CASAS MUSEU AFINAL VÃO MANTER ACTUAIS FUNÇÕES Governo dá o … · 2017. 3. 28. · o próximo...

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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5076 Sexta-feira, 02 de Setembro de 2016 10 PATACAS 26 0 C/32 0 C • HOJE Fonte SMG PUB Em LEITURAS DE VERÃO • Págs. 2 a 3 Centrais Não basta a América mas sem ela não se chega a secretário-geral da ONU Cimeira do G20 reúne na cidade que quer ser o centro da net na China FOTO SANDS CHINA Independência de Hong Kong é debate para durar O debate sobre a independência de Hong Kong reflecte a frus- tração política local e, 19 anos após a transição para a China, vai continuar após as eleições de domingo, apesar das tentati- vas do governo para erradicar o assunto, consideram académi- cos. Seis aspirantes a lugares de deputado ao Conselho Legisla- tivo da RAEHK foram impedi- dos de concorrer às eleições de domingo pelas suas posições pró-independência. A ideia da independência é considerada ilegal pelas autoridades locais e pelo Governo Central em Pe- quim e permanecia um tabu até à recente emergência de novos grupos políticos, designados ‘localists’ (localistas), que ape- lam a uma rotura. {os jovens têm vindo a perder a paciência com a reforma política de Hong Kong e muitos acreditam que os princípios ‘Hong Kong gover- nado pelas suas gentes’ e ‘Hong Kong, um país, dois sistemas’ falharam totalmente por causa da intervenção de Pequim, por isso querem uma alternativa”, afirmou à agência Lusa Chung Kim Wah, professor da Hong Kong Polytechnic University. Governo dá o dito por não dito sobre restaurante português Registada subida das receitas na indústria do jogo Pág. 6 O IFT anunciou ontem a suspensão do projecto de in- clusão de um restaurante português nas Casas-Museu da Taipa, uma semana depois do Governo garantir que serviria para dar a conhecer a gastronomia e cultura portuguesa. De acordo com uma nota de imprensa, a intenção do Governo de incluir um restaurante portu- guês “provocou uma discussão acalorada na socieda- de”, pelo que o grupo interdepartamental tutelado pela Secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura, decidiu suspender o respectivo plano, mantendo a função ori- ginal do edifício como casas de interesse turístico”. Pág. 7 Trio de equipas joga hoje a presença nas meias-finais da Bolinha Pág. 12 Milhares de brasileiros protestam em São Paulo a favor de Dilma Roussef Pág. 13 Santa Casa “chocada” por Cartório Notarial ir para edifício privado Pokemóns de Macau integrados na cidade Em DE FONTE LIMPA Págs. 4 e 5 “One Central” invadido por um coelhinho gigante e outros mais pequenos Pág. 8 CASAS MUSEU AFINAL VÃO MANTER ACTUAIS FUNÇÕES Pág. 9

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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5076 • Sexta-feira, 02 de Setembro de 2016 10 PATACAS

260C/320C• • • HOJE

Fonte SMG

PUB

Em LEITURAS DE VERÃO • Págs. 2 a 3 Centrais

Não basta a América mas sem ela não se chega a secretário-geral da ONU

Cimeira do G20 reúnena cidade que quer sero centro da net na China

FOTO

SAN

DS C

HINA Independência

de Hong Kong é debate para durar O debate sobre a independência de Hong Kong reflecte a frus-tração política local e, 19 anos após a transição para a China, vai continuar após as eleições de domingo, apesar das tentati-vas do governo para erradicar o assunto, consideram académi-cos. Seis aspirantes a lugares de deputado ao Conselho Legisla-tivo da RAEHK foram impedi-dos de concorrer às eleições de domingo pelas suas posições pró-independência. A ideia da independência é considerada ilegal pelas autoridades locais e pelo Governo Central em Pe-quim e permanecia um tabu até à recente emergência de novos grupos políticos, designados ‘localists’ (localistas), que ape-lam a uma rotura. {os jovens têm vindo a perder a paciência com a reforma política de Hong Kong e muitos acreditam que os princípios ‘Hong Kong gover-nado pelas suas gentes’ e ‘Hong Kong, um país, dois sistemas’ falharam totalmente por causa da intervenção de Pequim, por isso querem uma alternativa”, afirmou à agência Lusa Chung Kim Wah, professor da Hong Kong Polytechnic University.

Governo dá o dito por não ditosobre restaurante português

Registada subidadas receitas naindústria do jogo Pág. 6

O IFT anunciou ontem a suspensão do projecto de in-clusão de um restaurante português nas Casas-Museu da Taipa, uma semana depois do Governo garantir que serviria para dar a conhecer a gastronomia e cultura portuguesa. De acordo com uma nota de imprensa, a intenção do Governo de incluir um restaurante portu-

guês “provocou uma discussão acalorada na socieda-de”, pelo que o grupo interdepartamental tutelado pela Secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura, decidiu suspender o respectivo plano, mantendo a função ori-ginal do edifício como casas de interesse turístico”.

Pág. 7

Trio de equipas jogahoje a presença nasmeias-finais da Bolinha Pág. 12

Milhares de brasileirosprotestam em São Pauloa favor de Dilma Roussef Pág. 13

Santa Casa “chocada”por Cartório Notarial

ir para edifício privado

Pokemóns de Macauintegrados na cidade

Em DE FONTE LIMPAPágs. 4 e 5

“One Central” invadidopor um coelhinho gigantee outros mais pequenos Pág. 8

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• • • LEITURAS DE VERÃO

Com a aproximação da votação final para a escolha do próximo se-

cretário-geral, a questão põe--se de forma cada vez mais in-cisiva: para ser eleito, António Guterres precisa de ver o seu nome indicado pelo Conselho de Segurança, no qual nada se passa sem a luz verde dos cinco membros permanentes. Com quem pode ali contar o antigo primeiro-ministro?

Em princípio, deverá con-tar com o Reino Unido, liga-do a Portugal pela mais velha aliança do mundo, em vigor há 600 anos. Recorda o DN que no século XX, essa alian-ça foi invocada pela Inglaterra nas duas guerras mundiais e em ambas as ocasiões obteve a ajuda pedida. A última vez foi durante a guerra das Falklan-ds/Malvinas, em 1982, quan-do o embaixador britânico em Lisboa citou explicitamente o Tratado de Windsor, de 1386, para solicitar a utilização da base dos Açores.

Mas a Velha Aliada pode transformar-se de um momen-to para o outro na “pérfida Al-bion”, capaz de gestos odiosos como o Ultimato de 1890. Afi-nal, os historiadores lembram o primeiro ministro Benjamin Disraeli, no tempo da rainha Vitória que esclareceu: “O go-verno de Sua Majestade não tem amigos permanentes nem inimigos permanentes. Só tem interesses permanentes.”

Outro potencial apoio de Guterres, segundo os obser-

vadores, é a China, país com o qual Portugal mantém boas relações desde o século XVI, e com o qual fez conversações sempre “muito úteis e amisto-sas” sobre o futuro de Macau. A criação da RAEM, em 20 de Dezembro de 1999, sob o prin-cípio “um País, dois Sistemas” é considerado como um dos grandes acontecimentos polí-ticos do fim do século, resol-vendo sem qualquer perturba-ção o que os chineses chamam de “um problema herdado da história”

Para este bom ambiente, João Ferreira no DN recorda que em 1971, Portugal votou a favor da Resolução 2758 da Assembleia Geral – apresen-tada pela Albânia – que abriu caminho à entrada da China Popular de Mao Tsé-Tung para a ONU (incluindo o assento permanente, com o direito de veto, no Conselho de Seguran-ça), em substituição da Repú-blica da China (Taiwan), do nacionalista Chiang Kai- chek. Um caso pouco habitual do re-gime anterior de direita apoiar um regime comunista.

Nas negociações para a en-trega de Macau à soberania chinesa (que se seguiram às de Hong Kong), os dirigentes de Pequim terão boas recor-dações de António Guterres apesar da Declaração Conjun-ta ter sido negociada e assina-da por Cavaco Silva. Em 1995, Guterres foi em empossado e enquanto primeiro-ministro ajudou a resolver algumas

questões pendentes de forma aceitável pelos chineses.

Mis recentemente, Lisboa tem sido uma “porta de entra-da” na Europa, com grandes investimento já feitos e em preparação em Portugal.

A Rússia também é consi-derada como um dos pesos--pesados que vêem com bons olhos a candidatura de Guter-res, mais por interesse próprio do que pelo bom relaciona-mento histórico. Os candida-tos de Leste são vistos com desconfiança por Moscovo que, apesar do fim da URSS, não esquece a pressa com que esses países saíram do bloco, e a diferente ideologia dos seus líderes.

Ao longo da história, pode dizer-se, as relações de Portu-gal com o país dos czares foi quase sempre amistosa. No século XVIII, Ribeiro Sanches, um dos mais famosos “estran-geirados” da cultura portu-guesa, foi médico da impera-triz Catarina, a Grande.

Passado o interregno do Estado Novo – que recusou a admissão da URSS na Socieda-de das Nações e viu em troca vetada por aquela a adesão de Portugal à ONU, em 1946 –, o relacionamento entre os dois países voltou a uma “nor-mal anormal” pois durante o denominado Verão Quente houve frequentes queixas de tentativas de interferência do então bloco soviético, na situa-ção política portuguesa.

António Guterres, o Alto Comissário para os Refugiados da ONU e ex-primeiro-ministro português tem sobressaído em todas as sessões para ser indicado à

Assembleia Geral das Nações Unidas como o substituto de Ban Kim-moon. Essa Assembleia tem 193 membros, em plano de igualdade. Mas cinco deles são mais

iguais do que os outros. EUA, Reino Unido, Rússia, China e França são os membros permanentes do Conselho de Segurança, e são eles quem vão ditar esta escolha...

Quinta-feira, 25 de Agosto de 201602 JTM | LEITURAS DE VERÃO

À mercêda América

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Quinta-feira, 25 de Agosto de 2016 JTM | LEITURAS DE VERÃO 03

Apesar de Lisboa alinhar com as sanções da UE à Rússia por causa da situação na Crimeia, as re-lações entre os dois países mantêm-se boas, tendo sido muito apreciada a recente ajuda russa, com o envio de aviões para combater os incêndios que neste mês assolaram Portugal.

Quem tem mantido reserva sobre a sua prefe-rência é a França. Segundo a imprensa parisiense, parece que a diplomacia gaulesa faz questão de que o próximo secretário-geral da ONU fale francês, o que é o caso de Guterres – mas também de outros candidatos.

Para além da questão linguística, a França é ter-ra de acolhimento de milhões de portugueses e sua descendência não havendo qualquer caso conheci-do de problema de integração, como sucede com outros povos.

Recorde-se que durante o século 19 e 20, a Fran-ça foi “o mentor” dos grandes escritores e artistas portugueses, de Eça de Queiroz a Amadeo Souza Cardoso ou Maria Helena Vieira da Silva, e “local de refúgio” dos muitos opositores políticos e econó-micos do regime português anterior, que fugiam “a salto” pela fronteira espanhola, com uma “Mala de cartão” como cantava Linda de Suza.

Lembra o DN que ainda na década de 1980, o francês ocupava o lugar que desde então passou a pertencer ao inglês nas escolas e universidades portuguesas. O mesmo se passava na política e na diplomacia. De Gaulle, o escritor André Malraux, ministro da Cultura, e o ministro dos Negócios Es-trangeiros Couve de Murville tiveram uma palavra a dizer na criação da Fundação Gulbenkian.

A administração de François Hollande escolher um outro candidato iria obrigá-lo a muitas explica-ções no seu país.

E depois surge a grande interrogação: como vai votar a administração americana?

À luz da história, as relações entre Portugal e os

EUA têm sido sempre boas, com excepção da posi-ção anti-colonial do Presidente John Kennedy que muito irritou Salazar e que motivou grandes mani-festações contra os americanos em Portugal, natu-ralmente organizadas pelo regime, como era hábito da altura. No Verão Quente do pós- 25 de Abril, o embaixador Frank Carlucci lutou contra o então se-cretário de Estado, Henry Kissinger, que dava Por-tugal como perdido para o bloco ocidental , e defen-dia a teoria da vacina – isto é que Portugal serviria de “vacina” para outros países em transição, como a Espanha, a Grécia, ou mesmo a Itália.

A dúvida sobre a posição da Administração de Barack Obama vem do facto de haver um lóbi, entre as senadoras para o pressionar a usar toda a influência dos EUA para garantir que o próximo secretário-geral da ONU seja uma mulher. Primei-ro falava-se da búlgara da UNESCO; nas últimas semanas, o palco tem sido ocupado pela candida-ta argentina que até já trabalhou com o secretário--geral cessante, e por isso, não se coibiu de lhe dar, publicamente, uma mãozinha.

Resta saber se a declaração de Ban Ki-moon, que suscitou uma pronta reação do chefe da diploma-cia portuguesa, é já resultado da tal pressão que as senadoras americanas querem ver exercida a favor de uma solução ditada pelo sexo (ou género), ao ar-repio do mérito.

Um último esforço diplomático

Ontem, o embaixador António Martins da Cruz, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de um Governo da Cavaco Silva disse ao DN que “acaba-ram as votações exemplificativas. Agora é altura para uma última pressão, para ver bem o que esses países [membros do Conselho de Segurança] que-rem da máquina das Nações Unidas e reforçar ou propor troca de votos”.

O jornal publicava ontem um artigo assinado por Manuel Carlos Freire que acentuava ter havido “apoiantes da neozelandesa Helen Clark (em sétimo lugar) a difundir nas redes sociais – após o resultado da terceira votação secreta realizada segunda-feira – um artigo crítico sobre os mandatos de Guterres como alto comissário para os Refugiados (2005-2015).”

Nada que surpreendesse o embaixador Antó-nio Monteiro que, admite, também poder explicar o terceiro voto negativo dado agora ao português : “Quem é apoiante de um candidato procura elimi-nar o mais perigoso. É natural algum extremar de posições.”- disse ao jornal

Cita o DN: António Monteiro, contudo, não acre-dita que venham a existir “campanhas sujas” contra o candidato português (ou outros, como a búlgara Irina Bukova, que há dias disse haver uma “campa-nha indigna” contra si). Para este também ex-chefe da diplomacia portuguesa, “a reputação de António Guterres está consolidada e não é com fantasmas e alegações não fundamentadas que a poderão man-char”.

Um diplomata desvaloriza, sob anonimato por não estar autorizado a falar, o referido artigo (de Junho, na Fox News, sobre “centenas de milhões de dólares [entregues] sem verificação” a governos e organizações privadas): “São milhões porque há milhões de refugiados e foi António Guterres que mandou implementar um regime mais apertado de controlo, fiscalização e auditoria” das verbas geridas pela agência da ONU que liderou durante dez anos.

“Tenho falado com muita gente e a opinião sobre [Guterres] é excelente e sem mácula, até pela lisura com que sempre procurou criar condições para os refugiados terem o apoio que necessitavam”, enfati-za ainda António Monteiro, um antigo embaixador junto da ONU.

Com a Nova Zelândia – cuja candidata oficial é Helen Clark – a assumir ontem a presidência do Conselho de Segurança mas a delegar já na Rússia (que lhe sucederá no mês de outubro) a responsabi-lidade pelo processo eleitoral, Martins da Cruz dá outra explicação para haver um esforço diplomático final de Lisboa: “Quer António Guterres ganhe quer perca, a sua vitória ou derrota não são pessoais. Dado o empenho do governo e a posição de respaldo dada pelo Presidente da República e pelos partidos da oposição, a candidatura é nacional e a sua derrota ou vitória seria também do país.”

Quando parecem enfraquecidos os critérios apontados como decisivos na escolha do SG e que excluíam Guterres (único a receber mais de nove votos nas três votações) – ser mulher e da Europa de Leste –, Martins da Cruz alerta que a terceira se-mana de Setembro “é essencial para a diplomacia portuguesa”: muitos chefes de Estado e duas cente-nas de ministros dos Negócios Estrangeiros estarão na abertura da nova sessão da Assembleia Geral da ONU.

JTM com DNe agências internacionais

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04 JTM | LOCAL Sexta-feira, 02 de Setembro de 2016

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• • •DO BAÚ DE RECORDAÇÕES

• • •UMA CAMPANHA ALEGRE EM 1996

A campanha eleitoral de 1996 para as eleições da Assembleia Legislativa, iniciou-se a 7 de Setembro, um sábado, e como a foto do nosso “Baú de Recordações” revela com muito mais animação do que é hábito em

Macau, talvez pelo aparecimento de diversos “out--siders” no eleitorado chinês. Na parte portuguesa, a lista “Macau Sempre” aparece praticamente sem

alternativas. O problema é convencer a comunidade a de que vale a pena participar no acto, apesar dos 116

mil votantes inscrito.

Coelhinhos coloridos aninam as Ruínas - IO Festival da Lua é já no dia 15 de Setembro e o espírito de festa começa a encher o território. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais está a instalar as decorações nas vias públicas e jardins e perto das Ruínas de São Paulo a pastelaria Yeng Kee, situada no rés-do-chão da Casa Amarela também decorou todo o prédio. Durante o dia vêm-se coelhinhos coloridos pendurados nas arcadas que à noite ganham vida com iluminações e criam bom ambiente na zona.

Coelhinhos coloridos aninam as Ruínas - IIAlém das arcadas do edifício, pertencente ao deputado Chan Chak Mo, a entrada da pastelaria tem exemplares de menor dimensão, acrescentando ao clima festivaleiro. As pastelarias da cidade também já têm as prateleiras recheadas com bolos lunares tanto tradicionais como mais modernos, recheados de gelado. Basta esperar por uma noite de céu limpo para aproveitar o tradicional piquenique e passeio.

Querida, sabes do Porsche?Estacionamento é um dos problemas do território. Quem tem carro enfrenta dois problemas: o estacionamento nas vias públicas, quando leva o veículo a “esticar as pernas à rua” e a renda do lugar de estacionamento para o ter em casa, que é o equivalente ao preço de um quarto. Felizmente, Macau é uma região onde a maior parte da população tem condições de vida e outra parte vive em condições ainda melhores. Talvez seja por isso, que o dono do Porsche estacionou-o no parque da Universidade de Macau e deixou-o lá ficar. É visível que não sai do lugar há algum tempo, tendo em conta a quantidade de pó que tem. Talvez o dono já não se lembre onde deixou o carro e vá de Lamborghini ao San Miu.

Porco “turista continua” à soltaNa semana passada, o De Fonte Limpa noticiou a presença de um turista muito especial a passear em Coloane numa bela tarde de Verão. Aparentemente, o passeio continuou pelo fim de semana dentro com um leitor a enviar uma nova fotografia do “turista”, desta feita perto de Ká-Hó. É de louvar a atitude pró-activa do animal, que parece determinado em perder uns quilinhos, apostando em longas caminhadas. Tendo em conta que o Verão no território é comprido ainda vai a tempo de conseguir um “beach body” para Outubro.

Última estação do Metro passou no exame –ISe bem que diversos atrasos e derrapagens orçamentais tenham atrasado a circulação do Metro Ligeiro da Taipa marcada para 2019, o projecto vai começando finalmente a dar novidades. Desta vez, é com grande agrado que informamos os nossos leitores, ansiosos clientes do Metro, que a primeira estação na Taipa esteve em exame pelos peritos no dia 25 de Agosto e, segundo nos disseram “de Fonte Limpa” passou no exame. Um problema a menos, pois!

Última estação do Metro passou no exame–IISendo a última estação da primeira fase da empreitada, a ST23 possui uma localização privilegiada, junto ao Aeroporto Internacional de Macau e

ao Terminal Marítimo do Pac On, indo assim servir, potencialmente milhares de pessoas diariamente. Alguém disse-nos “De Fonte Limpa” que esta estação venha a ser uma enorme “janela” da RAEM de e para o exterior. Uma “janela” bem bonita, por sinal...

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Em Macau os Pokemóns têm criatividade - IA febre do jogo “Pokémon Go” está a causar alerta em Hong Kong, por ser usado para alegadamente convocar manifestações. No território, continuam a viver-se períodos de calma sem que os animais imaginários da empresa japonesa Nintendo causem preocupações, apenas desilusões por não podermos juntar-nos à brincadeira. Por isso mesmo, um criativo local imaginou oito Pokémons na vida quotidiana de Macau, criando situações bastante cómicas.

Em Macau os Pokemóns têm criatividade - IIRetratando o dia-a-dia dos cidadãos que esperam nas paragens de autocarro, aparece um Pokémon com sacos de supermercado, enquanto outro com ar muito rezingão está ao volante de um autocarro, sendo impressionante a semelhança com os condutores locais. Outros dois com ar mais amistoso estão a ajudar os bombeiros ou a animar um corredor hospitalar, enquanto outro tenta acelerar o progresso das obras nas vias públicas de Macau.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

Ng Wai Han, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho, manda que se proceda, nos termos do nº 3 do artigo 9º e do artigo 11º do Regulamento Administrativo nº 26/2008 de 18 de Dezembro – “Normas de funcionamento das acções inspectivas do trabalho”, conjugados com os artigos 58º, nº 2 do artigo 72º e nº 2 do artigo 136º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 57/99/M, de 11 de Outubro, à notificação do transgressor do Auto nº 151/0708/2016, de 22 de Julho de 2016, a “SOCIEDADE TANGRUEN INTERNACIONAL, LIMITADA”, sita na Avenida da Amizade, Macau Fisherman’s Wharf, Miami, rés-do-chão e 1º andar, em Macau, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 1º dia útil seguinte à da publicação do presente édito, proceder ao pagamento da multa aplicada no aludido auto, no valor de Mop$5,000.00 (cinco mil patacas), pela prática da transgressão laboral prevista no artigo 77º e punida na alínea 5) do nº 3 do artigo 85º da Lei nº 7/2008 – “Lei das relações de trabalho”, de 18 de Agosto. Por outro lado, o notificado deve, no mesmo prazo, proceder ao pagamento da quantia em dívida ao trabalhador não residente LI TIN YAN, no valor de Mop$43,623.00 (quarenta e três mil, seiscentas e vinte e três patacas), devendo ainda, nos 5 (cinco) dias subsequentes ao do termo do atrás citado prazo, fazer prova do pagamento efectuado.

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 78/2016

(Reparação coerciva)

A cópia do auto, a notificacão, o mapa de apuramento da quantia em dívida ao referido trabalhador não residente e as guias de depósitos deverão ser levantados, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Inspecção do Trabalho, sito na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, nºs 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 1º andar, Macau, sendo facultada a consulta dos processo nº 1880/2016 em causa.

Decorridos os prazos, sem que tenha sido dado cumprimento à presente notificação, seguir-se-á a tramitação judicial, com a remessa do auto ao Juízo.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 22 de Agosto de 2016.

O Chefe do Departamento, Subst.º,Lai Kin Lon

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Sexta-feira, 02 de Setembro de 201606 JTM | LOCAL

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O desempenho financeiro dos casinos do territó-rio “aqueceu” com as receitas a subirem pela primeira vez em 26 meses.

Segundo dados divulgados pela Direção de Inspe-ção e Coordenação de Jogos (DICJ), as receitas do jogo ascenderam a 18.836 milhões de patacas, apresentan-do um crescimento de 1,1% em relação ao mesmo pe-ríodo de 2015.

Apesar disso e devido aos resultados negativos sentidos nos meses anteriores, em termos acumula-dos, os casinos registaram, nos primeiros oito meses do ano, receitas de 144.396 milhões de patacas, menos 9,1%.

Agosto foi o segundo melhor mês de 2016 em ter-mos de receitas, atrás de Fevereiro, mês no qual os estabelecimentos de jogo do território apresentaram receitas de 19.521 milhões de patacas. Neste período, foi também verificada uma menor queda percentual, de -0,1%.

Junho de 2014 marca o início do abrandamento das receitas de jogo, quando se registou um crescimento negativo de 3,7%.

No final de 2015, as receitas do jogo totalizaram 230.840 milhões de patacas, menos 34,3% do que em 2014.

Previsões oficiais apontam para um decréscimo de 13,35% nas receitas do jogo no final deste ano, de-vendo os montantes totais atingir 200.000 milhões de patacas.

Melco Crown com melhoria “significativa”

Também com boas notícias está a Melco Internatio-

REGISTADA PRIMEIRA SUBIDA DESDE JUNHO DE 2014

Receitas dos casinos saem do “gelo”Foram 26 longos meses de queda nas receitas do sector do jogo, mas o Inverno parece ter sido suspenso com resultados positivos no mês de Agosto, no qual as receitas a subirem 1,1% para 18.836 milhões de patacas. Resultados positivos também foram registados na Melco Internacional com uma subida bastante expressiva nos lucros líquidos que atingiram 10,4 mil milhões de dólares de Hong Kong

Não é necessariamente o fim da crise”, afirmou Ben Lee, analis-ta da consultora IGamix, para

quem o resultado “positivo” – que não esperava – figura como consequência da abertura de um novo casino (o Wynn Palace).

Também para Grant Govertsen o primeiro crescimento das receitas de jogo em mais de dois anos “mostra cla-ramente os benefícios da nova oferta” e ainda que, na perspectiva do analista da Union Gaming, tal “não queira dizer que o mercado recuperou”, dado que “obviamente ainda estamos significati-vamente abaixo do ‘pico’, é definitiva-mente um bom marco”, além de que a subida de 1,1% foi “um pouco acima do esperado”.

Muhammad Cohen, um dos edito-res da revista Inside Asian Gaming e colaborador da revista Forbes, também falou de “surpresa”, apesar de referir que paira já um “sentimento positivo” relativamente à chegada do momento de viragem.

“Já era hora. Os operadores de jogo investiram literalmente milhares de mi-lhões, daí que seja bom ver algo posi-tivo, quer seja o início da tendência de recuperação do setor do jogo ou não”, disse.

Para o economista José Isaac Duarte, “sendo a primeira vez em mais de dois anos que o crescimento homólogo não é negativo, não pode deixar de ser visto como um bom sinal. Parece confirmar--se a tendência de estabilização que se

desenhava nos últimos meses. É uma pequena variação, todavia, pelo que é cedo para concluir sobre uma possível reversão”.

Para os analistas que atribuem a su-bida das receitas de jogo, pelo menos parcialmente, à abertura do Wynn Pala-ce (a 22 de agosto), há uma expectativa de que o crescimento se mantenha em Setembro, dado que a 13 abre um novo espaço de jogo (o Parisian, da Sands China). “Penso que vamos ver novos níveis de crescimento nos próximos me-ses”, antecipou Grant Govertsen.

Muhammad Cohen também espera um “impacto positivo”, mas mostra-se mais cauteloso: “Não sei se vai ser sufi-ciente para sustentar um crescimento”.

Já Ben Lee, olhando para os próxi-

mos meses, entende que “assim que as duas propriedades [Wynn Palace e Pari-sian] estabilizarem, e a menos que haja um novo estímulo, vai voltar a haver estagnação”.

“Nos próximos três a seis meses vai flutuar entre um resultado ligeira-mente positivo e um resultado ligeira-mente negativo”, previu o analista da IGamix.

O secretário para a Economia e Fi-nanças de Macau, Lionel Leong, indi-cou, no início de Junho, que o Governo mantém a previsão de que o sector do jogo vai fechar 2016 com receitas de 200.000 milhões de patacas, valor que traduziria uma diminuição de 13,35% comparativamente ao ano passado.

JTM/LUSA

Analistas prudentes sobre recuperaçãoO mês de Agosto pôs termo a 26 meses de quebras das receitas dos casinos de Macau, mas analistas ouvidos pela agência Lusa consideram precoce falar numa reversão da tendência de contração verificada nos últimos dois anos.

Liane Ferreira

nal Development que no relatório intercalar apresenta uma subida expressiva nos lucros líquidos, depois de se ter tornado acionista maioritário com 37,89% das acções da Melco Crown Entertainment Ltd (MCE), que opera em Macau.

De acordo com o documento, o grupo registou lu-cros de 10,4 mil milhões de dólares de Hong Kong na primeira metade de 2016, número este que represen-ta um “aumento significativo” em relação ao período homólogo de 2015, quando os lucros se situaram nos 111,1 milhões de dólares de Hong Kong.

Na primeira metade deste ano, os dividendos pagos aos accionistas ascenderam a 6,73 dólares de Hong Kong por acção, enquanto no mesmo período de 2015 eram pagas a 0,07 dólares de Hong Kong.

A Melco International Development, liderada por Lawrence Ho, tomou o leme da MCE depois do aus-traliano James Parker ter reduzido a sua participação na empresa.

A melhoria dos resultados é atribuída ao desem-penho do Studio City em Macau e ao City of Dreams

Manila, nos quais as receitas líquidas subiram 10,3% para 16,9 mil milhões de dólares de Hong Kong. Em termos de EBITDA (resultados antes de juros, im-postos, amortizações e depreciações) a tendência foi crescente na ordem dos 7,8% para 3,8 mil milhões de dólares de Hong Kong.

Em comunicado, Lawrence Ho afirmou que “a abertura do Studio City é prova clara da dedicação do grupo em fornecer um portfólio distinto de não-jogo” e que o mercado de massas tem sido recompensador devido ao aumento dos visitantes e melhoria signifi-cativa nas mesas de massas.

Salientando que a indústria do jogo em Macau parece ter começado a estabilizar, o CEO declarou que mantém uma perspectiva a longo-prazo “po-sitivamente cautelosa”. Apesar disso, o grupo in-tenta reforçar a sua presença no mercado asiático, avaliando novas oportunidades noutros mercados como é o caso de uma cooperação estratégica para um casino na ilha de Jeju na Coreia do Sul e estudos de mercado em Espanha e Chipre.

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Sexta-feira, 02 de Setembro de 2016 JTM | LOCAL 07

Os novos casinos de Ma-cau não estão a agir de acordo com a Lei de

Prevenção e Controlo do Taba-gismo, defende a Associação de Empregados das Empresas de Jogo da Federação das Associa-ções dos Operários de Macau.

Sem identificar os infracto-res, o secretário-geral da associa-ção, Choi Kam Fu, salientou que a maioria das queixas recebidas são contra os espaços de jogo que abriram portas hà menos tempo.

Cinco dirigentes da associa-ção em causa entregaram on-

tem de manhã uma petição ao Governo exortando-o a reforçar as acções de fiscalização à lei do tabaco.

Para Choi Kam Fu a situação é grave na medida em que a as-sociação recebeu, desde meados de Julho, 90 queixas das quais 50 apontam directamente o dedo aos novos empreendimentos.

Na petição entregue ao Se-cretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, a associa-ção instou o Executivo a divul-gar o número das salas autori-zadas para o consumo de tabaco dado que, defende a associação, há salas que funcionam ilegal-mente para esse efeito.

Neste sentido, o grupo lide-

rado por Choi Kam Fu propôs manter uma distância entre as salas de fumo e as mesas de jogo possibilitando aos croupiers fi-carem afastados do fumo.

Segundo Choi Kam Fu o Ga-binete para a Prevenção e Con-trolo do Tabagismo tem reagido bem às queixas e os agentes de fiscalização têm inspeccionadas os locais de forma imediata. Po-rém, advertiu o responsável, este mecanismo deveria ser aplicado em todos os casinos do território.

Por outro lado, sugeriu uma fiscalização diária de 24 horas pois é raro conseguir apanhar todos os infractores, defendeu a associação.

Note-se que esta não é a

ASSOCIAÇÃO DE TRABALHADORES DO JOGO PEDE MAIS FISCALIZAÇÃO NO CONTROLO DO FUMO

Novos casinos acusados de incumprimento da lei A Associação de Empregados das Empresas de Jogo de Macau acusou os novos empreendimentos do jogo de não estarem a cumprir a lei do tabaco. Numa carta entregue ontem ao Governo, a associação exorta o Executivo a reforçar a fiscalização dos novos casinos

primeira vez que os casinos da RAEM são acusados de incum-prirem a lei. Em Julho do corren-te ano, a Associação dos Direitos dos Trabalhadores de Jogo aler-tou os Serviços de Saúde para a existência nalguns casinos, não especificados, de “salas multi-

-funções” que não respeitam as disposições legais sobre o con-trolo do tabagismo.

Do ponto de vista da associa-ção, a existência destas salas vio-la o Regime de Prevenção e Con-trolo do Tabagismo para além de “desafiar” as autoridades.

O Governo suspendeu o plano de introdução de um restaurante num dos edifícios das Casas-

-Museu na Taipa, que seria fiscalizado pelo Instituto de Formação Turística (IFT). O anúncio foi feito, ontem, pelo próprio instituto.

De acordo com a nota de imprensa, a intenção do Governo de incluir um restaurante “provocou uma discussão acalorada na sociedade”. “O grupo in-terdepartamental tutelado pela Secre-taria para os Assuntos Sociais e Cultu-ra, após uma consideração cautelosa, decidiu suspender o respectivo plano, mantendo a função original do edifício como casas de interesse turístico”.

“Depois de ter apresentado o respec-tivo projecto, o grupo interdepartamen-tal recebeu um número significativo de opiniões de cidadãos preocupados com a possibilidade de o projecto poder afectar o ambiente envolvente”, lê-se no comunicado.

Assim, e “a fim de reduzir ao míni-mo o impacto do respectivo projecto e manter o mais possível as característi-cas originais do ambiente e das casas, o grupo interdepartamental, após uma consideração ponderada, decidiu sus-

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UIVO

CASAS MUSEU AFINAL NÃO VÃO TER RESTAURANTE

Governo volta com a palavra atrásO IFT anunciou ontem a suspensão do projecto de inclusão de um restaurante português nas Casas-Museu da Taipa, uma semana depois do Governo garantir que serviria para dar a conhecer a gastronomia e cultura portuguesa

Liane Ferreira

pender o plano de introdução do pro-jecto de restauração”, afirmou o IFT indicando que a zona vai continuar a receber o Festival da Lusofonia.

Contacto pelo JORNAL TRIBUNA DE MACAU, o Instituto Cultural (IC) reiterou as palavras do IFT, salientando que “tomou conhecimento deste assun-to e não tem, de momento, qualquer resposta a dar”.

O IFT explica em comunicado que o plano pretendia “melhorar as insta-lações com o pressuposto de preservar o elegante ambiente original e de pro-mover a cultura típica português”. Pelo

que foi convidado, no início de 2016, o Instituto para o Desenvolvimento e Qualidade de Macau para levar a cabo uma avaliação de impacto ambiental, que incluiu ruído, ar, qualidade de água e luminosidade.

“O estudo revelou que, observando--se o cumprimento rigoroso das instru-ções relativas à protecção do ambiente de Macau no decurso da exploração na casa, o serviço de restauração não cau-sará um grande impacto ao ambiente envolvente”, disse ontem o IFT.

Em conferência de imprensa na se-mana passada, Fanny Vong, presiden-

Na revitalização de 1999 já estava previsto um restaurante

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OU

MUN

TIN

TOI

Viviana Chan

te do instituto, chegou mesmo a dizer que já havia ideias para o local. “Este restaurante deve ter a capacidade para divulgar também a cultura de Portugal, não só a gastronomia”, afirmou na al-tura.

Nas obras de renovação das Casas--Museu em 1998 a 2000, foi introduzi-da uma cozinha e outras instalações na casa para que viesse a funcionar um restaurante, mas este nunca se materia-lizou. Como a cozinha é antiga, o IFT admite ser necessário fazer alterações às instalações actuais para que o espaço seja eficiente.

O restaurante ia ser gerido por uma entidade que ainda não tinha sido es-colhida e ficaria sob fiscalização do IFT.

O Secretário para os Assuntos So-ciais e Cultura, Alexis Tam, avançou com a ideia de “dar vida à zona” com restaurante português, cafés e esplana-das. “Só tem actividades numa semana do ano. Só o Festival da Lusofonia, para mim não chega”, afirmou Alexis Tam na altura, lamentando que aquela área não estivesse a ser bem aproveitada. Es-tas declarações foram feitas numa visita às Oficinas da Casa de Portugal, onde declarou ainda a intenção de incluir a Casa de Portugal no projecto. Em res-posta, a presidente da Casa de Portugal mostrou-se cautelosamente receptiva, indicando seria necessário esperar pela transferência de imóveis para a tutela de Alexis Tam para depois pensar num projecto.

A 22 de Agosto, o IC anunciou o fecho temporário das Casas-Museu da Taipa para optimização das instalações culturais e funcionalidades com a inten-ção de dar uma nova imagem ao local.

As obras de remodelação das cinco casas e área envolvente têm um orça-mento de 6,4 milhões de patacas e são as primeiras obras desde a abertura das casas em 1999.

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Sexta-feira, 02 de Setembro de 201608 JTM | LOCAL

O director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) res-pondeu ontem a uma interpe-

lação escrita da deputada Li Cheng I, garantindo que foi alcançado um con-senso social sobre a licença paga de pa-ternidade e compensação de feriados quando coincidem com dias não úteis, pelo que será dada prioridade à legisla-ção sobre esses dois temas.

Reconhecendo a existência de certas polémicas, a DSAL prometeu esforçar-

Com o intuito de reivindicar a concretização da licença de paternidade e compensação para feriados perdidos, a FAOM vai avançar com uma recolha de assinaturas hoje à tarde. A DSAL prometeu legislar o mais rapidamente possível essa licença, admitindo que já existe consenso sobre o tema

-se para estudar bem as situações e ten-tar legislar mais rápido possível.

De recordar que em Maio deste ano, Li Cheng I confrontou o Governo, atra-vés de uma interpelação escrita, onde exigiu um calendário para as autorida-des avançarem com a revisão da Lei das Relações de Trabalho, pedindo ainda que essa revisão seja implementada até ao final do ano.

No mesmo tema, e em defesa do direito dos trabalhadores de gozar dos

feriados e da harmonia familiar, a Fede-ração das Associações dos Operários de Macau (FAOM) pretende organizar ac-ções de recolha de assinaturas nas ruas.

O objectivo é pedir ao Governo que a licença paga de paternidade e feria-dos compensados nas situações em que coincidem com dias não úteis se concre-tizem.

Segundo a entidade organizadora, a primeira parte da iniciativa vai arran-car hoje pelas 16h30 no Jardim Iao Hon,

sendo que a recolha de assinaturas vai estender-se até Outubro.

Segundo a FAOM, os trabalhadores têm tido os seus direitos prejudicados porque alguns feriados coincidem em dias que não são de trabalho. Além disso, a FAOM considera injusto que a licença de paternidade seja apenas de dois dias não remunerados, não estan-do de acordo com a realidade social da RAEM.

R.C.

Já há consenso sobre a licença de paternidade

Entre 3 de Setembro e 10 de Outubro, a zona ri-beirinha do lago Nam

Van do Wynn até Mandarin Oriental será invadida por “coelhinhos” no primeiro fes-tival de lanternas do territó-rio. Para o grande evento de arranque, o arquitecto Carlos Marreiros foi convidado a participar com o maior exem-plar de todo o festival: um coelho gigante.

“Reproduzimos de forma mais simples o pavilhão da lanterna em material insu-flável, vai ter 18 metros de altura, um prédio de cinco andares”, disse Carlos Mar-reiros ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, indicando que a inspiração partida do pavi-lhão de Macau na Expo Xan-gai de 2010, recebeu vários prémios e tem motivado mui-tas recriações.

Admitindo que será um grande atractivo na zona, que não se encontra muito apro-veitada, o arquitecto acres-centou que convidou perto de duas dezenas de artistas lo-cais, desde jovens com ideias mais contemporâneos até ou-tros com raízes mais tradicio-nais para pintar lanternas de menor dimensão. Essas lan-ternas são feitas de fibra de vidro e translúcidas, sendo iluminadas com luzes LED no interior, chegando a medir 2,5 metros de tamanho, pelo que o Promenade estará repleto de “coelhinhos” totalmente personalizados e iluminados.

“É um desafio engraçado e

têm liberdade de decorar, não queria que tivesse um aspecto industrial”, destacou.

“Não sendo originária de Macau, mas do Sul da China, devido às turbulências da his-tória da China essa tradição prevaleceu mais em Macau e um pouco em Hong Kong. É um tema que reflecte essa in-terligação cultural entre chi-neses e portugueses e outras nacionalidades. Todos os ma-caenses brincaram com o lam-pião do coelhinho”, recorda Marreiros.

Frisando que hoje em dia a tradição está mais diluída, considera que a população continua a identificar-se com as lanternas, pelo que poderá atrair muitas pessoas. Além disso, tornará um dos lugares mais procurados para ver os espectáculos do Concurso In-ternacional de Fogo de Artifí-cio mais interessante.

Segundo uma nota de imprensa, entre os artistas participantes contam-se Cai Guo Jie; Kuan Kun Cheong, um artistas mais tradiconal; Lai Sio Kit; Lio Man Cheong; Eugenio Novikoff Sales; For-tes Pakeong Sequeira; Tong Chong; Wong Ka Long e Tang Hui, que trabalha em Pequim.

Além das lanternas, a zona vai contar com barcos de flo-res iluminados com lanternas para aproveitar as noites no lago Nam Van, numa autênti-ca experiência de observação da lua. Esta actividade vai apenas estar disponível nos dias do Concurso Internacio-nal de Fogo de Artifício por 50 patacas por pessoa ou 300 por barco.

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UIVOCarlos Marreiros criou uma lanterna do coelhinho

gigante com 18 metros de altura e insuflável que vai habitar a Promenade do One Central, junto ao Lago Nam Van. Juntamente com este exemplar de grande porte, inspirado no pavilhão de Macau na Expo Xangai vão estar outras 20 lanternas projectadas por artistas locais

Liane Ferreira

CERCA DE 20 ARTISTAS LOCAIS CRIAM LANTERNAS ESPECIAIS

One Central invadido por “coelhinho” gigante

Este evento é organizado pelo One Central e Direcção

dos Serviços de Turismo e também terá disponíveis bar-

raquinhas com comida e bebi-da.

O coelho de 18 metros insuflável é inspirado no exemplar a Expo Xangai 2010

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Sexta-feira, 02 de Setembro de 2016 JTM | LOCAL 09

O deputado Chan Meng Kam afirmou que não aceita as desculpas da DSSOPT em relação a não ter terrenos para construir edifícios para os serviços públicos. Tais afirmações vêm no seguimento do relatório do Comissariado da Auditoria onde aqueles serviços foram criticados por colocar me risco a boa gestão do erário público

DEPUTADO REITERA CRÍTICAS AOS ARRENDAMENTOS DOS GOVERNO

Deputado Chan Meng Kamnão aceita desculpas da DSSOPT

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UIVO

SI KA LON ACUSA DEPARTAMENTOS DE FUGIREM ÀS RESPONSABILIDADES

Apontadas falhas na segurança dos elevadores

Os problemas relaciona-dos com a segurança dos cidadãos duran-

te a utilização dos elevadores estão a preocupar Si Ka Lon. A preocupação sobre esta ma-téria levou o deputado a instar o Governo a criar um departa-mento exclusivamente destina-do à manutenção e supervisão dos elevadores de Macau.

Nas palavras de Si Ka Lon, a importância dos elevadores é indiscutível por estarem as-sociados não só à segurança dos cidadãos como também desempenharem um papel re-levante na imagem de toda a cidade.

Para o deputado Si Ka Lon a segurança nos elevadores tornou-se num problema grave devido à ausência de um departamento destinado exclusivamente à respectiva supervisão. Além de instar o Governo a criar essa entidade, o deputado quer que as autoridades esclareçam quais são as suas responsabilidades

Após a divulgação do relatório do Comissariado da Auditoria (CA) no qual a Direcção dos Serviços

dos Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) é criticada por não cumprir as suas funções no que diz respeito ao pla-neamento da construção de edifícios para uso dos serviços públicos, causando des-perdício de dinheiro público, Chan Meng Kam veio a público reiterar críticas ante-riormente feitas.

Aliás, o deputado já por várias ve-zes interpelara o Governo sobre as des-pesas com imóveis privados para alojar os serviços públicos. Em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, Chan Meng Kam sublinhou novamente a im-portância da transparência da informa-ção sobre os terrenos, não aceitando que a DSSOPT tenha rejeitado os pedido de construção dos edifícios do próprio Go-verno por “falta de terrenos”.

Confessando que não é só ele que não aceita essa desculpa, mas os cidadãos também sentem o mesmo, apontou que existem terrenos do Governo desapro-

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Santa Casa “chocada” por cartório afinal ir para edifício privado

António José de Freitas, Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Macau, ficou surpreso pelo cartório afinal ir ficar alojado num edifício privado. “Fiquei chocado porque o cartório vai sair do edifício da Santa Casa para ir para o Centro de Serviços da RAEM, na zona norte, e este imóvel afinal é privado”, disse ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU. “Em comunicado, o Governo disse que queria poupar 1,2 milhões de patacas por mês, mas é estranho saírem do cartório depois de terem feito obras para irem para o centro de serviços que também é arrendado no privado e ainda por cima o contrato de arrendamento também termina em 2017, já para o ano”, afirmou, notando que a Santa Casa ainda está em negociações com

potenciais arrendatários. Além disso, considera que “a imprensa chinesa cita números es-quisitos sobre o espaço mais caro ser o da Santa Casa”, quando em termos de localização e a área, “esse dinheiro não era exagerado”. O Provedor salientou que apesar do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, ter dito que o edifício por ser classificado não deve ter fins comerciais, “em qualquer parte do mundo, mesmo na China, todos os monumentos têm rés-do-chão com fins comerciais, caso contrário não se dá vida ao es-paço”. “É preciso comércio. Só assim é que pode ser rentável para a Irmandade. Agora está fechado ao fim de semana e é uma espaço de reunião para as empregadas”, destacou.

Na interpelação escrita, o deputado lamentou que esta sugestão já tenha sido elabo-rada em 2011 mas acabou por ser rejeitada pelo Governo ale-gando falta de consenso entre a população.

Cinco anos passados e de-pois de terem sido erguidas vozes a favor da criação do de-partamento o Governo não to-mou qualquer medida, apon-tou Si Ka Lon.

De acordo com o responsá-vel, há vários departamentos que estão a cooperar de forma “desordenada” levando a que muitas pessoas sintam dificul-dades em transmitir determi-

nados problemas. Para o depu-tado esta realidade revela que se está a fugir com as devidas responsabilidades.

Além disso, o Governo foi exortado a fixar uma data para a criação de um depar-tamento de supervisão ex-clusivo para garantir a segu-rança dos elevadores. Caso contrário, deve, pelo menos, procurar esclarecer as respec-tivas responsabilidades para que se evite a complexidade o que pode permitir a criação de um canal próprio para os cidadãos apresentarem quei-xas.

R.C.

veitados. “Por exemplo, a zona C e D de Nam Van é desaproveitada, os terrenos têm servido ao longo dos anos, apenas

para plantar relva”, criticou. O deputado fez os seus cálculos, in-

dicando que se entre 2004 a 2014 foram

gastos cerca de cinco mil milhões de pa-tacas em arrendamentos e renovação de espaços alugados, se forem adicionadas as rendas de 2015 e 2016, “o montante atinge sete mil milhões de patacas”.

“A renovação de um espaço demorou mais de dois anos, mas o contrato foi in-ferior a 8 meses”, disse em relação aos in-cómodos envolvidos nos arrendamentos de edifícios privados, para os quais é ne-cessário negociar a renovação do contrato mesmo antes de se entrar no espaço.

Na sua opinião, a DSSOPT não tem como escapar às responsabilidades no caso, porque além do mais nos casos em que o Governo tem de alugar e pagar uma renda elevada, continuam a existir espaços alugados mal aproveitados ou mesmo abandonados.

A deputada Lei Cheng I partilha da mesma opinião em relação a esta situa-ção, salientando que a DSSOPT, “está sempre a dizer que não tem terrenos, mas quando há, também não faz nada”.

“A Zona B nos Novos Aterros também tem planos de construção de imóveis para serviços públicos. Não compreen-do porque é que o Governo não avança com as obras”, afirmou a deputada.

Liane Ferreira e Viviana Chan

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10 JTM | ESPECIAL Sexta-feira, 02 de Setembro de 2016

Desde sempre que a promoção turística de Han-gzhou, fundada há mais de 1.400 anos, era fei-ta em torno do seu Lago do Oeste situado no

centro da cidade e famoso por suas paisagens e por seu património cultural. Os pagodes, jardins, pontes e construções históricas espalhadas por todo o lago davam razão a que os panfletos salientassem que “há o paraíso no céu e Hangzhou na terra”.

Ao longo dos séculos, o Lago do Oeste foi o maior “landmark” desta cidade que foi uma das sete capitais antigas da China. Situando-se no centro da cidade, o Lago do Oeste teve influência dominante no desenho de jardins no resto da China, no Japão e Coreia reve-lando uma espectacularidade que todos admiram.

Capital da província de Zhejiang, fica no delta do rio Yangtzé tendo sido sempre um local bastante próspero, aproveitando-se da sua proximidade com Xangai. A zona metropolitana tem quase 9 milhões de habitantes e é considerado um importante centro fer-roviário, industrial, turístico e artístico.

Durante a sua história não teve vida fácil. Foi su-cessivamente alvo de destruições – a última ocupação foi dos japoneses – mas sempre ponto de atracção de povos estrangeiros - árabes, persas e cristãos – que moldaram uma cidade com “espírito aberto à novi-dade”

Em tempos mais recentes, altos dirigentes da Re-pública Popular da China, ali passaram tempos de fé-rias. Em especial Mao Tse-tung que ali passou longas temporadas delineando várias estratégias políticas e sociais de grande impacto na RPC, nem todas com grande sucesso.

Líder de pagamentosatravés da internet

Anfitriã da Cúpula do G20, Hangzhou não está presa a este brilhante passado mas apresenta agora um enorme potencial de desenvolvimento provenien-te da indústria da Internet.

Enquanto centro de comércio electrónico da China, a cidade aloja vários websites de comércio electróni-co e o maior número de pequenas e médias empresas do sector, para além de ali estar instalada a sede do gigante de comércio electrónico Alibaba, cujo volume de comércio é quase equivalente ao PIB anual de al-guns países desenvolvidos.

Mais de 10 milhões de comerciantes e 423 milhões de consumidores fazem uso da plataforma da empre-sa, cujo volume de transações atingiu um total de 462 bilhões de dólares.

Nomeada como “Lar do Comércio Eletrónico da China” pela Associação de Comércio Electrónico da China em 2008, Hangzhou está agora a tornar-se num marco global do “E-Commerce” e já lidera o mercado doméstico do índice de financeiro da Internet, uma vez que quase todos os serviços, incluindo refeições,

CIMEIRA DO G20 EM HANGZHOU NA SEGUNDA-FEIRA

O “Paraíso na Terra”quer ser o centro da netConhecida pela beleza do Lago do Oeste, Hangzhou quer ser o centro nacional da indústria da internet. Com boas razões. É em Hangzhou que se situa a sede da famosa Alibaba

táxis, viagens e compras diárias, podem ser pagos on-line, realçava há dias o oficial “Diário do Povo”.

Actualmente, mais de 95% das lojas de conveniên-cia e 98% dos táxis e oferecem opções de pagamento online e em 16 de Agosto, um projecto-piloto de pa-gamento móvel foi lançado nos autocarros, estando a ser estudado um plano semelhante para o Metropo-litano. As autoridades tentam popularizar o uso de serviços financeiros nos serviços básicos, como água, eletricidade e gás, referiu a mesma fonte.

A economia da informação tornou-se assim um motor importante para o desenvolvimento de Han-gzhou que segundo dados oficiais, apresenta um crescimento anual de 25%, enquanto o valor acres-centado da economia da informação em 2015 atingiu 231,38 bilhões de yuans, contribuindo para 23% do PIB da cidade.

Esta aposta tem provocado naturais e grandes mudanças nas indústrias pesadas e muito poluentes, pelo que nas vésperas da Cimeira do G20, as autori-dades da zona metropolitana de Hangzhou ordena-ram o encerramento de fábricas, durante 12 dias, para garantir que o céu fique azul durante a presença dos dignitários visitantes.

A ordem abrange as unidades de produção de químicos, materiais de construção e manufactura de têxteis que se estendem de Xangai a outras quatro

províncias.De acordo com informações publicadas pela agên-

cia Lusa, as autarquias encorajaram também os cida-dãos a gozarem as suas férias fora da cidade, na espe-rança de reduzir o congestionamento do trânsito.

A União Europeia, por seu lado, adiantava uma noticia da Reuters em que se salientava que o mais premente assunto a debater no G20 é o excesso de ca-pacidade da indústria siderúrgica e de outros sectores económicos

A China produz metade das 1,6 bilião de toneladas de aço do mundo e tem enfrentado dificuldades para reduzir 300 milhões de toneladas de excedentes. Os preços do aço em aço têm dado motivos para as fábri-cas siderúrgicas do país ampliarem produção voltada a exportações o que os alemães e outros países euro-peus não desejam.

Presidente Chinêsdefende 4 ideias-chave

É esta cidade que hoje se prepara para receber os líderes dos 20 mais poderosos países do Mundo, sob os auspícios do Presidente Xi Jinping.

O “Diário do Povo”, revelou que em frente dos mais poderosos líderes mundiais o Presidente chinês vai dar a sua visão sobre o futuro da economia mun-dial, sob o lema “Construir uma Economia Mundial Inovadora, Revigorada, Interconectada e Inclusiva”.

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Sexta-feira, 02 de Setembro de 2016 JTM | ESPECIAL 11

Citando partes de uma sua intervenção nu almo-ço de trabalho da Cimeira do G20 de 2015, o jornal oficial diz que Xi Jiping deverá definir “quatro áreas--chave” para a estabilização e crescimento da econo-mia mundial.

“Primeiro, temos que transformar os padrões de crescimento em meios inovadores, com destaque par-ticular na procura de reformas e da inovação. Deve-mos criar e agarrar novas oportunidades para promo-ver o potencial do crescimento da economia global.

Em segundo lugar, precisamos de melhorar a ges-tão económica e financeira global, aumentar a repre-sentatividade dos mercados emergentes e países em desenvolvimento, e reforçar a capacidade da econo-mia mundial contra riscos.

Terceiro, precisamos de promover o comércio e investimento global para estimular o crescimento e construir uma economia mundial aberta.

Em quarto lugar necessitamos de promover o de-senvolvimento inclusivo e interconectado, implemen-tar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentá-vel, eliminar a pobreza, e realizar o desenvolvimento comum.”

EUA querem que Obamapriorize cibercrime

A visão norte-americana é mais directa. Seis se-nadores dos EUA pediram que durante a reunião do G20, o Presidente Barack Obama priorize o cibercri-me, após o roubo de 81 milhões de dólares do banco central de Bangladesh.

Segundo carta obtida pela Reuters escrita por Sherrod Brown, deputado democrata que integra a Comissão sobre Bancos do Senado, e assinada por outros cinco senadores querem que Obama pressio-ne os líderes das maiores economias do mundo a se comprometerem com uma “estratégia coordenada de combate ao cibercrime em instituições financeiras crí-ticas”.

A carta cita o incidente de Fevereiro no qual ha-ckers invadiram sistemas do Banco de Bangladesh e usaram a rede bancária Swift para retirar quase um bilião de dólares de uma conta no banco do Federal Reserve em Nova Iorque. Ao que salientam, algumas dezenas de ordens foram preenchidas, com boa parte dos 81 milhões de dólares perdidos que desaparece-ram em casinos das Filipinas.

“As nossas instituições financeiras estão ligadas para facilitar o comércio global, mas cibercriminosos, independentes ou patrocinados por Estados, colocam em perigo esse sistema internacional de maneira que há ameaças reais”, disseram os senadores na carta a Obama, que terminam com um apelo a que o Presi-dente ameriano “trabalhe com os demais líderes e priorize essa discussão na reunião do G20”.

JTM com agências

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Sexta-feira, 02 de Setembro de 201612 JTM | LOCAL

O Ka I não se deixou surpreender pela Polícia e garantiu desde já um lugar na fase seguinte do

campeonato de bolinha, depois de um triunfo por 3-0, mas apenas conseguido nos segundos vinte e cinco minutos do desafio de ontem à noite no sintético do D. Bosco.

Bastava uma vitória ao “sete” de Josecler, daí alguma ansiedade nos jo-gadores, que na primeira parte, apesar do domínio, não encontraram soluções para bater o experiente guarda-redes Leong Chon Kit.

A pressão do Ka I acentuou-se na segunda metade e aí surgiram os golos.

Em dois minutos, aos 30 (Diego Pa-triota) e 32 (Pang Chi Hang), o detentor do título neste campeonato de bolinha, resolveu praticamente a partida, au-mentando o “score” aos 43 de novo por Diego Patriota, que assim igualou, com sete golos, o melhor marcador da pro-va, o sul-africano Samuel Ramosoeu, que tem menos um encontro realizado.

Com este resultado, o Ka I totaliza 16 pontos, garantindo pelo menos o se-gundo lugar, uma vez que o Lam Pak tem 14, defrontando na última jornada o Lai Chi, enquanto que o Lam Pak tem pela frente um “osso duro de roer”, o Night Walker.

Vários candidatos

às “meias”Nas restantes partidas da semana,

também a contar para este mesmo Gru-po A, não se registaram surpresas, com vitória dos considerados mais fortes, como são os casos de Sporting e Lam Pak, formações que partiram com am-bições para mais este campeonato de bolinha.

Há ainda muita indefinição no que diz respeito à segunda vaga de acesso às meias-finais, com três candidatos, Lam Pak, Sporting e Night Walker.

Nesta altura e quando a fase de gru-pos está a chegar ao fim, o Lam Pak, treinado por Emanuel Noruega, é o que se encontra em melhor posição, uma vez que depende apenas de si próprio, ao contrário dos rivais.

O Lam Pak venceu os Sub 23 (2-1) e passam a somar 14 pontos, mais dois do que o Sporting e mais cinco do que o Night Walker, mas este ainda com dois desafios por realizar, o primeiro dos quais hoje, diante de Chiba.

Os “caminhantes da noite”, coman-dados por Chan Man Kin, treinador

CAMPEONATO DE BOLINHA

Ka I confirma presença nas meias-finaise junta-se a Benfica e Monte CarloFalta apenas uma vaga para os últimos quatro do futebol de sete, saindo do trio Lam Pak, Sporting e Night Walker, integrados no Grupo A. Tudo vai ficar definido na próxima semana

Vítor Rebelo*

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TOSque tomou conta da equipa na época

passada, depois de muitos anos ao ser-viço do Lam Pak no futebol de onze, só se conseguirão qualificar se vencerem Chiba e o Lam Pak na derradeira ronda e mesmo assim o Sporting teria de em-patar ou perder com os Sub 23.

Daí que a tarefa do Night Walker se apresente complicada, uma vez que foi derrotado pelo Sporting nesta fase de grupos, deixando a equipa ao dispôr de resultados de terceiros.

“Leões” ainda acreditam

Nessa situação está igualmente o Sporting, mas numa luta directa com o Lam Pak, com quem perdeu por 2-1 e a partir daí complicou as aspirações de apuramento, num ano em que os seus dirigentes apostaram forte pelo menos na presença nas meias-finais.

Os “verde-brancos” ganharam uma “primeira batalha”, no confronto com o Lai Chi, por 4-2, acreditando ainda na qualificação.

“Procurámos a vitória e consegui-mos, diante de um Lai Chi que apareceu este ano um pouco mais fraco do que em épocas anteriores, isto porque saiu um dos seus melhores jogadores para o Ka I. Marcámos cedo, controlámos o jogo e na segunda parte apontámos mais três golos, ainda que o Lai Chi te-nha feito dois, em duas ofertas nossas, o que não me deixou muito satisfeito”, palavras do treinador do Sporting, João Pegado.

Os “leões” atingiram o interva-lo com vantagem mínima, num tento apontado aos 7 minutos por Júnior Soa-res, aumentando na segunda para 3-0, com golos de Nicholas Friedman (aos 32) e Edgar Silva (34).

O Lai Chi reduziu aos 42 através de Sio Ka Un, mas o Sporting respondeu aos 46 com o 4-1, de novo por intermé-dio do brasileiro Edgar Silva, um dos melhores artilheiros desta bolinha, já com seis golos apontados.

Depender de terceiros

O Lai Chi fechou a contagem em cima dos 50, por Sio Ka Un, que, tal como Edgar, igualmente bisou no de-safio.

“A primeira final está ganha e ago-ra só falta uma jornada. Como vamos jogar primeiro do que o Lam Pak, isso pode criar maior pressão sobre o ad-versário. Claro que dependemos desse jogo porque fomos nós que nos colo-cámos nesta situação (ao perder com o Night Walker)”, refere João Pegado.

O Sporting voltou a poder utilizar

David Cardoso assina pelo Braga

O jovem nascido em Macau, David Kong Cardoso, formado nas escolas do Benfica do território pela mão do próprio pai, o antigo treinador Rui Cardoso, que agora, em Portugal continua ligado ao futebol, acaba de assinar um contrato com o Sporting de Braga, válido para esta temporada. David, de 21 anos, que esteve já nos juvenis do Sport Lisboa e Benfica e nos seniores do Feirense, Mafra e Loures, não quis renovar pelo Cova da Piedade e vai assim vestir a camisola dos bracarenses, tudo apontando para que vá actuar na equipa B e por isso na competitiva II Liga portuguesa.

Júnior Soares e na verdade o brasileiro dá outro ritmo à equipa contando com uma preciosa ajuda em especial do seu compatriota Edgar.

Resta agora então saber o resultado do Night Walker, que como dissemos joga hoje, para se saber como ficará a tabela classificativa antes da ronda de-cisiva no fecho deste Grupo A.

Benfica na liderança

No que concerne à série B, tudo esta-va já definido, em termos de apuramen-to para as meias-finais, mesmo antes da quinta jornada, a favor de Benfica e Monte Carlo, que têm tido um trajecto semelhante, ambos com vitórias em to-dos os desafios e apenas separados pela diferença de golos marcados e sofridos, com vantagem para as “águias”, 12-1 contra 11-2 dos “canarinhos”.

Com estes números, bastará um em-pate ao conjunto de Tiago Simões, no confronto entre ambos, agendado para a próxima segunda-feira, para terminar no primeiro lugar, evitando assim, pro-vavelmente, o Ka I nas meias-finais.

No jogo de quarta-feira, houve do-mínio total do Benfica, como disse o treinador ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU:

“Jogo de sentido único. Marcámos cedo (seis minutos por Nicholas Tor-rão) e depois fizemos o segundo (Fili-pe Duarte) em cima do intervalo. Na segunda parte controlámos a partida e poderíamos ter feito mais golos. Apro-

veitamos estes jogos para trabalhar a posse de bola e treinar em competição.”

Sobre o adversário das meias-fi-nais…

“É relativo e tudo vai depender da nossa classificação no grupo. Queremos ganhar ao Monte Carlo, mesmo que o empate nos sirva e depois se verá, por-que já sabemos como é a bolinha, a his-tória dos jogos a eliminar depende de vários factores”, concluiu o técnico da equipa para esta bolinha.

Evitar o Ka I

Já o Monte Carlo terá de vencer para terminar na frente do grupo.

“Uma vitória diante do Benfica tal-vez seja muito importante, porque as-sim não iremos encontrar o Ka I nas meias-finais”, diz o treinador dos “ca-narinhos”, Cláudio Roberto, para quem tem sido positivo o balanço até esta al-tura na bolinha:

“Sim, temos conseguido realizar o trabalho a que nos propusemos e com resultados. Esse trabalho foi-se conso-lidando e um dos objectivos era o de dar minutos a todos os jogadores, o que realmente tem acontecido, por isso con-sidero que o balanço é positivo.”

O Monte Carlo ganhou nesta penúl-tima ronda do grupo ao Cheng Fung, de João Rosa, por 2-0, com tentos aponta-dos por Julyan Duarte (18 minutos) e na própria baliza (aos 40) pelo defesa do Cheng Fung, Chao Long Hong.

*Jornalista

Diego Patriota tem sido uma das referências na equipa do Ka I

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Sexta-feira, 02 de Setembro de 2016 JTM | DESPORTO 13

Pelos Algarves anda a popula-ção agitada com a tentativa de descoberta de petróleo na “cos-

ta”, pelos custos ambientais que se verificaram noutros locais. O mentor da iniciativa tem sido Sousa Cintra, o empresário que, há anos, foi presiden-te do Sporting.

Mesmo com essa experiência, Sou-sa Cintra os últimos dias mostram que Sousa Cintra anda à procura no lugar errado. Os “poços de petróleo” em Portugal estão no futebol, como se viu nas horas finais da “janela” de transferências que ontem terminou na Europa – a Rússia ainda pode fazer aquisições.

Não foi “janela”, mas sim mercado. E, para o habitual em Portugal um mer-cado que atingiu grandes dimensões.

Nos últimos dias, independente-mente de se valorizar todo o esforço financeiro que os clubes ditos “peque-nos” fizeram para os reajustamentos que os seus treinadores iam pedindo, sempre com a frase lapidar a anteci-par qualquer diálogo “para lutar pela manutenção, precisamos de...”, o me-diatismo desta “quadra” centrou-se, naturalmente, nos crónicos candida-tos Benfica, Sporting e FC do Porto, com um Braga muito mais vendedor do que comprador – melhor, vende-dor mas a receber jogadores incluídos no “pacote” global.

O Benfica comprou para “tapar os buracos” que as saídas de Gaitan e Renato Sanchez geraram, o Sporting, para preencher as posições de João Mário e Slimani e, o terceiro, dadas as saídas de Aboubakar, Indi e outros

Costa Santos Sr.*

PORTUGAL

Há “petróleo” nos clubes portugueses?Foi uma corrida louca e…muito mais louca nas horas finais deste “mercado de transferências”. Das novelas dos últimos dias, Rafa assinou pelo Benfica e Adrien continua de verde e branco vestido! Nas contas finais e no total, mais de trezentos milhões de euros foram gastos e algumas centenas de milhões, recebidos

que nunca se consolidaram na primei-ra equipa.

Se os cofres tinham ou não o “papel” suficiente para fazer face às exigências, só os dirigentes o poderão saber.

Mas, no caso de Benfica e Sporting, o dinheiro “fresco” entrado nos cofres – independentemente de, parte dessa verba, se destinar a encargos bancá-rios contraídos aquando da reestrutu-ração da dívida – deu um certo desa-fogo como se prova pela abordagem ao mercado, com os encarnados, por exemplo, a pagarem 16 milhões por Rafa mais 50% do que o representan-te do jogador impunha receber (mais ou menos 800 mil euros), sem contar, obviamente, com um jogador cedido a título definitivo (Rui Fonte) e, outro, cedido por uma temporada (Benitez).

Já o Sporting, optou por uma estra-tégia diferente: ceder por uma ou duas épocas alguns jogadores; emprestar outros com cláusula de compra obri-gatória no final da época e…rescindir, amigavelmente, com outros. Resulta-

do: um alívio muito significativo na folha salarial e, ainda, um encaixe de alguns milhões, muito embora sem o significado das dezenas de milhar.

Já o FC do Porto optou igualmen-te pelos empréstimos e de compras avultadas só o central Boly e Oliver Torres poderão ter atingido – porque nada foi revelado quanto a verbas… - a dezena e meia de milhões de euros. Em contrapartida, as muitas cedên-cias também serviram para diminuir as dores de cabeça mensal.

As novelas…Claro que o passar do tempo e as

indefinições geradas, alimentaram – e muito – o “diz-que-diz” da comunica-ção social, escrita e falada, sem esque-cer (talvez a mais importante fatia) a televisiva.

Se Rafa estava “preso” pela birra do seu representante (António Araú-jo) em receber qualquer coisa como um milhão e seiscentos mil euros pelo trabalho da mediação – coisa que o

presidente do Benfica recusava pagar por, no seu entender, o negócio ter sido feito sem a intervenção do em-presário -, Adrien era “retido” pelo presidente Bruno de Carvalho (ao que dizem por exigências de Jorge de Jesus), escudando-se num contrato “actualizado” em Fevereiro passado e cujo valor foi “muito substancialmen-te melhorado” – citando um comuni-cado da SAD do Sporting -, situação esta que provocou uma “onda” de recriminações, quer por parte do em-presário do jogador – o francês Jona-than Maree – quer, inclusive, pelo seu próprio pai, Manuel Silva.

A tudo isto Bruno de Carvalho re-sistiu. A tal ponto que, a meio da tar-de da passada quarta feira – o última dia das transferências – ter sido posta a circular a noticia de que “Adriden fechado com o Leicester”. Informação e contra-informação., o normal, nor-malíssimo, nestes casos!

Ao bater das doze badaladas na Europa, com o “mercado” a fechar os taipais, vieram as certezas: Rafa assi-nou pelo Benfica – no hotel onde a se-lecção estava concentrada- e Adrien não teve, por parte do Leicester, o tal interesse que o levaria até terras de Sua Magestade. Entretanto, nos últi-mos segundos, o Sporting ainda foi buscar, por empréstimo do Liverpool, Markovic, o sérvio que já passou pelo Benfica.

Agora, como disse Jorge Jesus, “vai haver gente que regressa ao tra-balho chateada mas terá de limpar a cabecinha muito rapidamente. Já che-ga de vivermos sem saber com o que poderemos contar!”

*Jornalista profissionalespecializado em desporto

O internacional português Rafa acabou por ficar em Braga

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Avisam-se os Pais e Encarregados de Educação dos alunos da Escola Portuguesa de Macau de que as aulas do ano lectivo 2016/2017 terão início no dia 5 do corrente mês com uma recepção aos alunos.

• 1º ano – 09:30h / 13:00h - Professor Titular

• 2º, 3º e 4º ano – 09:00h / 13:00h - Professor Titular

• 2º Ciclo, 3º Ciclo e Ensino Secundário – 10:00h / 13:00h - Reunião Geral (Ginásio) e

reunião com o Director de Turma

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Sexta-feira, 02 de Setembro de 201614 JTM | PUBLICIDADE

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

Considerando que se revela ser impossível notificar, nos termos do artigo 14º do Decreto-Lei nº 52/99/M, de 4 de Outubro, do artigo 68º e do nº 1 do artigo 72º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei nº 57/99/M, de 11 de Outubro, YULIANA (titular do Título de Identificação de Trabalhador Não Residente) e ZHANG HONGJIN (titular do Título de Identificação de Tralhador Não Residente), por ofício, telefone, pessoalmente ou outra forma, sobre a matéria de que são acusados, infracção à Lei nº 21/2009, de 27 de Outubro - Lei da Contratação de Trabalhadores Não Residentes, e para os efeitos de procedimento da aplicação da respectiva multa, Ng Wai Han e Lai Kin Lon, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho (DIT) e Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho (DIT), Substituto, da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), notifica, nos termos do nº 2 do artigo 72º do CPA, os aludidos infractores, do teor da decisão san-cionatória em causa, no seguinte:

1. Por ter comprovado as acções de YULIANA e ZHANG HONGJIN, bem come a culpa dos infractores, ao abrigo da alínea 2) do nº 5 do artigo 32º da Lei nº 21/2009, de 27 de Outubro – Lei da Contratação de Trabalhadores Não Residentes, nos mesmos termos legais da mesma lei, foram aplicadas a cada infractor, a pena de multa de MOP$5.000,00 (cinco mil patacas);

2. Informa-se ainda que, nos termos do nº 2 do artigo 17º do Regulamento Administrativo nº 26/2008, de 29 de Outubro - Normas de Funcionamento das Acções Inspectivas do Trabalho, conjugado com as alíneas a) e b) do nº 2 do artigo 145º e os artigos 149º e 155º do CPA, os actos administrativos em causa podem ser impugnados, pelo seguinte:a) Mediante reclamação para a autora do acto (A Chefe do DIT), no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do dia seguinte ao

da presente notificação; oub) Mediante recurso hierárquico necessário para o superior hierárquico do autor do acto (Director da DSAL), no prazo de 30

(trinta) dias, a contar do dias seguinte à da presente notificação edital.

Por outro lado, nos termos do nº 4 do artigo 150º conjugado com o nº 1 do artigo 156º do CPA, o direito acima referido é exercido por meio de requerimento, no qual devem ser expostos os fundamentos (de facto e de direito), juntando os documentos considerados convenientes, não sendo o acto acima mencionado susceptível de recurso contencioso.

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 79/2016

(Trabalho ilegal - pagamento das multas)

3. Mais ficam notificados que, nos termos do artigo 34º da Lei 21/2009, de 27 de Outubro – Lei da Contratação de Trabalhadores Não Residentes, e da alínea e) do artigo 14º do Decreto-Lei nº 52/99/M. de 4 de Outubro, conjugado com os nºs 1 e 2 do artigo 15º do Regulamento Administrativo nº 26/2008, de 29 de Dezembro - Normas de Funcionamento das Acções Inspectivas do Trabalho, os aludidos infractores devem, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da publicação da presente notificação edital, comparecer na DSAL para o levantamento da guia de depósito a favor do Fundo de Segurança Social de pagamento da multa e proceder ao seu pagamento. Ficam ainda notificados que, nos 5 (cinco) dias subsequentes aos do prazo acima referido deverão entregar nestes serviços, o documento comprovativo desse pagamento, sob pena das cópias de todos os documentos acompanhados do comprovativo de cobrança coerciva serem remetidos à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para cobrança coerciva nos termos legais.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 24 de Agosto de 2016.

O Chefe do DIT, Substituto,Lai Kin Lon

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

Considerando que se revela ser impossível notificar, nos termos dos artigos 10º e 58º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 57/99/M, de 11 de Outubro, os indivíduos abaixo mencionados, por ofício, telefone, pessoalmente, ou outra forma, Lai Kin Lon, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho (DIT), Substituto e Kuan Kun Chou, Chefe de Divisão de Protecção da Actividade Laboral, Substituto, do Departamento de Inspecção do Trabalho (DIT), mandam que se proceda, nos termos do nº 2 do artigo 11º do Decreto-Lei nº 52/99/M, de 4 de Outubro, conjugado com o artigo 94º do mesmo Código, à notificação dos indivíduos abaixo mencionados, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 1º dia últil seguinte ao da publicação do presente édito, exercerem por escrito o seu direito de defesa, em virtude de terem eventualmente cometido infracção ao disposto à Lei nº 21/2009, de 27 de Outubro – “Lei da Constratação de Trabalharoes Não Residentes”

Os eventuais infractores abaixo mencionados poderão levantar, dentro das horas de expediente, a respectiva nota de culpa no DIT, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, nºs 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 1º andar, em Macau, sendo também facultada a consulta dos respectivos processos. Findo o prazo acima referido, os processos seguirão as respectivas tramitações nos termos do Código do Procedimento Adiminstrativo.

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 80/2016

(Trabalho ilegal – Exercício do direito de defesa)

1. Relativamente ao processo nº 8638/2015;a) WEI, XHINENG (titular do Título de Identificação de Trabalhador Não Residente), apesar de estar autorizado

a permanecer na RAEM na qualidade de trabalhador, é suspeito de prestar actividade ao empregador diferente daquele para o qual esteja autorizado a trabalhar, o referido facto constitui eventualmente infracção ao disposto na alínea 2) do nº 5 do artigo 32º da Lei nº 21/2009, de 27 de Outubro – “Lei da Contratação de Trabalhadores Não Residentes”.

b) WU, ZHIBIAO (titular do Título de Identificação de Trabalhador Não Residente), apesar de estar autorizado a permanecer na RAEM na qualidade de trabalhador, é suspeito de prestar actividade ao empregador diferente daquele para o qual esteja autorizado a trabalhar, o referido facto constitui eventualmente infracção ao disposto na alínea 2) do nº 5 do artigo 32º da Lei nº 21/2009, de 27 de Outubro – “Lei da Contratação de Trabalhadores Não Residentes”.

2. Relativamente ao processo nº 10788/2014;KWAN, LAI LUN FRANK (titular do Título de Identificação de Trabalhador Não Residente), apesar de estar autorizado a permanecer na RAEM na qualidade de trabalhador, é suspeito de prestar actividade ao emprega-dor diferente daquele para o qual esteja autorizado a trabalhar, o referido facto constitui eventualmente infracção ao disposto na alínea 2) do nº 5 do artigo 32º da Lei nº 21/2009, de 27 de Outubro – “Lei da Contratação de Trabalhadores Não Residentes”.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 26 de Agosto de 2016.

O Chefe do Departamento, Subst.º, Lai Kin Lon

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Sexta-feira, 02 de Setembro de 2016 JTM | ACTUAL 15

CHINAA actividade do sector industrial da China expandiu inespera-damente ao ritmo mais rápido em quase dois anos em Agosto devido à construção, sugerindo que a economia está a estabi-lizar-se em resposta aos gastos do governo, assinala a Reuters, adiantando que alguns analistas esperavam resultados mais fra-cos devido ao fecho de muitas fábricas em redor de Hangzhou.

TAILÂNDIAUm tailandês identificado como Sunand Saengthong acusado de liderar uma ampla rede de tráfico de migrantes, sobretudo pessoas da minoria rohingya (minoria muçulmana existente na Birmânia), foi condenado a 35 anos de prisão, divulgaram on-tem as autoridades tailandesas.

VENEZUELACom gritos de “esse governo vai cair”, apoiantes da oposição ve-nezuelana chegaram a Caracas para participar de manifestações com o objetcivo de pressionar por um referendo revogatório ainda neste ano contra o impo-pular presidente Nicolás Madu-ro. A oposição espera que um milhão de pessoas se reúnam para expressar sua revolta com Maduro e a crise económica pro-funda.

VOLTA AOMUND

A manifestação foi marcada nas re-des sociais e começou junto ao Mu-seu de Arte de São Paulo (MASP),

para protestar contra a destituição de Dil-ma Rousseff, aprovada na quarta-feira no Senado brasileiro.

A concentração começou de forma pa-cífica, com os manifestantes a saírem da Avenida Paulista em direcção à Rua da Consolação, onde se verificou então uma forte reacção da polícia, que lançou deze-nas de bombas de gás lacrimogéneo sobre os manifestantes. Os manifestantes respon-deram com fogueiras de lixo na Rua da Consolação, transformando a zona num cenário de guerra.

Uma fonte policial explicou à agência Lusa que a reacção das forças de seguran-ça presentes no local, incluindo dezenas de agentes, se deveu a autocarros queimados nas ruas.

Além de gritarem “Fora, Temer”, numa referência ao Presidente da República em-possado na sequência da aprovação da destituição de Dilma Rousseff, a mesma frase foi escrita em prédios que não esta-vam a ser vigiados.

Quando o cheiro a gás já estava impreg-nado em toda a Rua da Consolação, os ma-nifestantes voltaram ao local e começaram a gritar frases de ordem como “Não tem arrego”, uma expressão que significa “Não vamos desistir”.

BRASIL

Milhares protestam a favor de DilmaUm protesto contra a destituição de Dilma Rousseff com milhares de pessoas no centro de São Paulo, no Brasil, transformou-se, quarta-feira, num cenário de guerra, com episódios de vandalismo e gás lacrimogéneo lançado pela polícia

“Fascistas, golpistas não passarão” foi outra das frases repetidas pelos manifes-tantes, num dia histórico para o Brasil, que finalizou um processo de ‘impeachment’ (destituição) polémico que dividiu a popu-lação.

Pelo menos, uma pessoa ficou ferida durante o protesto. O funcionário públi-co, que não quis ser identificado, contou à Lusa que estava a caminho da igreja, onde ia buscar a sua mulher, quando se viu no

meio das bombas de gás lacrimogéneo, sentindo-se mal. Sentado na calçada, o ho-mem explicou, no meio de uma crise de choro, que sofre de ataques de pânico.

A palavra “golpe” foi muito mais men-cionada nesta manifestação do que no pro-testo do dia anterior, também no centro de São Paulo, testemunhou a Lusa.

Os tumultos continuavam noutras áreas do centro da cidade.

Lusa

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Sexta-feira, 02 de Setembro de 201616 JTM | PUBLICIDADE

Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes

EDITAL

Edital n.º : 99/E-BC/2016Processo n.º : 679/BC/2015/FAssunto : Demolição de obra não autorizada pela infracção às disposições do Regulamento de Segurança Contra Incêndios (RSCI)Local : Estrada de Adolfo Loureiro n.º 21, Edf. Pou Kim, parte do terraço sobrejacente à fracção 5.º andar A (CRP:A4), Macau.

Cheong Ion Man, subdirector da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, no uso das competências delegadas pelo Despacho n.º 12/SOTDIR/2015, publicado no Boletim Oficial da RAEM n.º 38, II série, de 23 de Setembro de 2015, faz saber que ficam notificados os donos da obra Ho Meng Tak e Ho Tin Chu e outros eventuais donos ou seu(s) mandatário(s), caso existam, assim como os utentes do local acima indicado, cujas identidades se desconhecem, do seguinte:

1. Na sequência da fiscalização realizada pela DSSOPT, apurou-se que no local acima indicado realizaram-se as seguintes obras não autorizadas:

2. De acordo com o n.º 1 do artigo 95.º do RSCI, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 24/95/M, de 9 de Junho, foi realizada, no seguimento de notificação por edital publicado nos jornais em língua chinesa e em língua portuguesa de 2 de Fevereiro de 2016, a audiência escrita dos interessados, mas não foram carreados para o procedimento elementos ou argumentos de facto e de direito que pudessem conduzir à alteração do sentido da decisão de ordenar a demolição das obras não autorizadas acima indicadas.

3. Sendo as escadas, corredores comuns e terraço do edifício considerados caminhos de evacuação, devem os mesmos conservar-se permanentemente desobstruídos e desimpedidos, de acordo com o disposto no n.º 4 do artigo 10.º do RSCI. Assim, nos termos do n.º 1 do artigo 88.º do RSCI e no uso das competências delegadas pela alínea 6) do n.º 1 do Despacho n.º 12/SOTDIR/2015, publicado no Boletim Oficial da RAEM n.º 38, II série, de 23 de Setembro de 2015, e por meu despacho de 16 de Agosto de 2016 exarado sobre a informação n.º06567/DURDEP/2016, ordeno ao(s) dono(s) das obras ou seu(s) mandatário(s) que proceda(m), por sua iniciativa, no prazo de 8 dias contados a partir da data da publicação do presente edital, à demolição das obras acima indicadas e à reposição dos locais afectados, bem como aos interessados e aos utentes que procedam à remoção de todos os materiais e equipamentos neles existentes e à sua desocupação, devendo, para o efeito e com antecedência, apresentar nesta DSSOPT o pedido da demolição das obras ilegais, cujos trabalhos só podem ser realizados depois da sua aprovação. A conclusão dos referidos trabalhos deverá ser comunicada à DSSOPT para efeitos de vistoria.

4. Findo o prazo da demolição e da desocupação, não será aceite qualquer pedido de demolição das obras acima mencionadas. De acordo com o n.º 2 do artigo 139.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, notifica-se ainda que nos termos dos n.ºs 1 e 2 do artigo 89.º do RSCI, findo o prazo referido, a DSSOPT, em conjunto com outros serviços públicos e com a colaboração do Corpo de Polícia de Segurança Pública, procederá à execução dos trabalhos acima referidos, sendo as despesas suportadas pelos infractores. Além disso, findo o prazo da demolição e da desocupação voluntárias, a DSSOPT dará início aos trabalhos de demolição e de desocupação, os quais, uma vez iniciados, não podem ser cancelados. Os materiais e equipamentos deixados no local acima indicado serão depositados num local a indicar à guarda de um depositário a nomear pela Administração. Findo o prazo de 15 (quinze) dias a contar da data do depósito e caso os bens não tenham sido levantados, consideram-se os mesmos abandonados e perdidos a favor do governo da RAEM, por força da aplicação do artigo 30.º do Decreto-Lei n.º 6/93/M, de 15 de Fevereiro.

5. Nos termos do n.º 3 do artigo 87.º do RSCI, a infracção ao disposto no n.º 4 do artigo 10.º é sancionável com multa de $4 000,00 a $40 000,00 patacas. Além disso, de acordo com o n.º 4 do mesmo artigo, em caso de pejamento dos caminhos de evacuação, será solidariamente responsável a entidade que presta os serviços de administração ou de segurança do edifício.

6. Nos termos do n.º 1 do artigo 97.º do RSCI e das competências delegadas pelo n.º 4 do Despacho n.º 12/SOTDIR/2015, publicado no Boletim Oficial da RAEM n.º 38, II série, de 23 de Setembro de 2015, da decisão referida no ponto 3 do presente edital cabe recurso hierárquico necessário para o Secretário para os Transportes e Obras Públicas, a interpor no prazo de 8 (oito) dias contados a partir da data da publicação do presente edital.

RAEM, 16 de Agosto de 2016

Pelo Director dos ServiçosO Subdirector

Cheong Ion Man

ObraInstalação de portão metálico na entrada e saída do terraço sobrejacente à fracção 5.º andar A.Construção de um compartimento com cobertura metálica, chapa metálica e janelas de vidro na parte do terraço sobre-jacente à fracção 5.º andar A.

Infracção ao RSCI e motivo da demoliçãoInfracção ao n.º 4 do artigo 10.º, obstrução do caminho de evacuação.Infracção ao n.º 4 do artigo 10.º, obstrução do caminho de evacuação.

1.1

1.2

Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes

EDITAL

Edital n.º : 23/E-OI/2016Processo n.º : 470/OI/2015/FAssunto : Demolição de obra não autorizada pela infracção às disposições do Regulamento Geral de Construção Urbana (RGCU)Local : Estrada de Adolfo Loureiro n.º 21, Edf. Pou Kim, parte do terraço sobrejacente à fracção 5.º andar A (CRP:A4), Macau

Cheong Ion Man, subdirector da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), no uso das competências delegadas pelo Despacho n.º 12/SOTDIR/2015, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) n.º 38, II Série, de 23 de Setembro de 2015, faz saber que ficam notificados o(s) dono(s) da obra ou seu(s) mandatário(s) e os utentes do local acima indicado, do seguinte:

1. Na sequência da fiscalização realizada pela DSSOPT, apurou-se que no local acima indicado realizou-se a obra não autorizada abaixo indicada, a qual infringiu o disposto no n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 79/85/M (RGCU) de 21 de Agosto, alterado pela Lei n.º 6/99/M de 17 de Dezembro e pelo Regulamento Administrativo n.º 24/2009 de 3 de Agosto, pelo que a mesma é considerada ilegal:

Obra

1.1 Instalação de tubo.

2. De acordo com os artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, foi realizada, no seguimento de notificação por edital publicado nos jornais em língua chinesa e em língua portuguesa de 2 de Fevereiro de 2016, a audiência escrita dos interessados, mas estes não apresentaram qualquer resposta no prazo indicado e não foram carreados para o procedimento elementos ou argumentos de facto e de direito que pudessem conduzir à alteração do sentido da decisão de ordenar a demolição da obra não autorizada acima indicada.

3. Assim, nos termos do artigo 52.º do RGCU e no uso das competências delegadas pela alínea 6) do n.º 1 do Despacho n.º 12/SOTDIR/2015, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) n.º 38, II Série, de 23 de Setembro de 2015, por meu despacho de 16 de Agosto de 2016, exarado sobre a informação n.º 06572/DURDEP/2016, ordeno aos donos da obra ou seus mandatários que procedam, por sua iniciativa, no prazo de 15 dias contados a partir da data da publicação do presente edital, à demolição da obra acima indicada e à reposição do local afectado, devendo, para o efeito e com antecedência, apresentar nesta DSSOPT o pedido da demolição da obra ilegal, cujos trabalhos só podem ser realizados depois da sua aprovação. A conclusão dos referidos trabalhos deverá ser comunicada à DSSOPT para efeitos de vistoria.

4. Findo o prazo da demolição e da desocupação, não será aceite qualquer pedido de demolição da obra acima mencionada. De acordo com o n.º 2 do artigo 139.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, notifica-se ainda que nos termos do artigo 56.º do RGCU, findo o prazo referido, a DSSOPT, em conjunto com outros serviços públicos e com a colaboração do Corpo de Polícia de Segurança Pública, procederá à execução dos trabalhos acima referidos, sendo as despesas suportadas pelos infractores. Além disso, findo o prazo da demolição e da desocupação voluntárias, a DSSOPT dará início aos trabalhos de demolição e de desocupação, os quais, uma vez iniciados, não podem ser cancelados. Os materiais e equipamentos deixados nolocal acima indicado serão depositados num local a indicar à guarda de um depositário a nomear pela Administração. Findo o prazo de 15 (quinze) dias a contar da data do depósito e caso os bens não tenham sido levantados, consideram-se os mesmos abandonados e perdidos a favor do governo da RAEM, por força da aplicação do artigo 30.º do Decreto-Lei n.º 6/93/M, de 15 de Fevereiro.

5. Nos termos do n.º 1 do artigo 65.º do RGCU, os infractores são sancionáveis com multa de $1 000,00 a $20 000,00 patacas.

6. Nos termos dos artigos 145.º e 149.º do Código do Procedimento Administrativo, os interessados podem apresentar reclamação para mim no prazo de 15 (quinze) dias contados a partir da data da notificação.

7. Nos termos do n.º 1 do artigo 59.º do RGCU e das competências delegadas pelo n.º 4 do Despacho n.º 12/SOTDIR/2015, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) n.º 38, II Série, de 23 de Setembro de 2015, da decisão referida no ponto 3 do presente edital cabe recurso hierárquico necessário para o Secretário para os Transportes e Obras Públicas, a interpor no prazo de 15 dias contados a partir da data da notificação.

RAEM,16 de Agosto de 2016

Pelo Director dos ServiçosO Subdirector

Cheong Ion Man

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Sexta-feira, 02 de Setembro de 2016 JTM | OPINIÃO 17

Dito

“As pessoas que se têm mos-trado indignadas com a saída da Uber de Macau, na verdade, o que reflectem é o seu des-contentamento com a situação actual no serviço de transporte em veículos de aluguer.”

Ng Kuok Cheong ao “Ponto Final”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

02/09/1996

REDE DE AGIOTASDESMANTELADA PELA PJA Polícia Judiciária desmantelou uma rede de agiotas que actuava nos casinos do Território e liber-tou, durante a operação, qua-tro vítimas de cárcere privado, anunciou a corporação. Um dos indivíduos libertados estava en-carcerado há 8 dias e “tinha sido vítima de tortura, pois apresenta-va nódoas negras nas pontas dos dedos”, revela um comunicado da PJ. Os 12 elementos que inte-grava a organização criminosa, todos do sexo masculino e com idades compreendidas entre os 26 e os 43 anos, foram detidos durante a operação, que decor-reu no fim-de-semana após três meses de investigação. De acor-do com a PJ, os detidos são chi-neses de HK e de Macau. Os qua-tro indivíduos libertados pela PJ, três de HK e um de Taiwan, foram encontrados algemados e acorrentados num quarto de um prédio do Pátio Francisco Antó-nio, próximo da zona do Porto Interior. As vítimas admitiram à PJ que tinham contraído dívidas de jogo para com os agiotas. A título de exemplo, o comunicado da PJ refere que os jogadores que pediam 20.000 patacas recebiam dos agiotas apenas 18.000 pata-cas, sendo obrigados a restituir no mesmo dia 23.000 patacas. À falta de pagamento, “as vítimas eram levadas para os esconde-rijos, onde eram algemadas e acorrentadas”, refere a PJ, subli-nhando que o valor em dívida aumentava até 100.000 patacas quando os agiotas se apercebiam de que os familiares dos devedo-res tinham meios para pagar.

OFICIALIZADANOMEAÇÃO DE MONGEO Boletim Oficial de Macau pu-blicou já o decreto do Presidente da República que nomeia o bri-gadeiro Manuel Soares Monge para o cargo de Secretário-Ad-junto do Governador do Territó-rio. Manuel Monge foi nomeado para o cargo de secretário-adjun-to do governador de Macau por proposta de Rocha Vieira, refere o decreto do Presidente Jorge Sampaio assinado em 25 de Ju-lho. Assessor para o Exército da Casa Militar do ex-Presidente Mário Soares, Manuel Monge, 58 anos, ocupou-se nos últimos anos da sua passagem por Belém com as questões de Macau, as-sessorando directamente o Chefe do Estado.

A Nova Rota da Seda expõe o projeto geopolítico alter-nativo à primazia de Washington nas próximas dé-cadas. Entre os dois mundos está a UE, verdadeiro

“império do meio”O congestionamento marítimo, a disputa soberanista no

Pacífico e no Índico, o equilíbrio entre mercado interno e ex-portações, e a necessidade de alimentar energeticamente um alto crescimento económico levaram a China a pensar a sua política externa. Para organizar estrategicamente este per-curso, a administração chinesa recriou a velha Rota da Seda de forma a potenciar o seu charme diplomático e contornar os imponderáveis na vizinhança próxima. Assim, em 2013, anunciou o programa mais ambicioso de diplomacia econó-mica desde o Plano Marshall, abrangendo 65 países e 4,5 mil milhões de pessoas, equivalente a 65% da população mun-dial. A Nova Rota da Seda quer fazer da Eurásia o verdadeiro centro político e económico global, desviando o Atlântico do centro de gravidade nas próximas décadas.

A rota terrestre sairá de Xian, na China, de onde partia a original Rota da Seda há dois mil anos, e percorrerá um corredor de infraestruturas rodoviárias e ferroviárias entre Urumki (capital da província chinesa de Xinjiang), Almaty (Cazaquistão), Bichkek (Quirguistão), Samarkand (Usbe-quistão), Dushanbe (Tajiquistão), Teerão (Irão), Istambul (Turquia), Moscovo (Rússia), Minsk (Bielorrússia) e Roterdão (Holanda). A rota marítima privilegiará grandes infraestru-turas portuárias de suporte logístico ao comércio marítimo, partindo de Fuzhou, na costa chinesa do Pacífico, seguindo para Guangzhou e Haikou, no disputado mar do Sul da Chi-na, Hong Kong, Hanói (Vietname), Kuala Lumpur (Malásia), Jacarta (Indonésia), Colombo (Sri Lanka), Nairobi (Quénia), Atenas (Grécia) eVeneza (Itália). Estrutural como hub no Me-

A afirmação chinesa.Ou não

diterrâneo é o porto do Pireu, na Grécia, praticamente já con-trolado por capital chinês e uma plataforma de distribuição comercial para toda a orla sul da Europa Ocidental, central e balcânica, caminhando para o centro europeu, para o Norte de África, Ásia Central e Médio Oriente.

Mas a Nova Rota da Seda carrega outros objectivos. Primeiro, tornar a moeda chinesa bem mais presente nas

trocas comerciais, equilibrando-se ao dólar como moeda-fa-rol da economia mundial. Segundo, abrir mercados de ex-portação às mercadorias chinesas e aproveitar a tipologia de regime que prevalece na Ásia Central, em África e no Médio Oriente para reforçar o “sonho chinês” como modelo político atractivo nas próximas décadas. Terceiro, estruturar a diplo-macia chinesa num arco que percorre as civilizações árabe, persa, cristã e hindu, fazendo de Pequim uma plataforma de convergência política. A grande questão é saber se esta ex-pansão terá apenas efeitos positivos nos pontos geográficos que percorrer ou se irá gerar antagonismos locais ou até uma corrida aos equilíbrios por Estados descontentes com a am-bição chinesa. Mais uma vez, o potencial de atrito é grande e merece atenção, fazendo também da Nova Rota da Seda um convite às turbulências interestadual e intraestadual ou ao crescimento de ameaças como o terrorismo e a pirataria.

Na Birmânia, viram-se revoltas contra o investimento na rede ferroviária entre Kyaukpyu (na baía de Bengala) e a ci-dade chinesa de Kunming. No Sri Lanka, o novo governo tem vindo a contestar os termos de mais de 30 acordos com Pequim, sobretudo os que tocam no porto de Colombo, vital na ligação entre o Sudeste Asiático e a costa africana, seguin-do para o Mediterrâneo via Suez. Além disso, os termos das relações com a Rússia e a Índia são uma incógnita, dadas as disputas territoriais não dirimidas (fronteira sino-indiana), a noção de cerco negativo que existe em Nova Deli (Sri Lanka e Paquistão), e a ideia em Moscovo de que a China encerra um misto de ameaça (demográfica e militar), oportunida-de (energética e comercial) e concorrência, tendo em conta a União Euro-Asiática projetada pela Rússia e importantes países, como o Cazaquistão, também na órbita de Pequim.

*Investigador universitário. JTM/DN

1 . No espaço de poucos meses, o governo, mais concretamente, o secretário Alexis Tam, recuou em

duas questões ligadas à comunidade portuguesa ou do seu interesse, ale-gando pressão da opinião pública ou razões políticas.

No primeiro caso, houve o dito por não dito, quanto ao projecto das obras no que resta do Hotel Estoril- Alexis Tam defendia a intervenção do repu-tado arquitecto português, Siza Vieira, e um convite nesse sentido foi mesmo endereçado.

Mas, depois, o mesmo secretário Tam viria dizer que, por razões políti-cas, Vieira ficaria de fora porque a op-ção final seria o concurso público.

É uma razão ponderosa como qual-

O segundorecuo

quer outra embora, no segundo caso, sejam mais difusos os motivos que le-varam à renúncia por um restaurante português nas Casas-Museu remodela-das da Taipa.

O restaurante português deveria ser gerido pelo Clube Militar, mas outras vozes se levantaram com o argumento do impacto ambiental negativo de uma casa de comida numa zona em que o governo, muito bem, quer dinamizar.

Isto é, sabe-se das ligações portu-guesas de Alexis Tam e da sua vontade em preservar as diferenças de Macau em relação a outras cidades da China, mas parece que há sombras no governo que não pensam da mesma forma..

É uma pena, porque esse patrimó-nio que é Macau precisa de marcas da cultura portuguesa e, até, de outras culturas e idiossincrasias.

2. Estava escrito nas estrelas que as múltiplas e em simultâneo obras no território só iriam criar proble-

mas atrás de problemas. Por que ra-zão as obras se iniciaram neste altura

do ano é um mistério, numa altura de chuvas e tufões e com a abertura das aulas ao virar da esquina...A solução encontrada foi o caminho para o caos, engarrafamentos, o belo resultado de 40 obras nas estradas, passeios, rotundas e, até, nas infra-estruturas.

Os Serviços de Obras Públicas e o IACM não costumavam agir desta for-ma. Quem é o autor ou autores desta proeza ?

3 . As perguntas nunca são indiscre-tas, mas as respostas são. O Co-missariado de Auditoria está ad-

miradíssimo pelo governo gastar tanto dinheiro em rendas para os serviços. Ora, isto é o resultado de uma políti-ca de deixar o mercado à solta durante anos, sem regras, até o problema chegar ao imobiliário...

Se o executivo e a Auditoria estão chocados com o valor das rendas, cal-cule-se o que pensa a população que as pagou para ter uma habitação condigna nos últimos anos...

* Jornalista

BERNARDOPIRES LIMA*

JORGESILVA*

UM OUTRO OLHAR

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Sexta-feira, 02 de Setembro de 201618 JTM | LAZER

• • • ROTEIRO

CANAL MACAU13:00 TDM News (Repetição) 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:45 RTPi Directo 18:30 O Ca-çador (El Cazador) - Repetição 19:20 TDM Talk Show (Repetição) 19:50 Água de Mar 20:30 Telejornal 21:15 Visita Guiada 21:45 Triângulo - Fim 22:10 O Caçador (El Cazador) 23:00 TDM News 23:30 Vá Cavar Batatas 00:50 Telejornal (Repetição) 01:40 RTPi Directo

30 FOX SPORTS13:00 MotoGP World Championship 2016: Hi-ghlights 14:00 Bundesliga 2016-17 Clubs 15:00 UFC Unleashed 16:00 Road To The Octagon 17:00 Sport Confidential 17:30 2 Wheels 18:00 Bundesliga 2016-17 Clubs 18:30 Bundesliga 2016-17 Weekly 19:00 DFL Supercup 2016 20:00 (LIVE) FOX SPORTS Central 20:30 Friday Night Football 21:00 Bundesliga 2016-17 Special Shows 22:30 FOX SPORTS Central 23:00 UFC PRESENTS: The Evolution of Punk 23:30 DFL Supercup 2016 00:30 Friday Night Football

31 FOX SPORTS 212:30 Pro Bull Riding 13:30 Gillette World Sport 14:00 MLB Express NY Yankees vs Kansas City Royals 14:30 World Series Of Darts 2016 15:55 (LIVE) F1 2016: Italian Grand Prix: Practice 1 17:30 Badminton Unlimited 18:00 Pro Bull Riding 19:00 World Rugby 19:30 MLB Express SF Giants vs Chicago Cubs 19:55 (LIVE) F1 2016: Italian Grand Prix: Practice 2 21:30 Gillette World Sport 22:00 World Series Of Darts 2016 23:00 LPGA 2016 Manulife LPGA Classic Day 1 00:00 (LIVE) LPGA 2016 Manulife LPGA Classic Day 2

40 FOX MOVIES11:25 Spy 13:30 Rio 15:10 Big Game 16:50 The Martian 19:15 What Happens In Vegas 21:00

Número de Socorro 999

Bombeiros 28 572 222

PJ (Linha aberta) 993

PJ (Piquete) 28 557 775

PSP 28 573 333

Serviços de Alfândega 28 559 944

Hospital Conde S. Januário 28 313 731

Hospital Kiang Wu 28 371 333

CCAC 28 326 300

IACM 28 387 333

DST 28 882 184

Aeroporto 88 982 873/74

Táxi 28 283 283

Táxi 28 939 939

Água - Avarias 28 990 992

Telecomunicações - Avarias 28 220 088

Electricidade - Avarias 28 339 922

Directel 28 517 520

Rádio Macau 28 568 333

Macau Cable 28 822 866

Clube Militar de Macau 28 714 000

ANIMA 28 715 732

• • • CÂMBIOS - Info BNUPATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.93 8.03EURO 8.74 8.89YUAN (RPC) 1.184 1.208A programação é da responsabilidade das estações emissoras

The Pursuit Of Happyness 23:05 Maze Runner: The Scorch Trials

41 HBO12:00 Boyhood 14:40 I Love You, Man 16:20 Mr. Bean’S Holiday 17:50 Blended 19:45 Captain America: The Winter Soldier 22:00 Magic Mike Xxl 23:55 Cop Out

50 DISCOVERY12:40 Running Wild With Bear Grylls 13:30 Fast N’ Loud 14:20 How Do They Do It? 14:45 How It’s Made 15:10 How It’s Made: Dream Cars 16:00 World’s Top 5 16:50 Dual Survival 17:40 How Do They Do It? 18:05 How It’s Made 18:30 How It’s Made: Dream Cars 19:20 Running Wild With Bear Grylls 20:10 Fast N’ Loud 21:00 How It’s Made 21:50 World’s Biggest Shipbuilders 22:40 The Mind Control Freaks 23:30 Against The Odds 00:20 Fast N’ Loud

51 NATIONAL GEOGRAPHIC12:30 No Man Left Behind The One That Got Away 13:25 Family Guns 14:20 Innovation Na-tion 15:15 4 Babies A Second 16:10 Mygrations Predator Alley 17:05 Brain Games 18:00 Family Guns 19:00 No Man Left Behind Stealth Fighter Down 20:00 Locked Up Abroad 21:00 4 Babies A Second 22:00 Airport Security: Colombia 23:00 Taboo

54 HISTORY13:00 10 Things You Don’t Know About 14:00 Iron & Fire 15:00 Mountain Men 16:00 Appa-lachian Outlaws 17:00 Swamp People 18:00 Iron & Fire 19:00 Celebrity Car Wars 20:00 Stan Lee’s Superhumans 21:00 History Drama: Vikings 22:00 History Drama: Gangland Undercover 23:00 Genius 00:00 Ancient Aliens

62 AXN12:55 Caught On Camera 13:50 The Voice 14:45 Alias 15:40 The Blacklist 16:35 Ncis: Los Angeles 17:25 American Ninja Warrior 18:15 Blue Bloods 19:10 Hawaii Five-0 20:05 Cyril’S Family Vaca-tion: Hawaii Edition 20:35 Ebuzz 21:05 Hawaii Five-0 22:55 The Blacklist 23:50 Totally Insane Guinness World Records 00:50 Cyril’S Family Vacation: Hawaii Edition

32 STAR WORLD12:35 Masterchef US 13:30 Once Upon A Time 15:20 Hindsight 16:15 Britain & Ireland’s Next Top Model 17:10 Masterchef US 18:05 The Great Food Truck Race 19:00 How I Met Your Mother 20:00 Revenge 22:00 Mistresses 23:55 Grey’s Anatomy 00:50 How I Met Your Mother

82 RTPI13:30 Manchetes 3 14:01 Diga Doutor 14:44 A Cidade na Ponta dos Dedos 14:52 Hora dos Portugueses - 2016 Best Of (Diários) 15:05 Portugueses Pelo Mundo 15:48 Rota da Flor 16:08 O Preço Certo 17:00 3 às 10 17:30 Got Talent Portugal 18:22 Grande Área 19:14 Os Nossos Dias 20:00 Jornal da Tarde 21:16 Animais Anónimos 21:59 Portugueses Pelo Mundo 22:42 Retroescavadora 22:59 Castelos e Palácios da Europa 23:53 A Cidade na Ponta dos Dedos 0:03 Os Nossos Dias 0:48 Hora dos Portugue-ses - 2016 Best Of (Diários) 1:00 Portugal em Directo 2:01 Traz prá Frente 2:10 O Preço Certo 2:59 Telejornal

• • • TELEFONES ÚTEISCINETEATROS2 The BFG16:45 • 21:30

S3 Ben-Hur (3D)14:30 • 19:15

TORRE DE MACAUSuicide Squad (3D)14:30 • 16:45 • 19:15 • 21:30

GALAXYNerve14:40 • 16:05 • 18:05 • 18:4520:00 • 20:45 • 21:50

War Dogs14:35 • 15:55 • 18:00 • 18:25 • 22:15

Lights Out21:15 • 23:05

Ben-Hur (3D)14:00

Suicide Squad (3D)14:50 • 16:25 • 19:30 • 23:45

The BFG (3D)16:30

21:00FOX MOVIES

The Pursuitof Happyness

21:59RTPi

Portuguesespelo Mundo

19:55HBO

Captain America:The Winter Soldier

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Sexta-feira, 02 de Setembro de 2016 JTM | LAZER 19

• • •MEDIA

Como combater o inevitável de-clínio dos jornais? Como crescer num mercado tão competitivo?

Como manter o número de trabalhadores e a qualidade do jornalismo num período pouco lucrativo? O The New York Times não só foi um dos primeiros órgãos de comunicação social a encontrar respostas para estas questões, como é, até à data, o mais bem-sucedido a implementá-las. As contas do primeiro semestre de 2016 es-tão fechadas e os números são, como já é hábito, risonhos para a publicação norte--americana.

“Nós percebemos rapidamente a mu-dança de cenário nos media e apostámos na transformação da publicidade digital, no crescimento da nossa audiência on-line e da base de subscritores”, começa por explicar ao DN a diretora de comu-nicação do The NewYork Times, Linda Zebian.

O modelo de subscrição digital do jornal, lançado em 2011, conseguiu, em agosto do ano passado, ultrapassar a marca do milhão, atingindo já atualmen-te os 1,424 milhões. A maior parte desse público, curiosamente, encontra-se para lá das fronteiras dos EUA. “E mais”, reve-la Linda, “há agora mais pessoas a pagar pelos nossos conteúdos do que em qual-quer outra altura dos nossos 150 anos de

• • • E AINDA

A publicação com maior número de subscritores digitais a nível mundial revela ao DN como contrabalançou o declínio de vendas da sua edição impressa. Sem despedimentos

história. Temos mais 64% de subscritores – papel e digital combinados – do que tínhamos no pico da edição impressa, e podem ser encontrados em praticamente todos os países do mundo”.

Esta tão bem-sucedida adaptação ao novo jornalismo permitiu que a publi-cação vencedora de 119 Pulitzer conse-guisse “proteger ferozmente o número de repórteres na redação”. “Empregamos hoje o mesmo número de pessoas que empregávamos em 2000 – quando os jor-nais eram mais rentáveis – e oferecemos--lhes tempo, recursos e oportunidades para encontrarem e partilharem as mais importantes histórias do mundo”, garan-te a diretora de comunicação.

Claro que o aperfeiçoamento das téc-nicas digitais é um trabalho constante. É essa procura pela excelência que permite ao The New York Times continuar a con-quistar subscritores. “Também é nossa prioridade integrar jornalistas com ca-pacidades gráficas, de vídeo, de design,

Um “Milagre diário” do jornalismo

Selena Gomez faz pausa na carreira por causa da lúpusDepois de percorrer o mundo em digressão e de se tornar a pessoa mais popular de sempre no Instagram, a cantora Selena Gomez de 24 anos decidiu fazer uma pausa para cuidar da saúde. “Como muitos de vocês sabem, há cerca de um ano revelei que tenho lúpus, uma doença que pode afectar as pessoas de diferentes formas”, disse num comunicado à ‘People’. “Descobri que a ansiedade, os ataques de pânico e a depressão podem ser efeitos secundários do lúpus, o que pode representar desafios”. “Quero ser proactiva e focar-me em manter a minha saúde e felicidade, e decidi que a melhor maneira de o fazer é tirar algum tempo para descansar”, continuou. “Obrigada a todos os meus fãs pelo apoio. Sabem que são muito especiais para mim, mas preciso de encarar isto de frente e certificar-me de que estou a fazer tudo possível para estar no meu melhor”, concluiu.

Iselin Steiro brilhana Vogue japonesaA modelo norueguesa de 30 anos Iselin Steiro mostra toda a sua beleza no número de Outubro da Vogue japonesa, posando para o aclamado fotógrafo de moda Lachlan Bailey. No ensaio, Iselin usa peças em tons de beige e castanhos, com várias propostas para o Outono. Recorde-se que Iselin Steiro encarnou um jovem David Bowie no videoclip do cantor para o tema «The Stars (Are Out Tonight)».

Taylor Swift foi vítimade assédio sexualA cantora Taylor Swift foi dispensada de integrar o júri de um tribunal em Nashville, num caso de sequestro e violação, depois de ter admitido ao juiz que ela própria tinha sido vítima de assédio sexual. A cantora de 26 anos, que tinha faltado aos Video Music Awards da MTV para estar presente no tribunal em Nashville, Tennessee, a sua terra natal, de forma a integrar a equipa do júri, foi dispensada do julgamento depois ter admitido que foi vítima de assédio. Foi a primeira vez que se soube que antes de um concerto, a cantora alega ter sido apalpada pelo DJ David Mueller, nos bastidores, quando estavam a tirar uma fotografia juntos. O caso, que remonta a Junho de 2013, está ainda em tribunal.

de estatística, de análise de audiências e muito mais. A nossa equipa inigualável de jornalistas está constantemente a rei-maginar a forma como contamos histó-rias e a liderar a inovação em toda a in-dústria dos media”, realça Zebian.

O que também distingue o jornal no-va-iorquino, fundado em 1851, das res-tantes publicações de topo é o facto de ter conseguido manter, apesar da crise, ven-das satisfatórias da sua edição impressa. “Ainda temos um significativo negócio impresso, que inclui mais de 1,1 milhões de subscritores da edição em papel, 90% dos quais também são têm subscrição di-gital. Esses estão ativos, em média, mais de três horas por semana no nosso websi-te e apps, o que os coloca entre os nossos mais dedicados utilizadores digitais”, su-blinha a responsável.

Aliás, é precisamente por continuar a tratar o papel como um produto com potencial de crescimento que o The New York Times diz conseguir permanecer um

título “vibrante, popular e rentável”. “No outono”, recorda Linda Zebian, “lançá-mos o nosso maior jornal de domingo em décadas. No ano passado, também adi-cionámos uma nova secção à nossa The New York Times Magazine –a Men’s Sty-le [Moda para Homens] – e recentemen-te criámos um departamento na redação focado apenas na edição impressa. Isto permite-nos pedir aos nossos jornalistas para se focarem no digital, enquanto um grupo de editores se dedica a assegurar a excelência que os leitores esperam do papel.”

Ambas as revistas do grupo, The New York Times Magazine e T: The New York Times Style, que saem ao domingo, che-gam a mais de quatro milhões de leitores. Isto é apenas mais uma prova do “empe-nho” e da “excelência” que fazem parte do ADN da publicação. É aquilo a que quem lá está dentro – revela Linda Zebian – gosta de chamar “milagre diário”.

JTM/DN

Carolina Morais

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20 JTM | ÚLTIMA Sexta-feira, 02 de Setembro de 2016 • Fecho da Edição • 23:20 horas

O Instituto de Formação Turística veio ontem informar da suspensão de um restaurante português nas Casas de Museu desdizendo o que tinha apregoado há menos de uma semana. Para explicar diz que “hou-ve uma discussão acalorada na socie-dade” e que o grupo interdeparta-mental tutelado pela Secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura, “após consideração cautelosa, decidiu sus-pender o respectivo plano, manten-do a função original do edifício como casas de interesse turístico”.

Em si mesmo, não se percebe bem quais as efectivas razões. Em Macau, e em quase todo o lado, há sempre discussões “acaloradas” sobre to-das as decisões. Em especial quando cheira a dinheiro.

Neste caso cria-se um precedente grave para o Executivo. Se em me-nos de uma semana, se volta com a palavra atrás sobre matéria da sua competência, quem, a partir de agora acreditará em qualquer coisa que o Governo diga?

Foi um assunto mal tratado...

ENPASSANTJosé Rocha Dinis

Assunto mal tratado...

Compradores de Pearl Horizon marcam “longa marcha”Os compradores de Pearl Horizon vão protestar durante 15 dias conse-cutivos, em frente ao Banco Tai Fung, na Areia Preta. O protesto está rela-cionado com os prejuízos financeiros sofridos devido ao pagamento mensal de casas que nem sequer estão cons-truídas. Além do mais, não se sabe ao certo o futuro do empreendimentos, envolvido emdisputas judiciais com o Governo. Os proprietários solicitam ao banco que tome medidas especiais para suspender o pagamento mensal até o Governo ter uma solução para o caso. De acor-do com o Ou Mun Tin Toi, os compradores só estão a organizar o protesto por não obterem nenhum tipo de resposta do banco. O Governo declarou a caducidade da concessão do terreno de Peal Horizon em Dezembro de 2015.

GAES subsidiou mais de 32 mil estudantesMais de 32 mil estudantes do ensino superior foram subsidiados através do projecto para a aquisição de ma-terial escolar. Cada aluno vai receber apoios no montante de três mil pata-cas, referiu o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior. De acordo com o GAES, inscreveram-se 15.823 universi-tários de Macau, 15.182 de instituições do ensino superior do exterior e 1.058 que frequentam, na RAEM, cursos mi-nistrados por instituições do exterior em colaboração com entidades locais. Desse total, 438 estudantes são de dou-toramento, 2.490 de mestrado, 26.083 de licenciatura, 1.998 de bacharelato, para além de 604 estudantes que frequentam outros cursos. Além disso, acrescenta o organismo, a maior parte dos alunos frequentava a área das Ciências Sociais, Comércio e Direito (13.531 alunos), seguindo-se as Indústrias de Serviços (5.195).

Aberta investigaçãocontra BeckenbauerProcuradores suíços abriram uma investiga-ção contra o ídolo do futebol alemão Franz Beckenbauer, informaram ontem, confir-mando relatos dos media alemães. Uma reportagem do Spiegel Online relata que Beckenbauer é suspeito de lavagem de di-nheiro e outras irregularidades quando foi chefe do comité organizador da candidatura alemã para sediar o Campeonato do Mundo de 2006. A porta-voz da OAG não confirmou se a investigação tem relação com lavagem de dinheiro. Previamente Beckenbauer ne-gou qualquer acto irregular.