Associação de Deficientes Visuais e Amigos - ADEVA - Ano · PDF...

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Associação de Deficientes Visuais e Amigos - ADEVA - Ano VIII - nº 41 Em nosso país, costumamos adotar a triste postura de julgar e condenar antes de apurarmos a verdade dos fatos. De maneira ridícula, formamos opinião por meio das informações que recebemos dos veículos de comunicação. Estes são, podemos afirmar, descaradamente tendenciosos e buscam somente atender seus interesses. Incapazes de um julgamento crítico, assumimos uma postura de boiada. É isso mesmo, boiada! Vivemos uma vida improdutiva. Até mesmo quando nos dizemos politizados, nos expressamos como papagaios, repetindo somente as palavras dos nossos endinheirados intelectuais de plantão. Mas se nos perguntam em quem votamos, para nos repre- sentar no governo, mentimos, desconversamos ou negamos que tenhamos votado naqueles que supostamente estejam envolvidos em escândalos. Basta um pouquinho de astúcia e perspicácia para nossos informantes nos convencerem de suas verdades. E daí, lá vai a boiada! Não nos damos ao trabalho de filtrar sequer uma gota de suas palavras impuras e persuasivas. Nós também, chegamos a fazer cursos de técnicas de persuasão para aprendermos a nos colocar na pele de nossos interlocutores com o único objetivo de fazê-los acreditar em nossas verdades. Podamos seu livre arbítrio, impedindo-os de pensarem livremente. Assim, conseguimos com que os outros façam somente o que queremos. Sem nos darmos conta de que essa postura já tomou conta de nossa cultura, não nos fartamos de enganar os outros e de sermos enganados. Enquanto isso, em rodinhas nos bares, nas empresas, tomando um cafezinho, ou nas mesas dos restaurantes, deba- temos com os colegas sobre a atual conjuntura social. Como grandes conhecedores e praticantes de soluções simples e eficazes, batemos no peito, discordamos e alteramos a voz em defesa de nossos princípios éticos e democráticos. Só não discutimos os fracassos em administrar nossas famílias, nossos relacionamentos ou nosso convívio profissional, temas sobre os quais somos notáveis mestres hipócritas. Ao mesmo tempo que nos enganamos, o mundo gira numa velocidade espantosa e não nos damos conta. Os “espertos” vão nos usando como massa de manobra e nossos “líderes” continuam usando de suas hábeis retóricas para nos conformar com a situação. Somente o dinheiro e a vaidade nos impulsionam para enfrentarmos o mundo em busca da sonhada “vitória” pessoal. E, durante toda nossa trajetória, usamos a carapuça de bons samaritanos para escondermos o único valor que enxergamos. Só podemos dividir o que temos. Por isso, não pode- mos dividir o que nosso egoísmo não busca em nossa curta existência: amor, paz, respeito, ética, bondade e alegria. Infelizmente, nem podemos sequer dizer que somos sacos vazios, pois estamos cheios apenas de mentiras, vaidades, insensibilidade, falta de vergonha e corrupção. Se não temos coisas boas dentro de nós, não adianta querer dividir o que não presta. Isso já é distribuído sem discriminação entre ricos e pobres, negros e brancos, homo e heterossexuais, deficientes e não deficientes, cultos e ignorantes. Nossa única saída está na aceitação de que somos hipó- critas e fracos o bastante para nos enganar e enganar os outros. Então, sejamos egoístas! Mas sejamos egoístas para acumularmos em nosso ser todas as virtudes humanas. Primeiramente, nos amando, para termos como amar, e aí, sim, termos coisas boas para dividir. Somente assim pode- remos melhorar este país. Márcio Spoladore – diretor da Adeva Quem somos nós?

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Associação de Deficientes Visuais e Amigos - ADEVA - Ano VIII - nº 41

Em nosso país, costumamos adotar a triste postura de julgar e condenar antes de apurarmos a verdade dos fatos. De maneira ridícula, formamos opinião por meio das informações que recebemos dos veículos de comunicação. Estes são, podemos afirmar, descaradamente tendenciosos e buscam somente atender seus interesses.

Incapazes de um julgamento crítico, assumimos uma postura de boiada. É isso mesmo, boiada! Vivemos uma vida improdutiva. Até mesmo quando nos dizemos politizados, nos expressamos como papagaios, repetindo somente as palavras dos nossos endinheirados intelectuais de plantão. Mas se nos perguntam em quem votamos, para nos repre-sentar no governo, mentimos, desconversamos ou negamos que tenhamos votado naqueles que supostamente estejam envolvidos em escândalos.

Basta um pouquinho de astúcia e perspicácia para nossos informantes nos convencerem de suas verdades. E daí, lá vai a boiada! Não nos damos ao trabalho de filtrar sequer uma gota de suas palavras impuras e persuasivas.

Nós também, chegamos a fazer cursos de técnicas de persuasão para aprendermos a nos colocar na pele de nossos interlocutores com o único objetivo de fazê-los acreditar em nossas verdades. Podamos seu livre arbítrio, impedindo-os de pensarem livremente. Assim, conseguimos com que os outros façam somente o que queremos.

Sem nos darmos conta de que essa postura já tomou conta de nossa cultura, não nos fartamos de enganar os outros e de sermos enganados.

Enquanto isso, em rodinhas nos bares, nas empresas, tomando um cafezinho, ou nas mesas dos restaurantes, deba-temos com os colegas sobre a atual conjuntura social. Como grandes conhecedores e praticantes de soluções simples e eficazes, batemos no peito, discordamos e alteramos a voz

em defesa de nossos princípios éticos e democráticos. Só não discutimos os fracassos em administrar nossas famílias, nossos relacionamentos ou nosso convívio profissional, temas sobre os quais somos notáveis mestres hipócritas.

Ao mesmo tempo que nos enganamos, o mundo gira numa velocidade espantosa e não nos damos conta. Os “espertos” vão nos usando como massa de manobra e nossos “líderes” continuam usando de suas hábeis retóricas para nos conformar com a situação. Somente o dinheiro e a vaidade nos impulsionam para enfrentarmos o mundo em busca da sonhada “vitória” pessoal. E, durante toda nossa trajetória, usamos a carapuça de bons samaritanos para escondermos o único valor que enxergamos.

Só podemos dividir o que temos. Por isso, não pode-mos dividir o que nosso egoísmo não busca em nossa curta existência: amor, paz, respeito, ética, bondade e alegria. Infelizmente, nem podemos sequer dizer que somos sacos vazios, pois estamos cheios apenas de mentiras, vaidades, insensibilidade, falta de vergonha e corrupção.

Se não temos coisas boas dentro de nós, não adianta querer dividir o que não presta. Isso já é distribuído sem discriminação entre ricos e pobres, negros e brancos, homo e heterossexuais, deficientes e não deficientes, cultos e ignorantes.

Nossa única saída está na aceitação de que somos hipó-critas e fracos o bastante para nos enganar e enganar os outros.

Então, sejamos egoístas! Mas sejamos egoístas para acumularmos em nosso ser todas as virtudes humanas. Primeiramente, nos amando, para termos como amar, e aí, sim, termos coisas boas para dividir. Somente assim pode-remos melhorar este país.

Márcio Spoladore – diretor da Adeva

Quem somos nós?

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GuarujáQuem disse que os paraísos naturais são isolados e sem infra-

estrutura? Guarujá, situado na Ilha de Santo Amaro, litoral paulista, a 82 quilômetros da Capital, é um verdadeiro paraíso natural. Praias,

florestas, manguezais, montanhas, tudo isso cercado de serviços e estabelecimentos adequados para receber o turista. Com fauna e flora

colorida e diversificada, Guarujá possui redutos ecológicos que abri-gam espécies preservadas de extinção. Passeios de barco, caminhadas

em trilhas em meio à Mata Atlântica, vôo livre, bicicross, rafting, rapel, canoagem e visita a fortes são opções disponíveis por lá.

Para os trilheiros, como eu, uma boa opção é a trilha da prainha Branca, que pode ser alcançada após uma caminhada de cerca de 20 minutos por um caminho que vence a serra do Guararú, porção das mais preservadas da Mata Atlântica em toda a região. Nesse local, há uma vila de pescadores, típica das comunidades caiçaras, e um mar dos mais propícios à prática do surf. A partir da prainha Branca, pode-se acessar a trilha que dá acesso à de Camburi.

Se você curte o turismo náutico, Guarujá é conhecida como a ilha das Marinas. Você pode escolher um dos passeios disponíveis. Eu fiz a travessia do canal de Bertioga e fiquei na proa do barco sentindo no rosto a maresia. Outras opções náuticas a partir das marinas são a pesca e o mergulho. Na praia do Pernambuco, a primeira que visitei, as opções náuticas são o surfe, bodyboard, caiaque e vela.

A praia do Pernambuco é uma das mais belas e bem freqüentadas praias do Guarujá. Possui areia solta, fina e clara. De um lado, as águas são calmas como piscina, próprias para crianças, e, do outro, as ondas são fortes, bem ao gosto da “galera” da prancha.

Saindo da praia do Pernambuco, se já tiver batido a fome, a praia do Perequê é um ótimo lugar para saborear um prato à base de frutos

do mar e ver os pescadores locais puxarem a rede na foz do rio do Peixe. O rio é limpo, mas o mar ali é poluído.

Minha próxima parada foi na praia da Enseada, extensa, com mais de 5 km, areia branca e fofa, mar tranqüilo e plano. Totalmente urbanizada, apresenta uma boa estru-tura de lazer, inúmeros bares, restaurantes e quiosques. Em um deles, para hidratar, bebi uma água de coco e fui passear pelo calçadão da orla. Fotógrafos de plantão podem tirar fotos do alto do Morro da Campina, mais conhecido como Morro do Maluf, que tem uma bela vista panorâmica do Guarujá.

Você aprecia a vida marinha? Então aproveite e faça uma visita ao Acqua Mundo, na praia da Enseada, considerado o maior aquário da América do Sul. Voltando mais um pouquinho, cheguei na praia das Pitangueiras, a praia central do Guarujá, repleta de enormes edifícios ao longo de sua orla. É muito disputada pelos banhistas na temporada, mas o mar ali é traiçoeiro. Em Pitangueiras, você pode ir às compras no shopping La Plage ou então na feirinha de artesanato. Ali provei e aprovei uma deliciosa raspadinha (ou gelinho) de morango.

Meu passeio terminou ao cair da tarde na praia das Astúrias – de areias claras e mar calmo, separada de Pitangueiras por um costão de pedras. Sem dúvida, no Guarujá é possível fazer um excelente passeio de um dia. Mas não se esqueça de usar roupas leves, passar protetor solar e colocar um par de tênis confortável.

Sidney Tobias de Souza

O site da cidade (<http://www.guaruja.sp.gov.br>) tem boa aces-sibilidade. Os demais itens são do tempo das naus. Não há intérpretes de Libras, tampouco folhetos de informações turísticas em Braille.

Acessibilidade

Como chegar

De carro, pela rodovia Anchieta (SP 150), rodovia dos Imigrantes (SP 160) e Nova Imigrantes (pedagiadas).

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Benefícios do SolEle é considerado um vilão, mas por trás da aparência

de mau, o sol esconde inúmeros benefícios a saúde física e emocional.É a fonte mais garantida de vitamina D, essen-cial para a captação de cálcio nos ossos. Por esse motivo é indicado por pediatras como auxiliar no crescimento das crianças e preventivo da anemia.

Para os idosos um ótimo aliado contra osteoporose. “São poucos os alimentos que contêm grandes quantidades de vitamina D, nem mesmo o salmão, o mais rico deles, tem a quantidade obtida em apenas quinze minutos diários de banho de sol”, informa a dermatologista Flávia Addor.

Os benefícios também se estendem à área psíquica. Estudos comprovam que sua presença estimula o bom humor das pessoas e evita estados de depressão e suicídios, freqüentes em países de inverno rigoroso em que a presença de luz natural é restrita a poucas horas por dia.

Além de tudo isso a temperatura quente causa ao corpo a sensação de relaxamento muscular e ajuda o sistema circu-latório. A aparência melhora, a palidez dá lugar a um rosto levemente corado, promovendo um aspecto de saúde.

Porém não é um “remédio” de uso irrestrito, a exposição aos raios ultravioletas deve ser feita de preferência entre oito e dez horas da manhã e quatro e cinco horas da tarde, período em que a luz solar transmite os raios mais brandos que o sol do meio-dia, o principal responsável pelas quei-maduras solares e causador do câncer de pele.

Independente do horário de exposição ao sol é impor-tante o uso de protetor solar conforme a pele de cada um, e a constante hidratação do organismo.

Os protetores solares são preparados farmacêuticos que contêm substâncias redutoras da passagem dos raios UVB e, dependendo do produto, também os raios UVA. O grau de proteção varia de 8 a 30 FPS, e deve ser adquirido de acordo com o tipo de pele e tempo de exposição. Quanto mais claro o tom da pele, maior deve ser o fator de proteção. A aplicação do filtro solar deve ser feita de 30 a 60 minu-tos antes da pessoa se expor ao sol. Em caso de exposição solar direta, informa a dermatologista, “o produto deve ser repassado na pele de 2 em 2 horas”.

Tomando esses simples cuidados o sol pode ser seu melhor amigo. Aproveite o momento também para refle-tir, ler, ou conversar.

Para quem não tem o costume de ficar sob a luz solar, o ideal é iniciar a exposição aos poucos, ou seja, começar com alguns minutos no primeiro dia e ir aumentando o tempo de forma progressiva.

Mara Alves

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www.timeticker.com/main.htm - Se o assunto é o tempo, neste site tem muita informação a respeito. É possível saber a hora exata, em qualquer lugar do mundo; os países, nos diversos continentes, que estão dentro do mesmo fuso horá-rio; e conhecer um pouco mais sobre o tema por meio de uma seleção de livros recomendados.

ConfiançaLembre-se sempre de que, custe o que custar, você

não deve se tornar uma pessoa desconfiada. Mesmo se sua confiança permitir que os outros o enganem, isso será melhor do que não confiar.

É muito fácil confiar quando todos são amorosos e ninguém o está enganando. Mas, mesmo se todo o mundo for falacioso e todos estiverem dispostos a enganar você – e eles somente podem enganá-lo quando você confia –, então, também, continue a confiar.

Nunca perca a confiança na confiança, não importa o preço, e você nunca será um perdedor, porque a pró-pria confiança é o fim supremo. Ela não deve ser um meio para algo mais, pois ela tem o seu próprio valor intrínseco.

Se você puder confiar, você permanecerá aberto. As pessoas se fecham como defesa para que ninguém possa enganá-las ou tirar vantagem delas.

Deixe que elas tirem vantagem de você! Se você insistir em confiar, um belo florescimento acontecerá, porque não haverá medo. O medo é que as pessoas o enganem, mas, uma vez aceito isso, deixa de existir o medo e, portanto, deixa de existir a barreira para a sua abertura. O medo é um perigo maior do que qualquer mal que alguém possa fazer a você. Esse medo pode envenenar toda a sua vida. Assim, permaneça aberto e confie inocente e incondicionalmente.

Você florescerá e auxiliará os outros a florescerem assim que eles ficarem conscientes de que não o engana-ram nem um pouco, mas que enganaram a si mesmos. Se uma pessoa continuar a confiar em você, você não poderá continuar a enganá-la indefinidamente. A pró-pria confiança repetidamente atirará você de volta a si mesmo.

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Caros leitores do Convivaware, hoje, quero falar de um assunto que, embora seja um pouco técnico e complexo, interessa diretamente aos usuários de leitores de tela. No dia 22 de agosto deste ano, foi lançada a versão 3.5 do DosVox. Ela traz uma novidade que, se não é tão impactante no momento, penso ser o início de uma nova etapa desse tão importante produto.

A grande novidade é a nova síntese de voz “Liane”. Programada para ser distribuída pela licença LPGL de software livre, sua base de dados br4 foi produzida pelo Serviço Federal de Processamento de Dados – Serpro. Obedece à patente da Faculté Politecnique de Mons (Bélgica), que impede sua modificação ou engenharia reversa. Deste modo, embora a síntese de voz seja brasileira, a estrutura na qual ela foi montada não é nossa e nem gratuita. Tal situação causa aos desenvolvedores alguns pequenos incômodos, mas, para resolvê-los, cada cópia do DosVox precisaria pagar royaltes para a France Telecom (proprietária da patente do algoritmo de concatenação que foi usado), o que não vai ao encontro dos princípios do projeto. A equipe DosVox tem já um pro-tótipo para um algoritmo totalmente brasileiro, mas ainda não a qualidade do Mbrola, usado pelo Serpro.

Sei que é difícil entender todo esse processo, mas, grosso modo, o que ocorre é o seguinte: primeiro, precisamos que um locutor grave algumas horas de textos. Depois, essa gra-vação é editada, sendo separados fonemas que comporão a síntese. Aí é que entra algum sistema de concatenação de sons, que fará a junção dos fonemas com o mínimo de corte e o máximo de naturalidade possível. Portanto, quanto melhor o sistema de concatenação de sons, mais natural e humano será o resultado. Existem ainda outras questões, mas dada a complexidade do assunto e a falta de espaço em nosso jornal, não entrarei em detalhes.

Em resumo, o Mbrola é um sistema de concatenação de sons. Foi usado como base de desenvolvimento, pois produz um resultado sonoro muito flexível, podendo gerar prosódias bem versáteis.

Os arquivos de configuração do sintetizador Serpro Liane TTS obedecem à licença GNU, podendo ser modificados, melhorados e redistribuídos, desde que seja mantida a licença anexada, sem modificação. O Serpro, neste momento, está estudando os detalhes legais para ampliar as licenças de LPGL para GNU, o que permitirá a publicação e melhoria dos programas fontes.

Certamente vocês devem estar per-guntando: quais são as vantagens da

síntese Liane?

Além de ter qualidade supe-rior à síntese

encontrada no DosVox, poderá ser

usada por outros leitores de tela, além de, em breve,

também estar dispo-nível para Linux.

Embora seja uma voz um pouco anasalada, é de fácil compreensão mesmo por usuários iniciantes. Como foi desenvolvida pensando nas pessoas cegas usuárias de computador, sua performance nos leitores de tela é muito boa, diferente de outras vozes já comercializadas (estas, mesmo possuindo características que as aproximam da voz humana, são pesadas e exigem mais recursos de máquina para funcionarem satisfatoriamente), além de oferecer grande facilidade e flexibilidade para a alteração de velocidade, tonalidade e prosódia.

No momento, ainda apresenta falhas, mas o prof. José Antônio Borges (responsável pelo Núcleo de Computação Eletrônica - NCE, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ) está captando as críticas da comunidade usuária do DosVox para fazer os ajustes nas regras de pronúncia e dicionários de exceções. A idéia é que, para a versão 4.0 do DosVox, a síntese Liane já esteja muito melhor.

O produto desenvolvido pelo Serpro (Serpro TTS) tem um grande potencial. Dada sua estrutura, pode funcionar com várias falas, uma das quais é a Liane. Por exemplo, ele pode falar até mesmo com as vozes da Micropower, mas, por razões éticas, isso não foi feito. Vale aqui lembrar que as bases das vozes usadas no Virtual Vision e Deltatalk da Micropower também têm como sistema de concatenação de fonemas o Mbrola.

No futuro, o Serpro TTS poderá falar até com as vozes de pessoas conhecidas, ou mesmo da própria comunidade DosVox. No momento, isso não é importante. Segundo o prof. Borges, ainda existem arestas a serem aparadas. No entanto, essa característica do produto do Serpro permitirá que sejam criadas, por exemplo, vozes com sotaques regionais, bem como a criação de uma voz para português de Portugal, que já é um dos projetos futuros da equipe da UFRJ.

O DosVox 3.5 pode ser baixado gratuitamente no endereço <http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox>. É possível baixar uma atualização para os usuários do DosVox. Para quem ainda não tem o programa, a versão completa tem cerca de 127 MB. Ao instalá-lo, basta dar duplo clique no executável que foi baixado e seguir as instruções que aparecem na tela.

Chamo especial atenção de quem já possue o Dosvox instalado para que faça backup dos arquivos de configu-ração antes de iniciar a instalação da nova versão. Observe que, ao final desta, terá início a instalação do Mbrola. Ela é fundamental para que a voz Liane funcione corretamente. Siga as instruções que estão em inglês, mas que não trazem nada de diferente da instalação de outros programas. Ao final, será direcionado para o site do projeto Mbrola. Lá poderá fazer download de outras vozes e recursos para desenvolvedores. Se tiver somente a intenção de testar a voz Liane, apenas feche a janela do browser.

Neste momento, será convidado a instalar os recursos para as sínteses SAPI4. O DosVox oferece algumas vozes que estão no padrão SAPI4. Siga as instruções que elas ficarão disponíveis, não só para o DosVox, mas para qualquer outro programa que faça uso dessa tecnologia (futuramente, fala-remos sobre o SAPI4 e SAPI5).

Ao final, basta clicar em “concluir” na janela de instalação do DosVox e desfrutar de tudo o que ele oferece.

Laercio Sant’Anna

DosVox 3.5

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CURSOS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

As inscrições podem ser feitas pelos telefones: (11) 3667-5210,

(11) 3284-0560, com Sandra Maciel, e (11) 5084-6693 / 6695,

com Edvando.

Uma antiga parceria Durante dois anos, de 2000 a 2002, a Fundação Bradesco e a ADEVA foram parceiras.

Segundo Gina Leôncio, do setor de educação profissional da Fundação, “essa parceria se firmou por considerarmos de grande importância o trabalho da entidade ao possibilitar a pessoas com deficiência visual a ampliação de conhecimento e competência necessários para o acesso ao mercado de trabalho”.

O esforço conjunto teve como meta capacitar, na área de informática, esse público. Para tanto, a Fundação ofereceu treina-mento a multiplicadores no software leitor de tela Virtual Vision e um programa de cursos de informática para deficientes visuais. Tudo isso como resultado do Bradesco Internet Banking para Deficientes Visuais, desenvolvido para possibilitar às pessoas cegas e com baixa visão operarem suas transações bancárias sem auxílio de terceiros.

Esse produto foi lançado pelo Bradesco após solicitação, em 1995, de um cliente do banco, portador de deficiência visual. Tem como objetivo permitir o acesso aos serviços bancários disponíveis na Internet. Com seu lançamento no mercado, criou-se uma nova demanda – o de treinamento em informática para as pessoas cegas, até então impossível de ser realizado pela inexistência da síntese de voz no ambiente gráfico Windows. Nesse momento, a Fundação Bradesco deu sua contribuição desenvolvendo uma metodologia de ensino de informática para deficientes visuais.

O primeiro curso foi implantado em setembro de 1998, em Osasco (SP). Dele participa-ram dois funcionários da Adeva (o Marcelo Antunes Maciel de Sousa e o Francisco Carlos Alves Batista), hoje instrutores de informática. E, em 2000, nasceu o primeiro centro de treinamento da Adeva, na praça da Bandeira, 61, cj. 61, Centro de São Paulo, onde vários colaboradores atuais da entidade foram introduzidos no mundo da informática.

A Fundação BradescoCriada em 1956, por Amador Aguiar, o fundador do banco Bradesco, tem como obje-

tivo proporcionar educação e profissionalização a crianças, jovens e adultos. Sua primeira escola, inaugurada em 29 de junho de 1962, na Cidade de Deus, em Osasco (SP), tinha 300 alunos e sete professores. Hoje, são 40 escolas em 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. As escolas, particulares e gratuitas, constituem uma referência sócio-cultural nas regiões em que se encontram, pois representam para as comunidades a possibilidade de ampliar horizontes de trabalho e de realização pessoal.

Os cursos de educação profissional tiveram início na década de 1970, com o objetivo de qualificar e requalificar jovens e adultos com diferentes níveis de escolaridade para o exer-cício de uma profissão, visando sua inserção ou permanência no mercado de trabalho.

Têm como base a demanda regional e necessidades da comunidade local, com progra-mas flexíveis, que permitem alterações curriculares de acordo com a realidade do mercado de trabalho. Hoje, observa-se que eles influenciam na qualidade de vida das pessoas, que passam a utilizar os conhecimentos adquiridos para geração de renda, seja produzindo ou comercializando.

Atualmente, há opções de cursos nas áreas de agropecuária, comunicação e artes, gestão, imagem pessoal, indústria, informática, lazer e desenvolvimento social, turismo e hospitalidade.

Lúcia Nascimento

Campanha pela nova Sede

da ADEVABanco Real

agência 0196C/C 3729443

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O primeiro editorCezar Yamanaka (46) é de Adamantina, cidade do interior de São

Paulo. Mas seus pais, sr. Takeo (já falecido) e dona Kiyoe (89 anos), nas-ceram no Japão. Aqui, tiveram e criaram seus onze filhos: Junko, Tacaco, Teico, Tetsutaro, Eduardo, Aparecida, Lincoln, Darwin, Sílvia, Emerson e o Cezar.

Vieram para a Capital quando ele tinha de 7 para 8 anos. “Passei minha infância e adolescência entre os bairros do Ipiranga, Jabaquara e Butantã, junto com a família.” No Ipiranga, sua casa ficava próxima ao Museu Paulista. “Era uma rua de terra, onde a gente brincava de pião, bolinha de gude, carrinho de rolimã, pula-sela, esconde-esconde, peteca, bandeira, futebol de meia, queimada”, ele relembra.

Algumas vezes, as brincadeiras deixavam de ser divertidas. “Conta minha mãe que nasci muito pequeno (prematuro, de sete meses), miu-dinho e que dei bastante trabalho e preocupação; como conseqüência, ando e faço as coisas devagar e com um pouco de dificuldade por causa de um problema de coordenação motora; então, no jogo de futebol, ou eu ficava de fora ou então era o último a ser escolhido.”

Hoje, Cezar “brinca” com as palavras. Ele é jornalista. Formado pela Fiam (Faculdades Integradas Alcântara Machado) em 1983, escolheu essa profissão quando trabalhava na editora Abril (ficou por lá 21 anos). “Fazia um clipping para a revista semanal Intervalo, isso em 1976, e, na convi-vência com o pessoal, acabei gostando da profissão.” Outro fato que o motivou foi que, naquela época, a editora oferecia bolsas de estudos para quem optasse por um curso de comunicação.

Desde 2000, trabalha no arquivo da Fundação Padre Anchieta (Centro Paulista de Rádio e TV Educativas) como pesquisador e indexador do arquivo de texto. “No total, estou nessa área há 32 anos, mais tempo do que eu pensava ficar; isso porque gosto bastante do que faço.”

Com a Adeva, a história também é antiga. O primeiro contato se deu nos anos 70. “Um amigo comum, da Sandra Maciel e meu, o Carlos Alberto Franco Lima, nos aproximou; aceitei o convite para uma viagem a Cabo Frio (RJ) na companhia deles.” Foi aí, à beira do mar, que a entidade começou a ser pensada. “Depois, participei de algumas reuniões para a elaboração do estatuto, de bingos, churrascos e bazares para arrecadar fundos para a compra da sede, e de outras viagens.”

A amizade se consolidou, mas Cezar nunca fez parte da direção porque, “para mim, a Adeva deve ser gerida por deficientes visuais”. Deu, porém, uma contribuição marcante quando, por sugestão da Sandra, aceitou ser o editor do Conviva, em 1997. Participou da escolha do nome, sugeriu seções, o editorial na primeira página.

Assumiu a função por quase três anos; em 2000, precisou se afastar por motivos profissionais. Mas, agora, chegou o tempo dele voltar: a partir deste número, Cezar é o responsável pela seção “O que vou ser quando crescer”. O bom filho à casa torna.

Jogo rápido

Signo: Capricórnio / Dragão.

Cor: Azul escuro.

Hobby: Não tenho.

O que mais gosta de fazer nas horas vagas: Ler livros, jornais, revistas.

Um filme: Vinhas da Ira, de John Ford.

Um livro: Germinal, de Émile Zola (1840-1902), e As Vinhas da Ira, de John Steinbeck (1902-1968).

Estilo de música: MPB e clássica ou erudita.

Uma música: Concerto para clarinete (K 622), de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791).

Cantora preferida: Elis Regina (1945-1982).

Cantor: Luciano Pavarotti (1935-2007).

Religião: Não tenho.

Deus: Acredito em honestidade, solidariedade, companheirismo, amizade, bom senso.

Família: Algo bom e importante na vida da gente.

Amigos: Como a família, é algo bom e importante, que a gente precisa cultivar com toda atenção, gentileza e carinho.

O que fazer para viver melhor: Trabalhar, comer bem, dormir oito horas por noite, fazer ginástica, passear, ficar sem fazer nada, andar, ler, descansar e uma boa dose de esperança e otimismo.

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De São Sebastião da Grama para São Paulo

CULTURA PONTO A PONTO – Série produzida pela TVE Brasil e o Ministério da Cultura (MinC), composta por 26 programas, que mostram 60 dos 680 pontos de cultura registrados no país, com visões e sotaques brasileiros diversificados. TV Cultura, domingo, 21h30.

MUSEU DO DIÁLOGO – Instalado no piso térreo do Shopping Galeria, na Rodovia Dom Pedro I, km 1315, em Campinas (SP), está o Museu do Diálogo. Sua principal atração é o Diálogo no Escuro, criação do filósofo e jornalista alemão Andreas Heinecke. Por meio de estímulos não-visuais, em diversos ambientes, seus visitantes têm a oportu-nidade de “ver” como as pessoas cegas

“enxergam” o mundo. Inaugurado este ano, é a primeira versão permanente nas Américas (existem similares em Frankfurt, Hamburgo, Israel, Áustria, Itália e Holanda).

PONTE PARA TERABÍTIA – Jesse, um garoto que adora desenhar, e Leslie, uma garota que está sempre inventando histórias, criam um mundo mágico, de fantasia, onde são rei e rainha. A partir daí, a amizade entre esses dois adoles-centes muda suas vidas e de quem com eles convivem. EUA, 2007. Aventura. Nas locadoras.

BACH – Passion selon saint Matthieu - Passion selon saint Jean. Consortium Musicum e Süddeutscher Madrigal Chor (coro madrigal do sul da Alemanha), sob

a regência de Wolfgang Gonnenwein. 5 CDs. EMI, 2002.

RÁDIO MATRACA – Programa apresen-tado há 20 anos, com muito humor, música e informação. Na primeira hora, apresenta-ção de artistas ligados ao humor musical, de músicas parecidas entre si (“plágios”) e de curiosidades. Na segunda parte, a cada semana, um mini-especial. Sábados, das 17h às 18h. Rádio USP, FM 93,7 MHz.

RODRIGO BOM DE BOLA – Segundo livro infantil escrito por Markiano Charan Filho, diretor-presidente da Adeva, apre-senta novamente o personagem Rodrigo, um menino cego. Desta vez, ele mostra aos colegas de escola seu lado espor-tista. São Paulo: Nova Alexandria, 2007. À venda, nas livrarias.

A vinda para São PauloJoão Anadão (48) nasceu em São Sebastião da Grama,

uma cidade do interior de São Paulo, que fica pelos lados da cidade de Campinas, distante da Capital 206 km. Por seu solo ótimo, tornou-se produtora de cafés finos, e, atualmente, figura no cenário turístico com campeonatos interestadu-ais e brasileiros de mountain bike e a Copa Sudeste de off road.

Os primeiros anos de estudosDeficiente visual desde os oito anos, quando João chegou

em São Paulo foi estudar, como interno dos 9 aos 17 anos, no Instituto de Cegos Padre Chico, fundado em 1929, diri-gido pela Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, que atende crianças cegas e de baixa visão. Lá, completou o ensino fundamental. Fez os três anos do ensino médio na Escola Estadual Alexandre de Gusmão, também no bairro do Ipiranga.

Química e física eram as matérias que menos gostava de estudar, mas “a maior difi-culdade que enfrentei foi a falta de material didático em braille, principalmente durante os anos do ensino médio; consegui supe-rar isso com a ajuda e o apoio dos amigos”.

Optou por fazer Ciências Sociais (na Universidade do Grande ABC - UniABC) e se formou nos anos 90. Então, iniciou Ciência da Computação, na Universidade Municipal de São Caetano do Sul – IMES, mas não completou o curso. Mais uma vez, o apoio e a ajuda dos colegas e amigos foi funda-mental nesse período de vida acadêmica. Fez o técnico de programação Cobol em 1986 e, no ano seguinte, começou a trabalhar como programador de computador.

Sua vida profissional teve início na Serasa (de 1987 a 1990), depois atuou na Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo – Prodesp de 1990 a 1992 e na Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo – Prodam de 1992 a 2001. Entre

os anos 2001 e 2006, tra-balhou na Sul América Seguro Saúde.

Atualmente, é ana-lista de sistemas da CPM, empresa de call center. E foi para lá (em janeiro de 2007) “pela perspectiva de crescimento na carreira”. João é casado há 20 anos e tem um filho de 15 anos. Seus momentos de lazer são desfrutados na compa-nhia dos familiares, em sua casa de praia em Itanhaém, litoral sul de São Paulo.

Cezar Yamanaka

Ciência da ComputaçãoO curso de bacharelado em Ciência da

Computação, de período integral, é ofe-recido pelo Instituto de Matemática e

Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP). São disponibilizadas, anual-mente, 50 vagas por meio da Fundação Universitária para o Vestibular – Fuvest.

Os profissionais formados são requisita-dos por empresas para atuar no estudo,

desenvolvimento e suporte de sistemas de computação de médio e grande porte.

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Gráfica brailleA ADEVA conta com uma gráfica e ofe-

rece a impressão de textos em Braille e em caracteres ampliados. Todos os recursos obtidos com a produção desse serviço são revertidos para a manutenção da entidade.

Os valores pagos podem ser dedu-zidos do imposto de renda de pessoas jurídicas. Mais informações pelos telefo-nes: (11) 3824-0560 ou 3667-5210, com Márcio ou Sandra.

PalestrasCom o objetivo de promover o

desenvolvimento pessoal e profissio-nal de empregados e empregadores, e conscientizar a sociedade sobre o potencial da pessoa com deficiência, a ADEVA oferece palestras sobre temas como estresse, etiqueta empresarial, o trabalho e o valor do trabalhador, mitos e realidades sobre o deficiente.

Para agendar dia e horário, entre em contato com Sandra Maciel ou Márcio Spoladore, pelo telefone (11) 3824-0560 ou pelo e-mail: [email protected].

As palestras podem ser ministradas in company e seu valor abatido do imposto de renda de pessoas jurídicas.

Expediente - Jornalista responsável: Liane Constantino (MTb 15.185). Colaboradores: Celso de Oliveira, Cezar Yamanaka, Laercio Sant’Anna, Lúcia

Nascimento (MTb 29.273), Mara Alves, Márcio Spoladore, Markiano Charan Filho, Sandra Maciel, Sidney Tobias de Souza. Correspondência: Praça

da Bandeira, 61, cj. 61- CEP 01007-020 - São Paulo (SP) - Telefones: 11 5084-6693 / 5084-6695 - Fax: 11 5084-6298 - E-mail: [email protected]

Site: http://www.adeva.org.br. Editoração: Fernanda Lorenzo. Revisão: Célia Aparecida Ferreira. Fotolitos e Impressão: cortesia Garilli Artes Gráficas

Ltda. - Tel.: 11 6694-3288 - E-mail: [email protected] - Tiragem: 1.000 exemplares. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.

Nossos parceiros

ReciclagemA VIVO Celular tem um programa de coleta de aparelhos celulares, carregadores, baterias

e demais componentes para reciclagem. São aceitos telefones velhos, estragados, molhados, quebrados, faltando alguma peça e acessórios. Toda a renda obtida com sua venda é direcio-nada para a Audioteca Sal & Luz, que fica no Rio de Janeiro-RJ (r. da Constituição, 14, 2º andar, Centro, www.audioteca.org.br). A Sal & Luz é uma Organização Não-Governamental (ONG) que grava, edita e empresta livros (cristãos, didáticos, de literatura clássica e contemporânea) para pessoas cegas e com baixa visão gratuitamente. No endereço <http://www.vivo.com.br/portal/o_que_e_vivo_meio_ambiente.php> estão indicadas as lojas Vivo oficiais onde é possível entregar esses aparelhos.

Correspondências em braille

No início de outubro, entra em operação um novo serviço dos Correios: a transcrição gratuita de correspondências do braille para a escrita comum e vice-versa. Essa iniciativa do Ministério das Comunicações possibilita às pessoas cegas o envio e o rece-bimento de correspondências na linguagem do código braille.

O objetivo do serviço é dar autonomia a esse público, favorecendo sua inclusão na sociedade. Para utilizar o serviço de transcrição, os interessados, cegos ou não, devem postar as correspondências em qualquer agência dos Correios do país, para a Central Braille, que funcionará em Belo Horizonte (MG). O valor de postagem é o mesmo da tarifa normal para correspondência comercial ou não-comercial.

Cegueira atinge os pobres Estudo feito pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO),

departamento da Associação Médica Brasileira, divulgado durante o 34º Congresso Brasileiro de Oftalmologia (setembro 2007, Brasília-DF) mostra que 90% das pessoas atingidas pela cegueira no país são de baixa renda. Do total de 1,2 milhão de cegos hoje existentes no Brasil, a grande maioria está na população mais pobre do país. Isso se deve à falta de recursos adequados no setor público de saúde e de informação. A catarata, o glaucoma e a retinopatia diabética são as maiores causas da cegueira. O glaucoma e a reti-nopatia diabética, que podem ser prevenidos, provocam cegueira irreversível. A catarata causa cegueira reversível – se descoberta a tempo e tratada precocemente, não leva a pessoa à cegueira. Uma vez operado, o indivíduo volta a enxergar e está curado.