Assessoria de Imprensa e Comunicação...

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Assessoria de Imprensa e Comunicação Municipal Dia 11 - das 9h às 12h Oratória: O Primeiro Instrumento da Comunicação Pública Dia 11 - das 13h30 às 17h30 O Poder da Comunicação Pública! Dia 12 - das 9h às 12h Escrita e Tratamento Oficial

Transcript of Assessoria de Imprensa e Comunicação...

Assessoria de Imprensa e Comunicação

Municipal

Dia 11 - das 9h às 12h

Oratória: O Primeiro Instrumento da Comunicação Pública

Dia 11 - das 13h30 às 17h30

O Poder da Comunicação Pública!

Dia 12 - das 9h às 12h

Escrita e Tratamento Oficial

A Unipública

Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e treinamento de agentes

públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras, câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos,

consórcios, institutos, fundações e empresas estatais nos municípios.

Os Cursos

Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-learning/online), a escola investe na qualidade

e seriedade, garantindo aos alunos:

- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público

- Professores especializados e atuantes na área (Prática)

- Certificados de Participação digitalizado

- Material complementar de apoio (leis, jurisprudências, etc)

- Tira-dúvidas durante realização do curso

- Controle biométrico de presença (impressão digital)

- Atendimento personalizado e simpático

- Rigor no cumprimento de horários e programações

- Fotografias individuais digitalizadas

- Apostilas e material de apoio

- Coffee Breaks em todos os períodos

-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno)para impressão de certificado, grade do curso, currículo completo dos

professores, apostila digitalizada, material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat

entre alunos e contato com a escola.

Público Alvo

- Servidores e agentes públicos (secretários, diretores, contadores, advogados, controladores internos, assessores,

atuantes na área de licitação, recursos humanos, tributação, saúde, assistência social e demais departamentos) .

- Autoridades Públicas, Vereança e Prefeitos (a)

Localização

Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao Calçadão da XV, na Rua Des.

Clotário Portugal nº 39, com estrutura própria apropriada para realização de vários cursos simultaneamente.

Feedback

Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos, alcançando índice médio de satisfação

9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho.

Transparência

Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da transparência de seus atos mantendo

em sua página eletrônica um espaço específico para esse fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos, notas de

avaliação dos alunos e todas as certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica.

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos serviços públicos, a Unipública

investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critério, define seu corpo docente.

Missão

Preparar os servidores e agentes, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais e específicos sobre suas

respectivas áreas de atuação e contribuir com:

a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos

b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto para a população quanto para

os agentes públicos

c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão

Visão

Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfação aos

seus alunos, cidadãos e entidades públicas.

Valores

Reputação ilibada

Seriedade na atuação

Respeito aos alunos e à equipe de trabalho

Qualidade de seus produtos

Modernização tecnológica de metodologia de ensino

Garantia de aprendizagem

Ética profissional

SEJA BEM VINDO, BOM CURSO!

Telefone (41) 3323-3131 / Whats (41) 8852-8898

www.unipublicabrasil.com.br

Programação: Dia 11 - das 9h às 12h

O Poder da Comunicação Pública!

1 Conceitos e Diretrizes

a) objetivos: transparência e missão institucional

b) funções da mídia na gestão pública

c) atribuições do gestor da comunicação: a notícia e os relacionamentos

2 Planejando para o Sucesso na Comunicação:

a) estratégias para construção da mídia positiva e gestão de crises

b) identificando o informacional e o interacional

c) o aproveitamento das redes sociais

3 Atividades práticas

a) media training: técnicas básicas para entrevistas

b) elaboração da agenda de trabalho: o que farei e como

Dia 11 - das 13h30 às 17h30

Oratória: O Primeiro Instrumento da Comunicação Pública

1 A importância da comunicação verbal

2 O controle da voz

3 Os cuidados com a dicção

4 Postura e expressão corporal

5 Aparência

6 Expressão facial

7 A importância da motivação e entusiasmo

8 Evitando as falhas (cacoetes)

9 Discursos e saudações

10 Como enfrentar perguntas hostis

11 Técnicas para eliminar a timidez

12 Os vários tipos de apresentação

13 A organização de um discurso

14 A preparação para uma reunião, debate ou palestra

15 A identificação do público-alvo (perfil, interesses e resistências)

16 Os cuidados com o tempo da fala

17 O poder da apresentação visual (multimídia, etc.)

18 Os “ganchos” para chamar atenção e manter o interesse da plateia

19 O perigo das palavras “difíceis”

20 Dinâmicas individuais e de grupo

Dia 12 - das 9h às 12h

Escrita e Tratamento Oficial

1 A comunicação institucional/tratamento da informação.

2 Formalidade e padronização da redação oficial.

3 O estilo:

a) adequação

b) clareza

c) concisão

d) objetividade

e) coesão

f) coerência

g) polidez

4 Pronomes de tratamento

5 Introduções

6 Fechos

7 Identificação do signatário/destinatário.

Professores:

Elson de Mello: Professor e Consultor - Especialista em Gestão Empresarial e Marketing Político

Cora Catalina Quinteros: Relações Públicas, mestre em Comunicação e Linguagens, Pós graduada em Marketing e

Bacharel em Comunicação Social.

Nara Berté: Consultora em Comunicação Escrita Oficial, ministra cursos para servidores públicos por intermédio do

Instituto Municipal de Administração Pública - IMAP. Elaborou o Manual de Comunicação Escrita Oficial da Prefeitura

de Curitiba, ao lado da professora Beatriz de Castro da Cruz, coordenadora do Serviço de Telegramática. Formada em

Economia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, especializou-se em Ciências Políticas, Gestão Pública e

Redação Oficial – com foco na formação de servidores, dentro de um conceito que agrega princípios constitucionais;

acesso à informação; comunicação como meio de interação; democratização de processos; e formação da imagem das

instituições públicas. Há 20 anos, atua como redatora oficial na Prefeitura de Curitiba.

Sumário

O PODER DA COMUNICAÇÃO PÚBLICA!...................................................................... 1

ORATÓRIA: O PRIMEIRO INSTRUMENTO DA COMUNICAÇÃO PÚBLICA ...... 39

ESCRITA E TRATAMENTO OFICIAL .......................................................................... . 59

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

A Comunicação Pública

fortalece a gestão

democrática do governo.

Seus pilares são:

a informação com

credibilidade e ágil;

a participação cidadã.

O PODER DA COMUNICAÇÃO

PÚBLICA!

Cora Catalina Quinteros

CONCEITOS E DIRETRIZES

“Deixem a população tomar conhecimento dos fatos, e o país estará seguro”, disse Abrahm Lincon, 16º.

Presidente dos Estados Unidos, em 1864.

ANTECEDENTES

Consideramos o conceito de comunicação pública algo muito recente, que começou a ser discutido em

meados da década de 1980, principalmente na Europa. No Brasil, dois fatores foram cruciais para o interesse

despertado pela comunicação pública nos meios acadêmicos: a redemocratização do país, em 1985, e a Constituição

Federal de 1988, que garantiu legalmente a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão e a divulgação e

transparência dos atos de governo.

A comunicação pública foi inicialmente descrita como uma evolução da comunicação governamental (Duarte,

2007). Este conceito se remete ao processo de comunicação instaurado em uma

esfera pública que engloba Estado, governo e sociedade, um espaço de debate,

negociação e tomada de decisões relativas à vida pública do país.

CONCEITUAÇÃO AMERICANA

Comunicação Pública = Sistema público de informação de uma sociedade

democrática; é o conjunto de mensagens e suportes de comunicação, através dos

quais o cidadão toma conhecimento das atividades do governo e, ao mesmo tempo,

comunica ao governo suas opiniões e necessidades. Envolve o governo, líderes

políticos, porta vozes oficiais, partidos políticos, lideranças sindicais, grupos de

pressão, a mídia e os vários especialistas em comunicação, inclusive jornalistas. A

opinião pública emerge como resultado da interação que ocorre neste sistema

público de informação, como parte de processos de comunicação social e

interpessoal.

PANORAMA: A MIDIA NO SENADO BRASILEIRO

“De modo geral, a concepção do trabalho de comunicação nas assessorias governamentais tem como foco

principal o relacionamento com a mídia e não com o cidadão” (In MATOS, 2012, p. 295). Por exemplo, no caso do

Senado brasileiro: há o Jornal do Senado, Rádio Senado, Agência Senado, a Voz do Cidadão, TV Senado e outros

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

Se a porta tem que

ficar sempre aberta

para os repórteres,

não tem que ser assim

para os contatos

comerciais, porque as

propostas precisam de

análise prévia.

serviços de informações, inclusive informatizados. E as únicas inserções positivas que alcança na mídia consistem

em ilustrações de temas importantes que saem veiculados em cerca de 10 segundos com entrevista a algum

parlamentar de bom rendimento televisiva. O que é um entrave à plena legitimidade do processo democrático.

A comunicação do Legislativo, para realizar-se plenamente, necessita de uma relação íntima com a prática da

cidadania. Os debates e as decisões do Legislativo são objetos de cobertura da mídia e de pressões advindas da

sociedade civil, representada em suas múltiplas facetas em cada debate parlamentar.

A rapidez com que os temas se alternam na mídia não pode partir única e exclusivamente dos meios de

comunicação: um parlamentar e seus assessores devem estar aptos a captar esse ritmo acelerado.

Saber compreender e aperfeiçoar o relacionamento com a mídia no dia-a-dia é um caminho para destacar a

imagem parlamentar de cada político, promovendo sua atividade pública e também a das instituições legislativas nas

quais se debatem suas posições.

RECOMENDAÇÃO

Para se adaptar à linguagem, ao timing e aos formatos de cada meio, cresce ainda a exigência de uma maior

profissionalização da equipe de assessores do parlamentar, que devem

aprofundar um entendimento global dos processos de difusão de informações,

garantindo um melhor domínio dos meios de comunicação, amparado por

pesquisas que contemplem as necessidades e opiniões da sociedade e noções de

produção jornalística, comportamento e ética, a fim de usufruir deste espaço de

debate, garantindo credibilidade junto aos cidadãos.

DESAFIO: Desenvolver uma Comunicação Pública, que envolva o cidadão

de maneira participativa, estabelecendo um fluxo de relações

comunicativas entre o Estado e a sociedade. A OPINIÃO PÚBLICA: Os debates públicos transmitidos pela mídia ou com o

uso das redes sociais apresentam informações e opiniões misturadas que

ajudam a moldar crenças e servem como pilares para a formação da opinião

pública. Toda mensagem irá exercer um tipo de influência, conforme a

heterogeneidade dos grupos sociais, principalmente populares. Por conta disso,

os temas escolhidos pelo gestor de um governo, são normalmente temas

discutidos durante o processo eleitoral. Por isso, o processo de gestão

democrática se fortalece, quanto mais fontes de transmissão estiverem

disponíveis aos cidadãos e, quanto mais disposição mútua houver para se comunicar.

1.1. objetivos, transparência e missão institucional

Lidar com a imprensa é um dever e, embora os gestores públicos saibam que a comunicação é mais

ampla, ainda se desconhece a característica multidisciplinar da comunicação para tornar as relações mais

eficientes entre o governo e os cidadãos. (MATOS, H. 2009) Nem sempre os governos locais têm por hábito pesquisar quais as mediações tecnológicas mais apropriadas

para disponibilizar aos seus cidadãos. Telefones, faxes, cartas, boletins informativos, rádio, revistas e jornais, são

amplamente utilizados, incluindo o uso de redes sociais e a comunicação dirigida ou interpessoal como sendo,

ouvidorias, serviço 0800, Serviço de Atendimento ao Cidadão/SAC. Também é comum, gestores contratarem empresas

de publicidade para a produção de materiais de campanhas, sem um planejamento estratégico de comunicação.

Que função do governo é mais natural em uma democracia do que tornar disponíveis as informações sobre como está

governando?

Para que as pessoas exerçam poder, precisam fazer escolhas bem fundamentadas e julgamentos independentes. Isso só

pode acontecer se, o primeiro passo for disponibilizar informações confiáveis. O assessor de imprensa não pode criar

uma imagem de honestidade se as autoridades do governo não forem honestas, nem pode comunicar os objetivos de um

governo - se os líderes para quem trabalha, não estiverem claros sobre isso.

“A assessoria de imprensa do governo tem o dever de ajudar a imprensa a obter a matéria correta. (Dee Myes,

ex-porta-voz-presidencial nos EUA).

funções da mídia na gestão pública

Não se deixe levar pelo senso comum “uma mão lava a outra”. Isso pode ser um buraco sem fundo. (Lara, M.) Os veículos de comunicação externos - mídias – exercem um papel fundamental para os assessores de imprensa na

gestão pública e o relacionamento precisa ser gerenciado adequadamente, na parte de conteúdos e, na área comercial.

Já se deparou com repórteres que vão cobrir eventos e depois chegam com a matéria e a nota fiscal a ser paga, sem

haver acordado previamente com você? Esse tipo de situação é comum acontecer e provocam conflitos de

relacionamento, o que é bom evitar previamente.

Segundo o jornalista Maurício Lara, no seu livro As Sete Portas da Comunicação Pública: “veículo de comunicação

querer faturar é tão legítimo quanto uma instituição querer divulgar suas ações e novidades, que deve ser feita através do

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uso da verba publicitária”. Mas sugere atenção e ética porque o recurso é público, é dinheiro de todos os cidadãos que

pagam impostos.

Se a notícia para o rádio é agora, para a televisão é daqui a pouco e para o jornal amanhã cedo, o anúncio pode

e deve ser programado. Então, o contato comercial passa pela agenda, pela marcação da visita, para apresentar sua

proposta.

Todos os contatos merecem ser atendidos mesmo que o assessor de imprensa não aprecie a linha editorial de

determinado veículo de comunicação, pois todos, sem exceção, são formadores de opinião.

Estabeleça um plano de transparência para as agências com as quais irá trabalhar. Evite que seja somente uma

empresa;

Elabore contratos de trabalho junto à área jurídica de sua instituição, especificando o projeto e as respectivas

atribuições para cada uma das partes;

Procure ter relações técnicas e comerciais com os veículos.

ATRIBUIÇÕES DO GESTOR DA COMUNICAÇÃO: A NOTÍCIA E OS RELACIONAMENTOS

O ponto de partida é conhecer bem sua instituição, os veículos de mídia com os quais se relaciona e os

jornalistas que buscam a notícia. Nem sempre a informação que interessa divulgar ao gestor público é noticia. Para

isso, a “intuição” do assessor deve estar próxima da mídia. Muitos assessores assumem o papel equivocado de

esconder informações e, em outros momentos, cobram dos jornalistas a divulgação de assuntos que só interessam à

instituição.

O que se espera do assessor de imprensa

agir como um facilitador, mediador nas relações do jornalista com a instituição e as fontes;

valorizar papel do jornalista, porém sem bajulações;

ser ágil e firme para dar respostas à mídia;

buscar pautas adequadas para cada veículo, conforme público-alvo e oferecer adequadamente;

preparar bem os porta-vozes de sua instituição para conceder entrevista;

não pedir para ver a matéria do veículo de imprensa antes de sua veiculação;

não privilegiar a mídia nacional em detrimento da local pois pode gerar conflitos de relacionamento;

ter sempre: a relação atualizada dos veículos/mídia, com seus respectivos perfis editoriais; site atualizado;

banco de dados com resumos das informações básicas da sua instituição e dos temas a serem divulgados;

biografia, contato atualizado e fotografia dos porta-vozes para disponibilizar à imprensa; não abusar de releases e direcioná-los de acordo com as características dos veículos para não parar na lata

de lixo;

não visitar as redações sem combinar previamente e nunca reclamar com o editor ou proprietário do

veículo. Buscar o entendimento diretamente com o jornalista.

PAPÉIS DO ASSESSOR DE IMPRENSA

O assessor de imprensa do governo tem dois papéis principais: ao lidar com a mídia, são defensores da posição

do governo, corrigem informações erradas e melhoram a compreensão das informações existentes. E, também são

advogados da mídia junto ao governo, retransmitindo a necessidade dos jornalistas, como o interesse em fazer uma

reportagem sobre um determinado assunto a uma das autoridades.

Ainda há outros papéis que o assessor de imprensa do governo desempenha:

é porta-voz do governo para falar com a mídia, quando assim delegado pelo governante;

administra as atividades diárias da assessoria de imprensa; preparando sugestões de pauta; press releases;

monitorando o clipping offline e online (ex: buscador Google); atendendo jornalistas;

elabora ou supervisiona os discursos do governante;

organiza entrevistas coletivas;

prepara informativos e outros tipos de material;

Aplicar Pesquisa de Opinião Pública permite conhecer como está a percepção dos

cidadãos em relação aos temas coletivos , sobre a imagem da autoridade do

governo e sua gestão. EXERCÍCIO 1: Elabore 10 perguntas sobre o tema. Depois, em

dupla, selecionem cinco (5) relevantes. Plenária.

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é a pessoa de contato com outras assessorias de imprensa;

organiza eventos com a imprensa e cuida da logística e infraestrutura.

Não devem esperar ser amigos ou inimigos dos jornalistas, pois são adversários naturais com funções

diferentes. Alguns assessores de imprensa de governo esperam que um jornalista que é amigo social não

escreva matérias negativas, mas um profissional não deixa que a amizade com uma autoridade se coloque no caminho

de uma matéria. Um bom jornalista nunca está de folga.

O assessor de imprensa do governo não deve impedir a veiculação de matérias, nem coibir o

jornalista. Seu trabalho é fornecer material informativo para todos os jornalistas, mesmo para aqueles tidos

como pouco amistosos.

CARACTERÍSTICAS DO BOM ASSESSOR DE

IMPRENSA

Credibilidade é o patrimônio mais importante de um porta-voz. É vital que sua credibilidade e a de seu chefe

sejam mantidas porque a imprensa deve acreditar nas respostas. Sempre é preciso planejar o que será dito e escolher

o porta-voz adequado, indicar nomes do governo, pode ser uma atribuição do assessor de imprensa, com

consentimento da autoridade. O porta-voz deve ser imparcial com repórteres – ou seja, não ter favoritos.

Para ser um porta-voz eficiente, o assessor de imprensa deve ter um relacionamento estreito e convivência

permanente com a autoridade do governo para quem trabalha.

O PERFIL DA AUTORIDADE/DIRIGENTE

Costuma-se dizer que a casa tem a cara do dono. Normalmente isso é verdade. Um dirigente dinâmico,

atuante, presente, empreendedor, dará o melhor de si para a instituição que dirige, e esta certamente terá mais êxito.

É difícil decidir quem deve aparecer mais se é o líder ou seus feitos. Mas normalmente esse critério é dado pela

mídia, que depende muito da consistência do discurso do governante.

Conhecer o perfil psicológico da autoridade é fundamental para o assessor de imprensa. Os objetivos, as

necessidades, sejam no campo social e profissionais são informações estratégicas para o relacionamento entre ambos.

Isso parece óbvio, mas na prática, muitos assessores esquecem um dos dois aspectos. Privilegiar as ações da

instituição pode ser um risco, se quem a dirige tiver ambições pessoais muito elevadas ou personalidade egocêntrica.

O mesmo vale sobre o comportamento oposto, pois o assessor de imprensa será visto como um bajulador pelos

funcionários da instituição.

CAPÍTULO 2.

PLANEJANDO PARA O SUCESSO NA COMUNICAÇÃO

O primeiro passo para uma comunicação de sucesso é compreender que na a comunicação perpassa em

todas as direções. Não é responsabilidade de um só profissional ou mesmo de uma só área, mas configura-se como

algo que distribui autoridade e responsabilidade a diversos segmentos. Significa compartilhar habilidades e

conhecimento por toda a rede e permitir que os assuntos da organização existam e apareçam. Não se trata de que

todos podem escrever releases, organizar coletivas, mas sensibilizar a alta administração para a importância de

manter relações de diálogo e participação.

O segundo passo é desenvolver um plano para divulgação da mensagem. A mensagem é seu tema, com um

objetivo. Isso quem dirá é o líder do governo, pois faz parte do seu plano de metas. Os temas serão transformados em

mensagens e divulgados.

EXERCÍCIO 2: Separe 2 folhas A4. Numa folha faça uma representação ilustrativa de

sua imagem com a imprensa, incluindo o líder autoridade do governo. Na outra

folha, ilustre sua imagem e do líder do governo. Não se identifique, ou seja, não

escreva seu nome nas folhas.

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

Para se comunicar eficazmente é

preciso, identificar uma

necessidade; priorizar o que for

mais importante; decidir o que

desejar divulgar; elaborar a

mensagem; escolher meios para

divulgação; e depois repetir.

E repetir.

Fazer uma pesquisa de opinião sobre os temas permitirá

conhecer a percepção dos públicos e os pontos fortes e fracos. Depois

defina as metas. O que quer que a mídia comunique? Que tipos de

mensagens devem ser elaboradas para mulheres, estudantes, idosos, e

outras audiências. Formule uma campanha de mídia que possa educar

as pessoas a criar novos comportamentos, gerar debates e fazer com

que as pessoas tomem atitudes.

Melhores Dicas

Trabalhe com o líder e os assessores seniores para estabelecer

metas claras. Faça reuniões frequentes de desenvolvimento;

Elabore uma declaração de princípios e comportamentos, chamado

Código de Ética de Mídia/Imprensa;

Estimule metas anuais e elabore um Plano de Mídia para alcançá-las;

Coloque a (as) mensagens nos eventos da autoridade responsável do governo.

ESTRATÉGIAS PARA CONSTRUÇÃO DA MÍDIA POSITIVA E GESTÃO DE CRISES

Conduzir com sucesso as relações com a imprensa é um processo que inicia com o planejamento para gerenciar

a informação. Para definir quais estratégias devem ser utilizadas, é imprescindível conhecer e dominar as ferramentas da

assessoria de imprensa. As mais comuns são:

1) Press-release ou Release: redigido como um artigo de jornal. É a narrativa de uma noticia em uma ou duas páginas.

Deixe claro porque o assunto é importante. No primeiro parágrafo deve estar fato mais importante. Siga o estilo da

pirâmide invertida: as informações menos importantes, na base, ou seja – no final do texto.

2) Nota à imprensa: é redigida igual ao press release, mas preparada para anunciar um evento futuro, de modo que a

mídia possa avaliá-lo rapidamente e decidir se deve relatá-lo ou não. Ocupa uma página. Leva como

TÍTULO/CABEÇALHO: “PARA DIVULGAÇÃO IMEDIATA”.

3) Biografia: é fornecido com o press release, resumindo o histórico profissional e as realizações da pessoa que está

sendo indicada para um novo cargo; está apresentando o discurso ou; é o anfitrião do evento.

4) Sugestão de Pauta: resume a ideia de uma matéria em um parágrafo e explica por que os leitores – ou expectadores

– se interessarão por ela.

5) Discursos: são utilizados para revelar novos programas do governo, explicar posicionamentos.

6) Kits para a imprensa: com vários itens sobre um determinado tema, são inseridos numa pasta que tem dois bolsos

internos para guardá-los. No caso da inauguração de uma nova escola, por exemplo, o kit pode incluir: pasta com o

logotipo na capa; Press release com citações de autoridades e moradores do entorno da escola e fotografias da escola.

Pode incluir vídeo.

7) Oportunidades fotográficas: permitem a um assessor tirar uma foto com a autoridade e outros cidadãos, e depois

enviá-las pelo correio ou email pessoal.

8) Correio eletrônico/e mail: pode ser organizado em grupos de interesse para que as informações sejam transmitidas

conforme o tema.

9) Site institucional/Portais de transparência: todas as prefeituras têm. Divulgam as ações públicas por áreas, além da

agenda do prefeito. Cada área tem noticias com 5 a 10linhas.

10) Clipping: integra a rotina diária de selecionar tudo o que saiu na imprensa sobre a gestão do governo. Noticias boas

normalmente são fotocopiadas e incluídas nos kits para a imprensa junto com os outros materiais.

EXERCÍCIO 3: Liste quais das ferramentas você utiliza e avalie os resultados obtidos

para cada uma delas: (R) Ruim; (M) Média; (E) Excelente. Teve alguma delas que

ainda não utilizou e gostaria de aplicar? Justifique.

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CRISE é um evento que ocorre repentina, e inesperadamente, e que exige ação imediata. Já teve que enfrentar

alguma? Uma emergência interfere na rotina normal e gera incerteza e estresse. Pode ser uma catástrofe natural, um

escândalo político ou conflito. E pode ameaçar a reputação de um funcionário de alto escalão e de uma gestão. Uma

crise bem administrada, pode preservar reputações, credibilidade e também melhorá-las.

A chave para a comunicação eficiente em uma crise é estar preparado antes que ela aconteça. Em uma

emergência, há pouco tempo para pensar e menos ainda para planejar. Sem um plano para enfrentar crises, você pode

ser dominado pelos acontecimentos.

A boa comunicação durante crises baseia-se em aplicar o que havia planejado e fazer ajustes. Se sua rotina é

fazer informes diários à imprensa, na crise você deverá fazer três informes ao dia. Uma crise não é o momento de

desenvolver um plano novo.

NA CRISE: jornalistas precisam conseguir as informações e, se você não lhes der nada, divulgarão rumores. Em situação de crise, reúna todos os principais envolvidos em uma sala e esclareça os fatos para não deixar

dúvidas. Todos os porta-vozes precisam estar alinhados com as mesmas informações que fornecerão aos jornalistas.

Ninguém pode oferecer opiniões pessoais.

O QUE FAZER DURANTE UMA CRISE

Reúna informações o mais rápido possível;

Comunique imediatamente o ocorrido à imprensa, caso contrário, a mídia conseguirá informações por outros

meios;

Vá ao local onde aconteceu o fato, levando a alta administração e indicando um porta-voz treinado para conceder

entrevista;

Informe o público interno sobre o acontecido. Se a imprensa for a única fonte de informação para os funcionários

do governo, podem ficar confusos e magoados, principalmente se a noticia for confusa e mal estruturada;

Monte um Comitê de Crise para a Mídia, que atenda a mídia 24 horas, em um gabinete onde saiam as noticias e

uma sala próxima onde possam realizar entrevistas e/ou coletivas;

Providencie o que a imprensa precisa: estacionamento, telefones, mesas, cadeiras, tomadas elétricas;

Mantenha um registro dos telefonemas de jornalistas;

Acompanhe tudo o que for publicado na mídia e envie correções, caso necessário. Atualize as informações o

tempo todo.

DEPOIS DA CRISE

Crie um grupo de avaliação para estudar o problema ocorrido e evitar que volte a acontecer;

Avalie a eficiência do plano de emergência executado e o modo como as pessoas reagiram e corrija os problemas

para que não voltem a acontecer.

IDENTIFICANDO O INFORMACIONAL E O INTERACIONAL

Criar e manter diversos canais de comunicação é fundamental porque as pessoas recebem informações e se

relacionam de diversas maneiras. Há canais que são de mão única, ou seja, só informam as pessoas, e há outros que

possibilitam a interação.

Um canal de ouvidoria ou um “disk” para a população possibilitam a interação e são ferramentas importantes

para que a assessoria de imprensa conheça as demandas e as utilize como fonte de consulta para elaboração de matérias

e sugestões de pauta com encaminhamentos para a resolução dos problemas da população.

PARA FORTALECER O INFORMACIONAL

DISTRIBUA MATERIAL AOS JORNALISTAS. SEMPRE.

Quando a autoridade realiza um evento público e você convida a imprensa, lembre-se de preparar material para

disponibilizar aos jornalistas. Prepare uma pasta que contenha informações sobre o tema do evento, dados estatísticos,

reportagens que tenham sido publicadas sobre o assunto e um “press release”.

Resumir e distribuir material impresso ou por e-mail significa facilitar a redação correta que o jornalista fará do

tema que você, porta-voz, propõe. Também proporciona a oportunidade de reafirmar os pontos principais que o porta

voz quer que seja noticiado:

Ajuda as autoridades do governo e assessores de imprensa a definir claramente o que querem dizer e a refinar sua

mensagem;

Aumenta as chances de que a matéria saia com a ênfase desejada;

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

Uma das frentes

fundamentais da política de

Governo Eletrônico é a

atuação junto ao cidadão, que

deve ser incluído como

produtor de conhecimento

coletivo.

Saiba mais:

https://www.governoeletronico.gov.

br/acoes-e-projetos/redes-sociais

Os repórteres podem consultar quando estiverem redigindo suas matérias;

Estimula a elaboração de perguntas mais pertinentes, baseadas em fatos, por parte da mídia.

PARA FORTALECER O RELACIONAL

Organize reuniões de trabalho COM O LÍDER E SEUS ASSESSORES

Bons relacionamentos são fundamentais na função de assessor de imprensa, não só com a imprensa, mas,

principalmente, com a equipe de autoridades do governo. A confiança e credibilidade serão adquiridas conforme o

trabalho que vocês realizam juntos na instituição que trabalham. Reuniões formais ou informais devem ser realizadas

para troca de informações permanentes. Cabe ao assessor de imprensa apresentar o que faz e capacitar os “porta-vozes”

para entrevistas e disponibilizar seu contato e tempo para acompanhar fatos relevantes e elaborar o Plano de

Comunicação. Muitas sugestões de pauta para a imprensa surgirão desses contatos.

Organize evento COM PROFISSIONAIS DE IMPRENSA

Eventos sempre aproximam as relações profissionais e, quando bem organizados, é uma ferramenta importante

para fortalecer o relacionamento com os profissionais da mídia. O assessor de imprensa do governo deve ser capaz de

administrar a participação em eventos onde a autoridade do governo participa, seja como anfitrião ou convidado.

ONDE A AUTORIDADE É ANFITRIÃ:

Elabore e acompanhe o planejamento com uma pessoa responsável pelo evento, que supervisionará as demais

pessoas nas diferentes tarefas. Decida sobre o tema do evento; qual é a finalidade; que metas devem ser alcançadas;

quem será convidado; que impacto deverá ter; quando o discurso deverá estar pronto; em que data os pedidos de

materiais terão que ser feitos; quando os convites devem ser feitos e distribuídos; agendar reuniões com a equipe que

está envolvida no evento para acompanhar o processo; visite o local onde será o evento; prepare um livreto de

“briefing”; disponibilize o kit para imprensa; tenha uma lista de presença na entrada (sempre que possível utilize-a para

atualizar contatos); depois do evento envie notas de agradecimento aos participantes; faça uma reunião de avaliação com

a equipe e redija um relatório resumido sobre o evento. Normalmente são necessárias 5 a 10 horas de planejamento para

cada hora de duração de um evento.

ONDE A AUTORIDADE É CONVIDADA:

O assessor de imprensa sempre deve acompanhar a autoridade em eventos porque se pressupõe que a imprensa

estará presente. Você tem a atribuição de manter a autoridade informada sobre o programa, as autoridades presentes no

evento e intermédia possíveis entrevistas. Se julgar oportuno pode gravar as entrevistas, seja áudio ou vídeo, para

arquivo. Um evento é uma boa oportunidade para se relacionar com profissionais de imprensa.

O APROVEITAMENTO DAS REDES SOCIAIS

Como meio de comunicação, a internet se popularizou em nível mundial no início dos anos 1990, o que trouxe

mudanças profundas para a sociedade (Castells, 2000). Essas mudanças, incentivadas pelo processo de comunicação

mediado pelo computador, trouxeram forte impacto às relações sociais.

As instituições públicas vêm buscando novos canais de participação e interatividade no ambiente digital, fato

que pode ser observado pela quantidade de perfis oficiais dos órgãos do governo federal nas redes sociais.

Essa é a conduta recomendada pelo governo federal para quebrar barreiras e buscar o diálogo e a aproximação

do cidadão.

Os administradores dos perfis nas redes sociais devem buscar

sugestões para as políticas do governo, utilizar estratégias para

estimular a interação com os usuários, disseminar boas práticas e

promover respostas ágeis aos questionamentos feitos pelos usuários.

Conforme o Decreto Nº 7.675, de 20 de Janeiro de 2012, é

parte da competência do Departamento do Governo Eletrônico definir e

publicar padrões e melhores práticas de uso da internet, inclusive de

redes sociais, mas já existem algumas iniciativas no governo com

relação ao comportamento dos órgãos públicos nas redes sociais, como

por exemplo:

O Manual de Orientação para Atuação em Redes Sociais

lançado pela Secom, em 26 de outubro de 2012, tem como objetivo

estipular melhores práticas no uso de redes sociais, incluindo a geração

de conteúdo, interação com o usuário e atuação em casos de crise.

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

As redes sociais mais utilizadas são:

1. FACEBOOK: fundado em 2004, é um site e serviço de rede social,

operado e de propriedade privada da Facebook Inc.. É a maior rede

social em todo o mundo.

2. YOUTUBE: fundado em 2005 é um site que permite que seus

usuários carreguem e compartilhem vídeos em formato digital. É o mais popular site devido à possibilidade de

hospedar quaisquer vídeos (exceto materiais protegidos por copyright, apesar deste material ser encontrado em

abundância no sistema).

3. TWITTER: fundado em 2006. Permite o envio e o recebimento gratuito de atualizações em apenas 140 caracteres.

Esses pequenos textos são chamados de tweets e possibilitam conversas em tempo real e o compartilhamento de links

de outros textos, imagens e vídeos.

4. LINKEDIN: é uma rede social de negócios lançada em 2003. É comparável a redes de relacionamentos, e é

principalmente utilizada por profissionais.

5. INSTAGRAM: é uma rede social de fotos para usuários de Android e iPhone. Aplicativo para tirar fotos com o

celular, aplicar efeitos nas imagens e compartilhar.

CAPÍTULO 3.

ATIVIDADES

Media Training: técnicas básicas para

entrevistas

AUTORIDADE CONCEDE ENTREVISTA

As entrevistas são uma estratégia de mídia e, antes de aceitar uma entrevista, o assessor de imprensa deve

planejar cuidadosamente qual a meta a ser alcançada e identificar o tipo de público para o qual o veículo escreve.

1º : Avalie o pedido de entrevista

1) que tipo de mídia é (rádio, TV, jornal, blog, site)

2) qual é o segmento/público que lê, vê ou ouve essa mídia

3) qual é a motivação da matéria

4) qual será o foco das perguntas

5) quem será o entrevistador

6) quanto tempo o repórter esta pedindo para fazer a matéria

7) para quando e onde querem fazer a entrevista

8) qual o tipo de matéria: noticiosa, perfil, reportagem especial

9) quem será entrevistado para a matéria (para organizar por ordem de fala)

10) a entrevista será gravada ou ao vivo

11) onde será publicada a entrevista; Quando

12) as fotografias serão feitas antes, durante ou depois da entrevista?

2º: Aceitou a entrevista

1) - É importante que a autoridade a ser entrevistada tenha três (3) pontos a tratar na entrevista. Isso manterá o foco e as

pessoas podem absorver. Mais do que isso é muita informação;

2) - para cada ponto, tenha informações de apoio – exemplos, histórias, fatos pitorescos. Isso ajuda a entender melhor;

3) - elabore perguntas que você imagina que serão feitas durante a entrevista e as respostas que deveriam ser dadas

(qual seria a pergunta mais difícil a ser respondida e por quê?, pense em uma “frase de efeito positivo” para incluir na

entrevista, praticar/treinar as respostas a perguntas prováveis);

4) - Um pouco antes da entrevista, se atualize quanto aos assuntos recentes porque deverá fornecer informações sobre

os últimos acontecimentos noticiados na imprensa à autoridade governamental;

5) - Não tenha medo de sugerir perguntas e tópicos a serem utilizados pelo entrevistador;

6) - Prepare um gravador ou vídeo para gravar a entrevista. Isso ajuda a rever posteriormente as declarações dadas e

disponibilizar para os principais membros da equipe que não viram a entrevista.

3º: Durante a entrevista

Você pode dominar e controlar a entrevista bem mais do que pensa. Para isso: 1) - Seja conciso; não deixe que pontos importantes fiquem em dúvida devido a respostas longas com muitos detalhes.

Expressar-se com frases curtas, claras e assertivas;

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

2) - Prove o que diz. Use fatos, exemplos, dados estatísticos, citações, histórias;

3) - Mantenha o foco positivo, mesmo que as perguntas sejam com aspectos negativos;

4) - Nunca diga nada que não queira ver impresso ou ouvir em uma transmissão;

5) - Nunca diga “Sem comentários”. Você pode, e deve evitar certos comentários, usando a seguinte frase: “Não estou

preparado para discutir isso hoje” ou “não considero apropriado discutir essa questão até este ponto”;

6) - Não use jargões;

7) - Diga sempre a verdade. Se você não souber a resposta para uma pergunta, diga. Dê a resposta ao entrevistador

depois.

8) - Para dominar a entrevista, use os seguintes tipos de frases ou palavras que sirvam de ponte para voltar aos 3 pontos

escolhidos como foco da entrevista:

“A verdadeira questão é...” - “Devo acrescentar que...” - “É importante enfatizar...” - “O ponto mais importante a ser

lembrado é...” - “Além disso, outra pergunta que me fazem é...”

4º: Após a entrevista

1) - Se você prometeu informações adicionais ou não sabia a resposta no momento da entrevista, faça-o imediatamente;

2) - avalie a entrevista. Faça anotações para seus arquivos. O que deu certo? O que deve melhorar?

3) - Anote o nome e contato do repórter, do produtor e do técnico de som que realizaram a entrevista;

4) - Arquive o clipping de notícias ou gravação da entrevista em um arquivo permanente.

3.2. Elaboração da agenda de trabalho

Analise todas a s informações desta apostila, decida o que considera mais relevante e faça uma proposta de

agenda para apresentar aos assessores e líder do governo.

BIBLIOGRAFIA e SUGESTÕES PARA SABER MAIS

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1999. CERVI, Emerson U. Opinião pública e comportamento político. Curitiba: Ibpex, 2010.

DUARTE, Jorge (Org.) Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a mídia: Teoria e Técnica. São Paulo:

Editora Atlas, 4ª. Edição. 2014.

DUARTE, Jorge. Comunicação Pública: Estado, Mercado, Sociedade e interesse público. São Paulo: Editora Atlas,

3ª. Edição. 2013.

KUNSCH, Margarida M. Krohling (org.). Comunicação pública, sociedade e cidadania. São Caetano do Sul, SP:

Difusão, 2011.

LARA, Maurício. As Sete Portas da Comunicação Pública. Belo Horizonte: Gutenberg, 2003.

MATOS, Heloiza.(Org.) Comunicação Pública: interlocuções, interlocutores e perspectivas. São Paulo: ECA/USP,

2012. (EBOOK)

TORQUATO, Gaudêncio. Tratado de comunicação organizacional e política. São Paulo: Pioneira Thomson

Learning, 2002.

WOLTON, Dominique – La Contradiction de l'Espace Publique Mediatisé, Paris,

Hermès, 1991.

Na internet: MATOS, Heloiza. 2009. Comunicação Pública – Democracia e Cidadania: o caso do Legislativo CRP-ECA/USP

Disponível: http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/783e6552ae7775c83c58acadcbd0563e.PDF

MAPA DA COMUNICAÇÃO BRASILEIRA. 2011. http://www.institutofsbpesquisa.com.br/pdf/mapa-da-

comunicacao-2011.pdf

SULLIVAN, Marguerite. Uma assessoria de imprensa responsável: um guia dos bastidores do Escritório de

Programas Internacionais de Informação do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América. 2000.

http://usinfo.state.gov

REDES SOCIAIS / GOV.BR

https://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/redes-sociais

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ORATÓRIA: O PRIMEIRO INSTRUMENTO DA

COMUNICAÇÃO PÚBLICA

Elson de Mello

A todo o momento surge uma oportunidade de falar em público. Ora darão a palavra mais ou menos

inesperadamente, numa reunião festiva, ou em uma solenidade. Ora para agradecer em nome do homenageado. Ou até

mesmos pela própria posição, impõe-se a dizer algumas palavras sobre o ato que estão presente.

Aquele que exerce qualquer função pública, como professor, jornalista, advogado, representante de entidade e

principalmente o político, tem a obrigação inata de falar em público frequentemente.

Muitas vezes, inesperadamente, uma manifestação de caráter diverso, ouvido o gestor um discurso se faz

necessário responder-lhe, com total segurança.

Modernamente, como o uso frequente dos meios de comunicação, rádio, jornal, televisão, internet,

teleconferências, dentre outros, mais se acentuam as oportunidades de falar em público, para um auditório invisível de

milhões de ouvintes.

Direta ou indiretamente, há sempre um líder a influenciar nas escolhas e destino: O líder religioso, o professor,

o político, o advogado, o militar.

Os homens são essencialmente iguais, assim quis o criador em sua infinita justiça. E o liderado num setor,

pode transformar-se em líder, e o medíocre pode ascender (elevar-se), ao excesso, desde que se utilize de suas

faculdades, e se sobreleve no grupo social.

Observe um líder em qualquer setor, e verá que a sua preeminência, principalmente pelo recurso da fala.

Vejam o poder da autoridade de Napoleão Bonaparte, apenas na frase memorável:

“ Soldados, do alto daquelas pirâmides, quarenta séculos vos contemplam”.

Winston Churchill; primeiro ministro Inglês, ao dirigir-se a toda nação Britânica em pleno momento de crise social

(durante a segunda guerra mundial). Ele fala especialmente aos pilotos que defendem bravamente os céus de seu

país. Seus soldados enfrentam a armada aérea nazista com dez vezes maior em número de aviões em comparação

ao inimigo que aterrorizava a Europa, transformando tudo em destroços.

“Bravos pilotos, nunca tantos dependeram de tão poucos”.

Em diversas épocas e circunstâncias, a oratória tem sido o clamor das ruas, o anseio da liberdade, a

convulsão social e política.

Em reuniões no sindicato, no grupo de trabalho, no núcleo político e cultural, nas conferencias religiosas,

etc. impõem-se aquele que sabe exprimir bem o seu pensamento.

Em inúmeras eventualidades, precisa o cidadão advogar seus próprios direitos e evidenciar seus méritos.

Portanto adquirir certa facilidade de palavra deveria ser um fator indispensável em todos os planos de educação

pessoal.

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Pois viver em pleno reino da palavra e será inevitavelmente um marginal desse reinado, não se credenciando

nem mesmo para o mais simples dos afazeres, quem não souber expressar-se com acerto e conveniência.

1 VOZ

Qual é o fim visado pelo orador? O orador deseja dar expressão a sentimentos e ideias, por intermédio de sua

voz, e da melhor maneira possível, que seja capaz de percorrer o espaço, isto é, alcançar a maior distância possível.

Além de alcançar a maior distância possível o orador, deve ter modulação, sonoridade e suavidade na voz, sem

se cansar, e menos ainda, sem prejudicar o órgão vocal.

A mais linda peça oratória, a mais sublime ideia, mesmo que o orador sinta o que está falando, perde na sua

transmissão quando exprime com voz rouca, aguda, ou áspera, ofendendo nosso ouvido.

Quando a palavra falada, que deveria convencer e cativar causa uma dor de garganta, um pigarro, e convida o

orador a beber um pouco de água, então, é claro, o resultado esperado não é conseguido, e os ouvintes se sentem mal

em vez de motivados.

O que é que nos cativa quando ouvimos grandes oradores, após suas primeiras palavras, quando ainda nada

sabemos do teor de suas palavras? Não é outra coisa senão o poder acústico da voz, sua expressão, capacidade de

modulação e disciplina. Às vezes não é tanto a quantidade de voz que impressiona, mas o seu uso certo.

A ideia errônea de muitos oradores que pensam que quando falam em público devem elevar a voz; ou então,

falando num tom mais baixo, pode forçar os ouvintes a escutá-lo mais atentamente. Porém em ambos os casos, o

público cansa-se com rapidez, fica inquieto, começa a mexer os pés e a pigarrear sem más intenções, porém,

inconscientemente. Mas para o orador isto significa o fim do mundo.

A voz humana, para bem impressionar, tem que atender às exigências estéticas e auditivas. O orador deve ter,

pelo menos, certo aperfeiçoamento vocal. Consideremos em primeiro lugar:

1.1 O TIMBRE

É a qualidade sonora da voz humana. É o resultado da constituição natural das cordas vocais, da laringe; quer

isto dizer que todos nascem com certo timbre, assim como têm os olhos pretos, e cabelos castanhos.

O timbre é algo personalíssimo. Mesmo nas categorias idênticas de voz, varia fundamentalmente, dá o caráter

pessoal de cada voz, da mesma maneira que cada pessoa possui uma expressão própria no rosto. Reconhecemos à

distância quem nos fala, sem mesmo lhe divisar as afeições.

É muito lógico que o timbre de uma voz não pode ser alterado ou influenciado radicalmente. Existe muito de

congênito no timbre da voz, mas a educação também exerce nele a sua influência.

ALTURA

Um defeito freqüente ocorre com o orador novato, que consiste na inadequação da altura da voz, com as

conveniências do recinto.

É propenso falar baixo demais. Isso quando se adentra pela gritaria que ensurdece, cuidado se ela é sinônimo

de eloqüência, mas em assim agindo, ou perde a voz ou perde os ouvintes.

Se for necessário elevar a voz á altura demasiada, para alcançar a todos os ouvintes, perde-se a naturalidade,

aparecem os berros e a eloqüência deixa de existir. Se falar numa altura mais baixa, somente os ouvintes numa

distância razoável poderão ouvir.

A oratória mantida em voz sussurrante também perde os seus atrativos. Consegue a atenção ás primeiras

palavras do orador, mas, com a continuação do ornamento discurso cheio de murmúrios o interesse desaparece.

1) O ritmo

É de muita conveniência estabelecer-se adequadamente relação entre a quantidade das palavras proferidas e o

tempo empregado para tanto. O orador “metralhador” não pode propiciar aos ouvintes a assimilação das palavras, das

idéias, dos argumentos, em suma, do discurso como um todo.

Também aborrece ao extremo o orador “conta-gota”, cujas palavras pingam como água em torneira fechada.

Dos dois, é preferível ser o orador “metralhador”, que pelo menos conserva os ouvintes despertos.

Lembremo-nos, todavia, que na oratória a balança do bom senso deve funcionar, para que os vocábulos não se

atropelem a saída ou na lentidão da tartaruga.

No público, deve-se falar devagar, com moderação, ou depressa? Isto depende de seu temperamento e, mais

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

ainda da sua mensagem.

Francis L. Patton revelou parte de seu segredo de orador genial, dizendo:

“Só um tolo discursaria todo o tempo em um mesmo ritmo. Comesse pausadamente e depois caminhe mais

confiante. Quando chegar a algo que pretenda fazer o ouvinte relembrar, diga-o lentamente.”

A velocidade do discurso deveria basear-se no conteúdo e no estilo pessoal de falar. Em média a velocidade do

discurso varia entre cento e dez a cento e quarenta palavras por minuto.

Quando estamos conversando uns com os outros, falamos ora mais devagar, ora mais depressa. E isto se faz

com naturalidade, sem notarmos, inconscientemente.

O mesmo deve-se fazer com nossos discursos. Maior rapidez ao enunciar as palavras de importância

secundária, maior lentidão e mais ênfase nas palavras que desejamos acentuar, destacar.

Faça esta experiência: Fale depressa, sem dar-lhes maior importância, as palavras: “setenta e quatro bilhões de

reais”. Fale agora, bem devagar, destacando bem: “Dez milhões de reais”.

Embora esta segunda quantia seja radicalmente menor, em relação à primeira, a maneira de falar dá-lhe muito

mais importância, muito mais destaque! O ouvinte fica fortemente impressionado com o total desta, e em nada se

impressiona com o imenso total da primeira. Portanto o ritmo, a velocidade com que se fala, tem grande importância no

realce no destaque de certas palavras.

2) A inflexão

As modulações que a voz humana atinge num discurso devem assemelhar-se ao concerto instrumental. De

início é a abertura que se faz ouvir, em que se destaca, sem muitas pretensões, o tema.

O entusiasmo do orador desperta-lhe as reservas vocais. Eleva-se a voz em altura, aperfeiçoa-se no timbre,

exprimindo, em diversidade de tons e ritmos, alcançando a grandiosidade da eloquência. E decresce. Tornando-se

apenas o solo pianíssimo que nos reconduz às notas do tema, e tudo recomeça.

Não é somente quando somos impulsionados por um grande auditório que devemos nos tornar eloquentes. É

insuportável uma conversa sem variações naturais de expressão.

J.J.Rousseau diz:

“dá-lhe sentimento e dignidade” A inflexão é a alma do discurso. Durante todo o discurso deve-se

procurar obter variedade de tons. Como a voz e o sentimento tendem a aumentar com a continuação do discurso, o

melhor é começar com tons mais baixos que são agradáveis para os outros e fáceis o próprio orador.

Ênfase requer tons mais baixos do que altos, e mais nitidez do que volume. Um orador competente percorre

toda a escala de tons agradáveis; quando pretende fazer sobressair qualquer parte de sua mensagem, diminui o tom,

abrandando o ritmo e aumenta a intensidade.

Deve-se regular, igualmente, o volume do som. A capacidade do orador de se fazer ouvir depende muito mais

da articulação do que do volume. O murmúrio de um orador que sabe falar é mais claro que a declamação de um que

berra. Sempre que variar o volume deve evitar a brusquidão, aumentando ou diminuindo a voz gradualmente.

Na prática, é raro, quase impossível mesmo, encontrarmos duas pessoas que falem sem modificar o tom da

voz. Prestemos atenção às conversas das mulheres, dos homens, das crianças, em sociedade ou em família. A

tonalidade varia de instante a instante, ora aguda, ora grave, ora média. Assim é a palavra humana, a palavra viva.

Se for monótono é bom fazer uma rápida pausa e mudar o tom. Mudar depressa! Lembrar se é bom de que o

orador, não está falando às pedras, mas sim a seres humanos. Falar de modo humano é falar naturalmente.

Pela inflexão correta da voz, o discurso, alcança as paragens da beleza e transmite “os recados” propostos.

2 VALORES QUE AGREGAM AO CONTEÚDO DO DISCURSO

a) Caráter

1) Piedade – Sem aridez espiritual, sem demagogia;

2) Vida condizente – como sustentação e tornar efetivo o que fala;

3) Demonstração e exemplificação;

O bom orador, não pode dar o que não tem. Jamais poderá o orador desejar que façam o melhor, se o mesmo

não fizer disso exemplo em suas atitudes.

A impressão que o orador causa sobre a audiência é sumamente importante. Os ouvintes formam no

pensamento, uma imagem do orador. Cada coisa que os observadores ouvem, colocam em xeque com o que eles

conhecem a respeito do orador. A imagem projetada pelo orador nos ouvintes vai decidir a aceitação ou não do que ele

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

está dizendo.

O poder do orador, principalmente, está em ele ser aquilo que fala ou professa! Os ouvintes devem ter a

certeza de que esse orador é o que quer que cada um seja.

b) Sinceridade

Sinceridade é um poder persuasivo do orador. Os seus ouvintes devem crer que ele crê naquilo que está

falando. O orador é um comunicador. Os seus ouvintes aceitam de maneira extraordinária, suas convicções políticas,

filosóficas, cientificas, dentre outras, passando de cérebro em cérebro. Porventura ele duvida do que está falando, isto

passa para os ouvintes.

O orador transmitindo uma verdade, a primeira coisa é fazer com que os ouvintes acreditem que ele é sincero

no que está dizendo. É espantoso como rapidamente os ouvintes captam, quando algumas palavras procedem somente

dos lábios. Quando isto acontece, a mensagem, por mais poderosa que seja, perde a sua aceitação.

Existem oradores que simulam certos sentimentos ou emoções, que se tornam atores podem ser bem sucedidos

uma vez, mas não sempre.

O orador precisa ser mais do que suas palavras, porque se não for, elas voam no ar e ele não passa demais

um falsário no mundo da comunicação.

A concepção meramente legal da do que está sendo apresentado é intolerável. Basta um vislumbre de

insinceridade para esterilizar a influência de um bom orador e muito mais de um profissional.

c) Entusiasmo

Entusiasmo é uma qualidade bem achegada à sinceridade. Sinceridade de convicção é o fundamento do

entusiasmo. Há muitos oradores sinceros que não tem entusiasmo, necessários para mover seus ouvintes.

Quando um orador sincero transmite as suas convicções com entusiasmo, não há quem possa resistir. O orador

cheio de entusiasmo leva os seus ouvintes com ele. Se você tem a sinceridade, sabe transmiti-la e é cheio de

entusiasmo, o povo é inoculado e não tem saída, senão aceitar.

Estando toda a mensagem preparada e todas as notas do discurso em ordem, então, tem esse discurso de sair

do papel para a alma do orador.

Assim o fogo deve ser acesso depois o combustível. “o discurso só mexerá com os outros, se primeiro mexeu

com o orador.”

A perfeita formula para os oradores: Falar quando o coração “arder em fogo”.

d) Inteligência

È necessário, pois que disponha, antes de tudo, de talento oratório. Um orador está diante do auditório como

um réu diante do juiz. De fato, todos vão ouvi-lo para criticar depois.

Cada qual encontra um ponto fraco, um defeito, um nada qualquer que lhe não agradou, e pelo qual julga

poder censurar o orador.

O orador deve saber fazer, imediatamente, a idéia justa do auditório, das opiniões circulantes neste meio, dos

obstáculos que encontrar, empregando os meios adequados para vencê-los, um a um.

Nunca esquecer que o objetivo principal da oratória é convencer e levar à ação.

O orador tem que ser inteligente, quer na disposição dos argumentos, quer na habilidade oral de se apresentar

ao público. Do seu talento vai depender a sua atitude. Não vai desafiar orgulhosamente, nem bajular com servilismo o

seu auditório. Pelo contrário, procurará captar as simpatias, impondo-lhes gradativamente, ora agindo sobre sua

inteligência, ora sobre o coração.

O talento do orador se evidencia na apresentação da sua peça oratória, dando a cada palavra, a cada frase, o

justo valor que merecem. Fazendo ressaltar aquelas que encerram o ponto principal que quer ferir, sem cair em excesso

de vozes e de gesticulação.

A apresentação do discurso deve ser de tal maneira que os inteligentes sintam a força convincente do orador,

que as vontades se deixam emocionar pelos seus argumentos.

e) Conhecimento

Ligado à inteligência, o orador deve ter um bom conhecimento.

Deve ter olhos para ver, ouvidos para ouvir, coração para compreender; o orador (a) deve ser o homem ou a

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mulher mais bem informado. “Ele deve se informar de tudo e interessar-se por tudo”.

f) Memória

A memória é a faculdade do orador, que pode elevá-lo à culminância da glória, também confundi-lo, até à

humilhação mais profunda.

Não se pode confiar inteiramente nela, tampouco desprezá-la. É indispensável que o orador possua boa e

fidelíssima memória para as datas, nomes, textos e circunstâncias principais de um fato.

Para desenvolver todos os pontos do seu discurso de acordo com o plano traçado de antemão, dando ao

auditório a impressão de um trabalho completo e bem desenvolvido de uma peça inteiriça e perfeito.

A memória é de grande auxílio para o vocabulário e para as frases e expressões exigidas no momento da

elocução. Aqui está, quer-nos parecer, o maior perigo dos que confiam demasiadamente na memória, tornando-se

escravos dela.

Decoram em casa o discurso, memorizam exatamente como escreveram, com as mesmas expressões, com as

mesmas palavras. Acontece que no momento de falar, por uma perturbação qualquer se desmemoriam, não podendo

recordar-se da palavra que decoraram ou da expressão que, a custo, colocaram na cabeça. Engasgam-se, perdendo por

completo, sucedendo que, muitas vezes, não conseguem continuar, ou quando o conseguem, já nada mais podem fazer

para apagar no público a má impressão causada.

Os oradores escravos da memória tornam-se autômatos, sem espontaneidade alguma. O receio de que o

material não venha a ser apresentado no momento preciso, impedem que os gestos sejam naturais e adequados, que o

olhar pouse espontaneamente pela assistência, porque o orador está olhando para dentro de si mesmo, está fitando,

constantemente, a memória, com pavor de que possa traí-lo.

Ter boa memória e desenvolvê-la, sem ficar, no entanto, escravos!

g) Imaginação

A imaginação constitui-se no maior tesouro do orador. A imaginação é quem sugere as mais lindas

comparações, as mais formosas e adequadas figuras para os pensamentos, as transposições elegantes, as descrições

empolgantes.

A imaginação é que dá colorido. O orador sem imaginação é o mesmo que um cantor sem voz, que um pintor

cego, ou um músico completamente surdo. Os seus melhores pensamentos são frios, e inertes, não terão forças de

persuadir e muito menos de comover. As melhores idéias aparecerão nuas e sem efeito.

O orador tem o dever de ser imaginoso, de saber revestir os seus pensamentos velhos com roupagem nova.

Cuidado com as frases soltas, chavões que fogem ao natural. O auditório percebe logo a falta de naturalidade.

Não empregar comparações inteiramente desconhecidas no lugar, fora do alcance cultural da assistência.

“Píncaros nevados”. A imaginação deve fazer os fatos vivos e reais.

h) Originalidade

Como um orador pode trazer um assunto que é interessante e atualizado? Quando o orador consegue

apresentar o seu discurso de maneira nova, com aplicações adequadas, despertando os interesses dos ouvintes, ele é

considerado como sendo original.

O que é originalidade? Devemos distinguir entre originalidade absoluta e relativa. Originalidade absoluta

existe muito pouco. Somos até tentados a dizer que não existe.

Diz Edinbug Review que:

“os antigos roubaram as nossas melhores idéias.”

Goethe disse:

“Poucos de mim resta, sou devedor aos meus predecessores e meus contemporâneos.”

Confúncio, já dizia, há cinco séculos antes de Cristo, proclamando que era um simples estudante de

antiguidades.

E o sábio dos sábios disse que

“... nada há, pois novo debaixo do sol” (Sábio Salomão em o livro de Eclesiastes 1:9).

Contudo, ainda há lugar para alguma coisa nova. Ocasionalmente uma idéia é expressa, uma teoria é proposta,

que são inteiramente novas no mundo onde vivemos.

Esses relances de originalidade, nem sempre vêm através de pesquisas, de estudos, de muito trabalho. Se

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assim não fosse, ficaríamos lunáticos, estúpidos.

Os homens que são dotados dessa originalidade, eles mesmos ficam surpresos quando a encontrar. É como

descobrir a América. Colombo não estava à procura de descobrir um novo mundo, mas sim, um velho. Descobrir a

América, procurando um caminho para a Índia.

Assim tem sido com muitas invenções e descobertas, que têm surpreendido os seus próprios autores.

O que fazer então?

Dormir o sono da mente preguiçosa não é possível. O orador, tem que ser originais em descobrir os conceitos

velhos e transformá-las para os nossos dias. É buscando essas coisas velhas originais, que, quem sabe encontre coisas

novas e será original absoluto.

O orador tem que devotar a sua atenção para uma originalidade relativa. E esta originalidade relativa não é

nova em sim mesma, mas deve ser nova na sua relação e aplicação.

Os meios básicos da oratória, e o assunto que será transmitida são mais velhos que a nossa república brasileira.

Contudo, a população brasileira é renovada de geração a geração, com seus costumes, trocando as suas condições e,

assim, o velho assunto é revestido de novos significados, sendo usado diferentemente. Lembre-se:

O velho absoluto é insípido; o novo absoluto não apela. O velho no novo é que chama a atenção. Não gostam

os ouvintes de uma preleção (dissertação), de algum assunto completamente novo, desconhecido, que não tenham certo

conhecimento. Entretanto, precisam uma dissertação que podem relacionar com o que já conhecem.

A boa apresentação de um orador, em qualquer outro lugar ou circunstância, é o tema antigo, transmitido com

novas interpretações, novas combinações, novas ilustrações e novas aplicações, fazem com que o orador seja

considerado como um orador original.

Quando tomar um assunto velho, e o revestir de uma roupagem nova, Poderá disser: “isto é meu.”

i) Sensibilidade

A sensibilidade é um dote natural que devemos encontrar no orador, principalmente no formador de opinião.

Consiste na facilidade espontânea de perceber e de reproduzir os sentimentos, dando-lhes um cunho

pessoal, inconfundível.

Para que o orador tenha sensibilidade completa, deve dispor de um grande poder de receptividade. Deve ser

como certas flores que se transformam com o sopro quente de ar. Como aquela planta que com o mais leve toque, ela

se encolhe.

Quem não dispuser desse caráter sensível, nunca poderá ser bom orador. Se o ambiente, a oportunidade da

hora, não consegue impressionar a sua personalidade, como haverá de, por sua vez, impressionar os ouvintes?

Se o indivíduo é dotado de uma natureza fria, impassível, sobre a qual nada valem as impressões do público,

de júbilo ou de tristeza, a sua palavra também não vai dispor de nenhuma vibração. Os temperamentos calculados, que

não se emocionam, pode ser que consigam alguma coisa numa palestra científica; porém nunca serão homens de

palavra arrebatadora e eloqüente.

Entretanto, necessário se faz, prevenir os perigos do excesso de sensibilidade. Há oradores que são

sensíveis em demasia, que transformam em grandes catástrofes os acontecimentos comuns da vida. São os nervosos e

impressionáveis ao extremo. São como palha seca; ao primeiro contato com o fogo, produzem imediatamente as

maiores labaredas, extinguindo-se rapidamente.

São oradores ótimos para brindes, pequenas saudações, respostas breves, que podem falar brevemente e até

agradável por quinze minutos, esgotando-se logo depois.

Os gestos são sempre denunciadores da sensibilidade humana sendo por isso necessário vigiá-los. “As mãos

não andem a cata-vento,” como “aspas de moinho doido”, em luta com sombras e fantasmas. O corpo não entre em

contorções desesperadoras. A cabeça se mantenha naturalmente, não sendo atirada para trás, tampouco se lhe

imprimam movimentos giratórios.

Em todas as circunstâncias, o orador deve mostrar-se equilibrado. Ele não pode perder sua majestade e

imponência, a fim de que o ouçam com respeito e acatamento.

j) Paciência

O orador às vezes fica desencorajado consigo mesmo e com seu auditório, e, conseqüentemente, se torna

intolerante. Quando ele está nesse estado de ânimo, facilmente pode chamar seus ouvintes de negligentes, por alguma

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coisa não realizada.

Acusar e repreender a todos por causa da indiferença e pequenas faltas, é um erro imperdoável do orador.

Quando está indignado, deve ser muito cuidadoso no seu falar. Possivelmente tem que chamar a atenção por alguma

falta; há necessidade de reprovação, todavia, deve tudo ser feito com respeito, cuidado e inteligência.

O orador deve encontrar alguma coisa para louvar nos seus ouvintes, em vez de acusá-los. Para censurar,

necessita-se somente de um cérebro pequeno, uma língua pesada; mas para louvar, requer uma penetração

sistemática de um coração fraternal.

Ao apresentar uma critica a oposição, por favor; apresente os pontos negativos, as oportunidades apresentadas

e ao mesmo tempo negligenciadas, depois disso apresente uma solução inteligente. Se não for apresentada uma solução

inteligente; por gentileza, o público entenderá, ou terá a percepção que você está criticando, apenas por “dor de

cotovelo”. Ou até pior “critica, porque não esta fazendo parte do jogo”, e não por ou em defesa da causa.

k) Satisfação

O público ou a tribuna deverá ser o lugar de conforto, uma fonte de encorajamento para os seus ouvintes. O

homem público deveria ser para os seus ouvintes, um homem forte, bravo, confidente, cheio de fé, confiante em si

mesmo, absolutamente bem controlado.

O mundo está cheio de pessoas cansadas, solitárias, coração partido, cheias de ansiedades, em busca de

alguém que as possa ajudar. Contudo, essas pessoas não gostam de exibir as suas próprias fraquezas e dores. Não

querem que os seus amigos sofram simplesmente por simpatia.

É verdade que temos que chorar com os que choram, mas isto não chorar por fraqueza. O orador deve na

medida do possível, confortar, animar, trazer alegria e alimentar a esperança, nunca iludir. Uma atitude pessimista

nunca deve ser admitida em público.

Ele deve ter uma visão de um futuro melhor, caso contrário nunca deveria ser um líder, porque você é um

profissional, para trazer soluções, ser o braço dos fracos, a voz do cansados e oprimidos e a esperança dos

desanimados.

Portanto nunca fale em público de suas dúvidas, de suas dores, faça isso ao cônjuge ou a um profissional de

psicanálise, nunca em público!

l) Coragem

Requisito indispensável para um verdadeiro líder, legítimo representante da sua classe. Um líder tímido é tão

ruim quanto um médico tímido com o bisturi na mão. A coragem é indispensável em qualquer lugar; mas aqui ela é

mais do que necessária. Se você tem medo de pessoas, é escravo de suas opiniões, é bom que faça outra coisa. Quem

sabe é melhor fazer coisas que possa agradá-los em vez da liderança.

Não fique fazendo discurso para agradar aos seus liderados, por medo ao invés de trazer soluções.

São as soluções, o que as massas precisam e esperam. Candura (transparência, sinceridade), é uma virtude do

orador. Ele não será bem sucedido sem ela, por que mais cedo ou mais tarde perderá a coerência e acabará se

contradizendo. Contudo ele deve ter a convicção e essa convicção deve ser o motivo da sua coragem.

m) Saúde

A saúde física é um importante requisito para o sucesso. Os hábitos profissionais do orador não são como os

de outras profissões que robustecem o físico.

Um orador que está com dor de cabeça, com distúrbios estomacais, está doente, os seus olhos não têm

luminosidade que comunica favoravelmente. Pelo contrário, ele deixa uma sombra de tédio sobre seus ouvintes. As

suas palavras são emocionalmente enfraquecidas. O semblante transmite o que está sentindo.

É evidente que a letargia do corpo produz uma letargia mental. E o orador tem que possuir uma saúde em

condições favoráveis para ser bem sucedido em seu trabalho.

O trabalho do profissional da comunicação, que tem consciência de suas responsabilidades, é árduo e

constante. Por isso ele deve ter boas condições físicas. Fazer discursos, ouvir pessoas, atender demandas coletivas,

articular, preparar discursos e pronunciamentos, trazem muitos desgastes.

É preciso arranjar tempo para descontrair, refazer as energias, o que não significa dormir e dormir.

O homem deve ir ao descansado, com os nervos plenos de vida. Nestes tempos agitados, em que comunidades

estão na contingência de se comporem de homens e mulheres fatigados e desanimados, há uma razão especial para o

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líder estar fisicamente recuperado e sobejamente vitalizado.

Sugestões úteis ao Orador:

1) Ter o seu estudo recarregado de oxigênio;

2) Dormir com a janela do quarto aberta, quando for possível;

3) Caminhar pelo menos quatro a seis quilômetros por dia;

4) Pratica esportiva pelo menos uma vez por semana; 5) Ter seis semanas de férias por ano.

Antes do discurso deveria:

1) Evitar um trabalho pesado;

2) Dormir bem preferível às oito horas recomendadas;

3) Comer moderadamente e comida leve antes do discurso;

4) Preferível ficar sem comer;

5) Não exaurir a sua vitalidade com conversações excitantes;

6) Estar com controle emocional.

2 ORATÓRIA E O COMPORTAMENTO HUMANO

O orador precisa de equilíbrio emocional, naturalidade, para poder falar bem. Caso ele tenha, o cérebro bem

ordenado conservado o perfeito ajustamento de suas emoções será mais eficiente.

De nada adiantaria aprofundar-se em conhecimentos, saber o minuciosamente a técnica do discurso se em face

do público ou do simples interlocutor, descontrolar-se e falar mal.

Com facilidade percebe-se o orador embaraçado, nervoso, que treme e transpira e desenvolve esforços

intermináveis tentando dizer o que sente e sabe.

O auditório para ele é um campo de batalha renhida;

cada ouvinte é um inimigo;

cada olhar petrifica-o de medo;

O sorriso amigo torna-se um crítico e zombeteiro;

a tosse acidental é interrupção propositada e malévola; “Se alguém se levanta, se uma cadeira é arrastada; se a porta bate, são punhaladas”, sensação de pânico, de pavor,

de angústia;

Tem vontade de fugir, e de nunca mais falar em público.

Isto é um estado mental.

À frente do orador, porém, apenas se encontram seres humanos. Não habitantes de outros planetas, de outras

galáxias, com atributos intelectuais de alta perfeição. Apenas seres humanos, iguais a todos, com defeitos e virtudes,

altos e baixos, gordos e magros, brancos, negros, morenos, com diplomas e sem diplomas, mas sempre seres humanos,

lamentavelmente imperfeitos em busca de crescimento.

Contudo o orador que ainda não se domina face ao público, decididamente não trava relações com a lógica.

Cria ele um mundo de fantasia, a sua imaginação descontrolada. Supõem ouvintes pacíficos como super-homens a

ameaçá-los. Antevê o fracasso, considera-se vaiado e tímido.

Isto é auto sugestão

A auto sugestão é a implantação de uma idéia de si mesmo, por si mesmo. Sendo que quando disser “tenho

medo de falar em público”, esta fortalecendo e entronizando um pensamento negativo.

Certas expressões como; “eu queria muito”, significa “eu não posso”, e desta forma nada se consegue, porque

perde a luta antes mesmo de havermos lutado.

O homem é o que pensa.

Trazer à imaginação, as mensagens de inteligência:

Sentirei calma, tranquilidade;

o ser que me intimida é apenas uma pessoa humana; Tenho algo a dizer, fruto de estudos, de experiência, e direi tudo com confiança e naturalidade;

Posso dizer! É claro que se receber da inteligência a mensagem “não fale nada, você não estudou o assunto”, nesse caso, o

medo do fracasso tem suas raízes na realidade. O remédio é ir à busca dos conhecimentos necessários.

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É inteligente ter a consciência das próprias imperfeições, das falhas, para que seja possível corrigi-las. Mas

tudo em suas reais proporções.

O APERFEIÇOAMENTO PESSOAL DO ORADOR

O homem é um ser que aperfeiçoa. Pela instrução conhece a vida, pela educação, adapta-se à vida, e pela

cultura e o trabalho, eleva-se na vida.

A oratória exige aperfeiçoamento pessoal. É a leitura, principalmente, o estudo e interpretação, que oferece ao

homem a preciosa oportunidade de se aprimorar física, intelectual e moralmente.

Nos livros e pesquisas é que se recolhe o material a ser utilizado nas palestras, nos discursos eventualmente ou

freqüentemente proferidos.

O homem silencioso, (aquele que não expressa suas concepções), não é suficiente útil no grupo social. Falar,

sim, mas sempre para dizer alguma coisa útil.

Todas as profissões de todas as categorias necessitam de leituras, quer para o aprendizado, quer pela constante

atualização. Sendo o interesse concentrado no livro, no assunto, esquecem-se do mundo. Se o pensamento desvia-se

esquecemos do livro. Com o hábito do exercício, aumentamos o poder de concentração, com metodologia bem

desenvolvida, não se perde o foco.

Entretanto, ler uma vez é pouco. Por maior atenção que tenha, escapam-se, preciosos pormenores e sutilezas

de estilo. Deve-se fazer funcionar o velocímetro do bom senso, para acusar o excesso de velocidade. Ler e reler

cuidadosamente para assim se usufruir ao máximo. É importante que se acrescente: Ler, reler e para reter!

Ao lado ter a caneta ou o computador, para gravar, recortar, colar os apontamentos, as notas marginais. A

melhor memória é a caneta ou o arquivo no seu computador ou banco de dados.

Participar de cursos de aperfeiçoamento é uma necessidade, e há muito, muito tempo, deixou de ser uma

despesa, mas tornou-se um investimento.

Disse Rui Barbosa:

“Mas, senhores, os que madrugam no ler, convém madrugarem também no pensar. Vulgar é o ler, raro o refletir. O

saber não está na ciência alheira , que se absorve, mas, principalmente, nas idéias próprias, que se geram dos

conhecimentos absorvidos, mediante a transmutação, por que passam, no espírito que os assimila.”

Oração aos Moços, págs. 39 e 40.

Isaque Newton dizia:

“O que sei é uma gota d’gua; o que ignoro um oceano.”

A escola da vida tem uma só disciplina: A observação.

A observação racional, disciplinada, metódica, é que confere resultados apreciáveis, propicia a interpretação correta.

Ver

Muitos olham, mas não vêem, desprezam pormenores, contentam-se com as aparências.

Escutar

Muitos ouvem, mas não escutam. Apenas percebem os sons do ambiente, as vibrações que a voz humana

produz no ar atmosférico. Bom e razoável é selecionar os sons, distinguir o que há de certo e errado nas palavras

humanas.

O envaidecido, pretensioso, nem mesmo dá oportunidade que se lhe fale. Tagarela o tempo todo, como se fora,

porta voz da sabedoria universal.

Tão importante quanto falar bem, é escutar bem. Escutando, aprende-se, e muito. Uma frase bem ouvida, bem

assimilada, pode mudar o curso de vida. Calar para escutar, escutar para aprender. A reflexão constitui-se em poderosa

concentração com intuito determinado. O orador busca na reflexão os motivos e o roteiro de seus discursos. E é nela que

os líderes plasmam

Quais são as qualidades que um homem ou uma mulher deve possuir para ser um orador eficiente? Acontece

que, às vezes, um orador é fraco em um ponto, contudo compensa em outro.

ESTILOS

Na grande tarefa de persuadir e convencer homens e mulheres, de todas as idades e classes sociais tem como o

seu instrumento principal o poder da palavra.

O discurso tem um lugar de honra na vida de inúmeras pessoas, que semana após semana reservam alguns

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minutos para ouvi-lo. Sendo assim, a enormidade da responsabilidade do líder ou gestor que ocupa a tribuna é

evidente. Considerando a enormidade de horas que tem que transmitir suas idéias, o montante de tempo gasto

para ser ouvido, assim o orador consciente, deveria gastar uma vida, preparando-se na arte de falar e falar bem.

O estilo de uma pessoa é a maneira característica de ela expressa os seus pensamentos na forma escrita ou

falada. Cada um tem o seu estilo. A mais acurada imitação não é perfeita. Um estilo é adquirido pela observação de

princípios fundamentais de linguagem de todas as circunstâncias e contextos.

O estilo individual dirige-se dentro de certos limites:

1) Está debaixo das obrigações da lei da linguagem. Existem princípios gramaticais que devem ser observados.

2) Não está restrito à tradição. O estilo do orador deve mudar. Deve seguir os costumes e os gostos diferentes pessoas

e diferentes idades.

3) Deve-se adaptar à ocasião o caráter da audiência ou público e da natureza do assunto. Exemplo um discurso ou

dissertação de um tema para o público jovem, para crianças, discurso de formatura, discurso de motivação dentro de

uma classe operaria ou sindical, discurso fúnebre, dentre outros. Portanto deve haver um estilo diferente para cada

assunto e propósito.

4) Há certas qualidades ou propriedades de estilos que são indispensáveis. As qualidades gramaticais, que têm que ver

com a correção e pureza de linguagem; e as qualidades de retórica, que tem a com a impressão ou efeito do discurso,

devem ser adquiridas e aprimoradas.

FALTAS NO ESTILO

1) Estilo Rebuscado. Aquele que se nota pelo emprego de vocábulos difíceis.

2) Estilo Redundante. O que é palavroso, que peca pelos excessivos ornatos. Há tantas rosas que o foco do assunto é

perdido. O orador dá mais importância à sua oratória do que á verdade.

É o excesso de vestimenta num discurso.

3) Estilo Acadêmico. Linguagem figurada, onde abunda antíteses, metáforas, ou metonímias complicadas, tornando-

se difícil a sua captação.

4) Os literários são aqueles com material e a forma da sala de aula. Perdendo assim a essência da prática e da

experiência que tem grande poder de convencimento e ficção.

MEIOS PARA APRIMORAR O ESTILO

O orador deve aprimorar constantemente muita atenção ao aprimoramento do estilo próprio.

1) Deve estudar constantemente, particularmente o idioma pátrio. O orador tem por obrigação falar uma

linguagem pura, de acordo como o uso corrente. Não quer dizer que deve estar atualizado com o linguajar de rua, ou

dos diários ou arcaísmos e frases particulares locais, exceto para razões especiais. Não usar palavras ou frases de

língua estrangeira. Mesmo quando se referindo à linguagem original a que por ventura vier fazer uma referência.

Raramente é próprio mencionar uma palavra em inglês ou demais palavras latinas.

2) Estudar literatura, talvez, ajudará a melhorar o estilo mais diretamente do que o estudo da língua. Lendo, poderá

ganhar maior conhecimento de linguagem, especialmente com enriquecimento do vocabulário e expressões. É

principalmente pela leitura que forma o nobre modelo de estilo. Além de ler sobre assuntos variados, deve assistir aos

discursos de políticos através de canais específicos, como a TV Câmara, entrevista de economistas, sociólogos, e

políticos em geral.

3) Um dos principais meios de aprimorar o estilo é a prática cuidadosa em escrever. Não é fácil, tem que pagar o

preço; mas é compensador.

QUALIDADES DE ESTILOS

1) Clareza

A Propriedade mais importante no estilo é a clareza. A clareza de estilo está intimamente relacionada com a

clareza de pensamento. A clareza de estilo depende principalmente de três coisas:

b) Escolha dos termos;

c) Construção de sentenças e parágrafos;

d) Manejo próprio de brevidade e difusão.

Sendo que a clareza depende dos termos usados, temos que considerar dois elementos:

Devemos usar, quando possível, palavras e frases que serão inteligíveis aos nossos ouvintes.

O orador tem que saber pelo menos duas linguagens: A linguagem dos livros e a linguagem da vida comum.

Devemos usar palavras e frases que expressem exatamente o seu pensamento.

Clareza depende igualmente de brevidade. O quanto mais breve, sendo compreensiva, tanto melhor.

Prolixidade é a morte do orador.

Em oratória, deveria ter uma clareza como se estivéssemos vendo através de um prato de vidro, deveria ser

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mais como os ósculos que possibilita ver as coisas com mais clareza.

O primeiro dever do orador é fazer-se fácil de ser compreendido, o discurso claro é apreciado por todos. Nada

de termos técnicos de palavras difíceis e pouco usadas. Após algumas frases de difícil compreensão, o ouvinte fica

cansado, desiste de escutar o resto, retira sua atenção, passa a olhar o teto, os lustres, móveis e demais objetos do local.

Qual foi o maior orador, o mais magnetizante de todos os tempos?

Não foi Jesus? E como Ele era de terna simplicidade; como suas comparações eram simples e claras: “O

lavrador que semeava”. “O pastor de quem se extraviara a ovelha”, “ o rico que recusava migalhas ao pobre”, dentre

outras. Sempre que possível deve introduzir no discurso uma comparação. As comparações ajudam à compreensão da

afirmativa que fazemos.

“O Brasil é o maior país católico do mundo”

“ O Estado brasileiro com o menor Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil, (lDH), é administrado por uma

única família há 40 anos (Maranhão –MA)

“As ditaduras do Oriente Médio, tem atrapalhado a liberdade religiosa e o desenvolvimento social da população,

eles estão no poder há cerca de 30 anos em sua maioria. O povo está cansado e o quê dizer dos políticos brasileiros

que já estão à décadas” no poder? Toda a semelhança seria mera coincidência?”

Também é importante usar indicadores, ou seja, pesquisas com fontes, gráficos, a fim de fundamentar

cientificamente nossa informação.

Nessa fase, com a atenção completamente presa, o orador pôde defender com entusiasmo suas sugestões para

modificar as orientações de sua, entidade, instituição, visando melhores resultados.

O orador tem uma obrigação para com o ouvinte, que por sua vez, espera receber, de maneira objetiva, clara e

facilmente compreensível, o que ele tem em mente para comunicar.

A linguagem técnica não deve aparecer nos trabalhos orais, exceto nas conferências, científicas, quando se fala

a auditório especializado.

A vaidade de não poucos os leva a tais empregos, unicamente para mostrar aos ouvintes como estão

preparados, como são instruídos. Resulta disto tudo, que a assistência sai sem entender o assunto, fazendo má idéia do

orador que não se fez compreender.

2) Eloquência

Arte, talento ou ação de bem dizer, com o objetivo de impressionar e convencer pela palavra. Capacidade de

falar ou exprimir-se com facilidade.

É o poder da verdade em palavras.

Muito cuidado, pois aquele que faz de sua eloquência, o mais elevado objetivo de seu discurso, faz com que

os ouvintes, esqueçam o foco. Sendo assim, havendo passado a emoção, verificar-se-á, que o objetivo, não se firmou

no cérebro, nem lucraram os ouvintes em entendimento.

3) Energia

O termo “energia”, aplicado ao seu estilo, pode significar animação, força, paixão, tudo que serve para

estimular a atenção dos ouvintes.

A força é o poder empregado na argumentação; a paixão afeta mais os sentimentos, com o uso da imaginação.

O orador deve possuir um pensamento vigoroso para imprimir os seus objetivos. Um orador pode apresentar uma

excelente instrução, transmitir conceitos de ideia, mas sem a força energética, persuasiva, na poderá aos ouvintes a

tomar uma decisão de agir.

A energia num discurso vai depender, igualmente, dos termos escolhidos, construção das frases, concisão e

uso de figuras.

4) Ilustrações

“Um quadro vale dez mil palavras”, o provérbio chinês. Por isso que os oradores hábeis sempre falam em

figuras. Sabem que as figuras viverão muito depois de o argumento estar morto.

As ilustrações são como as janelas em uma casa, que a torna prazerosa e atraente. Considerando que um

edifício sem janelas é mais uma prisão que uma casa.

O orador ao preparar seu discurso, deve ter no pensamento que é mais de que uma laje de tecnologia ou a

alvenaria da informação. O conteúdo de sua mensagem precisa de parábolas, das ilustrações.

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A palavra “ilustrar”, significa, literalmente, avivar com luz, isto é, justamente, o que uma ilustração deve

fazer.

A ilustração, contudo, não é em si mesmo um fim. É uma janela para deixar entrar a luz e ar fresco. A

ilustração deve lançar luz sobre o assunto em pauta, mas nunca atrair para si. Uma casa com muitas janelas se torna

fraca e chama a atenção. Não deve a ilustração roubar o conteúdo da mensagem a ser transmitida.

Nunca um discurso deve ser construído sobre uma ilustração.

Não é a ideia central, mas o desenvolvimento da ideia que faz uma apresentação poderosa.

Realmente não existem novos conceitos, mas os conceitos velhos aparecem novos se souber (o apresentador

da ideia), dominar a arte e o método da verdadeira ilustração.

Entretanto, deve-se ter certeza, de que a ilustração que esta usando, não seja vulgar ou ousada demais.

Onde encontrar novas ilustrações para nossos discursos? Não procurar novas ilustrações. Deixar que elas

venham ao encontro do orador, ao ler e observar.

Ao usar uma ilustração considere:

a) Nunca deve elaborar demais uma ilustração;

b) Nenhuma ilustração deveria exigir uma explicação;

c) Deve ser como uma lâmpada da rua, que mostra ao viandante o seu caminho e não chame a atenção para si como

um ornamento.

d) Deve ser verdadeira, isto é, íntima relação entre o conteúdo à mensagem e a matéria ilustrada. Chama a atenção

para o ponto exposto, ou desvia-a; se desvia, deve ser tirada sem hesitar.

e) Boas ilustrações são janelas adequadas para uma casa. Porém, más ilustrações são janelas quebradas que

desvalorizam.

5) Anedotas

Fazer o público rir, ajuda a relaxar e descontrair, ajudando assim à ficção das ideias que estão sendo

apresentadas, contudo, de estar alinhadas ao conteúdo do discurso ou à idéia que está sendo apresentada. Cuidados no

uso de anedotas: Não deve ter conotação preconceituosa contra:

Religiões;

Times de futebol;

Partidos políticos;

Regiões geográficas do País;

Costumes ou tradições;

Aparências físicas (gordo, magro, negros, brancos)

Homofobias, dentre outros.

4 A ORDEM DO DISCURSO

O discurso revela o orador. A confusão das ideias, inevitavelmente, produz a desordem das palavras e não

levam a lugar nenhum.

Por não sistematizar o raciocínio e a sua manifestação verbal, o orador perde-se em frases intermináveis,

avança e recua, afirma e contradiz-se, na repetição arrazoada ou desarrazoada de conceitos e vocábulos. Se inicia o

discurso, já não pode desenvolvê-lo, já não consegue terminá-lo.

Ele mesmo constrói um labirinto, mas nele se perde desorientado. Não consegue fabricar asas providenciais

para sair.

A fim de que a peça oratória tenha sequência lógica, é necessário uma boa metodologia. Essa forma todo o

discurso e deve ser um trabalho estético, pois trata-se de uma arte cujos objetivos é convencer ou comover os ouvintes

e ainda ter beleza. Para tanto, é necessário que o discurso tenha:

Integridade; Homogêneo, onde todas as partes estejam de tal forma conexas que seja possível, separá-las sem

destruir a própria pela oratória.

Proporção; Que cada parte não sobreponha em medida de tempo, superior a outra. É indispensável haver

proporção nas suas diferentes partes.

Clareza; Para que os ouvintes, sem esforço, acompanhem o pensamente do orador.

O discurso divide-se em três partes: Exórdio, Exposição e Epílogo. Porém, a nomenclatura mais usada é:

Introdução, Discussão e Conclusão. Pode usar ainda outras nomenclaturas, mas, em resumo, a peça oratória contém as

três seções enunciadas.

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4.1 A INTRODUÇÃO DO DISCURSO

Cícero, (orador greco-romano) definiu a introdução como sendo “a oração que prepara o ânimo do ouvinte

para bem receber o restante do discurso” (De Orate, II, 19). É o cartão de visita do orador. Apresenta-o ao público,

dizendo da sua competência e pretensões.

Nas primeiras palavras do orador, encontra-se um material suficiente para ser analisado e apreciado. Podemos

dizer se ele é original, se é simpático, se é claro. Antecipar em suma, os resultados finais.

A introdução deve ser interessante, explicativa e concisa (curta). Interessante, para despertar a atenção do

público sobre o que dirá. Explicativa, para que se esclareça, convenientemente, a posição de quem fala em face dos

assuntos localizado. Concisa para que digressões inúteis não desviem a atenção dos ouvintes.

Evitar expressões rotineiras.

“É com profunda emoção e elevada honra que vos dirijo estas poucas palavras que...”

“Tão emocionado estou que não encontro palavras que possam traduzir...”

“Pediram que eu falasse sobre o assunto: eu, o mais humilde e sem preparo...” É perigoso que um travesso dentre os

ouvintes possa exclamar: “Apoiado!, isso criaria uma difícil situação.

Essas introduções pessoais são, muitas vezes, formais e formas anêmicas. Não somente revelam o

conhecimento próprio,5 egoístas ou falta de pensamento do orador, como também não cumpre o propósito da

introdução. Pelo contrário, amesquinham o tema, em vez de atrair a atenção para ele, e não explanam coisa alguma.

É melhor é que evitassem essas frases mesquinhas e rotineiras dos nossos sermões ou discursos. São velhas

chapas que a ninguém convence, nem mesmo a quem as profere. Existem ocasiões em que uma introdução pessoal é

necessária e deve ser usada, mas nunca deveria ser uma fórmula insípida.

Qualidades de Introdução. Já estamos conscientes da necessidade da introdução e o que devemos evitar;

todavia, precisamos sabe o que devemos fazer.

Referência a Ocasião ou Circunstâncias.

Esse tipo de introdução servirá, muitas vezes, como fator poderoso em obter a atenção; se o orador puder,

rapidamente, transforma a referência e aplica-a ao seu tema. Às vantagens de semelhante começo são evidentes; é

concreto, novo, portanto, ganha a atenção. Além disso, pode despertar a curiosidade dos ouvintes no sentido de querer

saber como o orador a aplicará ao seu tema.

Referência ao tema

É uma espécie de introdução popular. O orador começa historiando a importância de seu assunto, fazendo

explanação ou dando definições.

Quando isto é bem feito, despertará o interesse. Mas, se for feito insipidamente, não somente falhará em obter

o interesse, a atenção, como são mais atacados desse mal. Em vez de começar de maneira mais interessante, usam

explicações tão secas que matam todo o interesse dos ouvintes.

Introdução Veemente.

Consiste em entrar, o orador, inesperadamente no assunto, sem a menor preparação. É a apresentação

repentina da idéia central. Também conhecida como introdução direta.

É necessário que o estado de ânimo dos ouvintes e do próprio orador permita esta forma de iniciar o discurso.

Isto pode acontecer quando há uma grande alegria ou uma grande tristeza que já predisponha todos a ouvir o assunto,

dispensando qualquer preparo de espírito.

Esse tipo de introdução é mais raro. Deve ser usado somente em condições excepcionais, quando os ouvintes

apresentam condições favoráveis para recebê-lo e entendê-lo. Quando conseguir excelentes resultados.

Introdução Indireta

É também chamada de introdução insinuante, em que o orador entra no assunto de uma forma quase

imperceptível, através de rodeios e disfarces, preparando os ouvintes para receberem a idéia central.

Esta introdução requer tipo e delicadeza porque é geralmente usada quando a assistência se mostra hostil ao

orador ou ao assunto, e se faz necessário destruir todos os preconceitos, todas as objeções, a fim de ganhar a

benevolência dos ouvintes.

Além das principais citadas, existem outras introduções sugestivas:

Introdução Textual.

Esta é uma velha maneira de começar um discurso. Começa lendo o texto sobre o qual tratará todo o discurso.

O orador pode, pois anunciar o texto sem qualquer preâmbulo. Entretanto, logo de início, na discussão em alto nível.

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Introdução Contextual

Ao orador iniciar seu discurso contextualiza o tema do assunto, e assim que ler o documento, lei ou decisão, a

platéia já estará preparada para tal assunto.

Introdução Dramática

Este tipo de introdução deve ser adequado à personalidade do orador, e mais para um ambiente no qual há

muitos estranhos. Deve saber salientar bem os fatos importantes e que serão usados no discurso.

A Introdução pelo Problema.

Todo discurso deveria abrir o cérebro para superar um desafio humano, sendo esse social, político, ou

familiar. Um desafio que grande importância, de consciências confusas, vidas perturbadas, dentre outros. O orador

com facilidade pode apresentar seu tema, baseado no desafio que os ouvintes estão enfrentando, algo concreto e

premente.

Introdução com uma citação notável

O orador às vezes pode variar o seu introito com uma citação de palavras de alguém que os seus ouvintes

admiram. Digamos que o desejo é falar sobre ética.

“Eu não tenho medo da morte, da desonra eu sempre tive medo. O homem público que perde a condição

moral, mesmo em vida ele pode ser considerado morto”.

Com isto, o caminho está aberto para conduzir os ouvintes à verdade que se encontra no contexto do discurso.

Qualquer orador pode usar esse tipo de ilustração. Deve, no entanto, escolher citações que mereçam ser

citadas e não começar com vulgaridades. Deve-se ter cuidado com o uso frequente, para não perder o brilho e a

aceitação.

Introdução com Ilustração.

Esta forma de começar apela a muitos oradores jovens. É boa quando fala a pessoas que não conhece,

especialmente se elas não têm grande interesse pelo conteúdo do discurso. Uma boa ilustração ajuda um orador

experimentado a captar imediatamente a atenção.

A ilustração deve servir para levar ao objetivo principal e não ser ela em si mesma o objetivo principal. Ele

deve lançar luz sobre algo mais importante que ela própria.

Introdução Psicológica

Quando começa contando uma parábola, ou algo que possa ser aplicado, de maneira direta ao assunto.

“houve uma mãe, dedicada, com 04 filhos ainda pequenos, que deixando uma cidade pequena, ruma à capital. Lá

encontra desafios vários, mas a todos superam”. Aos pais e mães e filhos ali presentes, são sensibilizados e prende-

lhes a atenção.

EXPOSIÇÃO DO TEMA

Pela exposição à afirmação inicial, a introdução, a proposição. Fundamenta-se a tese, com citações, com

argumentações consistentes e lógicas.

Na argumentação, deve-se ter em vista:

Evitar confusão dos argumentos quando forem de natureza diversa;

Fortificar gradativamente a tese. Apresentar logo um bom argumento, um argumento forte; depois, outros menos

fortes, porém, probantes; finalmente, aqueles que considerarem fortíssimos ou irrefutáveis;

A ordem deve ser: Forte, forte e mais forte. Cada orador deve, de acordo com o auditório, determinar a ordem por

si mesmo;

Assim, dados o primeiro argumento, os outros deverão vir em graduação ascendente. Pode ser que muitas vezes o

argumento forte seja um só; então, deve o orador preparar os ouvidos dos ouvintes a fim de que possa apanhar toda a

energia comprobatória desse argumento. Convém repetir a argumentação durante o discurso, sob novos aspectos;

Em sendo os argumentos todos excelentes e recomendáveis, e ainda indispensáveis, é preciso apresentá-los de tal

forma que os ouvintes apreciem o valor de cada um deles separadamente;

Deve ter o máximo de cuidado para não multiplicar em excesso o número de argumentos. Os ouvintes ficam muito

sobrecarregados e a convicção diminuída;

Tampouco se deve estudar exaustivamente uma ou outra argumentação considerada forte. Pois o desenvolvimento

exagerado enfraquece o valor do argumento, cansando o orador e destruindo a atenção;

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

O orador deve ter boa argumentação. Todavia, não basta possuir uma boa argumentação. Exige-se que o orador

saiba apresentar de modo eficiente, os argumentos. Muitos surgem em público, cheios de razões, de documentações

magníficas, e com excelentes argumentos, mas retiram-se vencidos, porque não foram capazes de aproveitar as suas

próprias armas;

Quanto a argumentações e como fazê-las:

Depende do tempo que tiver disponível para fazê-las. Nem todos os argumentos escolhidos deverão ás vezes, ser

utilizados. Muitos se esquecem desse pormenor e ultrapassam o tempo, ou são obrigados a secionar bruscamente o

discurso, arcando com os prejuízos decorrentes;

A exposição, para atingir sua finalidade, deve ser: convincente, compreensiva e lógica. Convincente, pois a força de

persuasão de seus elementos é que levará o público a aceitar a tese apresentada. Compreensiva, para que todos possam

entender e acompanhar as ideias do expositor, concluindo com ele. Lógica, dirigindo o raciocínio, naturalmente,

relações irretorquíveis, ao epílogo visado;

Nenhum orador deve começar com uma argumentação que suscite antagonismo e esperar alcançar o fim almejado.

Se deseja o sucesso? Começar então com o argumento que desperte menor antagonismo possível, que tenha a opinião

comum, que desperte e cative a atenção.

A CONCLUSÃO DO DISCURSO

Sumariar. O propósito do sumário é traçar juntamente as partes do discurso de modo que a memória do

auditório seja refrescada e uma impressão duradoura seja deixada no pensamento de todos os ouvintes.

Suscitar as emoções. Se o orador espera que os seus ouvintes mudem as suas convicções e atitude, seguindo de

acordo com as suas palavras, deve deixá-los em estado emocional favorável. Pois a fria lógica não é suficiente.

As últimas palavras devem deixar a mais forte impressão emocional possível e fazer com que os ouvintes se

disponham a querer crer e agir. Um final que somente alcance o intelecto não é suficiente. Deve alcançar também as

emoções. Uma conclusão emocionante deve comover os ouvintes, fixando na memória de todos à mensagem

pronunciada.

Um especialista em comunicação (Prof. Williard Yeager), ao falar sobre a estrutura do discurso, faz uma

comparação a uma ponte sobre o rio. Considerando a maneira pela qual é construída, a finalidade a que se destina e os

elementos estruturais que contribuem para que atinja sua finalidade.

O objetivo específico de uma ponte é permitir o transporte de um lado para outro ponto. A meta do orador é

conduzir os seus ouvintes a determinado estado de compreensão e convicção.

A ponte tem, de um lado, uma passagem por onde se encontrar e outra correspondente por onde ir. Também o

discurso tem a introdução e a conclusão.

Se o orador examinar minuciosamente a construção de uma ponte, descobrirá que ela é feita de um variado

material como: tijolos, pedras, concreto, aço, dentre outros. Identicamente é o discurso composto de vários elementos:

Comparações, exemplos, estatísticas, indicadores, figuras, reiteração, argumentação, dentre outros.

5 AUDIÊNCIA OU PÚBLICO

Um pré-requisito para o êxito em oratória é ter um bom conhecimento do coração humano. Os bons oradores,

com anos de experiência, atestam da necessidade de cuidadosa análise da assistência. A diagnose do auditório se tem

tornado para eles um processo quase inconsciente.

Os públicos diferem nos hábitos, costumes, crenças, inteligência, opiniões, treino, cultura e gosto.

O que fazer? Quando em público, fala-se aos ouvintes coletivamente. Porém, a resposta que se deseja é

individual. Cada indivíduo deveria decidir por si mesmo a respeito do assunto. As armas do orador são gerais. Ele não

pode tomar cada pessoa à parte e usar um remédio particular que lhe produza efeito.

É, portanto, essencial saber que experiência e opiniões são comuns a todos os homens, a todos os nossos

auditórios, para que o interesse no assunto seja levado em consideração.

Há três regras que o orador deve ter no pensamento para ser bem sucedido em relação ao público:

Ter grupos pequenos quanto possível;

Conhecer o grupo o máximo possível;

Conhecer bem o ser humano.

Ao vermos uma pessoa, podemos perguntar : até quanto esta pessoa tem de animal, de espiritual e quanto tem

de intelectual?

Ao tomar um ônibus, podemos conversar com o motorista, simpatizar com o seu trabalho, perguntar há quanto

tempo ele trabalha na profissão. Quantas são as horas trabalhadas, quais são as dificuldades de um motorista de ônibus,

se já esteve envolvido em algum acidente. Ele sentir-se-á satisfeito por alguém ter interesse em conversar com ele.

Assim com qualquer profissão. O orador vai compreendendo melhor o povo, e quando encontrá-lo no auditório, saberá

falar-lhes ao coração.

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

Para ser orador de êxito, é preciso conservar bem perto do povo. É bom começar o desenvolvimento com o

povo simples, misturarem-se aos fazendeiros, mecânicos, operários em geral, fazer refeições com eles e ver que é

humildade. Assim o conteúdo dos discursos, pode ser expresso em experiência humana.

Quando os ouvintes percebem que o orador conhece e sente sua vida no interior bem de perto, então começa a

haver íntima relação entre o orador e os ouvintes.

O trabalho do orador deve ser primeiro o de diagnosticar. O remédio deve ser baseado sob um acurado

conhecimento das condições designadas para o tratamento.

Deve identificar-se na vida dos homens e mulheres para conhecer as suas susceptibilidades, suas tendências,

suas fraquezas, seus desejos, dando não somente um conhecimento acurado e simpatizante, como também o dando

elementos para trabalhar com eles mais especificamente e com muito sucesso.

O orador pode ter um profundo conhecimento técnico do assunto sobre o qual esta a comentar, contudo será

um redondo fracasso se não compreender o estado racional e emocional dos nossos ouvintes.

Os grandes oradores foram bem sucedidos porque eles conheciam e aplicavam, conscientemente ou não, o

fator do conhecimento da natureza humana.

Por isso precisa o orador conhecer o auditório; e quanto o público sabe que os conhece e os respeitamos, assim

terá ele as chaves para abrir os portões mais secretos para o êxito.

Quando o orador se assenta à sua escrivaninha para preparar o seu discurso, deve ter em seu pensamento, a

circunstância de seus ouvintes, em que estão interessados. Visualizar a todos os ouvintes com suas necessidades e

capacidade da captação, aplicando as sentenças, os argumentos no ponto exato, na medida certa.

Há muitos oradores que estão suspensos no ar, falando o que os ouvintes não estão perguntando, nem

preocupados, nem interessados. Precisam descer e pisar na terra, saber as necessidades dos ouvintes. Falar-lhes ao

cérebro ao coração.

Algumas perguntas que o orador deverá fazer sobre o seu auditório:

1. De que idade são os membros do grupo;

2. Qual é a condição da comunidade onde vive?

3. É o auditório composto só de homens, só de mulheres ou ambos?

4. Qual o motivo pelo qual essas pessoas estão reunidas?

5. Que problemas gerais têm atraído a atenção de todos?

6. Quais são os hábitos de vida e o modo de pensar da assistência?

7. Qual a atmosfera da ocasião: de solenidade ou leviandade? De determinação em fazer alguma coisa para particular

ou desejo de receber informação nalgum fato particular? Ânsia de ser instruído, ou ser entretido?

8. Que assunto, em conexão como o que vai ser discutido, pode ser afetado pelos interesses pessoais ou amor-próprio.

9. Tem o grupo se familiarizado com o assunto a ser apresentado?

10. Qual é o grau geral de educação do auditório?

CONTATO COM O AUDITÓRIO

Alguns oradores têm uma extraordinária facilidade de entrar em contato com seus ouvintes logo de início. Para

outros isto constitui a parte mais difícil do discurso. Por mais que ele se esforce, os ouvintes continuam sem prestar a

devida atenção, ficam desligados.

A primeira coisa que se tem a fazer é conseguir a confiança e induzir as pessoas ao desejo de ouvir. Isto

deve fazer parte da intuição do orador, conseguir a atenção dos ouvintes.

Mas o que é atenção? Mero silêncio não é atenção. Pode ser que os ouvintes estejam dormindo ou absortos

noutros assuntos ou pensamentos. Os ouvintes podem estar com os olhos voltados para o orador, podem estar,

aparentemente, ouvindo-lhe com ardor as palavras, enquanto o cérebro não segue o pensamento.

A atenção é uma aplicação mental positiva. O pensamento fixo é diligente e ativo. Está interessado em

absorver, ser instruído e agir.

A fonte da atenção está no orador, e principalmente ao começar o seu discurso. As condições podem ser

alteradas no prosseguimento, porém, no começo o orador é inteiramente responsável.

Um orador nunca deveria estar a mendigar a atenção dos ouvintes, nunca deveria dizer: “O assunto é de

grande importância”, ou “os senhores devem ouvir atentamente o tema por causa da sua importância”, ou ainda:

“dai-me ouvidos”. Não devemos rogar a atenção dos ouvintes como um favor, nem pedir como tendo direito,

ou incitá-la, anunciando a importância do assunto

A atenção não é uma condição do bom discurso, mas o resultado. O orador nunca deveria: “Se todos

ouvirem, falarei bem.” Deveria dizer: “Se eu discursar bem, o povo estará pronto a ouvir-me”.

Antes de proferir a primeira palavra, o orador deveria perguntar a si mesmo: “Estou pronto para começar?” E

isto envolve outra pergunta: “Estão todas as coisas prontas para eu começar?”

O ambiente deve estar todo preparado antes de começar a falar. Os móveis, os equipamentos. O orador não

deve levantar-se e começar a falar antes de ver que todos os ouvintes estão prontos e preparados para ouvi-lo.

Há momento exato para começar a falar. Deve esperar cessar o tossir, os cochichos e o momento preciso em

que os ouvintes voltam os olhos para o orador, como querendo dizer: “Estamos prontos, pode começar”.

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Na roupa do próprio orador não deve haver nada que chame a atenção. Em tendo punhos, não ficar puxando-

os para fora, acertando a gravata, a blusa, não retirar o relógio, nem ajustar os cabelos. Não ficar ajeitando seu material

nesse momento.

Antes de abrir a boca, deve estar seguro de que será ouvido, ouvido fácil e alegremente. Por isso já deve ter

bem claro, no pensamento, as palavras com que pretende começar. Essas devem ser bem escolhidas e bem

pronunciadas.

Deve-se aceitar o fato que o orador sempre começa sob a pressão de excitamento temporário. O seu equilíbrio

nervoso perturbado. Consequentemente, ele eleva muito sua voz ou fala baixo demais. Começa com um guincho ou

um murmúrio.

Prevenindo o nervosismo inicial

Existem muitas pessoas que perdem a voz quando têm que falar em público, ou mesmo momentos antes de

uma entrevista ou conversa de maior importância do momento. A explicação lógica e cientifica, é pelo fato de que a

tensão nervosa lança óxido de carbono no sangue.

Toda a vez que alguém se vê forçado a fazer um discurso ou uma visita de cerimônia, e que sinta a

importância do momento O sangue se enche de tóxicos, devido à ansiedade e à aflição. Os pulmões passam a exigir,

com urgência, mais oxigênio, e daí resulta uma desagradável sensação de asfixia. Para contrabalancear tudo isto,

sugere-se o seguinte:

Primeiro é aconselhável que a pessoa em apreço se esforce por conter seu nervosismo, alcançando certa

tranqüilidade, pensando em algo agradável;

Depois, nos instantes de espera, antes de começar a falar, respire profundamente algumas vezes, oxigenando

bastante o sangue.

Sentar-se confortavelmente, ereto, coloque os braços relaxados sobre os braços da cadeira ou no colo;

Ouça uma música inspiradora;

Tirar do pensamento todas as preocupações, ao ficar em pé, coloque os braços para trás, e faça alguns exercícios de

relaxamento dos dedos, da mão e dos braços; depois faça, com o outro braço, movimente um pouco as pernas,

relaxando-as, movimente um pouco dedos dentro do sapato, o máximo que puder;

Procure relaxar os músculos faciais. Faça alguns movimentos (discretos) de relaxamento da boca, da língua, soltar a

tensão das cordas vocais.

Também repetir mentalmente: “eu estou preparado para esse momento”, “eles estão dispostos a me ouvir”, isso lhe

dará mais autoconfiança e segurança.

No momento exato, falar pausadamente, intercalando instantes de silêncio entre frases entre as frases, por ter dupla

vantagem: o interlocutor tem tempo de ponderar o que ouviu, e o nervoso consegue respirar melhor. Assim é possível

conseguir uma oxigenação contínua, domínio completo da voz e expressão serena das ideias.

Saber Começar

A primeira impressão tem na vida comum dos mortais uma importância decisiva. Os ouvintes não escapam da

influencia absorvente das primeiras impressões. Se o orador desagrada, torna-se antipático por qualquer atitude, ou

gesto desagradável, a assistência já o ouvirá mal disposta, e, dificilmente mudará de atitude mental.

Por esse motivo, está no começo a chave da conquista do orador. Um orador que agrade no primeiro minuto,

tem todas as probabilidades de alcançar o sucesso no final, desde que não se mostre completamente inábil e desastroso

na exposição do tema.

E como poderá torna-se o orador, agradável ou até simpático?

Não há necessidade de adular ou bajular os ouvintes, basta saber comportar-se com prudência e boa técnica

oratória.

Veja qual seja o melhor caminho para iniciar um discurso:

a) Saber esperar. Os ouvintes precisam de tempo para se instalar o máximo comodamente possível na cadeira, de

isolar-se mentalmente para concentrar a atenção naquilo que vai ouvir. O orador durante este intervalo, poderá

observar serenamente os ouvintes, tranquilizando e reconquistando a sua presença de espírito.

b) Iniciar falando em voz pausada e pouco elevada. O começo de um discurso deve ser proferido num tom de voz

apenas audível em todo o recinto em um ritmo moderado, para que os ouvintes possam penetrar no assunto. É um erro

mental e técnico, começar qualquer sentença em tom de voz demasiado alto. O orador ficará cansado, não conseguirá

manter, até o fim, esse mesmo nível alto e rápido. Além disso, a voz alta estimula as conversas, os cochichos dos

ouvintes. Quem fala em público tem de falar sempre mais lenta e pausadamente do que em conversa normal. Mas, no

princípio, de qualquer discurso, ainda há necessidade de articular bem as palavras, de destacar, com meticuloso rigor,

de fazer uma pontuação cuidadosa.

Desta forma permite aos ouvintes compenetrarem-se do assunto, e captar bem a introdução, na qual se resume

a essência do discurso. O orador também já conseguiu dois pontos substanciais: Conquistar a simpatia dos ouvintes e

despertar o interesse pelo assunto.

A simplicidade e a mais sedutora e cativante forma de conquistar o favor geral. As introduções enfáticas,

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

clamorosas e bombásticas são perigosas e ridículas. É preferível começar de modo discreto e sóbrio.

Saber Dizer

Este é um ponto capital, na oratória. Mesmo entre aqueles que, habilmente, falam em público, nota-se uma

defeituosa dicção, resultante, muitas vezes, não propriamente de defeitos mecânicos, mas, em especial, de vícios de

comportamento. Qualquer atitude errada, sob o ponto de vista psíquico, provocará naturalmente uma exposição oral

defeituosa. A pressa, o nervosismo, a incompreensão, o medo, a timidez, dentre outros, afetam como será fácil a de

compreender, a fala do orador.

Como melhorar a fala?

a) Dominar o assunto. Para dominar a linguagem oral, é preciso dominar o assunto. Encontrar oradores que são muito

desiguais é comum. Ora fazem um discurso brilhante, ora inferior; ora se calmos, ora se mostram agitados. Qual o

problema? Quando não se prepara, ficam inquietos e nervosos, as palavras faltam-lhe, atropelam-se e atraiçoam-lhe. È,

que a consciência da incapacidade do assunto, por falta de preparo, provoca consequentemente o nervosismo,

resultando numa oratória fraca.

b) Manter-se calmo. Este conselho é fácil de dar e difícil de cumprir. Mas é preciso insistir nele. È falta de serenidade

que prejudica muitos oradores, levando-se a falarem depressa demais, a dizerem o que não devem dizer. Por vezes, o

orador se enerva a si próprio, lembra-se de mil hipóteses desagradáveis, e recaindo mil contrariedades que nunca

chegam a verificar-se. Assim a perda do domínio leva a uma dicção defeituosa, de palavras atrapalhadas, e ao “digo que

não digo”.

c) Saber Persuadir. O orador não é um simples expositor de doutrinas, de ideias, filosofias ou leis. O orador deverá

ser persuasivo. Persuadir é alcançar dos ouvintes um “sim” ou “não” decididos, vigorosos. Persuadir é “fazer querer”.

Para ser persuasivo é preciso falar com sinceridade e convicção. Só pode, verdadeiramente, convencer, aquele que está

convencido. Deve, também, o orador humilhar-se, isto é saber viver as ansiedades e fraquezas dos seus ouvintes.

Pessoas que vivem em níveis diferentes e vivem à volta de interesses diferentes, serão como estranhos em relação um

para com o outro. O orador deve saber como penetrar no pensamento dos ouvintes e vibrar uníssono com eles. Ele

precisa emocionar-se com eles, antes de tentar convencê-los. Para comover os outros, deve o orador estar comovido.

Outro ponto: O orador deve concentrar todas as suas potencialidades numa direção única. Sem esta convergência, o

orador terá sempre um poder persuasivo muito fraco. Sendo assim, não deve acumular muitas provas, mas sim repetir

várias afirmações. Afirmar sempre as mesmas coisas, nos mesmos termos.

Desta forma, é essencial saber repetir, cada vez com mais insistência e com mais força, mais entusiasmo. Valem

mais dois argumentos impressionantes, repetidos com frequência e com firmeza, do que dez ou vinte deles, referidos,

cada um, uma única vez ao decorrer do discurso.

Esta técnica aplicada no terreno da linguagem escrita é pobreza de espírito, mas na oratória tem alto valor. Por isto que

os grandes oradores, quando publicam os seus discursos, modificam, radicalmente, evitando as repetições persuasivas.

O fato de o orador ir ao encontro das ideias e dos pensamentos dos ouvintes, traz-lhe grande prestígio. Os ouvintes

ficam maravilhados ao verem que o orador descobriu os seus íntimos pensamentos, e, em face disto, deixar-se-á vencer,

convencer e persuadir com mais facilidade. Para isto é preciso ter contato com os ouvintes.

As pessoas se deixam persuadir mais pelos sentimentos do que pelo raciocínio. Uma frase bem feita e sonora convence

mais do que um frio argumento lógico.

d) Saber Concluir. Por mais bela que seja qualquer oração, sempre deixará uma impressão de incompletude, quando o

orador não lhe souber dar um fim digno, sugestiva e adequada. Os ouvintes sentem muitas vezes esta insuficiência

oratória, proferindo apreciações:

“Não gostei do final do discurso”,

“o fim do discurso não correspondeu àquilo que será de esperar”,

“O discurso terminou de forma muito pobre”.

“Todos nos ficamos à espera que o orador dissesse mais alguma coisa”.

Esses e outros juízos críticos revelam, na sua simplicidade, a importância do fim do discurso ou palestra.

Há oradores que começam de modo, excelente, mas não se conseguem “aguentar” até ao fim, na mesma atitude

ou altitude, descaindo a partir de certo momento, precisamente quando mais tinham necessidade de se erguerem em voo

altaneiro.

Por isso mesmo falham como oradores, perdem a “partida” no minuto final, ou por falta de capacidade ou por

falta de fôlego.

Um final pobre de ideias ou de conclusões compromete o melhor dos discursos; por outro lado, um final bem

feito pode salvar um discurso pouco brilhante.

6 A MEDIDA DO DISCURSO

O tamanho, a duração do discurso, tem importância sim! Ao medir o tamanho do discurso, não é usada

unicamente uma medida de uma só dimensão. Porque um discurso pode ser curto no tempo e ser longo e maçante

(cansativo); pode ser longo no tempo e ser curto nas argumentações. O discurso é medido pela sua amplitude,

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profundidade e altura, bem como o devido comprimento.

Um bom discurso é aquele em que o comprimento, amplitude e profundidade e altura são iguais. Se o orador

quiser que o povo vá para casa inspirado, deve haver amplitude de simpatia: profundidade de convicção, e altura de

aspiração.

Quando o discurso levou o individuo, verdadeiramente a pensar, e ele compreendeu os objetivos e concordou

com a ideia final, então o discurso teve a medida certa.

Este conceito seria suficiente para dar a medida certa do tamanho do discurso. Todavia, para maior clareza,

citar mais alguns comentários se faz necessário. Charles R. Brown,Deão da Yale School of Divinity, escreve :

“ Tendo bem firme na mente, esse princípio geral, apressar-me-ei em dizer que o relógio nada tem que

ver com o comprimento do discurso. Absolutamente nada! Coisa alguma sabem os relógios sobre essa

questão. De maneira alguma são os relógios capazes de aquilatar as proporções de um discurso. O

discurso longo é o que parece longo. Pode ter duração de uma hora, ou ter durado apenas quinze

minutos. Se parece longo, é longo, demais. E o discurso curto é o que termina enquanto a assistência

esteja desejando mais. Pode ele, apenas, ter vinte minutos ou pode ter durado uma hora e meia. Se deixa

a audiência desejando mais., eles não sabem o que o relógio diz quanto à duração, nem com isso se

incomodam.”

“Portanto não podeis dizer quão longo é um discurso por olhar apenas aos ponteiros de um relógio –

olhai ao povo. Vede onde suas mãos estão a maior parte do tempo... olhando o relógio para verificar a

quanto tempo nele estais. Vede onde estão seus olhos! Vede onde está o seu pensamento; então sabereis

exatamente que hora do dia é para esse discurso em particular. Pode ser alto tempo de ele chegar ao

fim.” O que contribui para um discurso longo:

a) Uma introdução longa;

b) Falta de arranjos;

c) Permanecer demoradamente sobre ideias óbvias;

d) Uma constante monotonia;

e) Falta de variedade;

f) Uma conclusão longa.

Terminar enquanto o público deseja mais, não somente é boa a forma, mas também demonstra bom senso e é, pelo

menos, um sinal de que se é bom o orador. Longo é o discurso que parece longo.

7 O PODER DA APRESENTAÇAO MULTIMIDIA

Mídia quer dizer meios e também pode ser aplicável ao termo canais. É uma tecnologia que permite comunicar-

se empregando diversos elementos de maneira paralela e alternativa, dentro do contexto digital. Tendo como principal

característica o fato de ser interativa. Os elementos que compõem a mídia são:

Texto

Imagem

Som (áudio)

Vídeo

Animação

Outra característica do projeto multimídia, além de sua interatividade, é ser intuitiva, isso é apesar de seu alto

conteúdo técnico as mensagens multimídia devem ser fáceis de decodificar de tal maneira, que o usuário possa navegar

de forma natural pelos conteúdos que forma a mensagem.

A utilização de Tecnologias multimídia nas salas de aula vem ganhando cada vez mais importância no campo

educacional. Sua utilização como ferramenta para facilitar a aprendizagem e sua ação na sociedade vem crescendo

rapidamente entre nós. Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças estruturais e funcionais frente a essas

novas tecnologias.

Aprender com a tecnologia é quando o aluno aprende usando-as como ferramentas que o apoiam no processo

de reflexão e de construção do conhecimento (ferramentas cognitivas). Nesse caso a questão determinante não é a

tecnologia em si mesma, mas a forma de encarar essa mesma tecnologia, usando-a, sobretudo, como estratégia

cognitiva de aprendizagem.

As atividades digitais multimídia, na sua maioria, possuem grande apelo visual, acabam encantando pelo layout

com cores vibrantes, som e movimento e fascinando até o professor que se impressiona com a interface colorida, o

áudio e os vídeos.

DICAS SOBRE PREPARAÇÃO DE SLIDES DIGITAIS PARA SEMINÁRIOS, PALESTRAS

Fazer apresentações usando slides digitais é uma arte que requer um pouco de prática, contudo não é muito

difícil. Este capítulo contém uma série de regrinhas que vão ajudar você a preparar slides de forma a transmitir as suas

idéias com maior eficácia.

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

Sobre o conteúdo

Faça um planejamento da sua apresentação. Primeiro decida quais serão os slides, depois comece a prepará-los.

Pense muito bem sobre quem é o público alvo da sua apresentação e direcione o conteúdo para esse público.

Lembre-se que exemplos práticos e concretos são fundamentais para o entendimento do público; evite uma palestra

meramente teórica e abstrata pois o seu entendimento será muito mais difícil.

Sobre a forma

a) Calcule algo entre 1 e 2 minutos por slide. Apresentações mais curtas (15 minutos), ficam mais próximas de 1 minuto

por slide, apresentações mais longas (90 minutos), mais próximas de 2 minutos por slide.

b) Se você não tem muita experiência com apresentações ou se vai apresentar em um lugar muito importante, ensaie

várias vezes e cronometre para saber se você está dentro do prazo estipulado.

c) Tenha sempre em mente que nem sempre você terá a oportunidade de realizar a sua apresentação num ambiente muito

favorável. Muitas coisas poderão prejudicar a visibilidade dos slides: projetor de má qualidade, projetor inadequado para

a sala, sala muito clara, etc. Assim, é importantíssimo que os seus slides sejam otimizados para o pior caso e não para o

caso ideal.

d) Sempre use um tamanho de fonte o maior possível. De preferência, entre 20 e 28 para o texto e entre 32 e 46 para os

títulos.

e) Cuidado ao escolher a cor e o padrão de fundo dos slides. Escolha um fundo que permita um grande contraste com a

cor do texto. Fundo branco (ou quase branco) e letra preta será o ideal. Só use outras cores mais audaciosas se você já

conhecer a sala e o projetor que usará em sua apresentação. Em particular, fundo escuro e letras claras só funcionam se

o projetor for excelente e a sala totalmente escura, o que é raro; portanto, não corra este risco.

f) Slides com frases longas ou texto corrido tendem a fazer com que a apresentação fique confusa e entediante. Se o

apresentador simplesmente ler os slides, o público dorme. Se o apresentador não ler o texto do slide e o slide contiver

muito texto, o público fica confuso. Portanto, use frases bem curtas ou apenas itens e os explique oralmente.

g) Em geral, os slides não devem conter texto corrido, prosa. Eles devem conter itens, não frases. Seu slide deve se

parecer mais com poesia do que com prosa.

h) Use entre 6 e 8 linhas por slide. Em casos extremos, pode-se usar até 10 (ou, em casos muito extremos até 12) linhas

por slide. Em hipótese alguma use mais do que 12 linhas por slide de texto. Talvez a única exceção sejam slides com

código-fonte, onde é possível ter até umas 14 linhas.

i) Se o slide tem poucas linhas, coloque-as com espaçamento uniforme no slide, i.e., não as coloque todas apertadas no

topo do slide.

J) Evite uma apresentação composta apenas por texto. Figuras, diagramas e até vídeos curtos irão tornar o conteúdo

mais interessante.

l) Se você incluir figuras, não se esqueça de seguir as mesmas regras do tamanho do fonte para o texto que aparece

dentro da figura. Além disso, use todo o espaço disponível para fazer com que a figura fique o maior possível.

m) Evite usar muitas animações e efeitos. Em geral, efeitos só atrapalham. Animações devem ser usadas quando

elas tem algo a acrescentar, não devem ser usadas só porque são bonitinhas.

n) Coloque numeração nos slides. Assim, um espectador pode falar: "Você pode voltar ao slide 17, por favor?" Nos

programas de apresentação de slides, você pode pular diretamente para um slide digitando o número do slide e <Enter>.

o) Se a apresentação for séria mesmo, não se esqueça de passar um corretor ortográfico para não dar vexame.

p) Se o seu slide tem um diagrama complexo, código-fonte ou muitos itens, vale a pena apontar para o pedaço do slide

sobre o qual você está falando. A melhor forma de fazer isso, é apontar com o dedo diretamente para a tela,

praticamente encostando o dedo na tela. Outra forma interessante é usando um apontador laser. Em alguns casos, você

pode colocar o seu dedo na frente do projetor de forma que a sombra da sua mão aponte para o local correto do slide.

Usar o mouse não é tão bom mas pode ser usado em último caso. A forma menos eficaz (e muitíssimo utilizada por

pessoas com pouca experiência em apresentações) é apontar para a tela com o seu dedo a metros de distância dela; neste

caso, só você saberá para onde está apontando.

(Vale a pena dar uma olhada no documento slide presentation guidelines da USENIX).

BIBLIOGRAFIA

Mello, Elson de , Apostila O Poder da Palavra – 20013 – CURITIBA – PR.

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

ESCRITA E TRATAMENTO OFICIAL

Nara Berté

A Comunicação nos tempos atuais

Twitter, Email, Facebook, WhatsApp, enfim, a internet nos obriga a escrever mais, e aquilo que escrevemos

pode circular rapidamente e atingir um número incalculável de pessoas.

A comunicação é muito mais comprometedora que antigamente. Isso exige cuidados especiais com o que

vamos falar, especialmente se representamos uma instituição, nesse caso, temos a responsabilidade de zelar, também,

pela sua imagem.

Escrever Bem

A habilidade de escrever é resultado da habilidade de pensar – pensar de forma ordenada, lógica e prática.

Três requisitos são fundamentais:

LER – CONHECER – REFLETIR

LER é importante para:

- Desenvolver melhor a escrita

- Incorporar bons modelos de estruturação de ideias

- Ampliar o vocabulário

- Ampliar o repertório de conhecimentos

CONHECER

Quanto mais conhecermos a respeito do assunto sobre o qual vamos discorrer, mais argumentos teremos para

compor um texto informativo e bem estruturado.

É impossível escrever sobre algo que não conhecemos.

REFLETIR

Toda mensagem tem um objetivo.

A comunicação é muito mais clara e efetiva quando fazemos uso inteligente da linguagem.

Adaptar a linguagem entre os interlocutores é fundamental para uma boa comunicação.

CONCEBER e ORGANIZAR

Conceber o texto faz parte do processo criativo. Organizar faz parte do processo lógico.

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

Ao conceber o texto, o redator deve se preocupar em colocar a palavra certa no lugar certo. Escolher verbos

adequados, pois são eles que dão vigor às frases.

Exemplos:

1. Este trabalho visa analisar as causas da evasão escolar.

Este trabalho apontará as causas da evasão escolar.

2. Esta tese busca conhecer a realidade dos moradores de rua.

Esta tese revela a realidade dos moradores de rua.

3. O vereador pretende anunciar sua candidatura em duas semanas.

O vereador anunciará sua candidatura em duas semanas.

Evitar redundâncias:

- Amigo pessoal, comparecer pessoalmente, consenso geral, criar novo, pequenos detalhes, empréstimo temporário,

erário público, encarar de frente, gritar bem alto, manter a mesma, minha opinião pessoal, multidão de pessoas,

panorama geral, surpresa inesperada, vereador da cidade.

- A decisão de toda a equipe foi unânime.

- É terminantemente proibido invadir a área delimitada.

Evitar gerundismo:

- O diretor vai estar analisando...

- Vou estar te encaminhando...

- A senhora pode estar acompanhando...

- Vou estar transferindo sua ligação..

Organizar o texto consiste em:

- Fazer a triagem (separar o essencial e o supérfluo).

- Classificar as ideias principais e secundárias.

- Ordenar as ideias.

Na triagem, elimina-se o desnecessário; na classificação, separam-se as ideias afins; na ordenação, verifica-se a sequência, dando origem ao um roteiro para a escrita, organizado em princípio, meio e fim.

A comunicação escrita oficial

É a maneira como se redigem as correspondências e os atos administrativos no serviço público.

Se caracteriza pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e

uniformidade.

Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição Federal, que dispõe: A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e

eficiência...

Constituição Federal, Art. 37.

Instrumentos de Consulta

1) Manual de Comunicação Escrita Oficial da Prefeitura de Curitiba.

2) Livro Correspondência e redação técnica. (Normélio Zanotto)

Características do Texto Oficial

Adequação

O texto, como unidade comunicativa, é interpretado a partir de uma série de elementos extralinguísticos:

interlocutores, espaço e tempo do que é dito, intenção e finalidade, conhecimento de mundo compartilhado entre os

interlocutores, papel e lugar social de quem escreve e de quem lê.

Clareza

O texto claro é aquele que não abre espaço para dúvidas. Quem escreve deve pensar para quem está escrevendo

e antecipar-se às possibilidades de interpretação do interlocutor.

Para tanto, é fundamental:

Preferir períodos curtos e médios, de ordem direta, em vez de períodos longos e intercalações excessivas.

- O diretor recebeu a intimação naquela manhã.

- Naquela manhã, o diretor recebeu a intimação.

- O diretor, naquela manhã, recebeu a intimação.

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

- O diretor recebeu, naquela manhã, a intimação.

- Definir a hierarquia das ideias existentes no texto (ideias fundamentais e secundárias)

- Escolher vocabulário acessível ao receptor.

- Evitar exibicionismo verbal, chavões e gírias.

- Utilizar termos técnicos somente quando forem indispensáveis e, nesse caso, é necessário explicá-los.

“Todo mundo que escreve deve deixar

para o leitor o esforço de pensar sobre

o que leu, e não o sacrifício de adivinhar o que se queria ter dito – este é o ponto.”

Gustavo Bernardo

Concisão

- Significa transmitir o máximo de mensagem num mínimo de texto.

- Enxugar o texto, eliminando o supérfluo.

- Evitar repetições ou emprego de palavras da mesma família.

- Preferir períodos curtos, coordenados.

Exemplo de não concisão

Tenho a enorme satisfação de, através deste, convidar Vossa Senhoria para participar da belíssima solenidade de

inauguração da nova Unidade de Saúde do bairro Pinheirinho.

Tenho a satisfação de convidar Vossa Excelência para a solenidade de inauguração da Unidade de Saúde do bairro

Pinheirinho.

O profundo conhecimento dos hábitos e específicas necessidades dos potenciais grupos de usuários de um

espaço habitável será de inestimável valor para que, ao se elaborar o projeto, se atinja o objetivo de conferir ao usuário o

domínio sobre o uso do produto adquirido – sua moradia – para que esse lhe seja de fato prazeroso, seguro e responsável

por um verdadeiro progresso na qualidade de vida de seus usuários, ou seja, o conforto doméstico.

O conhecimento dos hábitos e necessidades dos moradores é fundamental para a elaboração de um projeto

arquitetônico de uma moradia confortável.

Impessoalidade

As comunicações oficiais se caracterizam pelo tratamento impessoal, ou seja, pela ausência de impressões

individuais, porque é sempre em nome do serviço público que são feitas.

O destinatário sempre será outro órgão público ou o público. Os assuntos que constam das comunicações

oficiais dizem respeito às atribuições do órgão que emite a comunicação.

Objetividade

As informações devem ser as mais objetivas possíveis, incluindo, se necessário, dados quantificados.

O texto deve ser direto, evitando-se rodeios, termos supérfluos, excesso de adjetivos, ideias e vocábulos

repetidos. Não se admite ambiguidade, trechos confusos, escolha inadequada de palavras, termos desconexos, falta de

ligação entre sentenças e parágrafos, ou incoerência na exposição de ideias.

Coesão – “costura” formal

Uso adequado de conectores que traduzem as ideias de adição, alternativa, oposição, causa, consequência, etc.

(pois, mas, que, porém, todavia, entretanto, talvez, provavelmente, apesar de, mesmo que, etc).

a. Observar criteriosamente o arranjo formal, a disposição de termos, orações, períodos e parágrafos do texto.

b. Manter a sequência, a ordenação e a articulação.

c. Respeitar os elementos de transição, retomada e articulação.

d. Evitar frases soltas, incompletas ou fragmentadas.

Coerência – “costura” de ideias”

A coerência diz respeito à funcionalidade do que é dito, do como e para quem é dito.

O texto precisa fazer sentido.

Um conjunto qualquer de frases não constitui um texto. É preciso haver ligação entre situações, acontecimentos

ou ideias.

Conexão, nexo, lógica.

1. Qual a finalidade do texto? Para que ele serve? 2. Qual o assunto? Sobre o que vou escrever?

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Curso: Assessoria de Imprensa – 11 e 12 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

3. Quem vai ler o meu texto?

4. Qual tipo de texto vou fazer?

Exemplos de textos incoerentes

De início, manifestamos nossa satisfação em entrar em contato com Vossa Senhoria mais uma vez. O motivo

deste é informá-lo de que seu pedido de férias para o período de 4.1.2014 a 4.2.2014 foi negado.

Os últimos ataques de Israel renderam 200 palestinos mortos.

Em virtude da catástrofe climática ocorrida na última semana, cidades do litoral decretaram estado de calamidade

pública.

Manifestamos plena concordância com as informações prestadas por Vossa Senhoria, mas observamos que a

afirmação contida no item 5 deixa dúvidas quanto ao valor a ser restituído.

Estamos certos que a proposta para a instalação de uma academia ao ar livre nesse bairro vem de encontro aos

anseios da população.

A nova unidade de saúde atende uma reivindicação antiga dos moradores. Essa obra é mais uma demonstração da

presteza da Prefeitura no atendimento aos cidadãos.

A mobilidade urbana sempre foi prioridade para esta administração. Importantes projetos estão sendo

desenvolvidos nessa área, mas não podemos esquecer que em primeiro lugar precisamos cuidar da saúde da população.

Polidez

Polidez é sinônimo de respeito, educação e gentileza, pressupostos fundamentais da comunicação oficial.

Mesmo quando o texto trata de assuntos desagradáveis, a linguagem deve ser cortês, evitando termos desrespeitosos. É

possível ser firme sem agredir o leitor. Por isso, é necessário eliminar expressões vulgares, irreverentes, gírias,

banalidades, ironias e leviandades

No que diz respeito à utilização das formas de tratamento e endereçamento, deve-se considerar a área de

atuação da autoridade (universitária, judiciária, religiosa, etc.) e a posição hierárquica do cargo que ocupa.

Consultar quadro Formas de Tratamento (anexo)

Correção

O texto correto deve respeitar as normas de linguagem, as regras gramaticais e ortográficas da norma padrão e,

na redação oficial, deve atender às características de cada gênero e situação. Deve-se evitar o uso de expressões

estrangeiras, gírias, jargões, palavras antiquadas ou não dicionarizadas.

Revisão

A versão definitiva de um texto se obtém após uma leitura minuciosa, adequando a forma ao conteúdo e

respeitando criteriosamente a estética, o estilo (clareza e precisão), a estrutura (sequência, ordenação, coesão e

coerência) e a gramática (ortografia, acentuação, concordância, regência e pontuação).

A linguagem está adequada ao interlocutor?

A mensagem que se deseja transmitir está clara e de fácil entendimento?

O texto foi redigido com precisão vocabular?

A norma padrão e as expressões estão adequadas ao tipo de texto?

A ortografia e a pontuação estão corretas?

O texto está harmonioso?

Os nomes próprios estão corretos. Os pronomes de tratamento foram adequadamente aplicados?

A apresentação geral está perfeita. A distribuição do texto na folha. A impressão está boa?

Organização das comunicações oficiais

INTRODUÇÕES

A correspondência deve ser iniciada sempre sem artificialismos, de maneira concisa, clara, objetiva e direta.

Exemplos de introduções inadequadas e adequadas

Inadequada: Vimos por meio desta informar que...

Adequada: Informamos que...

Inadequada: Valemo-nos deste meio para fazer chegar às mãos de Vossa Senhoria...

Adequada: Enviamos a Vossa Senhoria...

Inadequada: Tem a presente a finalidade de acusar o recebimento...

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Adequada: Recebemos....

Inadequada: Vimos por intermédio desta solicitar...

Adequada: Solicitamos...

Inadequada: Procedemos à escolha de...

Adequada: Escolhemos...

Inadequada: Dirigimo-nos ao caro colega a fim de efetuar nosso pedido de desculpas.

Adequada: Pedimos desculpas....

Inadequada: Desejo levar ao seu conhecimento que...

Adequada: Informo-lhe que... Comunico-lhe que...

Inadequada: Formulamos a presente para solicitar...

Adequada: Solicitamos...

Fechos

As correspondências devem ser finalizadas sempre com objetividade, evitando-se frases-feitas, expressões

vazias e arcaicas. É possível criar e personalizar uma despedida, desde que se harmonize ao contexto da

correspondência.

Na redação oficial, a saudação final deve se ater a duas expressões:

Atenciosamente

Para autoridades de hierarquia igual ou inferior e para particulares.

Respeitosamente

Para autoridades de hierarquia superior.

Devido à formalidade dos documentos oficiais, é aconselhável não abreviar o atenciosamente.

Em e-mails e similares é possível empregar a forma Atte., registrada no Vocabulário da Língua Portuguesa, da

Academia Brasileira de Letras.

Exemplos de fechos inadequados

• Sendo o que tínhamos para o momento...

• Nada mais tendo a acrescentar...

• Valemo-nos da presente para externar nossos votos de estima e consideração.

• Com elevada estima, subscrevemo-nos mui atenciosamente.

• Limitados ao exposto...

• Aproveitamos a oportunidade para reiterar nossos votos e elevado apreço.

• Colhemos o ensejo para expressar...

• Sem outro particular, subscrevemo-nos muito atenciosamente.

Gênero

Os textos oficiais devem seguir a flexão de gênero correspondente ao sexo da pessoa, conforme Leis

n.º 2.749, de 2 de abril de 1956, e n.º 12.605, de 3 de abril de 2012.

Os símbolos de qualquer unidade de medida são escritos:

Com letra minúscula. Ex.: h, l, m, km, cm

Sem ponto.

Sempre no singular. Por exemplo, m serve tanto para metro quanto para metros.

Imediatamente após o número a que se referem. Ex.: 12h – 20km – 10cm.

Siglas

Se referem ao conjunto das iniciais dos nomes próprios, principalmente de locuções substantivas próprias,

como, por exemplo, Fundação de Ação Social – FAS.

Não são acompanhadas de ponto. São escritas com letras maiúsculas quando:

- Tiverem até três letras: RG, ONU, CEF, MEC, ICS, PMC.

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- Todas as letras forem pronunciadas: UFPR, BNDES, FGTS, INSS, IPTU.

Se a redução tiver caráter de palavra ou vocábulo, só a inicial é maiúscula: Aids, Mercosul, Copel, Detran,

Unicef, Petrobras.

TERMINOLOGIA ADOTADA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

A Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência - SEDPcD, de Curitiba, em sua página na internet,

destaca a importância do uso correto da terminologia em relação às pessoas com deficiência. Esse cuidado deve ser ainda

maior por parte do Poder Público, que tem a responsabilidade de conhecer o vocabulário correto e jamais utilizar

expressões que denotam preconceito e desrespeito às pessoas.

A terminologia pessoas com deficiência, estabelecida na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas

com Deficiência, da ONU, foi ratificada e incorporada na Constituição Brasileira.

Para evitar que o termo “pessoas com deficiência” seja empregado de forma repetitiva em textos ou em discursos,

a SEDPcD sugere substituí-lo por “cidadãos com deficiência” ou “usuários com deficiência. Não se deve utilizar a sigla

PcD, referindo-se a pessoas com deficiência, pois ela tende a homogeneizar um grupo que é bastante diverso e

heterogêneo.

É recomendado também empregar o termo usuário de cadeira de rodas no lugar de “cadeirante”, pois não

devemos nos referir às pessoas pelo instrumento que elas utilizam para se locomover.

A seguir, transcrevemos alguns exemplos da terminologia correta e recomendamos a coleção de manuais “Mídia

Legal”, disponível no site da ONG Escola de Gente – www.escoladegente.org.br, para mais informações sobre o tema.

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FORMA CORRETA FORMA INCORRETA

Pessoas com deficiência

Pessoas deficientes/Deficiente

Portador de deficiência

Pessoas especiais

Pessoas portadoras de deficiência

Pessoa com deficiência visual Deficiente visual

Pessoa com deficiência física Deficiente físico

Pessoa com deficiência auditiva Deficiente auditivo

Pessoa com deficiência intelectual

Deficiente intelectual

Deficiente mental

Pessoa com tetraplegia Tetraplégico/Paralítico

Pessoa com paraplegia Paraplégico

Pessoa com paralisia cerebral Paralisado cerebral

Pessoa com síndrome de Down,

criança com Down Mongoloide ou mongol

Pessoa com lesão medular Lesado medular

Pessoas surdas Surdo-mudo

Usuário de cadeira de rodas Cadeirante

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Formas de Tratamento

AUTORIDADES VOCATIVO TEXTO ENDEREÇAMENTO

(correspondência e

envelope)

Presidenta ou Presidente

da República

(para mulher)

Excelentíssima

Senhora

Presidenta (ou

Presidente) da

República

Vossa

Excelência

A Sua Excelência a

Senhora

(nome)

Presidenta (ou

Presidente) da República

Federativa do Brasil

Palácio do Planalto, 3º

andar

70150-900 – Brasília – DF

Presidente da República

(para homem)

Excelentíssimo

Senhor

Presidente da

República

Vossa

Excelência

A Sua Excelência o

Senhor

(nome)

Presidente da República

Federativa do Brasil

Presidente do Supremo

Tribunal Federal

Excelentíssimo

Senhor

(Senhora)

Presidente

Vossa

Excelência

Idem

Presidente do Congresso

Nacional

Excelentíssimo

(Senhora)

Presidente

Vossa

Excelência

Idem

Deputado/Deputada

Estadual

Deputado/Deputada

Federal

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Desembargador/Desembar

gadora

Embaixador/Embaixadora

Governador/Governadora

Vice-

Governador/Governadora

Juiz/Juíza

Ministro/Ministra de

Estado

Prefeito/Prefeita

Vice-Prefeito/Vice-

Prefeita

Presidente dos Tribunais

Procurador-

Geral/Procuradora-

Geral (Estado, Justiça e

República)

Promotor

Público/Promotora

Pública

Secretário/Secretária de

Estado

Senador/Senadora

Vereador/Vereadora

Senhor/Senho-

ra(cargo)

Vossa

Excelência

A Sua Excelência o

Senhor/a Senhora

(nome)

(cargo)

(endereço)

CEP – Cidade – UF

Reitor/Reitora de

Universidade

Magnífico

Senhor Reitor

ou

Excelentíssi-

mo Senhor

Reitor

Magnífica

Senhora

Reitora ou

Excelentíssi-

ma Senhora

Reitora

Vossa

Magnificência

A Sua Excelência o

Senhor (a Senhora)

(nome)

Magnífico (Magnífica)

Reitor (Reitora) da

Universidade...

(endereço)

CEP – Cidade – UF

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AUTORIDADES

ECLESIÁSTICAS

VOCATIVO TEXTO ENDEREÇAMENTO

(correspondência e

envelope)

Arcebispo

Bispo

Excelentíssimo e

Reverendíssimo

Senhor

Arcebispo/Bispo

Vossa Excelência

Reverendíssima

(no primeiro

tratamento; nos

seguintes, Vossa

Reverendíssima)

A Sua Excelência

Reverendíssima o Senhor

Dom (nome)

Arcebispo

Metropolitano (esta

última palavra só é

empregada se a cidade

for sede de província

eclesiástica) de (nome da

cidade sede)

Endereço

CEP – Cidade – UF

A Sua Excelência

Reverendíssima o Senhor

Bispo Diocesano de

(nome da cidade-sede da

diocese)

Dom (nome)

Cardeal Eminentíssimo e

Reverendíssimo

Senhor Cardeal

Vossa Eminência

Reverendíssima

(no primeiro

tratamento; nos

seguintes, Vossa

Eminência)

A Sua Eminência

Reverendíssima o Senhor

Cardeal (nome)

(idem exemplo acima)

Papa Santíssimo Padre

ou

Beatíssimo Padre

Vossa Santidade A Sua Santidade o Papa

(nome assumido pelo

Papa)

Prefeitura da Casa

Pontifícia

00120 Cidade do

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Vaticano

Estado do Vaticano

Padre

Pároco

Pastor

Frade

Cônego

Monsenhor

Freira

Irmã

Madre

Reverendíssimo/

Reverendíssima

(título)

Vossa

Reverendíssima

Ao Reverendíssimo

Senhor

(título e nome)

À Reverendíssima

Senhora

(título e nome)

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AUTORIDADES

MILITARES

VOCATIVO TEXTO ENDEREÇAMENTO

(correspondência e

envelope)

Almirante (a)

Brigadeiro (a)

Comandante (a)

Contra-Almirante (a)

Coronel (a)

Delegado (a)

General (a)

Major-Brigadeiro (a)

Marechal

Sargento (a)

Tenente-Brigadeiro (a)

Tenente

Tenente-Coronel (a)

Vice-Almirante (a)

(ver obs.)

Senhor (cargo)

Senhora (cargo)

Vossa

Excelência

A Sua Excelência o Senhor (a

Senhora)

(nome)

(cargo)

(endereço)

CEP – Cidade – UF

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OUTRAS

AUTORIDADES

VOCATIVO TEXTO ENDEREÇAMENTO

(correspondência e

envelope)

Chefe de Gabinete

Diretor (a)

Presidente ou Presidenta

(Associação/Conselho/Fundação)

Secretário/Secretária Municipal

Superintendente

Senhor (cargo)

Senhora (cargo)

Vossa

Senhoria

Ao Senhor/À Senhora

(nome)

(cargo)

(endereço)

CEP – Cidade – UF

Obs.: A forma feminina para alguns casos de autoridades militares é registrada por gramáticos, como

Antônio Houaiss, Aldo Canazio e Zelio dos Santos Jota. Percebe-se, no entanto, que as corporações

militares instituem seu próprio padrão,com predomínio da forma masculina.

Parabéns por estudar!

Agora você faz parte da classe capacitada, que contribui para o progresso nos

serviços públicos, obrigado por escolher a Unipública!

Acesse nosso face e veja suas fotos

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ANOTAÇÕES:

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EM CASO DE EMERGÊNCIA