6. TÉCNICAS DE MODULAÇÃO DIGITALgelson/ComDigitais/COMDIGIT4.pdf · pulsos são posteriormente...
Transcript of 6. TÉCNICAS DE MODULAÇÃO DIGITALgelson/ComDigitais/COMDIGIT4.pdf · pulsos são posteriormente...
121
6. TÉCNICAS DE MODULAÇÃO DIGITAL
A necessidade de se modular a informação digital vem do fato que o sinal
resultante fica mais imune ao ruído aditivo e dessa forma, o sinal digital que chega na
estação receptora é mais confiável, ou seja, tem um probabilidade menor de erro. Dessa
forma o sinal digital pode ser transmitido como pulso retangular ou cossenoidal ou
gaussiano, etc., todos são chamados de transmissão em banda básica. Quando esses pulsos
são modulados em FM ou PM ou etc., eles são chamados de transmissão por modulação.
Fica claro que qualquer das duas formas anteriores (banda básica ou modulação digital) os
pulsos são posteriormente modulados em frequência muito mais alta, em FM, para serem
transmitidos, por exemplo, espaço livre.
Alguns tipo de modulação:
Amplitude-Shift Keying – ASK
Frequency-Shift Keying – FSK
Phase-Shift Keying – PSK
Dígitos binários: 0 1 1 0 1 0 0 1
122
Metas a serem atingidas:
1. Máxima taxa de dados (data rate)
2. Mínima probabilidade de erro dos símbolos
3. Mínima potência de transmissão
4. Mínima banda passante ocupada no canal
5. Máxima resistência a sinais de interferência
6. Mínima complexidade nos circuitos
Algumas dessas metas são conflitantes. Por exemplo (1) e (2) estão em conflito
com (3) e (4).
123
6.2 – Modulação e Demodulação em Sincronismo (“coherent”) ou Coerente
(1) PSK binário coerente
Transmite-se s1(t) representando o dígito 1 e s2(t) representando o dígito 0
t)fcos(2T
E2(t)s c
b
b1 π=
tfcos2T
E2-)tfcos(2
T
E2(t)s c
b
bc
b
b2 πππ =+=
Obs.: Colocou-se as amplitudes de s1(t) e s2(t) como funções de Tb para que a
probabilidade de erro só dependa da relação energia Eb versus potência de ruído.
onde 0 ≤ t < Tb; Eb – energia/bit
Neste caso a função base de energia unitária será
e b1b2
1b1 T t 0 (t) E - (t)s
(t) E (t)s<≤
==
φφ
O espaço de sinais é unidimensional (só tem φ1) e tem dois pontos de sinais
(s1 e s2): N = 1 e M = 2.
∫ +== bT0 b1111 E dt (t) (t)s s φ
bc b
1 T t 0 tf2 cosT
2(t) < ≤ = π φ
124
∫ == bT0 b1221 E - dt (t) (t)s s φ
No receptor, faz-se ∫= bT0 11 dt (t) x(t) x φ onde x(t) é o sinal que chega ao
receptor.
Caso x1 esteja em Z1, decide-se que o bit 1 foi enviado; caso x1 ∈ Z2, decide-se
pelo bit 0. Z1: x1 > 0 Z2: x1 < 0.
125
Probabilidade de erro:
Supondo um ruído aditivo n(t) AWGN de média zero e densidade espectral de
potência igual a 2
N0 , x1 será uma v.a. de média igual a + bE ou - bE e variância
2
N0 .
Caso o bit 0 tenha sido enviado, teremos
( )
= 2
21100
11 s - x N
1 -exp
N
1 /0)(xfx
π
( )
= 2
b100
E - x N
1 -exp
N
1
π
Logo:
== ∫
∞
0
b0 111e N
Eerfc
2
1 dx /0)(xfx (0)P
Similarmente obtem-se Pe(1) que é igual a Pe(0). Logo a probabilidade total de erro
será
=
0
be N
Eerfc
2
1 P .
Geração e deteção coerente de PSK:
126
A maneira de se demodular s1 ou s2 acima mostrada é chamada de demodulação
coerente (ou sincronizada) por correlação.
127
(2) FSK coerente:
Neste caso o bit 1 é representado por:
bb
c
b
b1 T t 0 t
T
1n2cos
T
E 2 (t)s ≤≤
+= π
e o bit 0 por:
bb
c
b
b2 T t 0 t
T
2n2cos
T
E 2 (t)s ≤≤
+= π
ou seja:
[ ] bib
bi T t 0 tf2cos
T
E 2 (t)s ≤≤= π
0bit para 2 i
1bit para 1 i
T
in f
b
ci =
=+=
Obs.: s1 (t) e s2 (t) iniciam e terminam com a mesma voltagem, pois o tempo de duração
do bit é um múltiplo de ambos os períodos das duas cossenoides.
Tem-se que Eb é a energia do sinal por bit. Neste caso a função base unitária será:
[ ] bib
i T t 0 tf2cos T
2 (t) ≤≤= πφ
O espaço de sinais é bidimensional (permitem-se φ1 e φ2) e com dois pontos de
mensagens (s1 e s2) N = 2 e M = 2
128
∫= bT0 jiij dt (t) (t)s s φ
≠=
=j i 0
j i E b
2
1
b~2
b
~1
E
0 s
0
E s
φφ
←←
=
=
φ1 e φ2 são ortonormais
Z1: região que se decide pela transmissão do bit 1
Z2: idem pelo bit 0
Na demodulação, calculam-se dois valores x1 e x2: ∫= bT0 11 dt (t) x(t) x φ e
∫= bT0 22 dt (t) x(t) x φ , onde x(t) é o sinal que chega ao receptor (s1 ou s2 mais ruído
AWGN).
b T
2 cos(2π fj t) dt t)f(2cosT
E 2 i
T
0 b
b b π ∫ =
Z2
Z1
φ2
φ1
129
A decisão será feita a favor do bit 1 se x1 > x2 e a favor do bit 0 caso x1 < x2.
Para se calcular a Probabilidade de erro mais facilmente, defina-se então a variável
aleatória d = x1 – x2
Caso o bit 1 tenha sido transmitido, tem-se b1 E /1)E(x += E(x2/1) = 0.
Caso o bit 0 tenha sido transmitido, tem-se: E(x1/0) = 0 E(x2/0) = bE .
Logo, tem-se que:
Como as v.as. x1 e x2 são independentes (porque o ruído somado ao bit 0 e ao bit 1
são independentes, não há nenhum relacionamento entre os dois), a variância será:
VAR(d/0) = VAR((x1-x2)/0) = VAR(x1/0) + VAR(x2/0)
VAR(d/1) = VAR[(x1-x2)/1] = VAR(x1/1) + VAR(x2/1)
Como VAR(x1/0) = VAR(x1/1) = VAR(x2/0) = VAR(x2/1) = 2
N0 tem-se que
VAR(d) = VAR(d/1) = VAR(d/0) = N0.
Prova-se também que se x(t) é uma v.a. normal então x1 e x2 também o serão e
neste caso também d será.
Então a decisão x1 > x2 ou x1 < x2 é equivalente a d > 0 ou d < 0 e como d é
gaussiana, tem-se:
b2 1 E - /0)E(x )0 /E(x E(d/0) = −=
b 2 1 E /1)E(x )1 /E(x E(d/1) + = − =
130
( )
+=
0
2b
0L N 2
E l -exp
N2
1 (l/0)f
π
( )
+=
0
2b
0L N 2
E l -exp
N2
1 (l/1)f
π
Daí, Pe(0) = P(d > 0/símbolo 0 foi transmitido) e Pe(1) = P(d < 0/símbolo 1 foi
transmitido)
be e e
0
E1P (0) P (1) P erfc2 2N
= = =
Modulação FSK:
Demodulação coerente
131
Na modulação FSK coerente, a fase varia continuamente mesmo com a variação do
pulso do bit 0 para o bit 1 ou vice-versa. Por esse motivo a modulação FSK também é
chamada de modulação FSK de fase contínua (CPFSK – Continuous Phase FSK). Pelo
fato de estarmos usando um múltiplo de período, muda-se a frequência mas a fase fica
contínua.
6.3 – Técnicas de Modulação Coerente em Quadratura
Por quadratura significa dizer que estamos enviando dois ou mais sinais ortogonais,
defasados de 90º ou seja, um cosseno e um seno de mesma freqüência e fase.
A onda s(t) = sI(t) cos2πfct – sQ(t) sen 2πfct é uma modulação em quadratura onde
sI(t) é a componente em fase e sQ(t), a componente em quadratura.
(1) QPSK – Quadriphase Shift Keying
Neste caso, a onda modulada será
para 0 ≤ t ≤ T, i = 1, 2, 3 e 4 → quatro possíveis pulsos
( )
+= 4
1 - 2itf2 cosT
2E (t)s c i
π π
132
A cada i existe um dibit (dois bits) associado
i 1 2 3 4
dibit 10 00 01 11
Codificação segundo o código de Gray
si(t) acima pode ser escrito como:
( ) tf2 cos 4
1-2icos T
2E (t)s ci ππ
=
( ) tf2sen 4
1-2isen T
2E - cππ
para 0 ≤ t ≤ T i = 1, 2, 3, e 4
Dessa última equação para si(t), observa-se que:
1. A base de vetores ortogonais é bidimensional (φ1(t) e φ2(t)) pois temos duas funções
cos 2πfct e sen 2πfct ortogonais.
2. As amplitudes nestes dois vetores φ1 e φ2 são representadas pelas coordenadas do vetor:
=
=
4 1)-sen(2i E -
4 1)-cos(2i E
s
s s
i2
i1i π
π
i = 1, 2, 3 e 4
0 ≤ t ≤ T
t) fsen(2T
2 (t) t); fcos(2
T
2 (t) c 2 c 1 π φ π φ = =
133
i Dibit de entrada
0≤t≤T
Fase do sinal QPSK Coordenadas dos pontos
de mensagem
1 10 /4π E/2 +
2 00 /4 3π E/2 −
3 01 /4 5π E/2 −
4 11 /4 7π E/2 +
Obs.: a ordem dos dibits foi arbitrária mas, seguindo o código de Gray.
Da tabela acima vê-se que os dibits são formados da seguinte maneira: se o 10. bit é
1 o cos é positivo (se for 0, o cosseno é negativo); se o 20. bit é 0 o sen é positivo (se for
1, o seno é negativo), ou seja, o cos está representado por si1 e o sen por si2.
E/2 −
E/2 −
E/2 +
E/2 +
10)
01) 11)
00)
134
Exemplo 1: Como gerar o sinal QPSK. Suponha que se deseja transmitir a seguinte
sequência binária: 1 0 1 0 0 0 1 1. Divide-se em duas sequências de pares e ímpares.
Posição ímpar = 1 cos é positivo
Posição ímpar = 0 cos é negativo
Posição par = 0 sen é negativo
Posição par = 1 sen é positivo
0 1 2-0.05
00.05
0 1 2-0.05
00.05
0 1 2-0.05
00.05
0 1 2-0.05
00.05
135
Critério de decisão do sistema QPSK:
Se o sinal de mensagem que chega ao receptor está na região Z4, diz-se que o dibit
10 foi enviado; se cai na região Z3, escolhe-se o dibit 00 ; e assim por diante.
O sinal recebido será da seguinte forma x(t) = si(t) + w(t) 0 ≤ t ≤ T i = 1, 2, 3, 4.
Onde si é o sinal transmitido e w(t) é o ruído AWGN de média zero e densidade espectral
de potência igual a 2
N0 .
Definam-se:
∫= T0 11 dt (t) x(t) x φ ,
[( ) 1 1 w
4
1 - 2i cos E x + ] =
π
( ) 2T0 22 w
4 1-2isen E - d (t) x(t) x +
== ∫πφ
que serão as coordenadas em φ1 e φ2, sendo w1 e w2 ruído AWGN de média zero e
variância 2
N0 .
Calculando-se a probabilidade de erro para a região Z4 e todas as outras serão
iguais, já que existe uma simetria geral.
Com base nos valores das coordenadas de φ1 e φ2, isto é, x1 e x2 podemos saber se o
sinal recebido (sinal transmitido + ruído) está dentro da região Z4 ou não, claro que, se o
dibit 10 foi transmitido. Então, caso o dibit 10 tenha sido transmitido e o sinal recebido
tem coordenadas fora de Z4, teremos um erro.
136
x2
Região de
decisão correta
x1
Região de
decisão errada
Calculemos a probabilidade de acerto Pc que é mais fácil.
[( ) 1 1 w
4
1 - 2i cos E x + ] =
π
Logo, a probabilidade de erro será 1 – Pc.
Para i = 1 média [ x1 ] = 1 1
π 2 Emédia [ E cos( ) + w ] = E + w =
4 2 2
Onde 1w = 0 x1 será normal de média 2
E + e variância
2
N0 ,
x2 será normal de média 2
E + e variância
2
N0 .
Logo:
( ) ( )2
0
20
01
0
10
0c dx
N
E/2 - x -exp
N
1 dx
N
E/2 - x -exp
N
1 P
= ∫∫
∞∞
ππ
137
Daí,
=
00c 2N
Eerfc
21
-12N
Eerfc
21
-1P
2
02N
E erfc
2
1 - 1 P
=
c
A probabilidade de erro será: Pe = 1 – Pc
=
0
2
0e 2N
Eerfc
4
1 -
2N
Eerfc P
Como
02N
Eercf é da ordem de 10-4 (probabilidade de erro alta) ou menos,
como por exemplo 10-10 (probabilidade de erro baixa, dependendo da aplicação) temos que
( ) 4-24-4-2 10 10 4
1 - 10 erfc
4
1 - erfc ≈= . Ou seja, podemos aproximar Pe por
A energia E carrega informação sobre dois bits (dibit). Fazendo a
energia por bit igual a Eb, temos Eb = E/2. Então:
.
≈
0 e
N
Eberfc P
≈
0 e
2N
E erfc P
+
=
0
2
0c 2N
Eerfc
4
1
2N
Eerfc - 1 P
138
Geração de QPSK:
b(t) é a onda binária NRZ polar representada por bE + para o bit 1 e bE −
para o bit 0 b(t) é dividida em bits ímpares (b1(t) para o cos) e
pares (b2(t) para o seno).
Demodulação
139
140
Figura 6.7 - geração do sinal QPSK, dada a sequência 01101000
141
142
143
Modulação em quadratura: Minimum Shift Keying – MSK
Considere na modulaçõ FSK ou também chamada de CPFSK, os sinais de
informação
[ ]
[ ]
+
+=
0 símbolo (0) t f2cos T
2E
1 símbolo (0) t f2cos T
2E
s(t)
2b
b
1b
b
θπ
θπ
0 ≤ t ≤ Tb.
θ(0) é a fase no instante t = 0.
Na forma geral de modulação por frequência, tem-se:
[ ] Tb t0(t)tf2cosT
2Es(t) c
b
b ≤≤+= θπ
( ) tT
h (0) (t) f f
2
1 f
b21c
πθθ ±=+=
onde h = Tb(f1 – f2).
( )=
0 símbolo parah -
1 símbolo parah 0 - )(Tb π
πθθ
Logo, transmitindo-se o 1 aumenta-se a fase de πh radianos e se for o 0, a fase
decresce de πh rad.
144
• Valores ímpares de múltiplos de Tb [(2n+1) Tb] tem fase em valores ímpares de
múltiplos de πh;
• Valores pares de múltiplos de Tb levam a fase em valores pares de múltiplos de πh.
Se fizermos 2
1 h = , a fase só assume 0,
2 π± ou ± π, ou seja, valores ± 2 kπ. Então
com 2
1 h = a árvore de fase se reduz a:
145
Se para 2
1 h = enviarmos a sequência 1 1 0 1 0 0 0, e sendo θ(0) = 0, a fase se
comportará como mostrado na figura acima por traço em negrito, isto é, sai-se de 0 rad
2
- 0
2
2
2 0
ππππππ →→→→→→→
e chega-se a 0 rad em 7 Tb (para esta específica sequência).
Neste caso, s(t) pode ser colocado da seguinte forma:
[ ] antes estava como (t) t f2cos T
2E s(t) c
b
b →+= θπ
logo
tfsen2 (t)sen T
2E -t fcos2 (t) cos
T
2E s(t) c
b
bc
b
b πθπθ=
146
onde bb
T t 0 t 2T
(0) (t) ≤≤±= πθθ
positivo (+) para o bit 1 e negativo (-) para o símbolo 0, ou ainda
quadraturaemcomponente
cQ
faseemcomponente
cID tfsen2(t)s-tfcos2(t)s(t)s↑↑
= ππ
Considere a componente em fase:
Como t 2T
(0) (t)b
πθθ ±=
para 0 ≤ t ≤ Tb
se fizemos - Tb ≤ t ≤ 0, teremos a fase com resultado similar, isto é,
t2T
(t) (t)b
πθθ m=
A fase θ(0) será 0 ou ± π radianos.
Logo a polaridade do cos θ(t) só depende de θ(0) no intervalo – Tb ≤ t ≤ Tb.
Dessa forma,
t2T
cos (0)cos T
2E (t)cos
T
2E (t)s
bb
b
b
bI
πθθ ==
ou seja
sendo que o sinal (+) corresponde a θ(0) = 0 e o (-) corresponde a θ(0) = π.
bbbb
bI T t T - t
2T cos
T
2E (t)s ≤≤±= π
147
De forma similar, tem-se:
t2T
sen(Tb)senT
2E(t)sen
T2E
(t)sbb
b
b
bQ
πθθ ==
bbb
bQ 2T t 0 t
2Tsen
T
2E (t)s ≤≤±= π
sendo que o sinal (+) corresponde a 2
)(Tbπθ = e o (-) a
2 - )(Tbπθ = .
Na equação h = Tb(f1 – f2), com 2
1 h = tem-se
b21 2T
1 f - f = . A diferença de
frequências é metade da taxa de bits. Isto é o mínimo espaçamento entre as frequências
no FSK para que s1(t) seja ortogonal a s2(t).
Da discussão anterior, vê-se que θ(0) = θ(Tb) podem assumir os seguintes
valores:
1. Se θ(0) = 0 e θ(Tb) = 2
π; isto corresponde a transmissão do símbolo 1.
2. Se θ(0) = π e θ(Tb) = 2
π; isto corresponde a transmissão do bit 0.
3. Se θ(0) = π e θ(Tb) = - 2
π (ou
2
3π módulo 2π); temos a transmissão do bit 1.
4. Se θ(0) = 0 e θ(Tb) = - 2
π; corresponde a transmissão do bit 0.
148
Funções ortogonais correspondentes: φ1 e φ2
T t T-t fcos2 t2T
cos T
2 (t) bc
bb1 ≤≤
= ππφ
bcbb
2 2T t 0t fsen2 t2T
sen T
2 (t) ≤≤
= ππφ
s(t) = s1 φ1(t) + s2 φ2(t) 0 ≤ t ≤ Tb
onde:
(0) cos E dt (t) s(t) s b
b
TT- b11 θφ∫ ==
)(TsenE-dt(t)s(t)s bT-
0 b22b θφ∫ ==
Como θ(0) = 0 ou π, s1 = bE ± e como 2
)(Tbπθ ±= ,
b2 E s m= .
Temos então quatro possibilidades para (s1, s2)
( )bb E - ,E ; ( )bb E - ,E− ; ( )bb E ,E e ( )bb E ,E− .
Tabela – Caracterização do espaço de sinais de MSK
Símbolo binário transmitido
bT t 0 ≤≤
Estado de fases
)(T (0) bθθ
Coordenadas dos pontos
mensagens s1 s2
1 /2 0 π+ bb E - E +
0 /2 ππ + bb E - E −
1 /2 - ππ bb E E +−
0 /2 - 0 π bb E E ++
149
Exemplo – Geração do MSK
150
Critério de decisão
Chega o sinal x(t) na entrada do demodulador e calcula-se x1 e x2.
∫ +== b
b
TT- 1111 w s dt (t) x(t) x φ
∫ +== b2T0 2222 w s dt (t) x(t) x φ
w1 e w2 são ruídos independentes, aditivos de média zero e variância 2
N0
se x1 > 0 escolhe-se θ(0) = 0
se x1 < 0 escolhe-se θ(0) = π
se x2 > 0 escolhe-se θ(Tb) = - π/2
se x2 < 0 escolhe-se θ(Tb) = π/2
Combinando-se o par (s1, s2) decide-se que o bit transmitido foi o 0 ou o 1, de
acordo com a Tabela
• Probabilidade de erro
A modulação MSK é muito parecida com a modulação QPSK. A diferença está nas
funções ortonormais φ1 e φ2 e além disso no MSK, há necessidade de se usar memória já
que s1 é calculado de – Tb a Tb. Então a probabilidade de erro do MSK é idêntica ao do
QPSK, ou seja,
=
0
b2
0
be N
Eerfc
4
1 -
N
Eerfc P
N
Eerfc P
0
be
≈
151
Geração e demodulação síncrona do MSK
Gaussian minimum-shift keying
In digital communication, Gaussian minimum shift keying or GMSK is a continuous-phase frequency-shift keying modulation scheme. It is similar to standard minimum-shift keying (MSK); however the digital data stream is first shaped with a Gaussian filter before being applied to a frequency modulator. This has the advantage of reducing sideband power, which in turn reduces out-of-band interference between signal carriers in adjacent frequency channels. However, the Gaussian filter increases the modulation memory in the system and causes intersymbol interference, making it more difficult to discriminate between different transmitted data values and requiring more complex channel equalization algorithms such as an adaptive equalizer at the receiver. GMSK has high spectral efficiency, but it needs a higher power level than QPSK, for instance, in order to reliably transmit the same amount of data.
GMSK is most notably used in the Global System for Mobile Communications (GSM).
152
6.4 – Técnicas de Modulação Binária não Coerente (não Síncrona)
O Demodulação ortogonal não coerente
Suponha que após termos modulado a onda binária, obtemos dois sinais ortogonais
s1(t) e s2(t) no intervalo 0 ≤ t ≤ T. Estes dois sinais são afetados por um deslocamento de
fase (ruido que atua alterando a fase), onde o valor desse deslocamento é aleatório. Sejam
g1(t) e g2(t) os sinais deslocados em fase provenientes respectivamente de s1(t) e s2(t).
Supomos que g1(t) e g2(t) também são ortogonais, ou seja, as alterações de fase nos dois
sinais ortogonais são iguais.
Supondo que não haja ruido na fase, no receptor chega o sinal x(t)
T t0 w(t)(t)s w(t)(t)s
x(t)2
1 ≤≤
++
=
A demodulação é feita segundo a figura abaixo caso não exista o ruido de fase:
153
Supondo agora o ruido de fase, pode-se obter l1 e l2 segundo suas componentes em φ1 e φ2
e também suas componentes defasadas de 900, isto é, 21ˆ e ˆ φφ , para tentarmos retirar o
ruido de fase (veja item 4.8 desta apostila). Estas componentes 21ˆ e ˆ φφ são as
transformadas de Hilbert de φ1 e φ2. Caso φi seja da forma φi = m(t) cos2πfit, sua
transformada de Hilbert será tf2en m(t) ˆii πφ = , desde que o espectro de m(t) não se
superponha ao do cos2πfit.
Diagrama de bloco equivalente, na suposição que si(t) tenha sido transmitido: a figura a
seguir refere-se a deteção de si(t). O mesmo se aplica para todas as outras funções da
base.
154
Se s1(t) foi enviado, e se não houvesse ruído de fase, 1I
x seria proveniente de s1(t)
e nesse caso xQ1,= xI1 = xQ2 =0. Como existe ruído de fase, esses valores serão variáveis
aleatórias.
Então:
2
N ,EN será x 0
I1,
2
N 0,N será x 0
Q1,
2N
0,Nseráx 0I 2
,
2N
0,Nseráx 0Q2
,
xxl 2Q
22 22
+= I
155
Demonstra-se que sendo 1Ixe 1
Q xv.a.s normais idênticas de média zero
e 2
N 02 =σ , l2 será uma v.a. de Rayleigh dada por
( ) 0lNl
-expN2l
lf 20
22
0
22L2
≥
=
Desejamos achar a probabilidade de erro:
( ) ( ) 122l L12 l dl lf l lP Perro1 2
∀=>= ∫∞
10
21 l
N
l -exp Perro ∀
=
156
Porém l1 também é v.a. Logo teremos que tirar a média com relação a l1
2Q
2I
21 11
x x l +=
10
2Q
2I l
x x -exp Perro 11 ∀
+=
N
( ) ( )1111Q11I
11QIQXIX-
0
2Q
2I dx dx xf xf
N
x x -exp Perro ∫ ∫
∞+∞−
∞+∞
+=
( )( )111111 QI
2Q
2I
2Q
2I
0-
0
dx dx x E - x x x N
1 -exp
N
1 Perro
+++= ∫ ∫
∞+∞ π
Argumento da exponencial:
( )2
E2x
2
E-x2 xE-x xx 2
Q
2
I2Q
2I
2Q
2I 111111
++
=+++
=
++
2E
2x2E
-x2N1
-exp 2Q
2
I0
11
=00
2Q
0
2
I
2N
E -exp .
2/N
x -exp .
2/N
2
E - x
-exp 11
157
Logo,
1
1
I0
2
I
-00
e dx2/N
2
E-x
-expN
1.
2NE
-expP
= ∫
∞+∞ π
multiplicado por
1
1Q
0
2Q
-0
dx/2N
x-exp
N
1
∫
∞+∞ π
=
=
00e 2N
E -exp
2
1
2
1 .
2
1 .
2N
E -exp P
Então a probabilidade de erro na demodulação não síncrona (não coerente) é dada
por
=
0e 2N
E -exp
2
1 P
(1) Demodulação não coerente para o sistema binário FSK:
bib
bi T t 0t fcos2
T
2E (t)S ≤≤= π
158
Esquema da demodulação não coerente:
Probabilidade de erro Pe:
=
0
be 2N
E -exp
2
1 P
(2) Modulação DPSK – Differencial Phase Shift Keying
Na demodulação DPSK, duas operações básicas são feitas: codificação diferencial
seguida da modulação PSK. Isto é feito da seguinte forma: Toda vez que o bit 1 vai ser
transmitido, deixa-se a senoide do bit anterior com a mesma fase, ou seja, transmite-se o
mesmo sinal. Caso seja desejado transmitir-se o bit 0, avança-se a fase da senoide anterior,
ou seja, transmite-se a senoide anterior com polaridade trocada.
Exemplo: Deseja-se transmitir 0 1 1 1 0 0 1, então
159
DPSK é um exemplo de modulação não coerente quando é considerado num
intervalo de dois bits. Consideremos o intervalo de dois bits 0 ≤ t ≤ 2Tb. No primeiro
intervalo estamos transmitindo a forma de onda tf2 cos /2TE cbb π em 0 ≤ t ≤ Tb.
Transmissão do bit 1:
≤≤≤≤
=bbcbb
bcbb1 2T t Tt fcos2 /2TE
T t 0t fcos2 2T/E (t)s
ππ
Transmissão do bit 0:
≤≤+≤≤
=bbcbb
bcbb2 2T t T )tfcos(2 /2TE
T t 0 t fcos2 2T/E (t)s
πππ
Vê-se que no intervalo 0 ≤ t ≤ 2Tb, s1(t) e s2(t) são ortogonais.
Fazendo-se a demodulação não síncrona, tem-se que a probabilidade de erro será
dada por
=
o
be N
E -exp
2
1 P , conforme deduzido anteriormente.
Modulação e demodulação DPSK
Modulação:
160
Demodulação não síncrona:
Geração de DPSK: Equação lógica: k1-kk1-kk b d b d d ⊕= aritmética módulo2
bk 1 0 0 1 0 0 1 1
kb 0 1 1 0 1 1 0 0
dk-1 1 1 0 1 1 0 1 1
1-kd 0 0 1 0 0 1 0 0
1-kk d b 1 0 0 1 0 0 1 1
1-kk d b 0 0 1 0 0 1 0 0
dk 1 1 0 1 1 0 1 1 1
Fase transmitida 0 0 π 0 0 π 0 0 0
161
6.5 – Comparação entre as Técnicas de Modulação Binária e Quartenária
Estabelecendo-se que Eb é a energia para se transmitir um bit e que o ruído entrante
no sistema é aditivo, branco, de média zero e autocorrelação igual a N0/2, a probabilidade
de erro Pe é dada em função da relação energia de um bit por densidade de ruído: Eb/N0.
Tabela 6.4
Sinalização binária coerente Probabilidade de erro - Pe
a PDK cerente
b deteção coerente de DPSK
c FSK coerente
( )0b/NEerfc 2
1
( )
0b
20b /NEerfc
4
1 - /NEerfc
( )0b/2NEerfc 2
1
Sinalização binária não coerente
a DPSK
b FSK não coerente
( )0b/NE -exp 2
1
( )0b 2N/E -exp 2
1
Sinalização em quadratura coerente
a QPSK
b MSK
)N/E(erfc4
1)N/E(erf 0b
20b −
)N/E(erfc4
1)N/E(erfc 0b
20b −
162
Exemplo: Com uma relação Eb/N0 igual a 7,5 dB, teremos as seguintes probabilidades de
erro Pe:
FSK não coerente: Pe =
FSK coerente: Pe =
DPSK: Pe =
QPSK ou MSK ou DPSK coerentes: Pe =
PSK coerente: Pe = 1,25 10-3
163
6.6 – Técnicas de Modulação M-ária
(1) PSK M-ário
1-M, 2, 1, 0, i M
i2 t f2cos
T
2E (t)s ci L=
+= ππ
T
n f
M
i2 c
ci == πθ si(t) tem uma componente em cosseno e outra em seno.
Funções bases:
T t 0t fsen2 T
2 (t) t fcos2
T
2 (t) c2c1 ≤≤== πφπφ
Para o caso de M = 8, teríamos a seguinte representação:
164
A região de decisão sobre um determinado si(t) é dada por cada região entre
pontilhados.
si(t) = 2 x I cos2πfct + 2 x Q sen2πfct
QcT0
T0 iIci xdtfsen2(t)s xdttfcos2(t)s ==∫ ∫ ππ
=
I
Q1-
x
x tg θ̂
Em presença de ruído, teremos:
1-M , 2 1, 0, i w M
i2cos E x II L=+
= π
wI e wQ são variáveis aleatórias guassianas de média zero e variância 2
N 02 =σ . Estas
duas variáveis aleatórias são consideradas independentes.
Demodulação de si(t)
w M
i2cos E x QQ +
= π
165
Probabilidade de erro:
Como as regiões de decisões são simétricas, as probabilidades de erro em cada si(t)
serão iguais. Então basta calcular apenas uma delas. O caso mais simples é obtido para
tfcos2 T
2E (t)s c0 π= . As coordenadas em φ1 e φ2 serão E e zero. Observa-se
que s0(t) será limitada entre M
ˆ e M
- ˆπθπθ == , abaixo e acima do eixo φ1. A
probabilidade de acerto é dada por
( ) θθππ
ˆd ˆf P /M/M- 0c ∫=
onde ( )θ̂f é a função de distribuição de θ̂ .
+=
I
Q1-
w E
w tg θ̂
( ) . ˆsen N
E -exp ˆcos
N
E
N
E -exp
2
1 ˆf 2
00
+
= θθ
ππθ
166
vezes
θ̂cos N
Eerfc
2
1 - 1 .
0
θθθπ
π/Μ
πˆdˆsen
NE
-expˆcosNE
-1P-1P 2
0/M0ee
≈= ∫
−
≈M
sen N
Eerfc P
0e
π
para PSK M-ário síncrono com M ≥ 4.
Afim de se eliminar a necessidade de sincronismo no demodulador, pode-se usar
um sistema M-ário cujas fases sejam dados pelo deslocamento de fase em relação à forma
de onda anterior como no DSPK, ou seja, é o sistema M-ário DPSK.
A probabilidade de erro para o caso de M-ário DPSK é dada por:
167
4 M para 2M
sen N
2Eerfc P
0e ≥
≈ π
(2) QAM M-ário
Neste tipo de modulação, os sinais tem fase e amplitudes diferentes. No PSK M-ário, as
fases são diferentes, mas as amplitudes são iguais. A figura 6.24 abaixo mostra a
disposição de um QAM M-ário, com M = 16.
A disposição de sinais é chamada de constelação de sinais. A enumeração dos bits
segue o código de Gray, isto é, para um determinado ponto, seu vizinho mais próximo só
difere dele de um único bit.
O sinal QAM M-ário pode ser decomposto em duas componentes ASK L-árias (no
exemplo anterior L = 4, L2 = M) corespondentes às componentes em fase (φ1) e em
quadratura (φ2).
168
O sinal QAM M-ário é definido pelo sinal transmitido:
T t 0t fsen2 b T
2E t fcos2 a
T
2E (t)s ci
0ci
0i ≤≤+= ππ
onde E0 é a energia do sinal com a menor amplitude e ai e bi são inteiros independentes de
acordo com sua posição no espaço de sinais.
As funções bases são φ1 e φ2 dadas por:
T t 0t fsen2 T
2 (t) et fcos2
T
2 (t) c2c1 ≤≤== πφπφ
As coordenadas na constelação de sinais são dadas por ( )oi0i E b ,E a ,
onde
169
( )
( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
+++++
+++++
=
1L1,-L1L-3,L-1L-1,L-
3L1,-L1-L,3L-3-L1,L-
1)-L1,-L1-L3,L-1-L1,L-
b,a ii
L
MMM
L
L
onde L M=
No caso do exemplo anterior com M = 16, tem-se
( )
( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )
=
3- 3,3- 1,3- 1,-3- 3,-
1- 3,1- 1,1- 1,-1- 3,-
1 3,1 1,1 1,-1 3,-
3 3,3 1,3 1,-3 3,-
b ,a ii
- Probabilidade de erro do QAM M-ário
Para se calcular a probabilidade de erro da modulação QAM M-ária segue-se os
seguintes passos:
1. A probabilidade de acerto pode ser calculada por
( )( ) ( ) 2'e
'e
'ee P-1P-1.P-1P
21==
, 'e
'e
'e P P P
21==
P 'e1
= probabilidade de erro em φ1, idem φ2
onde 'eP é a probabilidade de erro numa das direções φ1 ou φ2. Isto pode ser feito
porque as componentes em fase e em quadratura são independentes (na verdade,
descorrelatadas) e por outro lado existe uma simetria total de modo que 'eP é o
mesmo em relação a φ1 e φ2.
170
2. Supondo que o sinal ASK L-ário em φ1 ou φ2 é afetado por um ruído aditivo de média
zero e densidade espectral 2
N0 , pode-se calcular a probabilidade de erro 'eP como
sendo
M L ond N
Eerfc
L
1 - 1 P
0
0'e =
=
3. A probabilidade de erro do QAM M-ário é dada por:
( )2'ece P-1-1P-1P ==
Logo a probabilidade de erro será:
≈0
0e N
Eerfc
M
1 - 12 P
A probabilidade de erro Pe pode ser colocada em função da energia média EAV dos
símbolos, ao invés da energia E0, já que essa última varia de acordo com a posição do
símbolo na constelação de sinais.
( ) ( )
3
E 1 - 2 1 - 2i
L
2E 2 E
0 L/2
1 i
2 0 AV
Μ =
= ∑ =
Obs.: AV significa “average” (média).
[ ] 22 2 ' e
' e
'e
' e
' e e 2P P - 2P P 2P - 1 - 1 P ≈ + = =
171
Logo:
( )
≈0
AVe N 1-M2
E 3erfc
M
1 - 12 P
para M = 4,
=
0
AVe 2N
Eerfc P , que é idêntica a calculada anteriormente (PSK
quaternário), onde nesse caso EAV = E, energia/símbolo
Figura – Constelação de sinais para o caso QAM quaternário (QPSK)
Modulação QAM M-ária:
172
Demodulação QAM M-ária:
Figura – Diagrama de blocos da (a)’modulação e (b) demodulação QAM M-ária
173
(3) FSK M-ário
Neste sistema o sinal transmitido é da forma
( ) T t 0 tn T
cos T
2E (t)s ci ≤≤
+= iπ
i = 1, 2, …, M; 2T
n f c
c =
e nc
é um inteiro, E é a energia do sinal transmitido.
As funções bases são em número M, dadas por
( ) T t 0 in T
cos T
2 (t) ci ≤≤
+= πφ .
O receptor ótimo consiste de M filtros correlatores. Na saida desses filtros,
amostra-se o sinal em t = kT e o receptor faz a decisão baseada no maior valor obtido.
A probabilidade de erro é dada por ( )
≤
0e 2N
Eerfc 1-M
2
1 P para a
demodulação síncrona. Na demodulação não-coerente (não-síncrona), a probabilidade de
erro é dada por
( )( )
++= ∑
=
+
o
k1-M
1-M
1k
1k
e N1kkE
-expC1k
1-P
.
Essa probabilidade de erro na demodulação não coerente pode ser aproximada por
≤
0e 2N
E -exp
2
1-M P .
174
(4) Comparação entre as técnicas de modulação M-ária
Na modulação M-ária, o que se ganha é banda-passante e em troca, deve-se
aumentar a potência de transmissão para se ter o mesmo desempenho. A tabela 6.5 abaixo
mostra a relação entre banda-passante para uma dada probabilidade de erro constante igual
a 10-4.
Tabela – PSK M-ário
Valor
de M
( )( ) binária passante banda
ária-M passante banda
( )( ) binário média potência
ário-M média potência
4 0,5 0,34 dB
8 0,333 3,91 dB
16 0,25 8,52 dB
32 0,2 13,52 dB
Obs.: A banda passante na 2ª coluna da tabela não diminui, na verdade é como se
diminuísse caso se usasse várias faixas de freqüências, já que a portadora é única fc.
6.7 – Espectro de Potência dos Sinais Modulados
Os sinais modulados são da forma s(t) = s1(t) cos2πfct – sQ(t) sen2πfct onde sI(t) é a
componente em fase e sQ(t), a componente em quadratura. sI(t) e sQ(t) são componentes de
baixa frequência e s(t) é um sinal contido numa banda de frequências em torno de fc.
Pode-se colocar s(t) na forma
( )[ ]tfj2exp (t)s~Re s(t) cπ=
onde (t)js (t)s (t)s~ QI += . (t)s~ é chamado de envoltória complexa.
Para se achar a densidade espectral de s(t), denominada de Ss(f), utilizamos a
densidade espectral de (t)s~ , a qual denominamos SB(f).
175
SS(f) é dada em função de SB(f) como:
[ ])f(fS+)f-(fS41
(f)S cBcBS +=
ou seja, desloca-se a densidade de SB(f) que é de frequência baixa, para em torno das
frequências fc e – fc, dividindo-se por 4.
(1) Espectro de potência de sinais binários PSK e FSK
Para PSK, bcb
bi T t 0t fcos2
T
2E (t)s ≤≤±= π
Então só temos a componente em fase igual a ± g(t), onde g(t) é igual a:
bb
b T t 0 T
2E g(t) ≤≤=
Logo:
( )( )2
b
b2
bB
fT
)fT(sen2EfS
ππ=
Para FSK, podemos adotar s(t) usado para deduzir a modulação MSK:
bb
cb
b T t 0 T
t f2cos
T
2E s(t) ≤≤
±= ππ
ou
176
tfsen2 T
tsen
T
2E t fcos2
T
tcos
T
2E s(t) c
bb
bc
bb
b ππππ
= m
onde o sinal (-) refere-se ao envio do bit 0 e o sinal (+) ao do bit 1.
A componente em fase bb
b
T
t cos
T
2E π não depende do bit 0 ou 1 pois não leva
em conta nenhum sinal. Logo não existe aleatoriedade nesta componente. O espectro de
potência é então formulado por dois impulsos:
+
bb
b
2T
1 f
2T
E δ e
bb
b
2T
1 - f
2T
E δ . Já a componente em quadratura leva em conta a aleatoriedade dos
bits transmitidos. Ou seja, temos a componente em quadratura como sendo
bT t 0 g(t) ≤≤± , onde
bbb
b T t 0 T
tsen
T
2E g(t) ≤≤= π
A densidade espectral da componente em quadratura será:
222b
2b
2b
b
g
1) - f(4T
f)T(cos 8E
T
(f)
ππψ
=
Juntando-se as densidades espectrais das duas componentes achamos:
( )( )222
b2
2b
bbb
bB
1-f4T
fcos8E2T1
f2T1
-fTE
(f)Sπ
πδδ bT+
++
=
177
Tendo-se SB(f) para o caso de PSK e FSK, podemos achar SS(f) para estas duas
modulações. Note-se que em FSK temos dois impulsos em ± fc. Estas componentes são
utilizadas como meio de sincronização do sistema FSK.
Calculando-se SS(f), temos o espectro de potência. A figura abaixo mostra tais
espectros para o caso de PSK e FSK.
(2) Espectro de potência dos sinais QPSK e MSK
QPSK:
O sinal QPSK é da forma
T t 0t fsen2 T
E t fcos2
T
2 (t)s cci ≤≤±= ππ m
Então as componentes em fase e em quadratura são iguais a pulsos da forma ± g(t),
onde b
b
2E E
2T T T t 0
ET g(t)
==
≤≤=
Dessa forma o espectro SB(f) é dado por:
178
( )quadraturaemcomponenteda
2
faseemcomponenteda
2B (Tf)sincETfsincE(f)S
↓↓+=
onde
2
fT
)fT(sen)x(Sinc
ππ=
MSK:
No MSK, dependendo de θ(0), a componente em quadratura é dada por ± g(t), onde
bbbb
b1 T t T -
2T
t cos
T
2E (t)g ≤≤= π
Então o espectro de g1(t) será
( ) 2
22b
b2
b
b
g
1 - f16T
fT2cos
E 16
2T
(f)1
= π
πψ
Para a componente em quadratura, dependendo de θ(Tb), está será igual a ± g2(t),
onde
bbb
b2 2T t 0
2T
tsen
T
2E (t)g ≤≤= π
Então a densidade espectral de g2(t) será
( ) 2
22b
b2
b
b
g
1 - f T 16
fT2cos
E 16
2T
(f)2
= π
πψ
Dessa forma SB(f) será a soma das duas componentes, dando então:
( ) 2
22b
b2
bB
1-fT16
fT2cosE32(f)S
= π
π
2
b
bb
2
B fT2fT2sen
4EfT
fTsen2E(f)S
=
=π
ππ
π
179
Os gráficos de SB(f) para o caso QPSK e MSK são mostrados abaixo:
(3) Espectro de potência de sinais M-ários
• PSK M-ário:
O sistema QPSK é um caso particular do PSK M-ário. Então procedendo-se como
anteriormente, o espectro de potência SB(f) do PSK M-ário é dado por:
2 b
2 b2b
2
Bsen[ log (M) π T f ]
[ log (M) π T f ]2 E log MS (f )
=
• FSK M-ário
A dedução de SB(f) para o sinal FSK M-ário é um pouco mais complicada.
É dada por:
180
( )
++
= ∑ ∑∑
= = =
M
1i
2M
1i
M
1j j
j2
i
iji2
2
i
ibB
sensencos
M
1sen2M1
4E(f)Sγ
γγ
γγγγ
γ
onde γi = ( f Tb - 4
iα ) π αi = 2i- (M+1) i=1,2,...M
181
182