de serviço entre o cidadão e a con-cessionária. O regulador de serviços públicos da Superintendência de Re-gulação Técnica, Silvo Góis, destaca a importância des-sa revisão em cima da Lei 11445/2007 que estabele-ce as diretrizes nacionais para o saneamento bási-co. “Essa normatização é um instrumento legal para deixar mais claro o atendi-mento e o relacionamento do cliente junto à Caesb. Por isso, realizamos um estudo e verificamos que existia uma série de deter-minações”, destaca Silvo.

Um das novidades é a

criação de normas para reger o contrato de ade-são assinado pelo usuário e pela concessionária, e a obrigatoriedade da Caesb em assumir a prestação dos serviços nos condomínios horizontais já existentes.

A comerciante Márcia Freire, 33 anos, gostou de saber das novas medidas. Ela ressaltou ainda que essas mudanças só favore-cessem os consumidores. “Acredito que isso pode esclarecer a dúvida da po-pulação. Muitas vezes as pessoas não conseguem resolver seu problema jun-to à Caesb e fica por isso mesmo. É bom saber que

temos regras, direitos e de-veres, pois somente desta forma ninguém é passado para trás”, disse.

O administrador Regi-naldo Oliveira Ramos, 28 anos, salienta que é impor-tante para a população sa-ber sobre essas mudanças. “Se tudo isso for verdade vou fi car de olho porque sei que também tenho direitos, caso algo esteja errado. Ano passado a Caesb cortou a minha água sem ter moti -vos. Levaram muito tempo para religar e minha esposa ti nha que fazer comida, foi um transtorno e fi cou por isso mesmo. Agora, já sei o que fazer”, relata.

O regulador Silvo Góis ex-plicou que a Adasa foi criada para fazer cumprir as normas estabelecidas e as medidas buscam melhorar as relações entre os usuários e a Compa-nhia. Ele ressalta também que usuários que não obti verem respostas da Caesb poderão recorrer à Adasa. “Reclama-ções que não sejam soluciona-das pela Caesb o consumidor pode em últi ma instância re-correr ao Núcleo de Atendi-mento da Adasa”, observa.

Caberá à Adasa resolver os casos omissos ou dúvidas suscitadas na aplicação da Resolução, podendo uti lizar de mediação para solução dos confl itos.

Adasa revisa normas no DFAgência reguladora intensifica a fiscalização e estabelece medidas que buscam melhorar as relações entre os usuários e a Companhia Energética de Brasília

Adasa publica resolução que revisa novas normas que podem pesar nas contas do consumidor

A promoção do esporte como meio de inclusão social para jovens é uma das ini-ciativas promovidas pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) por meio das ações como o Programa Atleta do Futuro (PAF). No mês de março, Ceilândia celebra seus 41 anos e será presenteada com uma surpresa para toda a população: ações gratuitas do PAF ao longo de todo o ano. As inscrições es-tarão abertas a partir desta segunda-feira, dia 12 e seguem até o dia 16. São 900 va-gas para as modalidades de futebol, futsal, vôlei e basquete que atenderá alunos com idade entre 6 e 17 anos. A iniciativa é uma parceria do Sesi-DF com a Administração Regional de Ceilândia.

O PAF chegou ao Distrito Federal em 2008 e desde então já atendeu mais de 40 mil crianças e jovens. Diferentemente das escoli-nhas esporti vas, o PAF oportuniza aos jovens de Ceilândia experimentar todas modalida-des forma gratuita. Os alunos, após vivencia-rem diferentes esportes optam por aquele que demonstram mais apti dão. A ideia prin-cipal é fazer com que as crianças escolham a modalidade preferida de acordo com suas habilidades, sob a orientação de um profi s-sional qualifi cado.

Entre as atividades comemorativas do aniversário da Ceilândia, o Sesi-DF realizará aulões demonstrativos para toda a comu-nidade no dia 27, das 14h às 17h, na Praça do Cidadão.

É prerrogativa para participar do PAF que o aluno esteja matriculado na rede de ensino do Distrito Federal. A cada tri-mestre, os professores do PAF analisam

as notas dos alunos e, a partir dos resul-tados do boletim, as crianças são orien-tadas pelos técnicos quanto à importân-cia do rendimento na escola. Em caso de rendimento insatisfatório, os professores alertam os responsáveis e buscam, den-tro da metodologia do PAF, auxiliar no na melhoria das notas. Caso os alunos não demonstrem interesse, podem perder sua vaga no programa.

O PAF é um programa que foge a regra das escolinhas esportivas convencionais. Ele possui caráter interdisciplinar e é di-vidido em fases. A primeira é psicomoto-ra. Crianças de 6 a 8 anos participam das diversas atividades esportivas de maneira lúdica. Na segunda fase, a pré-desportiva, alunos de 9 e 10 anos aprendem, a cada mês, uma atividade diferente, como fute-bol, vôlei e basquete.

A parti r dos 11 anos o aluno pode escolher um esporte para dedicação exclusiva. Dentro de cada ati vidade esporti va, os professores são instruídos a trabalhar temas como éti ca, superação, saúde e autoesti ma, repassados por meio de outra iniciati va do Sesi: “Valores do Esporte” – que visa mostrar os princípios da práti ca esporti va, como espírito de equi-pe, ajuda mútua e liderança. São princípios que ultrapassam as linhas esporti vas para se-rem uti lizados na vida.

Vagas limitadasInscrições: até 16 de março, das 8h às 12h e das 14h às 18hLocal: Praça do Cidadão - CeilândiaInformações: (61) 3581-6880 e 3581-8863.

(62) 3331-3360 - 9310-7448 - 9943-5897Rua Virgílio Godinho Qd. A Lt. 1 e 2. Jardim Taquaral, Pirenópolis-GO

Conforto e sofisticaçãoConforto e sofisticação

Ficar desempregado do dia para a noite é, com certeza, uma das princi-pais preocupações da so-ciedade. E, infelizmente, este, também, é um peri-go real para trabalhadores terceirizados, que pres-tam serviços ao Governo.

Quando o contrato de uma empresa pres-tadora de serviço vence ou é cancelado, auto-mati camente, todos os funcionários perdem o emprego. Mas essa in-segurança, de milhares de trabalhadores, está perto de acabar. É o que promete o Projeto de lei 287/2011, de au-toria do Deputado Chi-co Vigilante (PT/PRB), já aprovado pela Câmara Legislati va e que agora segue para publicação no Diário Ofi cial.

Segundo o Projeto, a empresa prestadora de serviço que substi tuir a anterior será obrigada a contratar os mesmos fun-cionários. Ou seja, consti -tui-se uma vitória para os trabalhadores, que antes fi cavam sujeitos às ques-tões políti cas e, agora, têm seus direitos garanti -dos. Além disso, os órgãos de Governo atendidos por essas empresas terão a conti nuidade do serviço prestado, sem prejuízo.

Mas não para por aí. Ainda, segundo o projeto, caso a nova empresa precise de mais funcionários, ela terá uma só opção, procurar o cadastro único da Agência do Trabalhador. Com isso o trabalhador estará protegido e o interesse público preservado.

Essa medida ain-da benefi ciará todas as partes: funcionário, empresa prestadora de serviço e órgão Público. O trabalhador ganha o direito de permanecer no mesmo cargo, a em-presa de reduzir as des-pesas, com seleção e capacitação de pessoal, e o Governo de não ter as ati vidades paralisa-das até que tudo volte ao normal.

Agência do Trabalhador intermediará mão de obra

Fique atento a algumas mudanças que vão favorecer o cidadão e a própria empresa para que haja um serviço de qualidade. • Prazo de execução de serviços que antes era dez dias reduziu para cinco dias;• A parti r de agora corte por inadimplência só pode ocorrer após 60 dias; • Caso haja corte indevido e, nesse caso, o consumidor esteja com as contas pagas, a Caesb terá apenas 3 horas para fazer a religação, com isso, o consumidor deve receber na próxima fatura um desconto de 20% no consumo;• Quando o técnico da Caesb for fazer a leitura e o cliente não esti ver na residência ele vai fazer a média do consumo. Porém, se a Caesb fi zer três leituras (média) seguidas, na quarta o consumidor leva uma multa. Depois disso, somente fazendo um agendamento, que também acarretará um custo; • Proteger o hidrômetro quando ele esti ver instalado no interior do imóvel;• Passar informações corretas sobre a ati vidade desenvolvida na unidade usuária; • Construir instalações prediais de água e esgotos e limpar e desinfetar a caixa d’água a cada seis meses; • Dentre as inovações, a resolução estabelece os procedimentos a serem observados quando da divergência entre o volume medido no hidrômetro geral e a soma dos volumes dos hidrômetros individualizados. Quando esta diferença fi car em até 10%, a concessionária deverá comunicar o fato ao condomínio para que ele tome providências; quando a diferença chegar a 20% cabe à Caesb encontrar e corrigir os eventuais problemas.