A importância da interface na modelagem do AVA e suas consequências no processo de aprendizagem

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A importância da interface na modelagem do AVA e suas consequências no processo de aprendizagem Daniele Uglione Fabbrin Casale dos Santos Tomando por base uma sociedade informatizada, onde as informações são rápidas, de fácil acesso, e as escolas mantém padrões “antiquados” de ensino, na maioria das vezes, é importante que se reflita as possibilidades de utilização dos ambientes virtuais de educação (ava) em sala de aula, tanto na educação superior, como na educação básica. Na educação básica, no município de Caxias do Sul, as escolas receberam leptops para uso em sala de aula, muitos professores ainda apresentam dificuldades para realizar atividades no âmbito virtual. Os recursos estão disponíveis, mas é preciso capacitar professores para a utilização desses recursos. Nas universidades, os avas estão sendo utilizados pela maioria dos professores, muitos mantém aulas semipresenciais com atividades por meio desse ambiente. Na universidade de Caxias do Sul, muitas disciplinas básicas comuns de diversos cursos estão utilizando esse sistema, além dos professores, existem monitores que auxiliam a utilização do ambiente nos laboratórios de informática do campus e virtualmente. Para o desenvolvimento do ava é necessário uma estrutura e uma equipe de trabalho, onde nessa organização o aluno possui um papel ativo, conforme Franciosi et.al (2011) “ a modelagem de desenvolvimento de uma ambiente para EAD segue uma estrutura semelhante ao desenvolvimento de um sistema de computação. As fases de design educativo e computacional foram subdivididas nas seguintes etapas: Definição do contexto do ambiente, Definição das estratégias pedagógicas, Definição das táticas, Definição da estrutura de recursos do ambiente, Implementação do design educativo.” (p.2) Nesse âmbito o aluno, conforme esses autores, precisa tornar-se um agente de busca, seleção e construção do seu conhecimento, assumindo um papel de corresponsável pelo seu aprendizado, retirando essa responsabilidade apenas do professor. Isso é pertinente para modificar uma ideia acomodada dos alunos de receberem tudo dos professores, pois a autonomia pela busca e construção de conhecimento torna-se uma ação do aluno. Podemos entender o professore como alguém que fornece uma diretriz para o aluno ir buscando seus referenciais na construção dos saberes que necessita. E também, o suporte virtual como meio de acesso rápido a um grande banco de dados. Além do professor, há uma tutoria, os responsáveis pelo suporte do ambiente, que auxiliam os alunos na utilização das ferramentas disponibilizadas no ava, onde,

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A importância da interface na modelagem do AVA e su as consequências no processo de aprendizagem

Daniele Uglione Fabbrin Casale dos Santos Tomando por base uma sociedade informatizada, onde as informações são rápidas,

de fácil acesso, e as escolas mantém padrões “antiquados” de ensino, na maioria das

vezes, é importante que se reflita as possibilidades de utilização dos ambientes virtuais de

educação (ava) em sala de aula, tanto na educação superior, como na educação básica.

Na educação básica, no município de Caxias do Sul, as escolas receberam leptops

para uso em sala de aula, muitos professores ainda apresentam dificuldades para realizar

atividades no âmbito virtual. Os recursos estão disponíveis, mas é preciso capacitar

professores para a utilização desses recursos.

Nas universidades, os avas estão sendo utilizados pela maioria dos professores,

muitos mantém aulas semipresenciais com atividades por meio desse ambiente. Na

universidade de Caxias do Sul, muitas disciplinas básicas comuns de diversos cursos estão

utilizando esse sistema, além dos professores, existem monitores que auxiliam a utilização

do ambiente nos laboratórios de informática do campus e virtualmente.

Para o desenvolvimento do ava é necessário uma estrutura e uma equipe de

trabalho, onde nessa organização o aluno possui um papel ativo, conforme Franciosi et.al

(2011) “ a modelagem de desenvolvimento de uma ambiente para EAD segue uma estrutura

semelhante ao desenvolvimento de um sistema de computação. As fases de design

educativo e computacional foram subdivididas nas seguintes etapas: Definição do contexto

do ambiente, Definição das estratégias pedagógicas, Definição das táticas, Definição da

estrutura de recursos do ambiente, Implementação do design educativo.” (p.2)

Nesse âmbito o aluno, conforme esses autores, precisa tornar-se um agente de

busca, seleção e construção do seu conhecimento, assumindo um papel de corresponsável

pelo seu aprendizado, retirando essa responsabilidade apenas do professor. Isso é

pertinente para modificar uma ideia acomodada dos alunos de receberem tudo dos

professores, pois a autonomia pela busca e construção de conhecimento torna-se uma ação

do aluno.

Podemos entender o professore como alguém que fornece uma diretriz para o aluno

ir buscando seus referenciais na construção dos saberes que necessita. E também, o

suporte virtual como meio de acesso rápido a um grande banco de dados.

Além do professor, há uma tutoria, os responsáveis pelo suporte do ambiente, que

auxiliam os alunos na utilização das ferramentas disponibilizadas no ava, onde,

as estratégias de ensino contém o conhecimento sobre como ensinar e as táticas apontam as ações necessárias para tornar uma determinada estratégia efetiva. Em outras palavras, as estratégias atuam de forma macro e sistêmica; já as táticas consolidam as estratégias, como exemplos de táticas pode-se enumerar: perguntas, índice remissivo, índice localizado, gráfico, figura, conteúdotexto, exercício- resposta, dentre outras. Geralmente um sistema possui uma estratégia e várias táticas. As estratégias modelam o tipo de ambiente: aberto, fechado, híbrido. Dentre as estratégias pode-se citar: socrática, guia, reativa (baseada na teoria behaviorista), estratégia colaboração (baseada na perspectiva socio-interacionista), dentre outras. (FRANCIOSI et.al, 2011, p.4)

Dentro dessas explicações, destacamos, portanto, as teorias cognitivas de educação

(tecnicistas e construtivistas), pois são as que fornecem aporte teórico do como se realiza a

aprendizagem e das potencialidades à serem desenvolvidas nos indivíduos por meio dos

ambientes educativos. Além delas, podemos procurar subsídios nos estudos das

neurociências ( neolinguística, neuropsicologia, etc.)

Conforme Franciosi et.al (2011) “ a atividade desenvolvida em tempo real, deve ser

feita a partir da delimitação de um domínio de conhecimento ou conteúdo previamente

abordado. Para esta atividade é importante o planejamento dos encontros via chat a fim de

possibilitar a interação direta aluno professor.” (p.10)

Portanto, partimos de uma programação prévia, onde é necessário atingir objetivos,

dispomos caminhos a serem seguidos, mas não limitamos um só viés de execução de

tarefas, ou seja, é possível construir e não apenas reproduzir.

Em corolário, as modificações no desenvolvimento da aprendizagem implicam na

autonomia do aluno, na disposição para à pesquisa por parte do aluno, numa interação do

professor com tutores e monitores de auxílio ao suporte e o conteúdo, um alargamento dos

bancos de busca, melhoria e facilidade no acesso aos bancos de dados, etc.

Torna-se mais amplo o processo ensino-aprendizagem, bem como, aumenta a

produção de leitura e escrita dos alunos, além de propiciar novos modos de produção

textual coletiva (wikis) e interação com os colegas e equipe docente e auxiliar de ensino.

Referencia

FRANCIOSI, B. et al. Modelando Ambientes de Aprendizagem a Distância Baseado no Uso de Mídias Integradas: um Estudo de Caso. In: VIII Congresso Internacional de Educação a Distância – ABED 2001 http://moodle.pucrs.br/pluginfile.php/1179878/mod_resource/content/1/Abed_ModelagemComputacional.pdf