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CURSO DE GRADUAÇAO EM ADMINISTRAÇÃO PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS PATROCINADOS PELO GOVERNO FEDERAL ÀS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS: Um estudo sobre os efeitos da utilização por empresas gaúchas da Linha BNDES-EXIM Pós-Embarque e sua contribuição para o aumento da Balança comercial Brasileira Luis Manoel Freitas da Silva Alvorada 2014/2

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CURSO DE GRADUAÇAO EM ADMINISTRAÇÃO

PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS PATROCINADOS PELO

GOVERNO FEDERAL ÀS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS:

Um estudo sobre os efeitos da utilização por empresas gaúchas da

Linha BNDES-EXIM Pós-Embarque e sua contribuição para o aumento

da Balança comercial Brasileira

Luis Manoel Freitas da Silva

Alvorada

2014/2

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Luis Manoel Freitas da Silva

PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS PATROCINADOS PELO

GOVERNO FEDERAL ÀS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS:

Um estudo sobre os efeitos da utilização por empresas gaúchas da

Linha BNDES-EXIM Pós-Embarque e sua contribuição para o aumento

da Balança comercial Brasileira

Projeto de pesquisa como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Administração pela Faculdade Luterana São Marcos.

Professor Orientador: Luiz Fernando Oliveira da Sil va

Alvorada

2014/2

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RESUMO

O presente artigo procura avaliar a utilização da linha BNDES-EXIM Pós Embarque no incremento das exportações de empresas gaúchas, bem como sua contribuição para o aumento da balança comercial brasileira e propor a adoção de ações para o uso pelas empresas desse instrumento de crédito como condição competitiva nos negócios com o exterior. Foram usados, inicialmente, estudos exploratórios buscando o levantamento do desempenho das exportações do estado do Rio Grande do Sul e do Brasil no período de 2009 a 2013 considerando o volume de vendas com a participação desse instrumento de financiamento. Na etapa seguinte, buscou-se através de estudos descritivos, a apresentação das principais características do instrumento de crédito. A seguir, utilizou-se de estudos explicativos para identificar a razão da existência desse apoio financeiro disponibilizado pelo governo junto as empresas brasileiras. Como estratégia e ferramenta de pesquisa, optou-se pelo questionário com perguntas fechadas, com características qualitativa e quantitativa, aplicado a empresas exportadoras do estado do Rio Grande do Sul. Com base na investigação e no levantamento dos dados realizados, ao final do artigo, foi possível verificar a inexpressiva contribuição desse mecanismo de crédito no aumento das receitas das empresas exportadoras gaúchas e sua irrelevante participação no incremento da balança comercial brasileira no período de 2009 a 2013. Palavras-chave : Exportação. Linha de Financiamento. Balança Comercial

1. INTRODUÇÃO

Considerando a capacidade produtiva do Brasil atualmente, a participação no comércio mundial é considerada tímida, ao redor de 1,32% no ano de 2013 segundo relatório do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Desta forma, o incremento das exportações é um fator determinante para contribuir com uma balança comercial superavitária do país. Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no ano de 2013 as exportações brasileiras movimentaram U$$ 242,2 bilhões e contribuíram, para que o Brasil tivesse o seu segundo melhor resultado da história e assim, contribuir para um superávit de U$$ 2,5 bilhões.

Desde os tempos antigos datados do período de 1500, surgem os primeiros entendimentos sobre negócios entre países que tinham como objetivo principal o acúmulo de riquezas para o fortalecimento da economia do país. No século XVI surge o mercantilismo e a partir desse momento, o início a valorização das exportações na economia de um país, pois se acreditava que o maior volume de exportações e um menor ingresso de produtos importados resultavam em uma balança comercial positiva cujo conceito é regra para a economia mundial até os dias atuais.

Os avanços tecnológicos e as diminuições das barreiras comerciais proporcionaram para as empresas acessar mercados do mundo inteiro, dependendo somente da estratégia e qual rumo elas desejam seguir. Caso

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tenham como primeiro objetivo a realização de exportações somente para países mais próximos, isso poderá servir de ensaio para exportações para países mais distantes no mercado internacional, sendo essa atitude encarada como aprendizado que é quesito fundamental para sobrevivência nesse mercado.

Com o passar do tempo, o mercado internacional foi se ampliando e assim despertando o interesse de muitas empresas em todo o mundo, que notaram que o mercado externo era muito mais do que apenas a oportunidade de vender seus produtos para outros países, mas sim, que poderia servir de primeiro passo para a expansão de suas atividades além das fronteiras.

O acesso ao mercado externo tem um benefício importante para as empresas envolvidas, que é a diversificação de mercados onde a empresa atua, tornando a empresa menos dependente do mercado interno ou de sazonalidades em suas vendas, e assim evitando que turbulências em seu mercado doméstico tenham grandes consequências em seus resultados tanto operacionais, quanto financeiro. Outro aprendizado que o mercado externo traz é a melhoria nos produtos das empresas uma vez que, as exigências dos clientes internacionais demandam em aprimoramento na produção para atendimento de especificações técnicas do produto exportado, e assim tendo a possibilidade de aplicar as melhorias em seu processo produtivo também no mercado interno. Além disso, a possibilidade de obter preços mais competitivos é outro fator relevante para a atuação no mercado externo.

Na visão da administração moderna, as exportações são vistas como um diferencial competitivo, por entender que a atuação no mercado internacional só traz benefícios às empresas envolvidas, desde que encarado de maneira profissional uma vez que práticas amadoras só contribuem para que as empresas alcancem resultados negativos e se afastem do mercado internacional, adotando a errada ideia que seu acesso é impossível.

Cabe destacar a respeito do mercado externo sobre possibilidade de empresas nacionais obterem linhas de financiamento especiais que propiciam benefícios para as exportações mesmo antes de sua realização. O que concede à empresa a possibilidade de melhora em seu fluxo financeiro.

Nessa ordem, o crescimento anual das exportações implica, por condição competitiva, que as empresas envolvidas nesse tipo de atividade estejam preparadas para efetuar suas atividades e tenham conhecimento dos dispositivos de crédito oferecidos pelo governo federal.

Através desse contexto, surgem em 1990 as linhas de financiamento do BNDES- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que tem como função principal auxiliar e dar suporte as empresas envolvidas em transações comerciais, assim como facilitar a realização de negócios com o exterior oferecendo prazos e subsídios às organizações.

Via de regra, dificilmente uma empresa brasileira poderia oferecer em suas vendas ao exterior, prazos para pagamento superiores a cinco anos com amortizações semestrais iguais e consecutivas e com período de carência de até um ano. Considerando a existência de crédito com essas características a serem oferecidos aos potenciais importadores de exportadores brasileiros, esse fator poderá ser preponderante no crescimento das vendas ao exterior.

Partindo dessas premissas, o estudo ora proposto, teve como foco a linha de financiamento do BNDES pós-embarque, por ser uma linha de financiamento que funciona como facilitadora das transações comerciais entre

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as empresas exportadoras brasileiras, e também as empresas importadoras que através desse instrumento tem como realizar suas compras internacionais de maneira especial. Uma vez que, a linha pós-embarque oferece possibilidades diferenciadas nas tratativas de um processo de exportação.

Considerando as características do tema, foram objetos de pesquisas deste artigo, as empresas gaúchas de diversos segmentos de atuação que possuam em sua composição de receita, os mercados interno e externo, porém enfatizando seu desempenho na atividade exportadora. A partir dessa premissa, o artigo então propõe através da coleta de dados junto a essas empresas e também na obtenção de informações junto ao BNDES, entre outras fontes governamentais, mensurar o nível de relevância de suas exportações efetivadas utilizando a linha de financiamento objeto de estudo com as exportações totais do país?

Diante desse cenário, para que seja desvendado o tema deste artigo, se faz presente a seguinte questão: As empresas gaúchas que utilizam esse instrumento de crédito contribuem de forma relevante para o crescimento da balança comercial brasileira?

O presente artigo tem como objetivo geral: Avaliar a utilização da linha BNDES-EXIM pós-embarque no incremento

das exportações de empresas gaúchas, bem como sua contribuição para o aumento da balança comercial brasileira e propor a adoção de ações para o uso desse instrumento pelas empresas, com o objetivo de alavancar as vendas para o mercado externo.

Para alcançar o objetivo geral, o artigo propõe os seguintes objetivos específicos:

• Verificar junto a empresas gaúchas atuantes no mercado internacional, a utilização e o conhecimento desse importante instrumento disponibilizado pelo governo federal.

• Verificar e analisar o desempenho das exportações do estado do Rio Grande do Sul e do Brasil no período de 2009 a 2013 considerando o volume de vendas com a participação desse instrumento de crédito.

• Apresentar aspectos relevantes e competitivos desse instrumento de crédito, despertando sua utilização pelas empresas na melhoria da performance de suas exportações.

Este trabalho se justifica pelo fato de não existir, até o momento da realização deste artigo, dados mensurados sobre o impacto da utilização dessa linha de financiamento pelas empresas gaúchas no incremento das exportações brasileiras. O referido tema também deverá despertar a atenção para o uso desse importante instrumento de competitividade no comércio exterior. 2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Na presente seção, destaca-se como objetivo preponderante, subsidiar a coleta de dados com conceitos pertinentes, criando um suporte teórico para o desenvolvimento da pesquisa. Buscou-se relacionar bibliografias de alguns autores na área de comércio exterior visando sustentar os argumentos propostos no referido artigo.

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2.1 Comércio Internacional

O comércio exterior ocupa um papel sobremaneira importante para o Brasil desde os anos de 1500. Segundo (RICARDO, 1996) maior expoente da economia internacional e sucessor de Adam Smith na difusão da jovem economia política, o comércio internacional se estrutura com base nas vendas de mercadorias entre nações, sendo efetivadas a partir dos produtos que cada país tinha maior eficiência em sua produção para a aquisição das mercadorias que necessita e tenha menor produtividade.

Para o autor as transações entre os países proporcionavam o acúmulo do capital que em sua época representava o aumento das divisas em ouro, que era a moeda preferencial em sua época. O grande teórico defendia que a base para o comércio internacional baseava-se em sua teoria da vantagem comparativa, que defendia que uma nação deveria se especializar na produção de seus produtos e utilizar os mesmos para adquirir os produtos que necessitava, pois nenhuma nação era capaz de produzir tudo aquilo que precisava e de maneira eficiente. Também defendia o livre cambismo, ou seja, a mínima ou nenhuma interferência do estado nos negócios das empresas.

Mesmo defendendo que o comércio internacional fosse benéfico para as nações Ricardo ressaltava, que algumas observações deveriam ser feitas a respeito da prática comercial entre nações e que essas também se aplicavam ao mercado interno.

Mas o autor ressalta, ainda que o mercado externo não pode ser considerado, como o fator preponderante para o sucesso de uma nação, em suas atividades comerciais e que deve sempre se observar alguns aspectos.

HOLANDA (apud, RICARDO,1996, p.96) conceitua que: o comércio exterior, portanto, embora altamente benéfico para um país, na medida em que eleva o montante e a diversidade dos objetos nos quais o rendimento pode ser gasto, e na medida em que, pela abundância e barateamento das mercadorias, incentiva a poupança e a acumulação de capital, não tem nenhuma tendência para elevar os lucros do capital, a menos que as mercadorias importadas correspondam àquelas nas quais os salários são gastos.

2.1.1 Riscos no Comércio Internacional

A atuação no mercado internacional implica uma série de situações muito diferentes das vistas no mercado interno, tais como, riscos decorrentes de instabilidades políticas, comerciais e cambiais, cabendo ao exportador se precaver anteriormente as suas negociações visando identificar se algum desses riscos pode afetar sua transação.

Segundo (CAVUSGIL, KNIGHT, RIESENBERGER, 2010), os riscos existentes no mercado internacional devem ser minuciosamente examinados uma vez que, aspectos comerciais na elaboração de um contrato de venda podem afetar a operação como um todo. O fornecimento de produtos com qualidade inferior à contratada pode gerar o rompimento do contrato e também danificar a imagem da empresa no mercado externo. Outro fator que afeta diretamente as transações comerciais são os aspectos políticos do país

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importador. Essas variáveis estão relacionadas com instabilidades políticas e restrições a comercialização de determinadas mercadorias em casos mais extremos intervenção governamental nas empresas que pode impedir a realização e o pagamento das transações comerciais. Cabe ressaltar também a questão cambial, essa com grande influência sobre os negócios internacionais, uma vez que quando efetuado um contrato de exportação a outro país, deve-se levar em conta a cotação da moeda estrangeira no dia da transação e estabelecer um contrato para que esse valor conste como o valor efetivo da transação, pois a variação do valor da moeda entre a assinatura do contrato e o momento de entrega da mercadoria pode representar um grande prejuízo ao exportador brasileiro.

2.1.1.1- Risco Comercial

O risco comercial contempla questões relacionadas a aspectos econômicos que podem afetar parcialmente uma exportação realizada, ou até mesmo inviabilizar a sua realização por completo.

Segundo (MINERVINI,2012), o melhor exemplo de risco comercial às exportações refere-se a questão cambial, onde uma transação realizada com a moeda de pagamento cotada a determinado valor e que na na época de pagamento apresente um valor menor representa um dos maiores riscos a uma exportação.

2.1.1.2- Risco Político

A influência de aspectos como leis ou sanções impostas por países a realização de uma exportação evidenciam o risco político.

Conforme (MINERVINI,2012), a definição de risco político leva em conta todos os tipos de influência que ações tomadas pelo governo de um país afetem ou até mesmo impossibilite que uma exportação realizada para tal país não alcance sua conclusão com êxito. Assim se pode destacar como principais riscos políticos as barreiras tarifárias e não tarifárias, leis que o país anfitrião aplica em seu benefício.

2.1.1.3- Risco Intercultural

Aspectos como a cultura de um país, tradições, estilos de vida e até mesmo assuntos religiosos compreendem o que define o risco intercultural.

Na visão de (MINERVINI,2012), o risco intercultural tem por definição como o conjunto de atividades ligadas ao comportamento dos indivíduos de um país, diante uma transação comercial e que pode influir negativamente sobre seu processo. Destacam-se os fatores ligados a cultura principalmente como maneira de se comportar e de agir diante de outras culturas.

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2.2 –Balança Comercial na estrutura do Balanço de P agamentos

A balança comercial brasileira é parte integrante do balanço de pagamentos do país que é constituída por três grupos de contas. O primeiro intitulado transações correntes, onde está inserido a balança comercial que representa o saldo de importações e exportações realizadas pelo país em um determinado período. O segundo grupo é a conta de movimento de capitais, que é demonstrativo das movimentações financeiras na forma de investimentos de estrangeiros no país, ou brasileiros investindo em outros países, investimentos na bolsa de valores e na instalação de empresas, questões financeiras a respeito de recebimentos em relação a dívida e financiamentos externos. E o terceiro grupo o de erros e omissões que representa os problemas que ocorreram durante um ano e sua solução e consequente contabilização junto a balanço de pagamentos (BNDES).

O balanço de pagamentos é um importante dispositivo que fornece informações sobre a situação financeira do país, e que serve de base para a tomada de decisões sobre investimentos no país por parte das empresas estrangeiras (RATTI, 2011).

2.2.1 Balança Comercial Brasileira

Para (RATTI, 2011), a balança comercial refere-se à disponibilização das informações relativas à situação devedora ou credora de um país e também sobre o registro das transações comerciais do país com o mercado externo e o registro de operações que não geram pagamentos ou recebimentos chamadas transferências unilaterais.

A diferença entre o valor das exportações de um país, e suas importações, fornece o saldo da balança comercial que sempre é expresso em dólares americanos.

Em 1947, a Carteira de Câmbio do Banco do Brasil realizou em conjunto com a fundação Getúlio Vargas, os primeiros levantamentos sobre a balança comercial brasileira. Após esse período essa função passou a ser exercida pela Superintendência da Moeda e do Crédito que posteriormente foi transformada em Banco Central, e assim coube ao novo órgão à elaboração deste documento (MINERVINI, 2012).

Dentro do sistema de controle ao que, ocorre do ponto de vista financeiro dentro de um país referente as suas vendas e compras internacionais, a existência de um sistema criado pelo governo federal para contabilizar e ao mesmo tempo fiscalizar essas transações internacionais é um dos motivos que levaram ao governo federal a criação da balança comercial porém cabe ressaltar que a mesma faz parte do balanço de pagamentos que com sua estrutura controla todas transações realizadas por empresas brasileiras com o exterior ( RATTI, 2011).

A balança comercial brasileira está, inserida como visto, no grupo de transações correntes sendo o primeiro grupo integrante do balanço de pagamentos. Este grupo se destina ao controle sobre o que o país exporta e

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importa, ou seja, faz uma análise de todos bens que são comercializados entre o Brasil e os outros países estrangeiros.

Segundo (RATTI,2011), a balança comercial é o instrumento mais poderoso de controle, verificação e disponibilização dos dados referentes a economias do país, em relação aos assuntos ligados as transações comerciais de suas empresas com o exterior.

Conforme ( CASTRO,2011), as informações que a balança comercial disponibiliza para o governo são de muita valia, uma vez que, através das mesmas é possível verificar o quanto as exportações estão contribuindo para as finanças da nação, quanto direcionar esforços para que em eventual volume de exportações for menor que o de importações, o governo possa direcionar seus mecanismos de incentivo as empresas, afim de favorecer as exportações do país e tornar o saldo entre entradas e saídas de divisas seja positivo para suas finanças.

2.3- Tipos de Exportação

As exportações sempre tiveram um papel importante na economia brasileira, uma vez que constituem um dos principais meios de entrada de moeda estrangeira no país, assim como permite entrada de matéria prima e produtos de todas as partes do mundo.

Conforme (CAVUSGIL, KNIGHT, RIESENBERGER, 2010) exportação refere-se à modalidade comercial que uma empresa situada em seu país de origem comercializa seus produtos com clientes internacionais em vários países do mundo.

Segundo (CASTRO, 2011), pode se definir como um processo amplo envolvendo toda a empresa de maneira integrada, onde todos os passos necessários para a realização de cada operação são tomados de maneira conjunta e avaliados a fim de se obter o resultado esperado. Mas com o princípio fundamental de que o produto produzido em seu país será vendido a outras empresas de diversos países do mundo.

Já na visão de (MINERVINI, 2012), o termo exportação constitui-se de uma poderosa ferramenta que uma empresa moderna e com perfil diferenciado se utiliza para diversificar suas operações, e ao mesmo tempo expandir seu conhecimento a respeito dos mercados que atua.

Na visão do marketing internacional, as exportações se constituem da maneira mais simples e normal de entrada em outros mercados (PIPKIN, 2009).

Em sua estrutura as exportações apresentam-se, sob duas modalidades, a exportação direta e a exportação indireta cada uma com características, que serão mostradas a seguir.

2.3.1- Exportação Direta

Conforme (PIPKIN, 2009), a exportação direta se constitui da maneira onde a empresa se envolve mais intensamente, necessitando investimentos e a criação de um departamento específico para a atividade exportadora, porém

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nessa modalidade a empresa obtém um maior retorno sobre as operações realizadas.

Segundo (CASTRO, 2011), nessa modalidade de transação comercial, a empresa vendedora negocia diretamente com seu cliente no exterior sem a utilização de qualquer intermediação.

Trata-se da modalidade em que o exportador se relaciona, e conclui a negociação tratando diretamente com o seu cliente, no caso o importador. 2.3.2- Exportação Indireta

Na visão de (PIPKIN,2009) as atividades de exportação, que se utilizam de intermediários entre o vendedor e comprador são o exemplo da modalidade indireta de comércio entre empresas de nações diferentes.

Para o autor, toda vez que uma empresa se utiliza de um intermediário para realizar suas operações como no caso de uma trading company, ou seja, uma empresa que compra mercadorias de outras empresas do mesmo pais e realiza a exportação está ocorrendo uma exportação indireta.

2.4- Termos Internacionais de Comércio Internaciona l - Incoterms

Os Incoterms1 padronizaram o mercado internacional ao definir a responsabilidade de cada parte envolvida em uma transação internacional e não permitir interpretações por parte do vendedor, quanto do comprador e assim estabelecer um guia (LUNARDI, 2011).

Já para (CASTRO, 2011), os incoterms servem de guia para a definição das atribuições de exportadores e importadores nas transações internacionais, e assim evitando que uma das partes tenha sua interpretação do que deve ou não fazer, serve como um manual, que define onde a responsabilidade do exportador inicia e onde ela termina com relação à entrega dos bens negociados.

Segundo (LUNARDI, 2011), o termo incoterm foi criado para padronizar e regular a relação entre compradores e vendedores, serve como guia que define a responsabilidade de cada parte envolvida em uma transação comercial, no caso uma exportação. Cabe ressaltar que esse termo é uma parte do contrato e não o contrato em si, se limita a evidenciar o que cada parte envolvida deve ou não deve se responsabilizar. Portanto, os incoterms (condição de Entrega) determinam com exatidão, a divisão de custos entre comprador e vendedor, bem como a divisão de riscos de perdas e/ou danos sobre os bens.

Conforme figura 2, os incoterms permitem às partes identificarem, com precisão, o momento e local onde os riscos são transferidos do vendedor para o comprador.

1 Incoterms = Termos internacionais de condições de entrega em transações internacionais.

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Figura 1 Quadro Incoterms

Fonte: Sogifrete 2.5 – Financiamento

Uma definição mais simples de financiamento vai além do envolvimento somente de empresas, pois até mesmo o cliente que vai a uma loja para comprar um bem como uma televisão, telefone ou um item da linha de eletrodomésticos vai necessitar de um financiamento para poder concretizar essa operação de compra sem a necessidade de possuir todo o capital necessário no momento (ORTOLANI, 2000).

Conforme Ortolani (2000), o termo financiamento refere-se ao valor que uma empresa credora disponibiliza mediante assinatura de um contrato a outra e assim a mesma se torna devedora e faz uso deste recurso para compra de equipamentos e maquinário como bens móveis e de instalações e prédios como imóveis.

2.6 – Financiamento para o Mercado Externo

O financiamento para o mercado externo é caracterizado para que as empresas brasileiras atuem de maneira competitiva no mercado internacional e com os mesmos benefícios das empresas estrangeiras. O Brasil constituiu diferentes modalidades de financiamento para que as exportações possam ser realizadas e ao mesmo tempo oferecer vantagens, tanto ao exportador como também aos seus clientes, cujo princípio fundamental é tornar as empresas brasileiras tão competitivas e eficazes quanto às empresas concorrentes no mercado internacional (CASTRO, 2002).

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Segundo (CASTRO, 2011), o financiamento para o mercado externo é um sistema facilitador para que, transações comerciais entre empresas de diferentes nacionalidades tenham a possibilidade de serem realizadas com sucesso e com o benefício em prazos de pagamento e juros equalizados com o do mercado internacional.

O autor ainda ressalta, que a utilização de financiamentos pelos empresários brasileiros, representam uma poderosa ferramenta em prol de seus negócios, uma vez que demonstra uma nova maneira de visualizar sua função em uma transação comercial, ou seja, deixando de ser apenas um vendedor e passando a ser um facilitador de oportunidades.

2.6.1- Garantias Exigidas aos financiamentos

Para a realização de financiamentos, junto a instituições financeiras brasileiras ou mesmo fora do país, se faz necessário a apresentação de algumas garantias que, visam garantir a quem concede o crédito uma segurança financeira em relação a operação que será realizada.

Conforme (CASTRO, 2011), as garantias exigidas para que financiamentos sejam concedidos as empresas na maioria dos casos apresenta uma padronização onde a exigência de determinadas garantias se fazem necessárias a concessão de financiamento tais como:

• Aval, fiança, carta de crédito ou instrumentos semelhantes, conforme a legislação do país garantidor, pactuados por estabelecimentos de crédito ou financeiros de primeira linha no Brasil ou no exterior.

• Créditos documentários ou títulos emitidos ou avalizados por instituições autorizadas dos países participantes do convênio de pagamentos e créditos recíprocos, com limite a operações com prazo de pagamento até 1 ano e valor até U$$ 100.000,000, desde que cumpridas todas as formalidades para o reembolso automático;

• Seguro de crédito à exportação contratado no Brasil junto à seguradora brasileira de crédito à exportação, cobrindo 90% do risco comercial e 95% do risco político e extraordinário;

• Aval do governo ou de bancos oficiais do país importador, quando se tratar de operações com entidades estrangeiras do setor público; ou outros, a critério do comitê de crédito às exportações. A modalidade de pagamento L/C (Letter of Credit2) ou carta de crédito é

a modalidade de pagamento mais aceita pelo BNDES para compromissos assumidos. A Carta de Crédito serve como garantia para a efetivação e operacionalização da linha de financiamento BNDES-EXIM Pós-embarque. Essa garantia que será endossada ao BNDES tem papel fundamental nos pagamentos internacionais por representar um compromisso assumido por uma ou até duas instituições financeiras aceitas pelo banco financiador para garantir o financiamento por parte do importador (RATTI, 2011).

A carta de crédito se destaca, como uma modalidade de pagamento muito eficaz por representar o compromisso de um banco com o pagamento da carta emitida em favor do importador, e ainda recebe a aval de um banco

2 Letter of credit = Carta de crédito.

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confirmador o que torna a carta de crédito como a modalidade que oferece maior segurança, ao exportador quando utilizada com bancos de primeira linha do mercado internacional (RATTI, 2011).

Cabe ressaltar que a carta de crédito, representa uma das modalidades mais utilizadas ao redor do mundo, por oferecer garantia por mais de um banco 2.7 – Bndes e seu papel no fomento as exportações b rasileiras

A existência de instituições que tenham, como uma de suas funções principais auxiliar e ao mesmo tempo impulsionar as transações comerciais entre o país com e outras nações, é o motivo da existência de um banco federal, e isso demonstra a importância que um banco ligado à ao governo de seu pais possui dentro de seu nação. Uma das principais tarefas deste tipo de banco é disponibilizar mecanismos que atendam das mais diversas maneiras as necessidades das empresas nacionais em suas transações comerciais com o mercado internacional (CASTRO, 2011).

O BNDES é um órgão federal vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e atua como principal financiador para investimentos na economia brasileira. As principais atividades para fomento da economia ocorrem através de financiamentos para compra de equipamentos e exportações de bens e serviços (RATTI, 2011).

Ainda para o autor, pelo fato do banco ser responsável por uma grande parcela de financiamentos às empresas brasileiras e o fato de possuir diversos departamentos demonstra a importância que as exportações representam dentro da economia nacional.

Sua divisão voltada às exportações intitulada Agência Especial de Desenvolvimento Industrial é responsável pelas linhas de financiamento BNDES-EXIM, que tem por objetivo principal impulsionar as exportações de bens e serviços através de bancos e instituições credenciadas em várias modalidades (MINERVINI, 2012)

Segundo (RATTI,2011), o maior objetivo de um banco com o perfil como o do BNDES, é o de estar inserido em todos os setores da economia do país, através de uma linha de produtos que atendam as mais diversas necessidades das empresas brasileiras, e assim promover que as tratativas entre empresas nacionais e estrangeiras possam ocorrer com os mesmos subsídios que se utilizam ao redor do mundo.

As linhas de financiamento oferecidas pelo BNDES contemplam as mais diversas necessidades dos exportadores brasileiros, cabendo a cada empresa identificar em cada linha o que melhor se encaixa em seu perfil de exportação.

2.7.1 Estrutura organizacional do Bndes

Por se tratar de uma instituição pública e com abrangência em várias áreas da economia brasileira o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social tem sua estrutura segmentada em diversos departamentos, assim garantindo atendimento as demandas de todos setor da economia brasileira.

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Fonte: BNDES (Adaptado pelo autor)

2.8- Linha de Financiamento Exim Pós Embarque Aspec tos Teóricos A intenção de criar um mecanismo que impulsione e viabilize as

exportações de empresas brasileiras, trading companies, comerciais exportadoras e prestadoras de serviços foi o que determinou a criação das linhas de financiamento do BNDES, ou seja, garantir a competitividade das empresas nacionais no mercado internacional (CASTRO, 2002).

Proporcionar que o exportador brasileiro possa oferecer a seu cliente fora do país à possibilidade de financiamento de sua transação, e ao mesmo tempo beneficiar empresa nacional que comercializa seus produtos no

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Área de Recursos Humanos

Área de Meio Ambiente

Figura 2 Organograma do BNDES

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mercado internacional com prazos de pagamento superior a seis meses, isso define o que é a linha pós-embarque (CASTRO, 2011).

Segundo (ORTOLANI, 2000), a linha de financiamento intitulada pós-embarque, tem como princípio fundamental funcionar como poderoso instrumento de incentivo a comercialização de produtos e serviços, que tenham como destino a exportação assim como proporcionar a oportunidade do importador receber incentivos, que o auxiliam para concretização de seus negócios denominada buyers credit com o exportador brasileiro e vice versa uma vez que, oferece crédito a quem vende seus produtos ao exterior através da supplier’s credit. A linha pós-embarque, tem suas ações focadas em duas formas de financiamento que são: buyers credit 3e supplier’s credit4.

2.8.1 Modalidade Buyers Credit

Nessa modalidade o BNDES concede financiamento à empresa estrangeira envolvida na importação no exterior para pagamento a prazo, enquanto isso a instituição financeira brasileira paga à vista ao exportador brasileiro, os valores referentes às compras realizadas pelo importador. Apesar de possuir custos mais elevados, oferece maior prazo de análise (BNDES). 2.8.2 Modalidade Supplier’s Credit

Nessa modalidade da linha pós-embarque, o BNDES refinancia a empresa exportadora, através de desconto dos títulos dos créditos de exportação e juros do financiamento, concedido pelo exportador ao importador. Desta maneira, o ocorre então o desconto da Carta de Crédito objeto de garantia emitida pelo banco do importador (banco emissor no exterior) para garantir a exportação. O resultado do desconto da Carta de Crédito que contempla o valor da exportação mais os juros que deverão ser pagos pelo importador é liberado à empresa exportadora (BNDES). 2.9 Linha Exim Pós Embarque Aspectos Operacionais

Segundo (CASTRO, 2002), a linha exim pós-embarque apresenta em suas características operacionais uma singularidade muito específica que é o envolvimento de até três bancos na realização de suas atividades, sem mencionar o BNDES que através desse dispositivo de financiamento ao mesmo tempo que permite a realização das exportações, o banco recebe a moeda estrangeira do importador através de garantia previamente analisada e assim efetua a concretização dessa transação.

O autor ainda ressalta, que mecanismos como a linha exim pós-embarque, por representar importantes instrumentos de incentivos apresentam em suas tratativas aspectos muito particulares.

3 Buyers credit = Crédito ao comprador. 4 Supplier’s credit = Crédito ao vendedor

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Para uma melhor compreensão, apresenta-se a seguir um fluxograma da modalidade de financiamento BNDES-EXIM Pós-Embarque, pois será através dessa modalidade o objeto de estudo do presente artigo.

Adaptado pelo autor Fonte: BNDES (adaptado pelo autor)

1. Transação Comercial definida com a utilização da Linha de Financiamento BNDES-EXIM Pós-Embarque;

2. Exportador emite o RC (Registro de Operações de Crédito) obtendo a aprovação do financiamento dentro das regras de financiamento do governo brasileiro;

6. Fabricação 6. Alteração da L/C

SIM NÃO

8. Negociação dos documentos do financiamento através do banco mandatário

1.Negociação Comercial

7. Envio das Mercadorias

3. Emissão da 2.Emissão do RC 4. Emissão Consulta Prévia da

Garantia 6.Chegada da L/C ( L/C ) ( Verificação )

5.Envio da Garantia L/C

9. Reembolso da L/C à vista da exportação financiada com repasse para

o exportador

Garantia (L/C) OK

EXPORTADOR

(BRASIL)

IMPORTADOR

(EXTERIOR)

BANCO MANDATÁRIO

(BRASIL)

Siscomex

BANCO DO

IMPORTADOR

(AVALISTA)

BNDES (BANCO FINANCIADOR)

Figura 3:Fluxograma linha pós embarque

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3. Solicita a aprovação da exportação financiada com o aceite do nome do banco avalista do exterior;

4. Importador, de posse do pedido solicita a emissão da L/C que garante a compra a prazo;

5. A pedido do importador, o banco emissor da garantia (Avalista) emite e envia a L/C para o exportador e então começa a fabricar o seu pedido;

6. De posse da L/C (Garantia), o exportador então verifica as cláusulas da carta. Se tiver OK, manda fabricar o pedido;

7. Procedimento de embarque da mercadoria para o exterior, no prazo pactuado na transação comercial;

8. Negociação dos documentos de embarque e de financiamento através do banco mandatário para o BNDES;

9. Com a garantia endossada ao BNDES, ocorre o pagamento à vista da exportação financiada, repassada ao exportador através do banco mandatário.

2.9.1 Formas de Apoio

O BNDES possui duas modalidades de apoio as exportações realizadas através da linha exim pós-embarque de maneira direta e indireta.

2.9.1.1 Forma Direta

Operação realizada diretamente com o BNDES ou através de banco mandatário5 (necessária a apresentação de Consulta Prévia).

Nesse tipo de operação, é necessário apresentar o pedido ao BNDES por meio da Consulta Prévia documento em que são descritas as características básicas da empresa e do empreendimento para a análise do Banco. Alguns programas de financiamento, que atendem setores específicos da economia ou determinados tipos de investimento, também oferecem apoio direto.

Para solicitar apoio direto ao BNDES, é necessário que o financiamento tenha valor superior a R$ 20 milhões. Tanto o BNDES Finem quanto os programas permitem, em alguns casos específicos, o apoio direto a financiamentos de valor inferior a esse limite (BNDES).

2.9.1.2 Forma Indireta

Pelo fato do BNDES não possuir agências, atua em parceria com uma rede de instituições financeiras credenciadas para fazer com que seus recursos cheguem a todos os municípios do Brasil. As operações realizadas por meio dessas instituições são chamadas de indiretas.

Nas operações indiretas, a análise do financiamento é feita pela instituição financeira credenciada, que assume o risco de não pagamento da operação. Por isso, a instituição pode aceitar ou não o pedido de crédito. É ela

5 Banco Mandatário= Banco responsável pelas tratativas junto ao BNDES

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também que negocia com o cliente as condições do financiamento, como prazo de pagamento e garantias exigidas, respeitando algumas regras e limites definidos pelo BNDES (BNDES).

Existem duas modalidades de operação indireta: • Automática: operação que não precisa passar por avaliação prévia do

BNDES. O pedido é recebido e analisado pela instituição financeira credenciada, que aprova o crédito e, em seguida, solicita ao BNDES a homologação e liberação dos recursos. Podem ser automáticas as operações de financiamento com valor até R$ 20 milhões.

• Não automática: operação indireta em que é necessário apresentar a Consulta Prévia, que será encaminhada ao BNDES pela instituição credenciada, para análise. Neste caso, as operações de financiamento são individualmente avaliadas e aprovadas pelo BNDES. O valor mínimo para esta forma de apoio é de R$ 20 milhões.

2.9.2 Clientes Habilitados

Empresas candidatas ao uso da linha pós- embarque, devem preencher um requisito fundamental para que a ela seja concedido esse benefício.

Para que uma empresa, possa estar apta a obtenção de financiamento através da linha exim pós-embarque a empresa deve ser exclusivamente exportadora de bens e serviços, indústrias, trading companhias ou empresas comerciais exportadoras ou prestadoras de serviço (CASTRO, 2002).

2.9.3 Itens Financiáveis

A linha de financiamento exim pós-embarque, tem uma grande abrangência em sua atuação contemplando uma grande variedade de produtos com seu benefício, mas com foco em produtos manufaturados novos e mais especificamente máquinas e equipamentos, que no passado foram a razão da criação da linha (CASTRO,2002).

Outros itens são beneficiários dessa linha de financiamento, classificados como itens intermediários e são apresentados logo abaixo.

• Metalurgia/siderurgia – aços comuns; produtos acabados – aços especiais; produtos semi acabados e acabados – metais básicos; produtos acabados de cobre e alumínio; produtos em geral dos demais metais – ferro, ligas.

• Produtos minerais – placas de pedras ornamentais e seus derivados. • Química e petroquímica – química orgânica; dióxido de titânio;

peróxidos. • Química fina – fármacos; aditivos; catalisadores; defensivos e corantes. • Petroquímica – produtos finais que caracterizem aplicações finais ou

sejam utilizados como insumo pela indústria de transformação. Como se pode constatar, a lista de produtos passíveis de acesso ao

financiamento à exportação na linha BNDES EXIM pós-embarque é bastante abrangente.

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2.9.4 Condições Financeiras e Encargos

Para que a utilização da linha de financiamento exim pós-embarque, algumas condições financeiras e encargos são exigidos.

2.9.4.1 Taxa de Desconto

Custo financeiro + Remuneração Básica do BNDES + Taxa de Risco • Custo Financeiro: LIBOR6 acrescido de variação cambial

correspondente ao prazo do financiamento concedido pelo exportador ao importador, disponível no SISBACEN - Sistema de Informações do Banco Central (transação PTAX-800, opção 5)7. Nas operações de exportação de bens, será utilizada a Libor da data de embarque.

• Remuneração Básica do BNDES: no mínimo, 1% a.a. • Taxa de Risco de Crédito: a ser definida conforme a estrutura da

operação.

2.9.4.1.1 Custo Financeiro da Linha

Os custos envolvidos na linha de financiamento possuem as seguintes variáveis: taxa de desconto, comissão de administração, taxa de risco e comissão de compromisso. 2.9.4.1.2 Remuneração Básica do BNDES

Definida com um dos itens da taxa de desconto tem seu valor definido em no minimo1% a.a. 2.9.4.1.3 Taxa de Risco de Crédito

A taxa de risco está ligada ao agente financeiro e, portanto cabendo a ele afixação do valor, mas sujeito à aprovação do BNDES, incidindo diretamente sobre o valor descontado (valor presente) da exportação (CASTRO, 2002).

2.9.5 Comissão de Administração

• Até 1% flat8 sobre o valor liberado. • A comissão é devida pelo cliente ao banco mandatário da operação,

pelos serviços de administração e de cobrança dos títulos de crédito ou direitos da carta de crédito. Deve ser retida pelo banco mandatário na data do repasse dos recursos ao cliente (BNDES)

6 Libor = Taxa média de juros aplicada no mercado londrino. 7 Ptax – 800 opção 5 = cotação do dólar no dia da transação. 8 Flat =direto sobre o valor liberado.

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2.9.6 Encargos por Compromisso

Devida pelo cliente ao BNDES em razão do comprometimento dos recursos do refinanciamento, caso o cliente solicite a emissão de Certificado de Compromisso ou se o cronograma de liberação da operação for superior a 12 meses (BNDES).

A comissão é de 0,5% a.a., incidente sobre: • O total do crédito aprovado para a operação, calculada pro rata die no

período compreendido entre a data de emissão do Certificado de Compromisso e a data de sua validade, devendo ser paga como condição prévia para o recebimento do referido Certificado;

• O saldo não utilizado do total do crédito contratado para a operação, calculada pro rata die 9a partir da data da formalização da operação até a utilização integral do crédito ou o cancelamento da operação, devendo ser retida pelo BNDES nas datas de liberação de recursos. O BNDES cobra encargos específicos às características de suas

operações, como comissões de estudos e de estruturação, que deverão ser integralmente pagas na apresentação do projeto ou descontadas da primeira liberação de recursos.

2.9.7 Participação Máxima do Bndes na Exportação

O total de 100% do valor da exportação, no incoterm constante do Registro de Operações de Crédito (RC) do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), a critério do BNDES.

As cartas de crédito deverão ser emitidas pelas seguintes instituições: • Estabelecimentos de crédito ou financeiros sediados no exterior, com

limite de crédito aprovado pelo BNDES (Anexo B); ou: • Instituições sediadas no exterior autorizadas a operar no âmbito do

Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos (CCR), da Associação Latino Americana de Integração (Aladi10), cumpridas todas as formalidades para reembolso automático (BNDES).

2.9.8 Prazos do Financiamento

Na linha de financiamento pós-embarque, se tem a possibilidade de optar por prazos que vão de 6 a 144 meses no caso de bens exportados. O prazo para as amortizações tem início na data de embarque das mercadorias ao exterior.

A adoção de um período de carência para o pagamento principal da exportação pode ser negociado entre a empresa exportadora e importadora, desde que aceitos pelo BNDES. Assim para o pagamento das parcelas do valor principal da exportação e de seus juros se adotam períodos trimestrais ou semestrais, levando em conta sempre o que foi negociado entre exportador e importador e aprovado pelo BNDES (CASTRO, 2002). 9 Pro Rata Die = Em proporção ao dia. 10 Aladi = Associação Latino Americana de Integração.

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O autor ainda ressalta, que os prazos ofertados pela linha de financiamento Exim pós-embarque contemplam operações de exportação com prazos equalizados com o mercado internacional, portanto, constituem um instrumento que colabora para a competitividade das empresas brasileiras.

3- METODOLOGIA

Nesta seção, procura-se evidenciar o tipo de pesquisa a ser utilizada na elaboração deste artigo e os métodos quanto aos objetivos (fins) e procedimento (meios).

Quantos aos fins a pesquisa utilizada neste artigo foi de natureza: exploratória, descritiva e explicativa.

Neste artigo foram desenvolvidos estudos exploratórios, pois buscou-se o levantamento do desempenho das exportações do estado do Rio Grande do Sul e do Brasil no período de 2009 a 2013, considerando o volume de vendas com a participação do financiamento, proporcionando uma visão geral acerca do fato. Para (VERGARA, 2010), a pesquisa exploratória tem sua aplicação indicada em pesquisas por não aceitar hipóteses, durante ou ao final da pesquisa realizada.

A pesquisa descritiva também é parte integrante deste estudo, pois procurou-se descrever todos os procedimentos da linha pós-embarque, ou seja, realizou detalhamento das características que influenciam na utilização dessa modalidade de financiamento. Para (VERGARA, 2010), a pesquisa descritiva tem como particularidade principal é expor detalhes específicos de uma população ou fenômeno.

A adoção da pesquisa explicativa foi necessária, também devido à busca de informações a respeito de que maneira a utilização da linha de financiamento pós-embarque colabora para que as empresas exportadoras obtenham melhores resultados em suas atividades comerciais com o exterior. Para (GIL, 2010), a pesquisa explicativa tem como objetivo principal, a identificação de fatores que de alguma forma contribuem para que uma situação ou fato ocorra.

Quanto aos meios serviram, de base para a realização dessa pesquisa as modalidades de natureza bibliográfica, documental e de campo.

A pesquisa bibliográfica foi utilizada neste artigo, pois a utilização de livros e material obtido em sites serviu de base para a elaboração do mesmo.

Segundo (VERGARA, 2010), a pesquisa bibliográfica tem seus procedimentos baseados na consulta a livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, ou seja, materiais que possam ser acessados pelo público em geral.

O artigo se utilizou da modalidade de pesquisa documental, pois alguns documentos referentes ao órgão federal foram utilizados em sua estrutura e também anexados ao trabalho.

A pesquisa documental tem como base a utilização de material mantido no interior de órgãos públicos ou privados, ou com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos e qualquer outro meio de armazenagem físico ou eletrônico, e que seu acesso seja mais restrito do que a pesquisa bibliográfica (VERGARA, 2010).

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A pesquisa neste artigo foi de campo, pois dados sobre a linha pós-embarque foram coletados e analisados, visando à explicação de sua atuação no mercado.

A pesquisa qualitativa foi adotada na realização deste artigo, face a eficiência de seu mecanismo nas análises de programas e planos, verificando e sinalizando suas características. Também foi utilizada a pesquisa quantitativa, pois o objeto de estudo do artigo propõe avaliar e quantificar a relação dos incentivos da linha de financiamento pós-embarque e sua contribuição às exportações das empresas gaúchas e brasileiras

Cabe ressaltar, que as empresas gaúchas exportadoras, que se utilizam da linha pós-embarque são ponto que delimita esse estudo. Assim o foco da pesquisa, foram as empresas exportadoras do estado do Rio Grande do Sul.

Quanto aos sujeitos da pesquisa envolvidas nesse estudo, foram os profissionais da área de comércio exterior das empresas consultadas.

O universo dessa pesquisa são todas as empresas exportadoras do estado do Rio Grande do Sul, que constam na lista do (MDIC11), que foram analisadas em relação as empresas exportadoras brasileiras consolidadas na atividade de exportação.

A amostra nesse estudo foram as empresas exportadoras gaúchas que retornaram o instrumento de coleta de dados, que foram enviados a cada uma delas.

Neste presente estudo, a utilização de um questionário como base para a coleta de dados foi adotada, porém não foi a única fonte de dados, uma vez que, foram coletadas informações junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, referente as atividades de exportação.

Conforme (VERGARA, 2010), quanto ao tipo de questionário que foi utilizado o mesmo foi de natureza estruturado, pois nele suas questões deixam bem claras, a quem as responde o objetivo de cada pergunta. A partir da definição do tipo de questionário, o próximo passo foi o definir o tipo de questão utilizada e nesse caso as questões do tipo fechadas foi adotado. Pois os respondentes tiveram a possibilidade de escolher, entre as alternativas, e esse modelo é uma das características da pesquisa quantitativa que também é parte da estrutura deste estudo e após essas definições o mesmo foi utilizado na coleta de dados. E finalmente o questionário foi enviado de maneira eletrônica, via email as empresas pesquisadas nesse estudo.

O tratamento dos dados coletados foi através do modo quantitativo com o uso de tabelas e gráficos.

Considerando o número elevado de empresas exportadoras existentes no estado do Rio Grande do Sul, ocorreram limitações no número de empresas respondentes em função de suas características societárias e também por considerarem as informações sigilosas do ponto de vista comercial. Entretanto essas limitações não inviabilizaram a realização da pesquisa, uma vez que poderá obter-se conclusões importantes através da amostra obtida.

Os instrumentos de coleta de dados utilizados neste estudo, foram primeiramente um questionário estruturado composto por 15 perguntas objetivas estabelecidas previamente, o que caracteriza como do tipo fechado.

11 MDIC= Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior

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Conforme (GIL, 2010), trata-se de um mecanismo eficiente no levantamento de informações sobre aquilo que é investigado.

Esse instrumento de coleta foi enviado a um número de 100 empresas relacionadas no relatório técnico do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no período compreendido entre julho e agosto de 2014, através de e-mail. Posteriormente ocorreram contatos por telefone junto a algumas empresas ratificando o recebimento em boa ordem das informações. A partir desse número de empresas que foram contatadas, obteve-se o retorno de 30 respondentes que serviram como base para análise e interpretação do estudo.

Visando o aprimoramento da análise dos resultados da pesquisa, também foram coletadas informações pertinentes sobre as exportações brasileiras, diretamente junto ao departamento de comércio internacional do BNDES, propiciando um cruzamento de dados para subsidiar com maior eficiência o alcance da pesquisa. 4-DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Nesta seção estão contidas as análises dos dados coletados com o instrumento de pesquisa a fim de avaliar a utilização da linha BNDES-EXIM pós-embarque no incremento das exportações de empresas gaúchas, bem como sua contribuição para o aumento da balança comercial brasileira.

A primeira análise foi baseada no questionário enviado às empresas exportadoras gaúchas constantes do relatório técnico fornecido pelo BNDES – instituição responsável pelo fomento do comércio exterior brasileiro. Os resultados das 30 empresas respondentes serão apresentado na sequência.

A Questão 1 buscou identificar o cargo dos respondentes do questionário, visando a busca de um grau satisfatório de confiabilidade das questões propostas.

Nota-se que 54% dos respondentes exercem cargo de gerente, 23% diretores, 13% analistas e 10% assistentes. Sacramentando a maioria com cargos estratégicos e de responsabilidade pela tomada de decisão nos negócios.

Constata-se na segunda pergunta, que a totalidade das empresas envolvidas na pesquisa são empresas com estrutura exportadora, ou seja, empresas que produzem e realizam diretamente suas exportações para o exterior sem a interferência de intermediários.

Quanto a esse resultado já era esperado, pois a amostra foi cruzada com as informações da lista de empresas exportadoras fornecidas pelo departamento de comércio exterior do BNDES.

Em relação ao questionamento se a empresa tem conhecimento da linha de financiamento BNDES-EXIM Pós-embarque do BNDES, pautado na Questão 3, verificou-se que 57% das empresas não possuem conhecimento sobre esse instrumento de crédito e 43% conhecem o mecanismo. Com isso, constata-se que a maioria não utiliza por falta de conhecimento da existência desse incentivo de crédito.

A propósito da Questão 4, onde foi solicitado a informação se a empresa utiliza a linha de financiamento pós-embarque na composição de suas vendas ao exterior, verificou-se que apenas 7% das empresas utilizam a linha. Esse

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indicador corrobora com a questão anterior, evidenciando o baixo índice de apoio desse incentivo governamental no incremento das vendas externas realizadas pelas empresas gaúchas.

Contemplando a Questão 5, buscou-se verificar a maneira que as empresas que se utilizam-se da linha de financiamento, ou seja, como ocorrem as tratativas em seus processos de exportação considerando o uso do financiamento. O resultado demonstrou que 50% das empresas utilizam-se de banco mandatário na realização de seus negócios e 50% tratam diretamente junto ao BNDES. O objetivo desse questionamento foi justamente conhecer o nível de conhecimento dos respondentes sobre os aspectos operacionais do financiamento, pois as empresas que tratam diretamente possuem executivos com capacidade e conhecimento sobre a operação.

Dando sequência aos aspectos operacionais e benefícios da linha Exim, na Questão 6, procurou-se identificar a visão das empresas pesquisadas em relação a linha de financiamento. Constatou-se que 36% das empresas que conhecem a linha, consideram esse instrumento como um diferencial na definição de vendas e 64% do respondentes concluíram que não. Portanto a maioria acredita que a existência da linha não torna o exportador mais competitivo nos negócios com o exterior, ou seja, não se tratando de uma variável de definição da venda. A análise dessa questão ajuda ainda a ratificar que a pouca divulgação dos benefícios desse mecanismo por parte do BNDES faz com que as empresas não o enxerguem como algo diferenciado e que lhe proporcione benefícios no incremento de seus negócios.

A Questão 7, teve como propósito, verificar o quanto as exportações representam no faturamento das empresas gaúchas. Os resultados foram: Um percentual de 64% das empresas responderam que as exportações possuem uma representatividade de 10% em seu faturamento total e 21% com um percentual entre 10% e 30% e 15% responderam que não possuem representatividade. Esses fatos auxiliam na definição de que a atividade exportadora das empresas gaúchas é vista como um complemento para suas vendas e não como um segmento de atuação. Desta forma, teria espaço para sugerir a incorporação da linha BNDES-EXIM nas ofertas de negócios das empresas, buscando o seu fortalecimento e consequentemente o crescimento de suas exportações.

Buscando verificar a contribuição da linha Exim nas vendas das empresas gaúchas, a Questão 8 identificou que 34% das empresas que utilizaram a linha de financiamento obtiveram aumento em suas vendas e que 66% das empresas não conseguiram incrementar suas operações com o exterior. Isto ressalta que o instrumento de crédito objeto de estudo não contempla as necessidades como alternativa de competitividade nos negócios com exterior, ou seja, não está agregando valor ao cliente no momento da negociação.

Com a intenção de demonstrar a experiência na utilização da linha de financiamento pelas empresas gaúchas, a Questão 9 evidenciou 7% das empresas utilizam a linha de financiamento entre 2 a 5anos e que essa mesma participação é encontrada no período superior a 5 anos. Sendo que 86% das empresas responderam que não utilizam a linha Exim. Esse último percentual corrobora com a informação pautada na Questão 3, onde as empresas desconhecem esse mecanismo. Entretanto, das empresas que usam o

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financiamento constata-se já um histórico razoável de utilização desse instrumento de crédito, ou seja, acima de dois anos.

Na busca da compreensão dos aspectos que contribuem para que as empresas não utilizem a linha de financiamento, na Questão 10, verificou-se que 57% não se manifestaram por não conhecerem o incentivo e isso já era esperado face ao cruzamento dos dados apresentados no relatório de desembolsos do BNDES. Já 14% das empresas consideram a sua utilização de fácil acesso do ponto de vista operacional. Conclui-se portanto a existência de dificuldades em sua contratação.

Ainda na busca do entendimento as dificuldades a respeito da utilização da linha exim, na Questão 11, buscou-se entender quais motivos contribuem para dificultar o acesso das empresas, e 50% dos respondentes atribuem ao quesito burocracia como um fator impeditivo ao uso do financiamento. Apenas 7% não entendem como restrição ao seu uso e 43% não se posicionaram por fatores já mencionados e percebidos nas respostas de questões anteriores. Conclui-se nesse caso, que efetivamente um dos fatores preponderantes e impeditivos na utilização da linha BNDES-EXIM pós embarque é sem dúvida, os aspectos burocráticos.

Na Questão 12 do referido questionário, o propósito foi de identificar a percepção das empresas gaúchas quanto ao incentivo, ou seja, se pelas suas características ele é compreendido no sentido de trazer benefícios e em determinadas situações viabilizar os negócios e apenas 21% entendem que efetivamente o incentivo viabiliza os negócios. Mais uma vez, constata-se o desconhecimento por parte das empresas dos benefícios que compõe esse instrumento de crédito.

Em sequência, na Questão 13 do questionário, 64 % das empresas não se posicionaram diante da pergunta e 36% informaram que as taxas de juros praticadas pelo instrumento de financiamento são condizentes com as praticadas pelo comércio internacional. Isso evidencia que a maioria das empresas não possuem o conhecimento de como ocorrem as transações financiadas no comércio internacional. Muitas vezes, as empresas perdem negócios especificamente com relação ao tipo de financiamento e taxas praticadas pelos concorrentes internacionais. Portanto, as exportadoras gaúchas deverão rever as suas formas de atuação nesse mercado e por consequência pensar mais sobre os meios de financiamento patrocinados e disponibilizados pelo governo brasileiro, visando o incentivo às exportações brasileiras.

Intencionalmente, na manifestação solicitada na Questão 14, o objetivo foi justamente cruzar essa informação com as contidas na Questão 13, ou seja, verificar efetivamente se as empresas exportadoras gaúchas possuem conhecimento da existência de financiamentos praticados no comércio internacional. Nesse item, a sinalização foi que 93% responderam que não perderam negócios e apenas 7% afirmaram que sim. Portanto, evidencia-se que a maioria das empresas realmente não possuem o domínio dos instrumentos de crédito patrocinados pelo governo brasileiro e também desconhecem os financiamentos praticados no comércio internacional.

Por fim, na Questão 15, 46% das empresas consideram que a linha de financiamento BNDES-EXIM pós embarque é competitiva com as linhas de financiamentos praticadas pelos concorrentes internacionais. Esse retorno não era esperado em função das informações já apresentadas. Porém, a maioria,

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isto é, 54% das empresas respondentes sinalizaram que desconhecem a linha e isso sim corrobora com a afirmação que as empresas pouco utilizam esse instrumento de crédito em função basicamente do desconhecimento dos seus benefícios.

Adicionalmente ao instrumento de coleta questionário, utilizou-se a inclusão no artigo, de dados obtidos diretamente ao banco de fomento às exportações brasileiras – BNDES, visando o cruzamento de informações, utilizando mais de uma fonte de dados, e assim possibilitar subsídios complementares ao artigo visando a sustentabilidade da pesquisa, classificando o caráter de profundidade e sustentação de informações. Na sequência, apresenta-se os dados mencionados:

Na Tabela 1, observa-se a evolução total das exportações brasileiras nos últimos cinco anos como as respectivas variações em percentual com relação ao ano anterior. Verifica-se queda no desempenho dos negócios no exercício de 2009 fruto da crise internacional desencadeada em 2008, entretanto a partir de 2010, evidencia-se já uma tendência de crescimento de 32% e manutenção em termos de valores absolutos até 2013.

Tabela 1: Exportações Brasileiras de 2009 à 2013

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

VALOR EM US$ BILHÕES

ANO

2009 2010 2011 2012 2013 2009-2013

TOTAL EXPORTADO

152.994 201.915 256.039 242.578 242.178 1.095.704

VARIAÇÃO

-22% +32% +26% -05% -0,2%

Fonte: BNDES (adaptado pelo autor)

Na Tabela 2, em sequência, apresenta-se o desempenho das exportações totais da região sul (Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul). Os números apresentados indicam uma tendência de crescimento, com pequena queda de 4,05% no exercício de 2012, porém com retomada imediata já no ano seguinte e assim, consolidando no período de 2009 a 2013 uma participação relevante de 19,34% nas exportações do país.

Tabela 2: Exportações Região Sul de 2009 à 2013

EXPORTAÇÕES REGIÃO SUL

VALOR EM US$ BILHÕES

ANO 2009 2010 2011 2012 2013 2009-2013

TOTAL EXPORTADO

32..886 37.140 45.872 44.015 52.022 211.935

Fonte: BNDES (adaptado pelo autor)

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Os dados apresentados na Tabela 3, a seguir, representam as exportações totais do estado do Rio Grande do Sul. Os valores dos exercícios de 2009 e 2010 apontam para uma certa estabilidade. Em 2011 obteve-se um crescimento significativo acima de 20% em relação a 2010. Já em 2012 voltou-se a ter uma queda próxima de 10% em relação ao ano anterior. Porém em 2013 as exportações alcançaram um crescimento considerável em torno de 50%.

Esses números consolidados no período de 2009 a 2013, contribuíram em 8,37% para o crescimento das exportações brasileiras no mesmo período, evidenciando uma participação considerável para o incremento da balança comercial. Tabela 3: Tabela exportações do Rio Grande do Sul d e 2009 à 2013

EXPORTAÇÕES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

VALOR EM US$ BILHÕES

ANO 2009 2010 2011 2012 2013 2009-2013

TOTAL EXPORTADO

15.236 15.381 19.427 17.386 25.094 92.524

Fonte: BNDES (Adaptado pelo autor)

Já vislumbrando o atendimento do objetivo geral do artigo, e em sintonia ao segundo objetivo específico, cuja definição retrata a condição de avaliar a utilização d alinha BNDES-EXIM pós embarque no incremento das exportações de empresas gaúchas, bem como sua contribuição para o aumento da balança comercial brasileira, a seguir, na Tabela 4, apresenta-se os desembolsos do BNDES especificamente através desse instrumento de crédito com destino final as empresas exportadoras do estado do Rio Grande do Sul.

Constata-se números irrelevantes de participação em torno de 3,95%, considerando o volume das exportações das empresas gaúchas em valores consolidados no período de 2009 a 2013. Com exceção ao exercício de 2010 onde foi obtido uma participação de 7,33%, as participações anuais foram, em 2009 de 4,94%, em 2011 de 2,91%, em 2012 de 2,64% e no exercício de 2013 de 2,93%. Esses valores serão analisados na sequência em informações consolidadas.

Tabela 4: Tabela desembolsos Exim pós embarque de 2 009 á 2013

DESEMBOLSOS EXIM PÓS EMBARQUE

VALOR EM US$ MILHÕES

ESTADO 2009 2010 2011 2012 2013 2009-2013

TOTAL EXPORTADO

752 1.128 566 459 736 3.641

FONTE:BNDES ((Adaptado pelo autor)

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Os valores dos desembolsos foram informados diretamente pelo departamento de comércio exterior do BNDES, mediante solicitação prévia pelo autor, no qual garante uma condição confiável nos resultados das análises.

Por fim, em conformidade com o segundo objetivo específico, apresenta-se na Figura 4, o gráfico comparativo entre os totais das exportações brasileiras, os totais das exportações gaúchas e os totais das exportações gaúchas com a utilização da linha BNDES-EXIM Pós-Embarque.

Neste gráfico, a intenção é de demonstrar, de forma consolidada, as análises individuais apresentadas nas tabelas de 1 a 4, objetivando facilitar e vislumbrar os respectivos resultados apurados.

Figura 4 Gráfico comparativo de exportações

Fonte: BNDES (Adaptado pelo autor)

Os resultados demonstram influência positiva das exportações realizadas por empresas gaúchas no crescimento das exportações brasileiras. No período em análise, as empresas contribuíram respectivamente com 9,96% em 2009, 7,62% em 2010, 7,59% em 2011, 7,17% em 2012 e com 10,36% em 2013. Entretanto, considerando os valores exportados pelas empresas gaúchas que receberam apoio da linha de financiamento BNDES-EXIM Pós- Embarque, os números refletem uma participação irrelevante, isto é, no exercício de 2009, a linha de financiamento apoiou com 4,94% para o crescimento das

152.994.742.000

201.915.276.000

256.039.366.000

242.578.014.000

242.178.649.000

15.236.062.000 15.381.598.000 19.427.090.000 17.385.700.000

25.093.698.000

752.000.000 1.128.000.000 566.000.000 459.000.000 736.000.0000

50.000.000.000

100.000.000.000

150.000.000.000

200.000.000.000

250.000.000.000

300.000.000.000

2009 2010 2011 2012 2013

Quadro Comparativo de Exportações

exportações brasileiras exportações gaúchas exportações com exim pós embarque

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exportações gaúchas, impactando em um incremento de apenas 0,49% nas exportações totais do país. Considerando esta forma de análise, os desempenhos foram em 2010 de 7,33% de participação nas exportações gaúchas com contribuição de apenas 0,56% nas exportações totais. Em 2011 a participação foi de 2,91% nas exportações gaúchas com reflexo de apenas 0,22% nas exportações totais do país. Em 2012 o percentual de participação foi de 2,64% nas exportações gaúchas e com 0,19% de impacto nas exportações totais do Brasil. Finalmente, no exercício de 2013 a participação da linha de financiamento no incremento das exportações gaúchas foi de 2,93% impactando em 0,30% de contribuição para o aumento das exportações brasileiras nesse exercício.

Verifica-se através dos números apresentados, que o instrumento de financiamento objeto do estudo, teve uma contribuição considerada tímida no incremento das exportações das empresas gaúchas e como consequência uma contribuição considerada irrelevante no incremento da balança comercial brasileira no período de 2009 a 2013.

Complementando o artigo, considerando o objetivo geral e os resultados da pesquisa, bem como o referencial teórico onde ficou claro e sacramentado que a maior parte das empresas gaúchas não utilizam a linha de financiamento por desconhecimento de sua existência, outras por não conhecer as suas características operacionais, e também por admitir excesso de burocracia na sua contratação, propõe-se a adoção das seguintes ações através das empresas para utilizá-la de forma mais ampla e eficiente:

• Disseminar a cultura exportadora nas empresas através de palestras, reuniões direcionadas ao tema, em todas as áreas de atuação, enfatizando-se o poder competitivo do comércio exterior na organização, pois trata-se de uma atividade que reduz a dependência das vendas internas.

• Promover a capacitação de colaboradores do departamento de comércio exterior, através de cursos periódicos sobre as linhas de financiamentos subsidiadas pelo BNDES, que posteriormente multiplicarão os conhecimentos adquiridos juntos a todos os departamentos envolvidos, com destaque para a área comercialda empresa.

• Participar de seminários de comércio exterior através de entidades tais como FIERGS, FEDERASUL, entre outros, que através de suas estruturas realizam eventos sobre operações de financiamentos ao comércio exterior brasileiro visando atualização de legislação e de conhecimentos relativos ao tema;

• Utilizar de forma estratégica, os órgãos de promoção comercial e de apoio, com destaque para a APEX – Agência Brasileira de Exportações e Investimentos, visando o intercâmbio de conhecimentos negociais de financiamentos externos junto aos colaboradores da empresa que atuam na área pertinente;

• Direcionar verba orçamentária para implantar e estimular uma política de promoção e marketing internacional oferecendo a linha de financiamento BNDES-EXIM Pós Embarque por ocasião da negociação das vendas externas, conscientizando os clientes das vantagens desse instrumento disponibilizado pelo governo brasileiro estimulando a percepção de agregar valor na compra.

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Diante disso, acredita-se que as empresas poderão incrementar seus negócios com o exterior utilizando de forma eficiente e correta esse importante instrumento de política de comércio exterior, pois como visto, todos os países apoiam e oferecem subsídios financeiros às suas empresas exportadoras.

Com a finalização das propostas de ações a serem implementadas pelas empresas gaúchas visando a ampliação e utilização da linha de financiamento BNDES-EXIM Pós embarque para o incremento de suas exportações, a próxima seção apresentará as considerações finais

6- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em conformidade com a situação problemática apresentada na parte

introdutória, o artigo teve como foco responder a seguinte questão: “As empresas gaúchas que utilizam a linha BNDES-EXIM Pós Embarque contribuem de forma relevante para o crescimento da balança comercial brasileira?”. Com base no referencial teórico e na análise dos resultados foi possível identificar uma contribuição considerada irrelevante no incremento da balança comercial brasileira no período de 2009 a 2013.

A respeito do objetivo geral da pesquisa, cujo propósito era de Avaliar a utilização da linha BNDES-EXIM - pós-embarque e propor a adoção de ações para o uso desse instrumento pelas empresas com o objetivo de alavancar as vendas para o mercado externo, foi proposto a adoção de ações tais como: Disseminar a cultura exportadora na empresa, promover a capacitação de colaboradores em cursos periódicos sobre linhas de financiamento do BNDES, participação em seminários de comércio exterior através de entidades governamentais, utilizar de forma estratégica os órgãos de promoção comercial e de apoio às exportações visando a manutenção e o intercâmbio de conhecimentos sobre o tema, e direcionar verba orçamentária para implantar e estimular políticas de marketing internacional oferecendo a linha de financiamento por ocasião das negociações comerciais.

Quanto ao primeiro objetivo específico, foi proposto verificar junto a empresas gaúchas atuantes no mercado internacional, a utilização e o conhecimento desse importante instrumento de financiamento disponibilizado pelo governo federal. Foi possível verificar que a maioria das empresas gaúchas não utilizam a linha de financiamento por desconhecimento, por não dominar as suas características operacionais, e as que utilizam admitem excesso de burocracia na sua contratação.

Já o segundo objetivo específico do artigo, propôs-se a verificar e analisar o desempenho das exportações do estado do Rio Grande do Sul e do Brasil nos últimos cinco anos, considerando o volume de vendas com a participação desse instrumento de financiamento. Diante disso, foi possível a identificação do baixo volume de exportações com a participação da linha BNDES-EXIM Pós – Embarque. Em média, as exportações através desse instrumento de financiamento tiveram uma colaboração inexpressiva para o aumento da balança comercial brasileira, ao redor de 0,35% ao ano no período em análise.

Em conformidade com o terceiro objetivo específico, onde a proposta foi de apresentar aspectos relevantes e competitivos desse instrumento de financiamento, foi possível através da apresentação de todas as características

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operacionais da linha BNDES-EXIM Pós-Embarque relacionadas na fundamentação teórica, incluindo o fluxograma do processo, destacando entre outras condições, prazos de pagamentos pelo importador que vão de 6 a 144 meses, com amortizações iguais, semestrais e consecutivas, com carência de 6 meses para primeira parcela, evidenciando sua competitividade no comércio internacional. Vale ressaltar que dificilmente as empresas poderiam financiar esses prazos com recursos próprios.

Por fim, é preciso que as empresas abandonem a ideia de que a exportação só é realizada porque o importador compra do Brasil, e partir para uma ação mais agressiva, agregando valor aos seus produtos, oferecendo soluções de financiamento dos bens comercializados.

Ressalta-se também, que a realização desse artigo contribuiu de forma efetiva para o crescimento acadêmico e desenvolvimento pessoal do autor, principalmente do ponto de vista da pesquisa em administração.

REFERÊNCIAS BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) disponível em:http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Apoio_Financeiro/Produtos/BNDES_Exim/produto_eximpos.html, acesso em 15 de maio 2014.

CASTRO, José Augusto de. Exportação: aspectos práticos e operacionais . 8º edição, São Paulo, Aduaneiras, 2011.

CASTRO, José Augusto de. Financiamentos à Exportação de Crédito . 2º edição, São Paulo, Aduaneiras, 2002.

CAVUSGIL, S.Tamer, KNIGHT, Gary, RIESENBERGER, John R. Negócios Internacionais: estratégia, gestão e novas realidad es. São Paulo: Pearson, 2010.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa . 5º edição, São Paulo, Atlas 2010.

HOLANDA, Felipe Macedo de, Os Economistas . São Paulo, Nova Cultural, 1996.

LUNARDI, Angelo Luiz. Condições internacionais de compra e venda: Incoterms 2010 , São Paulo, Aduaneiras, 2011.

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MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) disponível em: http://www.mdic.gov.br/sitio/area = 5, acesso em 16 de maio de 2014.

MINERVINI, Nicola, O Exportador . São Paulo: Pearson, 2012.

ORTOLANI, Edna Mendes, Operações de Crédito no Mercado Financeiro . São Paulo, Atlas, 2000.

PIPKIN, Alex. Marketing Internacional: uma abordagem estratégica . 3º edição, São Paulo, Aduaneiras, 2009.

Portal da Gestão: disponível em http://www.portal-gestao.com/gestao/item/6246-incoterms-2010-conhe%C3%A7a-as-principais caracter%C3%ADsticas.html. Acesso em 15 de maio de 2014.

RATTI, Bruno, Comércio Internacional e Câmbio . 11ºedição, São Paulo, Aduaneiras, 2011.

RICARDO, David, Princípios de Economia Política e Tributação . São Paulo, Saraiva, 1996.

SOGIFRETE, Transitórios disponível em http://www.sogifrete.pt/, acesso em 15 de setembro 2014.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração . 12º edição, São Paulo, Atlas, 2010.

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APÊNDICE A – Instrumento para coleta de dados- Questionário

Prazo de retorno...... Prezados senhores:

As questões abaixo são solicitadas com objetivo de compor uma pesquisa de campo para um artigo de trabalho de conclusão do curso de graduação em Administração de Empresas da FACULDADE LUTERANA SÃO MARCOS, cuja finalidade é avaliar a utilização da linha BNDES-EXIM pós-embarque no incremento das exportações de empresas gaúchas, bem como sua contribuição para o aumento da balança comercial brasileira.

1. Seu cargo na empresa Gerente Diretor Analista Assistente

2. Estrutura Empresarial: Empresa Industrial Exportadora Trading Company 3. A empresa tem conhecimento da linha de financiamento BNDES-EXIM Pós-Embarque do BNDES? SIM NÃO 4. Na composição de suas vendas ao exterior, a empresa utiliza a linha de financiamento Pós-Embarque? SIM NÃO 5. Considerando que a empresa utiliza a referida linha de financiamento, a sua realização junto ao BNDES é de forma direta ou através de banco mandatário? Direta Banco Mandatário 6. A empresa considera esse mecanismo como um diferencial na definição da transação comercial ao exterior? SIM NÃO 7. Qual o percentual de participação das exportações no faturamento total da companhia? Até 10% Entre 10% e 30% Entre 30% e 50% Acima de 50%

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8. Com a adoção da linha BNDES-EXIM Pós-Embarque ocorreu incremento de suas vendas ao exterior? SIM NÃO 9. Há Quanto tempo à empresa utiliza esse instrumento de financiamento em suas transações com o exterior? Entre o a 2 anos De 2 a 5 anos Mais de 5 anos 10. Considerando as condições operacionais da linha de financiamento, a empresa considera fácil o acesso a sua utilização? SIM NÃO 11. A burocracia é considerada pela empresa como um fator relevante para dificultar a utilização desse instrumento? SIM NÃO 12. A utilização da linha de financiamento BNDES-EXIM contribui para viabilizar as vendas ao exterior? SIM NÃO 13. As taxas de juros praticadas por esse instrumento de financiamento são condizentes com as praticadas pelo comércio internacional? SIM NÃO 14. A empresa já perdeu um negócio considerando a existência de uma linha de financiamento com melhores condições oferecidas pela concorrência internacional? SIM NÃO 15. A empresa considera a linha de financiamento competitiva com as praticadas pelo comércio internacional? SIM NÃO

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APÊNDICE B – Resultado obtidos por índice nas empresas exportadoras do Rio Grande do Sul

54%

23%

13,00%

10%

Cargos dos respondentes ao questionário

GERENTE

DIRETOR

ANALISTA

ASSISTENTE

SIM43%

NÃO57%

As empresas possuem conhecimento da existência da linha de financiamento exim pós embarque

SIM NÃO

EMPRESA EXPORTADORA

100%

TRANDING COMPANY

0%

Estrutura comercial das empresas pesquisadas

EMPRESA EXPORTADORA TRANDING COMPANY

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DIRETA50%

BANCO MANDATÁRIO

50%

Considerando a utilização da referida linha de financiamento a empresa realiza suas tratativas de

maneira direta ou através de banco mandatário

DIRETA BANCO MANDATÁRIO

SIM7%

NÃO93%

Em suas vendas ao exterior a empresa utiliza a linha exim pós embarque

SIM NÃO

SIM36%

NÃO64%

A empresa considera a linha pós embarque um diferencial

SIM NÃO

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ENTRE 2 ANOS0%

DE 2 A 5 ANOS7% MAIS DE 5 ANOS

7%

NÃO USA86%

Há quanto tempo empresa utiliza a linha de finaciamento exim pós embarque em suas trnsações com o exterior

ENTRE 2 ANOS DE 2 A 5 ANOS MAIS DE 5 ANOS NÃO USA

SIM34%

NÃO66%

Com a adoção da linha de financiamento exim pós embarque houve incremento em suas vendas ao exterior

SIM NÃO

IGUAL A 10%64%

ENTRE 10 E 30%21%

ENTRE 30 E 50%0%

ACIMA DE 50 %0%

NENHUM15%

Qual o percuntual de participação das exportações no total de faturamento da compania

IGUAL A 10% ENTRE 10 E 30% ENTRE 30 E 50% ACIMA DE 50 % NENHUM

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SIM21%

NÃO79%

A utilização da linha de financimento BNDES-EXIM contribui para viabilizar as vendas no exterior

SIM NÃO

SIM50%

NÃO 7%

INDIFERENTE43%

A empresa considera a burocracia como um fator que atrapalha o acesso a linha de financiamento

SIM NÃO INDIFERENTE

SIM14%

NÃO29%

INDIFERENTE57%

Considerando as condições operacionais da linha de financiamento, a empresa considera fácil o acesso a sua

utilização

SIM NÃO INDIFERENTE

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SIM7%

NÃO93%

A empresa já perdeu um negócio considerando a existência de uma linha de financiamento com melhores

condições oferecidas pela concorrência internacional

SIM NÃO

SIM35%

NÃO0%

INDIFERENTE65%

As taxas de juros praticadas por esse instrumento de fnanciamento são condizentes com as praticadas no

comércio internacional

SIM NÃO INDIFERENTE

SIM46%

NÃO0%

DESCONHECE A LINHA54%

A empresa considera a linha de financiamento competitiva com as praticadas no comércio internacional

SIM NÃO DESCONHECE A LINHA

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ANEXO A : Email com Informações Referentes ao Uso da Linha Pós Embarque no Rio Grande do Sul RE: Enc: Informações

[email protected] ([email protected]) 09/09/2014 Para: Luis silva Outlook.com 1 anexo (12,7 KB)

Vanessa Nunes - Desembolsos RS.xlsx Exibir online Prezado Sr. Luis, Conforme solicitado, segue arquivo. Atenciosamente, Balcão de Atendimento à Indústria Gerência Técnica - GETEC/FIERGS

Valores em US$ milhões

Região 2009 2010 2011 2012 2013 Total

Valor

nº lib.

Valor nº lib.

Valor

nº lib.

Valor

nº lib.

Valor

nº lib.

Valor nº lib.

RS 752

87

1.128 202

566

141

459

120

736

142

3.641

692

Brasil 8.330

1.270

11.274

871

6.716

1.036

5.468

1.036

7.099

864

38.886

5.077

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ANEXO B: Lista de Instituições Garantidoras aceitas pelo BNDES Instituições no Exterior

Organismos Multilaterais

AFRICA EXPORT-IMPORT BANK (AFREXIMBANK)

BANCO CENTROAMERICANO DE INTEGR. ECON. (BCIE/CABEI)

BANCO LATINOAMERICANO DE COMERCIO EXTERIOR (BLADEX)

CORPORACIÓN ANDINA DE FOMENTO

EAST AFRICAN DEVELOPMENT BANK – EADB

EASTERN AND SOUTHERN AFRICAN TRADE AND DEVELOPMENT BANK - PTA BANK

EUROPEAN BANK FOR RECONSTRUCTION AND DEVELOPMENT

INTERNATIONAL FINANCE CORPORATION – IFC

NORDIC INVESTMENT BANK

País Bancos

Africa do Sul Absa Bank Ltd

Africa do Sul FirstRand Bank Ltd

Africa do Sul Mercantile Bank Limited

Africa do Sul Nedbank Limited

Africa do Sul Standard Bank of South Africa

Alemanha Commerzbank AG

Alemanha Deutsche Bank AG

Alemanha DVB Bank S.E.

Alemanha Landesbank Baden-Wurttemberg

Alemanha Unicredit Bank AG

Arábia Saudita Samba Financial Group

Argentina Banco Bradesco Argentina S.A.

Argentina Banco Credicoop

Argentina Banco de Galicia y Buenos Aires

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Argentina Banco de La Província de Buenos Aires

Argentina Banco Itaú Argentina S.A.

Argentina Banco Macro S.A.

Argentina Banco Patagonia S.A.

Argentina Banco Santander Rio S.A.

Argentina BBVA Banco Francés S.A.

Argentina HSBC Bank Argentina S.A.

Argentina ICBC Argentina S.A.

Áustria Hypo Alpe Adria Bank International AG

Bahrein Arab Banking Corporation

Bolívia Banco Bisa S.A

Bolívia Banco Nacional de Bolívia S.A

Canadá Bank of Montreal

Canadá Bank of Nova Scotia

Canadá Royal Bank of Canada

Canadá Toronto-Dominion Bank

Chile Banco de Chile

Chile Banco de Crédito e Inversiones

Chile Banco Del Estado de Chile

Chile Banco Itaú S.A. (Chile)

Chile Banco Santander Chile

Chile Banco Security

Chile Corpbanca

Chile Scotiabank Chile

China Bank of China

China China Development Bank

Colômbia Banco de Bogotá

Colômbia Banco de Comercio Exterior de Colombia

Colômbia Banco Itaú BBA Colômbia

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Colômbia Bancolombia

Colômbia BBVA Colombia S.A.

Costa Rica Banco de Costa Rica

Costa Rica Banco Nacional de Costa Rica

Dinamarca Nordea Bank Danmark

El Salvador Banco de Desarollo de El Salvador

El Salvador Banco Hipotecario de El Salvador

Emirados Árabes Emirates NBD PJSC

Espanha Banco Bilbao Vizcaya Argentaria

Espanha Banco Santander S.A.

Estados Unidos Bank of America, N.A.

Estados Unidos Bank of New York Mellon

Estados Unidos Citibank N.A.

Estados Unidos Goldman Sachs Group, INC.

Estados Unidos HSBC Bank USA, N.A.

Estados Unidos John Deere Capital Corporation

Estados Unidos JP Morgan Chase Bank, N.A.

Estados Unidos Keybank N.A.

Estados Unidos Wells Fargo Bank, N.A.

França BNP Paribas

França Credit Agricole Corporate and Invest.

França Credit Industriel et Commercial

França HSBC France

França Natixis

França Societé Generale

Gana Ghana Comercial Bank

Guatemala Banco Citibank de Guatemala S.A.

Guatemala Banco de Desarrollo Rural S.A.

Guatemala Banco Industrial S.A.

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44

Holanda Abn Amro N.V.

Holanda Ing Bank N.V.

Holanda Rabobank Group

Honduras Banco Del País

Honduras Banco Financiera Comercial Hondureña

Índia ICICI Bank Ltd.

Índia Punjab National Bank

Indonésia PT Bank CIMB Niaga Tbk

Indonésia PT Bank Mandiri Persero Tbk

Indonésia PT Bank Negara Indonesia Persero Tbk

Irlanda Zurich Bank

Itália Intesa Sanpaolo SpA

Itália Mediobanca SpA

Itália SACE SpA

Japão Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ

Japão Mizuho Corporate Bank Ltd.

Japão Sumitomo Mitsui Banking Corporation

Kuwait National Bank of Kuwait

Marrocos Attijariwafa Bank

Marrocos Banque Centrale Populaire

Marrocos Banque Marocaine du Commerce Exterieur

Marrocos Credit du Maroc

México Banco Inbursa

México Banco Mercantil Del Norte, S.A.

México Banco Nacional de Comércio Exterior

México Banco Nacional de México

México Banco Santander México

México BBVA Bancomer S.A.

México HSBC México

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Multilateral African Export-Import Bank

Multilateral Banco Latin. de Com. Exterior (BLADEX)

Multilateral Cent. Amer. Bank for Econ. Integ. (CABEI)

Multilateral Corporación Andina de Fomento

Multilateral European Bank for Rec. And Develop.

Multilateral Nordic Investment Bank

Nicarágua Banco Lafise Bancentro S.A.

Nigéria Access Bank PLC

Nigéria Ecobank Nigeria PLC

Nigéria First Bank of Nigéria

Nigéria Guaranty Trust Bank PLC

Nigéria United Bank for África

Nigéria Zenith Bank PLC

Noruega DNB Bank ASA

Noruega Nordea Bank Norge

Panamá BAC International Bank

Panamá Banco General S.A.

Panamá BBVA Panamá

Panamá Credicorp Bank

Panamá Global Bank Corporation

Panamá HSBC Panamá

Panamá Multibank Inc

Paraguai Banco Continental S.A.E.C.A.

Paraguai Banco Regional S.A.E.C.A.

Paraguai BBVA Paraguay S.A.

Paraguai Itaú Paraguay S.A.

Peru Banco de Crédito del Perú

Peru Banco Internacional Del Perú - Interbank

Peru BBVA Banco Continental

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Peru Scotiabank Perú

Portugal Banco Espírito Santo

Porto Rico Santander Puerto Rico

Portugal Banco Espírito Santo de Investimento, S.A.

Portugal Caixa Geral de Depósitos

Quênia CFC Stanbic Bank Limited

Reino Unido Barclays Bank PLC

Reino Unido HSBC Bank PLC

Reino Unido Lloyds TSB Bank PLC

Reino Unido Royal Bank of Scotland PLC

Reino Unido Standard Bank PLC

Reino Unido Standard Chartered Bank

Rep. Dominicana Banco BHD

Rep. Dominicana Banco Popular Dominicano

Rússia Vnesheconombank

Singapura DBS Bank Ltd.

Suécia Nordea Bank AB

Suécia SEB AB

Suécia Svenska Handelsbanken

Suíça Crédit Suisse

Trinidad e Tobago First Citizens Bank Ltd.

Turquia Akbank T.A.S.

Uruguai Banco Itaú Uruguay S.A.

Uruguai Banco Republica Oriental Uruguay

Uruguai Banco Santander S.A. (Uruguay)

Uruguai BBVA Uruguay

Uruguai Discount Bank Latin América S.A.

Uruguai Nuevo Banco Comercial S.A.

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ANEXO C: Formulário de consulta prévia

BNDES-exim Pós-embarque

Consulta Prévia

Anexo 2

1. EMPRESA EXPORTADORA

Denominação Social

C.N.P.J.

Setor de Atividade

Fabricante Trading

Endereço da Sede (Logradouro, Nº, Complemento)

CEP

Cidade

UF

Contato para Informações Complementares

Cargo

E-mail

Telefone

Fax

Porte da Empresa (*1):

Micro Pequena

Média Grande

Receita Operacional Bruta Anual (ROB) do grupo: Ano R$

Controle Acionário:

Nacional

Estrangeiro

2. EMPRESA IMPORTADORA

Denominação Social

Cidade

País

3. EXPORTAÇÂO

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VALOR INCOTERM: Valor da exportação no INCOTERM negociado (US$): FOB

Valor FOB da operação (US$):

SINAL (US$):

Outros pagamentos antecipados (US$):

Comissão do agente comercial (US$):

4. FINANCIAMENTO

Valor pleiteado (US$):

Condições da exportação (nas operações supplier credit os prazos são

contados a partir da data de embarque)

Prazo Total: meses

Periodicidade: Trimestral Semestral

Carência de Principal: meses

Exportação com Equalização:

Sim

Não

Taxa de Juros a ser paga pelo Importador

LIBOR + % a.a.

5. RISCO/GARANTIA

GARANTIDOR INSTITUIÇÂO País VALOR (US$)

Agente Financeiro

Banco no Exterior

Seguro de Crédito

CCR

Exportador

Importador

Outros

TOTAL

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6. RELAÇÂO DE PRODUTOS

Descrição sucinta do

produto (*2)

NCM Quant.(*3) Preço Unitário

(US$)

Preço Total (US$) Índice de

Nacionalização

Mês/Ano

Embarque

PREÇO UNITÁRIO PREÇO UNITÁRIO PREÇO UNITÁRIO PREÇO UNITÁRIO –––– Preço INCOTERM incluindo comissão do Agente ComercialPreço INCOTERM incluindo comissão do Agente ComercialPreço INCOTERM incluindo comissão do Agente ComercialPreço INCOTERM incluindo comissão do Agente Comercial

7. PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL DAS EXPORTAÇÕES NO FATURAMENTO DA EMPRESA

Ano (5 últimos)

Exportações (R$) (A)

ROL (*4) (R$) (B)

% (A/B)

8. OUTRAS INFORMAÇÕES JULGADAS NECESSÁRIAS

Obs.: Neste quadro deverão ser informados aspectos relevantes para a análise da consulta tais como: necessidade de maior prazo de carência,

existência de licitação pública e suas condições, exportação em consórcio etc.

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(*1) Porte da Empresa:

- Micro: ROB até R$ 1.200 mil - Pequena: ROB entre R$ 1.200 mil e R$ 10.500 mil - Média: ROB entre R$10.500 mil e R$ 60 milhões - Grande:ROB acima de 60 milhões Quando a empresa for controlada por outra empresa ou pertencer a um grupo econômico, a classificação do porte se dará considerando-se a receita operacional bruta consolidada do grupo. (*2) Caso a empresa exportadora não seja a fabricante do produto , indicar o CNPJ e Razão Social da(s) empresa(s) fabricante(s).

(*3) Indicar a unidade de medida.

(*4) Considera-se Receita Operacional Liquida (ROL) como a Receita Operacional Bruta (ROB) deduzidos os impostos incidentes sobre vendas, as vendas

canceladas e os abatimentos concedidos no ano-calendário (janeiro a dezembro do último exercício).

9. CARACTERIZAÇÃO DO EXPORTADOR

(Breve histórico das atividades da empresa, destacando apenas os fatos mais relevantes; setores de atuação e principais produtos/marcas; unidades industriais, sua localização e capacidade instalada; número de empregados; faturamento nos mercados interno e externo nos 3 últimos exercícios (em R$ mil); informações sucintas sobre o grupo empresarial do qual faz parte a empresa, destacando: principais empresas e setores de atuação; faturamento consolidado do grupo nos mercados interno e externo nos 3 (três) últimos exercícios (em R$ mil); número de empregados)

10. PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICO FINANCEIROS 10. PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICO FINANCEIROS 10. PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICO FINANCEIROS 10. PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICO FINANCEIROS DO EXPORTADORDO EXPORTADORDO EXPORTADORDO EXPORTADOR

Indicadores Econômico-financeiros (extraídos dos dois últimos balanços e do balancete mais recente)

Indicadores Mês/ano Mês/ano Mês/ano

Ativo Total (AT)

Ativo Circulante (AC)

Realizável Longo Prazo (RLP)

Permanente (P)

Passivo Circulante (PC)

Exigível Longo Prazo (ELP)

Resultado Exercício Futuro (REF)

Patrimônio Líquido (PL)

Receita Operacional Bruta (ROB)

Faturamento Líquido (ROL)

Lucro Operacional (LO)

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Em R$ mil

(*)FIN = Financiamentos de curto, médio e longo prazos

11. MERCADO

Mercado Interno (Descrever o mercado interno no qual a empresa atua, destacando entre outros a participação da empresa no mercado, os

principais concorrentes e produção nos últimos 3 anos expressa em volume físico)

Dados da Produção (do último exercício):

produto unidade capacidade

instalada

produção

efetiva

% sobre

ROL

Mercado Externo

(Relacionar os principais produtos exportados; detalhar o mercado atual dos produtos exportados; comentar os

sistemas de comercialização e canais de distribuição; relacionar a participação das exportações nas vendas da

empresa; comentar sobre a evolução das exportações)

Lucro Líquido (LL)

Endividamento Financeiro (FIN/AT)(*)

Endividamento Geral (PC+ELP)/AT

Liquidez Geral (AC+RLP)/(PC+ELP)

Lucratividade Operacional (LO/ROL)

Lucratividade Líquida (LL/ROL)

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R$ mil

Ano

Exportações Receita

Operacional Líquida

(b)

(a/b)

% Quant.

física (em....)

%

valor

(a)

crescimento

%

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(Local e data) Ao BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – BNDES a/c AEX Av. República do Chile, 100 - 18.º andar Rio de Janeiro - RJ 20.139-900 Ref.: Convênio celebrado entre a União, por intermédio da Secretaria da Receita Federal, e a Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME, publicado no D.O.U. de 31.03.1999, Seção 3. (Nome da empresa e CNPJ) autoriza o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, empresa pública federal brasileira, inscrita no C.N.P.J. sob o número

33.657.248/0001-89, na qualidade de empresa controladora da Agência Especial de Financiamento Industrial – FINAME, a realizar consultas às bases de dados e informações, sob a administração da Secretaria da Receita Federal, relativas às suas operações de comércio exterior e protegidas pelo sigilo fiscal. ________________________________ Assinatura

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ANEXO D: Lista de empresas exportadoras gaúchas Empresa QUIP SA QUIP SA CQG CONSTRUCOES OFFSHORE S.A. BUNGE ALIMENTOS S/A CARGILL AGRICOLA S A BIANCHINI SA INDUSTRIA COMERCIO E AGRICULTURA BRASKEM S/A LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL S.A. NIDERA SEMENTES LTDA. BRASKEM S/A BRASKEM S/A GENERAL MOTORS DO BRASIL LTDA PETROLEO BRASILEIRO S A PETROBRAS ADM DO BRASIL LTDA BRF S.A. UNIVERSAL LEAF TABACOS LTDA NOBLE BRASIL S.A. SOUZA CRUZ S/A BSBIOS INDUSTRIA E COMERCIO DE BIODIESEL SUL BRASIL S/A CTA CONTINENTAL TOBACCOS ALLIANCE S/A JBS AVES LTDA. JTI PROCESSADORA DE TABACO DO BRASIL LTDA. CAMERA AGROALIMENTOS S.A MARCOPOLO SA AGCO DO BRASIL COMERCIO E INDUSTRIA LTDA MARASCA COMERCIO DE CEREAIS LTDA STIHL FERRAMENTAS MOTORIZADAS LTDA. PIRELLI PNEUS LTDA. JOHN DEERE BRASIL LTDA CHINA BRASIL TABACOS EXPORTADORA S.A. PHILIP MORRIS BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA. PREMIUM TABACOS DO BRASIL LTDA AMAGGI EXPORTACAO E IMPORTACAO LTDA JBS AVES LTDA. CMPC CELULOSE RIOGRANDENSE LTDA JOHN DEERE BRASIL LTDA PAMPEANO ALIMENTOS S/A FORJAS TAURUS SA TRAMONTINA SA CUTELARIA CHS AGRONEGOCIO - INDUSTRIA E COMERCIO LTDA RANDON SA IMPLEMENTOS E PARTICIPACOES ALIBEM COMERCIAL DE ALIMENTOS LTDA BORRACHAS VIPAL S A FRAS-LE SA BUNGE ALIMENTOS S/A GRANOL INDUSTRIA COMERCIO E EXPORTACAO SA GLENCORE IMPORTADORA E EXPORTADORA S/A EPCOS DO BRASIL LTDA. INDUSTRIA DE PELES MINUANO LTDA ECOVIX - ENGEVIX CONSTRUCOES OCEANICAS S/A GGTC IMPORTACAO, EXPORTACAO E COMERCIO DE GRAOS LTDA

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A.T.C. ASSOCIATED TOBACCO COMPANY BRASIL LTDA ALLIANCE ONE BRASIL EXPORTADORA DE TABACOS LTDA. ALLIANCE ONE BRASIL EXPORTADORA DE TABACOS LTDA. MULTIGRAIN S.A. OLEOPLAN S.A. OLEOS VEGETAIS PLANALTO TRES TENTOS AGROINDUSTRIAL SA INTERNATIONAL INDUSTRIA AUTOMOTIVA DA AMERICA DO SUL LT COOPERATIVA DOS AGRICULTORES DE PLANTIO DIRETO LTDA BALDO SA COMERCIO INDUSTRIA E EXPORTACAO DANA INDUSTRIAS LTDA ALLIANCE ONE BRASIL EXPORTADORA DE TABACOS LTDA. COOPERATIVA AGRICOLA MISTA GENERAL OSORIO LTDA LUIZ FUGA INDUSTRIA DE COURO LTDA. LANXESS - INDUSTRIA DE PRODUTOS QUIMICOS E PLASTICOS LT OLFAR S/A - ALIMENTO E ENERGIA GKN DO BRASIL LTDA COMIL ONIBUS S.A. CONSERVAS ODERICH SA CHINA TABACO INTERNACIONAL DO BRASIL LTDA. SOUTH SERVICE TRADING SA TABACOS MARASCA LTDA CAMERA AGROALIMENTOS S.A TANAC SA MARFRIG ALIMENTOS S/A AGROPECUARIA SCHIO LTDA SOLAE DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO DE ALIMENTOS LTDA ATLAS BRASIL CALCADOS LTDA TABACOS NOVO HORIZONTE LTDA STARA S A INDUSTRIA DE IMPLEMENTOS AGRICOLAS GERDAU ACOS ESPECIAIS S.A. GOBBA LEATHER INDUSTRIA E COMERCIO LTDA TIMAC AGRO INDUSTRIA E COMERCIO DE FERTILIZANTES LTDA LUPATECH S/A LANXESS ELASTOMEROS DO BRASIL S.A. FITESA NAOTECIDOS S/A FUTURE INDUSTRIA DE COUROS LTDA ALIBEM COMERCIAL DE ALIMENTOS LTDA MOVEIS K1 LTDA PETROBRAS DISTRIBUIDORA S A KEPLER WEBER INDUSTRIAL S/A PHILIP MORRIS BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA. GIOVELLI CIA LTDA CURTUME CBR LTDA OVERLAND TRADING S/A. COOPERATIVA LANGUIRU LTDA. BRASFUMO IND BRASILEIRA DE FUMOS S/A TANAC SA PAQUETA CALCADOS S.A. MFB MARFRIG FRIGORIFICOS BRASIL S.A YARA BRASIL FERTILIZANTES S/A AGRO LATINA LTDA OLEOPLAN S.A. OLEOS VEGETAIS PLANALTO FRIGORIFICO NOVA ARACA LTDA INDUSTRIA DE CALCADOS WIRTH LTDA

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MITA LTDA FORJAS TAURUS SA H. KUNTZLER & CIA. LTDA. PRISMA COMERCIAL EXPORTADORA DE OLEOQUIMICOS LTDA TABACUM INTERAMERICAN COMERCIO E EXPORTACAO DE FUMOS LT SETA SA EXTRATIVA TANINO DE ACACIA SAN MARINO ONIBUS LTDA SEARA ALIMENTOS LTDA COMPANHIA MINUANO DE ALIMENTOS CIBER EQUIPAMENTOS RODOVIARIOS LTDA A. GRINGS S.A. CGG TRADING S.A POLO INDUSTRIA E COMERCIO S.A. SEARA ALIMENTOS LTDA TABACOS NOVO HORIZONTE LTDA COTRIJUC - COOPERATIVA AGROPECUARIA JULIO DE CASTILHOS COTRIJUI - COOPERATIVA AGROPECUARIA & INDUSTRIAL GERDAU ACOS LONGOS S.A. AURELIO GOETTEMS MILENIA AGROCIENCIAS S.A. AGRALE SOCIEDADE ANONIMA INDUSTRIAS ALIMENTICIAS LEAL SANTOS LTDA INDUSTRIA DE PELES PAMPA LTDA AGCO DO BRASIL COMERCIO E INDUSTRIA LTDA SEARA ALIMENTOS LTDA CALCADOS BEIRA RIO S/A COOPERATIVA DOS SUINOCULTORES DE ENCANTADO LTDA JBS AVES LTDA. WEATHERFORD INDUSTRIA E COMERCIO LTDA TRAMONTINA FARROUPILHA SA INDUSTRIA METALURGICA WEG EQUIPAMENTOS ELETRICOS S/A FRINAL S/A - FRIGORIFICO E INTEGRACAO AVICOLA TECNOVIN DO BRASIL LTDA FLECKSTEEL INDUSTRIA DE ARTEFATOS METALICOS LTDA AREZZO INDUSTRIA E COMERCIO S.A. CGG TRADING S.A JOSAPAR JOAQUIM OLIVEIRA SA PARTICIPACOES PARAMOUNT TEXTEIS INDUSTRIA E COMERCIO SA TRAMONTINA MULTI S/A REGAL BELOIT DO BRASIL LTDA HYVA DO BRASIL HIDRAULICA LTDA IAT FIXACOES ELASTICAS LTDA MASTER SISTEMAS AUTOMOTIVOS LTDA DANFOSS POWER SOLUTIONS INDUSTRIA E COMERCIO ELETROHIDR OXITENO NORDESTE S A INDUSTRIA E COMERCIO ABB LTDA GSI BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO DE EQUIPAMENTOS AGROPEC MEDABIL SISTEMAS CONSTRUTIVOS S/A MANITOWOC BRASIL GUINDASTES LTDA PHILIP MORRIS BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA. P&C ARTEMOBILI S.A. BUNGE ALIMENTOS S/A TRAMONTINA GARIBALDI SA INDUSTRIA METALURGICA AGRALE SOCIEDADE ANONIMA

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COOPERATIVA AGRICOLA TUPANCIRETA LTDA SPRINGER CARRIER LTDA SEMEATO SA INDUSTRIA E COMERCIO FUGA COUROS SA EURICOM BRASIL IMPORTACAO E EXPORTACAO LTDA CALCADOS BOTTERO LTDA FRIGORIFICO SILVA INDUSTRIA E COMERCIO LTDA ALTUS SISTEMAS DE AUTOMACAO S/A COLGEMAS COMERCIO DE PEDRAS LTDA HIDRO JET EQUIPAMENTOS HIDRAULICOS LTDA THYSSENKRUPP ELEVADORES SA COMPANHIA MINUANO DE ALIMENTOS TRES TENTOS AGROINDUSTRIAL SA TROMBINI EMBALAGENS S/A VIRGINIA DO BRASIL TABACOS LTDA STEMAC SA GRUPOS GERADORES AGROSUL AGROAVICOLA INDUSTRIAL S.A. MERIDIONAL MEAT-IMPORTACAO E EXP DE ALIMENTOS LTDA IMS BRAZIL LTDA TMSA - TECNOLOGIA EM MOVIMENTACAO S/A AKILA TRADING EXPORTADORA E IMPORTADORA LTDA BERTOLINI S/A MV LODI PEDRAS PRECIOSAS BRASIL LTDA ALSTOM GRID ENERGIA LTDA. SUSIN FRANCESCUTTI METALURGICA LTDA COOPERATIVA ARROZEIRA EXTREMO SUL LTDA DASS SUL CALCADOS E ARTIGOS ESPORTIVOS LTDA CELULOSE IRANI S.A. INDUSTRIA DE CALCADOS GONCALVES LTDA. NELSON WENDT CIA LTDA IRWIN INDUSTRIAL TOOL FERRAMENTAS DO BRASIL LTDA MAIS FRANGO MIRAGUAI LTDA BOMAG MARINI EQUIPAMENTOS LTDA. IRMAOS TREVISAN SA INDUSTRIA COMERCIO E AGRICULTURA SEARA-IND. E COMERCIO DE PRODUTOS AGRO-PECUARIOS LTDA METALURGICA MOR SA WEATHERFORD INDUSTRIA E COMERCIO LTDA TREBOLL MOVEIS LTDA E.R. AMANTINO INDUSTRIA DE MAQUINAS, EQUIPAMENTOS, ACES SAN MARINO MOVEIS LTDA IMPLEMENTOS AGRICOLAS JAN S A DHB-COMPONENTES AUTOMOTIVOS S/A SANTHER FABRICA DE PAPEL SANTA THEREZINHA S/A TRAMONTINA TEEC S/A. INDUSTRIA DE CALCADOS WEST COAST LTDA CONSERVAS ODERICH SA DURLICOUROS IND E COM DE COUROS, EXP E IMPORTACAO LTDA BSBIOS AGROINDUSTRIAL S/A ELLIOTTIIS DO BRASIL INDUSTRIA MOVELEIRA LTDA MAR Y MAR FABRICACAO DE CALCADOS LIMITADA COAGRISOL COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL AGROFEL AGRO COMERCIAL LTDA HL GEMAS E MINERAIS INDUSTRIA E COMERCIO LTDA CORTUME KRUMENAUER SA

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BARRACA SANT'ANA COMERCIO, IMPORTACAO E EXPORTACAO LTDA MAXIFORJA COMPONENTES AUTOMOTIVOS LTDA FENICIA - IMPORTADORA E EXPORTADORA LTDA - EPP SUSPENSYS SISTEMAS AUTOMOTIVOS LTDA RIO GRANDE TABACOS LTDA. MOULD INDUSTRIA DE MATRIZES LTDA YARA BRASIL FERTILIZANTES S/A EXPORTADORA BOM RETIRO LTDA AGRODANIELI INDUSTRIA E COMERCIO LTDA BRASILATA TRADING SA KEKO ACESSORIOS S.A FLORESTAL ALIMENTOS S/A MUNDIAL S.A. - PRODUTOS DE CONSUMO FAROS INDUSTRIA DE FARINHA DE OSSOS LTDA CURTUME A.P. MULLER LTDA. MAQUINAS SANMARTIN LTDA BORGHETTI - TURBOS E SISTEMAS AUTOMOTIVOS LTDA BRUNING TECNOMETAL LTDA. DUROLINE SA BUNGE ALIMENTOS S/A GUERRA S/A IMPLEMENTOS RODOVIARIOS SEAN COUROS LTDA BL INDUSTRIA OTICA LTDA DITALIA MOVEIS INDUSTRIAL LTDA CAMIL ALIMENTOS S/A FAVARIN & CIA LTDA TABACOS VENUS LTDA AMERICA TRADING LTDA. BASE INDUSTRIA E COMERCIO DE OLEOS E PROTEINAS LTDA KILLING S.A. TINTAS E ADESIVOS INTER-CONTINENTAL LEAF TABACOS DO BRASIL LTDA. SOLAR COMERCIO E AGROINDUSTRIA LTDA JOST BRASIL SISTEMAS AUTOMOTIVOS LTDA BOREALIS BRASIL S.A. BUSINESS TOBACCO BRAZIL LTDA BOCCHI INDUSTRIA COMERCIO TRANSPORTE BENEFICIAMENTO DE NEOGAS DO BRASIL GAS NATURAL COMPRIMIDO S.A. A. GRINGS S.A. PINCEIS ATLAS SA HENRICH E CIA LTDA. INSTALADORA SAO MARCOS LTDA INVENSYS APPLIANCE CONTROLS LTDA KUHN DO BRASIL S/A - IMPLEMENTOS AGRICOLAS REFLORESTADORES UNIDOS SA SHOES EXPORTADORA E IMPORTADORA LTDA IND DE IMPL AGRICOLAS VENCE TUDO IMP E EXPORTACAO LTDA A BUHLER SA CURTUME TOBACCO HOUSE INDUSTRIA E COMERCIO LTDA TICEL EQUIPAMENTOS LTDA MITA LTDA PECCIN SA CAMIL ALIMENTOS S/A COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMERICAS - AMBEV JOHNSON CONTROLS DO BRASIL AUTOMOTIVE LTDA

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