A RELEVÂNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NA … Basso Sisti.pdfOutro fato que fortaleceu a...
Transcript of A RELEVÂNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NA … Basso Sisti.pdfOutro fato que fortaleceu a...
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO e CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
A RELEVÂNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NA VOLATILIDADE DO PREÇO DAS AÇÕES
Luiza Basso Sisti
Cuiabá – MT 2018
LUIZA BASSO SISTI
A RELEVÂNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NA VOLATILIDADE DO PREÇO DAS AÇÕES
Monografia apresentada a UFMT/Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, Departamento de Ciências Contábeis, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.
Professor Orientador: Maykon Sergio Amorim Oliveira
CUIABÁ2018
Luiza Basso Sisti
A RELEVÂNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NA VOLATILIDADE DO PREÇO DAS AÇÕES
Monografia defendida e aprovada em 22/02/2018 pela banca examinadora constituída
pelos professores:
_____________________________________________________
Maykon Sergio Amorim Oliveira
Presidente
_____________________________________________________
Me. Ederaldo José Pereira de Lima
Membro
_____________________________________________________
Otávio José de Paula Moreira.
Membro
Dedicatória
Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr ser essencial еm minha vida, ао
mеu pai, minha mãе, minha irmã e ao meu namorado, e a toda minha família que, cоm muito
carinho е apoio, nãо mediram esforços para que eu chegasse аté esta etapa dе minha vida.
A todos оs professores dо curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de
Mato Grosso, que foram tãо importantes nа minha vida acadêmica е nо desenvolvimento
dеstа monografia.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1: Usuários das Demonstrações Contábeis..................................................................12
Quadro 2: Interesses relacionados com cada tipo de ação........................................................15
Quadro 3: Mercado de Compra e Vendas de ações..................................................................18
Quadro 4: Trabalhos empíricos do mercado brasileiro.............................................................21
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Dados Trimestrais 2014 ...........................................................................................24
Tabela 2: Dados Trimestrais 2015 ...........................................................................................25
Tabela 3: Dados Trimestrais 2016 ...........................................................................................26
Tabela 4: Lucro atual X Lucro ano anterior – JBS...................................................................27
Tabela 5: Lucro atual X Lucro ano anterior – BRF..................................................................27
Tabela 6: Lucro atual X Lucro ano anterior – Minerva............................................................27
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................9
2 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................11
2.1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS..................................................................................11
2.1.1 Histórico..........................................................................................................................11
2.1.2 O que são e qual a função das demonstrações contábeis............................................11
2.1.3 Tipos de demonstrações contábeis no Brasil...............................................................13
2.2 AÇÕES...............................................................................................................................14
2.2.1 Conceito e tipos de ações...............................................................................................14
2.2.2 O Mercado Brasileiro de Ações....................................................................................16
2.2.3 O Funcionamento do Mercado.....................................................................................17
2.2.4 Volatilidade no preço das ações....................................................................................18
2.2.5 Evidências Empíricas.....................................................................................................19
3 METODOLOGIA................................................................................................................22
4 RESULTADO E ANÁLISE................................................................................................24
4.1 CONSOLIDADO................................................................................................................24
4.2 ANÁLISES INDIVIDUAIS...............................................................................................28
5 CONCLUSÃO......................................................................................................................32
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................33
Resumo
As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial
e financeira de uma entidade e tem como objetivo proporcionar informações acerca do
desempenho financeiro e dos fluxos de caixa da entidade, de maneira que essas informações
sejam úteis a um grande número de classes de usuários em suas avaliações e tomada de
decisões econômicas sobre alocação de recursos. Dentro do mercado de capitais, o investidor
utiliza os dados divulgados para decidir se efetuará a compra ou a venda de uma ação,
analisando alguns elementos que julga os mais importantes das demonstrações. Com o
objetivo de verificar a relevância da publicação das demonstrações contábeis na volatilidade
do preço das ações, foram analisadas três empresas de capital aberto, trimestralmente, que
possuem suas ações vendidas na BM&FBOVESPA e verificado qual a relação das
publicações e dos preços.
Palavras-chave: Demonstrações Contábeis; Ações; Volatilidade.
Abstract
Financial statements are a structured representation of an entity's financial position
and they are intended to provide information about the entity's financial performance and cash
flows so that such information is useful to a large number of classes of users in its evaluations
and economic decision-making on resource allocation. Within the capital market, the investor
uses the disclosed data to decide whether to buy or sell a share, analyzing some elements that
he deems the most important of the statements. In order to verify the relevance of the
publication of the financial statements in the stock price volatility, three publicly traded
companies, which have their shares sold on the BM&FBOVESPA, were analyzed, and the list
of publications and prices were checked.
Keywords: Financial Statements; Actions; Volatility.
9
INTRODUÇÃO
O mercado acionário brasileiro cresceu expressivamente nos últimos anos. As razões
para esse crescimento estão ligadas à progressiva melhoria das práticas de governança
corporativa, melhorias no ambiente institucional interno do país e abundância de liquidez no
mercado mundial. Contudo, quando comparado ao crescimento de mercados acionários de
outros países emergentes, o desempenho brasileiro é menor, sinalizando que há espaço para
um crescimento mais agressivo (IBMEC, 2007). Diante disso, as empresas do mercado
acionário brasileiro possuem uma postura cada vez mais competitiva, buscando sobreviver em
um mercado instável.
De acordo com a Revista Financeira Infomoney (2005), os preços das ações são
influenciados por quatro principais variáveis: macroeconômicas, setoriais, de mercado e
desempenho da empresa. Neste trabalho será analisado o último item, correlacionando a
performance das empresas com a oscilação das ações.
Segundo Ball & Brown (1968), neste ambiente economicamente instável, a análise das
demonstrações financeiras é considerada um dos instrumentos mais importantes no processo
de gerenciamento econômico-financeiro e uma grande ferramenta de tomada de decisão, que
pode ser utilizada na decisão de compra e venda de uma ação.
Lopes (2007) afirma que, “o mercado financeiro de forma geral, é um dos maiores
usuários da informação contábil por intermédio dos analistas, corretoras, investidores
institucionais e individuais”. Diante disso, entende-se que as negociações no mercado de
capitais têm gerado informações indispensáveis e precisas.
É fundamental que indicadores contábil-financeiros sejam utilizados para amparar a
avaliação da performance operacional das entidades. Além disso, no mercado de capitais,
diversas são as informações e variáveis que podem impactar em seu desempenho, como, por
exemplo, as expectativas dos agentes, os níveis de governança corporativa, as taxas de juros e
a informação contábil. Por conseguinte, estas variáveis geram oscilações no preço das ações
dentro do mercado de capitais (Bezerra e Lopes, 2004; Chen e Zang, 2007).
Entendendo que o preço da ação reflete em toda e qualquer informação relevante
ajustando-se aos riscos e retornos esperados no mercado de capitais, torna-se significativo
investigar a influência da informação contábil com ênfase nos indicadores no preço das ações.
(Ross et al, 1995).
10
Diante dos vários autores pesquisados e referenciados, destaca-se algumas das
metodologias mais abordadas atualmente para este tipo de análise: o Earnings Before Interest
Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA), denominado como Lucro Antes dos Juros,
Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA); o Retorno sobre o Patrimônio líquido
(RSPL); a Margem Líquida (ML); e o Lucro por Ação (LPA). (Ball e Brown, 1968; Ohlson,
1995).
Este trabalho se propôs a selecionar e analisar três empresas com ações vendidas no
mercado acionário brasileiro, entre 2014 e 2016, incluídas no segmento de Carnes e
Derivados.
Os títulos analisados são de ações ordinárias e tiveram seus preços comparados no
fechamento do pregão no dia anterior a divulgação das demonstrações contábeis e o preço de
fechamento do próximo dia útil. Desta forma, busca-se responder a hipótese de que a
publicação das demonstrações financeiras influencia na volatilidade do preço das ações, visto
que, diante de Bezerra e Lopes (2004), “a dinâmica e as particularidades do mercado de
capitais brasileiro (aqui referindo-se a Bovespa) contrastam com a ausência de informações
empíricas acerca do papel da contabilidade nesse mercado. [...] não existem evidencias a
respeito do real papel da contabilidade como fornecedora de informações para o mercado de
capitais brasileiro”. Sugere-se que novos trabalhos pesquisem uma maior abrangência de
empresas, em um período maior de tempo, para confirmar a hipótese apresentada.
11
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
2.1.1 Histórico
Segundo Marion (2002), é comum dizer que a Contabilidade é tão antiga quanto a
origem do homem. Buscando um controle patrimonial e análise da evolução de sua riqueza, o
homem começou a utilizar-se de métodos que, com seus aperfeiçoamentos, tornaram-se os
controles contábeis utilizados atualmente.
A partir do final do século XIX, as demonstrações, principalmente o Balanço
Patrimonial, passaram a ser exigidas pelos banqueiros às empresas que desejavam contrair
empréstimos.
Outro fato que fortaleceu a importância da Análise das Demonstrações Contábeis,
segundo Marion (2002), "foi a abertura do Capital por parte das empresas, o que fez com que
pequenos e grandes investidores utilizassem deste instrumento para escolher as empresas mais
bem-sucedidas".
Com o passar dos anos, a Contabilidade adquiriu a responsabilidade do controle
patrimonial e a identificação dos fatos e atos que possam ser mensurados, registrando-os
contabilmente e elaborando relatórios que demonstram a situação e variação do patrimônio
controlado. Quanto mais numerosas as informações mensuradas aos gestores, maior a
possibilidade de contribuir na maneira de fornecer resultados, possibilitando para a empresa
uma maior competitividade com seus concorrentes e um melhor desenvolvimento e
crescimento econômico.
2.1.2 O que são e qual a função das demonstrações contábeis
As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial
e financeira e do desempenho financeiro de uma entidade. Elas tem como objetivo
proporcionar informações acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho
financeiro e dos fluxos de caixa da entidade, de maneira que essas informações sejam úteis a
um grande número de classes de usuários em suas avaliações e tomada de decisões
econômicas sobre alocação de recursos.
12
Segundo a NBC TSP 1, publicada em 2016, as demonstrações contábeis possuem o
objetivo de atender às necessidades de usuários que não estão em posição de exigir relatórios
feitos especialmente para atendê-los em suas necessidades de informação, incluindo cidadãos,
poderes constituídos, credores, fornecedores, meios de comunicação, investidores.
As demonstrações contábeis fornecem aos usuários informações sobre recursos e
obrigações de uma entidade na data das demonstrações contábeis e sobre o fluxo dos recursos
entre as datas das demonstrações contábeis. Esta informação é útil para usuários na realização
de avaliações sobre a habilidade de uma entidade em continuar a fornecer produtos e serviços
a um certo nível e a quantidade de recursos necessários que devem ser fornecidos à entidade
no futuro para que esta possa continuar a cumprir com suas obrigações na entrega dos seus
produtos e serviços.
As ferramentas devem ser interpretadas e direcionadas para um enfoque gerencial
buscando servir como base de informações para tomada de decisão dos gestores. As
interpretações devem conter linguagem simplificada que possa fazer entender todos os
usuários que tenham interesse na situação econômica da empresa.
Segundo Padoveze (2010), "Análise de balanço constitui-se num processo de
meditação sobre os demonstrativos contábeis, objetivando uma avaliação da situação da
empresa, em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros".
Quadro 1: Usuários das Demonstrações Contábeis
Fonte: Iudícibus (2010).
13
2.1.3 Tipos de demonstrações contábeis no Brasil
A Lei 6.404/1976, estabeleceu, em seu art. 176, que ao fim de cada exercício social a
diretoria das empresas deverão elaborar as seguintes demonstrações contábeis:
- Balanço Patrimonial;
- Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
- Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); e
- Demonstração do Valor Adicionado (DVA), se companhia aberta
Essas demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros
analíticos para esclarecimento da situação patrimonial e do resultado do exercício.
O Balanço Patrimonial é o demonstrativo contábil que reflete, em um determinado
momento, a situação financeira da empresa, com todos os seus bens e direitos, assim como
suas obrigações perante os sócios e terceiros. Para o analista, "o balanço servirá como
elemento de partida para o conhecimento retrospectivo da situação econômica e financeira de
uma empresa, através das informações contidas nos seus vários grupos de contas", segundo
Assaf Neto (1981).
A Demonstração do Lucro ou Prejuízo Acumulado é um relatório contábil que explica
e evidencia as alterações e os motivos da variação entre o saldo inicial e o final da conta
Lucros ou Prejuízos Acumulados contida no Patrimônio Líquido. Hoji (2004), afirma que a
“Demonstração do Lucro ou Prejuízo Acumulado, evidencia os fluxos que impactam os
saldos das contas do Patrimônio Liquido. Para fins de publicação, por ser mais abrangente, a
DMPL substitui a DLPA, esta sim, obrigatória de acordo com a legislação.”
A Demonstração do Resultado do Exercício, de acordo com Matarazzo (1995) é
responsável por evidenciar os aumentos e reduções causados no Patrimônio Liquido pelas
operações da empresa. As receitas representam normalmente aumento no Ativo, através de
ingresso de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das
transações. Aumentando o Ativo, aumenta o Patrimônio Liquido. As despesas representam
redução do Patrimônio Liquido, através de um entre dois caminhos possíveis: redução do
Ativo ou aumento do Passivo Exigível.
A Demonstração do Fluxo de Caixa é definida pelo CRC-PR como a demonstração
que evidencia informações das alterações no caixa e equivalentes de caixa da entidade para
um exercício, evidenciando separadamente as mudanças nas atividades operacionais, nas
14
atividades de investimento e nas atividades de financiamento. Assaf Neto (2012) acrescenta
que a DFC centraliza sua atenção nas origens e aplicações de caixa, ou seja, mostra onde os
recursos de caixa foram obtidos e onde foram investidos, no período. O autor destaca ainda a
importância da DFC para avaliação de situação financeira da companhia, podendo se
conhecer sua efetiva capacidade de pagamento.
Assaf Neto (2012), conceitua também a Demonstração do Valor Adicionado e diz que
nesta demonstração a companhia destaca para quem está sendo direcionado a riqueza apurada
em determinado exercício. O valor adicionado representa quanto a empresa está adicionando
(agregando) pela sua atividade.
As Notas Explicativas objetivam o aprimoramento da qualidade e quantidade de
informações complementares que atendem as necessidades dos usuários das demonstrações
contábeis, demonstrando informações que não são possíveis de enxergar através das
demonstrações.
2.2 AÇÕES
2.2.1 Conceito e tipos de ações
“Ação é a menor parcela do capital social das companhias ou sociedades anônimas. É,
portanto, um título patrimonial e, como tal, concede aos seus titulares, os acionistas, todos os
direitos e deveres de um sócio, no limite das ações possuídas” (Portal do Investidor, CVM).
Uma ação é um valor mobiliário previsto no inciso I, do artigo 2º, da Lei 6385/76. No
entanto, apesar de todas as companhias ou sociedades anônimas terem o seu capital dividido
em ações, somente as ações emitidas por companhias registradas na CVM, chamadas
companhias abertas, podem ser negociadas publicamente no mercado de valores mobiliário.
As ações podem ser emitidas sob a forma física de cautelas ou certificados, que
provam a existência e a posse de certa quantidade especificada de ações, ou do tipo escritural,
que dispensa sua emissão em papel, mantendo o controle das ações em contas de depósitos
em nome de seus titulares em uma instituição depositária (ASSAF NETO, 2012). Segundo
ele, a renda das ações podem acontecer de várias maneiras, dentre elas, podem vir em forma
de dividendos, juros sobre capital próprio, bonificação, valorização e diretos de subscrição.
Para Assaf Neto as ações podem ser classificadas em dois tipos:
15
- Ordinárias (ON): Quem possui ações desse tipo pode de votar em assembleias
gerais da empresa para eleger membros da diretoria e do conselho fiscal, além de
receber os lucros distribuídos pela empresa. As ações ON são representadas pelo
número 3 depois do código da empresa.
- Preferencias (PN): Quem possui essas ações não tem direito ao voto nas
assembleias, mas tem preferência no recebimento dos lucros distribuídos,
normalmente em uma porcentagem maior que as ordinárias, e caso a empresa
decrete falência serão os primeiros a receberem compensações. Elas são
representadas pelo número 4 depois do código da empresa.
Em conceito semelhante aos tipos de ações, a InfoMoney revela que as ações
ordinárias dão direito a voto ao acionista e o mesmo não é responsável pelas dívidas da
empresa, estas são as mais cobiçadas dos investidores, tendo em vista que quem possui mais
de 50% delas em uma determinada empresa, passa a controlar efetivamente a companhia; Já
as ações preferenciais, atribuem preferência ao pagamento de dividendos e em caso de
liquidação da empresa.
Assaf Neto (2012) afirma que as ações rendem juros sobre capital próprio, que são
pagos pela empresa com base em suas reservas patrimoniais de lucros referentes a resultados
de exercícios anteriores ao período atual, diferenciando-se dos dividendos. Seguindo a mesma
linha de raciocínio, as ações também geram o direito de subscrição, que é o direito de adquirir
novas ações emitidas por uma companhia quando a mesma resolve aumentar seu capital
social, dando preferência aos atuais proprietários de suas ações na compra por um preço
geralmente inferior ao de mercado por determinado prazo. Caso o acionista não queira exercer
o direito de subscrição, ele poderá vende-lo em pregão na bolsa de valores.
Quadro 2: Interesses relacionados com cada tipo de ação
Fonte: Assaf Neto (2001).
16
2.2.2 O Mercado Brasileiro de Ações
O Sistema Financeiro pode ser caracterizado como o conjunto de instituições e
instrumentos que possibilitam e facilitam o fluxo financeiro entre os poupadores e os
tomadores de recursos na economia, sendo extremamente importante para o correto
funcionamento e crescimento econômico de uma nação (ASSAF NETO, 2012). Ele é
composto pelo Mercado Monetário, Mercado de Valores Mobiliários e Mercado de Crédito,
que possuem características, riscos, peculiaridades e vantagens diferentes.
O mercado de valores mobiliários pode ser definido como o ambiente no qual os
investidores emprestam recursos diretamente aos agentes deficitários, como as empresas.
Caracterizam-se por negócios de médio e longo prazo, no qual são negociados títulos
chamados de Valores Mobiliários que sofrem influências de agentes econômicos tais como o
governo, as empresas e famílias. (Portal do Investidor, 2015). Como exemplo, pode-se citar as
ações, que representam parcela do capital social de sociedades anônimas e as debêntures, que
representam títulos de dívida dessas mesmas sociedades.
Com o passar do tempo, foi criada uma estrutura normativa e operacional para
permitir que as operações neste mercado fossem realizadas de forma segura, transparente e
eficiente. Nesse sentido, foram editadas, em 1976, a Lei 6385, que disciplina o mercado de
capitais e cria a Comissão de Valores Mobiliários, e a Lei 6404, que disciplina as sociedades
anônimas. Essas leis sofreram alterações no decorrer dos anos para se adaptarem a realidade
das transações.
O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários, com o
objetivo de prover liquidez aos vários títulos existentes, de forma a melhorar o fluxo de
capitais entre os agentes econômicos, para que sejam seguros e eficientes. É formado
pelas bolsas de valores, sociedades corretoras, bancos e outras instituições financeiras. Nas
bolsas de valores são comercializadas ações, que são quotas de uma organização. O
funcionamento do mercado se dá através de acionistas comprando ações de empresas que
listam suas ações na bolsa através de uma corretora credenciada pela comissão de valores
mobiliários, a qual faz a intermediação da negociação (Apostila BOVESPA).
A análise da evidenciação e das variações ocorridas no preço de uma ação em função
da divulgação das demonstrações contábeis permite analisar o nível de eficiência do mercado
de capitais e o impacto que a informação pode causar. Portanto, pretende-se com o presente
trabalho identificar se a divulgação das demonstrações de uma empresa influenciam
17
diretamente o preço de suas ações.
2.2.3 O Funcionamento do Mercado
Segundo Sarlo Neto (2004), os mercados de capitais representam um local no qual
possam ser testadas as práticas contábeis, analisando as alterações dos preços dos ativos em
relação à divulgação das informações elaboradas pela contabilidade. A pesquisa em mercado
de capitais possibilita o teste e a elaboração de hipóteses sobre um dos objetivos da
contabilidade, o de fornecer informações relevantes para os seus usuários, em especial o
investidor.
Segundo a Revista Infomoney (2010), as ações são negociadas em leilões, como os de
pré-abertura e de encerramento, momentos considerados, no mínimo, decisivos em um dia de
negociação de uma bolsa de valores. O leilão de pré-abertura é assim chamado por
corresponder ao período de 15 minutos que antecede a abertura do pregão. Seu horário sofre
alterações ao longo do ano por conta do horário de verão tanto no Brasil quanto nos EUA,
buscando sempre manter o horário de abertura da Bovespa atrelado ao de Wall Street. Esse é
um período no qual o sistema da bolsa apenas aceita o registro de ofertas de compra e ofertas
de venda, mas não registra o negócio, de fato. Ter uma oferta de compra ou venda aceita pelo
sistema de negociação da bolsa durante o leilão de pré-abertura não significa,
invariavelmente, que no momento da abertura do pregão o investidor conseguirá fechar um
negócio, pois para isso ainda é preciso que as ofertas de compra e de venda se casem.
Em outras palavras, o funcionamento do mercado ocorre através de acionistas
comprando ações de empresas que listam suas ações na bolsa por meio de uma corretora
credenciada pela CVM que faz a intermediação da negociação. A bolsa de valores é um local,
físico ou eletrônico, onde são negociados títulos e valores mobiliários emitidos por empresas.
As ações são os títulos mais comprados e vendidos nas bolsas. No local físico
(pregão), os vendedores gritam os preços pelos quais estão dispostos a vender seus títulos, já
os consumidores também informam os preços que querem pagar pelos títulos. No caso da
bolsa eletrônica, as ordens de compra e de venda são enviadas eletronicamente pelas
corretoras. O fechamento da operação somente se dá no momento em que os dois preços, de
compradores e vendedores, coincidem. (BERTOLO, 2010)
Ainda segundo o autor, o preço das ações está diretamente relacionado à oferta e à
procura. Quando as perspectivas de crescimento dos lucros de uma empresa aumentam,
18
ampliando suas chances de valorização no mercado, a procura pelas ações da empresa
também cresce e, consequentemente, seu preço. As perspectivas envolvem fatores como a
política econômica, estratégias da empresa, lançamentos, inovações tecnológicas e aumento
da competitividade dentro de seu setor. Fusões, aquisições ou a possibilidade de fechamento
de capital também influenciam no preço das ações.
Para Assaf Neto (2012) o preço de um ativo qualquer é formado com base nas várias
informações publicamente disponíveis aos investidores, sendo as tomadas de decisões de
compra e venda com base em suas interpretações dos fatos relevantes. Esta afirmação diz a
respeito do mercado eficiente, que pode ser exemplificado quando os valores dos ativos
refletem o consenso geral sobre todas as informações disponíveis sobre a economia, os
mercados financeiros e sobre a empresa específica envolvida, ajustando espontaneamente
essas informações nos preços (Bruni, Famá 1998).
Quadro 3: Mercado de Compra e Vendas de ações
Fonte: Site Bons Investimentos (2017).
2.2.4 Volatilidade no preço das ações
“Volatilidade é uma medida estatística que aponta a frequência e a intensidade das
oscilações no preço de um ativo, em um período determinado de tempo. Por meio dela, o
investidor pode ter uma ideia estimada da variação do preço de um título no futuro” (BTG
Pactual, 2017).
19
Este estudo estará baseado na teoria do mercado financeiro eficiente que, segundo
Bruni e Famá (1998), ocorre quando os preços dos ativos refletem o consenso geral sobre
todas as informações disponíveis sobre a economia, os mercados financeiros e sobre a
empresa específica envolvida, ajustando rapidamente essas informações nos preços. Em
mercados eficientes, a compra ou venda de qualquer título ao preço vigente no mercado nunca
será uma transação com valor presente líquido positivo. O preço de um ativo qualquer é
formado com base nas várias informações publicamente disponíveis aos stakeholders, sendo
as decisões de compra e venda tomadas com base em suas interpretações dos fatos relevante.
No contexto de contabilidade financeira como um sistema de informação para
investidores, Sarlo Neto (2004) destaca que o mercado de capitais representa um ambiente
ideal para a realização de testes empíricos com a capacidade de analisar o uso das
informações contábeis publicadas, tornando possível a avaliação da utilidade da contabilidade
para os usuários como investidores, analistas, credores e outros presentes no mercado de
capitais.
Sarlo Neto (2004) comenta também que de forma similar a qualquer título ou
obrigação, os preços das ações são definidos pelo valor presente dos fluxos de caixa futuros e
como o valor da ação depende dos fluxos de caixa futuros, o retorno total do investidor, como
dividendos e ganhos de capital, em um período, reflete as revisões do mercado sobre as
expectativas de lucros futuros.
O preço das ações é influenciado por uma serie de variáveis que podem ser agrupados
em quatro grupos básicos:
- Macroeconômicas – desenvolvimento econômico, taxa de juros, taxa de emprego,
inflação, etc.
- Setoriais – cada área do mercado se comporta de forma diferente diante da
economia, podendo ter oportunidades e ameaças em diferentes situações.
- Mercado – impostos, mudanças de legislações, etc.
- Desempenho da Empresa – preço dos produtos, endividamento, novos contratos,
etc.
2.2.5 Evidências Empíricas
Em 1968, Ball & Brown publicaram um estudo de caso sobre a relação entre os lucros
e retornos anormais das ações negociadas na Bolsa de Nova York, evidenciando a relevância
20
das demonstrações contábeis divulgadas para os investidores. Este trabalho pode ser
considerado o marco inicial das pesquisas de contabilidade em mercados de capitais, pois
após a sua publicação, diversos outros trabalhos analisaram a relação entre variáveis contábeis
e o preço das ações.
Segundo Chen e Zang (2007), se a contabilidade realmente for fonte de informação
para o mercado de capitais, valores fundamentais contidos nos demonstrativos devem estar
correlacionados com as mudanças de preços nas ações.
Zarzecki, Byrka e Koslowska-Nalewaj (1999) estudaram a importância dos relatórios
financeiros e macroeconômicos na precificação de títulos, para analisar as companhias na
Bolsa de Valores da Polônia e concluíram que dados de relatórios financeiros e
macroeconômicos contêm forte conteúdo informacional para a precificação dos títulos.
No Brasil, o estudo de Sarlo (2004), chegou a conclusão que as evidências
encontradas em empresas brasileiras confirmam a relevância dos resultados contábeis
divulgados como fonte de informação para os investidores no mercado acionário, porém para
alguns ativos a reação dos retornos à divulgação das informações não foi observada.
21
Quadro 4: Trabalhos empíricos do mercado brasileiro
Fonte: Trabalhos empíricos sobre a eficiência semi-forte do mercado brasileiro, Camargos e
Barbosa (2006).
22
3 METODOLOGIA
Com o objetivo de verificar a relevância da publicação das demonstrações contábeis
na volatilidade do preço das ações, foram analisadas três empresas de capital aberto que
possuem suas ações vendidas na BM&FBOVESPA. Todas são do setor de consumo não
cíclico, do segmento de Carnes e Derivados: BRF S.A, JBS S.A e MINERVA S.A.
Os títulos analisado foram ações ordinárias e foram comparados os preços das ações
no pregão um dia antes da divulgação das demonstrações contábeis trimestrais e o preço de
fechamento no dia seguinte a publicação. O período analisado foi entre 2014 e 2016 e a
hipótese testada foi a de que a divulgação do lucro líquido, do Ebitda, do retorno sobre o
patrimônio líquido, da margem líquida e do lucro por ação das empresas impactam
significativamente nos preços das suas ações. Todas as informações apresentadas foram
retiradas do site da BM&FBOVESPA.
A análise econômico-financeira busca extrair e organizar as informações apresentadas
através das demonstrações contábeis para auxiliar seus usuários na tomada de decisão. Os
principais demonstrativos utilizados para avaliação são o balanço patrimonial e demonstração
do resultado do exercício (DRE).
Diante da pesquisa bibliográfica realizada e, de acordo com Fortuna (1998), entendeu-
se que alguns itens das demonstrações financeiras são analisados com maior frequência no
processo de compra de ações, tais como:
- O EBITDA representa a geração operacional de caixa da companhia, ou seja,
o quanto a empresa gera de recursos apenas em suas atividades operacionais, sem levar em
consideração os efeitos financeiros e de impostos (AZZOLIN, 2012).
- O Retorno sobre o Patrimônio líquido (RSPL), segundo Assaf Neto (2005),
“mensura o retorno dos recursos aplicados na empresa por seus proprietários. Em outras
palavras, esse indicador mede quanto seus proprietários obtêm de lucro em relação a cada
unidade monetária investida por eles na empresa”.
- De acordo com Assaf Neto (2008) a quantidade que a empresa emite de ações no
mercado de capitais é calculada através da distribuição do lucro líquido, que expressa o lucro
por cada ação emitida. Para Gitman (2004) o LPA representa o montante ganho durante o
período contábil sobre cada ação ordinária emitida. É calculado ao se dividir o total do lucro
do período disponível para os acionistas pelo número de ações emitidas.
23
- A Margem Líquida é o valor que sobra aos acionistas, sócios, ou
fundo de investimentos da empresa pelo serviço prestado ou produto vendido. Ela mostra qual
é o lucro líquido para cada unidade de venda da empresa ou o lucro líquido por período, a
depender do objetivo. Para Assaf Neto (2005), “A Margem Operacional e a Margem Líquida
medem a eficiência de uma empresa em produzir lucro por meio de suas vendas, podendo ser
apurado em termos operacionais e líquidos”.
24
4 RESULTADO E ANÁLISE
4.1 CONSOLIDADO
Tabela 1: Dados Trimestrais 2014
JBS 31/03/14 31/6/14 30/09/14 31/12/14 1 trim. 2014 2 trim. 2014 3 trim. 2014 4 trim. 2014
Receita Líquida R$3.421.304,00 R$4.255.468,00 R$5.560.450,00 R$18.673.372,00 Ebitda R$1.129.032,00 R$1.835.007,00 R$2.795.081,00 R$7.829.443,00 Lucro Líquido R$120.011,00 R$351.465,00 R$1.228.040,00 R$2.406.427,00 Lucro por ação 0,0244 0,08861 0,37754 0,70649 Patrimônio Líquido R$22.943.889,00 R$23.294.322,00 R$25.120.539,00 R$25.873.030,00
Variação de Preço -1,82% 1,48% -1,29% -7,36%
RSPL 0,52% 1,51% 4,89% 9,30% Margem Líquida 3,51% 8,26% 22,09% 12,89%
BRF 31/03/14 31/6/14 30/09/14 31/12/14
1 trim. 2014 2 trim. 2014 3 trim. 2014 4 trim. 2014 Receita Líquida R$1.892.717,00 R$2.043.740,00 R$2.339.595,00 R$8.509.413,00 Ebitda R$561.867,00 R$691.652,00 R$902.369,00 R$3.478.319,00 Lucro Líquido R$319.446,00 R$267.281,00 R$619.400,00 R$2.224.877,00 Lucro por ação 0,36675 0,30677 0,71079 2,55612 Patrimônio Líquido R$15.164.017,00 R$15.135.907,00 R$15.372.549,00 R$15.689.943,00
Variação de Preço 0,55% -0,53% 1,21% -2,58%
RSPL 2,11% 1,77% 4,03% 14,18% Margem Líquida 16,88% 13,08% 26,47% 26,15%
Minerva 31/03/14 31/6/14 30/09/14 31/12/14
1 trim. 2014 2 trim. 2014 3 trim. 2014 4 trim. 2014 Receita Líquida R$282.786,00 R$331.162,00 R$356.458,00 R$1.353.575,00 Ebitda 122.383 164.803 163.619 593.553 Lucro Líquido R$69.096,00 R$18.542,00 R$(193.820,00) R$(418.218,00) Lucro por ação 0,46251 0 0 2,3496 Patrimônio Líquido R$537.558,00 R$555.115,00 R$390.815,00 R$480.553,00
Variação de Preço -2,57% -3,13% -3,99% -2,27%
RSPL 12,85% 3,34% -49,59% -87,03% Margem Líquida 24,43% 5,60% -54,37% -30,90%
Fonte: Elaborada pelo autor (2017).
25
Tabela 2: Dados Trimestrais 2015
JBS 31/03/15 30/06/15 30/09/15 31/12/15 1 trim. 2015 2 trim. 2015 3 trim. 2015 4 trim. 2015
Receita Líquida R$4.777.841,00 R$5.872.739,00 R$6.245.442,00 R$22.590.313,00 Ebitda R$2.005.551,00 R$2.727.974,00 R$2.885.899,00 R$9.179.297,00 Lucro Líquido R$1.528.085,00 R$252.232,00 R$3.558.047,00 R$5.128.647,00 Lucro por ação 0,48248 0,02775 1,19 1,6 Patrimônio Líquido R$27.539.945,00 R$27.519.073,00 R$32.947.854,00 R$29.621.378,00
Variação de Preço 4,73% -0,19% -0,60% -2,82%
RSPL 5,55% 0,92% 10,80% 17,31% Margem Líquida 31,98% 4,29% 56,97% 22,70%
BRF 31/03/15 30/06/15 30/09/15 31/12/15
1 trim. 2015 2 trim. 2015 3 trim. 2015 4 trim. 2015 Receita Líquida R$2.163.681,00 R$2.524.598,00 R$2.601.233,00 R$10.088.909,00 Ebitda R$640.906,00 R$1.057.815,00 R$969.253,00 R$4.228.410,00 Lucro Líquido R$464.654,00 R$362.456,00 R$869.381,00 R$3.130.858,00 Lucro por ação 0,54302 0,42501 1,02376 3,71836 Patrimônio Líquido R$14.924.634,00 R$14.797.255,00 R$14.233.045,00 R$13.835.853,00
Variação de Preço 0,57% -2,88% -0,26% -5,46%
RSPL 3,11% 2,45% 6,11% 22,63% Margem Líquida 21,48% 14,36% 33,42% 31,03%
Minerva 31/03/15 30/06/15 30/09/15 31/12/15
1 trim. 2015 2 trim. 2015 3 trim. 2015 4 trim. 2015 Receita Líquida R$402.169,00 R$401.116,00 R$499.355,00 R$1.922.858,00 Ebitda R$170.677,00 R$198.913,00 R$258.167,00 R$921.752,00 Lucro Líquido R$(587.205,00) R$166.860,00 R$(446.107,00) R$(799.955,00) Lucro por ação -3,29959 0 0 -4,17051 Patrimônio Líquido R$(28.912,00) R$228.295,00 R$(465.559,00) R$(382.747,00)
Variação de Preço -1,22% 0,00% 6,83% -2,19%
RSPL 0,00% 73,09% 0,00% 0,00% Margem Líquida -146,01% 41,60% -89,34% -41,60%
Fonte: Elaborada pelo autor (2017).
26
Tabela 3: Dados Trimestrais 2016
JBS 31/03/16 30/06/16 30/09/16 31/12/16 1 trim. 2016 2 trim. 2016 3 trim. 2016 4 trim. 2016
Receita Líquida R$4.763.791,00 R$5.269.211,00 R$5.344.475,00 R$21.313.826,00 Ebitda R$962.683,00 R$1.754.029,00 R$2.101.127,00 R$6.747.689,00
Lucro Líquido R$(2.644.644,00) R$1.657.769,00 R$955.234,00 R$707.498,00
Lucro por ação -0,97000 0,55 0,32 0,14 Patrimônio Líquido R$24.913.562,00 R$24.141.195,00 R$25.252.071,00 R$24.914.627,00
Variação de Preço 1,22% -4,52% 2,72% -0,88%
RSPL -10,62% 6,87% 3,78% 2,84% Margem Líquida -55,52% 31,46% 17,87% 3,32%
BRF 31/03/16 30/06/16 30/09/16 31/12/16
1 trim. 2016 2 trim. 2016 3 trim. 2016 4 trim. 2016 Receita Líquida R$2.030.725,00 R$1.918.258,00 R$1.884.348,00 R$7.526.419,00 Ebitda R$655.028,00 R$528.774,00 R$468.507,00 R$1.815.174,00 Lucro Líquido R$41.423,00 R$17.118,00 R$16.344,00 R$(367.339,00) Lucro por ação 0,05134 0,02127 0,02036 -0,45808 Patrimônio Líquido R$13.844.369,00 R$12.861.252,00 R$12.694.760,00 R$12.219.353,00
Variação de Preço -2,66% 4,81% 2,73% -0,73%
RSPL 0,30% 0,13% 0,13% -3,01% Margem Líquida 2,04% 0,89% 0,87% -4,88%
Minerva 31/03/16 30/06/16 30/09/16 31/12/16
1 trim. 2016 2 trim. 2016 3 trim. 2016 4 trim. 2016 Receita Líquida R$485.135,00 R$451.553,00 R$491.024,00 R$1.885.342,00 Ebitda R$231.387,00 R$217.380,00 R$229.233,00 R$886.986,00 Lucro Líquido R$46.312,00 R$88.988,00 R$47.441,00 R$195.035,00 Lucro por ação 0,24117 0 0 0,82736 Patrimônio Líquido R$464.564,00 R$613.387,00 R$634.785,00 R$522.067,00
Variação de Preço 1,52% 1,22% 3,44% -2,06%
RSPL 9,97% 14,51% 7,47% 37,36% Margem Líquida 9,55% 19,71% 9,66% 10,34%
Fonte: Elaborada pelo autor (2017).
27
Tabela 4: Lucro atual X Lucro ano anterior – JBS
Ano Lucro Ano Lucro % Aumento 2013 R$1.118.325,00 2014 R$2.406.427,00 115,18% 2014 R$2.406.427,00 2015 R$5.128.647,00 113,12% 2015 R$5.128.647,00 2016 R$707.498,00 -86,20%
Fonte: Elaborada pelo autor (2017).
Tabela 5: Lucro atual X Lucro ano anterior – BRF
Ano Lucro Ano Lucro %Aumento2013 R$1.066.837,00 2014 R$2.224.877,00 108,55%2014 R$2.224.877,00 2015 R$3.130.858,00 40,72%2015 R$3.130.858,00 2016 R$(367.339,00) -111,73%
Fonte: Elaborada pelo autor (2017).
Tabela 6: Lucro atual X Lucro ano anterior – Minerva
Ano Lucro Ano Lucro % Aumento 2013 R$(314.285,00) 2014 R$(418.218,00) -33,07% 2014 R$(418.218,00) 2015 R$(799.955,00) -91,28% 2015 R$(799.955,00) 2016 R$195.035,00 124,38%
Fonte: Elaborada pelo autor (2017).
28
4.2 ANÁLISES INDIVIDUAIS
Gráfico 1: Empresa JBS S.A.
Diante da análise, constatou-se que a empresa JBS apresentou Retorno sobre o
Patrimônio Líquido positivo em todos os trimestres e, mesmo assim, em diversos meses os
preços das suas ações caíram após a publicação das demonstrações. Apenas no primeiro
trimestre de 2016 ocorreu RSPL negativo, entretanto a variação de preço foi positiva.
Conforme informações apresentadas no Relatório da Administração disponibilizado
no site da BM&FBovespa, em 2015 houve grande crescimento do lucro da empresa, o qual
praticamente dobrou frente a 2014, e o seu EBITDA aumentou 19,9%. Mesmo assim, após a
publicação das demonstrações observou-se a queda.
Observou-se uma forte queda em sua Margem Líquida no primeiro trimestre de 2016
pois a empresa foi impactada pelo resultado de proteção cambial da Companhia, porém esse
evento não impactou no preço de suas ações.
O Lucro por ação da empresa JBS foi positivo em todos os trimestres analisados,
exceto no primeiro de 2016, ou seja, todas as ações emitidas no mercado possuem uma
parcela de lucro líquido. O EBITDA foi positivo em todos os trimestres e, mesmo assim,
houveram aumentos e quedas nos preços dos títulos. Portanto, a contabilização de lucro
líquido não indicou valorização desses títulos.
31/03/14
31/6/14
30/09/14
31/12/14
31/03/15
30/06/15
30/09/15
31/12/15
31/03/16
30/06/16
30/09/16
31/12/16
Retorno sobre Ação 0,3% 1,2% 4,1% 6,7% 3,3% 0,2% 7,2% 13,3% -9,0% 5,8% 2,6% 1,2%
RSPL 0,5% 1,5% 4,9% 9,3% 5,5% 0,9% 10,8% 17,3% -10,6% 6,9% 3,8% 2,8%
Margem Líquida 3,5% 8,3% 22,1% 12,9% 32,0% 4,3% 57,0% 22,7% -55,5% 31,5% 17,9% 3,3%
Variação Preço -1,8% 1,5% -1,3% -7,4% 4,7% -0,2% -0,6% -2,8% 1,2% -4,5% 2,7% -0,9%
-60,0%
-40,0%
-20,0%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
RetornosobreAção
RSPL
MargemLíquida
VariaçãoPreço
29
Gráfico 2: Empresa BRF S.A.
A variação do preço das ações da BRF foi negativa após a publicação das
demonstrações contábeis em quase todos os anos, independentemente da empresa ter
apresentado RSPL positivo.
A empresa teve alta margem líquida nos anos de 2014 e 2015 e, mesmo assim,
observou-se diminuição no valor das ações. Por outro lado, em 2016, a ML caiu
significativamente e as ações apresentaram aumento e diminuição durante os períodos.
Durante 2014 e 2015 a BRF apresentou lucro por ação crescente, porém em 2016 o
mesmo teve uma grande queda, do mesmo modo que suas ações apresentaram desvalorização.
Identificou-se no Relatório da Administração disponibilizado na BM&FBovespa que no
quarto trimestre de 2016 a empresa apresentou compressão em sua margem bruta atrelada de
maiores despesas operacionais e, consequentemente, diminuição do seu resultado operacional.
Além disso, justificou uma margem de 6,5% no seu EBITDA pelo impacto do seu lucro bruto
que foi afetado pelo cenário setorial adverso, bem como pela estratégia da Companhia de
defender sua participação no mercado em regiões-chave.
Apesar de apresentar queda no lucro líquido e prejuízo em 2016, durante o ano notou-
se valorização das ações da BRF, provavelmente devido a especulações de recuperação da
empresa. Nos últimos trimestres de todos os anos a empresa teve queda no valor das ações.
31/03/14
31/6/14
30/09/14
31/12/14
31/03/15
30/06/15
30/09/15
31/12/15
31/03/16
30/06/16
30/09/16
31/12/16
Retorno sobre Ação 0,8% 0,6% 1,2% 4,1% 0,9% 0,7% 1,5% 6,9% 0,1% 0,0% 0,0% -1,0%
RSPL 2,1% 1,8% 4,0% 14,2% 3,1% 2,4% 6,1% 22,6% 0,3% 0,1% 0,1% -3,0%
Margem Líquida 16,9% 13,1% 26,5% 26,1% 21,5% 14,4% 33,4% 31,0% 2,0% 0,9% 0,9% -4,9%
Variação Preço 0,6% -0,5% 1,2% -2,6% 0,6% -2,9% -0,3% -5,5% -2,7% 4,8% 2,7% -0,7%
-20,0%
-10,0%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
RetornosobreAção
RSPL
MargemLíquida
VariaçãoPreço
30
Gráfico 3: Empresa Minerva S.A.
A Minerva apresentou prejuízo em alguns relatórios trimestrais analisados. De acordo
com o Relatório da Administração apresentado no site BM&FBovespa, a variação cambial
teve impacto negativo de 639 milhões de reais no primeiro trimestre de 2015, resultado de
uma valorização de 20,8% do Dólar de fechamento sobre a dívida em moeda estrangeira de
2014. Como a empresa apresentou prejuízo e seu patrimônio líquido foi negativo, o seu RSPL
foi zerado.
No segundo trimestre do mesmo ano, a empresa apresentou recorde de Receita Bruta,
crescimento de EBITDA, mas continuou sendo impactada pela variação cambial e, apesar do
RSPL ter crescido significativamente, não houve impacto no preço das ações.
A empresa Minerva, durante 2014, teve queda no preço das ações à medida que sua
margem líquida foi negativa. Em 2016, com o aumento da ML, observou-se crescimento no
valor das ações após a publicação dos relatórios financeiros.
A empresa Minerva teve LPA igual a zero durante vários trimestres de 2014, 2015 e
2016 e, mesmo diante desse necessário, observou-se algumas vezes valorização do valor das
ações. De modo geral, até 2015 a variação do preço dos títulos foi negativa após a publicação
dos relatórios contábeis.
31/03/14
31/6/14
30/09/14
31/12/14
31/03/15
30/06/15
30/09/15
31/12/15
31/03/16
30/06/16
30/09/16
31/12/16
Retorno sobre Ação 4,7% 0,0% 0,0% 24,8% -45,2% 0,0% 0,0% -33,4% 2,1% 0,0% 0,0% 7,0%
RSPL 12,9% 3,3% -49,6% -87,0% 0,0% 73,1% 0,0% 0,0% 10,0% 14,5% 7,5% 37,4%
Margem Líquida 24,4% 5,6% -54,4% -30,9% -146,0%
41,6% -89,3% -41,6% 9,5% 19,7% 9,7% 10,3%
Variação Preço -2,6% -3,1% -4,0% -2,3% -1,2% 0,0% 6,8% -2,2% 1,5% 1,2% 3,4% -2,1%
-150,0%
-100,0%
-50,0%
0,0%
50,0%
RetornosobreAção
RSPL
MargemLíquida
VariaçãoPreço
31
A Minerva teve variação negativa no valor de suas ações em todos os trimestres,
exceto naqueles que a receita trimestral apresentou aumento. A indicação de EBITDA
positivo e crescimento não ocasionou valorização nas ações.
32
5 CONCLUSÃO
Segundo o IBRACON (NPC 27), "as demonstrações contábeis são uma representação
monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das
transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das
demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e
financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla
variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram
os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados."
Por meio delas o investidor é capaz de analisar a situação financeira de uma empresa e
decidir se é vantajoso ou não realizar a compra e venda de suas ações. Trimestralmente as
empresas publicam as demonstrações obrigatórias e, por meio delas, esse trabalho buscou
testar a hipótese de que as suas publicações influenciavam nas decisões dos compradores,
através dos dados apresentados nas mesmas.
Decidiu-se analisar a relação entre o EBITDA, o retorno sobre o patrimônio líquido, o
lucro por ação, a margem líquida e a volatilidade do preço das ações entre o pregão de
fechamento do dia anterior a publicação e o fechamento no dia posterior, pois, de acordo com
Fortuna (1998), estes são alguns dos itens mais relevantes nas demonstrações.
Por meio desta pesquisa, pode-se concluir que, apesar da unanimidade sobre a
importância das demonstrações contábeis entre todos os autores pesquisados, não pode-se
constatar uma forte relação entre a volatilidade do preço das ações e os itens analisados.
Entende-se que informações macroeconômicas, tais como taxa de juros, cambio, informações
setoriais e de fatores de mercado possuem maior impacto no valor das ações no mercado e
devem estar indicados em notas explicativas, conforme pode-se perceber nos Relatórios da
Administração das empresas publicados.
Foi possível observar que, mesmo que a empresa apresente lucro, não significa o valor
de suas ações irá aumentar, pois diversos fatores externos estão ligados aos investidores que
por algum motivo optam por investir ou não.
Este trabalho contribui com desenvolvimento de estratégias entre os investidores do
mercado de capitais, pois transmite a importância das informações que estão disponíveis nos
relatórios contábeis e que são ferramentas diferenciais e indispensáveis no processo de
compra e vendas de ações.
33
6 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Análise Contabilidade. Demonstrações Contábeis: Elaboração e apresentação de acordo
com as normas contábeis. Disponível em: <http://www.analisecontabilidade.com.br/capa-
asp?infoid=4823>. Acesso em 01 de Julho de 2017.
ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 11ª. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 1 ed. São Paulo: Atlas, 1981.
ANCHESQUI, Victor. A relação entre a divulgação das demonstrações contábeis e o
preço das ações: Um estudo realizado nas empresas brasileiras de construção civil
listadas na BM&F BOVESPA. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado),
Faculdade de Ciências Contábeis, Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos,
Espírito Santo.
AZZOLIN, José. Análise das Demonstrações Contábeis. 1 ed. Curitiba, PR: IESDE Brasil,
2012.
BALL, R. J.; BROWN, W. An empirical evaluation of accounting income numbers.
Journal of Accounting Research, Vol. 6. Autumn, 1968
BARBOSA, Susana L. BONAMIGO, Marcos P. A Análise das Demonstrações Contábeis
como Ferramenta Gerencial para auxílio nos processos de tomada de decisão. Pato
Branco, 2004. Disponível em: <http://www.contabeis.com.br/artigos/15/a-analise-das-
demonstracoes-contabeis-como-ferramenta-gerencial-para-auxilio-nos-processos-de-tomada-
de-decisao/>. Acesso em: 01 de Julho de 2017.
BARRETO, Renata. Você sabe a importância do mercado de capitais? 2016. Disponível
em: <http://www.infomoney.com.br/blogs/economia-e-politica/economia-com-renata-
barreto/post/5454164/voce-sabe-importancia-mercado-capitais>. Acesso em 05 de Dezembro
de 2017.
BERTOLO, Luiz Antônio. Matemática Financeira. 2010. Disponível em:
<http://www.bertolo.pro.br/>. Acesso em: 01 de Agosto de 2017.
BEZERRA, F. A.; LOPES, A. B. Lucro e preço das ações. In: IUDÍCIBUS, S.; LOPES, A.
B. Teoria avançada da contabilidade. São Paulo: Atlas, 2004.
BONAMIGO, Marcos; BARBOSA, Susana. A Análise das Demonstrações Contábeis como
Ferramenta Gerencial para Auxílio nos Processos de Tomada de Decisão. Pato Branco,
2004. Disponível em: <http://www.contabeis.com.br/artigos/15/a-analise-das-demonstracoes-
34
contabeis-como-ferramenta-gerencial-para-auxilio-nos-processos-de-tomada-de-decisao/>.
Acesso em: 02 de Julho de 2017.
BOVESPA. Mercado de Capitais. Disponível em: <http://welvitchia.com/Novidades-
files/Mercado%20de%20Capitais_BOVESPA%201999.pdf>. Acesso em 01 de Dezembro de
2017.
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Mercados Eficientes, CAPM e Anomalias: Uma
análise das ações negociadas na Bovespa (1988- 1996). 2015. Disponível em: <
https://www.researchgate.net/publication/238668944_MERCADOS_EFICIENTES_CAPM_
E_ANOMALIAS_UMA_ANALISE_DAS_ACOES_NEGOCIADAS_NA_BOVESPA_1988
-1996>. Acesso em: 01 de Julho de 2017.
BTG Pactual Digital. Volatilidade: o que é e como impacta seus investimentos. 2017.
Disponível em: <https://www.btgpactualdigital.com/blog/financas/volatilidade-o-que-e>.
Acesso em 20 de Agosto de 2017.
CAMARGOS, M. A.; BARBOSA, F. V. Eficiência Informacional do Mercado de Capitais
Brasileiro Pós-Plano Real: dm Estudo de Eventos dos Anúncios de Fusões e Aquisições.
V. 41. São Paulo: Revista de Administração USP, 2006.
CHEN, P. F.; ZHANG, G. Segment profitability, misvaluation, and corporate divestment.
V. 82. Hong Kong: The Accounting Review, 2007.
CALDERELLI, Antonio. Enciclopédia Contábil e Comercial Brasileira. 1 ed. São Paulo:
CETEC, 1997.
Equipe Infomoney. Tipos de ações: conheça mais sobre os papéis ordinários e
preferenciais. 2006. Disponível em: <http://www.infomoney.com.br/educacao-
guias/noticia/562077/tipos-acoes-conheca-mais-sobre-papeis-ordinarios-preferenciais>.
Acesso em: 01 de Julho de 2017.
Equipe Infomoney. Análise financeira: conheça os indicadores mais usados pelos
analistas. 2006. Disponível em: <http://www.infomoney.com.br/educacao/guias/noticia-
568514/analise-financeira-conheca-indicadores-mais-usados-pelos-analistas>. Acesso em 15
de Novembro de 2017.
Equipe Infomoney. Como Funciona o Mercado de Ações. 2005. Disponível em:
<http://www.infomoney.com.br/ultimas-amp/noticias/noticia/527576/como-funciona-
mercado-acoes>. Acesso em: 20 de Agosto de 2017.
Equipe Infomoney. Saiba como funciona o leilão com ações de pré-abertura e fechamento
do pregão. 2010. Disponível em: < http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia-
35
1827735/saiba-como-funciona-leilao-com-acoes-pre-abertura-fechamento-pregao>. Acesso
em: 20 de Agosto de 2017.
Equipe Portal de Contabilidade. Elaboração das Demonstrações Financeiras. Disponível
em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/demonstracoes-financeiras.htm>.
Acesso em: 02 de Julho de 2017.
Equipe Portal do Investidor. Entendendo o Mercado de Valores Mobiliários. 2015.
Disponível em: <www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/primeiros.../Entendendo-mercado-
valores.htm>. Acesso em: 20 de Agosto de 2017.
FRANCO, Hilário. Estrutura, Análise e Interpretação de Balanços. 15 ed. São Paulo:
Atlas, 1992.
FIPECAFI, Ernst & Young. Manual de Normais Internacionais de Contabilidade: IFSS
versus Normas Brasileiras. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2009. 364p.
FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 11 ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 1998.
HOJI, Massakazu. Administração Financeira. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2004.
IBMEC, MINARDI, A., SANVICENTE, A., MONTEIRO R. Mercado Acionário
Brasileiro. 2007. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/gvex-
ecutivo/article/viewFile/34621/33424>. Acesso em 03 de Fevereiro de 2018.
IUDICIBUS, Sergio de. Teoria da Contabilidade. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
LEVINE et al. Estatísticas Teoria e Aplicação 3 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005.
LOPES, A. B. Teoria Avançada da Contabilidade. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeiras de balanços. 3 ed. São Paulo: Atlas,
1995.
OLIVEIRA, A.; MONTEZANO, R.; OLIVEIRA, A. Determinantes Contábeis dos Preços
de Ações Brasileiras. Belo Horizonte, MG. V. 24. Contabilidade Vista & Revista 2014.
OHLSON, J. Earnings, book value, and dividends in equity valuation. Contemporary
Accounting Research. V. 11, 1995.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Um Enfoque em Sistema de Informação Contábil. 7 ed. São
Paulo: Atlas, 2010.
PORTAL DO INVESTIDOR. Quanto vale uma ação? 2017. Disponível em:
<http://www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/valores_mobiliarios/Acoes/qu
anto_vale_uma_acao.html>. Acesso em: 03 de Fevereiro de 2018.
36
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Comercial Fácil. 12 ed. São Paulo: Saraiva, 1997.
ROCHA, André. O que move as ações da bolsa? 2013. Disponível em:
<http://www.valor.com.br/valor-investe/o-estrategista/3021466/o-que-move-acoes-da-bolsa>.
Acesso em: 02 de Julho de 2017.
ROSS, Stephan A., WESTERFILED, Randolph W., JAFFE, Jeffrey. Administração
Financeira. São Paulo: Atlas, 1995.
SARLO NETO, A. A Reação dos Preços das Ações à Divulgação dos Resultados
Contábeis: Evidências Empíricas sobre a Capacidade Informacional da Contabilidade
no Mercado Acionário Brasileiro. Dissertação de Mestrado em Mercado Financeiro
FUCAPE, Vitória, 2004.
SANTOSA, E., CUNHAB, D., TAFFARELC M. Influência dos Indicadores Contábeis no
Preço das Ações: Uma Análise em Empresas Brasileiras de Telecomunicações. Curitiba,
PR. V. 8. Revista de Administração, Contabilidade e Economia da FUNDACE, 2017.