BCG- APRESENTAÇÃO DE IMUNOLOGIA

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“Vacina BCG: eficácia indicações da vacina revacinação” FUNDAÇÃO COMUNITÁRIA TRICORDIANA DE EDUCAÇÃO Decretos Estaduais n.º 9.843/66 e n.º 16.719/74 e Parece UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE DE TRÊS CORAÇÕES Decreto Estadual n.º 40.229, de 29/12/1998 Disciplina: Imunologia Professora: Danielle Avelar Acadêmicas: Amanda Monteiro Camila Furlan Kátia Sousa

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FUNDAO COMUNITRIA TRICORDIANA DE EDUCAO Decretos Estaduais n. 9.843/66 e n. 16.719/74 e Parecer CEE/MG n. 99/93 UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE DE TRS CORAES Decreto Estadual n. 40.229, de 29/12/1998

Vacina BCG: eficcia e indicaes da vacinao e da revacinaoDisciplina: ImunologiaProfessora: Danielle Avelar Acadmicas: Amanda Monteiro Camila Furlan Ktia Sousa

Estima-se que 1/3 da populao mundial esteja infectada com o Mycobacterium tuberculosis (MT); Infeco tuberculosa latente (ITL) -> tuberculose clnica; A forma clnica mais frequente a pulmonar; Maior incidncia no Leste Europeu e frica;

Geralmente, quanto maior a incidncia de AIDS maior a de TB;Fatores como pobreza, desigualdade em pases industrializados tambm influem na taxa de incidncia.

Pases

com baixa incidncia:

Identificao e controle de indivduos infectados; Objetivo: diminuir a ocorrncia de novos casos; Em alguns, descontinuao da vacina.

Demais

pases:

Imunizao medida de controle - vacinao recomendada ao nascer; Diagnstico precoce; Tratamento dos casos de TB; Quimioprofilaxia dos contatos.

A vacina BCG foi obtida em 1921 por Albert Calmette e Camille Guerin; Trazida ao Brasil em 1927 por Arlindo de Assis; Atualmente h 12 estirpes vacinais em uso, sendo que a cepa brasileira uma das mais imunognicas; So originadas do Mycobacterium. bovinis atenuado eno so bacteriologicamente idnticas apresentando diferens:Em relao viabilidade; Imunogenicidade; Reagenicidade; Caractersticas genticas.

Utilizada pela primeira vez em 1921 em um recm nascido cuja me apresentava TB; A criana no desenvolveu a doena e no apresentou eventos adversos; Adotada largamente na Europa entre as dcadas e !9201930; Em 1929/30 na Alemanha houve 72 bitos devido a contaminao das vacinas com o bacilo da TB virulento; Em 1927, introduziu-se a tcnica intradrmica no Brasil em 1968 - e em 1939, a multipuntura;

A partir de 1948 a OMS e a UNICEF orientam a realizao de campanhas de vacinao por todo o mundo.

Em 1974 a vacina BCG foi incorporada pelo Programa Ampliado de Vacinao OMS; Atualmente a cobertura de 85% dos recm-nascidos; As coberturas vacinais mais baixas esto nos pases africanos, sudeste da sia e oeste do Pacfico; H relatos do efeito protetor da vacina BCG contra outras micobacterioses hansenase e lcera de Buruli e contra infeces por helmintos ancilostomase, por exemplo ; Uso na imunoterapia de alguns cnceres da bexiga, em especial.

Enorme

variao na proteo conferida, gerando

incertezas quanto proteo a TB pulmonar; Consenso:

A 1 dose confere proteo contra formas

graves e disseminadas de TB em crianas meningite e miliar; H

evidncias de que uma segunda dose da BCG no

aumenta o seu efeito protetor; Vacina

TB contra TB pulmonar:

Ensaios clnicos desde 1930 mostram variao de 0 a 80% ;

Estudos caso-controle - proteo varia de 16 a 73%:

Formas pulmonares 10 66%;Formas menngeas e miliares todos superior a 50%. Em crianas com HIV no h evidncia de proteo contra TB pulmonar e extrapulmonares.

Principalmente na forma pulmonar est relacionada a fatores como:

Variabilidade biolgica da BCG devido a deferentes cepas mutaes e diferenas imunognicas entre cepas cultivadas nos diferentes laboratrios; Exposio s micobactrias ambientais (MA) interao na resposta imune do receptor; Via de infeco alto efeito protetor em doenas resultantes de infeco primria e baixo em TB resultante de reinfeco exgena ;

Outros fatores viabilidade, dose ultilizada, via de administrao, estado nutricional, aspectoes genticos e outras infeces do hospedeiro.

Reao ao Mycobacterium bovis atenuado em maior ou menor grau na soluo de glutamato de sdio;Desordem do sistema imunolgico caracterizada pela incapacidade de se estabelecer uma imunidade efetiva e uma resposta ao desafio dos antgenos; Chama-se a pessoa que apresenta imunodeficincia de imunocomprometida. Qualquer parte do sistema imunolgico pode ser afetada; A vacina est contraindicada para pessoas com deficincia imunolgica celular e grvidas.

a-lcera com dimetro maior que 1 cm; b-abscesso subcutneo (infeco subcutnea celular-

zona de dor inchao e lquido espesso) frio;c-abscesso subcutneo quente;

d-linfadenopatia

(crescimento

de

um

ou

mais

linfonodos) regional supurada;

e-cicatriz quelide;f-reaes lupides.

Leses resultantes de disseminao (raras): Pele;

Osteorticulares;

Em

linfonodos ou em rgos do trax ou do abdmen.

Est indicada a puno aspirativa. No se deve incisar o gnglio ou fazer a exrese (procedimento cirrgico para retirar uma parte ou a totalidade de um rgo ou tecidofinalidade teraputica).

Tuberculose-doena infectocontagiosa

Altos ndices de mortalidade e morbidade Populaes indgenas brasileiras

Srio problema de sade pblica

ALGUNS grupos mais suscetveis

Indgenas Xavante

MAIOR tendncia morte do que populao brasileira como um todo

Forte componente gentico e aos fentipos relacionados manifestao da tuberculose

ANERGIA AO PPDausncia de reatividade ao teste

O

derivado de protena purificada que um precipitado obtido de culturas filtradas e esterilizadas;

injetado de forma intradrmica (dentro da pele) e a leitura do exame feita entre 48 e 72 horas aps a aplicao do PPD;paciente que foi exposto bactria deve apresentar uma resposta imunolgica na pele.

Um

1

2 semana: mcula avermelhada com endurao de 5 a 15 mm de dimetro; 4 semana: pstula que se forma com o amolecimento do centro da leso, seguida pelo aparecimento de crosta; 5 semana: lcera com 4 a 10 mm de dimetro;

3

4 6

12 semana: cicatriz com 4 a 7 mm de dimetro, encontrada em cerca de 95% dos vacinados;

NO

SE DEVE COBRIR A LCERA OU COLOCAR QUALQUER TIPO DE MEDICAMENTO; O TEMPO DESSA EVOLUO DE SEIS A DOZE SEMANAS, PODENDO PROLONGARSE RARAMENTE AT A 24 SEMANA; pode haver recorrncia da leso, mesmo depois de ter ocorrido completa cicatrizao. Desaparece espontaneamente.

Eventualmente

No Brasil, houve revacinao de escolares em Manaus e Salvador, o que mostrou ausncia de proteo da segunda dose de BCG para TB pulmonar e, como consequncia, recomendaram a suspenso dessa prtica; Japo: segunda dose- possvel estratgia de proteo ineficinte- baixa prevalncia de TB- gastos); ECREnsaios randomizados. clnicos

Finalidade:

investigar contato de indivduos com TB ativa, principalmente crianas; PPD um produto utilizado como auxiliar no diagnstico da tuberculose atravs da hipersensibilidade cutnea intradrmica tuberculina (Teste de Mantoux); teste tambm indicado para os grupos de alto risco, como o pessoal de hospital e instituies individuais.

Tuberculina

O

O teste realizado mediante a injeo intradrmica de 0,1 ml de soluo de tuberculina; Quando a injeo realizada corretamente, h a formao de pequena ppula plida com aproximadamente 10 mm de largura, com aspecto de casca de laranja e que se mantm endurecida por cerca de dez minutos.

POSITIVO (REATOR FORTE): Endurecimentos palpveis medindo 10mm ou mais. Isto indica hipersensibilidade tuberculoprotena. Interprete como positiva para infeco presente ou passada. Reaes com endurecimento em rea de 10mm ou mais SIGNIFICAM SEMPRE INFECO TUBERCULOSA, EMBORA NO NECESSARIAMENTE TUBERCULOSE-DOENA;INCONCLUSIVO (REATOR FRACO): Endurecimento de 5 a 9 mm. RETESTE, usando um ponto diferente de injeo. ESTE RESULTADO CONSIDERADO FRACAMENTE POSITIVO. Em casos nos quais se conhece que o paciente teve contato com tuberculose, interprete o endurecimento que mea 5 mm como positivo; NEGATIVO (NO REATOR): Endurecimento de menos de 5 mm. Isto indica uma falta de sensibilidade tuberculoprotena; A INFECO TUBERCULOSA ALTAMENTE IMPROVVEL.

A

hansenase (Bacilo de Hansen) uma doena humana infecciosa crnica, que afeta principalmente a pele, mucosas e nervos (transmitida pela eliminao de bacilos atravs do trato respiratrio superior ou contato com ferimentos do doente); doena bacteriana, causada por um basto Mycobacterium leprae, similar ao bacilo responsvel pela tuberculose;

A

A preveno: diagnstico precoce e exame dermatolgico detalhado; Confirmado o diagnstico do paciente, seus comunicantes familiares e/ou de trabalho devero ser examinados, atravs de exame dermato-neurolgico e avaliados quanto a administrao de doses de BCG intradrmica (BCG-ID) protege contra tuberculose e hansenase ( a vacina tem eficcia anloga para as duas patologias: forma multibacilar);

Quando a avaliao positiva feita a aplicao de 2 doses de BCG-ID com intervalo de 6 meses

Reao local lenta e benigna em funo da qualidade da cepa brasileira Moreau;

Freqncia baixa - relacionados com a concentrao do bacilo vacinal, idade da criana, a cepa e a tcnica de vacinao (intradrmica e dose certa); Variam entre EA locais (+ freqentes) e sistmicos (+ raros, 0,19 a 1,56 por milho de crianas vacinadas - risco de fatalidade);Maioria no decorrer dos primeiros 5 meses aps vacinao; No esto relacionados revacinao.

Pacientes

soro positivo apresentam imunodepresso que favorece a reativao dos bacilos da Tuberculose, porm:

Pases com alta prevalncia de TB (exemplo, Brasil) OMS recomenda vacinao de crianas infectadas com HIV ao nascimento, exceto as que apresentem sinais clnicos da doena ou de imunossupresso;

Pases com baixa prevalncia de TB no adotam, em geral, vacinao de infectados com HIV;AIDS + EA locais e sistmicos decorrentes da vacina Dinamarquesa contra BCG em perodo neonatal (frica do Sul) ; Objetivo: evitar a ocorrncia de formas graves da Tuberculose em crianas.

Inglaterra e outros pases europeus (baixa incidncia) primeira dose administrada em escolares entre 12 e 13 anos de idade, com teste tuberculnico negativo; Portugal e Sua, uso de duas doses da vacina; Rssia e outros pases do Leste Europeu recomendam at cinco doses;

Brasil, vacinao ao nascer com peso superior a 2 Kg com revacinaes em discusso sem teste tuberculnico prvio;OBS: No h evidncias de segurana em haver proteo adicional produzida por mais de uma dose de BCG.

A

cepa utilizada a Moreau, com validade de 6 meses quando conservada em T de 2 a 8 graus Celsius; Um frasco contem 20 doses, sendo cada dose equivalente a 0,1 mL de vacina reconstituda com soro fisiolgico; Deve ser conservada fora da exposio luz solar direta ou mantida por menos de meia hora na temperatura ambiente sob luz solar indireta.

A-) Vacinao em crianas no primeiro ms de vida o mais prximo do nascimento com peso superior a 2 Kg, obrigatria no primeiro ano de vida; B-) Revacinao de escolares baseada em fatores como: Permanncia da incidncia de TB;

Agravamento de epidemias tanto de TB quanto de HIV (principalmente em adultos jovens e adolescentes); Permanncia de ndices estveis de meningoencefalite tuberculosa em indivduos acima de 5 anos de idade. OBS: Revacinao na idade escolar no dever mais ser recomendada.

C-) Estudantes e PAS: Recomenda-se vacinao em todo profissional que for prestar assistncia a pacientes com TB e Hansenase com ou sem cicatriz vacinal e no-reator ao teste;

Ainda em discusso o fato de os PAS envolvidos exclusivamente nos programas de tuberculose devem ser vacinados somente em caso de no apresentarem a cicatriz e serem no-reatores;

Incidncia

maior do que em outras categorias profissionais so considerados grupos de alto risco para TB.

Relativas

ou temporrias: peso inferior a 2 Kg, reaes dermatolgicas locais, doenas graves e uso de drogas imunossupressoras; imunodeficincias adquiridas ou congnitas.

Absolutas:

Devido s discrepncias nos efeitos da BCG em diferentes locais, a busca por no mnimo uma nova vacina ideal que deva possuir um elevado efeito protetor, com menor variao nos diferentes contextos e formas clnicas;

H perspectiva de tratamento da TB no s com medicamentos clssicos, mas tambm com a utilizao desta mesma vacina como abordagem imunoteraputica; J existem alguns resultados promissores, porm aspectos ticos norteiam o consenso de que uma nova vacina s dever ser testada em populaes previamente vacinadas com BCG e que apenas com a clareza dos benefcios, poder substituir a atual vacina em questo.

Artigo:

BARRETO, Maurcio L., PEREIRA, Susan M., FERREIRA, Arlan A. Vacina BCG: eficcia e indicaes da vacinao e da revacinao. Jornal de Pediatria. Rio de Janeiro RJ. 2006. S45-54; http://www.vacinas.org.br/novo/manuais_t_cnicos/manual_de_event os_adversos/evenadv06.html;

Sites:

http://webpages.fc.ul.pt/~mcgomes/vacinacao/bcg/index.ht ml; http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/title/s uscetibilidade-genetica-a-infec%C3%A7%C3%A3o-pelomycobacterium-tuberculosis-em-indigenasda/id/43245514.html;