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Fundamentos Teóricos da Crise Global e a Performance

Macroeconômica Brasileira

Luciano Dias de CarvalhoE-mail: [email protected]

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Qual é a real natureza do

mundo em que vivemos?

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"Os macroeconomistas em particular foram caricaturados como uma geração perdida educada no uso de modelos teóricos sem valor, e mesmo nocivos, uma educação que os fez incapazes de conduzir políticas econômicas sensatas. Considero essa caricatura um absurdo e de nenhuma utilidade para se refletir sobre questões maiores (...)” (The Economist 06/06/2009).

"Cometi um erro ao confiar que o livre mercado pode regular-se a si próprio sem a supervisão da administração (...) Ainda não entendi completamente o que aconteceu. Estou chocado" (Congresso EUA 24/10/2008).

“(...) com o desenvolvimento de mercados financeiros organizados, intervém um novo fator de grande importância que, às vezes, facilita o investimento, mas que, as vezes, contribui sobremaneira para agravar a instabilidade do sistema (...). Prosperidade e depressões são fenômenos peculiares a uma economia (de mercado) em que (...) a moeda nunca é neutra” (CW-VII; p.150/1).

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A visão de mundo keynesiana

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O futuro é incerto e imprevisível;A moeda afeta variáveis reais;A oferta de moeda é endógena;O tempo é irreversível;Economia de mercado é descentralizada;Comportamento baseado em convenções;Fenômenos macroeconômicos como

propriedade emergente de um sistema adaptativo complexo.

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Sequência do

Argumento

1 – Fundamento teórico da

crise financeira;

2 - Impactos da crise no

Brasil;

3 - Políticas macroeconômicas

anti-cíclicas;

4 - A economia brasileira pós-

crise.

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Fundamento Teórico da Crise Financeira

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Preponderância do Capital Financeiro

Financeirização do Mundo

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Recomendado

pelo BIS

18

Citigroup

25

GoldmanSachs

30

Lehman

Brothers

31

Merrill Lynch

Grau de Alavancagem Bancária EUA

Fontes: Revista Veja (out/2008) e The Economist (nov/2008)

Bancos Brasileiros Alavancagem < 11Bancos Brasileiros Alavancagem < 11

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HIPÓTESE DE FRAGILIDADE FINANCEIRA

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Paradoxo Minkyano:

Fase Ascedente do

ciclo econômico

Percepção de risco diminui

Fragilidade Financeira Aumenta

MI

d

MICRO

MACRO

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HIPÓTESE DE FRAGILIDADE FINANCEIRA

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Tipologia das Estruturas de Endividamento Minskyana:

Estrutura HEDGE: retorno esperado do capital é maior do que os compromissos financeiros em todos os períodos de pagamento.

Estrutura ESPECULATIVA: os compromissos financeiros às vezes são maiores do que o retorno esperado do capital.

Estrutura PONZI: o retorno esperado do capital é insuficiente para pagar os serviços (juros) da dívida.

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HIPÓTESE DE FRAGILIDADE FINANCEIRA

Dinâmica de Fragilização: (Fase Ascendente do ciclo)

Longo período de estabilidade macroeconômica e de

crescimento (+) otimismo (-) percepção de risco das

firmas e dos bancos (+) investimento financiado via

empréstimo (aumento do passivo das firmas) (+) a

alavancagem dos bancos e a participação dos empréstimos

em seu portfólio (+) dos preços dos ativos (-) ainda

maior da percepção de risco (+) demanda e da oferta de

empréstimo

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HIPÓTESE DE FRAGILIDADE FINANCEIRA

Dinâmica de Fragilização: (Fase Descendente do ciclo)

(+) a taxa de juros (endogeneidade monetária)

fragilização das firmas (hedge, especulativo, ponzi) (+)

inadimplência (-) preço dos ativos (+) incerteza

(piora do otimismo) (+) da preferência pela liquidez

Recessão ou Depressão intervenção do tesouro e

do banco central (Big Government e Big Central Bank).

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Evolução da Crise Financeira

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Fase 12001- 2006: Bolha

Imobiliária.

- Intensa liquidez.- Abundância de

crédito.- Inovações financeiras

- Elevação gradual das taxas de juros.- Fim do período: estouro da bolha.

Fase 22007: Crise crédito

imobiliário.

- Amplitude limitada (EUA). - Primeiras perdas (HSBC: US$ 10 bilhões em fev/07)

Fase 3set-07/set-08:

Crise Financeira Internacional.

- Injeções de liquidez. - Falência Lehman Brothers.

Fase 4Out-08: Crise

Econômica Global.

- Travamento do crédito. - Retração da Liquidez internacional.- Atuação coordenada dos Bancos Centrais.- Economias avançadas em recessão e desaceleração dos emergentes.

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Impactos da crise no Brasil

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Herança Macroeconômica Bendita

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Reformas Macroeconômicas dos últimos 10 anos: Regime de Câmbio Flexível; Sistema de Metas de Inflação; Política de Superávit Primário; Acumulação de Reservas; Reestruturação da Dívida Pública; Diversificação do Comércio Internacional.

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Aumento das Reservas Internacionais

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Fonte: Gabinete Sen. Aluísio Mercadante (SPE/MF)

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Redução da vulnerabilidade externa

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41,242,5

2,3

32,429,5

32,1

36,1

31,0

23,3

13,6

9,5

2,7

45,1

36,6

40,8

1718,318,6

33,2

21,3

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Dívida Externa Líquida / PIB Dívida Externa Total / PIB

Fonte: Gabinete Sen. Aluísio Mercadante

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Taxa de Câmbio Nominal

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Fonte: Ipeadata

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Impactos da crise no Brasil

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Canais de propagação da crise:

Comércio internacional ;

Crédito;

Expectativas.

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Restrição do Comércio Internacional

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Fonte: Ipeadata

4.624,3(06/2009)

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Deterioração das Expectativas

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Fonte: Ipeadata

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Políticas macro-econômicas anti-

cíclicas

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Políticas Econômicas

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Redução do compulsório;

Redução dos spreads dos bancos públicos;

Aumento do volume de crédito dos bancos públicos;

Redução da taxa básica de juros;

Redução de impostos;

Redução do superávit primário.

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Crescimento do Crédito

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Fonte: Gabinete Sem Aluísio Mercadante (Dados: Dez. /Set; 2007/08)

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Taxa Básica de Juros (Selic)

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Fonte: Gabinete Sem Aluísio MercadanteFonte: Gabinete Sem Aluísio Mercadante

Acumulado de 01 a 09 de 2009 7,67%

Acumulado de 01 a 09 de 2009 7,67%

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Produção de Automóveis (quantum: 1991=100)

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Fonte: Ipeadata

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Utilização da Capacidade Instalada

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Fonte: Ipeadata

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A economia brasileira pós-crise

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Cenários para a retomada do crescimento

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4,5

Taxa de crescimento do PIB (var % a.a.)

Taxa de crescimento da produção industrial (var % a.a.)

5,5

-4

-2

0

2

4

6

2005 2006 2007 2008 2010

-3

-1

1

3

5

7

2005 2006 2007 2008 2009 2010 C1 - Travessia Segura e Controlada

C2 - Aposta de Alto Risco

C3 - Travessia na Escassez

C4- Nova Crise à Vista

Expectativas de mercado (mar/09)

4,03,0

-1,5

3,5

4,8

-2,0

2,03,5

Fonte: Macroplan, 2009

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Fortalecimento Relativo do Brasil

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Redução do hiato de renda entre o Brasil e os países da OCDE;

Brasil supera a crise sem elevação significativa do seu passivo;

Maior peso nas instituições financeiras internacionais;

Volta das Políticas keynesianas para o centro da gestão do Estado.

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Fundamentos Teóricos da Crise Financeira Global e a

Performance Macroeconômica Brasileira

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