Apostila II Eficácia No Atendimento Por Telefone
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Eficácia no atendimento portelefone
MÓDULO II - Eficácia no atendimento por telefone
Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB
Curso: Excelência no Atendimento - Turma 03
Livro: Eficácia no atendimento por telefone
Impresso por: Athenne Ferreira
Data: quarta, 11 junho 2014, 09:09
Sumário
MÓDULO II - Eficácia no Atendimento por Telefone
Unidade 1 - Fundamentos do processo de comunicaçãoPág. 2 - O FeedbackPág. 3
Unidade 2 - Barreiras e distorções
Unidade 3 - Comunicação correta por telefonePág. 2Pág. 3 - Atitudes indispensáveis no atendimento telefônicoPág. 4Exercícios de Fixação - Módulo II
MÓDULO II - Eficácia no Atendimento porTelefone
. Identificar os elementos do processo de comunicação e arelevância de cada um deles no atendimento ao público;
. apontar fatores que possam prejudicar o processo decomunicação e
. discriminar princípios que possibilitem o aprimoramento doatendimento ao usuário.
Unidade 1 - Fundamentos do processo decomunicação
Processo de comunicação
Para avançarmos no conteúdo proposto, vamos, nesta primeira unidade do Módulo II, abordar
os elementos do processo de comunicação.
Considerando que a palavra é o instrumento básico da comunicação, sabe-se que só a utilização
de uma sequência ordenada de palavras não garante uma comunicação de qualidade. Além de
usar palavras corretas e adequadas ao contexto, o emissor deve transmitir à outra pessoa, o
receptor, informações, ideias, percepções, intenções, desejos e sentimentos, ou seja, a
mensagem do processo de comunicação.
Os três elementos básicos do processo de comunicação são: emissor, receptor, mensagem. Há
outros três elementos: o canal de comunicação, a tradução da mensagem em um código e o
contexto em que se realiza o ato comunicativo.
O processo de comunicação é o centro de todas as atividades humanas. Mas, para que a
comunicação ocorra, não basta transmitir ou receber bem as mensagens. É preciso, sobretudo,
que haja troca de entendimentos. Para tanto, as palavras são importantes, mas também o são
as emoções, as ideias, as informações não verbais.
Leia o interessante texto extraído da dissertação final de mestrado da
Professora Isabela Lara, da Faculdade de Comunicação da Universidade de
Brasília, intitulado: "A Comunicação como um Ato Tecnologicamente
Mediado".
Elementos da comunicação
A comunicação verbal realiza-se oralmente ou por meio da escrita. São exemplos de
comunicações orais: ordens, pedidos, debates, discussões - tanto face a face quanto por
telefone, rádio, televisão ou outro meio eletrônico. Cartas, jornais, impressos, revistas,
cartazes, entre outros, fazem parte das comunicações escritas.
A comunicação não verbal realiza-se por meio de gestos, mímica, olhar, expressão facial e
corporal, que podem reforçar ou contradizer o que está sendo dito. Cruzar os braços e as
pernas, por exemplo, é um gesto que pode ser interpretado como posição de defesa.
Gestos como colocar a mão no queixo, coçar a cabeça ou espreguiçar-se na cadeira podem
indicar falta de interesse no que a outra pessoa tem a dizer.
Também são gestos interpretados como forma de demonstrar desinteresse durante a
comunicação: ajeitar papéis que se encontrem sobre a mesa, guardar papéis na gaveta,
responder a perguntas com irritação ou deixar de respondê-las.
Pág. 2 - O Feedback
Um outro fator importante do processo de comunicação é o feedback, palavra inglesa traduzida
como retroalimentação, que significa a verificação do próprio desempenho. Se obtemos retorno
do nosso comportamento, temos mais oportunidades de desenvolver e melhorar a nossa
comunicação e a nós mesmos. O feedback pode ser verbal ou não verbal. Devemos estar
atentos aos feedbacks que recebemos constantemente das pessoas que atendemos ou com as
quais nos relacionamos. Assim, por exemplo, uma pessoa que não entende do que estamos
falando pode estar com a testa franzida ou demonstrar desinteresse, pelo olhar vago e distante,
ou até por um bocejo.
Um feedback dirigido com assertividade pode garantir uma comunicação saudável, semagressividade. A assertividade é a coerência entre pensamento, sentimento e comportamento.
De maneira geral, a comunicação de retorno é realizada de três formas: agressiva, não assertiva
e assertiva. O importante, na comunicação de retorno (feedback), é descrever sem avaliar o
problema, de forma a não provocar resistência nas pessoas. Veja os exemplos a seguir:
a) feedback descritivo: "- 80% das ligações do nosso setor são atendidas pela Maria, que tem
outras tarefas a realizar."
b) feedback avaliativo: "- Além de não fazer nada, você é incapaz de atender às ligações do
nosso setor."
É bem evidente a diferença entre os dois modos de dizer e, por conseguinte, serão diferentes as
reações do interlocutor.
Caso você, estudante, tenha interesse em se aprofundar na temática sobre os desafios dacomunicação entre representantes e representados por meio do serviço 0800 do Senado Federal, leiaartigo de Duarte (2010), disponível na Biblioteca deste curso, em 'Textos complementares'.
A Linguagem
A linguagem é um código utilizado pelos indivíduos para processar pensamentos, ideias e
diálogos interiores, ou comunicar-se com outros. A linguagem pode ser representada por uma
língua ou pela não verbalização.
É importante observar que algumas palavras assumem diferentes significados para cada pessoa.
Palavras como amor, solidariedade, fraternidade, igualdade, entre outras, servem de rótulos
para experiências universais, mas têm significados particulares para cada indivíduo. A realidade
subjetiva de cada pessoa é formada pelo seu sistema de valores, pelas suas crenças, pelos seus
objetivos pessoais e pela sua visão de mundo. Daí a importância de checarmos a linguagem
utilizada no processo de comunicação e adaptarmos nossa mensagem ao vocabulário, aos
interesses e às necessidades da pessoa a quem transmitimos alguma informação.
No atendimento telefônico, assunto que será tratado ainda neste módulo, a linguagem é o fator
principal para garantir a qualidade da comunicação. Portanto, é preciso que o atendente saiba
ouvir o interlocutor para responder às suas demandas de maneira cordial, simples, clara e objetiva.
O uso correto da língua portuguesa e a qualidade da dicção também são fatores importantes para
assegurar uma boa comunicação telefônica. É fundamental que o atendente transmita a seu
interlocutor segurança, compromisso e credibilidade.
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Como foi discutido na Unidade 3 do Módulo I, em toda e qualquer situação de comunicação em
meio empresarial ou institucional, é preciso enfatizar o foco no cliente ou no usuário. Em muitos
casos, o público constrói uma representação extremamente positiva da organização apenas com
base na qualidade do atendimento telefônico que lhe é dispensado.
A teoria da comunicação caracteriza-se pela diversidade de perspectivas. Para
saber mais sobre as correntes teóricas, visite o sítio Teorias de Comunicação.
Atividade: Pesquise na Internet sobre estilos de comunicação e identifique o
seu. Acesse sítios de pesquisa, tais como:
www.cade.com.br
www.yahoo.com.br
www.google.com.br
Escreva, no espaço de pesquisa, a expressão “estilos de comunicação” e
proceda à sua pesquisa.
Unidade 2 - Barreiras e distorções
Antes de iniciar o estudo da unidade, veja um divertido vídeo que ilustra uma situaçãoinadequada de atendimento ao cliente.
Caso não consiga visualizar:
1) seu acesso ao Youtube pode estar bloqueado;
2) pode precisar atualizar o Flash Player (http://get.adobe.com/br/flashplayer/)
E então, você já passou por situações semelhantes? Assistindo ao vídeo acima podemosidentificar algumas barreiras e distorções na comunicação, tema desta unidade.
Ruídos na comunicação
A comunicação é uma extraordinária ferramenta da qualidade no atendimento. Portanto, épreciso muito cuidado para evitar ruídos na comunicação, ou seja, é necessário reconhecer oselementos que podem complicar ou impedir o perfeito entendimento das mensagens. Por exemplo, às vezes, uma pessoa fala e a outra não entende exatamente o que foi dito. Ou,então, tendo em vista a subjetividade presente na mensagem, muitas vezes o emissor tem umacompreensão diferente da que foi captada pelo receptor. Além dessas dificuldades, existem
outras que interferem no processo de comunicação, entre elas, as barreiras tecnológicas,psicológicas e de linguagem. Essas barreiras são verdadeiros ruídos na comunicação.
As barreiras tecnológicas resultam de defeitos ou interferências dos canais de comunicação.
São de natureza material, ou seja, resultam de problemas técnicos, como o do telefone com
ruído.
As barreiras de linguagem podem ocorrer em razão das gírias, regionalismos, dificuldades de
verbalização, dificuldades ao escrever, gagueira, entre outros.
As barreiras psicológicas provêm das diferenças individuais e podem ter origem em aspectos
do comportamento humano, tais como:
a) Seletividade: o emissor só ouve o que é do seu interesse ou o que coincida com a sua
opinião;
b) Egocentrismo: o emissor ou o receptor não aceita o ponto de vista do outro ou corta a
palavra do outro, demonstrando resistência para ouvir;
c) Timidez: a inibição de uma pessoa em relação a outra pode causar gagueira ou voz baixa,
quase inaudível;
d) Preconceito: a percepção indevida das diferenças socioculturais, raciais, religiosas,
hierárquicas, entre outras;
e) Descaso: indiferença às necessidades do outro.
Enfim, comunicar-se adequadamente é um desafio e uma condição para o bom relacionamento
com o público, principalmente em situação de trabalho.
Atividade: Você sabia que a linguagem humana tem uma série de funções? Quais
são elas?
Conheça um planejamento de aula que trata das Funções da Linguagem. É útil e esclarecedor
para alunos e professores. Para acessar, clique aqui.
Unidade 3 - Comunicação correta por telefone
Eficácia no atendimento por telefone
Esta Unidade complementa o assunto tratado
na Unidade 2 e, portanto, reforça a
necessidade de se evitar ruído na comunicação
telefônica, buscando a mais correta e
adequada interação ao telefone, que é o
instrumento responsável por boa parte da
comunicação entre uma organização e seus
usuários. Ao receber uma ligação, o atendente
assume a responsabilidade pelas informações
prestadas a quem está do outro lado da linha.
A utilização do telefone, além de significar
economia de tempo, imprime qualidade à
imagem da organização. Por isso, convém:
a) atender rapidamente à chamada (primeiro ou segundo toque);
b) dizer o seu nome e identificar a organização ou o setor;
c) ouvir o usuário com atenção, para compreender o que é dito e “como” é dito;
d) Prestar informações de forma objetiva;
e) Eliminar frases que possam desapontar ou irritar o usuário, como “Não sabemos”, “Não
podemos”, “Não temos”;
f) Solucionar o problema do usuário (ou direcionar a ligação para o setor competente);
g) Agradecer ao usuário pela ligação.
Em complementação à unidade, leia o texto de apoio sobre eficácia no
atendimento telefônico, publicado no jornal O Estado de São Paulo.
Albrecht (2000) refere-se aos sete pecados do atendimento ao usuário. São eles:
1. Apatia (demonstração de indiferença);
2. Má vontade (atendente tenta livrar-se do usuário);
3. Frieza (tratamento distante, sem envolvimento);
4. Desdém (atendente dirige-se ao usuário com tom de superioridade);
5. Robotismo (dúvidas ou informações respondidas de forma automática);
6. Apego às normas (atendente dá a entender que a organização é inflexível);
7. Jogo de responsabilidade (atendente redireciona ligação sem solucionar
problema do usuário).
Assista agora a mais um vídeo onde a professora Elizete Vargas orienta como atender o
telefone com excelência.
Atividade: Reflita sobre a qualidade de seu próprio atendimento telefônico. Avalie
suas atitudes ao falar ao telefone. Verifique os pontos positivos e os pontos
negativos. Reflita sobre como proceder para que a qualidade de seu atendimento
telefônico possa ser aprimorada.
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Enfim, a arte de "atender bem ao usuário em ligações telefônicas” depende de um conjunto de regras que podem resultar
em atitude positiva na relação interpessoal e tornar o atendimento harmonioso e interativo. Desde que se tenha interesse,
o bom atendimento pode ser aperfeiçoado por meio do aprendizado e da manutenção de lembretes sobre procedimentos,
como os que se seguem:
a) Cuidar das relações interpessoais;
b) Aprender a lidar com as emoções dos outros;
c) Interessar-se pelo encaminhamento da solicitação dos usuários;
d) Não criticar ou ironizar as diferenças;
e) Ouvir os usuários com a máxima atenção;
f) Demonstrar honestidade e transparência;
g) Não perder a calma em nenhum momento;
h) Agregar valor aos serviços (surpreender o usuário).
No início do século passado, o telefone era a grande novidade tecnológica no
universo das tecnologias de comunicação e informação. Pouco a pouco, todas as
áreas de atuação humana eram atingidas pela tecnologia da telefonia. Até nossa
música popular contempla a influência dessa onda tecnológica. Ouça a canção "Pelo
telefone", composta por Donga (Ernesto Joaquim Maria dos Santos) e Mauro de
Almeida - primeira música registrada como samba.
Pág. 3 - Atitudes indispensáveis no atendimentotelefônico
No atendimento telefônico, deve-se transmitir uma imagem profissional, de eficácia e de bom
funcionamento da organização. Esse atendimento integra-se ao conjunto de serviços
oferecidos, sendo o atendente o principal agente da situação em que o telefone é o meio de
comunicação. Portanto, cabe ao atendente assumir algumas atitudes indispensáveis ao
atendimento telefônico de qualidade, tais como:
a) Agir de forma receptiva (demonstrar paciência e disposição para servir, como, por
exemplo, responder às dúvidas mais comuns dos usuários como se as estivesse respondendo
pela primeira vez);
b) Ouvir com atenção (evitar interrupções, dizer palavras como "compreendo", "entendo" e,
se necessário, anotar a mensagem do interlocutor);
c) Valer-se da empatia (para personalizar o atendimento, pode-se pronunciar o nome do
usuário, algumas vezes, mas, nunca, expressões como "meu bem", "meu amor", "coração",
entre outras);
d) Evitar que o interlocutor espere por respostas;
e) Evitar fazer ruídos durante a ligação telefônica (deve-se evitar comer ou beber
enquanto se fala);
f) Concentrar-se no que diz o interlocutor (evitar distrair-se com outras pessoas, colegas
ou situações, desviando-se );
g) Manifestar comportamento ético na conversação e evitar promessas que não
poderão ser cumpridas.
Atividade: Verifique sua qualidade vocal. Utilize um gravador (do seu
computador ou do celular) e registre dois ou três atendimentos telefônicos.
Ouça-os observando os seguintes aspectos:
a) A altura da sua voz (alta, baixa, fácil de ser ouvida);
b) O tom da sua voz (estridente, abafado, agradável);
c) O ritmo da sua fala (rápido, lento, normal).
No processo de atendimento telefônico, o atendente precisa desenvolver uma
qualidade importantíssima no âmbito das relações humanas: saber ouvir. Em
complemento ao conteúdo estudado, leia o texto “O que leva o ser humano a
não querer ouvir”, disponível no Boletim Eletrônico Semanal da Merkatus.
Saber ouvir é ter atenção e interesse pelo assunto abordado pela outra pessoa. Não basta
escutar as palavras que são ditas, é preciso compreender o significado de cada uma delas na
situação exposta pelo interlocutor.
Pesquisas têm demonstrado que o indivíduo comum, mesmo quando se esforça para ouvir,
capta apenas a metade do que ouve. Além disso, na comunicação, existem mensagens não
manifestas explicitamente, e, portanto, é preciso ter sensibilidade para compreendê-las.
Pensando sempre no usuário e na imagem da organização, é importante primar pela qualidade
no atendimento telefônico e saber ouvir o interlocutor, para responder adequadamente às suas
demandas. Ouvir o outro pode ser, muitas vezes, um processo difícil e complexo, mas sempre
significativo e de crescimento.
Na Unidade 1 do Módulo I, sugerimos que você enumerasse alguns procedimentos
de qualidade no atendimento, você se recorda?
Consulte e tenha sempre à mão uma lista de procedimentos para excelência no
atendimento telefônico.
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Para finalizar...
Para concluir esta Unidade, procure refletir sobre a importância de se
ouvir o outro, essa característica humana tão esquecida nos dias atuais,
em que a velocidade proporcionada pela tecnologia por vezes nos torna
mais eficientes, é certo, porém também menos sensíveis.
Exercícios de Fixação - Módulo II
Parabéns! Você chegou ao final do Módulo II do curso Excelência no Atendimento.
Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e
ressolva os Exercícios de Fixação. O resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá como
oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz
a correção imediata das suas respostas!
Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui.