DC 29/06/2012

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~ ´ Ano 87 - Nº 23.656 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h55 www.dcomercio.com.br São Paulo, sexta-feira, 29 de junho de 2012 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 6 5 6 HOJE Parcialmente nublado Máxima 25º C. Mínima 12º C. AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 13º C. INVERNO JA EM LIQUIDAÇAO ESTAÇAO DA CRISE O inverno está passando rápido no comércio. Nuvens de pessimismo levaram às vitrinas os avisos de liquidações antecipadas para roupas, sapatos e acessórios. Junho fraco, é preciso girar estoque e pagar contas. Pág. 13 CONTRA GOLPE! Marcelo Aguiar/EFE O PARAGUAI. Agora é o BC: PIBinho de 2,5%. Página 15 Tubarão Azul já arrancou R$ 32 bi de Eike Batista Página 17 Leve os melhores caminhos na mala Novos guias ajudam a organizar seus passeios. Boa Viagem. Pág. 22 GM Spin. Este vale por dois. Conheça o modelo que, de uma só vez, substitui Meriva e Zafira. Pág. 21 Divulgação FERIAS Brindemos nos alegres cálices (libiamo ne ´ lieti calice): é o brindisi de La Traviata com o qual Woody Allen ilustra um dos belos momentos de Para Roma com Amor (Penélope Cruz no elenco, foto). Brindisi nos remete à Roda do Vinho, ao escrever sobre uma especial degustação de queijos e vinhos. Mais, para começo de férias: A Era do Gelo 4 (acima) e Missa Solene, de Beethoven, (dir.) na abertura do Festival de Campos. Como se pode ver na pág. 8, o clima nas ruas paraguaias, uma semana após o impeachment de Lugo, é de plena calma, mas a gritaria internacional de "é golpe!" não cessa. E um golpe se desenha na reunião do Mercosul em Mendoza (à dir.): a exclusão do Paraguai e a inclusão da Venezuela, que, ao contrário do primeiro, está longe de cumprir as exigências de democracia do organismo. Pág.8 Paris Filmes/Divulgação Fox Film/Divulgação Arquivo DC ~ ´ d cultura

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Diário do Comércio

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Ano 87 - Nº 23.656 Jornal do empreendedorR$ 1,40

Conclusão: 23h55 www.dcomercio.com.br São Paulo, sexta-feira, 29 de junho de 2012

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23656HOJE

Parcialmente nubladoMáxima 25º C. Mínima 12º C.

AMANHÃParcialmente nublado

Máxima 26º C. Mínima 13º C.

INVERNO JA EM LIQUIDAÇAOESTAÇAO DA CRISE

O inverno está passando rápido no comércio.Nuvens de pessimismo levaram às vitrinas os

avisos de liquidações antecipadas pararoupas, sapatos e acessórios. Junho fraco, épreciso girar estoque e pagar contas. Pág. 13

CONTRA

GOLPE!

Mar

celo

Agu

iar/

EFE

O PARAGUAI.

Agora é oBC: PIBinho

de 2,5%.Página 15

Tubarão Azul jáarrancou R$ 32 bi

de Eike BatistaPágina 17

Leve os melhorescaminhos na malaNovos guias ajudam a organizarseus passeios. Boa Viagem. Pág. 22

GM Spin.Este valepor dois.Conheça o modelo que,de uma só vez, substituiMeriva e Zafira. Pág. 21

Divulgação

FERI

AS

Brindemos nos alegres cálices(libiamo ne ́ lieti calice): é o brindisi deLa Traviata com o qual Woody Allenilustra um dos belos momentos dePara Roma com Amor (Penélope Cruzno elenco, foto). Brindisi nos remeteà Roda do Vinho, ao escrever sobreuma especial degustação de queijose vinhos. Mais, para começo deférias: A Era do Gelo 4 (acima) eMissa Solene, de Beethoven,(dir.) na aberturado Festival de Campos.

Como se pode ver na pág. 8, o clima nasruas paraguaias, uma semana após oimpeachment de Lugo, é de plena calma,mas a gritaria internacional de "é golpe!"não cessa. E um golpe se desenha nareunião do Mercosul em Mendoza (à dir.):a exclusão do Paraguai e a inclusão daVenezuela, que, ao contrário do primeiro,está longe de cumprir as exigências dedemocracia do organismo. Pág. 8

Paris Filmes/Divulgação

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sexta-feira, 29 de junho de 20122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

O pacote da quinzena foirecebido com ceticismo por

empresários e analistas. E até oBanco Central não se mostramuito confiante com as

perspectivas para a economia.

opinião

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

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Esse "choque de realidade" da turma de Alexandre Tombini vai causar mal estar no mundo oficial.José Márcio Mendonça

Est e ro i d e sna economia

JOSÉ

MÁRCIO

MENDONÇA

Ogoverno parece ca-da vez mais estar sepautando um ditoda sabedoria popu-

lar que ensina que de "grão emgrão a galinha enche o papo" noseu papel de incentivar o cres-cimento da economia e prote-ger o Brasil das maldades domundo exterior: "de PAC emPAC o PIB engorda" tem sido olema da política econômica emtempos recentes.

Ontem, nesta linha, tivemosuma nova de "ração" com vis-tas à elevação do PIB, esta ago-ra apelidada de PAC dos Equi-pamentos, com um incentivode mais R$ 6 bilhões e uns que-brados para compras governa-mentais. Houve também redu-ção dos juros oficiais do BNDES.Foi o oitavo pacote desse tipolançado desde que a crise eco-nômica mundial voltou ao ar –um evidente sinal de que as ra-ção estão fracas , ou que nãosão as mais indicada.

Todo esse lançamento festi-vo teve direito a discursos,ainda otimistas, da presidenteDilma Rousseff e do incorrigí-vel panglossiano ministro daFazenda, Guido Mantega, complateia seleta de convidados.Para a presidente, as maioresdificuldades do Brasil estão namídia, o que quer dizer que pa-ra ela os problemas não sãotão reais quanto a imprensaretrata – e que o Brasil real co-meça a sentir.

Por seu lado, Mantega aindaassegura que no segundo se-mestre dias melhores virão e aeconomia anualizada estarácrescendo no nível de 4% a4,5% no fim do ano.

O pacote da quinzena, no en-tanto, foi recebido com certoceticismo pelos empresários epor analistas: necessário, masnão suficiente, foi a tônica dasrepercussões (sobre isso, acon-selha-se a leitura do artigo deontem, neste mesmo espaço,do professor Roberto Fendt, "Aeconomia e seus incentivos").Já se sai de um pacote espera-do-se pelo seguinte.

Nem o Banco Central pa-rece partilhar mais dootimismo oficial ema-

nado da Fazenda e do Paláciodo Planalto. Por coincidência,ontem, somente um dia de-pois de o novo derivativo doPAC ter sido dado à luz, o Ban-co Central, em seu "BoletimTrimestral e Inflação" – umaampla análise da situação daeconomia brasileira e suasperspectivas para os próxi-mos meses – refez, para pior,alguns de seus cálculos.

De forma surpreendente, oBC reduziu drasticamente aprevisão do PIB para este ano,de 3,5% para 2,5%, aproximan-do-se assim do que esperam osanalistas de mercado por eleconsultados semanalmentepara o boletim Focus. Segundoesses especialistas, o PIBinho

brasileiro estará no fim de 2012em 2,18%, longe de qualquersonho presidencial. É outra pro-va de que até no mundo oficialnão há muita confiança nosefeitos regeneradores, a curtoprazo, das últimas levas de pa-cotes econômicos.

Para completar, o BancoCentral ainda revisou pa-ra cima a sua previsão pa-

ra a inflação oficial deste ano(IPCA do IBGE) para 4,7%, pelaprimeira vez admitido por elecomo passível de ficar acima docentro da meta oficial de 4,5%.E isso num momento em que osíndices de preços ao consumi-dor davam sinais de estar seacomodando. Esse "choque derealidade" da turma de Alexan-dre Tombini deverá causar malestar no mundo oficial.

EYMAR

MASCARO

O PSDB FOGE DASCASCAS DE BANANAS

A situação eleitoral de momentoé amplamente favorável a Serra,

que vem mantendo o índicede 30% de intenção de voto nas

pesquisas. Haddad estavacom 8%, mas caiu para 6%.

Qual a explicação, en-tão, para o governocontinuar insistindo

nos periódicos pacotes para aeconomia, de efeitos restritos,de pequeno alcance, e que, al-gumas vezes, ao arrumaremum cômodo da casa, desarru-mam outro? Não é possívelque o ministro Mantega e suaequipe de auxiliares, bem co-

mo a presidente Dilma, quetêm formação em economia,não saibam das limitações desuas medidas e das distorçõesque elas podem gerar.

Aresposta à pergunta vaibater no de sempre: ogoverno, por seus com-

promissos com o passado re-cente, do qual é herdeiro e se-guidor, não tem condições polí-ticas de ir mais fundo na rees-t ru turação da economianacional, por que não consegueo apoio dos partidos aliados. Pe-lo contrário, a presidente Dilmatem diariamente de tourearameaças que vêm do Congres-so, de interesses não satisfeitosde aliados "muy amigos." As-sim, fica apenas no conjuntural,da mão para a boca (o artigo doprofessor Fendt dá um breve

roteiro doque ser ian e ce s s ár i ofazer de fato).

Os pacotes pa-recem uma forma deganhar tempo, possi-velmente à espera de ummilagre. Acontece que mila-gres dificilmente acontecem eo último que tivemos, pelos la-dos na economia, nos idos dosanos l970, não deixou nenhu-ma saudade.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É

J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

José Serra vai seraconselhado a sercauteloso na condução

de sua campanha na TV,para não cair na armadilhado PT, que pretendeforçar o candidato tucanoa polarizar a briga pelaprefeitura de São Paulo comLula e não com FernandoHaddad. Será o mesmo queocorreu na disputapresidencial em 2010, emque o próprio Serra passoua campanha respondendoàs provocações doex-presidente, e não dacandidata Dilma Rousseff.

O PT quer aproveitar apopularidade de Lula paraalavancar a candidatura deHaddad que, por ser aindadesconhecido da maioriados eleitores, estácaminhando a passos detartaruga nas pesquisas.

Além da popularidadedo ex-presidente, o partido

pretende explorar tambéma imagem de Dilma naTV ao lado do candidato.Detalhe: Haddad só temuma chance de alcançarêxito na eleição de outubro,herdando votos em massado ex e da atual presidente.

Asituação eleitoral demomento em São Paulo

é amplamente favorável aSerra, que vem mantendoo índice de 30% de intençãode voto nas pesquisas.Haddad estava com8%, mas caiu para 6%.

Apesar da alta diferençaentre os dois candidatos,Lula faz outra leitura doandamento da campanha,entendendo que Serra"patina nas pesquisas".O que leva o ex-presidentea fazer tal declaração é o fatode Serra ter estacionadona casa dos 30%.

Nem os petistas, contudo,

seriam capazes denegar o favoritismo de Serra,que é mais conhecido doseleitores por ter sidodeputado, senador, prefeitoe governador. É com estecurrículo que o tucano vai"vender" ao eleitor a tesede que é mais experientedo que os adversáriospara administrar a cidadede São Paulo, com seus11 milhões de habitantes.

O tucano quer estancaro slogan que Lula crioupara conduzir a campanhado petista, explorando

o "novo". O ex-presidentepensa convencer oseleitores de que seucandidato tem ideias maisnovas do que o tucano. MasSerra pretende desmontara tese do "novo" acusandoHaddad de conhecer poucoos problemas da cidade.

Ocomando dacampanha do

PSDB quer aproveitar oconhecimento que Alckmin,Afif e Gilberto Kassab têm deSão Paulo para assessorarSerra nas horas em que

os candidatos discutirão,principalmente em debates,as prioridades do município.

FFaltando três mesespara a eleição, continua

predominando no PT e noPSDB a projeção de queFernando Haddad será ocandidato que vai polarizara campanha com Serra,ambos devendo decidir aeleição no 2º turno, emborao candidato do PRB, CelsoRussomano ainda seja quemmais se aproxima do tucanonas pesquisas, com 24%de preferência eleitoral.

Os marqueteiros,porém, achamque a campanhade Russomano vaidesidratar quandoele for obrigadopela legislação a seafastar do programaque apresentana televisão. É

que Russomano seaproveita de sua aparição naTV para dar continuidade àdefesa que faz doconsumidor há tantos anos,que começou quando eraapenas um repórterde televisão. Graças aocontato constante comos eleitores, ele acabou seelegendo deputado.

EYMAR MASC ARO É J O R N A L I S TA E

CO M E N TA R I S TA P O L Í T I CO

MASC ARO@B I G H O S T.CO M .BR

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sexta-feira, 29 de junho de 2012 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião MOVIMENTO BIRTHER NÃO SOUBE ESCOLHER CAMINHO MAIS ADEQUADO PARA ANULAR OBAMA.

Aparências respeitosas

OLAVO DE

CARVALHO

Desde o começo dasua epopeia, os bir-thers não seguirama estratégia mais

simples e racional que terialhes permitido, já em 2008, jo-gar Barack Hussein Obama nalata de lixo da História de umavez para sempre.

A tese que defendiam erasubstancialmente verdadei-ra: o homem havia se apresen-tado às eleições com falsaidentidade. O lugar dele, por-tanto, não era na Casa Branca,nem mesmo no Senado ou nalista de candidatos à presidên-cia. Era na cadeia.

Tendo nas mãos a prova docrime, poderiam tê-la desfe-chado logo no coração do ini-migo, como uma bala de pra-ta, e ir para casa seguros deque haviam não só dado cabodo vampiro, mas aleijado gra-vemente a ala esquerda doPartido Democrata.

Bastava um processo crimi-nal contra o qual Obama, en-tão mero candidato, não tinhaa proteção da imunidade pre-sidencial nem podia mobilizaro aparato repressivo e a má-quina publicitária do Estado,como veio a fazer mais tarde.

Em vez disso, preferiram darao caso as dimensões de umacrise constitucional, compli-cando tremendamente a guer-ra e envolvendo-se em intermi-náveis discussões sobre a ele-gibilidade e a nacionalidade docandidato, que debilitaram suacausa ao ponto de dar-lhe aaparência de uma "teoria daconspiração", expô-la a todasorte de gozações maliciosas econdená-la a uma sucessão dederrotas judiciais.

Desde logo, a lei determinaque acusações de inelegibili-dade, uma vez vitorioso o can-didato, só podem ser apresen-tadas por quem comprove tersido pessoalmente prejudica-do no curso das eleições. Co-mo ninguém tem como provarisso, e só quem tem, que éJohn McCain, não quer briga,todos os processos tentadospelos birthers até agora foramrejeitados in limine.

Em segundo lugar, a prova deinelegibilidade dependia da in-terpretação que se desse ao

NEIL

apavorado

Ferreira

TEM CACHORRO LOUCO SOLTO NAS RUAS

preceito constitucional de quesó cidadãos americanos nati-vos podem ser candidatos àpresidência. Os birthers argu-mentam que, para os signatá-rios da Constituição, "nativo"significava nascido em territó-rio americano de pais (no plu-ral) americanos. O argumentoestá certo, em princípio, masnem todos os constitucionalis-tas admitem que o texto do do-cumento fundador do Estadoamericano deva ser interpreta-do no seu sentido originário.

Muitos querem adaptá-lo ao"espírito dos tempos".

Pode-se alegar que esseespírito é muitas vezes o es-pírito de porco, mas o fato éque o debate já existia desdemuito antes do caso Obama:o argumento constitucional,portanto, dependia de umapremissa que nada tinha de

unânime ou autoprobante.

Em terceiro lugar, a pró-pr ia inexistênc ia deprovas válidas da na-

cionalidade de Obama, emvez de ajudar os birthers,acabou por favorecer o sus-peito. Escorado no direito àprivacidade, o espertinhomanteve quase todos os seusdocumentos trancados a se-te chaves, sabendo que umainvestigação para tirar a coi-sa a limpo só poderia reali-zar-se por ordem judicial eque não haveria ordem judi-cial sem processo.

Por que o movimento bir-ther escolheu o caminhomais complicado e até hojecontinua a trilhá-lo entre do-res e humilhações?

Em 2008 já havia sérios indí-cios de que era falsa a certidão

resumida que o bloco obamistahavia divulgado para exorcisaràs pressas a vaga suspeita deum nascimento queniano, es-palhada pela internet. A provaefetiva da falsidade, porém, de-pendia de exames periciais quesó um juiz poderia ordenar nocurso de um processo.

Logo em seguida, porém,veio uma prova materialmuito mais evidente,

muito mais contundente,que não dependia de perita-gem nenhuma, por ser visívelcom os olhos da cara. Não es-tava na certidão de nasci-mento, mas no certificado dealistamento militar (selecti-ve service) de Barack Hus-sein Obama: num lance dig-no do Exterminador do Futu-ro, o homem tinha assinadoem 1980 um formulário que

só viria a ser impresso em2008. E o carimbo com a datat inha sido patentementeadulterado, recortando os al-garismos 0 e 8 para montarum simulacro de "1980", semo 1 e o 9. Não poderia ser maisevidente a tentativa de cons-truir uma falsa biografia ofi-cial ex post facto por meiospueris.

Sem nem mesmo levantar aquestão da inelegibilidade, umprocesso-crime por falsidadedocumental, ainda que nãochegasse a conclusão nenhu-ma antes das eleições, teriabastado para mostrar ao eleito-rado a verdadeira face de Bara-ck Hussein Obama, desmorali-zando sua candidatura pelo ca-minho mais simples e rápido.

Se os birthers não percebe-ram isso ou não quiseram admi-ti-lo, foi, entre outros motivos,

pelo seguinte: quem cantou abola do alistamento militar foi acolunista Debbie Schlussel,que em alguns meios conserva-dores tem a fama de excêntricaamalucada. E o crime que eladenunciava era tão grosseiro,tão estúpido, que podia soar in-verossímil.

Quem iria acreditar queum senador america-no, candidato à presi-

dência, conseguira enganaro seu próprio partido e a na-ção inteira com um truquebocó? Com toda a evidência,o critério da credibilidadeaparente e do "prestígo dafonte", falou mais alto que oda materialidade dos fatos. Aacusação de inelegibilidadepareceu alternativa maisrespeitável.

Os b i r the r s , em suma,acharam que seguindo a dicade Debbie Schlussel ficariamparecendo um bando de ma-lucos. Ao optar pela aparên-cia respeitável, não notaramque estavam cedendo o ter-reno ao inimigo: uma vezeleito e empossado, Obamajá não era um simples indiví-duo – era "a Presidência". In-vestido, assim, da mais res-peitável das aparências, afi-velou com a maior facilidadea máscara de malucos no ros-to daqueles que tudo haviamsacrificado para evitá-la.

Moral da história: antesuma verdade inverossímil doque uma verossimilhançaenganosa.

OL AVO DE CA RVA L H O É E N S A Í S TA ,J O R N A L I S TA E P RO F E S S O R DE FI LO S O F I A

Os birthers optaram pelaaparência respeitável noseu combate a Obama,

sem se dar conta deque estavam cedendoo terreno ao inimigo.

Chamem a carrocinha.Mesmo tendo sidovacinado, sinto medo

de tentar falar de duas coisasque pensava não existirem

trabalhavam de fato e pravaler. Não havia vaga degaragista da Câmara deVereadores, ganhando 23mil pilas por mês, semnunca aparecer na garagem.

As catiguria num véviafazeno grévi nem ameaçanodi fazê elas. Não sabotavamo metrô quase dia sim dianão, atirando milhões depessoas à Rua da Amargura,para percorrê-la a pé horas afio, para não perder o dia e,não raramente, o emprego.

Trabalhador quetrabalhava sentia

orgulho, não só canseira, malestar e raiva, mais tardeinsufladas pelos ex-querdistas, por ter tabalhadoo dia inteiro. O Partido dosTrabalhadores é contra ostrabalhadores quetrabalham. Seu principal (esuspeito, único) comandante,desde o princípio dos tempos,fez uma vitoriosa carreiraarmando greves. Greve,sabe-se, é ter aumento desalário e receber o aumentoe o salário "dos diasparados" sem trabalhar – e,eventualmente, levar à

falência a fonte de trabalho.Relembrada a carrocinha,

apresento aos mais jovenso cachorro vitimado pelovirus da raiva. Geralmentetem olhos esbugalhados,expressão de dor, que talvezseja real (há as que desconfiofingidas), babando,rosnando, latindo sem parar.E mordendo.

Quando criança, emCerqueira Cezar, eu e maisuns 5 moleques fomosmordidos por um desses,certamente não vacinado,desaparecido logo depois doato criminoso que nosvitimou em plena luz do dia.

Oúnico médico dacidade receitou o

único medicamento entãoconhecido – não lembro onome e nem sei se aindaexiste, já que os cachorrosloucos sumiram da paisagem– 31 injeções na barriga, emvolta do umbigo, uma por dia.Há quem ache, lendo os meustextos, que não fui curado detodo. Não fui.

Não tenho sabençacientífica para saber como oscachorros são contaminados.

Já ouvi falar que os morcegostransmitem o virus da raiva,mas não entendo como ostransmitem. Dizem que osmacaquinhos que vêm comerbanana na minha mão, nomeu jardim, também otransmitem; se fui mordidopor um deles e estoucontaminado, não percebi.

Nesse caso, eu poderiacontaminar o Fedegosoe o Chicão, se os mordesseà traição. Isso nos leva aodilema ainda não resolvido :quem nasceu primeiro, ovirus da raiva ou o cachorro?O ovo ou galinha?

Afirmo com convicção,mas sem nenhuma

prova, que identifiquei comocontaminada a presença,nestas capitanias, deum Cérbero feroz,amedrontador, exibindo babapastosa escorrendo peloscantos da bocarra, comganidos lancinantes,rosnados ameaçadores,dentes arreganhados, latindocom franqueza: "Pra ganhá ainleissão vô mordê as caneladus inimigo". Vai. Já está.

Elle avisou que vai mordercanela. Eu aviso: chamema carrocinha e tomemvacina antes que seja tardedemais."Quem avisa amigoé", avisa a vox populi vox Dei.

"VOU MORDÊ ASCANELA", AMEAÇOU.FOCINHEIRA NELLE.

NEIL FERREIR A É PUBLICITÁRIO

mais nestas latitudes.Latitudes: regiões em que

latem só cachorros saudáveise vacinados com a vacina

tríplice, que inclui aquelacontra a raiva.

Regiões que semantêm

a umarelativamasseguradistância

do "país dos mais de 80%".Os mais antigos, como eu,

da geração hoje premiadacom raros cabelos brancose sabedoria ancestral(ancestrais de nós mesmosque somos, não essesmoleques travessose gatinhas gostosas deapenas 55, 60 aninhos que,saltitantes, povoam oscomerciais de produtosgeriátricos milagrosos ede casas de repouso,verdadeiros spas para quempode pagá-las), digo, nós,os detentores da sabedoriarevolucionária do Livro

Vermelho do ComandanteMao, temos pleno

conhecimento doque seja cachorrolouco solto nasruas. Na época,aliás, recolhidospelas carrocinhas,com enormes

riscos para os malpagos trabalhadores

públicos.

Uma lenda urbana, quea meninada conhecia de

trás para diante, contavaque a carrocinha levava oscachorros para fazer sabão.Nunca vi sabão feito comcachorro apreendido. Talvezos captores os comessem,ensopados ou assados,segundo milenares receitaschinesas. Naqueles temposbíblicos, não havia PTe nem cumpanherada.Os trabalhadores públicosReprodução

AFP

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sexta-feira, 29 de junho de 20124 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Bons de salário333 O ministro Guido Mantega,da Fazenda, é um dos doismaiores salários entre os700 mil servidores do PoderExecutivo: recebe liquido,mensalmente, mais jetons por

participação nos conselhos da Petrobras e da BR, R$ 36.297,94,a mesma coisa que a ministra Miriam Belchior, do Planejamento,recebe, com jetons originários dos mesmos conselhos. Mantega,no passado, era o consultor econômico do PT e na campanha de2002, até pregava o calote; Miriam foi levada para Brasília porLula, que a transformou em assessora. Ela havia sido casada como prefeito assassinado Celso Daniel. A permanência dos doisem altos postos no governo Dilma foi uma exigência de Lula.

[email protected] 3 3

k

Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

333 Domadora de ministros edemais subordinados, DilmaRousseff está encostada na paredecom dificuldades em brecar ochamado instinto animal dos

empresários (a expressão é de Delfim Netto) em época de crise.Poderosos do empresariado nacional viram as costas ao Planal-to, tratam mais é de se defender e o mercado não reage às iniciati-vas do Governo, incluindo o PAC Equipamentos que, segundo muitos,só propiciará maracutaias nas compras. Graça Foster diz que “aqui édesconforto 365 dias por ano, 24 horas por dia”, enquanto as ações daPetrobras e da OMX, de Eike Batista, rolam ladeira abaixo. Em menosde 24 horas, o Banco Central despejou R$ 10 bilhões no mercado. Ainadimplência cresce (no cartão de crédito, bate recorde), os brasileirosnão compram, querem mais é rolar dividas a juros mais baixos.

333 Depois de sua apresentaçãono Rio, a cantora Jennifer Lopez(à esquerda, com Alinne Rosa,da banda Cheiro de Amor) numaárea reservada próxima de seu

camarim, no HSBC Arena, recebeu alguns convidados do showbizbrasileiro, tirou fotografias e foi bastante agradável. Entreos que circularam por lá estavam Bianca Rinaldi (centro) eBárbara Evans, filha de Monique Evans (direita). No mais,decepção geral: Jennifer atacou de playback (não é novidadeporque Madonna sempre usou o mesmo recurso).

MAIS: a ira do pessoal láde cima é total. Só queGraça tem o aval de Dilma:"Faça tudo o que vocêachar que deve ser feito."

MISTURA FINA

Marinho 2014333 Um dos principaisarticuladores da aliança entreLula-Fernando Haddad comPaulo Maluf foi o prefeito petistade São Bernardo do Campo,ex-ministro e ex-presidente daCUT, Luiz Marinho (elegeu-seespecialmente por carregar ocantor Luiz Aguiar na vice).Quem convenceu o ex-presidente a ir até a cada deMaluf foi mesmo Marinho. Teriatido, antecipadamente, com o ex-prefeito uma conversa voltadapara 2014, quando Marinho querser o candidato do PT ao governode São Paulo. Lá na frente,colocaria todos juntos no seupalanque: Maluf, Lula e Haddad,que acredita que vença.

FALSO PROFETA333 O ministro Guido Mantega,da Fazenda, é chamado defalso profeta em círculosempresariais de poder defogo. Agora, de novo, acabade refazer suas previsões decrescimento para este ano, quebaixaram de 3,7% para 2,5%.Nelson Barbosa, secretário-executivo do ministério, nasúltimas conversas que tevecom Dilma, sem a presença deGuido, tem sido mais realista:acha que não passa de 1,5%.

Graça Foster suspendeugrandes investimentos daPetrobras no Maranhãoe no Ceará. E não sabequando volta aos projetos.

Foto: Gina Stocco

Fora do poder333 O ex-primeiro-ministrobritânico Tony Blair também sedefende com palestras pelaEuropa, especialmente agora como euro ameaçado. Esta semana,estava em Roma e na platéia,tinha apenas três brasileiros. Eeles ouviram Blair dizer que sóteve celular depois de deixar deser primeiro-ministro em 2007. Aí,enviou um torpedo a um amigo enão foi reconhecido. “Com 24horas fora do cargo, já tinhamme esquecido”. Um dessesbrasileiros, a propósito, lembravahistória sempre contada por JoséSarney sobre sua última semanano Planalto: depois das 17 horas,não conseguia nem um caféporque o pessoal da copa jáhavia debandado.

EM ALTA333 Há algum tempo, LuciliaDiniz levava o cantor Latinopara todos os cantos,patrocinava seus CDs e otransformava em atração desuas festas. Agora, as ricas deSão Paulo andam encantadascom o cantor Seu Jorge. Nessesdias,RaquelSilveira,ex-RodolfoPirani, ex-Nizan Guanaes e ex-PauloRicardo,levouSeuJorgepara grande festa que ofereceu.Ele chegou a bordo de suaLamborghini Gallardobranca, avaliada em R$ 1,7milhão. Detalhe: ele mantémum romance secreto comuma entusiasmada socialiteda cidade, presente na festa.

Hit na campanha333 O hit Eu Quero Tchu, EuQuero Tcha, que virou músicada campanha de José Serra –Eu Quero Serra, Eu Quero Já –vai ganhar outras versões, ouseja, letras diferentes. O autorShylton Fernandes, paraibano,negocia a cada versão (e letra)nova: quer manter gorda suaconta bancaria já por conta deJoão Lucas e Marcelo e da trilhasonora de Avenida Brasil. No CDoficial da novela, a música nãofoi incluída: a nova dupla estánegociando com gravadoras etambém não tem CD. NoYouTube, cada show de JoãoLucas e Marcelo, com Eu QueroTchu, Eu Quero Tcha, acumulamais de 20 milhões de acessos.

EM QUEDA333 A saída do chef SalvatoriLoi, depois de 13 anos, dorestaurante Fasano, estáligada diretamente à quedade faturamento da casa,uma das mais caras do país.Ele próprio repete: “O clienteque ia lá cinco vezes por mês,agora vai uma”. Se Salvatorenão tivesse feito umacomposição com o Girarrosto,de Massimo Barletti, seriademitido em pouco tempo:ele se recusava a mudar ospratos, usar ingredientesmais baratos e nem queriaouvir falar em participação(ganhava mais de R$ 50 milpor mês). A pressão vinha dosexecutivos da JHSF, dona dosrestaurantes e hotéis Fasano(e Gero) diante do insucessode algumas investidas.

Já sou rica, então não vou roubar.

Dilma naparede

Jennifer emplayback

333 POR ERRO de edição, nacoluna de ontem a pérola do diasaiu truncada. A frase correta deGilmar Tato, líder do PT naCâmara Federal, defendendo amanutenção da Voz do Brasil,era:" Quem não quiser ouvir, botaum CD. Pobre gosta de ouvir".

333 O SENADOR Aécio Neves(PSDB-MG) está solteiro: acabade romper seu relacionamentode três anos com Letícia Weber.Não é a primeira vez: antes, osdois já se separaram por outrasduas vezes.

333 O CANAL A&E da TVfechada foi impedido, por liminar,de apresentar, esta semana, oúltimo episódio da série Até quea morte nos separe: era umprograma sobre o assassinatodo coronel aposentado da PM deSão Paulo, Ubiratan Guimarães(ele comandou a invasão doCarandiru, em 1992), há quasecinco anos. Os advogados deCarla Cepolina (ela também éadvogada), namorada deUbiratan na época e suspeita,alegaram que o documentário“condenava a ré antes dojulgamento”.

333 AS SACOLINHAS deplásticos estão de volta aossupermercados, incluindograndes redes como Pão deAçúcar. São menos resistentes(até seis quilos), os caixas tratamde reforçar e ostentam informa-ções sobre reciclagem.

333 QUEM tem assistido na TVos comerciais sobre comousar a faixa dos pedestres, nacampanha da prefeitura deSão Paulo, não pode deixarde aplaudir a boa forma daveterana Wanderléa, 66 anos,a ternurinha da Jovem Guarda,cantando Pare o Casamento. Amúsica virou uma espécie dehino da cantora, desde os anos60: é uma versão de Stop theWedding, de Resnick/Young,feita por Luis Keller.

333 ESTÁ no livro de WalterGarcia sobre João Gilberto: hádécadas, o cantor andava denamorico com Nana Caymmi edona Stella Maris, mãe dela emulher de Dorival Caymmiacabou proibindo. Justificativa:“Basta um baiano em casa”.

BTG vs. OGX333 As empresas de Eike Batista perderam num único dia R$7,2 bilhões com a queda do valor de mercado (um quarto dototal) da OGX. E não apenas a previsão de menor produção depetróleo é que gerou a desconfiança do mercado: pouco maisde uma semana antes do mega-tombo, o BTG Pactual, de AndréEsteves, vendia grande volume de ações da OGX, transfor-mando-se, segundo os especialistas, na maior patrulhaavançada das apostas do mercado contra a OGX. O quesignificará o final do romance entre Esteves e o bilionário.

Sensual esessentona

333 Quem diria: aos 64 anos,Lilian Gonçalves, a rainha danoite de São Paulo (já chegou ater 12 casas noturnas, no centroda cidade, da Biroska ao Bar do

Nelson), acaba de posar para um ensaio sensual para a fotógrafaGina Stocco, a mesma de Brunete Fraccaroli. Esses trabalhosserão reunidos num livro com mulheres que não são modelos.Lilian foi personagem da minissérie JK, atuou em nove longa-metragens, gravou seis discos e apresentou três programas de TV(Gazeta e Record). Já lançou sua biografia, A Vida Brilhando emNeon, foi enredo da escola de samba Vai-Vai, que ganhou em1996 e agora prepara outro livro, Lilian Gonçalves Conta Tudo.

IN OUTh

h

Jaqueta de nylon. Jaqueta de couro fake.

VAL MARCHIORI // anunciando seus planosde se candidatar à deputada federal em 2014.

CHARGE DO DIA

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sexta-feira, 29 de junho de 2012 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

FESTEJADOMonteiro dá o seudepoimento naCPI e ganha elogioaté de tucano.

BATEU, LEVOUGovernador deGoiás acusarelator da CPI denão ser isento.

política

CPI DO CACHOEIRA

Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete dogovernador AgneloQue i roz (PT-DF) ,

chorou ontem durante o seudepoimento na Comissão Par-lamentar Mista de Inquérito,que investiga as relações en-tre Carlos Augusto Ramos, oCarlinhos Cachoeira, com po-líticos e empresários.

Monteiro chorou quando foielogiado pelo deputado fede-r a l C a r l o sM o n t e i r o(P SD B - SP ) ."Hoje, eu di-ria que vossasenhoria saidaqui com acabeça ergui-da. Que a pos-tura de vossasenhoria é aque se esperad e a l g u é mque tenha ca-ráter", disse.

Embora tivesse conseguidoum habeas corpus junto ao Su-premo Tribunal Federal (STF)para ficar calado, ele decidiufalar aos parlamentares da co-missão. O depoimento duroucerca de quatro horas.

Monteiro foi citado em escu-tas telefônicas como possívelfacilitador do esquema de Ca-choeira no Distrito Federal. Elenegou que Agnelo tivessequalquer contato com o con-traventor. "Posso lhes assegu-rar que Carlos Cachoeira nun-ca ligou para o gabinete do go-vernador Agnelo", afirmou.

Uma ilação – O ex-chefe degabinete reforçou ainda queele e Cachoeira nunca tiveramqualquer contato ou trocaramtelefonemas. Os parlamenta-res, então, quiseram saberqual o motivo para o seu nomeaparecer em telefonemas tro-cados pelo grupo do contra-ventor. "Creio que as pessoasgostam de vender prestígio",respondeu. Depois disse queiria fazer uma ilação. "Sejaquem quer que seja o ocupan-te do cargo público, alguémvai dizer que tem relação comesta pessoa para mostrar quetem prestígio", sugeriu. "Nãoexiste uma única fala em queeu esteja me dirigindo a essaspessoas".

Encontro – Monteiro, apesarda veemência, admitiu ter sereunido por duas vezes, noano passado, com o ex-diretorregional Cláudio Abreu, daDelta Construções, para tratardo contrato de lixo do DistritoFederal. O encontro foi no Pa-lácio do Buriti.

Sem entrar em detalhes,por não se lembrar com muitaprecisão dos encontros, elecontou que recebeu Abreu pa-

r a d i s c u t i ruma solicita-ç ã o e n v o l-vendo o Ser-viço de Lim-peza Urbana(SLU), estatalque cuida doserviço na ca-pital. A con-versa girouem torno dap re c a ri e d ad edos serviçosprestados pe-

la Delta. Ele informou aindaque nas duas reuniões estevepresente Idalberto Mathias,conhecido como Dadá e apon-tado, pela Polícia Federal, co-mo araponga de Cachoeira.

Mesada – Monteiro disse querecebeu Abreu como diretorda empresa e Dadá como fun-cionário da Delta, também sobsuspeita da PF de fazer partedo esquema de Cachoeira.Gravações feitas pela políciaapontam para uma ligação en-tre Abreu e Dadá discutindo opagamento de uma "mesada"em troca de benefícios emcontratos no setor de limpezapública do Distrito Federal.

No diálogo, Abreu e Dadáacertam pagamento de R$ 20mil, mais R$ 5 mil mensais, pe-la nomeação de João Monteirona direção do SLU de Brasília.Os dois citam ainda os nomesde Monteiro e de uma pessoaconhecida como Marcelão.Depois, as investigações oidentificaram como Marcellode Oliveira Lopes, ex-assessorda Casa Militar.

Indicação – O ex-chefe de ga-binete confirmou em seu de-poimento a amizade com Mar-celão, porém disse que não co-nhece João Monteiro nem teveinfluência alguma em sua no-meação no SLU. Disse tam-

Leonardo Prado/Ag. Câmara

bém que não recebeu indica-ção do tenente Paulo Abreuque, segundo as escutas daPF, o grupo de Cachoeira dese-java indicar para o cargo.

Ao relator da CPI, deputadoOdair Cunha (PT-MG), Montei-ro afirmou: "Quero atribuir is-so para uma dádiva divina. Sefosse colocado esse senhor,agora estaríamos numa situa-ção complicada para expli-car", justificou Monteiro.

Bilhetagem – Ele negou terparticipado da reunião do dia26 de fevereiro de 2012, trêsdias antes da Operação MonteCarlo, para supostamente tra-tar da licitação para o proces-so de bilhetagem para o servi-

ço de transporte público doDF. O caso foi revelado em gra-vações, porém Monteiro ga-rantiu que "essa reunião nãoexistiu".

D i n h e i r o ,não – Ele tam-bém assegu-rou que nãorecebeu d i-nheiro da Del-t a e m s u ac a m p a n h apara deputa-do distrital de2010. Mesmoassim, revelou que "até gosta-ria" de ter recebido recursos."Em uma campanha política,só não vale perder. Se tivesse

recebido, teria aceitado, de-positado os cheques e presta-do contas ao Tribunal SuperiorEleitoral", disse. Monteiro foi

c a n d i d a t opelo PRP, re-cebeu 3,1 milvotos e não seelegeu.

Além de la-mentar a fal-ta de recur-sos, ele tam-bém lamen-t o u aausência do

governador em seu palanque,apesar da relação de amizade."Meus contatos com Agneloforam no sentido de trazer o

governador para minha cam-panha, mesmo assim foi difí-cil. Ele esteve só duas vezes".

Calados – Sampaio, que jáhavia levado Monteiro às lágri-mas, o defendeu tambémquando ele não quis falar do fi-lho João Cláudio Monteiro, de33 anos, dono de uma empre-sa que presta serviços para aDelta. "Meu filho é maior e temque responder por seus atos".Sampaio concordou. Os ou-tros dois depoentes, o militarMarcello Lopes e o ex-subse-cretário João Carlos Feitosa,foram dispensados depois dedeclararem que ficaram em si-lêncio, direto garantido peloSTF. (Agências)

Ex-chefe de gabinete prestou depoimento e pela sinceridade ganhou elogios até de deputado tucano.

Monteiro chorou.E não foi por cascata.

Hoje, eu diria quevossa senhoria saidaqui com a cabeçaerguida. Vossapostura é a que seespera de alguémque tenha caráter.

CA R LO S SA M PA I O (PSDB-SP)

Em uma campanhapolítica, só não valeperder. Se tivesserecebido, teriaaceitado o cheque.

CLÁUDIO MONTEIR O

Leonardo Prado/Ag. Câmara

Marconi Perillopede isençãodo relatorda CPI doCachoeira.Reforça que avenda da suacasa foi umnegócio legale que estáprocessandoBordoni pelasacusações.

Perillo: relator não deveser 'cabo de chicote'

Ogovernador MarconiPerillo (PSDB-GO) co-brou ontem isenção do

deputado federal Odair Cunha(PT-MG), relator da ComissãoParlamentar Mista de Inquéri-to, a CPI do Cachoeira. Para ogovernador, Cunha não deveser "cabo de chicote" de nin-guém. "Deveria ser isento".

Perillo é um dos alvos da CPIcriada para investigar supostaorganização criminosa lidera-da pelo contraventor CarlosAugusto Ramos, o Carlinhos

Cachoeira, que tinha como ba-se o Estado de Goiás.

O relator, após o depoimen-to do arquiteto Alexandre Mi-lhomen, disse que o governa-dor de Goiás havia mentido aonegar que tivesse vendido asua casa para Cachoeira.

O arquiteto foi contratadopelo bicheiro para decorar oimóvel dois meses antes daescritura ser registrada nocartório em nome de WalterPaulo Santiago. Depois do de-poimento do jornalista Luiz

Carlos Bordoni, o relator vol-tou a ser assertivo.

Cunha disse que a campa-nha de Perillo para a reeleiçãode governador, em 2010, ti-nha sido bancada com dinhei-ro de caixa 2, acusação feitadiretamente por Bordoni.

Nove horas – O governadorvoltou a repetir que deu todasas explicações à CPI do Ca-choeira na qual "passei novehoras respondendo a todas asperguntas". Sobre a sua casa,afirmou que fez uma negocia-ção privada, declarou todos osdados ao Imposto de Renda enão tem mais nada a falar.

"Fiz um negócio particular,vendi minha casa de forma lí-cita, recebi e coloquei no IR".No entanto circulam versõesde que Cachoeira e a Delta vi-ram na compra da casa umaoportunidade de "abrir por-tas" junto a Perillo.

Cooperação – Quanto ao de-poimento de Bordoni, o gover-nador garantiu que está pro-cessando o jornalista e que elevai ter que provar as acusa-ções que estão sendo feitas.

Já o relator ao ser informadodas declarações de Perillo res-pondeu que "infelizmente, aorganização criminosa estáno governo de Goiás". E reite-rou que espera colaboraçãode Perillo com a investigação."Eu não vou me intimidar comqualquer tipo de declaração.O que espero dele é que cola-bore com a CPI". (Agências)

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sexta-feira, 29 de junho de 20126 DIÁRIO DO COMÉRCIO

AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPALTorna público que realizará no dia e hora a seguir determinado:Pregão Presencial n°: 123/2012 - Processo nº 2012-0.152.385-7Objeto: AQUISIÇÃO DE COLETOR PERFURO CORTANTE EM PAPELÃO DE 3E 7 LITROS, PARA USO NAS UNIDADES PERTENCENTES À AUTARQUIAHOSPITALAR MUNICIPAL.Data Abertura: 13/07/2012 às 10:00 horasEndereço: Rua Frei Caneca, 1398/1402, 2º andar - Consolação - São Paulo -

Capital.Custo do Edital: R$ 4,95O edital do pregão poderá ser consultado e/ou obtido no site:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br ou no Núcleo de Licitações da Autar-quia Hospitalar Municipal, situada na Rua Frei Caneca, nº 1398/1402 - 9º andar -Consolação - São Paulo - Capital, das 9:00 às 16:00 hs ou mediante depósito emnome da Autarquia Hospitalar Municipal - Conta Corrente: 5.415-1 - Agência:1.897-X (Banco do Brasil) - (Apresentar comprovante do depósito).

SECRETARIA DA SAÚDE

Depois de 20 anos, a sra. [Dilma] nos deu uma ministra do Meio Ambiente que pensa o Brasil.Senadora Kátia Abreu (PSD-TO)política

Demóstenes: CCJ avaliacassação até quarta-feiraOsenador Pedro Ta-

ques (PDT-MT) en-tregou hoje seu re-latório sobre o pro-

cesso de cassação do manda-to do senador DemóstenesTorres (sem partido-GO) à CCJ(Comissão de Constituição eJustiça) do Senado. O teor dorelatório não foi divulgado. Noentanto, Taques já sinalizouque considerou o processodentro dos "moldes constitu-cionais''.

Taques citou o mandado desegurança dado pelo ministrodo STF (Supremo Tribunal Fe-deral) Antonio José Dias Toffolia Demóstenes, concedendomais prazo para a sua defesano Conselho de Ética. Na ava-liação de Taques, com a deci-são o ministro "saneou" o quepoderia ser considerado víciono processo.

A leitura e votação do docu-mento que analisa os aspec-tos constitucionais do pedidode cassação está marcada pa-ra a próxima quinta-feira. Ca-so os aspectos constitucionaissejam aprovados na CCJ, oprocesso seguirá para o plená-rio do Senado, cuja votaçãoestá marcada para o próximodia 11 de julho.

Para cassar o mandato deDemóstenes são necessários41 dos 81 votos dos senado-res. A votação em plenário érealizada de forma secreta.Antes de seguir para o plená-rio, o processo terá que aguar-dar um intervalo equivalente acinco sessões ordinárias doSenado.

Diante dessa exigência re-gimental, a Mesa Diretora do

Senado decidiu convocar ses-sões ordinárias para as segun-das-feiras, dias 2 e 9 de julho.O esforço é para que o julga-mento de Demóstenes ocorraantes do recesso parlamen-tar, marcado para ter início nodia 17 de julho.

Unanimidade – Na última se-gunda-feira, o Conselho deÉtica aprovou relatório do se-nador Humberto Costa (PT-PE) favorável à cassação deDemóstenes. A votação noconselho ocorreu de forma no-minal e por meio de voto aber-

os princípios constitucionaisdurante o processo sofrido porDemóstenes. "O parecer, o re-latório do senador Taquesacata os critérios de constitu-cionalidade previstos", afir-mou.

De acordo com Rodrigues, oatual sentimento entre sena-dores ruma para a cassaçãodo senador goiano.

Quebra de decoro – O PSolprotocolou ontem na Presi-dência da Câmara dos Depu-tados representações contraos deputados João Bacelar(PR-BA) e Marcos Medrado(PDT-BA) por quebra de deco-ro parlamentar, informa o por-tal G1. Os pedidos agora serãoencaminhados ao Conselhode Ética.

Conforme denúncia do jor-nal O Globo, os dois deputadosestariam envolvidos em umesquema de compra e vendade emendas parlamentares.Na semana passada, o PSolpediu investigação na corre-gedoria da Câmara sobre o en-volvimento do deputado Ge-raldo Simões (PT-BA) no mes-mo esquema.

Segundo a denúncia, a com-pra e venda de emendas teriacomo objetivo favorecer mu-nicípios que compõem a baseeleitoral de Barcelar. De acor-do com O Globo, o deputadoteria negociado a compra deemendas com Medrado e Si-mões. A denúncia envolvendoSimões foi feita pela ex-mu-lher de Bacelar, a empresáriaIsabela Suarez. O PSol argu-menta que as denúncias “fe-rem gravemente o decoro par-lamentar". (Agências)

Senador Pedro Taques (PDT-MT) já apresentou o seurelatório e concluiu que o parecer de Humberto Costa(PT-PE) acata os critérios de constitucionalidade. AComissão de Constituição e Justiça do Senadoespera agora acelerar o processo para que avotação em plenário aconteça ainda neste semestre.

Nos conformes: senador Pedro Taques (PDT-MT) entende que rito constitucional foi seguido.

Leonardo Prado/Agência Câmara

Cura Gay causa tumulto na Câmara

Gritos, bate-boca e mui-ta confusão marcarama audiência pública

que terminou no início da tar-de ontem na Comissão de Se-guridade da Câmara para dis-cutir o projeto de decreto le-gislativo 234/11, conhecidocomo projeto de Cura Gay.

De autoria do deputado JoãoCampos (PSDB-GO), a propos-ta susta a aplicação de doisdispositivos da resolução 1/99do Conselho Federal de Psico-logia (CFP). O regulamento doCFP proíbe profissionais deusarem a mídia para reforçarpreconceitos contra grupo dehomossexuais ou propor tra-tamento para curá-los.

O CFP não aceitou o convitepara participar da audiênciapor considerar a composiçãoda mesa "pouco equilibrada".Entre os convidados que fala-ram estava a psicóloga MarisaLobo, que defende o direito depsicólogos atenderem pa-cientes que busquem mudar asua orientação sexual. Para apsicóloga, é possível que o pa-ciente mude sua orientação seesse for o seu desejo.

A fala da psicóloga provo-cou polêmica entre os que as-sistiam à audiência, um tu-multo se formou e um bate-bo-ca entre Marisa e representan-tes do Movimento Gay seinstalou. "Ser cristão não sig-

nifica ser alienada", disse apsicóloga para uma plateiaque revidava chamando-a de"barraqueira".

O deputado Jean Wyllys(PSol-RJ) e a deputada ÉrikaKokay (PT-DF) criticaram oprojeto e se retiraram poucodepois de manifestarem suasposições. No final da audiên-cia, o relator do projeto, Ro-berto de Lucena (PV-SP), leuum manifesto do CFP em repú-dio à proposta. Como só leu al-guns trechos, integrantes domovimento gay presentes co-meçaram a ler o texto na ínte-gra provocando nova confu-são. Foram retirados do plená-rio por seguranças. (AE)

Sorteio da Copa será na BahiaO evento acontecerá em dezembro de 2013, um ano antes do Mundial.

Osecretário-geral daFifa, Jérôme Valcke,foi rápido ao dizer on-

tem que o sorteio da Copa doMundo de 2014 será na Ba-hia. "Nós divulgaremos o lu-gar exato futuramente", ex-plicou, em Brasília, ao encer-rar visita de três dias ao Bra-sil para vistoriar obras.

O Comitê Organizador Lo-cal (COL) informou que Sal-vador, que será uma das se-des da Copa e também daCopa das Confederações,vai receber o evento. O sor-teio dos grupos, que vai divi-dir os 32 times classificadospara a competição, aconte-ce tradicionalmente em de-zembro do ano anterior à Co-pa e depois do encerramen-to de toda as eliminatórias.

Prazos – São Paulo vai re-ceber em dezembro desteano o sorteio da Copa dasConfederações, torneio pre-paratório que acontece umano antes do Mundial.

Já o ministro do Esporte,Aldo Rebelo (PCdoB-SP) visi-tou ontem as obras do está-dio Nacional, em Brasília,uma das sedes de 2014 e

reafirmou o cumprimentodos prazos para a entrega daarena para a abertura da Co-pa das Confederações emjunho do ano que vem.

Valcke, que acompanhouAldo, também esteve em Re-cife e Natal, e mostrou entu-s iasmo com o r i tmo dasobras dos estádios. Além deBrasília, também estão con-firmadas para a Copa dasConfederações Belo Hori-zonte, Fortaleza, Rio de Ja-neiro, Salvador e Recife.

A arena de Brasília estácom 60% das obras concluí-das e o seu custo total deve-rá chegar a R$ 800 milhões,segundo o governo do Distri-to Federal. A previsão é deque seja entregue até o finaldeste ano. "Esta visita com-prova, mais uma vez, o cum-primento do calendário",destacou o ministro.

Fila – A delegação que visi-tou a arena de Brasília eraformada ainda pelo presi-dente da CF, José Maria Ma-rin, pelos ex-jogadores Be-beto e Ronaldo e pelo gover-nador Agnelo Queiroz (PT-DF). Segundo ele, "a comis-

são da Fifa ficou impressio-nada com o trabalho".

O ex-atacante Ronaldotambém estava animado."Lembra muito os estádioseuropeus onde eu já joguei",contou. Os operários da obrafizeram fila para acompa-nhar os ex-jogadores, quebateram pênaltis para al-guns funcionários.

Conflito – Antes de embar-car, Valcke negou que hajaconflito entre a Fifa e o go-verno brasileiro em relaçãoà Lei Geral da Copa, emboraela contenha "coisas quenão correspondem à expec-tativa da Fifa". Ele disse tam-bém que em relação a ques-tão da liberação da venda decerveja nos estádios ondeserão realizados os jogos, aentidade está preparada pa-ra negociar com os governosestaduais, conforme ficoudefinido na lei. (Agências)

Ueslei Marcelino/Reuters

Confete: senadora comemora com a presidente o texto do novo Código Florestal.

Antonio Cruz/ABr

Senadora 'lança' reeleição de DilmaKátia Abreu (PSD-TO) desce a rampa com a presidente e se desmancha em elogios

Asenadora Kátia Abreu(PSD-TO) completouontem a sua transição

de opositora a apoiadora dogoverno federal ao vaticinar areeleição da presidente DilmaRousseff.

Presidente da CNA (Confe-deração da Agricultura e Pe-cuária do Brasil), Kátia desceua rampa com a presidente pa-ra o anúncio do Plano Safra2012/2013. No evento, fezinúmeros elogios ao governoem seu discurso.

Ao final dele, entregou à

presidente um cartão da PGA(Plataforma de Gestão Agro-pecuária), um sistema eletrô-nico de informações do setor,apresentado durante a ceri-mônia. "É um cartão que temvalidade, por enquanto, até2014", afirmou a senadora.

Nem mesmo a ministra Iza-bella Teixeira (Meio Ambien-te), cuja pasta Kátia chegou aacusar de "não ser mais um ór-gão republicano", deixou dereceber um afago. "Nós espe-ramos 20 anos por uma lei am-biental [favorável ao setor]",

disse a senadora a Dilma. "De-pois de 20 anos, a sra. nos deuuma ministra do Meio Ambien-te que pensa o Brasil".

Autoridades presentes noPalácio do Planalto não deixa-ram de notar a empolgação dasenadora: "Viu o discurso delade ministra?", reparou ummembro do gabinete.

Exames – A caminho de Men-doza, na Argentina onde parti-cipará da reunião da Unasul(veja detalhes na página 8),Dilma passou ontem por SãoPaulo e causou alvoroço. De-pois de exatos 35 minutos nasdependências do hospital Sí-rio-Libanês, a presidente Dil-ma Rousseff deixou o hospitalà noite, em meio a um peque-no tumulto. A razão para a con-fusão foi o fato de Dilma tersaído sem os batedores, habi-tual escolta que acompanha apresidente.

Dilma fez alguns exames derotina, que foram conduzidospelo médico da Presidência,Roberto Khalil. Antes, teve umencontro a portas fechadascom o ex-presidente Lula nogabinete presidencial na Ave-nida Paulista. (Agências)

O parecer, orelatório dosenador PedroTaques, acata oscritérios deconstitucionalidadeprevistos.

RANDOLFE RODRIGUES

to. O relatório recebeu a apro-vação dos 15 senadores queintegram o conselho.

Demóstenes é alvo de umprocesso que apura se o sena-dor agiu de forma antiéticaapós denúncias de envolvi-mento com Carl inhos Ca-choeira, preso desde feverei-ro acusado de chefiar um a re-de de jogos ilegais.

Aprovação – Segundo o se-nador Randolfe Rodrigues(PSol-AP), que conversou naquarta-feira com o relator Pe-dro Taques, o parecer reco-nhece que foram respeitados

Agnelo, Valcke eMarin durante vistoria

nas obras do estádiode Brasília.

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sexta-feira, 29 de junho de 2012 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

O PSDB deve fazer uma avaliação cuidadosa de chapa 'puro sangue' (em SP).Ex-presidente Fernando Henrique Cardosopolítica

PSD pode conseguir mais tempo na TVSTF deve oficializar hoje o direito de novos partidos. Com deputados oriundos de outras legendas, eles teriam acesso a mais tempo na propaganda eleitoral gratuita

Partidos recém-criadostêm direito a tempomaior de propagandase conseguirem atrair

deputados federais de outraslegendas. Por enquanto, essaé a tese vencedora no Supre-mo Tribunal Federal (STF),com maioria de 7votos entre os 11possíveis.

O julgamentoainda não termi-nou porque a mi-nistra CármenLúcia só i rá sepronunciar hojesobre o assuntoem sessão do Su-premo. Ela nãocompareceu on-tem à Corte emrazão de viagem de trabalho.

Caso nenhum ministro mu-de de ideia, a decisão benefi-ciará diretamente o PartidoSocial Democrático (PSD), le-genda criada por iniciativa doprefeito de de São Paulo, Gil-berto Kassab, e oficializadaem setembro passado. Atual-mente, o PSD tem a quartamaior bancada na Câmara dosDeputados, com 52 deputa-dos eleitos e 48 em exercício.

O STF chegou à conclusãoanalisando dois processos di-ferentes de uma só vez. No pri-meiro, o PHS pedia a divisãoigualitária do tempo de propa-ganda entre os 30 partidosbrasileiros. Na outra ação, se-te legendas – DEM, PMDB,PSDB, PPS, PR, PP e PTB – que-riam barrar a possibilidade departidos novos, com parla-mentares recém-filiados, te-rem direito a tempo de TV.

O relator Antonio Dias Toffo-li, autor da tese vencedora naCorte, manteve a regra atual

sobre a divisão do tempo depropaganda em rádio e TV –um terço igualmente entre to-dos os partidos, e dois terçosproporcionais ao número dedeputados federais dos parti-dos ou das coligações.

Toffoli também entendeuque, "se a legis-lação permiteaos políticos mu-darem para no-v a s l e g e n d a ssem enquadrá-los como infiéis,a migração dotempo de propa-ganda também élegítima". No en-tanto, o ministroressalvou que aregra só se aplica

aos parlamentares fundado-res, mas não aos deputadosque decidirem migrar a qual-quer momento. Ele foi seguidopelos ministros Rosa Weber,Luiz Fux, Ricardo Lewandows-ki, Gilmar Mendes, Celso deMello e Carlos Ayres Britto.

O ministro Joaquim Barbosaabriu a primeira divergência,negando os dois pedidos. Eleentendeu que o STF estavaanalisando um caso específi-co – o do PSD –como regra ge-ral, e que o assunto é respon-sabilidade da Justiça Eleitoral."Estamos pisando em espi-nho. Não sabemos a conse-quência que a decisão trará aoquadro político, e tenho certe-za de que não será boa".

Caso a decisão do SupremoTribunal Federal seja confir-mada hoje na corte, deverá in-fluenciar julgamento penden-te no Tribunal Superior Eleito-ral (TSE) em que a legenda deKassab pede uma fatia maiordo Fundo Partidário. (ABr)

Carlos Humberto/SCO/STF

Dias Toffoli: vale a regra atual – 1/3 do tempo dividido às siglas por igual; 2/3 de acordo com o número de deputados de cada partido.

Estamos pisandoem espinho. Nãosabemos aconsequênciapara o quadropolítico, e achoque não será boa.

JOAQ U I M BARBOSA, DO STF

FHC fora da campanha de SerraOex-presidente Fer-

nando Henrique Car-doso ironizou ontem

seu sucessor Luiz Inácio Lulada Silva, em Belo Horizonte,ao afirmar que morder cane-las não é "apropriado" a se-res humanos. Ao declararseu engajamento na campa-nha do ex-ministro FernandoHaddad pela prefeitura de

São Paulo, Lula declarou quevai "morder a canela dos ad-versários" para que o candi-dato petista seja eleito.

"Eu não sei morder canela.Não acho apropriado paraum ser humano", disse, sor-rindo, após palestra paraempresários do setor deconstrução, em BH.

Fernando Henrique disse

que não vai se envolver nacampanha do PSDB pelaprefeitura paulistana, masressaltou que o "partido de-ve fazer uma avaliação cui-dadosa da viabilidade deuma chapa 'puro sangue'",encabeçada por José Serracom o ex-secretário de Cul-tura Andrea Matarazzo co-mo vice.

FHC salientou que a ques-tão da campanha "não é sóganhar", porque há o "pro-blema político" de conseguirapoio na Câmara Municipalpara conseguir aprovar pro-jetos de interesse do Execu-tivo. "Acho o Andrea uma ex-celente pessoa. Mas o pro-blema é político. Dá para go-vernar depois?". (AE)

Haddad: criticado por jovens do PSol, que usaram máscaras de Lula e Maluf contra acordo do PT com PP.

Helvio Romero/AE

Haddad dá nota 3,6 a Kassabe é criticado por manifestantes

Para o pré-candidato petista, há muitas falhas no transporte e na saúde da capital

Opré-candidato do PT àprefeitura de São Pau-lo, Fernando Haddad,

enfrentou ontem protestos dajuventude do PSol em eventorealizado na capital. Commáscaras do ex-presidenteLuiz Inácio Lula da Silva (PT) edo deputado federal Paulo Ma-luf (PP), os manifestantes ges-ticulavam e gritavam "PT comMaluf, Maluf com PT" sempreque o pré-candidato petista iaresponder às perguntas dejornalistas.

O candidato petista partici-pou ontem de debate promo-vido pela Rede Nossa São Pau-lo, com avaliação do Plano deMetas da atual gestão munici-pal, de Gilberto Kassab (PSD).Segundo a instituição, Kassabcumpriu apenas 36% das suaspropostas.

Sem dar muita atenção àmanifestação, Haddad dirigiusuas críticas ao atual prefeitoda cidade e ao adversário tu-cano neste pleito, José Serra.Questionado sobre qual nota

daria a Kassab, Haddad foi as-sertivo: "3,6. Se ele cumpriu36% das metas propostas,que ele garante ter cumprido,é o máximo que ele merece".

Saú de – Um dos focos dascríticas foi a gestão da saúdepelo tucano. "O autoprocla-mado melhor ministro da Saú-de do Brasil (prometeu que)

transporte público de São Pau-lo. O petista atribuiu a superlo-tação dos trens e metrôs à fal-ta de investimento em corre-dores de ônibus que, segundoele, cessaram desde o fim daadministração da atual sena-dora Marta Suplicy (PT-SP).

"Até o metrô está sofrendopela falta de corredores (deônibus). A falta de investimen-tos nos transportes sobrecar-regou os sistemas viários. Te-mos os mesmos corredores daépoca de Marta", avaliou.

Com o mote do "novo" paraSão Paulo, o petista afirmouque em uma eventual admi-nistração sua haveria "o con-ceito de tempo novo na cida-de". "A ideia é garantir tempolivre para usufruir São Paulo".

Em relação ao fato de Serrater deixado a prefeitura em2006, com menos de dois anosde gestão, para concorrer agovernador, Haddad disse:"Não precisamos de prefeitode meio-mandato e nem demeio-período". (Agências)

Se (Kassab) cumpriu36% das metaspropostas, comogarante tercumprido, é omáximo que elemerece (nota de 3,6).

FERNANDO HADDAD

iria resolver os problemas dasaúde. Hoje, o maior problemada cidade para a população éjustamente a saúde", desta-cou pré´candidato petista.

Além da saúde, Haddad diri-giu também suas críticas ao

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sexta-feira, 29 de junho de 20128 DIÁRIO DO COMÉRCIO

NOVO RECURSOLugo prepara novorecurso para anularprocesso deimp eachment

PUNIÇÃOMercosul suspendeParaguai semsançõeseconômic as.nternacional

Olha só o 'climão' de golpeA situação no Paraguai, desde o impeachment do presidente Fernando Lugo há uma semana, é de calmaria. Mesmo assim, os gritos de 'é golpe!' não cessam.

Liderados pela "NovaTríplice Aliança", for-mada pelo Brasil, Ar-gentina e Uruguai, os

presidentes dos países do Mer-cosul vão assinar hoje, setedias após o impeachment dopresidente Fernando Lugo, asuspensão do Paraguai do blo-co econômico e de todo o pro-cesso decisório do grupo regio-nal. A punição vale até a possede um novo governo, depoisdas eleições presidenciais deabril. (Leia mais nesta página)

Apesar de toda essa movi-mentação política entre líde-res sul-americanos, a situaçãonas ruas da capital Assunçãoem nada lembra o caos de umcenário pós-golpe. Após al-guns protestos ainda na ma-drugada de sábado, não hou-ve mais registro de confrontosentre manifestantes e a polí-cia desde então. Até o secretá-rio-geral da Organização dosEstados Americanos (OEA), Jo-sé Miguel Insulza, ressaltouque a situação no país estátranquila" e "felizmente nãohouve surtos de violência".

Lugo, por sua vez, não esbo-çou resistência e se despediudo poder com um discursoemotivo. Em poucos instan-tes, Federico Franco, seu vice,foi ovacionado e empossado.

Também hoje será discuti-da a entrada da Venezuela co-mo membro pleno do bloco.Indagado sobre se a suspen-são do Paraguai do Mercosulfavoreceria a Venezuela, o mi-nistro das Relações Exterioresdo Brasil, Antônio Patriota,afirmou que "em todas as últi-mas cúpulas de presidentesdo Mercosul, esse assunto foidiscutido. E agora não seria di-ferente".

O ministro reconheceu quea possibilidade de concretizara inclusão plena da Venezuela

agora é maior. A entrada daVenezuela é resistida peloCongresso paraguaio, que en-gavetou a matér ia desde2009, enquanto Argentina,Uruguai e Brasil, pela ordem,já a aprovaram.

Apesar de ainda não sermembro pleno do Mercosul, oministro das Relações Exterio-res da Venezuela, Nicolas Ma-

duro, participou ontem do en-contro onde foi decidida a sus-pensão do Paraguai do bloco.

Vale lembrar que veio dopresidente venezuelano, Hu-go Chávez, a primeira sançãocomercial contra a aprovaçãodo impeachment "relâmpa-go" de Lugo: a suspensão deenvio de petróleo ao Para-guai.

Em editorial, a revista TheEconomist diz que o que acon-teceu com Fernando Lugo nãofoi um golpe, mas "um impea-chment no melhor estilo para-guaio", e que "uma erosão dademocracia, isso, sim, deveriaser condenada".

Segundo a Economist, a ma-neira como o processo foi con-duzido é que não foi democrá-

tica porque, acima de tudo,não se permitiu que a defesado presidente deposto se or-ganizasse.

"No Paraguai, apesar dedentro da lei, o impeachmenté um processo fácil demais. Is-so abre um precedente peri-goso numa região onde a de-mocracia ainda está sendoconsolidada e presidentes fre-

quentemente se tornam im-populares e sem o apoio damaioria do congresso", conti-nua o editorial.

A publicação ainda lembraque Chávez, um dos que maisestão condenando o impeach-ment de Lugo, abusou de umabrecha na constituição paracontrolar o Judiciário e as For-ças Armadas.

'Não há uma plena vigênciademocrática' no Paraguai

Ochanceler brasileiro,Antônio Patriota, ementrevista coletiva

concedida em Mendoza, "la-mentou muito a decisão" deprorrogar a suspensão do Pa-raguai das reuniões e do pro-cesso decisório do Mercosul.Ele explicou que uma missãode 11 chanceleres ao Paraguaiconstatou que "não existeuma plena vigência democrá-tica" no processo de destitui-ção de Fernando Lugo, a quemnão foi dado o poder de defe-sa, afirmou. Patriota confir-mou que durante a reunião deministros do Mercosul ne-nhum chanceler defendeu aaplicação de sanções econô-micas ao Paraguai.

O Paraguai mantém alta de-pendência econômica do blo-co, já que Brasil, Argentina eUruguai absorvem 55% desuas exportações.

O chanceler da Venezuela,Nicolás Maduro, participou dareunião com Patriota, Luis Al-magro, do Uruguai, e o argen-

tino Héctor Timerman. A Ve-nezuela pede desde 2006 aentrada no Mercosul comomembro pleno.

"Esta é uma forma de comba-ter os 'neo-golpes' que os seto-res conservadores queremaplicar nos governos da região,afirmou um diplomata argenti-no engajado no kirchnerismo.

Surpresa –O embaixador Sa-muel Pinheiro Guimarãesanunciou, durante reuniãodos chanceleres do Mercosul,a sua decisão de deixar o car-go de Alto Representante Ge-ral do Mercosul, que ocupavadesde janeiro de 2011. Oanúncio já era de conhecimen-to do governo brasileiro, mas

causou surpresa entre os inte-grantes do bloco.

O delicado momento esco-lhido por Samuel, quando ospaíses do bloco estão em ple-no processo de aplicação desanção ao Paraguai, causoudesconforto ao Brasil, já quesempre haverá ligação de umproblema ao outro.

Em São Paulo, a comunida-de paraguaia realizou ontem àtarde um protesto em frenteao escritório da Presidência daRepública, onde a presidenteDilma Rousseff se encontroucom o ex-presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva. Sob gritos de"Paraguai, escucha tu lucha,es nuestra lucha", eles pedi-ram a restituição ao poder dopresidente Fernando Lugo.

"Nos unimos na luta doscompanheiros paraguaios pa-ra retomar o poder. Conside-ramos (o impeachment) umgolpe de estado", afirmouGustavo Florentin, líder da Or-ganização de Luta pela Terrado Paraguai. (Agências)

Chanceler brasileiro, Antônio Patriota, durante entrevista ontem.

Marcos Brindicci/Reuters

Engraxate dá brilho às botas de um soldado na praça em frente ao palácio presidencial em Assunção. Na capital paraguaia, o clima é de tranquilidade.

Enrique Marcarian/Reuters

Chávez grita alto 'é golpe!'

De estilo cen-tralizador eint olera nte

em relação a opi-niões divergentes,Hugo Chávez go-verna há 14 anos aVenezue la commão de ferro: cen-tralizando o poder ,prendendo oposi-tores e desrespei-tando o direito depropriedade.

Na Nicaraguá...

Daniel Ortegacondenou o"golpe" no

Paraguai e anun-ciou que não reco-nhecerá autorida-de alguma que nãoemane da vontadepopular do povo pa-raguaio. Logo ele,que fraudou a elei-ção municipal de2008 na Nicarágua.

'Prioridade é manter a calma'

Onovo pres i-dente do Pa-raguai, o mé-

dico Federico Fran-c o , a f i r m o u e s t asemana que a priori-dade agora é mantera calma e evitar quea crise que o país en-frenta com o impea-chment do ex-presi-dente Fernando Lu-go se transforme emuma "guerra civil"

Venezuela, 'um paraíso da democracia'.

Miguel Gutierrez/EFE Mario López/EFE

Ortega, acusado de fraudar eleição em 2008.

Jorge Adorno/Reuters

O médico Federico Lugo, um político liberal.

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sexta-feira, 29 de junho de 2012 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

NCF Participações S.A.CNPJ no 04.233.319/0001-18 - NIRE 35.300.183.371

Ata Sumária da 22a Assembleia Geral Extraordinária e 11a AssembleiaGeral Ordinária realizadas cumulativamente em 30.4.2012

Data, Hora e Local: Em 30.4.2012, às 14h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP,CEP 06029-900, no Salão Nobre do 5o andar. Mesa: Presidente: Lázaro de Mello Brandão;Secretário: Mário da Silveira Teixeira Júnior. Quórum de Instalação: Totalidade do Capital Social.Presença Legal: Administrador da Sociedade e representante da KPMG Auditores Independentes.Edital de Convocação: Dispensada a publicação, de conformidade com o disposto no § 4o do Art.124 da Lei no 6.404/76. Deliberações: Assembleia Geral Extraordinária: Aprovada a proposta daDiretoria, registrada na Reunião daquele Órgão de 20.4.2012, para alteração do Estatuto Social naalínea “g” do Art. 9o, aprimorando a sua redação; e no Inciso III e § 3o do Art. 18, relativamente aodividendo mínimo obrigatório, cujas as redações passam a ser as seguintes: “Art. 9o) - g) limitadoao montante global anual aprovado pela Assembleia Geral, realizar a distribuição da verba deremuneração aos Administradores. Art. 18) - III. pagamento de dividendos propostos pela Diretoriaque, somados aos dividendos intermediários e/ou juros sobre o capital próprio de que tratam osParágrafos Segundo e Terceiro deste Artigo, que tenham sido declarados, assegure aos acionistas,em cada exercício, a título de dividendo mínimo obrigatório, 1% (um porcento) do respectivo lucrolíquido, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nos itens I, II e III doArtigo 202 da referida Lei no 6.404/76. Parágrafo Terceiro - Os juros eventualmente pagos aosacionistas serão imputados, líquidos do imposto de renda na fonte, ao valor do dividendo mínimoobrigatório do exercício de 1% (um porcento), de acordo com o Inciso III do “caput” deste Artigo.”.Assembleia Geral Ordinária: I. tomaram conhecimento dos Relatórios da Administração e dosAuditores Independentes e aprovaram as Demonstrações Contábeis relativas ao exercício socialfindo em 31.12.2011; II. aprovada a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão, de20.4.2011, para destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2011 e distribuiçãode dividendos, conforme segue: O lucro líquido de R$438.658.461,90, foi destinado da seguinteforma: R$21.932.923,10 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal”; R$285.816.594,88 paraa conta “Reserva de Lucros - Estatutária”; e R$130.908.943,92 para pagamento de Dividendos, oqual deverá ser feito até 31.12.2012; III. para composição da Diretoria, com mandato até aAssembleia Geral Ordinária de 2013, foram reeleitos os senhores: Diretor-Presidente - Lázaro deMello Brandão, brasileiro, casado, bancário, RG 1.110.377-2/SSP-SP, CPF 004.637.528/72;Diretor Vice-Presidente - Antônio Bornia, brasileiro, viúvo, bancário, RG 11.323.129/SSP-SP,CPF 003.052.609/44; Diretores - Mário da Silveira Teixeira Júnior, brasileiro, casado, bancário,RG 3.076.007-0/SSP-SP, CPF 113.119.598/15; Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado,bancário, RG 5.284.352-X/SSP-SP, CPF 250.319.028/68; Carlos Alberto Rodrigues Guilherme,brasileiro, casado, bancário, RG 6.448.545/SSP-SP, CPF 021.698.868/34; Milton Matsumoto,brasileiro, casado, bancário, RG 29.516.917-5/SSP-SP, CPF 081.225.550/04; Julio de SiqueiraCarvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 55.567.472-1/SSP-SP, CPF 425.327.017/49; Domingos Figueiredo de Abreu, brasileiro, casado, bancário, RG 6.438.883-9/SSP-SP, CPF942.909.898/53; e eleitos Diretores os senhores, José Alcides Munhoz, brasileiro, casado,bancário, RG 50.172.182-4/SSP-SP, CPF 064.350.330/72; Aurélio Conrado Boni, brasileiro,casado, bancário, RG 4.661.428-X/SSP-SP, CPF 191.617.008/00; Sérgio Alexandre FigueiredoClemente, brasileiro, casado, bancário, RG 55.799.633-8/SSP-SP, CPF 373.766.326/20; e MarcoAntonio Rossi, brasileiro, casado, bancário, RG 12.529.752-X/SSP-SP, CPF 015.309.538/55,todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900, sendo quepermanecerão nas suas funções até que a Ata da Assembleia Geral Ordinária que eleger os novosmembros em 2013 seja arquivada na Junta Comercial e publicada. Consignada a apresentação,pelos Diretores reeleitos e eleitos, da documentação comprobatória de atendimento das condiçõesprévias de elegibilidade, previstas nos Arts. 146 e 147 da Lei no 6.406/76; IV. não fixar remuneraçãoaos Administradores da Sociedade, tendo em vista que todos já recebem remuneração pelasfunções que exercem no Banco Bradesco S.A., Sociedade de controle comum, em consonânciacom a prática da Organização Bradesco. Quorum das Deliberações: unanimidade de votos.Documentos Arquivados: as Demonstrações Contábeis, os Relatórios da Administração e dosAuditores Independentes. Também arquivada na sede e autenticada pela Mesa da Assembleia aProposta da Diretoria. Encerramento: Nada mais havendo a tratar e como ninguém se manifestou,foi a Ata lavrada no livro próprio e lida, sendo aprovada por todos e assinada. aa) Presidente:Lázaro de Mello Brandão; Secretário: Mário da Silveira Teixeira Júnior; Administrador: DomingosFigueiredo de Abreu; Acionistas: Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações;Fundação Bradesco e Nova Cidade de Deus Participações S.A., todas por seu Diretor-Presidente,senhor Lázaro de Mello Brandão; Auditor: José Claudio Costa. Declaração: Declaro para osdevidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, nomesmo livro, as assinaturas nele apostas. a) Mário da Silveira Teixeira Júnior – Secretário. Certidão- Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - Junta Comercial do Estado deSão Paulo - Certifico o registro sob número 256.455/12-0, em 18.6.2012. a) Gisela SimiemaCeschin - Secretária Geral.

Elo Holding Financeira S.A.CNPJ no 09.235.082/0001-28 - NIRE 35.300.395.859

Ata Sumária da Assembleia Geral Ordinária realizada em 30.4.2012Data, Hora, Local: Em 30.4.2012, às 15h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Prata, 4o andar,Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900. Mesa: Presidente: Domingos Figueiredo de Abreu;Secretário: Antonio José da Barbara. Quórum de Instalação: Totalidade do Capital Social.Presença Legal: Administrador da Sociedade. Edital de Convocação: Dispensada a publicaçãodo Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no §4o do Art. 124 da Lei no 6.404/76.Deliberações: 1) aprovadas, sem reservas, as contas dos Administradores e as DemonstraçõesContábeis relativas ao exercício social findo em 31.12.2011, registrando que, tendo em vista aSociedade enquadrar-se no disposto no “caput” do Artigo 294 da Lei no 6.404/76 e deconformidade com o disposto no Inciso II do já mencionado Artigo, as referidas DemonstraçõesContábeis não foram publicadas e serão levadas a registro juntamente com esta Ata; 2) paracomposição da Diretoria, com mandato até a Assembleia Geral Ordinária de 2013, foram reeleitosos senhores: Diretor-Presidente - Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado, bancário, RG5.284.352-X/SSP-SP, CPF 250.319.028/68; Diretores: Julio de Siqueira Carvalho de Araujo,brasileiro, casado, bancário, RG 55.567.472-1/SSP-SP, CPF 425.327.017/49; DomingosFigueiredo de Abreu, brasileiro, casado, bancário, RG 6.438.883-9/SSP-SP, CPF 942.909.898/53; e eleitos Diretores os senhores, José Alcides Munhoz, brasileiro, casado, bancário, RG50.172.182-4/SSP-SP, CPF 064.350.330/72; Aurélio Conrado Boni, brasileiro, casado, bancário,RG 4.661.428-X/SSP-SP, CPF 191.617.008/00; Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente,brasileiro, casado, bancário, RG 55.799.633-8/SSP-SP, CPF 373.766.326/20; e Marco AntonioRossi, brasileiro, casado, bancário, RG 12.529.752-X/SSP-SP, CPF 015.309.538/55, todos comdomicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900, sendo que permanecerãonas suas funções até que a Ata da Assembleia Geral Ordinária que eleger os novos membros em2013 seja arquivada na Junta Comercial e publicada. Consignada a apresentação, pelos Diretoresreeleitos e eleitos, da documentação comprobatória de atendimento das condições prévias deelegibilidade, previstas nos Arts. 146 e 147 da Lei no 6.406/76; 3) fixado o montante global anual daremuneração dos Administradores, no valor de até R$84.000,00 (oitenta e quatro mil reais), a serdistribuída em Reunião da Diretoria, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social.Encerramento: Nada mais havendo a tratar e como ninguém se manifestou, foi a Ata lavrada nolivro próprio e lida, sendo aprovada por todos e assinada. aa) Presidente: Domingos Figueiredo deAbreu; Secretário: Antonio José da Barbara; Administrador: Marcelo de Araújo Noronha; Acionista:Elo Participações S.A., representada por seu Diretor, senhor Alexandre Rappaport. Declaração:Declaro para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que sãoautênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. a) Antonio José da Barbara – Secretário.Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - Junta Comercial doEstado de São Paulo - Certifico o registro sob número 251.790/12-5, em 14.6.2012. a) GiselaSimiema Ceschin - Secretária Geral.

Elo Participações S.A.CNPJ no 09.227.099/0001-33 - NIRE 35.300.349.431

Ata Sumária da Assembleia Geral Ordinária realizada em 30.4.2012Data, Hora, Local: Em 30.4.2012, às 17h, na sede social, Alameda Rio Negro, 585, EdifícioPadauiri, 1o andar, Lado “B”, parte, Alphaville, Barueri, SP, CEP 06454-000. Mesa: Presidente:Alexandre Rappaport; Secretário: Antonio José da Barbara. Quórum de Instalação: Totalidade doCapital Social. Presença Legal: Administrador da Sociedade e representante da KPMG AuditoresIndependentes. Edital de Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, deconformidade com o disposto no §4o do Art. 124 da Lei no 6.404/76. Deliberações: 1) aprovadas,sem reservas, as contas dos Administradores e as Demonstrações Contábeis relativas ao exercíciosocial findo em 31.12.2011; 2) registrados os pedidos de renúncia aos cargos de Membro doConselho de Administração, formulados pelos senhores Denilson Gonçalves Molina e Paulo RogérioCaffarelli, em cartas de 9.8.2011 e 30.4.2012, respectivamente, cujas transcrições foramdispensadas, as quais ficarão arquivadas na sede da Sociedade, nos termos da alínea “a” doParágrafo Primeiro do Artigo 130 da Lei no 6.404/76, consignando-se, nesta oportunidade,agradecimentos pelos serviços prestados durante suas gestões; 3) eleitos para integrar o Conselhode Administração da Sociedade, com mandato coincidente com o dos demais Membros, até aAssembleia Geral Ordinária de 2013, os senhores: Vice-Presidente: Alexandre Corrêa Abreu,brasileiro, casado, bancário, RG 621.241/SSP-ES, CPF 837.946.627/68, com domicílio no SetorBancário Sul, Quadra 1, Lote 32, Bloco G, 24o andar, Edifício Sede III, Brasília, DF; Membro: RaulFrancisco Moreira, brasileiro, casado, bancário, RG 103.075.162/SJS-RS, CPF 554.374.430/2,com domicílio no Setor Bancário Sul, Quadra 1, Bloco A, 8o andar, Edifício Sede I, Brasília, DF.Consignada a apresentação, pelos Conselheiros eleitos, da documentação comprobatória deatendimento das condições prévias de elegibilidade, previstas nos Arts. 146 e 147 da Lei no 6.404/76; Em consequência, o Conselho de Administração da Sociedade fica assim composto:Presidente: Marcelo de Araújo Noronha, RG 2.062.931/SSP-PE, CPF 360.668.504/15, comdomicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Vice-Presidente: Alexandre Corrêa Abreu,RG 621.241/SSP-ES, CPF 837.946.627/68, com domicílio no Setor Bancário Sul, Quadra 1, Lote32, Bloco G, 24o andar, Edifício Sede III, Brasília, DF; Membros: Luiz Carlos Angelotti, RG10.473.334/SSP-SP, CPF 058.042.738/25, com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco,SP; Cesário Narihito Nakamura, RG 14.130.520-4/SSP-SP, CPF 065.816.148/23; AlexandreRappaport, RG 23.102.640-7/SSP-SP, CPF 261.852.188/95, ambos com domicílio na Alameda RioNegro, 585, 12o andar, Edifício Demini, Alphaville, Barueri, SP; Ivan de Souza Monteiro, RG004.834.564-9/DETRAN-RJ, CPF 667.444.077/91, com domicílio no Setor Bancário Sul, Quadra 1,Lote 32, Bloco C, 24o andar, Edifício Sede III, Brasília, DF; Raul Francisco Moreira, RG103.075.162/SJS-RS, CPF 554.374.430/2, com domicílio no Setor Bancário Sul, Quadra 1, BlocoA, 8o andar, Edifício Sede I, Brasília, DF; e Marcelo Augusto Dutra Labuto, brasileiro, casado,bancário, RG 1.345.836/SSP-DF, CPF 563.238.081/53, com domicílio no Setor Bancário Sul,Quadra 1, Lote 32, Bloco C, 5o andar, Edifício Sede III, Brasília, DF; 4) eleitos para compor oConselho Fiscal, com mandato até a Assembleia Geral Ordinária de 2013, os senhores: MembrosEfetivos - Adelar Valentim Dias, brasileiro, casado, bancário, RG MG-14.426.945/SSP-MG; CPF296.062.179/49, com domicílio no Setor Bancário Sul, Quadra 1, Lote 32, Bloco C, 3o andar,Edifício Sede III, Brasília, DF; Francisco José Pereira Terra, brasileiro, casado, bancário, RG13.739.154-7/SSP-SP, CPF 111.112.668/24; Mauro Pinto Spaolonzi, brasileiro, casado,bancário, RG 82154818/SSP-SP, CPF 065.924.198/65, ambos com domicílio na Alameda RioNegro, 585, 12o andar, Edifício Demini, Alphaville, Barueri, SP; e respectivos Membros Suplentes- Fausto de Andrade Ribeiro, brasileiro, divorciado, bancário, RG 942.1904/SSP-DF; CPF343.530.971/72, com domicílio no Setor Bancário Sul, Quadra 1, Lote 32, Bloco C, 3o andar,Edifício Sede III, Brasília, DF; Armstrong Luiz de Moura, brasileiro, casado, bancário, RG5.018.712/SSP-MG; CPF 617.597.916/87, com domicílio no Setor Bancário Sul, Quadra 1, Lote32, Bloco C, 5o andar, Edifício Sede III, Brasília, DF; Kleber do Espirito Santo, brasileiro, casado,bancário, RG 2204453/SSP-MG, CPF 200.788.206-00, com domicílio na Cidade de Deus, VilaYara, Osasco, SP; Giancarlo Crema Savi, brasileiro, casado, bancário, RG 16.155.546-9, CPF542.302.419-68, com domicílio na Alameda Rio Negro, 585, 12o andar, Edifício Demini, Alphaville,Barueri, SP. Consignada a apresentação, pelos Conselheiros eleitos, da documentaçãocomprobatória de atendimento das condições prévias de elegibilidade, previstas nos Arts. 146 e147 da Lei no 6.404/76; 5) fixado o montante global anual para remuneração dos administradores novalor de até R$120.000,00 (cento e vinte mil reais), a ser distribuída em reunião do Conselho deAdministração, aos membros do próprio Conselho e da Diretoria, conforme determinam osParágrafos Segundo do Artigo 11 e Único do Artigo 18 do Estatuto Social; 6) fixado o valor mensalde R$1.000,00 (mil reais) a cada Membro Efetivo do Conselho Fiscal, sendo que os MembrosSuplentes somente serão remunerados quando em substituição aos Membros Efetivos, nos casosde vacância e ausência ou impedimento temporário. Quórum das Deliberações: unanimidade devotos. Documentos Arquivados: as Demonstrações Contábeis, os Relatórios da Administração edos Auditores Independentes. Encerramento: Nada mais havendo a tratar e como ninguém semanifestou, foi a Ata lavrada no livro próprio e lida, sendo aprovada por todos e assinada. aa)Presidente: Alexandre Rappaport; Secretário: Antonio José da Barbara; Administrador: Luiz CarlosAngelotti; Acionistas: Bradescard Elo Participações S.A., representada por seu Diretor, senhorDomingos Figueiredo de Abreu; BB Elo Cartões Participações S.A., por seus representanteslegais, senhores Marcelo Augusto Dutra Labuto e Sigmar Milton Mayer Filho. Auditor: André DalaPola. Declaração: Declaro para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livropróprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. a) Antonio José daBarbara – Secretário. Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia -Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 252.299/12-7, em14.6.2012. a) Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento eInvestimento S.A.

CNPJ no 74.552.142/0001-06 - NIRE 35.300.138.546Ata das Assembleias Gerais Extraordinária e Ordinária

realizadas cumulativamente em 2.4.2012Data, Hora, Local: realizadas aos 2 dias do mês de abril de 2012, às 10h, na sede social, Cidadede Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900. Presença:Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes do BancoBradesco S.A., único acionista da Sociedade. Verificou-se também a presença do senhorDomingos Figueiredo de Abreu, Diretor, e do senhor Cláudio Rogélio Sertório, representante daempresa KPMG Auditores Independentes. Constituição da Mesa: Presidente: Julio de SiqueiraCarvalho de Araujo; Secretário: Ariovaldo Pereira. Convocação: Dispensada a publicação doEdital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Leino 6.404/76. Ordem do Dia: Assembleia Geral Extraordinária: I. deliberar sobre proposta daDiretoria para alterar o Estatuto Social no Artigo 3o, em face da mudança de denominação doPrédio onde se localiza a Sociedade, de Prédio Novíssimo para Prédio Prata; e na letra “g” doArtigo 9o, aprimorando a sua redação; II. optar pela utilização de comitê de remuneração único,constituído pelo Banco Bradesco S.A., Instituição Financeira líder do Conglomerado FinanceiroBradesco, nos termos da Resolução no 3.921, de 25.11.2010, do Conselho Monetário Nacional.Assembleia Geral Ordinária: I. tomar conhecimento dos Relatórios da Administração e dosAuditores Independentes, e examinar, discutir e votar as Demonstrações Contábeis relativas aoexercício social findo em 31.12.2011; II. deliberar sobre proposta da Diretoria para a destinação dolucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2011 e ratificação dos Juros sobre o Capital Própriopagos; III. eleger os membros da Diretoria da Sociedade; IV. fixar o montante global anual daremuneração dos Administradores. Deliberações: Assembleia Geral Extraordinária: I. aprovada,sem quaisquer alteração ou ressalva, a Proposta da Diretoria, registrada na Reunião daqueleÓrgão, de 22.3.2012, a seguir transcrita: “Alterar o Estatuto Social no Artigo 3o, em face damudança de denominação do Prédio onde se localiza a Sociedade, de Prédio Novíssimo paraPrédio Prata; e na letra “g” do Artigo 9o, aprimorando sua redação. Se aprovada esta proposta, asredações do Artigo 3o, e da letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social passarão ser as seguintes: “Art.3o) A Sociedade tem sede na Cidade de Deus, Prédio Prata, 4o andar, Vila Yara, no Município deOsasco, Estado de São Paulo, CEP 06029-900, e foro no mesmo Município. Art. 9o) - g) limitado aomontante global anual aprovado pela Assembleia Geral, realizar a distribuição da verba deremuneração aos Administradores.”; II. aprovada a opção pela utilização de comitê deremuneração único, constituído pelo Banco Bradesco S.A., Instituição Financeira líder doConglomerado Financeiro Bradesco, nos termos da Resolução no 3.921, de 25.11.2011, doConselho Monetário Nacional. Assembleia Geral Ordinária: I. tomaram conhecimento dosRelatórios da Administração e dos Auditores Independentes, e aprovaram, sem ressalvas, asDemonstrações Contábeis relativas ao exercício social findo em 31.12.2011, de conformidade coma publicação efetivada em 29.2.2012, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, páginas2 a 4; e “Diário do Comércio”, páginas 9 e 10; II. aprovada a proposta da Diretoria, registrada naReunião daquele Órgão, de 22.3.2012, para a destinação do lucro líquido do exercício encerradoem 31.12.2011 e distribuição de dividendos, a seguir transcrita: “Tendo em vista que a Sociedadeobteve no exercício social encerrado em 31.12.2011 lucro líquido de R$488.634.564,12, propomos:a) que seja destinado da seguinte forma: R$24.431.728,20 para a conta “Reserva de Lucros -Reserva Legal”; R$264.202.835,92 para a conta “Reserva de Lucros - Estatutária”; eR$200.000.000,00 para pagamento de Juros sobre o Capital Próprio, em substituição aosDividendos obrigatórios, os quais já foram pagos; b) a ratificação da distribuição dos Juros sobre oCapital Próprio, pagos em 28.10.2011, no montante de R$200.000.000,00, considerando que nãoserá proposta à Assembleia nova distribuição de Juros sobre o Capital Próprio/Dividendos relativosao ano de 2011, em razão de já terem sido distribuídos anteriormente.”; III. para composição daDiretoria, com mandato até a Assembleia Geral Ordinária de 2013, foram reeleitos os senhores:Diretor-Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352-X/SSP-SP, CPF 250.319.028/68; Diretores: Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro,casado, bancário, RG 55.567.472-1/SSP-SP, CPF 425.327.017/49; e Domingos Figueiredo deAbreu, brasileiro, casado, bancário, RG 6.438.883-9/SSP-SP, CPF 942.909.898/53; e eleitos ossenhores: Diretores: José Alcides Munhoz, brasileiro, casado, bancário, RG 50.172.182-4/SSP-SP, CPF 064.350.330/72; Aurélio Conrado Boni, brasileiro, casado, bancário, RG 4.661.428-X/SSP-SP, CPF 191.617.008/00; Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente, brasileiro, casado,bancário, RG 55.799.633-8/SSP-SP, CPF 373.766.326/20; e Marco Antonio Rossi, brasileiro,casado, bancário, RG 12.529.752-X/SSP-SP, CPF 015.309.538/55, todos com domicílio na Cidadede Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900, cujos nomes serão levados à aprovação doBanco Central do Brasil, após o que tomarão posse de seus cargos, sendo que permanecerão emsuas funções até que a Diretoria a ser eleita no ano de 2013 receba a homologação do BancoCentral do Brasil e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Os Diretores reeleitos eeleitos declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração desociedade mercantil em virtude de condenação criminal; IV. fixado o montante global anual daremuneração dos Administradores, no valor de até R$90.000,00 (noventa mil reais), a serdistribuída em Reunião da Diretoria, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social.Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que, para asdeliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrarinstalado, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que vai assinada pelo senhorPresidente, por mim Secretário, pelo Administrador, e pelos representantes do acionista e daempresa KPMG Auditores Independentes. Assinaturas: Presidente: Julio de Siqueira Carvalho deAraujo; Secretário: Ariovaldo Pereira; Administrador: Domingos Figueiredo de Abreu; Acionista:Banco Bradesco S.A., por seus Diretores, senhores Julio de Siqueira Carvalho de Araujo eDomingos Figueiredo de Abreu; Auditor: Cláudio Rogélio Sertório. Declaração: Declaro para osdevidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, nomesmo livro, as assinaturas nele apostas. a) Ariovaldo Pereira - Secretário. Certidão - Secretariade Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - Junta Comercial do Estado de São Paulo -Certifico o registro sob número 199.300/12-4, em 16.5.2012. a) Gisela Simiema Ceschin -Secretária Geral.

Banco Boavista Interatlântico S.A.CNPJ no 33.485.541/0001-06 - NIRE 35.300.188.501

Ata das Assembleias Gerais Extraordinária e Ordináriarealizadas cumulativamente em 3.4.2012

Data, Hora, Local: Aos 3 dias do mês de abril de 2012, às 9h30, na sede social, Cidade de Deus,Prédio Prata, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP. Presenças: Compareceram, identificaram-se eassinaram o Livro de Presença os representantes do Banco Bradesco S.A., único acionista daSociedade. Verificou-se também a presença do senhor Domingos Figueiredo de Abreu, Diretor, edo senhor Cláudio Rogélio Sertório, representante da empresa KPMG Auditores Independentes.Constituição da Mesa: Presidente: Julio de Siqueira Carvalho de Araujo; Secretário: AriovaldoPereira. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade como disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/76. Ordem do Dia: Assembleia GeralExtraordinária: - optar pela utilização de comitê de remuneração único, constituído pelo BancoBradesco S.A., Instituição Financeira líder do Conglomerado Financeiro Bradesco, nos termos daResolução no 3.921, de 25.11.2010, do Conselho Monetário Nacional. Assembleia GeralOrdinária: I. tomar conhecimento dos Relatórios da Administração e dos Auditores Independentes,e examinar, discutir e votar as Demonstrações Contábeis relativas ao exercício social findo em31.12.2011; II. deliberar sobre proposta da Diretoria para a destinação do lucro líquido do exercícioencerrado em 31.12.2011 e distribuição de dividendos; III. eleger os membros da Diretoria daSociedade; IV. fixar o montante global anual da remuneração dos Administradores. Deliberações:Assembleia Geral Extraordinária: - aprovada a opção pela utilização de comitê de remuneraçãoúnico, constituído pelo Banco Bradesco S.A., Instituição Financeira líder do ConglomeradoFinanceiro Bradesco, nos termos da Resolução no 3.921, de 25.11.2011, do Conselho MonetárioNacional. Assembleia Geral Ordinária: I. tomaram conhecimento dos Relatórios da Administraçãoe dos Auditores Independentes, e aprovaram, sem ressalvas, as Demonstrações Contábeis relativasao exercício social findo em 31.12.2011, de conformidade com a publicação efetivada, em28.2.2012, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, páginas 2 a 4; e “Diário doComércio”, páginas 13 a 15; II. aprovada a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daqueleÓrgão, de 26.3.2012, para a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2011 edistribuição de dividendos, a seguir transcrita: “Tendo em vista que a Sociedade obteve noexercício social encerrado em 31.12.2011 lucro líquido de R$219.339.012,15, propomos que sejadestinado da seguinte forma: R$10.966.950,61 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal”;R$206.288.340,92 para a conta “Reserva de Lucros - Estatutária”; e R$2.083.720,62 parapagamento de Dividendos, o qual deverá ser feito até 31.12.2011.”; III. para composição daDiretoria, com mandato até a Assembleia Geral Ordinária de 2013, foram reeleitos os senhores:Diretor-Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352-X/SSP-SP, CPF 250.319.028/68; Diretores: Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro,casado, bancário, RG 55.567.472-1/SSP-SP, CPF 425.327.017/49; e Domingos Figueiredo deAbreu, brasileiro, casado, bancário, RG 6.438.883-9/SSP-SP, CPF 942.909.898/53; e eleitos ossenhores: Diretores: José Alcides Munhoz, brasileiro, casado, bancário, RG 50.172.182-4/SSP-SP, CPF 064.350.330/72; Aurélio Conrado Boni, brasileiro, casado, bancário, RG 4.661.428-X/SSP-SP, CPF 191.617.008/00; Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente, brasileiro, casado,bancário, RG 55.799.633-8/SSP-SP, CPF 373.766.326/20; e Marco Antonio Rossi, brasileiro,casado, bancário, RG 12.529.752-X/SSP-SP, CPF 015.309.538/55, todos com domicílio na Cidadede Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900, cujos nomes serão levados à aprovação doBanco Central do Brasil, após o que tomarão posse de seus cargos, sendo que permanecerão emsuas funções até que a Diretoria a ser eleita no ano de 2013 receba a homologação do BancoCentral do Brasil e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Os Diretores reeleitos eeleitos declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração desociedade mercantil em virtude de condenação criminal; IV. fixado o montante global anual daremuneração dos Administradores, no valor de até R$90.000,00 (noventa mil reais), a serdistribuída em Reunião da Diretoria, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social.Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que, para asdeliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrarinstalado, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que vai assinada pelo senhorPresidente, por mim Secretário, pelo Administrador, e pelos representantes do acionista e daempresa KPMG Auditores Independentes. Assinaturas: Presidente: Julio de Siqueira Carvalho deAraujo; Secretario: Ariovaldo Pereira; Administrador: Domingos Figueiredo de Abreu; Acionista:Banco Bradesco S.A., por seus Diretores, senhores Julio de Siqueira Carvalho de Araujo eDomingos Figueiredo de Abreu; Auditor: Cláudio Rogélio Sertório. Declaração: Declaro para osdevidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, nomesmo livro, as assinaturas nele apostas. a) Ariovaldo Pereira - Secretário. Certidão - Secretariade Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - Junta Comercial do Estado de São Paulo -Certifico o registro sob número 199.299/12-2, em 16.5.2012. a) Gisela Simiema Ceschin -Secretária Geral.

Elo Participações S.A.CNPJ no 09.227.099/0001-33 - NIRE 35.300.349.431

Ata da Reunião Extraordinária do Conselho de Administraçãorealizada em 30.4.2012

Aos 30 dias do mês de abril de 2012, às 18h, na sede social, Alameda Rio Negro, 585, EdifícioPadauiri, 1o andar, Lado “B”- Parte, Alphaville, Barueri, SP, reuniram-se os membros do Conselhode Administração da Sociedade sob a presidência do senhor Marcelo de Araújo Noronha, inclusiveos senhores Alexandre Corrêa Abreu e Raul Francisco Moreira, eleitos para integrar este Conselhona Assembleia Geral Ordinária realizada nesta data, com mandato até a Assembleia Geral Ordináriade 2013, os quais assinam a presente Ata, que servirá como termo de posse. Durante a reunião, osConselheiros deliberaram: 1) registrar o pedido de renúncia ao cargo de Diretor-PresidenteExecutivo da Sociedade, formulado pelo senhor Paulo Rogério Caffarelli, em carta desta data(30.4.2012), cuja transcrição foi dispensada, a qual ficará arquivada na sede da Sociedade, nostermos da alínea “a” do Parágrafo Primeiro do Artigo 130 da Lei no 6.404/76, consignando-se,nesta oportunidade, agradecimentos pelos serviços prestados durante sua gestão; 2) eleger para ocargo de Diretor-Presidente Executivo da Sociedade, com mandato até a 1a Reunião deste Órgãoque se realizar após a Assembleia Geral Ordinária de 2013, o senhor Alexandre Corrêa Abreu,brasileiro, casado, bancário, RG 621.241/SSP-ES, CPF 837.946.627/68, com domicílio no SetorBancário Sul, Quadra 1, Lote 32, Bloco G, 24o andar, Edifício Sede III, Brasília, DF, sendo quepermanecerá nas suas funções até que a Ata da Reunião deste Órgão que eleger os novosmembros em 2013 seja arquivada na Junta Comercial e publicada. O Diretor eleito declara, sob aspenas da lei, que não está impedido de exercer a administração de sociedade mercantil em virtudede condenação criminal. Em consequência, a Diretoria da Sociedade fica assim composta:Diretor-Presidente Executivo: Alexandre Corrêa Abreu, brasileiro, casado, bancário, RG621.241/SSP-ES, CPF 837.946.627/68, com domicílio no Setor Bancário Sul, Quadra 1, Lote 32,Bloco G, 24o andar, Edifício Sede III, Brasília, DF; e Diretor: Alexandre Rappaport, brasileiro,casado, bancário, RG 23.102.640-7/SSP-SP, CPF 261.852.188/95, com domicílio na Alameda RioNegro, 585, 12o andar, Edifício Demini, Alphaville, Barueri, SP. Nada mais foi tratado, encerrando-se a reunião e lavrando-se esta Ata que os Conselheiros presentes assinam. aa) Marcelo de AraújoNoronha, Alexandre Corrêa Abreu, Luiz Carlos Angelotti, Cesário Narihito Nakamura, AlexandreRappaport, Ivan de Souza Monteiro, Raul Francisco Moreira e Marcelo Augusto Dutra Labuto.Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e quesão autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Elo Participações S.A. a) AlexandreRappaport. Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - JuntaComercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 252.300/12-9, em 14.6.2012.a) Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

A decisão da Suprema Corte estabelece o jogo para a eleiçãoReince Priebus, presidente do Partido Republicano.

nternacional

Reforma da saúde:vitória de Obama.

A Suprema Corte dos EUA considerou constitucionala controversa lei de reforma de saúde do presidenteBarack Obama, vista como uma das principaisdisputas entre democratas e republicanos. Paraanalistas, a decisão vai ter repercussões naseleições presidenciais de novembro.

ASuprema Corte dosEUA manteve ontema parte principal daproposta do presi-

dente Barack Obama para areforma do sistema de saúde,em uma das decisões maisaguardadas dos últimos anos.A decisão garantiu a Obamauma enorme vitória políticaem ano eleitoral e manteve aprincipal legislação de seumandato, uma lei que tem co-mo objetivo cobrir mais de 30milhões de norte-americanossem seguro de saúde.

Um dos itens mais polêmi-cos prevê a obrigatoriedadedos cidadãos em contrataremum seguro de saúde até 2014ou arcarem com uma penali-dade em caso de negativa.

A decisão significa que a re-forma, que sofreu oposição depraticamente todos os republi-canos, incluindo Mitt Romney,adversário de Obama na corri-da presidencial, continuará emvigor nos próximos anos, afe-tando a forma como muitosamericanos recebem e pagam

pelo seguro-saúde.De olho na disputa presiden-

cial, os republicanos responde-ram logo após o anúncio da de-cisão. "A decisão da SupremaCorte estabelece o jogo para aeleição. Agora, a única forma desalvar o país da tomada pelo go-verno do sistema de saúdeatravés do ObamaCare, que vaiestourar o orçamento, é elegerum novo presidente", afirmou opresidente do Partido Republi-cano, Reince Priebus.

Pesquisas mostram que amaioria dos americanos apoiaa reforma da saúde que, ironi-camente, foi baseada em umprojeto implementado emMassachuse t t s , quandoRomney era governador doEstado. A lei de Massachu-setts tem o apoio generaliza-do dos residentes desde queentrou em vigor, em 2006.

A Suprema Corte apontouproblemas, mas autorizou aexpansão proposta para o Me-d i c a id , o sistema federal e es-tadual de cobertura para osmais pobres. (Agências)

Mulher demonstra seu apoio ao presidente Barack Obama ontem

Jason Reed/Reuters

Protesto contra a lei de reforma de saúde em frente à Suprema Corte

Tensão entreSíria e Turquia

ATurquia deslocou umpequeno comboio decaminhões militares

– transportando artilhariaantiaérea e outras armas –em direção à fronteira com aSíria, informou a TV estatalturca ontem, quase uma se-mana depois do abate de umcaça militar turco por forçassírias ter elevado a tensãoentre os dois países.

O comboio chegou à basemilitar perto da cidade fron-teiriça de Yayladagi, segun-do imagens exibidas pela es-tação TRT. Nos últimos dias,a Turquia tem alertado a Sí-

ria a manter seus soldadosafastados da fronteira casonão queiram provocar umaresposta armada.

Na quarta-feira, um minis-tro sírio admitiu que seu paíspode ter confundido o aviãoturco abatido com um jato is-raelense. O ministro da Infor-mação sírio, Omran al-Zoebi,disse em entrevista ao canalde notícias turco A Haber queDamasco não quer uma crisecom a Turquia. Cerca de 33mil sírios já buscaram refúgiona Turquia desde o começodo levante em março de2011. (Agências)

Joshua Roberts/Reuters

Ahmet Seher/Reuters

Caminhão carrega lançador de mísseis na província de Hatay

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sexta-feira, 29 de junho de 201210 DIÁRIO DO COMÉRCIO

cidades

O uso debicicleta comomeio detransporte temcrescido e éimportante queos ciclistasobservem asnormas do CTB.

Pouco antes, cicloativistasbloquearam a avenida Paulista nolocal em que a bióloga Juliana Dias,pesquisadora do hospital Sírio-Libanês, foi atropelada e morta porum ônibus, no início de março.

Na Praça doCiclista, junto à

avenidaPaulista,ciclistas

protestaramcontra o

atropelamentode bióloga.

Acidentes comciclistas acendemluz amarela em SPLevantamento da Secretaria da Saúde revela que nove ciclistas são socorridos

diariamente em hospitais públicos, vítimas de acidentes de trânsito no Estado. Aomenos um morre em decorrência dos ferimentos. Em 2011, 3,4 mil ciclistas foram

internados pelo Sistema Único de Saúde. O chefe do Grupo de Trauma Ortopédicodo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC, Jorge dos Santos Silva, disse que

os ciclistas circulam sem as principais proteções. As lesões mais frequentes sãotraumatismos cranianos e da coluna vertebral, além das fraturas da pelve (bacia),dos ossos do antebraço, do fêmur e da tíbia. Ontem o DC ouviu o engenheiro Plínio

Assmann e o advogado Marcio Dias, ambos especialistas em transportes, opsicólogo Salomão Rabinovich e o traumatologista Santos Silva. Resumindo, todos

canalizam suas análises do fenômeno para a falta de educação.

Ivan Ventura e Mariana Missiaggia

O PSICÓLOGO O MÉDICOOS TÉCNICOS

Capacete protege em queda sem muito impactoO engenheiro Plínio Assmann defende a bicicleta como meio de transporte, mas alerta para segurança.

Salomão Rabinovich culpa a falta de respeito

Cidade está despreparada eciclista não observa segurança

Oengenheiro Plínio Ass-mann, primeiro presi-dente do Metrô, é fa-

vorável à bicicleta como meiode transporte, mas diz que acidade não está preparadapara ela. Segundo ele, o ciclis-mo ainda é perigoso por di-versos motivos. Cita, porexemplo, medida adotada háalguns anos pela Companhiade Engenharia de Tráfego(CET) que resultou no estrei-tamento da faixa de rodagemdos carros, de pouco mais detrês metros, para 2,6 metros.

"A medida surgiu para darmaior fluidez nas ruas. Noentanto, ela significa riscopara o ciclista, que ficoumais próximo dos veículos.Com pista mais estreita, au-mentam as chances de aci-dentes", disse o ex-presi-dente do Metrô, que tam-bém não é favorável a espa-lhar ciclofaixas por toda equalquer rua da cidade.

"Na avenida Paulista é im-possível, inconveniente e ar-riscado. Inconveniente por-que os dois sistemas (carrose bicicletas) não funcionambem juntos", disse.

Segurança – Segundo o ad-vogado Marcio Dias, espe-cialista em direito no trânsi-to e membro da AssociaçãoBrasileira de Profissionais doTrânsito (ABPTRAN), o Códi-go de Trânsito Brasileiro(CTB) proíbe a circulação debicicletas nas chamadasvias expressas - caso da Mar-ginal Tietê.

Dias explica que a lei obri-ga que o ciclista circule na fai-xa mais à direita, colado aomeio fio, sempre no sentidode direção da via. Há aquelesque discordam e dizem quelugar de ciclista é próximo aomeio fio, independentemen-te do lado da rua.

Sobre os itens de seguran-ça, há os obrigatórios, como éo caso do capacete. No entan-to, a legislação brasileira pre-vê outros itens igualmenteimportantes, mas que nemtodos os ciclistas observam."A lei obriga o uso de olhos degato nas rodas, nos pedais esob o assento da bicicleta.Mas é preciso lembrar que to-do motorista é responsávelpela segurança dos ciclistasnas ruas", disse o advogado.

A lei brasileira prevê ou-tras punições para o ciclistainfrator. No entanto, o advo-gado ressalta que algumaspunições somente seriampossíveis se as bicicletasfos sem emp lacadas , aexemplo do que ocorre comos carros. O CTB diz que esseemplacamento é de respon-sabilidade do município.

Há exemplos de emplaca-mentos de bicicletas no Es-tado de São Paulo. No anopassado, a cidade de Pontal(351 km da Capital) ordenouo emplacamento de todas as20 mil bicicletas dos quase40 mil habitantes da cidade.O motivo foi a quantidade defurtos, roubos e, principal-mente, infrações de trânsitocometidas por ciclistas.

Segundo a prefeitura dePontal, era comum o esta-cionamento em locais proi-bidos. No entanto, o municí-pio não é a primeira cidadedo estado a emplacar suasbicicletas. Em Morro Agudo(382 km de São Paulo), a leiexiste desde 2005 e há mul-tas que variam de R$ 6,79 aR$ 27,14. (I . V. )

"A violêncianão tem cura"

Orelacionamento entre motoristase ciclistas ainda tem muito a evo-luir sob a ótica do psicólogo Salo-

mão Rabinovich, membro do Centro dePsicologia Aplicada ao Trânsito (Cepat) epresidente da ONG Associação das víti-mas de Trânsito (Avitran). Para ele, faltameducação, orientação e legislação. “Os ci-clistas estão numa situação pior que a dosmotociclistas. O ciclista não tem preparo,nem educação. Eles devem seguir asmesmas recomendações dos motoristase motociclistas. É muito comum nos depa-rarmos com um ciclista pedalando na con-tramão, sobre as calçadas e sem equipa-mento de segurança”, disse.

Sobre a inclusão das bicicletas notrânsito, Rabinovich recorda que a ver-são anterior do Código de Trânsito Brasi-leiro (CTB) não se preocupava com o ci-clista. A atual já equipara ciclista e moto-rista. Mesmo assim, Rabinovich afirmaque o Brasil levará muitos anos para dis-seminar o respeito necessário entre osmeios de transporte. “Não quero serpessimista, mas há três anos fiz umaconsultoria para a Companhia de Enge-nharia de Tráfego (CET) sobre conduto-res de veículos de duas e quatro rodas. Apartir de então, constatei que o Brasil so-fre de uma doença social chamada vio-lência, que não tem cura. E ninguém faznada”, afirmou o psicólogo. (M. M.)

No HC, maisinternações

De acordo com o chefe do Grupo deTrauma Ortopédico do Instituto deOrtopedia e Traumatologia do Hos-

pital das Clínicas, Jorge dos Santos Silva, oHC vem observando um aumento no núme-ro de internações de ciclistas. Em 2010, oitopassaram por tratamentos (cirúrgicos e or-topédicos) de fraturas. Em 2011, foram 10.Este ano, já foram nove internações pelomesmo motivo. Esses números correspon-dem apenas ao Instituto de Ortopedia eTraumatologia do HCFMUSP. “Só temos osnúmeros de uma parte dos acidentes. Émuito comum recebermos pacientes comtraumatismo no crânio, mas eles não sãocontabilizados no Instituto de Ortopedia. Osóbitos também não estão listados. Ou seja,essa história é ainda maior”, disse.

Pedalar sem a devida proteção é o que le-va, na maioria das vezes, os ciclistas a sofre-rem traumatismos cranianos e na coluna,além das fraturas da pelve (bacia), dos os-sos do antebraço, do fêmur e da tíbia. Emesmo com proteção, os ciclistas corremperigo. “Os equipamentos de proteção têmlimitações. O capacete pode proteger nu-ma queda de desequilíbrio sem grande im-pacto. Agora, quando o ciclista é atingidopor um carro não há grandes equipamentosque o protejam”, disse. Silva lembra que osmotociclistas ainda lideram o ranking deacidentes. Em 2011, foram internados 620motociclistas contra 56 ciclistas. (M.M.)

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Anderson Barbosa/Fotoarena/Folhapress - 02/03/2012 Moacyr Lopes Junior/Folhapress - 02/03/2012 Rodrigo Coca/Fotoarena/AOG - 01/09/2010

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sexta-feira, 29 de junho de 2012 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

P

LIBERTADORES: ESPADA EM VEZ DE BOLA.

O EMPREENDEDOR REINALDO

O pessoal está se organizando para fazer a sopa.Luiz Pattoli, que organiza o "sopaço".cidades

ERA UMA BRASA, MORA!

or favor,não tomemesta notacomoprovocação,

insensibilidade oumanifestação dehumor fora de hora.Vejam-na comodemonstração radicaldo impulso deempreendedorismoque caracteriza oespírito humano.Reinaldo dos Santos,morador de rua semidade definida, quecircula entre o Largo daPólvora e a Praça daSé, montou seunegócio a partir das roupasusadas que ganha.Seus clientes são os próprioscolegas sem-teto que, na suacarroça, encontram peças

de R$ 5 a R$ 20, neste caso,ternos e peças maissofisticadas. Os doadores já sehabituaram a lhe trazervestimentas – com a condição

de que ele, de fato, as venda.Reinaldo está tirando, emmediam, R$ 600 por mês.Não raramente, até turistasprocuram sua carroça.

Aexplosivapopularidade

da TaçaLibertadoresdaAméricaentre nósdevido àparticipaçãodo Corinthiansjustifica que nosdebrucemos sobre sua história.Este torneio, criado pelaConfederação Sul Americana deFutebol em 1959, reúne os timescampeões e os melhorescolocados nos respectivoscampeonatos nacionais daregião. Seu nome homenageiagenericamente as figurasresponsáveis pela independênciados países sul-americanos, mas, arigor, aponta seu foco para doisdeles, os generais José Francisco

de San Martin y Matorras (1778-1850) e Simón José Antonio de LaSantíssima Trindade Bolívar yPalácios (1783-1830) – imagensacima, respectivamente. Oprimeiro era argentino e, além deobter a liberdade do seu país, foilutar pelo mesmo objetivo noChile e Peru. O segundo,venezuelano, simplesmenteconhecido como Simón Bolívar,tornou-se um mito. Apósdesvencilhar a Venezuela da

Espanha, participou da libertaçãoda Colômbia, Equador e Peru.Morreu tuberculoso em SantaMarta, cidade colombiana nacosta do Caribe e a primeira docontinente, datada de 1526. Suabiografia – à parte suas muitasbatalhas – aponta dois fatoscuriosos: em 14 de agosto de1805 ele jurou no Monte Sacro,em Roma – mítico local de umconfronto entre plebeus earistocratas durante o ImpérioRomano – que iria libertar ocontinente sul-americano dosespanhóis; ainda por essa época,escalou o célebre vulcão Vesúvioem companhia do naturalistaalemão Alexander Von Humboldt(1769-1859) e do físico francêsLouis Joseph Gay-Lussac (1778-1850). Não deixou registrossobre sua provável paixãopelo alpinismo.

Dev

anir

Am

ânci

o

Cardápio de protesto: apóschurrasco, a vez do sopaço.

Protesto começou na internet após a notícia de que aPrefeitura pretende remanejar a distribuição de sopa amoradores de rua na capital paulista. Revoltados,internautas planejam fazer um "sopaço" em frente àcasa do prefeito Gilberto Kassab. No fim do dia,Prefeitura negou que queira proibir a filantropia.

No ano passado foi arecusa de parte dosmoradores deHigienópolis por

uma estação de metrô nobairro que motivou arealização de um "churrascodiferenciado". Agora, motivo ecardápio mudaram:internautas planejam para odia 6 de julho um "sopaço" nafrente da casa do prefeitoGilberto Kassab, em protestocontra a proposta deremanejar a distribuição desopa a moradores de rua nasruas da Capital.

O movimento ganhou forçaontem na internet, depois quea notícia "Prefeitura querproibir sopão grátis no centro",publicada ontem no jornal OEstado de S. Paulo, foirepassada nas redes sociais.Até o começo da tarde deontem, 5.391 pessoas játinham sido convidadas, viaFacebook, para o eventopúblico criado pelo internautaLuiz Pattoli. Outras 427 tinhamconfirmaram presença.

Outros internautasaproveitaram a página parasomar esforços e manifestardesaprovação à medida compiadas, divulgação detrabalhos de organizaçõesnão-governamentais emensagens de protesto aoprefeito. "O pessoal está seorganizando para fazer asopa, tem gente cuidando daarrecadação de alimentos,outro oferecendo van paralevar as sopas", disse Pattoli.

Praça da Sé – A ideia é que oevento ocorra na frente doprédio de mora o prefeitoGilberto Kassab, mas aspessoas que já confirmarampresença discutem apossibilidade de transferir oevento para a Praça da Sé,no centro da cidade, onde

está concentrada a maiorparte dos moradores de ruae principais interessadosno assunto.

Na tarde de ontem, após arepercussão da proposta, aPrefeitura divulgou notaoficial afirmando que "nãocogita proibir a distribuiçãode alimentos por ONGs naregião central", mas queexiste uma "proposta de queas entidades ocupemespaços públicos destinadospara o atendimento àspessoas em situação de rua,como as tendas instaladaspela Secretaria deAssistência eDesenvolvimento Social".

A nota oficial ainda afirmaque a "união das ações dasONGs com as dos agentessociais tem potencial paratornar ainda mais eficazesas políticas de reinserçãosocial". (Agências)

Reprodução do Facebook

Milton Mansilha/Luz - 7/10/2005 JF Diório/AE - 27/06/2012

No alto, página do Facebook convocando para o"sopaço" próximo à casa do prefeito Gilberto Kassab.Protesto é contra possível restrição à distribuição de

sopa aos moradores de rua da cidade.

Acampanha da CET, ora em exibição na TV,que apregoa o respeito à faixa de pedes-

tres, estrelada pela cantora Wanderléia, 66anos, faz lembrar os tempos da JovemGuarda e uma de suas característicasmarcantes: a obsessão por carros. Po-rém, se agora os apelos de Wanderléiasão politicamente corretos, as letrasde várias canções daquele movi-mento musical eram franca-mente transgressoras no quese refere ao trânsito. O ro-quezinho Rua Augusta, deHervê Cordovil, gravado porRonnie Cord (1943-1986)em 1964, é um bom exemplo.Na primeira estrofe, o condu-tor já levaria 21 pontos nacarteira: excesso de veloci-dade, tráfego sobre a cal-çada e invasão da faixa depedestre. Ainda pagariaR$ 1.239 em multas.

Entrei na Rua Augusta a120 por hora

Botei a turma toda dacalçada prá fora

Fiz a curva em duas rodassem usar a buzina

Parei a quatro dedos daesquina.

De acordo com os versos seguintes, o carroteria que ser sumariamente recolhido.

Meu carro não tem brequeNão tem luz, não tem buzinaTem três carburadores, todos os três

envenenadosSó passa se tiver sinal fechado.

Na terceira estrofe, o motorista, além de ser

punido por novas infrações de trânsito, teriaque ser preso em flagrante por tentativa dehomicídio caso tivesse feito alguma vítima comsua irresponsabilidade.

Toquei a 130 com destino à cidadeCom três pneus carecas derrapando na curvaSubi a Galeria Prestes Maia.

Cruzes!

José

Pat

rício

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08/1

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Repr

oduç

ão

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sexta-feira, 29 de junho de 201212 DIÁRIO DO COMÉRCIO

M ERCADO

Leilão com preço de 'liquidação'

A RTE

Consumo e informaçãoTransparency Suit é um terno quepermite visualizar seus hábitos de

informação e consumo peloslogotipos das marcas que fazem

parte de sua rotina.w w w. s t u d i o s m a c k . n l

D ESIGN

A câmera laranjaO designer Dan Cretu é conhecido por suas

esculturas que transformam frutas e vegetais emobjetos. Limão e laranja viraram câmera fotográfica.

w w w. f l i c k r. c o m / p h o t o s / d a n c r e t u

C OPA 2014

Sorteio dos grupos será na Bahia

C RIATIVIDADE

CAFÉ

Um milhão de grãos decafé foram usados peloartista Arkady Kim paracriar um mural com umretrato. O feito, concluídona última quarta-feira, deua ele um lugar no GuinnessBook, dos recordes. Pararealizar a obra, ele contoucom a ajuda de cincoassistentes, que usaramdiferentes tipos de grãos ede torrefação para obter apalheta de nuancesnecessária à obra. O muralficará exposto no ParqueGorky, em Moscou.

http://bit.ly/LDdT2Z

I NVENÇÃO

P ATRIMÔNIO

Dezenas de livros raros de um período quevai de 1600 a 1800, que teriam sido

roubados do Museu do Estado da Bahia,foram recuperados pela polícia. Os livros

foram encontrados em São Paulo.

C IÊNCIA

Expectativa sobre a'partícula de Deus'

Para deixar o mundoansioso, os cientistasenvolvidos na caçada àpartícula subatômicachamada bóson de Higgs(ou "partícula de Deus"),anunciaram que napróxima quarta-feirapretendem revelarinformações sobre suasdescobertas. A partícula,descrita apenasteoricamente, explicaria oque aconteceu após o BigBang, a explosãoprimordial que criou ouniverso.

I NTERNET

Ponto para a privacidadeOs grupos de tecno-

logia Facebook eLinkedIn concorda-ram em reforçar

suas equipes de privacidadeinternacional e observânciaem resposta a demandas deum órgão regulador irlandês,a Comissão de Proteção de Da-dos. As empresas, que ope-ram na Irlanda serviços parausuários fora dos EUA, passa-ram por avaliações do órgão. AIrlanda atrai empresas do se-tor por oferecer regulações fa-

voráveis aos negócios.O Facebook passou por uma

investigação de três meses e oórgão irlandês considerou suapolítica de privacidade com-plexa e não-transparente. Ocomissário de proteção a da-dos da Irlanda afirmou ontemque, em resposta à avaliação,o Facebook deve alterar a pro-teção da privacidade de seususuários nos próximos seismeses, antes de uma novaanálise, em julho de 2013.

"Esse foi um compromisso

desafiador tanto para o meuescritório quanto para o Face-book Irlanda", disse o comis-sário Billy Hawkes.

As mudanças incluem for-necer informações a usuáriossobre como o Facebook e apli-cativos de terceiros lidam cominformações pessoais, deletaralguns detalhes mais pronta-mente e dar a usuários euro-peus um alerta claro de queusa tecnologia de reconheci-mento facial que os marca au-tomaticamente em fotos.

A casa de leilões Christie'sde Nova York realizará em 16de julho um leilão especial deobras de artistas como AndyWarhol, Cindy Sherman eGerhard Richter a preçosbem mais baixos do que os demercado. A venda OpenHouse terá lances a partir deUS$ 2 mil e traz peças

provenientes do Museu deArte Moderna e do Museu deArte Contemporânea deChicago. Uma das peçasmais cobiçadas é umaserigrafia em papel quemostra de Jacqueline no diado assassinato de J. F.Kennedy, feita por Warholem 1966.

L OTERIAS

Concurso 2929 da QUINA

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Planetasustentável

KristofferZeuthen usou osmodernosconhecimentosda cartografiapara criar esseglobo de bambu.Clássico emversãosustentável.h t t p : / / w w w. k i l o z u l u . d k /

Nas alturasPara revitalizar sua área

portuária, na região central,Cingapura criou um bosque deárvores artificiais gigantes no

qual é possível passear entre ascopas, por um caminho elevado.

As árvores são estruturascobertas com plantas. O bosque,

chamado Gardens by the Bay,tem 220 mil espécies de plantas

e foi inaugurado oficialmenteontem pelo primeiro-ministro

de Cingapura Lee Hsien Loong.

O sorteio da Copa doMundo de 2014 será na Costado Sauípe, na Bahia, emdezembro de 2013. Oanúncio foi feito ontem pelaFifa e pelo comitêorganizador local (COL). A

Fifa também anunciou quepermitirá que as partidas daCopa sejam exibidas emlocais públicos do Brasil, masserá necessário permissãoantecipada no caso degrandes aglomerações.

Livros rarosrecup erados

T ECNOLOGIA

Vem aí abateria em spray

Cientistas daUniversidade Rice, noTexas, apresentaramontem uma bateria emspray que pode ser usadasobre qualquer superfície.A inovação pode mudar odesenho de baterias delaptops, celulares e carroselétricos, levando à criaçãode aparelhos mais finos eleves. A bateria usaversões líquidas doscomponentes das bateriasde íon-lítio convencionais.

Guerra a 3Que a peça é bonita, não há

dúvidas. Resta saber se épossível encontrar três pessoasdispostas a enfrentar o desafiode torná-la útil. Este tabuleirode xadrez foi desenhado paraque três pessoas participemsimultaneamente do jogo.Segundo o fabricante, asregras da competiçãopermanecem exatamente asmesmas, a única diferença éque é preciso enfrentar doisoponentes. Parece simples,mas implicará em duplicarraciocínios e estratégias a cadajogada. O tabuleiro está àvenda no site da Amazon ecusta US$ 50.

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sexta-feira, 29 de junho de 2012 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

S ACO L I N H A SSuper mercadospaulistas voltarama distribuir ontemsacolas plásticas

IMÓVEISEstoque de nãovendidos cresceu20% nos três mesesiniciais do anoeconomia

De olho no relógio: loja da cidade de São Paulo anuncia corte nos preços de peças de vestuário como agasalhos ainda no período do inverno.

Luludi/LUZ

LIQUIDAÇÃO EM TEMPO REALComércio está pressionado a antecipar, cada vez mais, as coleções e as liquidações. Já é comum ofertas de estoque dentro da estação.

Fátima Lourenço

A diminuição daexportação adiciona umacompetição maior. E umadas variáveis que define acompetição é a agilidade.LEONEL MAT I A S , DA CALÇADOS ITA P U Ã

Aindústria e o varejo têm que es-tar lado a lado, buscar soluçõescomuns, porque é o consumidor

quem decide. Ignorar essa realidade éter uma visão míope. A afirmação é doconsultor Marcos Gouvêa de Souza, daGS&MD, feita em palestra do seminá-rio "Antecipação de Coleções + Anteci-pação de Liquidações". O ideal, disse,é ter a entrega mais próxima do mo-mento de compra do consumidor.

O especialista analisou que há umareinvenção do varejo de moda no mun-do todo e não apenas no setor calçadis-ta, impulsionada pelo chamado fa stfashion, com entregas mais frequentesde mercadorias novas. Para o mercadode massa, observou Gouvêa, essa é amelhor prática atualmente. No ves-tuário, Zara é um ícone global com es-sa proposta. No Brasil, Riachuelo foiapontada por ele como exemplar.

No caso específico do mercado inter-no de calçados, Gouvêa lembrou as-pectos da "nova realidade estrutural"que não podem ser esquecidos. Entreeles, a intensificação da internaciona-lização do varejo global, influenciandoempresas de países emergentes, co-mo o Brasil; o redesenho do consumocom a nova classe média; a influênciadas operações na internet, como

Netshoes e Dafiti. "Eles podem trocar avitrina a cada hora, mas são diferentesdo varejo físico", comparou.

Formato s – O especialista aindamencionou o processo, também glo-bal, de consolidação das corporaçõesvarejistas, para se tornarem competi-tivas; e a expansão do comércio de cal-çados e roupas em outras redes (comoCarrefour), para proporcionar expe-riência de compra ao consumidor. Narealidade atual, analisou, as marcaspróprias se tornaram uma tendênciasem volta e a diversificação de forma-tos e bandeiras (como pratica Arezzo)tendem a se estabelecer, para atendercomportamentos específicos do con-sumidor. (FL)

Onda de desânimo chega ao varejoEstela Cangerana membro do Comitê.

Assim como no ramo têxtil e devestuário, integrantes dos seg-mentos de material esportivo, col-chões, móveis e até de embala-gens, entre outros, relataram igualpreocupação com a redução domovimento e estoques altos.

Inadimplência – Na opinião dosmembros do Comitê, a inadim-plência, apesar de estar em eleva-ção, não corre risco de sair do con-trole. Isso enquanto se mantive-rem os dados positivos de empre-go e renda. Mas é o endividamentocada vez mais alto das famílias umdos principais responsáveis pelaretração do consumo.

"O brasileiro não está mais com-prando tanto porque já está endivi-dado e vem tentando colocar suascontas em dia", disse a fonte do va-rejo de vestuário. De acordo comestatísticas da Confederação Na-cional do Comércio de Bens, Servi-ços e Turismo (CNC), o percentualde famílias com dívidas atingiu57,3% neste mês.

Até mesmo no ramo imobiliário,que apresentou índices de cresci-mento surpreendentes nos últi-mos anos, é perceptível uma desa-celeração. "O segmento está bem,

com números positivos, mas a ve-locidade das vendas está mais len-ta. Hoje, termina-se a construçãode um edifício com cerca de 8% a10% das unidades ainda à venda, oque não ocorria em 2010", afirmouum empresário do setor. Se os ne-gócios estão saindo com mais difi-culdade, a velocidade de lança-mentos também diminuiu e os pre-ços estão relativamente estáveis.

Patinando – A atividade tímidageneralizada ainda levou à análiseunânime do Comitê de Conjunturade que a economia brasileira nesteano continuará patinando. Até por-que, para que houvesse a expan-são prometida pelo governo no se-gundo semestre, ela já deveria tercomeçado a dar sinais.

"Teremos mais um ano medío-cre em crescimento. Muito dificil-mente o PIB (Produto Interno Bruto)terá alta maior que 2,5%. E se oPaís não cresce, acaba desinteres-sando os investidores estrangei-ros", alertou um economista. Paraele, as promessas de crescimentonão cumpridas aliadas às interven-ções do governo na economia sãomuito mal vistas no exterior e pre-judicarão investimentos. (Leia maissobre PIB na página 15)

O risco de se teruma visão míope

Divulgação

Marcos Gouvêa de Souza: precisão.

Oc o m é r c i o e s t ápreocupado e seressente da quedade rentabilidade

que a antecipação, cada vezmais acentuada, das coleçõesde roupas, sapatos e acessó-rios provoca nas suas opera-ções, pela necessidade de li-quidações também antecipa-das, para girar estoque e hon-rar pagamentos.

A dinâmica, apontam al-guns lojistas, também dificul-ta a apresentação continua-da, ao longo de cada tempora-da, de novidades para atrair aclientela. Não se pode dizerque haverá uma rápida solu-ção ao problema, mas algunslojistas e fabricantes já con-versam abertamente sobre oassunto.

O varejo e a indústria de cal-çados, por exemplo, se orga-nizam para estabelecer umcalendário de encontros, apartir dos quais possam che-

gar a um consenso sobre a me-lhor forma de integrar seuscronogramas. No cenárioatual, o varejo do ramo, espe-cialmente o de pequeno porte,se sente pressionado pela di-nâmica dos fornecedores esuas coleções cada vez maisantecipadas. Entre as conse-quências, ratificam, estão aperda de rentabilidade e as li-quidações antecipadas – co-mo as que já estão anunciadasneste início de inverno.

Exportações – A dinâmica setornou mais acentuada há cer-ca de um ano e meio pelo efei-to que o câmbio e a crise inter-nacional provocaram nas ex-portações brasileiras, empur-rando o setor produtivo para omercado interno, analisa Mar-coni Leonel Matias dos Santos,diretor superintendente daCalçados Itapuã, marca comindústria no Espírito Santo erede própria de 112 lojas. "Adiminuição da exportação adi-ciona uma competição maior.E uma das variáveis que defi-ne a competição é a agilida-

de", afirmou o diretor.Na manhã de ontem, o exe-

cutivo mediou debate sobre otema, durante seminário comfabricantes e lojistas do ramo,aberto com palestra do con-sultor especialista em varejoMarcos Gouvêa de Souza(GS&MD) – "Repensando a ca-deia de valor do calçado, da in-dústria ao consumidor". Oevento aconteceu durante a44ª Feira Internacional da Mo-da em Calçados e Acessórios(Francal), que termina hoje naCapital paulista, por iniciativada Associação Brasileira deLojistas de Artefatos e Calça-dos (Ablac) e da Associação

Brasileira da Indústria de Cal-çados (Abicalçados).

R en t ab i li d a de – A despeitodas posições aparentementeantagônicas entre fabricantese lojistas do setor, Santos in-terpreta que não há um confli-to direto entre as partes e queé preciso aprofundar a discus-são, para se trabalhar em con-junto. "A rentabilidade depen-de de ambos", afirmou.

De acordo com as entidadesenvolvidas na discussão, o se-minário de ontem foi o primei-ro encontro aberto para tratardo assunto. Francisco Santos,presidente da Couromoda,patrocinadora do seminário,

em parceria com a Francal,prometeu uma segunda edi-ção do encontro para janeirode 2013, durante a feira queele preside.

Agenda– A Abicalçados tam-bém anunciou que dará conti-nuidade às discussões, pormeio dos sindicatos, em en-contros nos polos calçadistasdo País. A proposta é estabele-cer uma agenda comum à in-dústria e aos lojistas, afirmouo diretor executivo da entida-de, Heitor Klein.

Segundo os especialistas, adiscussão tem que ser seg-mentada, conforme o porte dovarejo e também para con-templar a dimensão continen-tal do Brasil, com suas deman-das regionais. "Não dá para seter uma posição padrão", dis-se o mediador Santos.

O presidente da Ablac, Car-los Ajita, compartilha da análi-se e acrescenta que o proble-ma da antecipação das cole-ções e das l iquidações seacentua nas vendas do perío-do de inverno, com menor

tempo para comercialização,na comparação com o verão.

No círculo vicioso que se es-tabeleceu, o lojista se vê obri-gado, até pela pressão degrandes concorrentes, a ante-cipar a exposição dos produ-tos da temporada seguinte.

Na platéia do seminário, alojista paulistana Adriana Gal-vão, da Estúdio Ag Shoes, con-tou que no final de julho de2011 – em plena comercializa-ção da coleção de inverno – re-cebeu as encomendas da pri-mavera-verão, compradasentre abril e maio daqueleano. "Se eu guardo para lançarentre setembro e outubro, osgrandes varejistas já terãolançado", disse. Na mão inver-sa, o consumidor deixa de ir àloja se, ao longo da tempora-da, não encontrar novidades.Além disso, acrescenta Adria-na, há a necessidade de se fa-zer girar o estoque, para pagaro fornecedor. Protelar as com-pras também é temerário, ex-plica Adriana, por causa da lo-gística de entrega.

Aantecipação de coleções e,principalmente, de liquida-ções ganhou mais um ingre-

diente de incentivo neste ano. E elenão é nada positivo. A demandafraca de junho está obrigando mui-tos lojistas a liquidarem as cole-ções de inverno poucos dias após oinício da estação. A constatação dadesaceleração no movimento nes-te mês foi feita ontem na reuniãodo Comitê de Avaliação de Conjun-tura da Associação Comercial deSão Paulo (ACSP).

O Comitê, formado por empre-sários, economistas e especialis-tas nos mais diversos ramos de ati-vidade econômica, detectou que odesempenho fraco – que já atingiaa indústria desde o início do ano –chegou ao comércio.

"O clima é pessimista no setor devestuário. Maio foi um mês bom,com vendas de inverno antecipa-das e o Dia das Mães, mas junhosurpreendeu negativamente emuitos amargam quedas nos ne-gócios. E, se o varejo está estoca-do, precisa antecipar liquidações",afirmou um executivo do setor,

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sexta-feira, 29 de junho de 201214 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sexta-feira, 29 de junho de 2012 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

A Fitch projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) real daAmérica Latina desacelerará para 3,4% em 2012, dos 4,2% em 2011.economia

Projeção da economia: cada vez menor.BC espera que o Brasil cresça 2,5% neste

ano, um ponto percentual menor que aprevisão anterior, de 3,5%. Já a perspectiva

da inflação subiu de 4,4% para 4,7%.

Com cenário externobastante conturba-do, o Banco Central(BC) reduziu a previ-

são para o crescimento daeconomia brasileira neste anode 3,5% para 2,5%, devido àrecuperação lenta da ativida-de. Ao mesmo tempo, a auto-ridade monetária piorou suasperspectivas para a inflaçãoem 2012.

O desempenho esperadopara o Produto Interno Bruto(PIB), divulgado ontem no Re-latório Trimestral de Inflaçãodo BC, é pior do que o já consi-derado ruim de 2011, quandoa expansão da atividade ficouem apenas 2,7%. Se confirma-da, a projeção de 2012 será apior desde 2009, quando aeconomia encolheu 0,33%,também por causa de uma cri-se internacional.

Pelo documento, o BC infor-mou que "a mudança na proje-ção de crescimento reflete,em parte, o fato de a recupera-ção estar se materializando deforma bastante gradual",acrescentando que o cenárioeconômico mundial continuacom perspectivas de baixocrescimento "por um períodode tempo prolongado".

O diretor de Política Econô-mica do BC, Carlos HamiltonAraújo, disse que a piora nestaperspectiva veio do baixocrescimento, de 0,2% do pri-meiro trimestre, inferior ao es-perado, e da lenta reação daeconomia aos estímulos da-dos. Mas buscou mostrar oti-mismo. "Já no segundo trimes-tre a economia apresentarácrescimento mais favorável eacelerará ao longo de 2012",afirmou, acrescentando queos investimentos também vãoreagir no segundo semestre.

A expectativa dos analistasjá era de que o BC reduziriasuas contas para a expansão

do PIB neste ano, paraentre 2,5% e 3% ao ano,diante dos sinais deque a economiabrasileira não es-tá reagindo, comdestaque para osetor industrial.

Para o econo-mista-chefe dobanco Fator, JoséFrancisco de Lima, aredução das contas do BC já foiimportante, mas acredita queo crescimento deverá ser me-nor ainda. "Uma das mensa-gens mais importantes do do-cumento é a nítida piora no ce-nário externo", afirmou.

O BC ainda piorou suas pro-jeções sobre o crescimento daFormação Bruta de Capital Fi-xo (FBCF), uma medida de in-vestimento, de 5% para 1%neste ano.

O BC também tem atuadopara impulsionar o crescimen-to, ao reduzir a taxa básica dejuros (Selic) desde agosto pas-sado em 4 pontos percen-tuais, levando-a à atual míni-ma recorde de 8,5% ao ano,mantendo a porta aberta paramais cortes.

Inflação – De acordo com orelatório do BC, o Índice Nacio-nal de Preços ao ConsumidorAmplo (IPCA) subirá 4,7% nes-te ano pelo cenário de referên-cia, ante previsão anterior de4,4%. Para 2013, no entanto, ocenário melhorou. O BancoCentral projeta que o indica-dor avançará 5%, abaixo dascontas anteriores, de 5,2%.Para o segundo semestre de2014, as contas são de que oindicador subirá 5,1%.

Para o diretor do BC, a infla-ção maior esperada neste anovirá com a alta do dólar ante oreal. "Como o real se depre-ciou, isso vale para a maioriadas moedas, o impacto dessadepreciação, quando ocorre,

é relativamente rápido na in-flação", disse Araújo.

Com a perda de fôlego daatividade, os preços têm arre-fecido. Na semana passada,foi divulgado que o IPCA-15 –considerado uma prévia da in-flação oficial – havia subido0,18% em junho, ante alta de0,51% em maio.

Para Araújo, a desacelera-ção da inflação decorre do ar-refecimento do choque depreços das commodities, domenor crescimento no merca-do interno e dos efeitos da cri-se mundial no País.

A turbulência externa setransmite à economia brasi-leira por vários canais. "Acu-mulam-se evidências queapoiam a visão de que os de-senvolvimentos são de gran-de complexidade e se trans-

Estimativa baixapara o PIB é

explicada pelocenário mundialcom projeções

menoresde expansão

mitem para a economia brasi-leira por diversos canais, en-tre outros, moderação dacorrente de comércio, mode-ração do fluxo de investimen-tos e condições de créditomais restritivas. Tambémconstitui canal de transmissãode grande importância a re-percussão sobre a confiançade empresários, com impac-tos desfavoráveis sobre deci-sões de investimento", expli-cou o BC.

No caso da inflação, a auto-ridade monetária lembrouque a crise econômica inter-nacional faz com que os pre-ços das commodities se re-

traiam, o que é favorável doponto de vista da inflação.

Pondera, por outro lado, queum risco importante para a va-riação de preços vem do mer-cado de trabalho. "De um lado(o mercado de trabalho) mostrasinais de moderação; de ou-tro, margem estreita de ocio-sidade. Um aspecto crucial

nessas circunstâncias é a pos-sibilidade de o aquecimentono mercado de trabalho (...) le-var à concessão de aumentosreais de salários incompatí-veis com a alta da produtivida-de, com repercussões negati-vas sobre a dinâmica da infla-ção", afirmou o relatório doBanco Central. (Agências)

Mantida meta de 4,5% parainflação em 2013 e 2014

Amanutenção da metade inflação em 4,5%para 2013 e 2014, com

tolerância de 2 pontospercentuais para mais oupara menos, é essencial paranão comprometer acredibilidade da políticaeconômica brasileira, disseontem o secretário de PolíticaEconômica do Ministério daFazenda, Márcio Holland. Deacordo com ele, esse foi oprincipal motivo pelo qual oConselho Monetário Nacional(CMN) optou por não reduzir ameta, apesar da queda dainflação nos últimos meses.

"A meta de inflação

brasileira está dentro dospadrões de credibilidadeinternacional. Vários paísesque anunciaram metasinferiores à nossa estão coma inflação no teto ou atéultrapassaram os limites",declarou Holland.

Na opinião do secretário,a inflação tende a convergirpara o centro da metaporque, diferentemente deoutros anos, não estápressionada pelos preços dascommodities (alimentos eminérios com cotaçãointernacional) e por causada retração econômica noexterior. "A inflação brasileira

tem sido muito influenciadapor fatores externos",justificou.

Holland ressaltou aretração expressiva dainflação acumulada. "O Paísvem apresentandocapacidade interessante de'desinflacionalização'. Atésetembro do ano passado,o IPCA (Índice de Preços aoConsumidor Amplo) noacumulado de 12 mesesestava em 7,31%. Agora, ataxa diminuiu para 4,99%ao ano e tende cada vezmais a convergir para ocentro da meta", declarouo secretário. (AE)

CMN não quer comprometer a política econômica brasileira

América Latinaestável perante crise

Aagência de classificação de risco sobe-rano Fitch Ratings informou ontem quea solvência dos países da América Lati-

na continua amplamente estável até este mo-mento. Dois países, Uruguai e República Domi-nicana, estão com perspectiva positiva, en-quanto apenas um país, a Venezuela, tem pers-pectiva negativa.

A Fitch projeta que o Produto Interno Bruto(PIB) real da América Latina desacelerará para3,4% em 2012, dos 4,2% em 2011. Isso reflete oenfraquecimento na demanda externa, aversãoao risco elevada, volatilidade nos preços dascommodities, bem como os efeitos provocadospelo enfraquecimento nas condições da deman-da externa na demanda doméstica. Enquanto aArgentina vai experimentar uma clara desacele-ração, o Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e Pana-má vão exibir taxas de crescimento razoáveis.

O processo de recuperação do Brasil continuaa ser lento, mas é esperado um pico mais forte nosegundo semestre de 2012 e em 2013. (AE)

IGP-M desacelera

Ainflação medida pelo Índice Geralde Preços-Mercado (IGP-M)desacelerou em junho. O

indicador subiu 0,66% neste mês, apósalta de 1,02% em maio, segundo aFundação Getúlio Vargas (FGV).

Nos três subíndices que compõem oIGP-M, o Índice de Preços ao ProdutorAmplo-Mercado (IPA-M) subiu 0,74% emjunho, após avançar 1,17% no mêsanterior. O Índice de Preços aoConsumidor (IPC-M) avançou 0,17%,ante alta de 0,49% em maio. Já o ÍndiceNacional da Construção Civil-Mercado(INCC-M) ficou em 1,31% em junho anteuma variação de 1,3% no mês passado.

O IGP-M é usado como base paraindexar grande parte dos contratos dealuguel. Até junho, o indicador acumulataxas de 3,19% no ano e de 5,14% nosúltimos 12 meses. O período de coleta depreços para cálculo do IGP-M foi do dia 20de maio ao dia 20 de junho. (AE)

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sexta-feira, 29 de junho de 201216 DIÁRIO DO COMÉRCIO

O reajuste está condizente com a variação de preços medida pelo IPCA.Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)economia

Fotos: Divulgação

ENCONTRE O SEU PAR PERFEITO

Com foco nas redes sociais, a Ferrero lança a campanha "Tic Tac Incrível Dupla Sabor Morango", quevai dar quatro iPads por dia, até o final de julho, em um total de 180 iPads. Tic Tac, marca da Ferrero,

é referência no mercado nacional de pastilhas. Os consumidores precisam cadastrar os códigospresentes nas embalagens de qualquer produto Tic Tac no site www.tictac.com.br . No dia seguinte, seráenviada a cada participante outra senha, que vaiespecificar se ele será morango Doce ou Azedo,seguido de um código alfanumérico (exemplo:DOCE12F34 e AZEDO12F34) . A partir desse momento,começa a missão de cada um deles: encontrar seu parcorrespondente. E a criatividade de cada participantecomeça a fazer a diferença! Vale criar perfil em redessociais, enviar imagens, vídeos, enfim, usar e abusarda criatividade e das mídias digitais para encontrarseu par. Faz sentido e, como pode ter mais de umasenha, a ideia é aumentar as vendas das pastilhas.

CRISE E IDENTIDADE

Envie informações para essa coluna para o e-

mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br

MOMENTO GOURMET

Aagência Mood assina a campanha das cervejasBaden Baden e Eisenbahn, do Grupo

Schincariol, com o intuito de associar essesprodutos premium aos bons momentos da vida.A partir dos conceitos "Inspiração Gourmet" e "Sabeaquela cerveja?", Baden Baden abrirá um livro dereceitas que a harmoniza com os pratos. Já aEisenbahn, aquela cerveja, todos vão saber umpouco sobre ela. A intenção é conquistarconsumidores exigentes e bem informados.

BAHIANINHO EM LONDRES

OBahianinho, mascote da CasasBahia, já está se preparando

para os Jogos Olímpicos de 2012. Opersonagem ganhará um aplicativodesenvolvido para smartphonestouch scream e tablets. Em umaespécie de game, que permitirá aousuário interagir com outros amigospelas redes sociais Facebook, Twittere Orkut, o Bahianinho “competirá”em várias modalidades olímpicas,como corrida, natação, salto,arremesso de dardo e arco e flecha.O aplicativo ficará disponível,gratuitamente, na App Store da Applee no Google Play a partir de julho.

SE LIGA

ACaixa Econômica Federal lança a campanha "Se ligana Caixa”, criada pela BorghiErh/Lowe, voltada ao

público universitário. A ideia é estimular os jovens de todoo País a divulgarem seus projetos e ideias com o apoio e aparceria do banco estatal.

A Caixa vai ajudar a realizar o seu sonho, ressaltam asações digitais, que contam também com um site, presençanas redes sociais e o mote "Qual o seu sonho”. A intenção édar condições para o crescimento e atrair esses jovenspara a instituição financeira.

Reajuste nos planos de saúdepode chegar a quase 8%

As mensalidades dosplanos de saúde deaproximadamente 8

milhões de brasileirospoderão ser reajustadasem até 7,93%. A AgênciaNacional de SaúdeSuplementar (ANS) fixouontem o limite de reajustedeste ano para os planosindividual e familiar,contratados a partir dejaneiro de 1999 ouadaptados à legislaçãoanterior, que representam17% do setor.

A operadora deve aplicaro aumento aos contratos

com aniversário a partir demaio de 2012 até abril de2013. A cobrança deretroativo está autorizadacaso o percentual dereajuste seja aplicado atéquatro meses após a datade aniversário do contrato.Por exemplo, um contratono qual o usuário do planopaga R$ 100, e em maio,junho e julho os boletosestão sem reajuste, osboletos de agosto a outubroterão mensalidades deR$ 115,86, a soma doreajuste mais o valorretroativo. A partir de

novembro, a parcela deveráser de R$ 107, 93, até oanúncio do reajuste dopróximo ano.

Desde 2001, ANS calculao percentual de reajustelevando em conta a médiados índices de reajuste dosplanos coletivos , ou seja,com mais de 30 clientes. Aagência reguladora nãoestipula percentual para osplanos coletivos eempresariais porconsiderar que asempresas, fundações eassociações têm condiçõesde negociar diretamente

com as operadoras, o quenão acontece com quemcontrata um planoindividual ou familiar.

Segundo a ANS, opercentual autorizadopara 2012 “estácondizente com a variaçãode preços dos serviços desaúde medida pelo Índicede Preços ao ConsumidorAmplo (IPCA)”.

O consumidor podeobter informação sobre oreajuste pelo Disque-ANS(0800 701 9656) ou napágina da ANS na internet(www.ans.gov.br). (ABr)

Ogoverno italiano do pri-meiro-ministro MarioMonti abriu os cofres pa-

ra injetar 2 bilhões de euros noBanca Monte dei Paschi di Sienana última terça-feira. Não é umbanco qualquer. Com sede nabela cidade de Siena, na Tosca-na, é a mais antiga instituição fi-nanceira do mundo, fundada em1472, quando o Brasil se-quer havia sido desco-berto.

O MPS, como é co-nhecido, construiuuma marca forte,secular. Criado pelaIgreja Católica, co-mo instituição decaridade, dava em-préstimos aos pobres,mas estes com capital e criativi-dade, prosperaram, e o bancose tornou ainda mais sólido.

Diversificou nos emprésti-mos e tornou-se o terceiro maiorbanco da Itália. Só que também,como os bancos norte-america-nos, foi vítima dos ganhos apa-rentemente fáceis do setor imo-biliário e ficou com hipotecas emmãos, que o levaram a pedir um

primeiro socorro, em 2008, e,agora, o segundo.

A crise da Europa, assim comona America Latina e Ásia, é frutodo que aconteceu nos EstadosUnidos em 2008, quando bancose seguradoras se viram com umainadimplência recorde na formade hipotecas imobiliárias. O con-sumidor não deu conta de pagar a

ram a emitir alertas. A Europa en-trou na roda, e dela não saiu. OBrasil conseguiu atravessar a cri-se de 2008/2009, estimulando oconsumo interno – modelo queDilma tenta repetir agora.

Mas no mundo das marcas, oque acontece com o MPS? Nestecaso, mais que a marca secular,está em jogo o alicerce financeiro

do qual nasceram os bancos naEuropa. Foi assim que Monti

justificou o socorro finan-ceiro. E como o bancotem um perfil de carida-de, coisa que investidorese especuladores odeiam,certamente o banco irá re-sistir, mas outro pano de

fundo dessas situações ex-tremas está na gestão. Uma

marca e seus valores podem serfortes, mas administradores in-cautos, muitas vezes com asmesmas intenções de especula-dores, são sempre um risco. Co-mo as colinas da Toscana assisti-ram o apogeu e a queda do Impé-rio Romano, e o MPS as mudançasdos últimos séculos, pelo menosna marca ele resistirá e para issonão precisará de socorro.

dívida. O crédito se esvaiu, bancose seguradoras pediram socorro ese os Estados Unidos, maior eco-nomia do mundo, tem um resfria-do, os países ao redor podem terpneumonia. Prevenidos, investi-dores e também especuladores(esses sempre em maior número),foram verificar os ativos de outrosbancos e seguradoras, e começa-

CARTAZ da nova campanha publicitária daBaden Baden, que terá livro de receitas comdicas de cervejas para acompanhar os pratos.

MASCOTE da Casas Bahia vira game de celular. Objetivoé fazer o 'Bahianinho' interagir nas redes sociais.

CORAÇÃO vai bater mais forte

CAIXA Econômica Federal estáem busca dos universitários

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sexta-feira, 29 de junho de 2012 ECONOMIA/LEGAIS - 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

Itaú BBATrading S.A.CNPJ 52.815.131/0001-20 NIRE 35300095553

ATA SUMÁRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DE 30 DE ABRIL DE 2012DATA, HORA E LOCAL: Em 30.4.12, às 13h20, na Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400, 8º andar, em SãoPaulo (SP).MESA: Candido Botelho Bracher - Presidente; e Daniel Luiz Gleizer - Secretário.QUORUM:Totalidade do capital social. PRESENÇA LEGAL: Administradores da Sociedade e representantesda PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. EDITAL DE CONVOCAÇÃO: Dispensadaa publicação conforme art. 124, § 4º, da Lei 6.404/76. AVISO AOS ACIONISTAS: Sanada a falta depublicação conforme faculta o art. 133, § 4º, da Lei 6.404/76.DELIBERAÇÕESTOMADAS:1. Aprovadasas Contas dos Administradores, o Balanço Patrimonial, as demais Demonstrações Financeiras e osRelatórios da Administração e dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social encerradoem 31.12.11, publicados em 27.4.12 no “Diário do Comércio” (pp. 19 e 20) e no “Diário Oficial doEstado de São Paulo” (pp. 5 e 6). 2. Aprovada a destinação do lucro líquido do exercício de 2011, novalor total de R$ 6.952.157,69, da seguinte forma: a) R$ 347.607,88 para a conta de Reserva Legal;b) R$ 6.538.504,31 para a conta de Reserva Estatutária; e c) R$ 66.045,50 para pagamento aosacionistas, até 31.12.11, por conta do dividendo obrigatório de 2011, tendo como base decálculo a posição acionária hoje registrada. 3. Reeleitos CANDIDO BOTELHO BRACHER, ALBERTOFERNANDES e JEAN-MARC ROBERT NOGUEIRA BAPTISTA ETLIN, todos adiante qualificados, parao próximo mandato anual que vigorará até a posse dos eleitos na Assembleia Geral Ordinária de2013, passando a Diretoria a ser composta da seguinte forma: DIRETORIA: Diretor Presidente:CANDIDO BOTELHO BRACHER, brasileiro, casado, administrador, RG-SSP/SP 10.266.958-2,CPF 039.690.188-38, domiciliado em São Paulo (SP), na Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400, 4º andar,CEP 04538-132; Diretores: ALBERTO FERNANDES, brasileiro, separado judicialmente, engenheiro,RG-SSP/SP 13.030.798-1, CPF 053.207.088-74; e JEAN-MARCROBERTNOGUEIRABAPTISTAETLIN,brasileiro, casado, administrador, RG-SSP/SP 5.569.852, CPF 051.036.138-24, ambos domiciliadosem São Paulo (SP), na Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400, 4º andar, CEP 04538-132. 4. Registrado queRodolfo Henrique Fischer, não reeleito nesta oportunidade, deixa de exercer seu cargo nesta data.5. Registrada a apresentação, pelos eleitos, dos documentos comprobatórios do atendimento dascondições prévias de elegibilidade previstas nos arts. 146 e 147 da Lei 6.404/76. 6. Fixada a verbaanual e global de remuneração para a Diretoria, reajustada de acordo com a política de remuneraçãoadotada pela Sociedade e que será atribuída aos seus membros, na forma que vier a ser deliberadapela Diretoria, no valor de até R$ 36.000,00. O valor para remuneração aprovado poderá ser pagoem moeda corrente nacional, em ações do Itaú Unibanco Holding S.A. ou em outra forma que aadministração considerar conveniente. CONSELHO FISCAL: Não houve manifestação por não seencontrar em funcionamento. DOCUMENTOS ARQUIVADOS NA SEDE: Balanço Patrimonial edemais Demonstrações Financeiras; Relatórios dos Administradores e dos Auditores Independentes.ENCERRAMENTO: Encerrados os trabalhos, lavrou-se esta ata que, lida e aprovada por todos, foiassinada. São Paulo (SP), 30 de abril de 2012. (aa) Candido Botelho Bracher - Presidente; e Daniel LuizGleizer - Secretário. Cópia fiel da original lavrada em livro próprio. JUCESP - Registro nº 246.938/12-2,em 12.6.12. (a) Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 28 de junho de 2012, na Comarca da Capital, os se-

guintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Petro Lider Derivados de Petróleo Ltda. Requerido: Marfi nite Produ-tos Sintéticos Ltda. Avenida Rebouças, 2.836 - 1ª Vara de Falências.Requerente: Phama Comercial Ltda. Requerido: IMP Themohouse Comercial e Serviços de Hvac Ltda. Rua Professor Nelson de Senna, 482/486 – Cidade Domiti-la - 2ª Vara de Falências.Requerente: Santana S/A – Crédito, Financiamento e Investimento. Requerido: Decormad Comércio de Madeiras e Prestação de Serviços Ltda. Avenida Engenheiro Caetano Álvares, 3.200 – Limão - 2ª Vara de Falências. Requerente: Avanti Combustíveis Ltda. Requerido: RPO Terraplenagem Locação e Transportes Ltda. – EPP. Rua Manuel de Oliveira Lima, 1.200 – Jardim Eledy - 1ª Vara de Falências. Requerente: Empresa de Transportes Pajuçara Ltda. Requerido: Sampabel Distri-buidora de Cosméticos Ltda. Rua Monte Alegre, 61 - Conjunto 15 – Perdizes - 1ª Vara de Falências.

Recuperação Judicial Requerente: C10 Prestação de Serviços e Assessoria Comercial Ltda. Requerido: C10 Prestação de Serviços e Assessoria Comercial Ltda. Largo Conselheiro Moreira de Barros, 1.221 - Sala 52 – Santana - 1ª Vara de Falências.

Centroprojekt do Brasil S.A. - CNPJ/MF 03.581.470/0001-84 - NIRE 35.300.328.426Extrato da Ata de Assembléia Geral Extraordinária dos Acionistas

Data, Hora, Local: 12.06.2012, 15hs., sede social, R. Alexandre Dumas, 2200, 2º and., SP/SP. Convocação:Dispensada (§4º, art. 124, Lei 6.404/1976). Presença: Totalidade do capital social.Mesa: Presidente:Amilcar Rossini,Secretário: Edison Costa Porto.Deliberações: Aprovadas por Unanimidade: i) Autorizar a Cia. a contrair empréstimono valor de R$ 5.600.000,00, assinando o Contrato deAbertura de Crédito Fixo e outros documentos que venham a sernecessários para a realização desta operação com o Banco do Brasil S/A., e também autorizada a contratar duas cartasde fiança nos valores de R$5.526.400,00 e R$ 4.835.000,00, assinando Contrato de Prestação de Fiança e outrosdocumentos que venham a ser necessários para a realização desta operação com o Banco do Brasil S.A.. Os acionistasdecidem que a Diretoria está autorizada a contratar a emissão de qualquer carta de garantia bancária, apólices deseguro garantia e ou emitir notas promissórias, necessárias para a participação em concorrências públicas oucontratação de propostas para o setor privado, bem como para a execução de seus contratos de fornecimento, semqualquer necessidade de outra autorização específica dos acionistas, e a contratação de operações de crédito, taiscomo novos empréstimos e ou antecipação de recebíveis acima do limite de R$1.000.000,00 se fará mediante simplesautorização da acionista majoritária, sem a necessidade de realização de Assembleias Gerais. Encerramento: Nadamais, lavrou-se a ata. SP, 12.06.2012. Amilcar Rossini: Presidente e Acionista, Edison Costa Porto: Secretário e Diretorde Finanças e Administração. JUCESP 264.140/12-6 em 21.06.2012. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

A OGX passa por uma crise de confiança.Uma fonte próxima à companhiaeconomia

OGX perde 19,20% e derruba bolsaInvestidores desacreditados da companhia do bilionário Eike Batista e dados da Europa mantêm o Ibovespa em quedas consecutivas

Abaixa expectativaem relação a cúpulada União Europeia edados pouco con-

vincentes nos Estados Unidosderrubaram as bolsas ao redordo mundo e, no Brasil, não foidiferente. Mas a BM&FBoves-pa teve mais um dia de redu-ção por causa, principalmen-te, de fatores internos, como aqueda brusca das ações daempresa OGX, de Eike Batista,que contribuiu para o Iboves-pa, principal índice brasileiro,perder mais um patamar e vol-tar para os 52 mil pontos.

Ontem, a OGX foi o desta-que negativo do índice, aoafundar mais 19,20%. Na ter-ça, a ação já havia caído maisde 25%, refletindo a decepçãodos investidores com a baixaestimativa de produção de pe-tróleo do campo de TubarãoAzul. Já a Petrobras foi na con-tramão e fez o papel da "moci-nha", ao apresentar alta nasações e impedir um recuomaior da bolsa. Com isso, oIbovespa encerrou ontem emq u e d a d e 0 , 8 6 % , a o s52.652,25 pontos. Na mínima,o índice atingiu 52.271 pontos(menos 1,58%) e, na máxima,53.306 pontos (0,37%). Nomês, registra perda de 3,37%e, no ano, cai 7,23%.

Segundo um experienteprofissional, ao contrário doque costuma acontecer no fi-nal do mês, nesta semana nãohouve nenhuma força do mer-cado para tentar puxar a bolsapara cima. "A aversão ao riscoimpediu qualquer tipo de re-

O empresárioEike Batistaenfrenta a suacriseparticular:produçãobaixa depetróleo,queda nasbolsas e trocade comando naempresa OGX.

cuperação", disse a fonte.Migração – Se o dia foi terrí-

vel para a OGX, o mesmo nãodá para falar de Petrobras eHRT, que se beneficiaram coma perda da OGX. Os investido-res estão se desfazendo deOGX e migrando para outrospapéis do setor petrolífero. Pe-trobras ON subiu 0,33% e a PN,0,34%. Já a Vale e os bancos semantiveram em campo nega-tivo por causa de notíciasruins. No caso dos bancos, aqueda é atribuída ao rebaixa-

mento das notas de oito insti-tuições pela agência Moody's(leia reportagem nesta página).Em Nova York, o índice Dow Jo-nes perdeu 0,2%, o S&P 500recuou 0,21% e o Nasdaq tevedeclínio de 0,90%.

Em seis sessões, entre osdias 19 e ontem, o dólar à vistade balcão saiu de R$ 2,030 pa-ra R$ 2,083, com uma valori-zação de 2,61%. Ontem, po-rém, a moeda encerrou os ne-gócios estável, repetindo amarca de R$ 2,083. (Agências)

Ta r i f a svariam ematé 70%

Adiferença devalor entre ospacotes

padronizados de tarifasbancárias pode chegara 70%, em uma relaçãode sete dos principaisbancos do País.Pesquisa divulgadaontem pela FundaçãoProcon-SP apontou quea menor tarifa bancáriafoi encontrada na CaixaEconômica Federal, novalor de R$ 10,enquanto a maior é a doBanco Safra, de R$ 17.

A pesquisa foi feita nodia 16 de maio último ecomparada com a tarifaque os bancoscobravam em igualdata, no ano passado.Foram analisadas astarifas cobradas porsete instituiçõesbancárias: Banco doBrasil, Bradesco, Caixa,HSBC, Itaú, Safra eSantander.

Pa c o t e – O pacotepadronizado incluiconfecção de cadastro,oito saques por mês,quatro extratosmensais, dois extratosdo período referente aomês anterior e quatrotransferências entrecontas da mesmainstituição.

De todas asinstituições analisadaspelo Procon-SP, a Caixafoi a única a baixar ovalor cobrado pelopacote de tarifas,passando de R$ 15,valor do ano passado,para R$ 10.

De acordo com oProcon, as taxascobradas pelos bancosno dia 16 eram: Bancodo Brasil, R$ 13,50;Bradesco, R$ 12,50;HSBC, R$ 13,50; e oItaú, R$10,50.

O Procon-SP alerta oconsumidor que aResolução 3.919 doBanco Central garanteserviços bancáriosgratuitos aosconsumidores quefazem poucasmovimentaçõesbancárias (quatrosaques e duastransferências entrecontas do mesmobanco, entre outroscritérios) ou as realizamexclusivamente pormeio eletrônico(telefone, internet oucaixas eletrônicos).

Os consumidores quetiverem dúvidas em SãoPaulo podem contatar oórgão pelo telefone 151(somente para aCapital) ou no número0800-772-3633.

Nos demais estados,clientes bancáriospodem consultar osserviços locais dedefesa do consumidor eo Banco Central. (ABr)

Eike: prejuízos de R$ 32 bi no ano.

Aempresa de petróleodo bilionário Eike Batis-ta, a OGX, afundou ain-

da ontem com a desconfiançado mercado em torno do po-tencial do primeiro campo pe-trolífero a entrar em produ-ção, Tubarão Azul, na Bacia deCampos. Ontem, as ações daOGX entraram em leilão duasvezes na BM&FBovespa eamargaram a queda de 19,2%(ordinárias, com voto, a únicaclasse de papéis negociadapela empresa). Neste mês, járecuaram 51%. Nos dois últi-mos pregões, a OGX perdeuR$ 10,742 bilhões em valor demercado, segundo dados da

Economatica. No mês, já sãoR$ 16,987 bilhões a menos e,no ano, R$ 27,705 bilhões.

Perdas totais – Na soma deseis empresas do grupo EBX, orecuo no valor de mercado foide R$ 13,274 bilhões em doisdias – no acumulado do ano,são R$ 32,236 bilhões a me-nos. A queda do presidente daOGX, Paulo Mendonça, deveser a resposta de Eike Batista àderrocada das ações de suacompanhia de petróleo. Men-donça foi destituído do cargoontem e, em princípio, perma-necerá no conselho de admi-nistração. Para seu lugar foi in-dicado Luiz Eduardo Guima-

rães Carneiro, que era presi-dente da OSX (outra empresado grupo de Eike Batista).

"A OGX passa por uma crisede confiança e a única formade recobrar isso é mudandosua direção", diz uma fontepróxima à companhia.

O ur o – Mendonça foi maisum dos executivos oriundosda Petrobras e contratados apeso de ouro por Batista. Apósmais de 30 anos na estatal, elechegou à OGX como seu prin-cipal geólogo, em 2007. A ex-periência na área de explora-ção e produção levou o execu-tivo a ser apelidado por Eike de"Dr. Oil". (Agências)

Moody's reduz notas de oito bancos

Aagência de classifica-ção de risco Moody'sfez um ajuste técnico

nas notas de crédito de oitobancos brasileiros, o que teveimpacto negativo também so-bre o Ibovespa. Tiveram as no-tas reduzidas o Banco do Bra-sil, Safra, Santander, HSBC,Bradesco, Itaú, Itaú BBA e Vo-torantim.

A mudança foi anunciadaapós uma revisão da classifi-cação dessas instituições ini-ciada em fevereiro passado. Aagência fez uma nova classifi-cação por entender que os

bancos brasileiros estavamcom notas melhores do que asdo governo. Como as institui-ções financeiras brasileirastêm em suas carteiras títulosda Dívida Pública Federal, aavaliação da Moody's é que aexposição ao risco foi altera-da. "Nossa análise indica quehá pouca ou nenhuma razãopara crer que esses bancos es-tariam isolados a partir deuma crise da dívida do gover-no brasileiro", diz o documen-to em inglês divulgado pelaMoody's.

A revisão da agência foi ado-

tada também em outros paí-ses onde os bancos estavamem melhor situação que os go-vernos locais.

O diretor de Política Econô-mica do Banco Central (BC),Carlos Hamilton Araújo, disseontem que o rebaixamento denotas de oito bancos no Brasil,pela agência Moody's, não in-dica preocupação com a saú-de das instituições. Araújodestacou que o ajuste nas no-tas é "procedimento generali-zado" para adequar as notasde crédito dos bancos com orating soberano do país. (ABr)

Fábio Pozzebom/ABr

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sexta-feira, 29 de junho de 201218 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO

Edital de Intimação da Penhora. Prazo 10 dias. Proc. nº 583.00.2009.208694-9. O Dr. MARIO CHIUVITE JUNIOR, MM. Juiz de Direito da 22ª Vara Cível do foro Central da Comarca da Capital-SP, na forma da Lei. FAZ SABER a Augusto Fernando Roim, que nos autos da Ação de Execução Hipotecária que lhe move o Banco Itaú S/A. foi procedida a penhora sobre o Apto nº 22, no 2º andar do Cond. Residencial Itamarati, sito na Rua Brasil, nº 900, no Bairro Rudge Ramos, São Bernardo do Campo/ SP, matricula nº 61.631 do 1º CRI de SBC/SP. Estando o executado em lugar incerto e não sabido, foi determinada a intimação da penhora por edital, ficando ciente de que o prazo para embargos é de 10 (dez) dias, a fluir do prazo supra, ficando como depositário desta constrição o executado. Será o presente, afixado e publicado na forma da lei.

2ª Vara Cível do Foro Regional X - IpirangaEDITAL DE CITAÇÃO - PRAZO DE 20 DIAS. PROCESSO Nº 0602866-24.2008.8.26.0010C-404/08. A Doutora Caren Cristina Fernandes De Oliveira, MM. Juíza de Direito da 2ª VaraCível, do Foro Regional X - Ipiranga, da Comarca de SÃO PAULO, do Estado de São Pau-lo, na forma da Lei, etc. FAZ SABER a Caram Metais e Plásticos Ltda, Rua Paulo Barbosa,41/55/57/61 - CEP 04201-080, São Paulo-SP, CNPJ 61.567.483/0001-03, Antoine El Bada-qui Karam Junior, Rua Conde de Porto Alegre, 1048, Apto 11, Campo Belo - CEP 04608-001, São Paulo-SP, CPF 022.675.098-14, RG 9957261, Solteiro, Brasileiro, que lhe foi pro-posta uma ação de Execução de Título Extrajudicial por parte de Banco Bradesco S/A, ale-gando em síntese: ser credor da quantia de R$ 57.852,83 em razão do inadimplemento deCédula de Crédito Bancário Cheque Especial Empresa nº 227/848.190 emitida em28/01/2004. Encontrando-se os réus em lugar incerto e não sabido, foi determinada a suaCITAÇÃO, por EDITAL, para os atos e termos da ação proposta e o prazo de vinte (20) di-as, para, em três (3) dias, pagarem o débito, sob pena de serem penhorados livrementetantos bens quantos bastem para a garantia da execução (Código de Processo Civil, artigos652 e 659, com a redação dada pela Lei 11.382/06). Fixo os honorários em 10% do valor dodébito atualizado. Paga a dívida no tríduo acima indicado, os honorários serão reduzidospela metade. Poderão os devedores, querendo, apresentarem defesa, sob a forma de em-bargos, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do término do prazo de vinte dias do editalque serão contados da primeira publicação. No prazo dos embargos, reconhecendo o crédi-to do exeqüente e comprovado o depósito de 30% do valor da execução, inclusive custas ehonorários de advogado, poderão os executados requererem seja admitido a pagar o res-tante em até 6 parcelas mensais acrescidas de correção monetária e juros de 1% ao mês.O prazo do edital comecará a correr a partir de sua primeira publicação e, findo tal prazo,começarão a fluir automaticamente os prazos de três (3) dias para pagar ou nomear bens àpenhora e de 15 (quinze) dias para oposição de embargos. Será o presente edital, por ex-trato, afixado e publicado na forma da lei, sendo este Fórum localizado na Rua AgostinhoGomes, 1455, 1º andar - Sala 117, Ipiranga - CEP 04206-000, Fone: (11) 2274-8044, SãoPaulo-SP. São Paulo, 06 de junho de 2012.

4ª VARA CÍVEL REGIONAL DO JABAQUARA - 4º OFÍCIO CÍVELEDITAL DE PRAÇA ÚNICA DE BEM IMÓVEL E PARA INTIMAÇÃO DOS EXECUTADOSPAULO BUENO DE MORAES, RG 4.629.081-SSP/SP, CPF/MF 769.407.568-68 e SILVIACOSME BUENO DEMORAES, RG 12.692.952-X-SSP/SP, CPF/MF 082.074.688-66, expedidonos autos da AÇÃO DE EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA que lhes requer BANCO BRADESCOS/A. - Prazo 10 dias. Lei nº 5.741/71 - PROC. Nº 0204600- 14.1999.8.26.0003 (003.99.204600-9). A Dra. Edna Kyoko Kano, Juíza de Direito da 4ª Vara Cível Regional do Jabaquara, naforma da lei, etc... FAZ SABER que no dia 11/07/2012, às 14:00 hs, no local destinado àshastas publicas do Fórum Regional do Jabaquara, à Rua Joel Jorge de Melo, nº 424, serálevado à Praça Única o bem imóvel abaixo descrito, sendo entregue por preço não inferiorao saldo devedor de R$ 282.182,33 (fls. 199), o qual será atualizado até a data da Praça,sendo que pelo presente edital ficam os executados intimados da designação, na hipótesede não serem intimados pessoalmente. BEM: Um prédio residencial nº 75 da Rua CarlosFrancisco de Paula, antiga Rua 63, do Parque Jabaquara, no 30º Subdistrito-Ibirapuera erespectivo terreno que é constituído de parte do lote nº 10 da quadra 69, medindo 5,00metros de frente por igual largura nos fundos, por 25,00 metros de frente aos fundos deambos os lados, encerrando a área de 125,00 metros quadrados, confrontando de quemolha do imóvel para a rua, do lado direito com o prédio nº 77 do lado esquerdo com o lote nº9, e pelos fundos com o lote nº 26. Contribuinte nº 089.427.0049-7. Referido imóvel acha-sematriculado sob nº 33.505 no 15º CRI desta Capital, constando conforme R.6, a hipotecaexeqüente e conforme Av.7 a penhora procedida nestes autos. Eventuais taxas e impostosincidentes sobre os bens correrão por conta do arrematante ou adjudicante. Dos autos constarecurso pendente de julgamento. Consta ação Ordinária objetivando a revisão do contrato emexecução, perante o Juízo da 22ª Vara Cível da Capital, Proc. 583.00.1998.046771-7 (C.438/1998), com recurso pendente de julgamento. Não havendo licitantes na praça, o imóvelserá adjudicado ao exeqüente, nos termos do art. 7º da Lei 5.741/71. Será o presenteedital, por extrato, afixado e publicado na forma da lei. São Paulo, 20 de junho de 2012.

1ª VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DA LAPA-1º OFÍCIOCITAÇÃO.PRAZO20DIAS.PROC. 0006191-06.2010.8.26.0004.ADra. LúciaHelenaBocchi Faibicher, JuízadeDireito da 1ª VaraCível do ForoRegional da Lapa, FAZSABER aBELLAFRUTACOMÉRCIODEFRUTASLTDA-EPP, CNPJ/MF 08.103.748/0001-21 na pessoa de seu representante legal queBANCOSANTANDERBRASIL S/A lhe ajuizou AÇÃOORDINÁRIA, para cobrança de R$ 218.792,86 (março/10), oriunda do saldonegativo da conta corrente nº 1.003891-5 junto à agência 1347. Estandoa ré em lugar ignorado, foi determinadaa citação por edital, para queem15dias, a fluir apósos20dias supra, conteste o feito, sobpenadepresumirem-se verdadeiros os fatos alegados e a condenação nas cominações pedidas. São Paulo, 26 de junho de 2012.

Exma. Sra. Dra. Claudia Caputo Bevilacqua Vieira, MM Juíza de Direito da 11ª Vara de Família e Sucessões do ForoCentral da Comarca de São Paulo – SP. Ombretta Simcsik e Tibor Simcsik, devidamente qualificados na inicial, ematendimento ao despacho de 15 de maio p.p., ( pgs. 315 ), vem Mui Respeitosamente apresentar, devidamente al-terada no nome do julgador (a) a Minuta do Edital de Citação de Wesley Rodrigues, pai biológico desaparecido damenor e neta dos autores, Giulia Simcsik Rodrigues, que se encontra em local desconhecido, para fins de tornardefinitiva a Guarda Compartilhada Provisória. Nestes termos, pede Deferimento, por ser motivo de Justiça Fami-liar. São Paulo, 23 de maio de 2012. Ombretta Simcsik - OAB 25.491-SP. Tibor Simcsik - OAB 25492-SP

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Os gastos do consumidor nos EUA, que respondem por 70% daatividade econômica do país, subiram 2,5% no primeiro trimestre.economia

Economiabritânicacontinua fraca

Aeconomia britânicaencolheu 0,3%durante os três

primeiros meses do ano eentrou em sua segundarecessão em quatro anos,informou ontem oEscritório para EstatísticasNacionais. A economia nosúltimos três meses de2011 se contraiu 0,4%,mais do que o Escritóriohavia divulgadoanteriormente.

Os números destacam afraqueza generalizada daeconomia britânica, emdificuldades para serecuperar da crisefinanceira de 2007/2008porque os desafios dadívida da zona do euroafetam a confiança.

O Escritório paraEstatísticas Nacionaisinformou que a economiacontraiu pelo segundotrimestre seguido entrejaneiro e março, levando ataxa anual de queda para0,2%, uma revisão parabaixo. Economistasesperavam que ambas astaxas ficassem semrevisão, em menos 0,3% emenos 0,1%.

Os dados mostraramque a receita disponíveldas famílias recuou 0,9% eque a taxa de poupançadas família atingiu o menornível em um ano, a 6,4%.

As quedas na construçãoe na produção industrialsuperaram o maioraumento nos gastos dogoverno em quase seteanos. Os gastos dogoverno subiram 1,9%,enquanto os da construçãorecuaram 4,9% – o maiordeclínio em três anos – e aprodução industrial recuou0,5%. Já o setor de serviçosbritânico cresceu apenas0,2%. (Reuters)

Nos EUA,estatísticasdão sinal ruim.

Os gastos dosconsumidores e ocrescimento das

exportações dos EstadosUnidos não foram tãorobustos como seacreditava anteriormenteno primeiro trimestre,sugerindo menos força naeconomia.

O Departamento doComércio confirmouontem que a economiacresceu 1,9% no períodoentre janeiro e março, maso mix de crescimento nãofoi encorajador para o atualtrimestre.

Relatório separadomostrou que o número denorte-americanossolicitando auxílio-desemprego pela primeiravez caiu na semanapassada, mas o númerocontinuou muito alto.

Economistas disseramque a série de dados fracospode levar o FederalReserve (banco central dosEstados Unidos) a lançaruma terceira rodada decompra de títulos paraapoiar a vacilanterecuperação.

Na semana passada, oFed afrouxou ainda mais apolítica monetária aoampliar o programa detroca de títulos com afinalidade de diminuir oscustos de empréstimo.

Os gastos doconsumidor, querespondem por cerca de70% da atividadeeconômica dos EUA,subiram a uma taxa de2,5% no primeirotrimestre, ante 2,7%reportado anteriormente.

As exportaçõescresceram 4,2%, em vezdos 7,2% esperados, outrosinal ruim para o segundotrimestre. (Reuters)

Nova ajuda para a UEMais um acordo fechado, agora de 120 bilhões de euros, para alavancar economia da zona do euro.

Os 27 países mem-bros da União Euro-peia (UE) aprova-ram ontem, na cú-

pula de chefes de Estado e degoverno do bloco, um plano decrescimento avaliado em 120bilhões de euros que ajude afomentar a atividade econô-mica e o emprego no continen-te. "Entramos em acordo parainjetar 120 bilhões de euros naeconomia (para tomar) me di-das de crescimento imedia-tas", anunciou o presidente doConselho Europeu, HermanVan Rompuy, ao final do pri-meiro dia da cúpula, que acon-tece em Bruxelas.

"Não se trata apenas de inje-tar dinheiro, mas de fomentaro emprego, a atividade em-presarial sustentável", afir-mou. De acordo com ele, os re-cursos devem se dirigir direta-mente "aos países mais vulne-ráveis".

O plano, promovido pelopresidente francês, FrançoisHollande, prevê um pacote demedidas imediatas para in-centivar o crescimento e o em-prego. O pacto prevê a injeçãode 10 bilhões de euros no Ban-co Europeu de Investimentos(BEI), o que deverá aumentara capacidade de investimentodo banco em 60 bilhões de eu-ros. Os outros 60 bilhões deeuros, de acordo com Rom-puy, virão da realocação defundos estruturais.

A reunião de cúpula da UE éuma nova busca da Europa deenfrentar a crise e propor solu-ções que acalmem o mercadoe permitam aos Estados finan-ciar suas contas. Entre as prin-cipais pressões deste encon-tro estão a de Espanha e Itália,que buscam uma ação emer-gencial que permita reduzir oscustos dos empréstimos. Osdois países querem que o fun-do de resgate da zona do euro

Sebastian Pirlet/Reuters

Albert Gea/Reuters

A chanceler Merkel, como primeiro-ministro

italiano Monti (acima),não quer garantir a

dívida de países como aEspanha (ao lado).

ou o Banco Central Europeu(BCE) intervenham rapida-mente comprando seus pa-péis, o que reduziria os juros.

Os mercados financeiros es-tão nervosos e a pressão inter-nacional para uma ação deci-siva cresce, mas não há gran-des expectativas de que a cú-pula resulte em uma soluçãoduradoura para a crise.

Alemanha– Com as pressões

do mercado, há expectativade que seja discutida a maiorintegração da UE no sentidode uma união monetária e fis-cal. Antes da cúpula, no entan-

to, a chanceler alemã, AngelaMerkel, deixou claro que o paísnão garantiria as dívidas deoutros membros da União Eu-ropeia. (Agências)

Page 19: DC 29/06/2012

sexta-feira, 29 de junho de 2012 ECONOMIA/LEGAIS - 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMPANHIA DE OBRAS E INFRA-ESTRUTURANIRE 3530035801-5 – CNPJ/MF Nº 09.422.564/0001-97

Ata de Assembleia Geral OrdináriaDia, hora e local: Em 26 de abril de 2012, às 10:00 horas, na sede da Companhia, localizada na Ave-nida Rebouças, nº 3.970, 31º andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05402-600. Presenças: Acionistasrepresentando a totalidade do capital social, conforme assinaturas lançadas no Livro de Presença deAcionistas, e o Sr. Francisco Prisco Paraíso Neto, representante da administração da Companhia, paraos fins do disposto no artigo 134, § 1º, da Lei nº 6.404/76. Convocação: Dispensada a publicação deEditais de Convocação, na forma do artigo 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76. Publicações: Sanada a faltade publicação dos anúncios a que se refere o “caput” do artigo 133 da Lei nº 6.404/76, na forma do § 4ºdo referido artigo, tendo em vista a publicação, em 17 de abril de 2012, no “Diário Oficial do Estado deSão Paulo” e no “Diário do Comércio”, dos documentos ali referidos, a saber: Relatório daAdministração,Balanço Patrimonial e as demais Demonstrações Financeiras. Mesa: Francisco Prisco Paraíso Neto,Presidente; Lilian Porto Bruno, Secretária. Deliberações: 1) Autorizada a lavratura da presente atana forma sumária, bem como sua publicação com omissão das assinaturas dos acionistas presentes,conforme faculta o artigo 130 e seus parágrafos da Lei nº 6.404/76; 2) Aprovado o Relatório da Admi-nistração, o Balanço Patrimonial e as demais Demonstrações Financeiras referentes ao exercício socialencerrado em 31 de dezembro de 2011; 3) Aprovada a destinação da totalidade do prejuízo apurado noexercício social findo em 31 de dezembro de 2011, no montante de R$ 13.005.331,25 (treze milhões,cinco mil, trezentos e trinta e um reais e vinte e cinco centavos), à conta Prejuízos Acumulados, sendomantido nesta conta o montante de R$ 13.746.543,90 (treze milhões, setecentos e quarenta e seis mil,quinhentos e quarenta e três reais e noventa centavos); 4) Aprovada, tendo em vista o disposto no artigo7º do Estatuto Social da Companhia, a reeleição dos seguintes membros da Diretoria da Companhia,para um mandato de 2 (dois) anos, iniciado nesta data e com término naAssembleia Geral Ordinária queirá apreciar as contas dos administradores relativas ao exercício social a findar-se em 31 de dezembrode 2013: Francisco Prisco Paraíso Neto, brasileiro, casado, advogado, inscrito no CPF/MF sob o nº217.894.877-49, portador da carteira de identidade RG nº 2.382.564 IFP/RJ, residente e domiciliado naCidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Avenida Barão de Melgaço, nº148, sala 2, Real Parque, São Paulo, SP, CEP 05684-030; e Hélio Rodrigues Guimarães, brasileiro,casado, contador, inscrito no CPF/MF sob o nº 004.637.015-34, portador da carteira de identidade RG nº002.797.550-9 SSP/BA, residente e domiciliado na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro,com endereço comercial na Av. Tancredo Neves, nº 939, Ed. Esplanada Tower, sala 907, Caminho dasÁrvores, Salvador, BA. Em virtude da presente deliberação, a Diretoria da Companhia passou a ter aseguinte composição: A) Diretor – Francisco Prisco Paraíso Neto; e B) Diretor – Hélio RodriguesGuimarães, acima qualificados. Declaração de desimpedimento: Os Diretores ora eleitos tomaramposse e, atendendo ao disposto no artigo 147 da Lei nº 6.404/76, declararam, sob as penas de lei, nãoestarem impedidos de exercer a administração da Companhia, seja por lei especial, ou em virtude decondenação que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar,de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, contra o sistemafinanceiro nacional, contra as normas de defesa de concorrência, contra as relações de consumo, fépública, ou a propriedade. Quorum das deliberações: Todas as deliberações foram aprovadas porunanimidade, sem reservas ou restrições, abstendo-se de votar os legalmente impedidos. ConselhoFiscal: Não há Conselho Fiscal permanente, nem foi instalado no presente exercício. Documentosarquivados: Foram arquivados os documentos referidos nesta ata, após numerados seguidamente eautenticados pelos membros da Mesa. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada aAssembleia, lavrando-se a presente ata que, após lida e aprovada, foi assinada pelos membros da Mesae por todos os presentes, tendo sido autorizada a extração das certidões necessárias pela Secretáriada Assembleia. São Paulo, 26 de abril de 2012. Mesa: Francisco Prisco Paraíso Neto, Presidente; LilianPorto Bruno, Secretária. Certifico e dou fé que esta ata é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. LilianPorto Bruno, Secretária. n Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. JuntaComercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o número 244.220/12-8, em 06.06.12. GiselaSimiema Ceschin, Secretária Geral.

SULEICO ADMINISTRADORA E COMERCIAL LTDA.

CNPJ/MF nº 51.011.906/0001-42 - NIRE 35.201.949.929Edital de Convocação de Reunião de Sócios

Ficam convocados os Srs. Quotistas para se reunirem em Reunião de Sócios, a realizar-se às 10:00horas do dia 13 de julho de 2012, na sede da Suleico Administradora e Comercial Ltda., sita à Av.Engenheiro Luís Carlos Berrini, nº 828, 12º andar, conjunto 121, Brooklin Novo, CEP 04571-000, SãoPaulo/SP, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: exame, discussão e votação (a) do BalançoPatrimonial e demais Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31 dedezembro de 2011, publicados nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “Diário do Comércio”dos dias 28, 29 e 30 de junho de 2012; (b) do lucro do referido exercício; e (c) outros assuntos de interesseda Sociedade. Os Srs. Quotistas poderão ser representados na Reunião por procuradores constituídosna forma do parágrafo 1º do artigo 1.074 do Código Civil. São Paulo, 27 de junho de 2012. IbrahimSuleiman - Administrador.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PEREIRA BARRETO/SP

PREGÃO N° 016/2012 - PROCESSO N° 3277/2012RERRATIFICAÇÃO AO EDITAL

A Prefeitura de Pereira Barreto-SP leva ao conhecimento de quem pos-sa interessar que o Processo supraepigrafado sofreu a seguintererratificação: a) Fica redesignada para as 14h:30min do dia 11 de Julhode 2012 a Sessão Pública do Pregão em epígrafe; b) Demais cláusulas econdições permanecem inalteradas.

Pereira Barreto-SP, 28 de Junho de 2012.ARNALDO SHIGUEYUKI ENOMOTO - Prefeito

PREFEITURA MUNICIPAL DE

CASTILHO/SP

PROCESSO LICITATÓRIO 54/12 - PREGÃO 24/12Termo de Homologação. Processo Licitatório 54/12. Pregão 24/12. Objeto: Aquisição de equipamentos deinformática. Considerando a adjudicação constante da ata dos trabalhos da sessão pública de julgamento,lavrada pelo Sr. Pregoeiro, designada pela Portaria nº 02, de 03/01/2012; e a regularidade do procedimento,hei por bem, com base na Lei Federal nº 10520, de 17 de julho de 2002, Homologar, os itens do objetolicitado, às empresas abaixo delineadas e determinar que sejam tomadas as providências ulteriores.Gabriela Sampaio de Souza Garms-ME. Rua Maria Paula Gambier Costa, 333 - Casa - Centro. ParaguaçuPaulista/SP. CNPJ (MF): 09.459.763/0001-70. Itens: 01 e 03. Valor: R$ 8.826,00 (oito mil, oitocentos evinte e seis reais). José Roberto Pasqualete Junior EPP. Rua Paes Leme, 1.567 - Centro. Andradina/SP.CNPJ (MF): 11.707.391/0001-03. Item: 02. Valor: R$ 12.345,00 (doze mil, trezentos e quarenta e cincoreais). Castilho/SP, 26 de junho de 2012. Antônio Carlos Ribeiro. Prefeito. A Debitar dia (29.06.12)

HE 02 Participações S.A.C.N.P.J./M.F. nº 05.872.768/0001-79 - N.I.R.E. 35.300.196.775

Assembléia Geral Ordinária de 30 de Abril de 2012Data e Horário: 30/04/2012, às 16:30hs.Local: na Cidade de SP, SP, na Av. Dr.Vieira de Carvalho, 40, 10ºandar (parte).Mesa: Presidente: Ezequiel Grin; Secretário: João Carlos de Gênova. Presença: Acionistasrepresentando a totalidade do capital social. Convocação: Dispensada a comprovação da convocaçãoprévia pela imprensa, bem como a publicação dos avisos de que trata o Art. 133 da Lei 6.404/76, conformealterada, de acordo com o facultado, respectivamente, pelo §4º do Art. 124 e pelo §4º do Art. 133 da referidaLei. Ordem do Dia: (i) aprovar o Balanço Patrimonial e as demais Demonstrações Financeiras daSociedade referente ao exercício social encerrado em 31.12.2011, documentos esses publicados nosjornais “Diário do Comércio” em suas edições de 28.04.2012, 29.04.2012 e 30.04.2012 e “DOE/SP -Empresarial”, em sua edição de 28.04.2012; (ii) deliberar sobre a destinação dos resultados do exercício;(iii) deliberar sobre a eleição dos membros da Diretoria da Sociedade; (iv) estipular remuneração anualglobal dos membros da Diretoria; e (v) eleger os membros do Conselho Fiscal e respectiva remuneração,sendo o caso.DeliberaçõesTomadas por Unanimidade: colocados em discussão e votação, resultaramaprovadas por unanimidade e sem quaisquer ressalvas: (i) o Balanço Patrimonial e as demaisDemonstrações Financeiras da Sociedade referente ao exercício social encerrado em 31.12.2011,documentos esses publicados nos jornais “Diário do Comércio” em suas edições de 28.04.2012, 29.04.2012e 30.04.2012 e “DOE/SP - Empresarial”, em sua edição de 28.04.2012. (ii) a destinação da totalidade doprejuízo do exercício findo em 31.12.2011, no valor de R$ 132.928,11 (cento e trinta e dois mil novecentos evinte e oito reais e onze centavos), para a conta de Prejuízos Acumulados, totalizando um prejuízoacumulado total nessa conta de R$ 1.525.971,99 (um milhão quinhentos e vinte e cinco mil novecentos esetenta e um reais e noventa e nove centavos); (iii) a reeleição dos Srs. (A) José Irineu Nunes Braga,brasileiro, casado, bancário, residente e domiciliado na Cidade de SP, SP, com escritório na Av. Brig. FariaLima, 3.400, 11º andar, RG M-559.350 SSP/MG e CPF 087.958.356-87, para o cargo de DiretorPresidente; (B) Mario Luiz Amabile, brasileiro, casado, contador, residente e domiciliado na Cidade de SP,SP, com escritório na Pça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100, RG 11.460.083 SSP-SP e CPF843.210.248-20, para o cargo de Diretor sem designação específica; e (C) Ezequiel Grin, brasileiro,casado, advogado, residente e domiciliado na Cidade de SP, SP, com escritório na R. Joaquim Floriano, 100,10º andar, RG 4.565.440-2/SSP-SP e CPF 938.859.548-34, para o cargo de Diretor sem designaçãoespecífica. Os Diretores ora reeleitos, Srs. José Irineu Nunes Braga, Mario Luiz Amabile e Ezequiel Grin,declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer as atividades mercantis (i) por leiespecial; (ii) em virtude de condenação criminal, ou por se encontrar sob os efeitos dela; (iii) em virtude depena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou (iv) por crime falimentar, deprevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistemafinanceiro nacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé pública, oua propriedade. Desse modo, a Diretoria passa a ser composta da seguinte forma: (a) José IrineuNunes Braga - Diretor Presidente; (b) Mario Luiz Amabile - Diretor sem designação específica; e (c)Ezequiel Grin - Diretor sem designação específica. Todos os Diretores reeleitos são imediatamenteempossados em seus respectivos cargos com mandato até a investidura dos novos Diretores a seremeleitos na Assembléia Geral Ordinária que examinar as Demonstrações Financeiras relativas ao exercíciosocial a se encerrar em 31.12.2012, conforme o disposto no Art. 150, §4º da Lei 6.404/76; (iv) foi aprovada aremuneração anual global para os membros da Diretoria de até R$ 8.000,00 (oito mil reais); e (v) foidispensada a instalação do Conselho Fiscal e a eleição dos seus membros, conforme facultado em Lei e noArt. 18 do Estatuto Social. Encerramento e Lavratura da Ata: nada mais havendo a ser tratado, o Sr.Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, como ninguém a pedisse, declarouencerrados os trabalhos e suspensa a reunião pelo tempo necessário à lavratura desta ata, a qual, reabertaa sessão, foi lida, aprovada e por todos os presentes assinada.Local e Data:SP, 30.04.2012.Mesa:EzequielGrin - Presidente;JoãoCarlos deGênova - Secretário.Acionistas Presentes:André Luiz Helmeister;AntonioBeltran Martinez; Candido Botelho Bracher; Eduardo Mazzilli de Vassimon; Ezequiel Grin; Fernão CarlosBotelho Bracher; Francisco Paulo Cote Gil; Geraldo Henrique Frei; Gilberto Frussa; João Carlos De Gênova;José Irineu Nunes Braga e Mario Luiz Amabile. Diretores Presentes: José Irineu Nunes Braga, DiretorPresidente; Mario Luiz Amabile, Diretor sem designação específica e Ezequiel Grin, Diretor sem designaçãoespecífica. Certifico que a presente é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. João Carlos de Gênova -Secretário. JUCESP - Reg.nº 250.728/12-6 em 13/06/12. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

NOVA HE PARTICIPAÇÕES S.A.C.N.P.J. nº. 08.538.148/0001-96 - NIRE 35.300.371.135

Ata de Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30.04.2012Data e Horário: aos 30/04/2012, às 11h. Local: sede da Sociedade, na Av. Brigadeiro Faria Lima,3400, 4º andar, na Cidade de SP, SP.Convocação: dispensada face à presença de acionistas repre-sentando a totalidade do capital social da Sociedade, nos termos do §4º, art. 124, da Lei 6.404/76.Mesa: Presidente: Sr. Candido Botelho Bracher; Secretário: Sr. Alberto Fernandes. Ordem do dia:deliberar sobre a transferência das ações detidas pelo acionista Rodolfo Henrique Fischer aos acio-nistas:Alberto Fernandes, Candido Botelho Bracher, Daniel Luiz Gleizer, Fernão Carlos Botelho Brachere Jean-Marc Robert Nogueira Baptista Etlin.Deliberação tomada por unanimidade: em atendimen-to ao disposto na Cláusula 3.1(a) do Acordo de Acionistas da Sociedade, celebrado em 30/06/2009,os acionistas, por unanimidade, aprovaram a transferências das 118.800 (cento e dezoito mil e oito-centas) ações ordinárias da Sociedade, correspondentes a 9,9% (nove vírgula nove por cento) docapital social da Sociedade, detidas pelo acionista Rodolfo Henrique Fischer, aos acionistas: AlbertoFernandes (13.053 ações),Candido Botelho Bracher (53.270 ações), Daniel Luiz Gleizer (13.053 ações),Fernão Carlos Botelho Bracher (26.371 ações) e Jean-Marc Robert Nogueira Baptista Etlin (13.053ações), tudo nos termos dos Contratos de Compra e Venda de Ações celebrados pelas partes em27.04.2012. Encerramento e Lavratura da Ata: Nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidenteofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, como ninguém se manifestou, encerrou areunião, determinando a lavratura desta ata, a qual lida e aprovada foi por todos os presentes assina-da. SP, 30/04/2012. Mesa: Candido Botelho Bracher, Presidente; Alberto Fernandes, Secretário.Certifico que a presente é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio.Alberto Fernandes - Secretário.JUCESP - Reg. 245.823/12-8 em 11/06/2012. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

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Assembleia Geral Ordinária de 30 de abril 2012Data e Horário: 30/04/2012, às 16:15h. Local: na sede da Companhia, localizada na Cidade de SP/SP, naAv. Brigadeiro Faria Lima, 3400, 4° andar (parte), CEP 04538-132. Mesa: Presidente, Sr. Candido Botelho Bra-cher; Secretário, Sr. Alberto Fernandes. Presença: Acionistas representando a totalidade do capital social daCompanhia, conforme se verifica pelas assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas. Convoca-ção: Dispensada a comprovação da convocação prévia pela imprensa, bem como a publicação dos avisos deque trata o Art. 133 da Lei 6.404/76, conforme alterada, de acordo com o facultado, respectivamente, pelo § 4° doArt. 124 e pelo § 4º do Art. 133 da referida Lei.Publicações: O Balanço Patrimonial e as demais DemonstraçõesFinanceiras da Companhia, referentes ao exercício social encerrado em 31.12.2011, foram publicados no “DOE/SP - Empresarial” em sua edição de 28.04.2012 e no Jornal “Diário do Comércio”, em suas edições de 28.04.2012,29.04.2012 e 30.04.2012.Ordem do Dia: (i) aprovar o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras daCompanhia, referentes ao exercício social encerrado em 31.12.2011; (ii) deliberar sobre a destinação do resul-tado do exercício social encerrado em 31.12.2011; (iii) deliberar sobre a eleição dos membros da Diretoria daCompanhia; (iv) estipular remuneração anual global dos membros da Diretoria; e (v) eleger os membros doConselho Fiscal e respectiva remuneração, sendo o caso. Leitura dos Documentos: Não foi requerida, porqualquer dos acionistas presentes, a leitura dos documentos referidos no art. 133 da Lei 6.404/76.DeliberaçõesTomadas por Unanimidade: colocados em discussão e votação, resultaram aprovadas por unanimidade e semquaisquer ressalvas: (i) os acionistas aprovaram o Balanço Patrimonial e as demais Demonstrações Financeirasda Companhia relativas ao exercício social encerrado em 31.12.2011; (ii) os acionistas decidiram que o prejuízoapurado durante o exercício social encerrado em 31.12.2011, no valor de R$ 53.072.81 (cinquenta e três mil esetenta e dois reais e oitenta e um centavos), ficará acumulado na conta de “Prejuízos Acumulados”, a qual,passa a ter um prejuízo acumulado total de R$ 1.082.944,46 (um milhão oitenta e dois mil novecentos e quarentae quatro reais e quarenta e seis centavos). Tendo sido apurado prejuízo no exercícío encerrado em 31.12.2011,não houve deliberação a respeito da distribuição de dividendos aos acionistas; (iii) os acionistas aprovaram areeleição dos Srs. Candido Botelho Bracher, brasileiro, casado, administrador de empresas, residente edomiciliado na Cidade de SP/SP, com escritório na Av.Brigadeiro Faria Lima, 3400, 4° andar, R.G.10.266.958-SSP/SP e C.P.F 039.690.188-38, para o cargo de Diretor Presidente; e Eduardo Mazzilli de Vassimon, brasileiro,casado, economista, residente e domiciliado na Cidade de SP/SP, com escritório na Av. Brigadeiro Faria Lima,3400, 4° andar, R.G. 9.539.448-SSP/SP e C.P.F 033.540.748-09, para o cargo de DiretorVice-Presidente, commandato até a Assembleia Geral Ordinária que examinar as Demonstrações Financeiras referentes ao exercíciosocial a se encerrar em 31/12/2012. Os Diretores ora reeleitos foram empossados em seus cargos mediante aassinatura dos respectivos termos de posse, nos termos do Art. 149 da Lei 6.404/76. Os Diretores ora reeleitosdeclararam, sob as penas da lei, não estar impedidos por lei especial, ou condenados por crime falimentar, deprevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade,ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; (iv) foi aprovada aremuneração anual global para os membros da Diretoria de até R$ 8.000,00 (oito mil reais); e (v) foi dispensadaa instalação do Conselho Fiscal da Sociedade, bem como a eleição de seus membros conforme facultado em lei.Encerramento, Lavratura e Leitura da Ata: não havendo qualquer outro pronunciamento, o Sr. Presidenteconsiderou encerrados os trabalhos da presente Assembleia Geral Ordinária, determinando que fosse lavrada apresente ata, em forma de sumário, conforme facultado pelo art. 130, § 1º, da Lei 6.404/76. A ata, lida e achadaconforme, foi assinada pela mesa e pelos acionistas presentes.Mesa: Candido Botelho Bracher - Presidente daMesa;Alberto Fernandes - Secretário.Acionistas:Alberto Fernandes;Antonio Carlos Barbosa deOliveira;CandidoBotelho Bracher; Daniel Luiz Gleizer; Eduardo Mazzilli deVassimon; Fernão Carlos Botelho Bracher e Jean-MarcRobert Nogueira Baptista Etlin.Local e data: SP, 30/04/2012. Certifico que a presente é cópia fiel da ata lavradaem livro próprio. Alberto Fernandes -Secretário da Mesa. JUCESP - Reg. 245.826/12-9 em 11/06/2012.Gisela Simiema Ceschin - Secret. Geral.

VERPARINVEST S.A.C.N.P.J./M.F. nº 01.327.875/0001-65 - N.I.R.E. 35.300.146.565ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DE 30 DE ABRIL DE 2012

Data e Horário: 30/04/2012, às 16h20. Local: na Cidade de SP/SP, na Av. Dr.Vieira de Carvalho, 40 - 10º Andar(parte). Mesa: Presidente: Mario Luiz Amabile; Secretário: Ronaldo Amaral. Presença: Acionistasrepresentando a totalidade do capital social. Convocação: Dispensada a comprovação da convocação préviapela imprensa, bem como a publicação dos avisos de que trata o Art. 133 da Lei nº 6.404/76, conforme alterada,de acordo com o facultado, respectivamente, pelo § 4º do Art. 124 e pelo § 4º do Art. 133 da referida Lei.Ordemdo Dia: (i) aprovar o Balanço Patrimonial e as demais Demonstrações Financeiras da Sociedade referente aoexercício social encerrado em 31/12/2011, documentos esses publicados nos jornais “Diário do Comércio” emsuas edições de 28.04.2012, 29.04.2012 e 30.04.2012 e “DOE/SP - Empresarial”, em sua edição de 28.04.2012;(ii) deliberar sobre a destinação dos resultados do exercício; (iii) deliberar sobre a eleição dos membros daDiretoria da Sociedade; (iv) estipular remuneração anual global dos membros da Diretoria, e, (v) eleger osmembros do Conselho Fiscal e respectiva remuneração, sendo o caso. Deliberações Tomadas porUnanimidade: colocados em discussão e votação, resultaram aprovadas por unanimidade e sem quaisquerressalvas: (i) o Balanço Patrimonial e as demais Demonstrações Financeiras da Sociedade referente aoexercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011, documentos esses publicados nos jornais “Diário doComércio” em suas edições de 28.04.2012, 29.04.2012 e 30.04.2012 e “DOE/SP - Empresarial”, em sua ediçãode 28.04.2012. (ii) foi aprovada a destinação da totalidade do prejuízo do exercício findo em 31.12.2011, novalor de R$ 675.801,64 (seiscentos e setenta e cinco mil oitocentos e um reais e sessenta e quatro centavos),para a conta de “Prejuízos Acumulados”, totalizando um prejuízo acumulado total nessa conta de R$5.653.469,36 (cinco milhões seiscentos e cinquenta e três mil quatrocentos e sessenta e nove reais e trinta eseis centavos); (iii) a reeleição dos Srs. (A) Mario Luiz Amabile, brasileiro, casado, contador, residente edomiciliado na Cidade de SP/SP, com escritório na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100, R.G.11.460.083-SSP/SP e C.P.F. 843.210.248-20, para o cargo de Diretor Presidente; (B) Gilberto Frussa,brasileiro, casado, advogado, residente e domiciliado na Cidade de SP/SP, com escritório na Av. Brigadeiro FariaLima, 3.400, 11º andar, R.G. 16.121.865 /SSP-SP e C.P.F. 127.235.568-32, para o cargo de Diretor Vice-Presidente; e (C) Ronaldo Amaral, brasileiro, casado, advogado, residente e domiciliado na Cidade de SP/SP,com escritório na Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400, 11º andar, R.G. 14.122.957-3/SSP-SP e C.P.F. 064.437.098-02,para o cargo de Diretor sem designação específica. Os Diretores ora reeleitos, Srs.Mario Luiz Amabile, GilbertoFrussa e Ronaldo Amaral, declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer as atividadesmercantis (i) por lei especial; (ii) em virtude de condenação criminal, ou por se encontrar sob os efeitos dela; (iii) emvirtude de pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou (iv) por crime falimentar, deprevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeironacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé pública, ou a propriedade.Desse modo, a Diretoria passa a ser composta da seguinte forma: (a) Mario Luiz Amabile - Diretor Presidente;(b) Gilberto Frussa - Diretor Vice-Presidente; e (c) Ronaldo Amaral - Diretor Sem Designação Específica.Todos os Diretores reeleitos são imediatamente empossados em seus respectivos cargos com mandato até ainvestidura dos novos Diretores a serem eleitos na Assembléia Geral Ordinária que examinar as DemonstraçõesFinanceiras relativas ao exercício social a se encerrar em 31/12/2012, conforme o disposto no Artigo 150, § 4º daLei 6.404/76; (iv) foi aprovada a remuneração anual global para os membros da Diretoria de até R$ 8.000,00 (oitomil reais); e (v) foi dispensada a instalação do Conselho Fiscal e a eleição dos seus membros, conforme facultadoem Lei e no Art. 17 do Estatuto Social.Encerramento e Lavratura da Ata: nada mais havendo a ser tratado, o Sr.Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, como ninguém a pedisse, declarou encerradosos trabalhos e suspensa a reunião pelo tempo necessário à lavratura desta ata, a qual, reaberta a sessão, foilida, aprovada e por todos os presentes assinada. Local e Data: SP, 30/04/2012. Mesa: Mario Luiz Amabile -Presidente; Ronaldo Amaral - Secretário. Acionista Presente: P. Rio Bonito Assessoria de Negócios Ltda. -José Irineu Nunes Braga e Mario Luiz Amabile. Diretores Presentes: Mario Luiz Amabile; Gilberto Frussa; eRonaldo Amaral. Certifico que a presente é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. Ronaldo Amaral -Secretário. JUCESP - Reg. nº 241.617/12-1 em 06/06/2012. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

ETH BIOENERGIA S.A.CNPJ/MF nº 08.636.745/0001-53 - NIRE 35.300.350.391

Aviso aos AcionistasComunicamos aos Srs. Acionistas que se encontram à sua disposição, na sede social da Compa-nhia, localizada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Rebouças, 3.970, 26ºandar, parte, Pinheiros, CEP 05402-920, os documentos a que se refere o Artigo 133, incisos I, II eIII da Lei nº 6.404/76, relativos ao exercício social encerrado em 31/03/2012. São Paulo, SP,29/06/2012, 30/06/2012 e 03/07/2012. A Diretoria. (29, 30/06 e 03/07/2012)

Aço Carbono Comercial Ltda. torna público que requereu na CETESB a Renovaçãode Licença de Operação p/ fabricação de peças e Obras de Caldeiraria Pesada, à RuaAraguaiana,140, V. Nova Galvão, S. Paulo/SP.

Page 20: DC 29/06/2012

sexta-feira, 29 de junho de 201220 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Esperamos por 20 anos por juros compatíveis com a nossa atividade.Kátia Abreu, senadora e presidente da CNAeconomia

Safra terá crédito recorde de R$ 115,2 biGoverno aumenta em 7,5% os recursos do Plano Safra 2012/13, reduz de 6,75% para 5,5% a taxa anual de juros eamplia a oferta de crédito a pequenos, médios e grandes produtores rurais como forma de estimular a economia.

Com mais recursos ejuros menores, o Pla-no Agrícola e Pecuá-r i o p a r a a S a f r a

2012/13 deve fortalecer o se-tor agropecuário internamen-te e reforçar a atuação do Bra-sil no mercado externo emmeio à crise na economia, dis-se ontem a presidente DilmaRousseff.

"O nível de competitividadeda agricultura no Brasil é ca-paz de superar as crises", afir-mou ela em discurso, duranteo lançamento do plano, acres-centando que não haverá res-trições de recursos para agri-cultura. "Esse plano agrícolapretende ampliar cada vezmais o espaço da agriculturabrasileira dentro e fora do Bra-sil", acrescentou.

O plano safra 2012/13 esta-beleceu um aumento de 7,5%nos recursos disponíveis paracusteio e investimentos nocampo. Ao todo, serão ofereci-dos R$ 115,2 bilhões para aagricultura empresarial, anteR$ 107,2 bilhões do ciclo ante-rior. Deste total, R$ 86,9 bi-lhões serão para financiar cus-te io e comerc ia l i zação eR$ 28,2 bilhões para a realiza-ção de investimentos.

Juros – O novo plano reduzde 6,75% para 5,5% a taxaanual de juros. "Isso é o reco-nhecimento que damos ao pa-

pel que a agricultura desem-penha no enfrentamento dacrise mundial", disse Dilma,sobre a redução de juros.

"Os juros baixaram no capi-tal de giro e no investimento",ressaltou o ministro da Agri-cultura, Mendes Ribeiro Filho,durante o evento.

O total de recursos com taxade juros controlada será deR$ 93,9 bilhões, o que corres-ponde a um acréscimo de18,5% em re-lação ao pro-gramado pa-ra a safra an-terior. Já os ju-r o s l i v r e st o t a l i z a mR $ 2 1 , 3 b i-lhões.

" E s p e r a-mos po r 20anos por ju-ros compatí-v e i s c o m anossa ativi-dade produtiva", disse a presi-dente da Confederação daAgricultura e Pecuária do Bra-si l (CNA), senadora KátiaAbreu, celebrando a reduçãodas taxas.

Novos limites – O governoampliou os limites de financia-mento de custeio e comercia-lização. No caso do custeio,houve aumento do limite paraR$ 800 mil por produtor, ante

R$ 650 mil do plano anterior.Para a comercialização, o limi-te foi elevado para R$ 1,6 mi-lhão, ante R$ 1,3 milhão doplano anterior. Em ambos oscasos, a variação foi de 23%sobre a safra anterior.

O limite de financiamentode cooperativas passou paraR$ 100 milhões por entidade,ante R$ 60 milhões.

Médio produtor – A taxa dejuros para médios produtores

foi reduzidapa ra 5% aoa n o , a n t e6,25% do pla-no anterior.

Foi elevadapara R$ 800mi l a rendabruta anualpara enqua-dramento doprodutor noPrograma Na-c i o n a l d eApoio ao Mé-

dio Produtor Rural (Pronamp),ante R$ 700 mil de limite na úl-tima safra. O limite de créditopor beneficiário passou paraR$ 500 mil, ante R$ 400 mil noano anterior.

"Tem que chegar ao maiornúmero de produtores", dissea presidente Dilma. "Ter estefoco no médio produtor é ummomento importante", disse.O Plano Safra da Agricultura

Familiar será lançado na pró-xima semana, com R$ 18 bi-lhões em crédito para os pe-quenos produtores.

Para o presidente da Fede-ração das Associações de Ar-rozeiros do Rio Grande do Sul(Federarroz), Renato Rocha,as medidas de incentivo à co-mercialização e ao custeio se-riam bem-vindas para auxiliaros arrozeiros a enfrentarem asdificuldades da seca.

Agência de extensão rural – Apresidente Dilma disse aindaque o governo estuda a cria-ção de uma agência de exten-são rural, capaz de disseminaras melhores técnicas agríco-las em todo o País. "É uma for-ma de democratizar conheci-mento", disse ela. "Este talvezseja um dos maiores desafiosdo meu governo."

Segundo a presidente, aagência só poderá existir coma cooperação entre Ministérioda Agricultura e Ministério doDesenvolvimento Agrário.

"E nós, ao fazermos isso(criar a agência), estaremostambém dando um dos maio-res passos nesse País para fir-mar o que é a característica danossa agricultura, agriculturaque usa de fato a quantidadede terras, a água, mas ela con-segue agregar o valor da capa-cidade produtiva", afirmou apresidente. (Reuters)

Pacote agrícola é o 'melhorda história', diz ministro.

Queda de ICMS no Paranágera mais receita ao Fisco

Os tributaristas costu-mam dizer que a redu-ção de alíquota dos im-

postos acarreta aumento daarrecadação. Um exemploprático dessa situação ocor-reu no Paraná, onde houve re-dução do Imposto sobre Circu-lação de Mercadorias e Servi-ços (ICMS) sobre os medica-mentos e, como resultado, ogoverno estadual viu a arreca-dação com remédios crescer104% de um ano para o outro.

O exemplo do Paraná foi es-tudado pelo Instituto Brasilei-ro de Planejamento Tributário(IBPT) e, a pedido do Sindicatoda Indústria de Produtos Far-macêuticos no Estado de SãoPaulo (Sindusfarma), deu ori-gem à publicação "Reduçãodo ICMS sobre Medicamen-tos", que servirá de base parao setor pedir, junto aos gover-nos estaduais e o Federal, a

desoneração dos remédios norestante do Brasil.

Em 2009, o Estado do Para-ná promoveu uma minirefor-ma tributária. Entre as mu-danças, a alíquota do ICMS so-bre medicamentos foi reduzi-da de 18% para 12%. No anoanterior, a participação do va-lor arrecadado com o ICMS so-bre medicamentos, em rela-ção à arrecadação total do Es-tado, era de 0,65%. No ano se-guinte, ao baixar a alíquota,essa participação cresceu pa-ra 1,34%, resul tando em104% de aumento.

Destaca-se que nesse mes-mo período a variação na par-ticipação da arrecadação comICMS sobre medicamentosnos demais estados, em rela-ção às suas arrecadações to-tais, foi menor. Em São Paulo,por exemplo, subiu de 3,58%para 3,62%. No Rio de Janeiro,cresceu de 3,41% para 3,71%.Em Santa Catarina, o aumentofoi de 1,51% para 1,65%.

O ICMS é o tributo que maistem impacto na arrecadação.Para os medicamentos, ele re-presenta 17,34%, dos 33,87%da carga tributária total.

Segundo Gilberto Luiz doAmaral, coordenador de estu-dos do IBPT e responsável pelapublicação, o aumento da ar-recadação no segmento estu-dado indica aumento do con-sumo dos medicamentos esti-mulados pelos menores pre-ços. A publicação mostra que opreço dos 130 medicamentosde maior venda no País, em umuniverso de 146 remédiospesquisados, diminuiu após aredução da alíquota do ICMS.

Ent re março e ma io de2009, o preço dos 130 medica-mentos ca iu , em méd ia ,7,33% no Paraná. Em São Pau-lo, onde a alíquota permaneceem 18%, registrou-se reduçãode 3,98%. Entre março e julhode 2009, a redução do preçodos medicamentos no Paranáfoi de 9,08%. E em São Paulo,

Roberto Stuckert Filho/ PR

Lançamentodas medidasanunciadasontem pelogoverno para oPlano Safra2012/13,em Brasília:incentivospara a produçãoagropecuáriado País.

Oministro daAgricultura,Mendes Ribeiro

Filho, afirmou durante acerimônia de lançamentodo Plano de Safra 2012/13,que o pacote de medidasde apoio ao setoragropecuário "é o melhorda história". Ele afirmouque o plano de safra seguea política econômica dogoverno, que prioriza oaumento do montante derecursos e a redução dataxa de juros.

Mendes Ribeiro afirmouque a alocação de R$ 115,2bilhões para financiar osetor rural, aliada à políticade preços mínimos eseguro rural, vai contribuirpara que o Brasil colha nasafra 2012/13, cerca de170 milhões de toneladasde grãos.

Ele destacou que o planotem medidas importantes,como a redução das taxasde juros, aumento doslimites individuais eincentivo aos médiosprodutores rurais, além de

apoio às cooperativas eavanço nos programas deinvestimentos e seguroagrícola.

O ministro disse que asmudanças no seguroagrícola proporcionarammaior proteção a menorescustos para osagricultores. No caso doProagro, a coberturadobrou de R$ 150 mil paraR$ 300 mil porbeneficiário.

Ele ressaltou o programade subvenção ao crédito,que a partir da próximasafra será diferenciadopara as propriedades quetiverem assistênciatécnica e respeitarem ozoneamento agrícola.

Mendes Ribeirosalientou ainda que aspolíticas de seguroagrícola proporcionarão oaumento do capitalsegurado de R$ 9 bilhõespara R$ 16 bilhões. A áreade cobertura passará de 10milhões de hectares para15 milhões de hectares emdois anos, estimou. (AE)

O nívelde competitividadeda agriculturano Brasil écapaz desuperar as crises.

DILMA RO U S S E F F,PRESIDENTE

L. C.Leite/LUZ

Gilberto Luiz do Amaral é o responsável pela publicação sobre o impacto da redução do ICMS nos remédios

Renato Carbonari Ibelli

foi de 6,11%. "A Constituiçãoprevê que a saúde é um direitode todos, o que pode ser es-tendido para o tratamento dasaúde. Além disso, a legisla-ção que institui o ICMS prevê aseletividade, ou seja, sua alí-quota pode ser menor paraitens de maior necessidade",defendeu Amaral. No caso dacesta básica, é assim. Em mé-

dia, a carga tributária dos ali-mentos, incluindo os in naturae os industrializados, é de22%. Dos medicamentos deuso humano é de 33,87% emmédia.

Para Nelson Mussolini, vice-presidente executivo do Sin-dusfarma, a maior eficiênciado fisco, com a implantação doSistema Público de Escritura-

ção Digital (Sped) e da NotaFiscal eletrônica (NF-e), dámais um argumento em favorda redução de alíquotas tribu-tárias. "No Paraná foi possíveldobrar a arrecadação do ICMSdo setor após a desoneração.Com essa publicação quere-mos mostrar ao governo que épossível fazer o mesmo em ou-tros estados", explicou.

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sexta-feira, 29 de junho de 2012 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

DCARRNº 423

Após algunsadiamentos, a Fordlança, amanhã, emSalta, na Argentina,a nova Ford Ranger.

CHEVROLET: DOIS EM UM

Entra Spin.

Saem Meriva e Zafira.

Em duas versões, 5 e 7lugares, o novo Spin, um

veículo de uso múltiplo, chegana próxima semana. O preço,entre R$ 44 mil e R$ 55 mil,

é a grande atração.

Fotos: Divulgação

CHICOLELIS

Aexpectat iva eraque o Spin substi-tuiria a Zafira, lan-çada em 2001, com

capacidade para sete pes-soas, e a Meriva, surgida noano seguinte, com cinco luga-res. Embora a GM nãoconfirme isso, alegan-do que o mercado da-rá a definição para oseu novo modelo, fa-bricado em São Cae-tano do Sul, na GrandeSão Paulo, o fato é queos dois modelos ante-riores, feitos em SãoJosé dos Campos, jáestão barrados nas li-nhas de montagem.

Desenvolv ido noBrasil, "de para-choque a pa-ra-choque", o Spin chega duasem versões: a LT, com duas fi-leiras de bancos, para cincopessoas; e a LTZ, com três filei-

ras, dispostas em formato deteatro (a terceira é mais altaque a do meio que, por sua vez,é mais alta que a primeira), pa-ra sete passageiros.

Ambas têm motor 1.8 Eco-no.Flex e duas opções detransmissão: manual de cinco

marchas e automática, comseis velocidades. Elas têm en-tre-eixos de 2.620 mm e um in-terior que abriga 32 porta-tre-cos. No porta-malas, cabe

uma bicicleta, o veículo da mo-da em São Paulo, sem que sejapreciso desmontá-la.

O MPV (veículo de uso múlti-plo) com sete lugares tem ca-pacidade para 162 litros de ba-gagem. Com o banco traseiro

rebaixado, passa para710 litros (a mesma ca-pacidade do LT). A capa-cidade e pula para 1.668litros se o central tam-bém for rebatido.

No tanque de com-bustível, 53 litros paraálcool ou gasolina (ouqualquer mistura deambos). Com gasolina,o motor rende 106 cv(com máxima de 170km/h e faz de 0 a 100

km/h em 12s) e, com etanol,108 cv (máxima 171 km/h e 0a 100 km/h em 11s4).

O acabamento, garante aGM, é Premium, com detalhes

prateados e cromados. Noquesito modernidade, todosos itens de conectividade.

Como está na moda – devidoà proximidade da obrigatorie-dade para os modelos fabrica-dos a partir de 2014 – o Spin jávem, de fábrica, com ABS, EBD,duplo air bag, além de direçãohidráulica e ar-condicionado.

Barulhos? – Uma atenção es-pecial foi dada pela GM ao isola-mento acústico do Spin. Novosmateriais foram usados nasguarnições de portas, além dasborrachas de vedação, incluin-do a estrutura da carroceria naregião da soleira e coluna B, im-pedindo que ruídos passem pa-ra outras partes do veículo.

A GM acredita que as ven-das do Spin alcançarão 3 milunidades por mês e que asversões automáticas, tantona versão LT quanto na LTZ,chegaraão 50% do total.

Entre os concorrentes domodelo Chevrolet estão oVolswagen SpaceFox, o Nis-san Livina e o Fiat Idea.

SEU CARRO TAMBÉM SENTE FRIOMANUTENÇÃO

Cuidados para o inverno, principalmente nas viagens.

Oinverno já começou. Eesta é uma estação quepede alguns cuidados

especiais com o seu carro, prin-cipalmente se ele vai levá-lo apasseios nas baixas tempera-turas das alturas das monta-nhas de Campos do Jordão, oumais distantes, como as serrasgaúchas. Ou ainda, quem sabe,ver a neve de perto em SantaCatarina. Tudo com a proteçãode bons agasalhos, fondue eum vinho de categoria, se nãoprecisar dirigir na volta ao ho-tel, pousada ou onde quer este-ja hospedado. Você sabe, nãoé? Se beber não dirija.

Mas, antes da viagem, vejase o seu carro está em ordem.

Comece, como recomendao diretor da Chevy Auto Cen-ter, Denir Marun, pelas luzes.Nesta época do ano a neblinasurge em quase todas as es-tradas, com maior ou menorintensidade, seja de dia ou denoite. Os faróis estão em or-dem? Regulados? Todas aslâmpadas acendem, inclusiveas das lanternas? Não econo-mize com elas. Troque o que

for preciso, sua segurança e ada sua família dependem des-sa atitude. Verifique tambémo pisca-alerta – e lembre-seque ele só pode ser usado como carro parado. É lei.

Os pneus, quando carecas,tornam-se mais propensos aacidentes em pistas molha-das ou úmidas nas manhãsdo inverno. Daí, pneus semcondições devem ser tro-cados e encaminhadospara entidades que osaproveitam para recicla-gem. A própria loja onde fo-rem comprados pode enca-minhá-los. Não se esqueçaque não basta a troca, épreciso balanceá-los ealinhar as rodas.

Com certeza o seu car-ro é flex, se não for im-portado. Por isso, lem-bre-se de encher o reservatóriode gasolina para partida a frio,ou o passeio matinal pode nãoacontecer. No inverno exige-semais da bateria do seu carro.Então, veja lá no visor – que amaioria tem – se mostra a corverde, que significa tudo em or-

dem. Caso contrário, se apare-cer a cor preta, consulte o me-cânico da sua confiança e provi-dencie a troca, não se esque-cendo de verificar também ascondições das correias.

Claro que você também de-ve tomar cuidado ao abaste-cer. Álcool ou gasolina muito

baratos? Desconfie, até por-que quando adulterados cau-sam mais danos ao motor noinverno e pela manhã poderáocorrer dificuldade de dar apartida no carro. Falando emreservatório, não se esqueçadaquele que fornece água pa-ra o limpador de para-brisa.

Quando se fala em velas, aspessoas, mesmo os motoris-tas, pensam naquelas que seacende nas igrejas ou se usa

para iluminar um peda-ço da casa quandoacontece um blecautena cidade (o melhor é

ter sempre uma lanter-na, do que correr riscos

com a vela). Mas é precisolembrar-se daquela vela

que responde pela ignição doseu carro. Se ela não estiverem bom estado, vai trazer

grandes problemas para a suaviagem de férias no inverno.

Maior fabricante mun-dial de velas, a NGK alerta

para o risco de não se conse-guir dar a partida logo na pri-meira tentativa.

Insistir em ligar o carro podecausar o encharcamento dasvelas. Se o problema persistir,desligue a ignição e espere.Dependendo do carro, podedemorar até 30 minutos paraque tudo volte ao normal.

A vela deve ser verificada porum mecânico a cada 10 mil qui-lômetros, ou como orienta omanual do proprietário do car-ro, e trocada caso apresente al-guma deficiência. Se você roda

pouco com seu carro, cuidado.A fabricante diz ser necessáriomanter o reservatório de gaso-lina sempre limpo, trocando ocombustível nele depositado acada 90 dias. Lembre-se que ofabricante do carro recomendaque o tanque esteja semprecom mais de 1/4 de tanque. En-tão, se você roda pouco, cuida-do pois poderá ter problemas.

Com o carro flex, observeesta orientação da NGK pou-co difundida: se o seu modeloestiver abastecido com gaso-lina e você trocar para etanol,ou de etanol para gasolina, oideal é dirigir o veículo de 8 a15km antes de manter o mo-tor desligado por um longoperíodo. Só assim o sistemade controle do motor reco-nhecerá o novo combustívelpresente no tanque e repro-gramará a estratégia de fun-cionamento do motor, inclu-sive durante a partida a frio.

Outra recomendação im-portante dos especialistas daNGK é que o motorista procu-re abastecer o automóvel empostos em que a procedênciado combustível seja conheci-da e conduza o veículo de for-ma responsável.

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sexta-feira, 29 de junho de 201222 DIÁRIO DO COMÉRCIO

turismo

LEITURA DE BORDOEstá de malas prontas? Hora de escolher o guia ou livro de destino que tem a cara da sua viagem de férias. O DC selecionou os melhores nas prateleiras

Divulgação

Antonella Salem

Didi Wagnermostra sua NY

Apresentadora do Multishow,Didi Wagner perdeu a contade quantas vezes esteve em

Nova York. O resultado está no guiaMinha Nova York (Pulp Ediçõeswww.pulpideias.com.br; R$ 39,90),lançado no ano passado e no topo dalista dos favoritos de quem visita acidade norte-americana. Em 12capítulos, a publicação reúne desdeas dicas básicas do “tem-que-ver” atéprogramação infantil, as melhorescompras – entre design e boasliquidações –, peças da Broadwayimperdíveis e bares frequentados pornova-iorquinos, sem falar nas baladas.

Restaurantesque ela adora?Spotted Pig: da chef estreladaApril Bloomfield. Cardápio eclético,comida saborosa e frequência superhypada; 314 W 11th St, esquina comGreenwich Stw w w. t h e s p o t t e d p i g . c o m .

Eataly: do chef Mario Batali (dono doBaboo), são varios restôs e ambientesque usam ingredientes das prateleiras eprodutos de primeiríssima linha. Fica nafrente do Madison Square Park; 200 5thAvenue, esquina com W 23rdw w w. e a t a l y ny. c o m .

Shake Shack: hambúrguer suculento,feito sob a supervisão de Danny Meyer –The Modern a.k.a. Também tem milkshakes incríveis; Madison Sq Park,esquina com a E 23rd, e 154 E 86th Stentre 3rd Ave e Lexington Avew w w. s h a ke s h a ck . c o m

The Smile: comida gostosinha, astral"cozy", só tem 50 cadeiras; 26 Bond Stentre Bowery e Lafayette Stw w w. t h e s m i l e ny. c o m .

Para dançar?Greenhouse: um club eco onde aferveção rola solta; 150 Varick St,entre Vandam St e Spring Stw w w. gr e e n h o u s e u s a . c o m .

Mais títulosLonely Planet

Os guias Lonely Planet são um clássicona prateleira do viajante mundial.Com versões em português desde

o ano passado, pela Globo Livros(www.globolivros.com.br),a coleção no Brasil já soma13 títulos. Os mais novos,recém-lançados, sãoLo n d r e s (R$ 49,90), Fr a n ç a(R$ 84,90), Espanha(R$ 79,90) e Cuba(R$ 59,90). O guiadedicado à capital inglesadesbrava a sede dos JogosOlímpicos. Desde paláciosmedievais até pubstradicionais, museus,recantos onde se reuniamimportantes escritores epensadores, as melhores casas de chá,lojas de música... E por aí vai.

O mundo segundoMaurício Kubrusly

Primeiro ele percorreu o Brasil duranteanos e mostrou histórias e personagenscuriosos em seu quadro semanal no

Fantástico, na Rede Globo.Agora, o jornalistaMaurício Kubrusly mostraoutras fronteiras. Seu novolivro Me leva mundão(Editora Globo,http://globolivros.globo.com/; R$ 39,90)reúne crônicas de suasviagens por diversospaíses, como Itália,Japão, Portugal, França,Estados Unidos, Suíça,Índia, Polônia eEmirados Árabes.

Miami comRomero Brito

Artista plásticopernambucano, RomeroBrito elegeu Miami para viver

e criar. Seus traços são vistos portoda parte, seja nas sacolas depresente ou nos uniformes dosfuncionários do aeroporto,desenhados por ele. Romeroconhece a cidade como ninguéme é o guia ideal do brasileiro.Em formato de bolso, o novoGuia Miami (Pulp Edições,www.pulpedicoes.com.br;R$ 39,90) revela o destino pelo olharde Romero. De lojas luxuosas àsmelhores barganhas, dos "after-hours" aos programas perfeitos emfamília, dos hotéis mais básicos aossofisticados, dos restaurantes parao dia-a-dia àqueles que oferecemjantares inesquecíveis.

Portugalpara ascrianças

As escritoras JoanaPaz e DanutaWojciechowska

acabam de lançarpela Editora LupaDesign o livro Po r t u g a lpara Crianças(www.lupadesign.pt;

12,5 euros). Voltadopara a criatividade dospequenos turistas entre4 e 12 anos, o livrodesperta o interessedesse público pelahistória, arte, cultura,geografia, fauna e flora,bem como para ocotidiano de Portugal,e reúne, ainda, páginasde dicas para os paiscom propostas depasseios interessantesem família.

A bíblia dasviagensem família

Otítulo diz tudo:500 Lugares paralevar seus filhos antes

que eles cresçam. Best-seller da editora e escritoraHolly Hughes, que já rodouo mundo e foi editora-chefeda Fodor’s TravelPublications, o guia é anovidade da sérieFr o m m e r ' s , publicada noBrasil pela EditoraAlta Books(www.altabooks.com.br;R$ 84,90). Entre osimperdíveis estãoCatacumbas de Roma,Museu Nacional do ÍndioAmericano, nos EUA,e o Grand Canyon.A publicação teminformações históricassobre cada lugar, além deendereços e telefonesde hotéis indicados, asmelhores estratégias paraviajar em família de acordocom o destino e, ainda,o item "As criançasaprenderão sobre".

Além das ruínas de Péricles

Acrise na Grécia parecenão ter fim, mas suas

ruínas continuam firmes edeslumbrantes, desafiandoem Atenas qualquer pas-seata pró ou contra o euro.Os mais imponentes, comoo Partenon, erguido no augede Péricles, parecem estarali para lembrar aos turistasocidentais de onde derivamsuas leis, educação, arte, fi-losofia e literatura. A buscadesse passado clássico, en-tretanto, muitas vezes deixade lado as tradições bizanti-nas e otomanas dessa quese fez capital do país em1834, com a chegada de umrei bávaro, após a Guerra da

Independência. Helenismoem alta, trataram de apagartraços da presença dos ini-migos turcos, que resistiramnas ruazinhas de Plaka. Indi-car preciosidades dessesperíodos é o ponto alto doGuia Athens(Interlink Books;w ww .i n te rl i nk b oo ks . co m/ ;US$ 15), do historiador e di-plomata inglês MichaelLlewellyn Smith. Faz parteda série Cities of the Imagi-na tio n, que aprofunda aabordagem histórica eliterária das capitais.Vale o tour com Smithpor Atenas, algumas ve-zes acompanhado do poetaromântico Byron. (J. G. R . F. )

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sexta-feira, 29 de junho de 2012 23DIÁRIO DO COMÉRCIO

dcultura

CINEM

A

LIÇÕES SOBRE AMIZADE NO GELONo quarto filme da franquia, os

continentes se separam.E o vilão é um macaco pirata.

Lúcia Helena de Camargo

Fotos: Fox Film/Divulgação

O esquilo Scrat, perseguindo sua noz, apronta novamente e os continentes se separam. O manute Manny, a preguiça Sid e o tigre-dente-de-sabre Diego (abaixo, com a tigresa) vão enfrentar problemas.

Scrat, o esquilo-dente-de-sabre que faz qualquercoisa por uma noz, desta

vez vai desencadear eventosbem maiores do que avalanchesna neve. Ele vai concluir o que jácomeçara em um curta-metragem: o processo deseparação dos continentes.Assim começa A Era do Gelo 4,que estreia nesta sexta (29).

A preguiça dentuça Sid, omamute Manny, juntamente como tigre-dente-de-sabre Diegoserão lançados ao mar no iníciodo cataclisma. Vão navegar,navegar e navegar, enfrentandotempestades e percalçosvariados, até conseguiremvencer os piratas comandadospor um macaco (CapitãoEntranha) e voltar para a casa.

Sereias de Ulisses

Alguns episódios dessa longaviagem marítima são claramenteinspirados na saga épica do herói

Ulisses. Como na Odisseia, deHomero, quando estão prestes achegar, as sereias tentamarrastá-los para o fundo dooceano com seus cânticossedutores. Mas uma sereia de AEra do Gelo 4 exagera na dosequando aparece como se fossesua mulher, Ellie, dizendo aomamute: "Você está sempre coma razão, Manny". Ele cai em si."Ellie jamais diria isso!". E seafasta da perdição.

Ensinamentos

A avó de Sid terá um papelimportante. Velhinha, rabugentae cheia de manias, passa todo otempo procurando sua mascoteimaginária (ou morta há muitotempo?) Preciosa. Mas claro quevai surpreender em um momentocrucial. Afinal, ela possuiexperiência. E a primeira lição éque se deve respeitar os idosos.

Em terra, a família de Manny etodos os demais da comunidade

na qual vivem precisamsalvar a pele, fugir dosterremotos, chegar aalgum lugar seguro. E, deresto, também sobramensinamentos sobreadolescentes entusiasmados,que acham que serem aceitos nogrupo é a coisa mais importantedo mundo. Mas eles querempertencer mesmo quando ogrupo em questão é compostopor meninos desmiolados egarotas fúteis? Quem conhecealgum teen, sabe que a resposta ésim. Para abordar a questão, afilha de Manny, Amora, se vênuma paixonite por um jovemmamute e tentada a imitar ocomportamento das meninas desua idade, cujo pensamento maisprofundo é como pentear ocabelo. Ela vai perceber o valorda amizade verdadeira ao tentarentrar para a turminha"descolada" abandonando oamigo Luis, um gambá. Jápercebeu, leitor. O importante

aqui é notar que maisvale um amigo fiel,mesmo diferentão, doque outro bonitinho,porém sem qualquer"conteúdo". As lições são

passadas de maneira divertida, efacilmente compreensíveis atépor crianças pequenas.

Brasileiro na produção

Na direção estão Steve Martinoe Mike Thurmeier. O brasileiroCarlos Saldanha, que foi co-diretor do primeiro A Era do Gelo(2002), dirigiu o segundo (2006)e o terceiro filme (2009) dafranquia, nesta quarta sequênciaassumiu a função de produtor.

Como a grande maioria dascópias que chega aos cinemas édublada em português, as vozesouvidas serão as de MárcioGarcia, Diogo Vilela, Tadeu Melloe Vinicius Nascimento.

Uma dica: chegue com tempoao cinema. Vale a pena ver o que

passará antes do filme.Principalmente se você aprecia odesenho Os Simpsons. O curta-metragem The Longest Daycare (Odia Mais Longo na Creche), mostracapacidades da bebê Maggie quevocê nunca viu antes.

O sucesso nas bilheteriasdeste Era do Gelo 4 é mais do queesperado. A base para aexpectativa está no desempenhodos filmes anteriores. O primeiroganhou US$ 383 milhõesmundialmente; o segundo fezUS$ 655 milhões e o terceiroarrecadou US$ 900 milhões embilheterias em todo o mundo,

sendo que foi o filme com maiorbilheteria no Brasil em 2009.

Também chegam às lojascentenas de produtos com amarca A Era do Gelo. De bonecoscolecionáveis dados como brindena compra de lanches na rede delanchonetes McDonalds apendrives, passando por álbunsde figurinhas, revistas compassatempos temáticos e umainfinidade de brinquedos.

Era do Gelo 4 (Ice Age 4:Continental Drift, 2012, EUA, 94minutos). Direção: SteveMartino e Mike Thurmeier.

FILMES PARA AS FÉRIAS EM CARTAZ NA CIDADE

PiratasPiratas Pirados! (The Pirates!

Band of Misfits, 2012, Reino Unidoe EUA, 88 minutos), com direção

de Peter Lord e Jeff, é umaanimação em stop -motion

(com bonecos) dos estúdiosAardman. O sonho do pirata

Capitão é derrotar Black Bellamye Cutlass Liz e ganhar o troféu dePirata do Ano. Para conseguir, vai

com sua tripulação a Londres.O estúdio venceu o Oscar de

Animação com Wallace e Gromit:A Batalha dos Vegetais.

HeróisOs Vingadores (The Avengers,

2012, EUA, 126 minutos), temScarlett Johansson (foto) noelenco, como a Viúva Negra.

O filme traz, sob direção de JossWhedon, Robert Downey Jr.

como o Homem de Ferro; ChrisEvans como Capitão América;Mark Ruffalo na pele de Hulk eChris Hemsworth como Thor.A equipe de super-heróis vai

enfrentar Loki (Tom Hiddleston)e os chitauri, aliens que

pretendem dominar os humanos.

AnimaisMadagascar 3 - Os Procurados

(Madagascar 3: Europe's Most Wanted,2012, EUA, 90 minutos), com direção

de Eric Darnell,Tom McGrath, Conrad Vernon.

O leão Alex, a zebra Marty, a girafaMelman e a hipopótama Gloria, alémdo rei Julien e os pinguins, chegamem Mônaco, onde se juntam a uma

trupe de um circo em crise. Aobcecada agente de controle animal

vai persegui-los até chegarem àapresentação em Nova York.

AlienígenasHomens de Preto 3 (Men in

Black III, 2012, EUA, 111 minutos),com Will Smith (foto), Tommy LeeJones e Josh Brolin é dirigido por

Barry Sonnenfeld. Boris, o Animal(Jemaine Clement), foi capturadono passado pelo agente K (Tommy

Lee Jones), e perdeu o braço.Vivendo na prisão lunar,

o alienígena inventa um planode fuga e quer viajar no tempopara acabar com K. O agente J(Will Smith)

tentará impedir.

Nesta edição estreia novo filme de Woody Allen (dir.). Mais: trilha sonora de Para Roma com Amor;

shows; a música do violinista Ricardo Herz; visuais - a magia do vidro; Missa Solemnis , de Beethoven, abre o Festival de Campos;

Getúlio Vargas em livro. E o teatro de Nelson Rodrigues.

Fotos: Divulgação

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sexta-feira, 29 de junho de 201224 DIÁRIO DO COMÉRCIO

dcultura

Cartão-postal para rirLúcia Helena de Camargo

Paris Filmes/Divulgação

Ellen Page é Monica, turista em Roma. E Jesse Eisenberg, estudante de arquitetura que lhe serve de guia.

Declaração de amor explíci-ta do diretor Woody Allenà capital italiana, o filme

Para Roma com Amor, que estreianos cinemas brasileiros nesta sex-ta (29), traz elenco de peso paracontar quatro histórias engraça-das ambientadas na Fontana deTrevi, Praça de Espanha e outroscartões-postais de Roma.

No filme anterior – o sucesso depúblico Meia Noite em Paris –, o sur-realismo dava o tom, com o carroque conduzia à Paris dos anos de1920. Neste há também a dose deeventos mágicos ou inexplicá-veis, como o surgimento do perso-nagem Alec Baldwin na pele de umconselheiro sábio e onisciente.Lembra bastante a participaçãode Humphrey Bogart em Play ItAgain, Sam (1972). Mas Allen nãoperde muito tempo explicando oseventos, já que decidiu conduzir

narrativas independentes. Todasrecheadas daquelas piadas sobreproblemas nos relacionamentos,neuroses e idiossincrasias, humortípico na obra do diretor.

O filme já foi chamado de comé-dia caleidoscópica. É uma defini-ção interessante, pois vai com-pondo sua graça sem misturar oscomponentes. Jesse Eisenberg éJack, um jovem estudante de ar-quiterura que mora em Roma coma namorada Sally (Greta Gerwig).Eles recebem a visita da amiga de-la, Monica (Ellen Page), a quem Ja-ck servirá como guia turístico.Baldwin, admirado por Jack, é umarquiteto famoso por projetarshopping centers.

Allen atua como o produtor mu-sical Jerry, casado com Phyllis (Ju-dy Davis). O casal vai a Roma paraencontrar a filha Hayley's (AlisonPill), que está noiva do italiano Mi-

chelangelo (Flavio Parenti), cujopai, Giancarlo (o tenor Fabio Armi-liato) tem um talento especial:cantar ópera no chuveiro.

Há a saga de Antonio (Alessan-dro Tiberi), recém-casado comMilly (Alessandra Mastronardi).Eles chegam do interior e acabamse envolvendo casos pra lá de im-prováveis, com a participação dacurvilínea Penélope Cruz, vivendouma prostituta. E, surpresa: é óti-ma até a sequência protagoniza-da pelo italiano Roberto Benigni,que na pele do pacato Leopoldo Pi-sanello exibe divertida crítica àcriação de celebridades no mundocontemporâneo.

Para Roma com Amor (ToRome with Love, 2012, EUA, 112minutos). Direção: WoodyAllen. Com Jesse Eisenberg,Ellen Page, Penélope Cruz, AlecBaldwin, Roberto Benigni.

VOLARESátira da dor. Com humor.

Marino Maradei Júnior

"Volare, oh, oh. Cantare, oh, oh.Penso che un sogno così non ritornimai più. (...) Nel blu dipintu di blu".(Voar, cantar. Penso que umsonho assim não volte nuncamais. (...) No azul pintado deazul.) O sonho e o desmanchar deum sonho costuram as quatrohistórias de Para Roma com Amor,o mais recente exercício (bem-sucedido) de humor assinado porWoody Allen. Se bem quedespretensioso em relação afilmes anteriores, Allen é sempreAllen: não perde a oportunidadede apelar à música como

narração paralela em suahomenagem à capital italiana,tão caótica quanto sedutora.Volare (Domenico Modugno) soacomo uma vinheta, assim comoArrivederci Roma (Renato Rachel).Mas é a ópera que canta maisalto. Woody Allen aproveitou-seda Tosca (Giacomo Puccini): "ELucevan le Stelle"(E reluziam asestrelas); da Turandot (Puccini):"Nessun Dorma" (Que ninguémdurma); da Traviata (GiuseppeVerdi): "Libiamo Ne´lieti Calici", océlebre brinde inicial da obra; daFedora (Umberto Giordano):

"Amor Ti Vieta" (O amor te proíbe).É, porém, a tragicomédia IPagliacci (Ruggero Leoncavallo)que acentua as reflexões docineasta sobre as ambiguidadese sombras que permeiam a alma.O palhaço, que não quer serpalhaço e sofre por ter de sê-lo,canta, agoniado: "Vesti la Giubba"(Vesti a fantasia (de palhaço).Assim, a caricatura, criada paraarrancar o riso, não segura a dore chora. A voz do palhaço, nofilme Para Roma com Amor, é dotenor dramático (e ótimo ator)Fabio Armiliato,

Não é rabeca. É o violino do Herz.André Domingues

Éde se espantar que o riquís-simo universo musical bra-sileiro poucas vezes tenha

gerado grandes especialistas noviolino, instrumento versátil ecentral na história do ocidente. Étambém de se espantar, por outrolado, que, mesmo sem uma longatradição às suas costas, tenha sur-gido aqui um dos maiores violinis-tas da música popular mundial, opaulistano Ricardo Herz. Essa du-pla raridade já faz com que mere-ça ser ouvido atentamente o seu4° CD, o vibrante Aqui É o Meu Lá, aser lançado na próxima quinta (5),no Teatro do Sesc Pompeia. Gra-vado em formação de trio (com obaterista Pedro Ito e o violonistaMichi Ruzitschka), com diversasparticipações especiais - inclusive

do diretor musical, o pianista Ben-jamin Taubkin -, o disco resumeseu trabalho composicional nosúltimos 15 anos, registrando vi-vências de seus tempos na Fran-ça, nos EUA e, é claro, no Brasil.

Na falta de uma escola brasilei-ra de violino, Herz resolveu iniciarsua busca por uma linguagem pró-pria pelo forró. E de uma formamuito curiosa: em vez de ir aosvestígios da antiga rabeca, instru-mento antepassado direto do vio-lino, preferiu começar por umatradução do fraseado e até do res-folego da sanfona. Daí sua profun-da admiração pelo mestre Domin-guinhos, a quem é dedicado obaião Quase Caindo. "Domingui-nhos tem aquela coisa difícil e de-licada que é muito legal. Na verda-

de, todo forró meu é uma homena-gem a ele", diz, emocionado.

As rabecas, porém, não ficaramlonge das pesqui-sas que Herz em-preendeu e têminfluência diretana maneira comopensa os temasnordestinos. Umótimo exemplod i s s o é o u t r obaião, S eg ur a! ,que guarda tra-ços claros daque-la dupla função defrasear e acom-panhar, típica dosrabequeiros.

Outro passo importante naconstrução de uma linguagem bra-

Orquestra Brasileira Jamaicana no Studio SP. No espetáculo, Abertura de O Guarani, de Carlos Gomes;Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu; e Trem das Onze, de Adoniran Barbosa. Rua Augusta, 591. Tel.: 3129-7040. Sábado (30). 23h. R$ 35.

Besame muchoà la Moreno e Mira.

E muito mais ...Ana Barella

Divulgação

As opções de shows parao final de semanaprometem agradar a

diversos estilos, idades egostos. Para os nostálgicos, adica é conferir as últimasapresentações do espetáculoFlorilégio. Com Carlos Moreno eMira Haar (foto acima), omusical homenageia de umamaneira bem-humorada e commuita poesia ícones da músicanacional e internacional dedécadas passadas. Asinterpretações do casal , quevão desde Asa Branca , de LuizGonzaga, até Besame Mucho ,de Consuelo Velaquez,prometem fazer a plateiarir, cantar e interagircom os atores.

Outros destaques naprogramação para o fim desemana são os shows dascantoras Roberta Sá e MalluMagalhães (foto ao lado).Apresentando seu novo CDSegunda Pele, na chopperia doSesc Pompeia, Roberta Sá sereinventa. Parte da turnê quejá visitou diversos estados doPaís, neste show, Roberta saium pouco de sua zona deconforto, o samba, e flerta comoutras sonoridades. Já MalluMagalhães faz o caminhoquase inverso. Seu novotrabalho, Pitanga, foge do estilode seus primeiros CDS, e trazsamba e até reggae para seurepertório. O álbum, produzidopelo namorado MarceloCamelo (ex-vocalista da bandaLos Hermanos), que tambémtoca grande parte dos

instrumentos, tem comodestaque as músicas Velha eLo u c a e Sambinha Bom. Opúblico pode esperar umaMallu mais madura, como elase descreve em suas canções.

Uma boa oportunidade paraconhecer o novo trabalho docantor e compositor Toquinhoé conferir o show Quem Viver,Ve r á que acontece neste fim desemana na casa de shows TomJazz. Fruto do novo CD doartista, lançado em fevereiro,após oito anos de espera dosfãs por faixas inéditas, oespetáculo promete trazermuito samba e uma pitada debossa-nova ao público. Oálbum também traz algumassurpresas como o frevo QueroVo c ê , feita em parceira com

Ivete Sangalo para o carnavalbaiano, e a surrealista Obra deArte, com o escritor chilenoAntonio Skármeta.

Fl o ri l é g i o . Teatro ZanoniFerrite. Avenida Renata, 163.Tel.: 2216-1520. Sexta (29) eSábado (30). 20h. Domingo(1). 19h. R$ 10Mallu Magalhães. Sesc VilaMariana. Rua Pelotas, 141.Tel.: 5080-3000. Sábado (30).21h. Domingo (1).18h. R$ 24.To quinho. Tom Jazz.Avenida Angélica, 2.331. Tel.:3255-3635. Sexta (29) eSábado (30). 22h. R$ 120.Roberta Sá. Sesc Pompeia.Rua Clélia, 93. Tel.: 3871-7700. Sexta (29) e Sábado(29). 21h30. R$ 20

sileira para o violino foi o cuidadosoestudo do choro feito por Herz,atento simultaneamente ao suin-

gue e ao virtuosis-m o d o g ê n e r o .Dessa vez, a refe-r ê n c i a a c a b o usendo o bandolim,sobretudo os ex-celentes Jacob doBandolim e Hamil-ton de Holanda. Obrilhante resulta-do desse estudopode ser percebi-do em M in h o ca ,um moto-contínuosinuoso, tempera-do com a memória

dos subúrbios cariocas.A escola brasileira de violino al-

mejada por Ricardo Herz aindanão se encadeia numa linguagemúnica, mas já tem algumas cons-tantes bem definidas: improvisa-ção, linguagem melódica tradi-cional e, sobretudo, uso de ritmospopulares. "Baseio o que toco eensino muito no ritmo, com osconceitos de suingue e de groove,coisas que a gente não aprendena música erudita", explica. Oapego à tradição, contudo, não oimobiliza para outras experiên-cias, como as herdadas do jazz eu-ropeu e norte-americano. Voltan-do à questão rítmica, por exem-plo, seu disco tem faixas bastanteousadas, com o compasso de 7/4de Sete Anões, o 5/4 de Saci (umapeça longa, que, aliás, mostramuita competência em seu de-

senvolvimento) e o 11/8 de De Tu-do Um Pouco. O segredo para ar-ticular tais experiências e o culti-vo da memória popular é interes-sante: "Eu não sou muito fã damúsica cerebral, em que a gentetem de fazer conta pra tocar. En-tão, penso nos experimentos rít-micos como se fossem coisas tra-dicionais e tento deixar tudo bemorgânico". Essa fina conciliaçãode passado e presente é, sem dú-vida, a mais valiosa lição de Herz.

Ricardo Herz -

Aqui É o Meu Lá

Teatro Sesc Pompeia (Rua

Clélia, 93 - tel.: 3871.7700)

Dia 5 de julho, às 21h

Ingressos: R$ 16,00

Armiliato Leoncavallo Verdi Puccini

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sexta-feira, 29 de junho de 2012 25DIÁRIO DO COMÉRCIO

Reflexos e reflexõesRita Alves

Através do Vidro: casa se transforma inteiramente numa instalação artística de vidro colhido no lixo.

Fotos: Divulgação

Até o dia 19 de agosto o pú-b l ico da Cidade tem achance de visitar uma ex-

posição de encher os olhos. Trata-se da mostra Através do Vidro, cria-da pela artista plástica DeboraMuszkat. A instalação ocupa cercade 200 metros quadrados da casa-ateliê da artista e é formada a par-tir de lixo vidreiro.

Quem chega ao lo-cal pode interagir coma obra de diversas ma-neiras. "A própria cir-culação pelo espaço jáé interativa. Os espe-lhos refletem pedaçose partes da natureza,além das pessoas nes-sas situações", explicaa artista. Também dápara explorar a instala-ção se balançando na ponte sob aágua da piscina (acima), admiran-do os reflexos aparentes na água."O espaço se transformou em umcenário mágico. Conforme anda-mos no entorno, vamos desco-

brindo muitas coisas. A beleza doconjunto é mágica, pois nos trans-porta, nos inclui no cenário e naobra. O ser que passa se misturacom a obra, se torna parte dela."

Esse encanto acaba diminuindoo receio que muitos têm diante daaparente delicadeza do vidro. De-bora conta que muito pouca gentefica apreensiva diante da obra.

"Além de criar um outroolhar para o vidro, quenão aquele do perigo,mas sim o da percepçãode que o domínio técni-co, o conhecimento, écapaz de promover se-gurança, pois deixamosde ser refém de um ma-terial, para nos tornar-mos amigos!", explica."O vidro poderia ser

considerado um material muitoamigo do homem, muito versátilem suas possibilidades."

A tendência é que essa ainda tí-mida amizade entre o homem e ovidro cresça, já que o tema susten-

tabilidade ganha cada vez mais im-portância. A própria artista, que háquase 30 anos se dedica ao apro-veitamento do lixo vidreiro, perce-be o aumento desse interesse. Elaconta que quando começou a tra-balhar com reciclagem a atividadeera considerada inusitada, além dedesvalorizada pela sociedade. "Éuma linha tênue que liga e separa oartista do visionário, ou do louco. Eisso, apenas é 'revelado', a partirda aceitação da sociedade em rela-ção àquilo que estamos desenvol-vendo. Se a sociedade não com-preende a obra do artista quandoele ainda vive, esse nunca chega asaber se o que está fazendo tem osentido que ele percebe."

Através do Vidro. Rua Dr. RuiBatista Pereira, 125, Caxingui.Sextas, das 17h às 22h. Sábadodas 14h às 20h. Domingo das10h às 14h. Outros horários,agendar visitascom Patrícia Rabello(patirab [email protected]).Grátis. Até 19 de agosto.

CRIANÇATransformando em peças

Durante um de seus passeios para recolhercacarecos para reciclagem, João acaba en-

trando no teatro. E já que ele dá de cara com a pla-teia, aproveita o acaso para contar sua história.

Quer conhecê-la? Vá até o Teatro Ágora e as-sista ao monólogo infantil O Menino Mais Rico doMundo, dirigido por Bete Rodrigues, responsá-vel por programas infanto-juvenis na TV Cultu-ra há cerca de 23 anos. O ator Danilo Dalfarra(foto) dá vida ao personagem João, um garotoque estimula a plateia a perceber um novo sig-nificado para tudo o que está ao seu redor.

Um dos exemplos está em cima do palco. Umcarrinho de catar papel se transforma em umamesa de café da manhã, em uma cama, em umabiblioteca e até mesmo em um chuveiro. “Joãodeve criar uma identificação com as pessoas,sem limitação de faixa etária ou condição social,por ter em primeiro plano, a qualidade de vida al-mejada por muitos e que se manifesta na paz de

espírito”, diz o dramaturgo e letrista Xico Abreu.A intenção do espetáculo é despertar de ma-

neira espontânea a consciência do espectador,fazendo com que ele perceba as diversas possi-bilidades para pequenas mudanças. A ausênciade cenário também estimula a imaginação do pú-blico. "Esse nenhum lugar e tantos outros locaispor onde o personagem passa, facilita o uso daimaginação de cada um da plateia para formar acenografia que quiser – a jabuticabeira, a escola,a rua, pois na encenação ele está num palco deteatro de outra peça que ainda não começou”, ex-plica Bete Rodrigues. (RA)

Teatro Ágora (Sala Edith Siqueira). Rua Rui

Barbosa, 672, Bela Vista (Metrô Brigadeiro),

tel.: 3284-0290. Sábados e domingos, às 17h.

R$ 20. Recomendação etária: livre (a partir

de 6 anos). 45 minutos.

NELSON RODRIGUESExposição

homenageia o dramaturgocom fotos, entrevistas,

pôsteres, peças.

As comemorações do centenário de nascimento dodramaturgo Nelson Rodrigues já começam a pipo-

car pela Cidade. Uma delas pode ser vista no Itaú Cultural.Trata-se da Ocupação Nelson Rodrigues, em cartaz até odia 29 de julho. A exposição, com curadoria de Maria Lu-cia Rodrigues, uma de suas filhas, e cocuradoria de SoniaMuller, uma de suas netas, abriga projetores com jornais,

frases, fotos, entrevistas, além de incluir na programaçãouma série de eventos paralelos, como peças, debates eum recital. Em seguida, a Ocupação Nelson Rodriguessegue para Recife, na Torre Malakoff. e Itaú Cultural. Ave-nida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô, tel.:2168-1776/1777. Terça a sexta, das 9h às 20h. Sábados,domingos e feriados, das 11h às 20h. Grátis. (RA)

Ivson

Mais Nelson Rodrigues na página 28: Boca de Ouro. No Sesi.

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sexta-feira, 29 de junho de 201226 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Celebrada carga doWe s t m o r l a n d

José Guilherme R. Ferreira

OMuseu Asmolean,em Oxford, orga-nizou na última

quarta-feira uma degusta-ção de queijo parmesãocom vinhos italianos – ape-nas um dos eventos para-lelos da exposição The En-glish Prize: the Capture of theWestmorland . O que temuma coisa a ver com a ou-tra? É que a exposição trazà cena toda a carga que onavio mercante inglêsWestmorland carregavaquando, em janeiro de1779, foi capturado pordois navios de guerra fran-ceses, na rota Livorno-Londres. O Westmorlandfoi conduzido ao porto deMálaga e lá foram revela-dos tonéis de anchovas,azeitonas, alcaparras,mais biscoitos, tecidos, vi-nhos (entre eles, Madeira) e 37 magnífi-cas "rodas" de Parmigiano-Reggiano.Além desses alimentos, o navio levava50 engradados com pinturas, gravuras,aquarelas, esculturas, mapas e uma ver-dadeira biblioteca, toda bagagem "derecordação" pertencente a jovens ricos eda nobreza inglesa acumulada duranteum "Grand Tour" de estudos pela Françae Itália. Um desses jovens tinha despa-chado uma coleção de gravuras do mes-tre Piranesi. A exposição, na verdade,

ilustra essaprát ica deformação. Acarga tinhasumido devista, mashavia umap i s t a : omaior lotefora vendi-d o , e m1784, para orei Carlos III

da Espanha e este o integrou à coleçãoreal, tudo devidamente registrado. No fi-nal dos anos 1990, pesquisadores acaba-ram o rastreamento da carga – o famosoquadro "A Libertação de Andrômeda porPerseu", de Anton Mengs, por exemplo,estava em São Petersburgo. Já os perecí-veis queijos, destes que são produzidoscom capricho no vale do Po desde a IdadeMédia, certamente duraram menos que asobras de arte. E podem muito ter sido apre-ciados com bons vinhos. Se a captura doWestmorland tivesse sido hoje, os produ-tores do Parmigiano-Reggiano indicariamdesde clássicos Barolo e Brunello de Mon-talcino a vinhos locais como o DOC Colli deParma, um honesto Lambrusco ou até vi-nhos da uva Monica di Sardegna.

José Guilherme R. Ferreiraé membro da Academia Brasileira

de Gastronomia (ABG) e autordo livro Vinhos no Mar Azul – Viagens

Enogastronômicas(Editora Terceiro Nome)

A maturidade de um músicoAquiles Rique Reis

Osaxofonista e flautista Mauro Se-nise gravou o DVD A fe ti vo (B is-coito Fino), com o qual comemo-ra quarenta anos de carreira.

Contando com músicos de calibre igual aoseu e com um repertório à altura da data, tu-do ali é só música boa.

Enquanto imagens do Rio de Janeiro semultiplicam na tela, ao fundo ouve-se Feita àMão (Mauro Senise). Apenas o sax alto de Se-nise e o piano de Hermeto Paschoal a tocá-la.Coisa fina. Sueli Costa, autora de Afetivo, che-ga ao estúdio onde o DVD é gravado, no Rio deJaneiro. Senta-se ao piano.Com ela estão Senise (saxsoprano), Leonardo Amue-do (guitarra) e Gilson Pe-ranzzetta (acordeom). Oquarteto demonstra o tan-to de qualidade que tem aSueli compositora. O im-proviso perfeito da guitarracorrobora a impressão.

Choro Sim, Porque Não(Gilson Peranzzetta e Chi-quinho do Acordeom) temduo de piano e sax altoquase sempre em unísso-no, além de dois violinos (Bernardo Bessler eJosé Alves), viola (Marie Espringuel) e cello(Yura Ranesky). Ótimo time.

A veterana e grande flautista Odette Er-nest Dias surge tocando Feit io de Ora-ção(Noel Rosa) com MS, num arranjo de Rai-mundo Nicioli. Na sequência, mais um clás-sico de Noel, Pra Que Mentir, com arranjo domesmo Raimundo, que agora toca violão,Andrea Ernest Dias (flauta em sol), o sopra-no de Senise, Franklin da flauta e Kim Ribeiro(flauta em dó). Lindo!

A releitura de Atrev idinha (Ernesto Naza-reth) tem a flauta de Senise, o cravo de Ro-sana Lanzelotte e o cello de David Chew.Através do arranjo de Peranzzetta, o chorode Nazareth ganhou cara nova.

Peranzzetta compôs Ondine para a har-pista Silvia Braga e tocou piano junto com aflauta de MS e a harpa. Bela homenagem.

Edu Lobo canta (e bem) Choro Bandido,dele e Chico Buarque. Afinado, tem a acom-panhá-lo, num arranjo de Peranzzetta (quetambém toca piano), Senise (sax alto e flau-ta em dó), Zeca Assumpção (contrabaixo),Ricardo Costa (bateria) e a Orquestra dosSonhos (seis violinos, duas violas, dois cellose contrabaixo).

Peranzetta compôs Mauro e Ana. Num ar-ranjo propício a improvisos, o sax alto de Se-

nise, o piano de Peranz-zetta, a bateria de Mamãoe o contrabaixo de PauloRusso brilham.

O l i n d a G u a n a b a r a(Wagner Tiso) tem o autorao piano, Senise (flauta esax alto), Robertinho Sil-va (bateria e percussão) eLuiz Alves (contrabaixo).Todos com música na al-ma e no corpo.

Ao lado de seus compa-nheiros do Quinteto Ca-ma de Gato - Jota Moraes

(pianista), Pascoal Meirelles (bateria), An-dré Neiva (baixo elétrico) e Mingo Araújo(bongô) -, Senise arrasa em Tiê Sangue (JotaMoraes), quando seu sax soprano voa emasas de variadas inflexões.

Por fim, Mauro Senise e Egberto Gismontitocam Bodas de Prata (Egberto). Um encon-tro que só engrandece tudo o que está noDVD, em cuja gravação quase todos os mú-sicos falam da honra de tocarem juntos. Pu-ra e cristalina verdade!

Ao vê-los, sinto um orgulho que me emo-ciona. Compreendo-os por música. A elesminha reverência.

Aquiles Rique Reis,músico e vocalista do MPB4.

DANÇAO dançarinos do grupo Zumb.boys, dirigido por Márcio Greykapresentam neste fim de semana o espetáculo de dança

urbana B.E.C.O [B.boys em Construção Original], na Galeria Olido.Sala Paissandu. Av. São João, 473, 2º andar. República,tel.: 3397-0176. Sexta e sábado, 20h. Domingo, 19h.

Grátis (retirar ingresso com uma hora de antecedência).

Chocolatequente em

cinco versõesUma bebida que vai bemneste frio é um bom

chocolate quente. Nofestival da Ale TedescoBakery Shop, a bebida é

servida em cinco versões:tradicional (R$ 5); com

marshmallow (R$ 6); comlicor Bailey’s; com caramelo(R$ 6); e com marshmallowe caramelo (R$ 6,80). Paraacompanhar, pão de ló comnozes (R$ 8,50 a fatia). RuaAmérico Brasiliense, 1538.

Chácara Santo Antônio.Tel.: 5184-0844.

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Pa u l i n h o s :novidade na Jaú.

Lúcia Helena de Camargo

Fotos: Divulgação

Trilogia de cheese cakes: sabores manga com farofa de paçoca, frutas vermelhas e cupuaçu com canela.

O ambiente do Jaú Paulinhos: de dia, almoço a quilo. No jantar, clima romântico e menu à la carte.

A anchovanegracom o

deliciosorisoto

servidocom burrata.

E o chefde cozinhada casa,

Hugo Grassi.

Aberto no início deste mêsde junho, o restaurante JaúPaulinhos tem duas caras

diferentes. Na hora do almoço(meio-dia às 15h) funciona emsistema por peso (R$ 64,80 oquilo) ou R$ 32,90 à vontade.Nessa hora é frequentado porexecutivos da região da Paulista,já que está instalado na rua quelhe dá o nome, a alameda Jaú,primeira paralela da avenida. Nocriativo bufê aparecem todo diacerca de 20 opções de saladas, 15pratos quentes e dez sobremesas.Arroz e feijão são as duas únicasconstantes. Há sempre filémignon, peixe (pescada,salmão, badejo), filé de frango emassas, como espaguete erondeli. Na quarta e no sábado,feijoada. Na sexta e no domingo, éa vez do bacalhau.

Na hora do jantar, as luzes doambiente diminuem, o clima ficaromântico e entra em vigor ocardápio à la carte. Para começara matar a fome enquanto esperaalguém, pode ir bem o p o u t- p o u r r ide bruschettas (R$ 25), com duasunidades de presunto Parma,duas de musssarela comchampignon e duas de tomateconfit; ou então o camarão àBaroa (R$ 32), com quatrocamarões ao manjericãoenvolvos em musseline demandioquinha. Ou ainda aRoda de Boteco (R$ 28),porção com dois escondidinhosde carne, dois pastéis de queijo,

dois de calabresa e trêsbolinhos de bacalhau.

Para entrada, há cartoccio decogumelos frescos (R$ 27) – umragu de cogumelos shitake,shimeji e Paris; creme deaspargos (R$ 22). E, entre outras,ovo mollet (R$ 32), que é um ovoempanado, com musseline demandioquinha e trufas negras. Seprefere uma entrada maistradicional, mas com um toqueespecial, pode ir de salada decarpaccio (de carne), servidocom mix de folhas ao molho dealcaparras e trufas negras.

Pe i xe s - Amantes de frutos domar vão adorar a anchova negracom creme de burrata (R$ 52). Opeixe grelhado é servido com odelicioso risoto de tomate ecreme do queijo italiano quemistura mussarela de búfala emanteiga. Prefere carne? Peçastinco de vitela com fetuccine nopróprio molho (R$ 57); rolê defrango à italiana (R$ 37) oucordeiro à caponata (R$ 65), ocarrê de cordeiro com risoto emini cebolas caramelizadas.

Para sobremesa, a dica é atrilogia de cheese cakes (R$ 24)composta de três unidades, nossabores manga com farofa depaçoca, frutas vermelhas ecupuaçu com canela. O doce é aespecialidade do jovem chef dacasa, Hugo Grassi. Portanto,imperdível. Mas quem nãoabandona o chocolate podeembarcar na mousse de

chocolate belga (R$ 18), feitacom chocolate Callebaut,servida com calda.

O homem por trás doempreendimento é JulianoSimões, que cresceu entre osrestaurantes da família, naregião de Catanduva. Em SãoPaulo já abriu Paulinhos GrillPremier na avenida Faria Lima eno shopping Nações Unidas.

Jaú Paulinhos. Alameda Jaú,1303. Jardins. Tel.: 3081-1160.w w w. j a u r e s t a u r a n t e . c o m . b r

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sexta-feira, 29 de junho de 2012 27DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Beethoven noFestival de Campos.

E pela TV.

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Rebeldia e intensa buscade uma força divina. Oalemão Ludwig van Bee-

thoven (1770-1827) viveu entreessas duas premissas, respon-sáveis pelo conteúdo de sua lin-guagem musical. A rebeldia, tra-duzida em luta tenaz contra asregras sociais instituídas, refle-te-se na Sinfonia Coral, ponto cul-minante de sua herança artísti-ca. Enquanto Beethoven escre-via a Coral, trabalhava, também,na grandiosa Missa Solemnis emRé Maior, Op. 123 - manifestaçãomais evidente de sua inquieta-ção espiritual. É com essa missaque o Festival Internacional deCampos de Jordão abre a pro-gramação, no sábado (30). Portradição, é a Orquestra Sinfôni-ca do Estado de São Paulo(Osesp) que realiza o primeiroconcerto do evento (dirigido pe-lo maestro Eleazar de Carvalho apartir de 1973, com o intuito de

formar músicos e consolidar ta-lentos). Agora, em 2012, repete-se, com alta dose de emoção, apresença da Osesp - incumbidade interpretar a Missa Solemnis,sob a regência do dinamarquêsThomas Dausgaard - um músicode pulso e apaixonado. Partici-

pam o Coral Sinfônico daOsesp, o Coral Paulistano e ossolistas Susanne Bernhard (so-pramo alemã), Ingerborg Danz(mezzo - soprano, também ale-mã), Klemens Sander (barítonoaustríaco) e Donald Litaker (te-nor americano). A primeira au-dição da Missa Solemnis, com-posta entre 1819-1823, foi em7 de abril de 1824 na cidade deSão Petersburgo, Rússia, sobos auspícios do patrono de Be-ethoven, o príncipe Nikolai Ga-litzin. Estruturada conforme ospadrões clássicos, beira o bar-roco em alguns momentos.Tem cinco movimentos: Kyr ie ;Gloria; Credo; Sanctus; Benedic -tus e Agnus Dei. (MMJ)

Missa Solemnis. Osesp.Auditório Claudio Santoro -Campos do Jordão. Sábado(30). 21h. Com transmissãopela TV Cultura.

Os sons quesaltam dos textos

de SchaferRenato Pompeu

Com textos de até meioséculo atrás que sãoatuais, e, na verdade,

proféticos ainda hoje, aEditora Unesp lança asegunda edição brasileira dolivro O ouvido pensante, docompositor, professoruniversitário e animadorcultural canadense MurraySchafer, que vai completar80 anos de idade no ano quevem e que éresponsável nãosó por ter criadonovos sons paraos ouvidos, comotambém por teraberto os ouvidospara novos sons.

Pois o fato é quea edição originalfoi publicada noCanadá em 1986, eera uma coletâneade textos escritosdurante os vinte anosanteriores, mas as ideiascontidas nos textoscontinuam ousadamenteinovadoras. Pode-se dizerque são "textos sonoros",verdadeiras aulas de bemouvir, não só no sentido deouvir música, e boa músicaem particular, mas no sentidode ouvir permanentementetodos os sons à nossa volta,sejam produzidos pormúsicos, sejam produzidospor atividades humanas nacidade e no campo (porexemplo, os sons do trânsitoou da construção civil),ou sejam produzidospela natureza.

Altamente criativo,Schafer é pioneiro há mais decinco décadas nacaracterização do que sechama de poluição sonora.Contra ela, criou o conceitodo que chamou pela primeiravez de ecologia acústica,nomenclatura desde entãoconsagrada no combate àpoluição sonora, tendo criadoainda o conceito de paisagemsonora, com o neologismoem inglês soundscape.Também criou o conceito deesquizossom, isto é, "somseparado". Trata-se do som

que é isolado de seuambiente costumeiro etransportado para outroambiente sonoro. Porexemplo, o som de umabuzina, ou de uma britadeira,que é transposto para umacomposição musical.

Para Schafer, do mesmomodo que os seres humanosdesaprenderam de ver, porexemplo, o céu, também

desaprenderam deouvir. Na Pré-História, naAntiguidade, naIdade Média, emesmo até otriunfo daRevoluçãoIndustrial,praticamentequalquer serhumano, atémesmo de

qualquer idade, sabiaidentificar as principaisestrelas e sabia tambémidentificar a origem demuitos dos sons que ouvia,por exemplo, de que pássaroera aquele pio. Hoje quaseninguém conhece o céu epoucos têm o que ele chamade "ouvido pensante".

Na paisagem sonora, eledistingue o que podemoschamar de sons de fundo, ossons de que quase sempre oouvinte não está consciente,mas "ouve", isto é, sente. Sãoos sons da natureza,produzidos pelo soprar dovento, pelas correntes ouquedas d'água, ou suasondas; a chuva, os sonsemitidos por animais,pássaros ou insetos. Umaoutra categoria seriam ossinais sonoros, nos quais sepresta atenção, porsignificarem umaadvertência, como os sinos,sirenas, buzinas. Finalmente,há o que Schaefer caracterizade "marco sonoro", os sonsespecíficos de umacomunidade, por exemplo, omartelar de um funileiro naesquina em que fica suaoficina. O interessante é que,se é pioneiro no combate àpoluição sonora, por esta

tender a ser não sódesagradável, como tambémnociva, ele é pioneiroigualmente, aqui de modomais isolado, na insistência empreservar todo marco sonoro,por mais estridente,desagradável e nocivo queseja, como patrimônio culturalda comunidade a que serelaciona.

Schafer, que dirige emToronto o Centro Mundial dePaisagem Sonora, está naorigem da reprodução, pormeio de instrumentoseletrônicos ou eletroacústicos,de quaisquer sons de qualquerpaisagem sonora ou dequalquer marco sonoro,inclusive os sons da vozhumana, os apitos dos guardasde trânsito, os trovões. Essaspaisagens sonoras e marcossonoros, por meioparticularmente dametodologia do esquizossom,tanto podem ser usados emcomposições musicais, o quetem ocorrido nas últimasdécadas e não somente pormúsicos de vanguarda, como,por exemplo, para orientardeficientes visuais.

Mais, todos esses conceitospodem ser usados para criarambientes sonoros agradáveisaos ouvidos. Enquanto osmétodos utilizados pelosengenheiros de somespecializados contra apoluição sonora envolvemquase semprea eliminação ou orebaixamento de sonsdesagradáveis ou nocivos,com a utilização de meiostécnicos como a contagem emdecibéis, aqueles quepodemos chamar depaisagistas sonoros, ao invésde eliminar sons "maus", criamou reproduzem sons "bons",isto é, agradáveis e, por quenão dizer, terapêuticos, pelomenos psicologicamente.Tudo isso surgiu a partir dotrabalho pioneiro de Schafer,que está associado àconcepção do grandecompositor John Cage, de queo mundo inteiro é umaobra musical.

Descrevendo VinhosCarlos Celso Orcesi da Costa

Ocomeço é sempre "hum, quegostoso" ou "pega na

língua", ou então "que grandevinho". Ainda quesilenciosamente estamos semprecomparando viagens, cidades,dias de sol na praia, no caso dosvinhos o degustado no diaanterior, às vezes o mesmoexemplar que no passado nosparecera melhor ou pior. Aprimeira reação é igual paratodos. Mas em matéria de vinhos,não sei porque, os circundantessempre esperam do degustadormais experiente uma reação maisprofunda, um comentáriointeligente. Eu tenho minha técnicaque procura fugir dos padrõescomuns relativamente utilizados.

Sei que é comum a postura deencontrar cassis sem jamais terprovado a fruta francesa, caixade charuto sem ser fumante,grafite sem ter comido um bomlápis Faber Castell na infância.Alguma coisa era melhor: éimpossível comer aipedes ouléptopes. E há quem viaje além damaionese, buscando adjetivoscomplexos, como a famosadescrição de sous -bois, que nadamais significa em tradução livredo francês, gosto de "subbosque", ou seja, folhas debosque depois de caídas. Dirãoalguns: impossível, isso é

besteira! E no entanto algunsvinhos apresentam esse "gostomofado depois do molhado", demodo que o sous -bois bemlembrado, bem invocado, podeperfeitamente qualificar certosvinhos antigos.

E quando o tinto tem... aquelegosto indefinido? Como dizer;faltam-me as palavras... Depoisde pensar, parodiandoArquimedes: eureka (eu

descobri), a tal palavra é...especiarias! "Toque deespeciarias" pode representartudo que não é nada, pela simplesrazão de que pimenta é diferentede curry, canela de açafrão etc.Coisas diferentes, "nada"! Ouseria exatamente o contrário;especiaria é tudo, porque seaplica bem para qualificar oconjunto, vinho que apresentaum certo refinamento, a

lembrança picante e suave de umtempero. Bem, vá lá, entre nadaou tudo, fiquemos no meio termo:ao menos uma parte. Explico:especiaria evoca um segundogosto exótico do vinho, algo queaparece depois das notasfrutadas. Deu para entender?Provavelmente não, embora - porincrível que pareça - a ideia sejajustamente essa: não é paraentender, é para perceber, sentir.

Minha tese é outra: precisamoscompreender a pessoa do vinhosem tentar qualifica-lo demais.Afinal demoramos a identificar ascaracterísticas psicológicas, asloucuras ou manias de todos nós.Melhor ficar com aquilo quepodemos ver. Primeiramenteatentar para seu tamanho oupeso, se um exemplar leve,alcoólico ou de médio corpo.Secundariamente olhar a cara dovinho, se tem a elegância de umamulher bonita (Borgonha) ou aforça de um homem sarado(Bordeaux). Quando estamos nafrente de alguém é normalatentarmos para a sua idade, se éjovem Rioja crianza, adolescentefortudo que já é mais alto que opai, por exemplo um Alentejo; ouse é um maduro e carismáticocinquentão enxuto de cabelosgrisalhos, por exemplo umToscano de atitude ou Mendocinode altitude. Por fim, depois deconversar com o vinho, serápossível saber se tem conteúdoquando a degustação flui, sequando ele se abre continua ouaté melhora a persistência.

No fundo há dois modos de ver:algumas galinhas ciscam paradentro e outras para fora.Deixando de lado os desvarios dealguns enófilos exagerados, emgeral esses vôos imaginários têm

bom fundamento. Por exemplofrutas vermelhas indicam vinhosjovens, frutas negras vigorosos;sabores a torrefação, baunilha enozes podem revelar longoestágio em madeira; frutascítricas e de pomar podemindicar um branco leve, mas a seperceber notas amanteigadas outoques de pêssego e damasco,estaremos diante de um brancomais concentrado.

Ou seja, as palavras são comobússola para descrever ocaminho. As pessoas seexpressam conforme sentem. Háquem diga: "couro" para definirum vinho pesado, barricado, comextrato e taninos ainda novos. Háquem use: "animal". Porque?Talvez para contraponto a"vegetal" evocando algum leve efrutado (Sauvignon Blanc,Beaujolais), "mineral" paraqualificar outro mais consistentea gosto de terra (p. ex. um bomduriense), antes do animalarisco. O importante é nosexpressar de modo cada vezmais adequado, ciscando paradentro, tendo certa consciênciade que em todas as descrições háum que de poesia e imaginação,embora alguns entendidoscostumem extrapolar,ou como se diz popularmente,"viajar na maionese".

Maestro ThomasDausgaard: pulsofirme e paixão.

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sexta-feira, 29 de junho de 201228 DIÁRIO DO COMÉRCIO

dcultura

Como parte dascomemorações peloscem anos de nascimento

de Nelson Rodrigues, apontadopor dez entre dez críticos,pesquisadores e diretoresteatrais como o mais influentedos dramaturgos brasileiros, oSesi promove a montagem dedois clássicos do autor: Boca deOuro, com Marco Ricca, queentra em cartaz nesta sexta, 29,e A Falecida, com Maria LuisaMendonça, com estreia previstapara o próximo dia 6. Dirigidaspor Marco Antônio Braz, as duaspeças são aparentadas pordiversos fatores, além, claro, dogenial retrato que fazem dazona norte carioca: elasintegram o subgrupo da obrarodriguiana batizado deTragédias Cariocas, nas quais o

dramaturgo comprovou suahabilidade de manipular erejuvenescer os conceitos domelodrama e da tragédia gregae de criar personagensmemoráveis em sua obsessãode levar adiante um destinotraçado desde o berço.

Boca de Ouro, que estreou noRio de Janeiro em 1961, poucomais de um ano após ter sidoescrita, traz como protagonistao personagem Boca de Ouro,banqueiro do jogo do bicho emMadureira dono de umahabilidade ímpar paraexterminar seus adversários. Opersonagem é um tipo tãomultifacetado que o próprioNelson Rodrigues sinaliza queele pode ser interpretado porvários atores ao longo da peça.Envergonhado por ter tido como

local de nascimento a pia deuma gafieira, Boca de Ouroparece viver para administrar omal: da fortaleza onde mora, eleexercita seu poder de vida emorte sobre os moradores dosubúrbio. A lenda garante queele tem o corpo fechado e queconstruiu um caixão de ouro (nocaso de um dia vier a morrer). Oapelido do personagem éresultado de um gestotresloucado que ele tomouainda na juventude:pagou a um dentista para queencapasse de ouro todos osdentes de sua boca.

Boca de Ouro. Teatro do Sesi,Avenida Paulista, 1313, tel.:3146-7406. Quinta a sábadoàs 20h30 e domingo às 20h.Grátis às quintas e sextas e R$10 aos sábados e domingos.

Por meio das câmeras docineasta Marcos Prado, aimagem da catadora de

lixo Estamira Gomes de Sousavoou do aterro sanitário JardimGramacho, na baixadafluminense, para um semnúmero de países. Opremiadíssimo documentárioEstamira, de 2005, deixouembasbacadas as plateias aoredor do mundo com ainquietante mistura de lucideze explosiva loucurademonstrada por aquelamulher diabética que passou22 anos cercada pelos urubuse os dejetos lançados pelapopulação do Rio de Janeiro.Após cumprir uma vitoriosajornada pelos cinemas elocadoras, o documentáriovolta a lançar luz sobre

Estamira, desta vez por terfornecido à diretora BeatrizSayad e à atriz Dani Barros amatéria-prima do espetáculoteatral Estamira - Beira doMundo, que entra em cartaznesta sexta, 29, no EspaçoCênico do Sesc Pompeia comuma série de ótimascredenciais adquiridasdurante a temporada carioca,entre elas o prêmio Shell demelhor atriz para Dani Barros.

O monólogo dramático teveno documentário de MarcosPrado sua principal fonte, masnão a única: o texto final abriuespaço para a poesia de AnaCristina César, Manoel deBarros, Nuno Ramos e AntoninArtaud. Dani Barros afirma queem vários momentos dapesquisa se viu retratada na

história de Estamira e, porisso, sentiu-se autorizada alevar para a cena trechos desuas experiências pessoais.Com destaque para suaconhecida incapacidade de sedesfazer das coisas,desconfiada sempre quealgum dia elas poderão serúteis. Estamira, a personagemreal, morreu em setembro de2011, de uma grave infecçãono braço que, por falta detratamento em tempo hábil,evoluiu para um quadro desepticemia.

Estamira - Beira do Mundo.Espaço Cênico do SescPompeia, Rua Clelia, 93,tel.: 3871-7700. Sexta esábado às 21h e domingoàs 19h. R$ 24.

Sérgio Roveri

Entre ouros e urubus

Getúlio passado a limpoMarcus Lopes

Fotos: Reprodução

Amado, odiado, elogiadoe criticado, poucospolíticos brasileiros

conseguiram, e conseguem,despertar sentimentos tãoextremos quanto GetúlioVargas. E poucos ganharamtantas biografias, tratados eteses políticas, até pelo fato deter sido o mandatário quepassou mais tempo nocomando do País, pelo votoou pela força.

A mais recente, Getúlio(Companhia das Letras, 664páginas, R$ 52,50) chegourecentemente às livrariaspelas mãos do escritor ejornalista Lira Neto.

Ao se debruçar sobre otrabalho, o autor já conseguiuuma proeza: mostrar queGetúlio continua vivo namemória e no imaginário daspessoas. Logo após olançamento já conquistou osprimeiros lugares nas listas dosmais vendidos nas livrarias.

Se pesquisar a vida dogaúcho de São Borja não chegaa ser um trabalho inédito, comcerteza este é o de maior fôlego.No total serão três volumes.O primeiro, lançado agora, temo subtítulo "Dos anos deFormação à conquista do poder"e abrange o períodoentre 1882 (ano doseu nascimento) e 1930.

O segundo volume,"Getúlio - 1930-1945 - DoGoverno Provisório à ditadurado Estado Novo" sairá no

próximo ano. O terceiro,"Getúlio - 1945-1954 - Davolta ao poder pelo voto até osuicídio", está previsto paraser lançado em 2014.

"Decidi escrever estatrilogia ao constatar queGetúlio, a figura maisimportante e contravertida dahistória brasileira, ainda nãopossuía uma biografiaexaustiva, moderna,jornalística e isenta", explicaLira Neto, em entrevista aoDiário do Comércio.

Para construir amonumental trilogia, foramdois anos e meio de pesquisasem tudo quanto é fontedisponível: livros, entrevistas,jornais e revistas e centenasde documentos, fotos,charges, bilhetes, diários e atéboletins de ocorrência.

Foi assim, por exemplo, queencontrou subsídios paraesclarecer a acusação de que ojovem Getúlio, com apenas 15anos, teria cometido umassassinato em Ouro Preto,então capital de Minas Gerais,onde estudava o secundário.Seus irmãos já cursavam afaculdade na cidade e, volta emeia, se envolviam em brigas.O fato seria explorado pelosinimigos políticos mais tarde,mas nada ficou provado contrao ex-presidente.

Dono de um estiloagradável, Lira Neto é umdaqueles autores que sabemconciliar o rigor da pesquisahistórica com um texto leve epovoado de fatos saborosos epitorescos. Isso já havia sidocomprovado em outrobiografado ilustre do escritor, oPadre Cícero, cuja vidatambém virou best-sellerhistórico nas mãos dojornalista.

"O rigor da pesquisa não éincompatível com o prazer dotexto. Como jornalista, escrevopreocupado com a recepçãodo meu trabalho. Busco ser

absolutamente rigoroso notrato com as fontes depesquisa histórica, mas, aomesmo tempo, pretendoatingir um público amplo, denão-especialistas. Não creioque a leveza seja inimiga daconsistência", diz Lira Neto,sobre o estilo que o coloca aolado de outros jornalistas-escritores-historiadoresconsagrados, como LaurentinoGomes, autor dos muito bemsucedidos 1808 e 1822.

"O interesse dos leitores porhistória decorre de algunsfatores complementares.Primeiro, isso me parece seruma espécie de efeitocolateral do 'instantaneísmo' aque estamos submetidosatualmente, pela forçaavassaladora das tecnologiasde comunicação e informaçãoonline", diz.

"A história nos remete auma outra noção de tempo,menos efêmero, mais perene.Depois, creio que a própriaevolução da literatura, aoimplodir o romancetradicional, nos deixou órfãosda boa e velha narrativa, quenos é devolvida pelos livrosdo gênero", completa o autor,que não imagina um políticocomo Getúlio Vargasnos dias de hoje.

"Getúlio e a chamada EraVargas são fruto de umadeterminada época e de umtempo específico. Impossívelquerer imaginar algumapossibilidade de repetição domesmo fenômeno, tomandocomo base instantes históricostão distintos."

Boca de Ouro: com os dentes encapados por ouro, personagem parece viver para administrar o mal. Estamira - Beirado do Mundo: vida de mulher que viveu em aterro sanitário no palco do Sesc.

João Caldas/Divulgação Barbara Copque/Divulgação