Arquitetura de Escritórios

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Arquitetura de Arquitetura de Escritórios Escritórios Por: Prof. Heverton Carmo

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Escritório;Breve Histórico;A Evolução da Arquitetura de Escritórios;O Homem e o Espaço;Avaliação Pós-Ocupação (APO);Layout: Convencional x Sistema Modular

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Dos diferentes tipos de espaços construídos pelo homem para abrigar suas atividades cotidianas, os escritórios se destacam como os mais eminentemente contemporâneos.Essas características se manifestam não apenas nas radicais transformações por que passaram durante este último século – de fato, transformações muito mais fundamentais do que aquelas sofridas pelos espaços onde um número cada vez maior de pessoas passa uma parcela cada vez maior do seu tempo.

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Das antigas chancelarias reais, onde grupos reduzidos de polivalentes e poderosos escribas, escondidos atrás de imponentes escrivaninhas, ocupavam silenciosos e austeros gabinetes palacianos, aos panorâmicos ambientes compostos de centenas de postos de trabalho dotados de moderna infra-estrutura de comunicação e agrupados em bolsões de afinidades funcionais, no interior de edifícios com grande autonomia em relação à cidade,...

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A evolução dos escritórios é reveladora do esforço permanente da sociedade em criar formas de organização do trabalho capazes de assegurar com máxima eficiência a gestão de problemas econômicos e sociais cada vez mais complexos e dinâmicos

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O termo escritório, assim como bureau, na língua francesa, designa em sua origem etimológica um tipo de móvel – a escrivaninha – inerente a certas atividades ainda hoje ditas “ gabinete”: atividades de leitura, de escrita, de contabilidade, de cálculo, de projeto.Originalmente esses móveis ocupavam gabinetes, isto é, pequenos cômodos onde a concentração requerida por essas tarefas essencialmente individuais e intelectuais.É assegurada pelo isolamento, diferentemente do ateliê ou da oficina onde o trabalho é frequentemente coletivo e manual.O arquétipo do gabinete é a célula monostática ou dos sábios, cuja representação constitui um dos temas prediletos da pintura e da gravura humanista (sécs. XV e XVI).

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Esses gabinetes de trabalho aparecem como cenários carregados de simbologias que se referem à identidade do personagem central retratado, e onde invariavelmente se misturam estantes de livros, instrumentos científicos e musicais, animais e objetos diversos, simulacros de mobiliário íntimo.

EM SUMA, O ASPECTO DOS PRIMEIROS ESCRITÓRIOS REPRESENTADOS É, PORTANTO, INDISSOCIÁVEL DA PESSOA QUE OS OCUPA!São espaços absolutamente individualizados, tal como ainda hoje ocorre com muitos escritórios incorporados às moradias ou com os consultórios de certos profissionais liberais.

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O modelo das primeiras salas de trabalho escriturial coletivas é o scriptorium das bibliotecas abaciais – separado do recinto no qual se guardam os livros onde durante a Idade Média, monges de diversas ordens dedicaram-se à leitura, à cópia, à iluminura e à tradução de antigos manuscritos.

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O primeiro edifício administrativo especializado é possivelmente o conjunto dos Uffizi (que, em italiano, significa escritórios), construídos em Florença por Giorgio Vasari entre 1560 e 1574 sob encomenda da família Médici que domina então o Ducado da Toscana.

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O primeiro edifício administrativo especializado é possivelmente o conjunto dos Uffizi (que, em italiano, significa escritórios), construídos em Florença por Giorgio Vasari entre 1560 e 1574 sob encomenda da família Médici que domina então o Ducado da Toscana.

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A partir da Revolução Francesa, a atividade dessas chancelarias torna-se mais complexa, com a diferenciação hierárquica e funcional entre:-escrivãos;-Guarda-livros;-Controladores de finanças;-Surgimento de Chefes e Sub-chefes;

Esses passam a ocupar salas privativas de maior aparato onde a existência de janelas para o exterior e de lareiras constituem signos distintivos e importantes.É nessa época que suge a expressão “burocracia” consignando poder crescente dos serviços administrativos, tanto públicos quanto privados, introduzidos pela burguesia – classe eminentemente ligada aos negócios...

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Desde essa época até os primeiros anos do século 20, poucas modificações foram registradas no aspecto dos escritórios a despeito da adoção, a partir de 1873, das primeiras máquinas de escrever fabricadas pela Remington.

A partir da Primeira Guerra Mundial, com a expansão industrial e o incremento do comércio, cresce substancialmente o fluxo de papéis, exigindo a multiplicação dos contingentes administrativos e a sua especialização e adestramento... A época das “Typewriters”.

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As mudanças na escala de produção e o advento da concorrência favorecem o surgimento de doutrinas voltadas para a racionalização e o aumento da eficiência no trabalho fabril e no administrativo. A doutrina de Taylor (Frederick W. Taylor, preconiza a segregação espacial como forma de reafirmar a hierarquia, defende a padronização do mobiliário e a rigidez dos layouts como meio de assegurar a disciplina e a linearidade do processo de trabalho, como numa linha de montagem)...O taylorismo se afirma como principal critério norteador da organização do trabalho, definindo o perfil de um novo tipo de escritório de grande porte, fisicamente separado da fábrica, mas com parâmetros de organização espacial fabril: Espaço único para funcionários de escalões inferiores (datilógrafos, estenógrafos, contadores, contínuos, etc.). Mesas em fileiras paralelas dispostas numa mesma direção, sob as vistas de um supervisor instalado defronte, lembrando também a disposição de carteiras escolares face à mesa do professor.

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Execução de tarefa global;Racionalização introduzida pelo layout;Hierarquização entre escalões incentivando a competição interna;Estimulação de performances individuais;Gerentes e chefes ocupam salas com divisórias envidraçadas;Administração do tempo de trabalho;Controle do fluxo de papéis e armazenamento;Adoção de fichários alfanuméricos;Escaninhos;Gaveteiros com organizadores internos;

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O primeiro arquiteto a combinar ou a encarar de uma forma global e integrada o Projeto Arquitetônico e o design dos ambientes e instrumentos de trabalho foi FRANK LLOYD WRIGHT no edifício Larkin Building de 1904

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O layout, no entanto, apesar de limpo e controlado, permanece linear e estático, constituindo na verdade uma antecipação do modelo taylorista.Porém no projeto em 1936 do Ed. Johnson Wax mais uma vez é pioneiro, antecipando com os famosos pilares de capitel circular e com disposição orgânica e informal do seu mobiliário metálico de cantos arredondados, na linha do stream-line style então em voga, as novas transformações ocorrem a partir de 50 e 60, quando o estilo taylorista começa a dar lugar à aspectos mais humanos, à humanização do espaço de trabalho, à criação de identidade nas relações entre os profissionais e o ambiente do cotidiano.

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Edifício Johnson Wax (1936-39)Racine Administration; WisconsinArquitetura: Frank Lloyd Wright

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Em 1934 acontece a Exposição no Metropolitan Museum, “Arte Industrial Americana Contemporânea”.-Aço cromado, napas coloridas, laminados e revestimentos metálicos passam a ser trabalhados segundo um desenho que por um lado se humaniza, adotando conformações ergonométricas.

O ESCRITÓRIO PANORÂMICOA partir da déc. 1960, a concepção dos espaços dos escritórios ganha um novo alento, advindo da psicologia social e pela crise do funcionalismo estrito taylorista, onde, pela primeira vez é apresentado na Alemanha o que se conhece por Open Office Space, ou Escritório Panorâmico, condenando a massificação e a segregação hierárquica antigamente preconizada.

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Os novos preceitos indicam a convivência de funcionários de escalões diversos, abolindo completamente o isolamento das chefias e gerências e também as separações físicas entre os diferentes departamento das empresas.-Inicia-se a ideia de ilhas multifuncionais de departamentos com tarefas complementares;-A hierarquia permanece apesar de parecer diluída pelo convívio em um mesmo espaço de chefes e chefiados...O resultado em termos de layout são esquemas mais orgânicos em que é abolida a disposição militar das escrivaninhas e onde a distribuição do mobiliário se faz segundo linhas de fluxo e relações de proximidade definidas a partir da realidade das inter-relações cotidianas.

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Paralelamente às alterações filosóficas sobre o trabalho, os fabricantes de móveis começam a apresentar sistemas modulares que permitam combinações flexíveis.

Herman Miller (empresa americana apelou para a contribuição de designers como Charles Eames e George Nelson, foi a pioneira nesse setor com a linha Action Office (1964).Inserir foto Action Office.

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No Brasil, a empresa Herman Miller foi licenciada pela empresa Teperman, a mais antiga no segmento corporativo no país, desde 1912.Sua importância é tal que, na década de 50, foi a empresa que mobiliou nossa capital , então em construção.Devido a grande empreita, transformou seus processos fabris, investiu em Designers e lançou sua linha modular, sendo produzida em paralelo aos produtos licenciados Herman Miller.

Inserir foto Teperman

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Os layouts totalmente livres tinham alguma dificuldade em adaptar-se às plantas ortogonais da maioria dos edifícios de escritórios construídos para venda ou aluguel.Somente prédios projetados sob encomenda para uma única empresa sob as conformações do Landscape Office, conseguiam essa perfeita sincronia entre Espaço x Mobiliário.Já era o início (primórdios) da informática e, devido às instalações de infraestrutura serem obsoletas, bem como a rigidez de layout de edifícios não preparados para tal, a JFN Associates, de Chicago, resolve adotar para seus próprios escritórios um Esquema que combina, um certo grau de organicidade e flexibilidade com racionalização geométrica, são os chamados “painéis auto-portantes”.

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Esse esquema é baseado na utilização de painéis divisórios autoportantes e móveis, com alturas variáveis conforme o grau de privacidade requerido e distribuido segundo uma malha hexagonal que permite a configuração de células semi-isoladas à margem da colméia.Herman Miller desenvolve então a linha Action Office II que obteve grande sucesso.

Inserir foto Action Office II

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NOS ÚLTIMOS ANOS...

Nos últimos anos, muitas experiências têm sido feitas no sentido de combinar ou desenvolver diferentes contribuições surgidas ao longo do tempo – taylorismo, fordismo, landscap office, etc., sobretudo incorporando grandes quantidades de novos materiais, acabamentos e acessórios e adaptando a concepção do posto de trabalho à informática bem como com as novas formas de comunicação.ESTAÇÕES DE TRABALHO INTELIGENTES...Ao mesmo tempo evoluíram muito as infra-estruturas e as condições de conforto ambiental oferecidas pelos modernos edifícios.

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• Gerência / Diretor com Anexo gota para reuniões

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• Sistemas tipo Call Center

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• Divisórias Piso-Teto

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• Mesas Delta e linear

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• Gabinetes e Reuniões

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• Tendências (desde 2006 – Office Solution)

• Inteligent Table

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• Tendências