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1 - PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

PARANÁGOVERNO DO ESTADO

FICHA CATALOGRÁFICA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA PROFESSOR PDE 2010

Título: A importância da aquisição de hábitos saudáveis para o desenvolvimento do adolescente.

Autor : Dilson Ribeiro de Oliveira.Escola de Atuação: Colégio Estadual Dr. Ubaldino do Amaral – E.F.M.Município da escola: Santo Antônio da Platina.Núcleo Regional de Educação:

Jacarezinho – PR

Orientador: Prof. Dr. Claudinei Ferreira dos Santos.Instituição de Ensino Superior:

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP).

Disciplina/Área: Educação Física.Produção Didático-pedagógica:

Unidade Didática para professores.

Relação Interdisciplinar:

Língua português. Biologia. Matemática.

Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio (vespertino).Localização: Rua Coronel Capucho nº 907.Apresentação: Este estudo busca verificar a influência entre os níveis de

atividade física, hábitos alimentares e estilo de vida no desempenho das capacidades motoras e níveis de adiposidade de uma amostra de adolescentes. Serão feitos testes motores, coleta de medidas antropométricas e cálculo do IMC, verificando apenas a aptidão física relacionada à saúde, incluindo somente aqueles componentes que podem prevenir doenças ou promover a saúde.Seu objetivo é promover dentro do processo educativo, conhecimentos, discussões, reflexões e atitudes, na busca de um estilo de vida saudável, com mais prazer, energia e saúde. Após a implementação do projeto espera-se levar os alunos a reconhecerem os benefícios da aquisição de hábitos que os levem a uma vida com mais saúde.

Palavras-chave: Adolescentes, estilo de vida, atividade física, nutrição

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PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

A IMPORTÂNCIA DA AQUISIÇÃO DE HÁBITOS SAUDÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ADOLESCENTE.

1 APRESENTAÇÃO

O movimento é inerente ao ser humano, desde o início da sua existência a

atividade física esteve sempre presente. Para garantir a própria sobrevivência, os

homens realizavam várias atividades como: correr, nadar, arremessar e caçar, o que

foi fundamental para perpetuação da espécie.

Na sociedade moderna, ocorreu uma diminuição na prática de atividades

físicas realizadas no cotidiano. Em função do processo de automação e

desenvolvimento tecnológico, ocasionaram mudanças no estilo de vida e hábitos

sociais da população.

O sedentarismo associado a uma alimentação inadequada, pode provocar no organismo humano, várias doenças e fatores de riscos prejudiciais ao seu desenvolvimento e para manutenção da saúde.

Muitos adolescentes em seu tempo livre, preferem a realização de atividades que envolvem pouca movimentação, não incorporando a atividade física em seus hábitos de vida.

Na comunidade escolar, observa-se que uma parcela de adolescentes nas séries finais do Ensino fundamental e Ensino Médio, preferem atividades que exigem pouco esforço físico. Também seus hábitos alimentares possuem um baixo teor nutritivo, e com alto valor calórico. Está havendo uma substituição da alimentação equilibrada recomendada, com nutrientes fundamentais para o seu desenvolvimento, pela ingestão de guloseimas, refrigerantes e demais alimentos industrializados. Estes hábitos comuns em uma sociedade moderna - alimentação inadequada associada ao sedentarismo - podem, além de prejudicar o desenvolvimento do adolescente e levar ao surgimento de doenças, dentre elas as doenças hipocinéticas, causadas pela falta de movimento corporal como diabetes, hipertensão arterial, osteoporose e outros fatores de risco que comprometem a saúde.

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Havendo mudanças de hábitos, a disciplina de Educação Física pode contribuir para levar os alunos ao conhecimento, através de pesquisas, debates e discussões sobre temas voltados para melhoria de sua vida.

A Educação Física tem uma missão que, se bem sucedida, gera resultados para toda a vida de uma pessoa. Se cumprida a sua missão, ela não fica apenas no passado, nas lembranças do tempo de escola, mas permanece presente sempre. (SABA, 2008: p. 56).

Assim, pode-se trabalhar além das práticas corporais, promover a conscientização sobre a importância da alimentação equilibrada e atividades físicas desde cedo como hábitos rotineiros em busca do desenvolvimento sadio favorecendo a vida adulta saudável.

2 ESTILO DE VIDA

A busca por uma vida com mais qualidade, levou o homem moderno a valorizar mais o “ter” do que o “ser”. Esta inversão de valores levou as pessoas a cada vez mais buscarem conquistas materiais esquecendo de si próprio e da sua saúde. O consumismo nos coloca que, temos que trabalhar para podermos adquirir bens que nos farão “mais felizes”. Com isso o homem moderno segue uma rotina exaustiva de tarefas que acaba contribuindo para o surgimento de vários males prejudicando sua saúde e o seu prazer de viver.

O estilo de vida do homem do século XXI conspira contra a saúde. É a correria, é a falta de tempo, são os compromissos em horários impróprios, é o acúmulo de atividades, muitas vezes desde a infância (SABA, 2008: p. 31).

Durante as primeiras décadas de vida, a principal atividade do organismo humano é “crescer” e se “desenvolver”, sendo que esses dois fenômenos, nesse período, ocorrem simultaneamente, tendo sua maior ou menor velocidade dependendo do nível maturacional e, em alguns momentos, das experiências vivenciadas pela criança e pelo adolescente. (KALBERG; TARANGER apud GUEDES; GUEDES, 1997, p. 11),

A fase da adolescência é um processo de formação, caracterizado por alterações físicas, psíquicas e sociais marcado por muita ansiedade, agressividade e

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insegurança, sendo estes reflexos da falta de conhecimento de si próprio, e do seu corpo; fase em que o indivíduo está sujeito a influências na escolha de seu estilo de vida. Da mesma forma que, adolescentes não estão ou são preparados para lidar com situações de conflito, frustrações, ansiedades e dificuldades de auto aceitação, e acabam buscando um estilo de vida influenciado pela mídia ou pelo seu grupo social, e sabe-se que muitas destas influências são nocivas à sua saúde.

Na adolescência, muitos já incorporaram hábitos de vida e que se não mudados, permanecerão pelo resto de suas vidas. Na opinião de Nahas (2006), existe uma grande necessidade de um trabalho educativo junto aos escolares sobre suas escolhas, para auxiliar e abrir discussões sobre esse momento.

Por sua vez, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE) da área de Educação Física enfatizam que:

[...] o corpo é entendido em sua totalidade, ou seja, o ser humano é o seu corpo, que sente, pensa e age. Os aspectos subjetivos de valorização - ou não - do corpo devem ser analisados sob uma perspectiva crítica da construção hegemônica do referencial de beleza e saúde, veiculado por mecanismos mercadológicos e midiáticos, os quais fazem do corpo uma ferramenta produtiva e um objeto de consumo (DCE 2008: p. 54)

O elemento articulador referente à cultura corporal e saúde permite entender a saúde como construção que supõe uma dimensão histórico-social. Portanto, é contrária à tendência dominante de conceber a saúde como simples volição (querer) individual. “Na esteira dessa discussão, propõe-se alguns elementos a serem considerados como constitutivos da saúde” (DCE, 2008, p. 55).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (O.M.S.), saúde é "um estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental, espiritual e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade".

Ao se admitir que muitos sintomas de algumas doenças são conseqüências de estágios mais avançados de maus hábitos de saúde, não se pode considerar, por exemplo, que crianças e adolescentes, ao apresentarem índices de crescimento aquém do esperado, ou, ainda, alguma deficiência em relação ao desempenho motor, possam demonstrar status de saúde satisfatório apenas porque, no momento, não estariam apresentando nenhum sintoma de qualquer tipo de doença (GUEDES;GUEDES: 1997, p. 3).

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O estilo de vida das pessoas passou a ser considerado de fundamental importância na promoção da saúde e prevenção de doenças.

De acordo com Nahas (apud ARAÚJO, 2009), hábitos saudáveis são definidos como sendo “um conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os valores e as oportunidades na vida das pessoas”.

Logo, atualmente o conceito de saúde é mais abrangente, pois não se deve esperar que uma doença se manifeste para tomar providências. A prevenção se dá principalmente através da aquisição de hábitos de vida saudáveis.

3 ATIVIDADE FÍSICA

O corpo humano foi constituído para ser ativo e o sedentarismo diminui a utilização dos músculos e articulações do corpo humano, comprometendo a aptidão física e o desempenho motor do indivíduo. Por outro lado, na sociedade atual o processo de automação e o uso das novas tecnologias proporcionaram mais comodidade e conforto às pessoas, mas consequentemente diminuiu as tarefas físicas mais intensas do cotidiano. As várias formas de lazer passivo como computador e televisão, têm diminuído o tempo em que os adolescentes poderiam estar ativos fisicamente.

Com a mudança do estilo de vida das pessoas, os exercícios físicos do seu cotidiano já não exigem tanto esforço como em outros tempos. A atividade física ficou deixada em segundo plano na vida de muitas pessoas. Entretanto, o homem está redescobrindo a necessidade dos exercícios físicos para a melhoria de sua vida e de sua saúde.

“A atividade física é definida como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso” (CASPERSEN et al apud GUEDES; GUEDES, 1997, p.11).

Alves (2003), considera que “ser fisicamente ativo desde a infância apresenta muitos benefícios, não só na área física, mas também nas esferas social e emocional, e pode levar a um melhor controle das doenças crônicas da vida adulta”.

Para Guedes; Guedes (1997), os componentes da aptidão física relacionado ao desempenho atlético, comparados com a aptidão física relacionada à saúde, apresentam abrangência bem mais restrita, incluindo somente aqueles componentes que podem prevenir doenças ou promover a saúde. Esses componentes da aptidão física relacionados com a saúde se caracterizam por apresentar uma forte influência

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do meio ambiente, são eles: resistência cardiorrespiratória, força, resistência muscular, flexibilidade e potência.

Através da realização de testes motores, pode-se obter informações do tipo “quantitativo”, que proporcionarão comparações inter (com outros indivíduos) e intra-indivíduos (consigo mesmo) para identificar o comportamento relacionado ao seu aspecto motor.

Na opinião de Guedes; Guedes (1997), os testes motores possibilitam informações relacionadas com variáveis que procuram evidenciar características de crescimento, composição corporal, desempenho motor e suas interações podem se constituir, reconhecidamente, em importantes indicadores dos níveis de saúde de uma população jovem.

É preciso procurar mudar o conceito relacionado à atividade física, principalmente quando ela é realizada apenas por obrigação ou por estar na moda, não conseguindo manter sua prática por muito tempo. A atividade física deve ser incorporada aos hábitos de vida, sendo realizada de forma prazerosa, em que cada um possa escolher entre suas várias formas o que lhe dê mais prazer, realizando por toda sua vida. “O melhor exercício é aquele que se pode fazer regularmente. A atividade física para crianças não pode ser punitiva e nem necessariamente competitiva, mas sempre prazerosa” (ALVES, 2003).

Dessa forma, durante a prática pedagógica, pode-se utilizar instrumentos voltados para diagnosticar a influência do sedentarismo no desempenho das atividades do cotidiano dos alunos. De posse dos dados, direciona-se a ação para a melhoria da aptidão física relacionadas à saúde, motivando a prática de atividade física de forma regular.

4 NUTRIÇÃO

“Uma alimentação adequada faz parte das necessidades básicas dos seres humanos” (SHERAFAT, 2011). Os alimentos consumidos geram a energia para manter em funcionamento suas funções vitais.

Nutrição: refere-se à abordagem das necessidades diárias de ingestão de carboidratos, de lipídios, de proteínas, de vitaminas e de aminoácidos e também de seu aproveitamento pelo organismo, no processo metabólico que ocorre durante uma determinada prática corporal (DCE, 2008).

A prevenção de doenças pode começar pela nutrição. Uma alimentação saudável é aquela composta por alimentos que atendam as necessidades que

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temos com a nossa saúde e pela água que também se constitui um elemento vital para o funcionamento do corpo. Alimentar-se bem é dar ao organismo tudo aquilo que ele necessita.

As fontes de energia não são tudo, nem o principal, de que o organismo precisa na alimentação. O equilíbrio do seu funcionamento é dinâmico, depende de uma complexa combinação de nutrientes e processos, alternando-se facilmente na falta ou na presença de um ou outro componente. Estabelecer e restabelecer esse equilíbrio é papel das vitaminas e minerais (micro nutrientes reguladores), que são os nutrientes mais escassos na alimentação da maioria das pessoas (SABA, 2008: p. 155).

Uma alimentação adequada e hábitos alimentares saudáveis desempenham importante papel no processo de crescimento, pois contribuem para o desenvolvimento de todo potencial do adolescente.

Para muitos adolescentes, a alimentação é somente uma maneira de saciar sua fome. Por este motivo eles preferem ingerir em maior quantidade alimentos que mais gostam, não reconhecendo que alimentação é a nossa fonte de energia, e que seus nutrientes são importantes para o crescimento e sua saúde no presente e futuro.

A mídia influencia na escolha da alimentação dos adolescentes; alimentos industrializados e mais saborosos substituem alimentos naturais e mais nutritivos, importantíssimos nesta fase das suas vidas.

Santos; Serra, (2003), observam que os meios de comunicação veiculam ou produzem notícias, representações e expectativas nos indivíduos com propagandas, informações e noticiário em que de um lado estimulam o uso de produtos dietéticos e práticas alimentares para emagrecimento e, de outro, instigam ao consumo de lanches tipo fast food . O que não deixa de ser contraditório, pois primeiro induzem a uma alimentação inadequada e depois oferecem produtos para os consumidores que querem emagrecer.

A atuação do professor de Educação Física é de suma importância para aprofundar a abordagem dos conteúdos, considerando as questões veiculadas pela mídia em sua prática pedagógica, de modo a possibilitar ao aluno discussão e reflexão sobre: a supervalorização de modismo, estética, beleza, saúde, consumo”. (DCE, 2008, p.62).

Os adolescentes são considerados grupos de risco, pois, muitos têm uma alimentação inadequada, uma vez que as refeições são substituídas por lanches, bolachas, chocolates, doces, salgadinhos e refrigerantes em grandes quantidades. A

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ingestão de uma grande quantidade de calorias e a inatividade física, consequentemente podem levá-los à obesidade.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o peso dos brasileiros vem aumentando nos últimos anos. De acordo com dados desse Instituto, em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estava acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A parcela dos meninos e rapazes de 10 a 19 anos de idade com excesso de peso passou de 3,7% (1974-75) para 21,7% (2008-09), já entre as meninas e moças o crescimento do excesso de peso foi de 7,6% para 19,4%. Também o excesso de peso em homens adultos saltou de 18,5% para 50,1% e ultrapassou, em 2008-09, o das mulheres, que foi de 28,7% para 48%. (IBGE, 2010).

TABELA DE CONTROLE DE PESO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Idade Excesso de peso Obesidade Meninos Meninas Meninos Meninos

2 18,4 18,0 20,1 20,12,5 18,1 17,8 19,8 19,53 17,9 17,6 19,6 19,4

3,5 17,7 17,4 19,4 19,24 17,6 17,3 19,3 19,1

4,5 17,5 17,2 19,3 19,15 17,4 17,1 19,3 19,2

5,5 17,5 17,2 19,5 19,36 17,6 17,3 19,8 19,7

6,5 17,7 17,5 20,2 20,17 17,9 17,8 20,6 20,5

7,5 18,2 18,0 21,1 21,08 18,4 18,3 21,6 21,6

8,5 18,8 18,7 22,2 22,29 19,1 19,1 22,8 22,8

9,5 19,5 19,5 23,4 23,510 19,8 19,9 24,0 24,1

10,5 20,2 20,3 24,6 24,811 20,6 20,7 25,1 25,4

11,5 20,9 21,2 25,6 26,112 21,2 21,7 26,0 26,7

12,5 21,6 22,1 26,4 27,213 21,9 22,6 26,8 27,8

13,5 22,3 23,0 27,2 28.214 22,6 23,3 27,6 28,6

14,5 23,0 27,2 28,0 28,915 23,3 23,9 28,3 29,1

15,5 23,6 24,2 28,6 29,316 23,9 24,4 28,9 29,4

16,5 24,2 24,4 28,9 29,417 24,5 24,7 29,4 29,7

17,5 24,7 24,8 29,7 29,818 25 25 30 30

Fonte: Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade Infantil).

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A prática reduzida de atividade física na adolescência é uma condição de desequilíbrio de energia, causando variações nas reservas, principalmente quando o consumo supera o gasto energético gerando ganho de peso, levando à obesidade.

De acordo com Guedes;Guedes (1997), obesidade, portanto não deve ser confundida pelo maior peso corporal, que pode ter como fator o desenvolvimento muscular associado a uma sólida constituição óssea, mas pelo excesso de tecido adiposo. Em algumas crianças, com peso corporal inferior para sua estatura, que pode ser simplesmente magra ou, de forma antagônica, demonstrar deficiências no desenvolvimento muscular e/ou na mineralização óssea. Existe o risco de que um adolescente com adiposidade elevada, de tornar-se um adulto obeso no futuro.

Os adolescentes, por estarem em processo de intenso crescimento e desenvolvimento, necessitam de uma dieta equilibrada com todos os nutrientes, porém sem excessos, principalmente de alimentos ricos em gorduras.

Portanto, é sensato pensar que a gordura não deverá ser um tecido totalmente indesejado no organismo humano; porém o controle dos excessos torna-se bastante importante, fundamentalmente em razão de o aumento de sua quantidade ser uma característica biológica inerente do próprio ser humano em determinados períodos da vida (KNITTLE, 1986) (apud GUEDES; GUEDES, 1997, p. 40).

Uma alimentação em que o consumo de alimentos energéticos prevalece e

um baixo nível de atividade física provoca o acúmulo de gordura no organismo dos

indivíduos. É preciso oportunizar a busca de conhecimento sobre os benefícios de

uma alimentação equilibrada em que os alimentos devem ser em quantidades

adequadas e equilibradas, suprindo assim todos os nutrientes indispensáveis para o

seu desenvolvimento.

5 TESTES MOTORES

Os testes motores são atividades realizadas a partir de atividades realizadas em ambientes propícios que simulam situações de determinada capacidade motora.

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5.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

Para a avaliação dos testes motores são sugeridos a utilização da bateria de testes propostos e normatizados por Guedes; Guedes (1997) ( em anexo)., para em crianças e adolescentes.

Já as tabelas de classificação de percentis (P) das variáveis antropométricas seguem as recomendações da OMS. A utilização de tabelas de percentis é adequada por idade e gênero, facilitando a interpretação e classificação do aluno avaliado em cada uma das variáveis utilizadas. Assim, de posse do resultado de um teste e da idade do aluno, deve ser identificado na tabela a linha correspondente a sua idade e após, identifique a coluna da tabela que apresente o valor mais próximo ao do avaliado.

Geralmente o valor estará no meio de duas colunas, identificando assim o canal onde o avaliado se encontra. Exemplificando no teste de velocidade: Uma menina de 8 anos tem o seu valor de 5,15 metros/segundo. Seu resultado a classifica como estando no canal P75 a P90. Isso significa que a menina tem seus valores maiores que 75% das meninas de sua idade e menor que apenas 10%. Dez por cento, devido ser o restante do P90 até atingir os 100%.

a) Teste motor que envolve flexibilidade.

O teste denominado “sentar-e-alcançar”, deve ser realizado com a utilização de um aparelho em forma de caixa medindo 30,5 x 30,5 x 30,5, tendo a parte superior plana com 56,5 cm., onde será fixada uma escala de medindo de 0 à 50 cm.; de modo que o referencial de 23 cm coincida com a linha de apoio dos pés. Partindo da posição sentada, com os joelhos estendidos, pés apoiados na caixa, o aluno deverá flexionar o tronco à frente, tentando alcançar com as mãos sobrepostas a maior distância possível, em relação à posição inicial, mantendo por um tempo aproximado de 2 segundos.

b) Teste motor que envolve velocidade.

Cada aluno se posicionará com afastamento ântero-posterior das pernas, com o pé da frente o mais próximo possível da linha de saída. Após um sinal sonoro partirá para uma corrida em linha reta em uma distância de 50 metros, procurando percorrer em um menor tempo possível esta distância, onde será cronometrado seu

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tempo, em apenas uma tentativa. Divide-se 50 pelo tempo gasto, sendo o valor expresso em metros por segundos (m/seg).

c) Teste motor que envolve potência.

Deverá ser realizado o teste de salto em distância parado, onde será fixado no solo uma trena de com 3 metros de comprimento. Cada aluno, partindo de uma posição parada, com os pés paralelos, executará um salto horizontal, tentando atingir uma maior distância possível, em até três tentativas.

d) Teste motor que envolve força e resistência muscular.

Deverá ser realizada em uma armação de madeira de 1,40 de altura, com uma barra de ferro de 1,50m de comprimento com regulagem a cada 5 cm, para que possa ser ajustada conforme o comprimento dos braços do avaliado. Cada aluno estando em decúbito dorsal, colocando-se pendurado, apenas os calcanhares em contato com o solo, fará a elevação de seu corpo até que a região da garganta toque a linha de demarcação colocada a dois espaços abaixo da barra, sendo computadas as tentativas realizadas de forma completa.

e) Teste abdominal modificado

Cada aluno estando em decúbito dorsal sobre um colchão de ginástica, joelhos flexionados, plantas pés em contato com o solo; quadris e joelhos flexionados; braços cruzados sobre o tórax; palma das mãos voltadas para os ombros opostos. O avaliado deverá elevar o tronco até o contato dos antebraços com as coxas, mantendo encostado ao peito, retornando à posição inicial. Serão considerados os movimentos realizados durante o tempo de 60 segundos.

f) Teste motor que envolve resistência cardiorrespiratória:

Teste de corrida ou caminhada de 9 ou 12 minutos.

O teste de corrida/caminhada de 9/12 minutos, poderá ser aplicado em uma pista de 400 metros, demarcada a cada 5 metros na sua borda interna, com auxílio de dois avaliadores. Um primeiro localizado no ponto de partida com a função de anotar o número de voltas do avaliado. O segundo posicionado próximo à metade de

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cada volta do percurso com a função de anunciar a cada passagem dos avaliados o tempo que resta para o término do teste, auxiliando-os a controlar o ritmo de execução.

O teste consiste em percorrer correndo e/ou caminhando a maior distância possível em 9 ou 12 minutos e ao seu final um dos avaliadores emitirá um sinal sonoro para que os avaliados deixem de se locomover, esperando pelos avaliadores para que estes possam registrar a distância percorrida.

Para os avaliados com 12 anos de idade ou menos, independentemente do sexo, o tempo de duração do teste será de 9 minutos, enquanto os avaliados com 13 anos ou mais o tempo de duração do teste será de 12 minutos.

O resultado do teste será distância percorrida pelo avaliado registrada com os mais próximos 5 metros, tendo, sendo permitido somente uma tentativa. Os testes poderão ser executados com grupos de 15 à 20 avaliados, para evitar congestionamento no espaço físico. A unidade de medida dos resultados deste teste é metros/min.

Teste de Léger

Outra opção de teste para medir a resistência cardiorrespiratória, é o teste de

Léger ou vai-e-vem de 20 metros, desenvolvido por Léger e Lambert em 1982 para

avaliar a potência aeróbica máxima (VO2máx.) Neste teste os alunos realizam um

percurso de 20 metros em regime de vai e vêm a uma velocidade controlada por

sinais sonoros (bip’s) contidos em um CD1 .

Materiais necessários

• Espaço de 20 metros, demarcados no solo por duas fitas (quadra de voleibol

18 metros, mais um metro de cada lado), figura p.13.

• Cones de demarcação colocados sobre as linhas, com 1 metro de distância

entre eles (para definir corredores).

• Fita métrica (trena).

• Aparelho de CD, com gravação de áudio dos bip's.

• Folha de registro.

• Cronômetro.

1 A gravação do áudio pode ser encontrada na internet em sites de busca, utilizando as palavras chaves: navette, vai-e-vem, teste de Léger.

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Figura 1: Espaço físico para aplicação do teste de Léger

Fonte: Duarte;Duarte, 2001.

Antes do início do teste.• Escolher entre 6 e 10 alunos para serem avaliados.• Explicar aos participantes os procedimentos do teste e esclarecer dúvidas.• Realizar alguns exercícios de aquecimento.• Executar alguns percursos para adaptação dos participantes ao sinal sonoro.

Para o início do teste os participantes devem ser posicionados na linha de partida aguardando o primeiro sinal sonoro (bip). O teste inicia-se a uma velocidade de 8,5 km.h-1, sendo constituídos por estágios de um minuto.

Em cada estágio (cada minuto), o intervalo entre os sinais sonoros vão diminuindo, exigindo um aumento da velocidade (0,5 km.h-1) dos participantes, que deverão cruzar a linha antes do próximo sinal sonoro.

O teste será encerrado quando o participante desistir, ou não conseguir atingir a linha demarcada por duas vezes consecutivas. Deverá ser registrado o número de percursos completos realizados por cada participante em uma ficha, excluindo o percurso no qual foi excluído.

A duração do teste depende da aptidão cardiorrespiratória do avaliado, sendo máximo e progressivo, menos intenso no início e se tornando mais intenso no final, perfazendo um total possível de 21 minutos (estágios), (DUARTE;DUARTE, 2001).

O VO2máx é calculado a partir do último estágio atingido pelo avaliado, utilizando a equação:

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VO2máx=31,025+3,238*veloc–3,248*idade+ 0,1536*idade*velocidade

Em que: VO2 em ml/kg/min; veloc = velocidade em km/h (no estágio atingido);

id = idade em anos.

Para facilitar na determinação da velocidade em km/h em que o aluno terminou o teste, pode-se utilizar a seguinte orientação: estágio 1=8,5 km/h, 2=9 km/h, 3=9,5km/h e assim sucessivamente até o máximo de 21 estágios.

g) Antropometria e Composição Corporal

Para as medidas da estatura, deverá ser utilizado um estadiômetro (ou uma fita métrica anexada à parede) e para a coleta da massa corporal, utilizar uma balança eletrônica ou mecânica (calibrada). Após isso, calcular o índice de massa corporal (IMC), expressos em kg/m2.

O IMC é uma medida utilizada para medir a obesidade, adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). É o padrão internacional para avaliar o grau de obesidade. O cálculo do IMC é feito dividindo massa corporal (peso) (em quilogramas), pela estatura (em metros ao quadrado), mediante a seguinte fórmula:

IMC= Massa Corporal / (Altura)2

Crianças com valores de IMC entre P85 e P95 são diagnosticadas das com sobrepeso. Já crianças com valores de IMC acima do P95 são diagnosticadas como crianças obesas. Por outro lado, crianças com valores de IMC inferiores a P5 são classificadas como crianças desnutridas (NATANAEL, 2003).

Para coleta de dados referentes a análise da composição corporal, deve ser utilizadas as medidas das espessuras de dobras cutâneas nas regiões tricipital e panturrilha, segundo a técnica descrita por Harrison et al (1988). As medidas serão realizadas no hemicorpo direito do avaliado, através de um compasso específico do tipo Harpenden, Lange ou Cescorf (figura 2, p.15) Estas medidas devem ser realizadas com o avaliado em posição ortostática (em pé) e em repouso, sem nenhum tipo de vestimenta sobre a região a ser manuseada.

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Na região tricipital a espessura da dobra cutânea deve ser determinada paralelamente ao eixo longitudinal do braço em sua face posterior, na distância média entre a borda súpero-lateral do acrômio e o olecrano.

Na região da panturrilha a espessura da dobra cutânea deve ser obtida com o avaliado sentado, mantendo um ângulo de 90o. A medida é realizada no ponto de maior massa muscular da face medial da perna, com a dobra sendo mensurada no sentido longitudinal.

Figura 2: Coleta das medidas, tricipital e panturrilha

Fonte: Pitanga, 2005.

De posse dos valores das espessuras das dobras cutâneas tricipital e panturrilha, para a estimativa da composição corporal, de ambos os sexos, deve ser utilizada as equações propostas por Slaugther, (1988), que utiliza a soma dessas dobras cutâneas (TR+PAN), para todas as idades (7 a 18 anos), independente da etnia, conforme segue abaixo:

Meninos de todas as idades: % GC (gordura corporal) = 0,735 (TR+PAN) + 1,0

Meninas de todas as idades: % GC (gordura corporal) = 0,610 ( TR+PAN) + 5,1

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6. SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Para que a implementação de um projeto que vise diagnosticar os aspectos

físicos/motores e comportamentais em relação a alimentação dos alunos produza

resultados confiáveis é necessário adotar algumas regras como:

1. no início da implementação deverá ser feito a coleta das medidas antropométricas

(massa corporal e estatura);

2. demonstrar como é realizado o cálculo do IMC, orientando os alunos sobre como

fazer sua identificação no gráfico de referência;

3. fazer a avaliação da composição corporal através do protocolo de Slaughter

(1988);

4. realizar os testes motores referentes à aptidão física relacionados com a saúde

que são: resistência cardiorrespiratória, força, resistência muscular, flexibilidade e

potência, tabulando os resultados de acordo com as tabelas de referência.

5. Atividades com textos explicativos para esclarecimentos, de maneira a envolvê-

los para maior êxito do projeto.

6. Aplicar questionário para fazer um diagnóstico da turma, verificando seus hábitos

alimentares e estilo de vida.

7. Apresentação de vídeos mostrando as várias possibilidades de atividades físicas,

oportunizando o conhecimento e/ou a vivência das várias formas de práticas

corporais. Assim cada aluno terá oportunidade de escolher o que mais lhe agrada,

fazendo com que se torne um hábito de vida.

8. Promover palestras com nutricionistas para orientações de uma alimentação

equilibrada e saudável.

9. Realizar pesquisas sobre temas voltados à promoção de hábitos saudáveis, assim

como sobre os fatores de riscos para a saúde do adolescente: uso de drogas;

doenças sexualmente transmissíveis, sedentarismo e suas conseqüências;

alimentação inadequada dentre outros.

10. Promover debates sobre as influências que os adolescentes sofrem em relação

ao seu estilo de vida.

Após a implementação repetir os testes motores e da composição corporal,

para verificação dos resultados de cada aluno.

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Fazer uma dinâmica onde cada aluno irá expor suas experiências positivas e

negativas, durante a implementação do projeto.

REFERÊNCIAS

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ARAÚJO, T. R. O. Fatores que afetam a qualidade de vida na adolescência. (2009). Disponível em: < www.webartigos.com.>. Acesso em: 20 mar. 2011.

COOPER, K.H. Aptidão física em qualquer idade. Rio de Janeiro: Unilivros Cultural, 1983.

DUARTE, M. F. S., DUARTE, C. R. Validade do teste aeróbico de corrida de vai-e-vem de 20 metros (2001). Disponível em: < www.cev.org.br . >. Acesso em 29 jul. 2011.

______. Crescimento. Composição corporal e desempenho motor de crianças e adolescentes. São Paulo: CLR BALIEIRO, 1997.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. POF 2008-2009: desnutrição cai e peso das crianças brasileiras ultrapassa padrão internacional. Disponível em: <www.ibge.gov.br.>. Acesso em: 11 maio 2011.

HARRISON GC, et al. Skinfold thicknesses and measurement technique. In: LOH-MAN TG, ROCHE AF, MARTORELL R. Anthropometric standardization refer-ence manual. Champaign, IL: Human Kinetics. 1988.

NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativa. 4. ed.rev. e atual. Londrina (PR): Midiograf, 2006.

NATANAEL V. O manejo da obesidade infantil. Revista Abeso, n. 4; 1-7, 2003.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – OMS. OMS e um novo conceito de saúde Disponível em: < ww.who.int/countries/bra/es/>. Acesso 12 abr. 2011.

PARANÁ. Diretrizes curriculares da educação básica. Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.

PITANGA, F.J.G. Testes, medidas e avaliação em educação física e esportes, Phorte, 2005.

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SABA, F. Mexa-se: atividade física, saúde e bem-estar. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2008.

SANTOS, E. M., SERRA, G. M. A. Saúde e mídia na construção do corpo perfeito (2003). Disponível em: < www.scielo.br >. Acesso em: 15 mar. 2011.

SHERAFAT, F. D. Nova teoria de hierarquia das necessidades humanas. Disponível em: < www.webartigos.com.>. Acesso em: 29 jul. 2011.

Tabela de controle de peso em crianças e adolescentes. Disponível em: www.abeso.org.br. Acesso em: 09 ago. 2011.

Tabela disponível em: < www.cdc.gov/growthcharts>. Acesso em: 29 jul. 2011.

Tabela disponível em: < www.calculoimc.com.br > Acesso em: 29 jul. 2011.

VANLOAN M.D, et al. Skinfold equations for estimation of body fatness in children and youth. Human Biology, v. 60, 1988, p.709-723.

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ANEXOS

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TABELAS CLASSIFICAÇÃO POR PERCENTIL DOS TESTES MOTORES (GUEDES & GUEDES).

1-Teste motor que envolve flexibilidade:

Faixa etária Média

PercentisP5 P10 P25 P50 P75 P90 P95

Moças7 26,98 21,01 22,06 24,94 27,62 30,18 22,16 34,20

8 27,42 19,78 20,86 23,82 26,59 29,39 32,31 33,37

9 26,85 19,10 20,24 23,39 26,34 29,37 32,43 33,55

10 26,49 18,88 20,10 23,51 26,69 29,94 33,29 34,49

11 26,99 19,01 20,33 24,03 27,48 30,94 34,64 35,94

12 27,76 19,39 20,82 24,81 28,52 32,17 36,26 37,66

13 29,38 19,92 21,45 25,69 29,66 33,45 37,90 39,41

14 30,80 20,50 22,11 26,55 30,71 34,62 39,34 40,92

15 31,33 21,04 22,69 27,22 31,50 35,50 40,33 41,96

16 31,10 21,42 23,07 27,58 31,86 35,90 40,63 42,28

17 30,75 21,55 23,16 27,47 31,63 35,64 40,02 41,62

Rapazes7 26,71 20,49 21,55 24,31 27,00 29,69 32,44 33,50

8 26,36 19,33 20,44 23,41 26,22 29,06 32,01 33,12

9 26,14 18,28 19,44 22,63 25,59 28,58 31,75 32,90

10 24,68 17,38 18,60 22,00 25,15 28,31 31,70 32,91

11 24,97 16,68 17,97 21,59 24,95 28,30 31,92 33,19

12 24,87 16,22 17,58 21,43 25,03 28,60 32,45 33,81

13 25,14 16,04 17,50 21,59 25,45 29,25 33,36 34,80

14 26,35 16,20 17,76 22,11 26,24 30,31 34,68 36,23

15 27,72 16,72 18,42 23,04 27,46 31,83 36,48 38,15

16 29,29 17,67 19,52 24,43 29,16 33,85 38,80 40,61

17 30,17 19,08 21,11 26,34 31,37 36,42 41,71 43,67

Fonte: Guedes & Guedes, 1997.

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2-Teste motor que envolve velocidade

Faixa etária Média

Percentis

P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95

Moças

7 4,52 3,82 3,93 4,21 4,48 4,75 5,03 5,14

8 4,72 4,10 4,21 4,48 4,75 5,01 5,28 5,39

9 4,94 4,34 4,44 4,72 4,98 5,24 5,51 5,61

10 5,12 4,54 4,64 4,92 5,17 5,43 5,70 5,81

11 5,32 4,70 4,80 5,08 5,33 5,59 5,87 5,97

12 5,47 4,75 4,88 5,20 5,46 5,72 6,00 6,11

13 5,59 4,81 4,91 5,23 5,55 5,82 6,11 6,22

14 5,61 0,00 4,97 5,28 5,55 5,88 6,18 6,29

15 5,63 4,88 4,99 5,30 5,60 5,88 6,23 6,34

16 5,69 4,90 5,02 5,32 5,61 5,91 6,23 6,35

17 5,52 4,91 5,02 5,33 5,62 5,92 6,24 6,36

Rapazes

7 4,79 4,19 4,29 4,57 4,83 5,09 5,37 5,47

8 5,02 4,38 4,49 4,77 5,03 5,29 5,58 5,68

9 5,35 4,58 4,69 4,97 5,23 5,50 5,78 5,89

10 5,48 4,78 4,89 5,17 5,44 5,71 5,99 6,10

11 5,63 4,98 5,09 5,38 5,65 5,92 6,21 6,32

12 5,85 5,18 5,29 5,59 5,86 6,14 6,43 6,54

13 6,03 5,39 5,50 5,79 6,07 6,35 6,65 6,76

14 6,31 5,59 5,70 6,01 6,29 6,57 6,88 6,99

15 6,50 5,80 5,91 6,22 6,51 6,80 7,11 7,22

16 6,81 6,01 6,12 6,44 6,73 7,02 7,34 7,45

17 6,88 6,22 6,33 6,66 6,95 7,25 7,57 7,69

Fonte: Guedes & Guedes, 1997.

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3-Teste motor que envolve potênciaFaixa etária Média

PercentisP5 P10 P25 P50 P75 P90 P95

Moças7 104,48 81,08 84,99 95,20 105,74 115,92 126,16 130,06

8 116,57 89,92 94,05 104,92 115,62 126,19 136,99 141,12

9 120,93 97,64 101,95 113,38 124,28 135,19 146,50 150,81

10 128,87 104,22 108,68 120,59 131,70 142,94 154,68 159,14

11 140,20 109,68 114,24 126,55 137,90 149,43 161,54 166,11

12 143,65 114,00 118,65 131,26 142,87 154,66 167,07 171,72

13 144,51 117,20 121,88 134,71 146,61 158,63 171,29 175,96

14 151,79 118,72 123,17 136,02 149,12 161,34 174,17 178,84

15 150,53 119,28 123,95 136,92 149,29 161,92 174,89 179,34

16 153,49 120,03 124,59 137,57 150,41 162,79 175,73 180,37

17 146,31 120,22 124,85 137,87 150,46 162,99 175,97 180,53

Rapazes7 113,04 89,33 91,73 103,69 114,97 126,06 138,01 142,41

8 123,64 95,10 99,66 111,75 123,22 0,00 146,49 151,06

9 133,63 103,13 107,86 120,16 131,90 143,26 155,56 160,29

10 139,01 111,43 116,34 128,93 140,99 152,63 165,22 170,13

11 151,40 120,00 125,10 138,04 150,51 162,51 175,45 180,55

12 157,82 128,84 134,15 147,51 160,45 172,90 186,27 191,57

13 168,09 137,95 143,47 157,33 170,80 183,80 197,67 203,19

14 180,17 147,32 153,07 167,52 181,58 195,21 209,65 215,40

15 189,73 156,97 162,95 178,03 192,77 207,14 222,22 228,20

16 210,79 166,88 173,11 188,91 204,39 219,57 235,37 241,60

17 212,89 177,06 183,55 200,14 216,42 232,51 249,10 255,59

Fonte: Guedes & Guedes, 1997.

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4. Teste motor que envolve força e resistência muscular

4.1. Flexão e extensão dos braços em suspensão na barraFaixa etária Média

PercentisP5 P10 P25 P50 P75 P90 P95

Moças7 7,39 0,00 0,21 3,90 7,17 10,06 13,34 14,258 6,99 0,00 0,19 3,49 6,85 9,93 13,43 14,619 7,28 0,00 0,17 3,15 6,58 9,81 13,46 14,8610 6,65 0,00 0,15 2,90 6,35 9,68 13,44 14,9911 7,39 0,00 0,13 2,72 6,17 9,56 13,38 15,0112 7,00 0,00 0,10 2,62 6,04 9,44 13,26 14,9213 6,56 0,00 0,07 2,59 5,95 9,33 13,09 14,7214 6,26 0,00 0,04 2,64 5,91 9,21 12,86 14,4115 6,56 0,00 0,01 2,77 5,92 9,10 12,59 13,9816 6,41 0,00 0,00 2,98 5,98 8,99 12,26 13,4517 5,38 0,00 0,00 3,26 6,08 8,88 11,89 12,80

Rapazes7 8,41 1,24 2,38 5,69 8,29 10,90 14,21 15,178 8,96 0,55 1,73 5,49 8,83 12,16 15,92 17,149 10,47 0,10 1,34 5,50 9,44 13,38 17,54 18,9810 10,40 0,00 1,21 5,71 10,14 14,57 19,06 20,6911 11,53 0,00 1,34 6,12 10,91 15,71 20,50 22,2812 13,13 0,23 1,72 6,72 11,77 16,82 21,83 23,7313 14,26 0,76 2,36 7,53 12,71 17,90 23,07 25,0614 14,73 1,54 3,25 8,54 13,74 18,93 24,23 26,2615 17,31 2,56 4,40 9,75 14,84 19,93 25,28 27,3316 17,57 3,83 5,81 11,17 16,03 20,89 26,25 28,2717 18,60 5,34 7,47 12,78 17,29 21,81 27,12 29,08

Fonte: Guedes & Guedes, 1997.

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4.2.Teste abdominal modificado

Faixa etária Média

Percentis

P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95

Moças

7 24,86 13,30 15,29 21,48 27,04 32,53 38,72 40,71

8 27,10 14,54 16,55 22,61 27,99 33,27 39,32 41,34

9 27,89 15,47 17,50 23,43 28,66 33,75 39,68 41,70

10 28,33 16,10 18,12 23,94 29,04 33,97 39,78 41,81

11 28,23 16,42 18,43 24,13 29,12 33,94 39,64 41,65

12 27,58 16,44 18,41 24,02 28,91 33,65 39,25 41,23

13 27,71 16,15 18,08 23,59 28,41 33,10 38,60 40,54

14 26,92 15,55 17,43 22,85 27,62 32,30 37,71 39,59

15 26,18 14,65 16,46 21,79 26,54 31,24 36,57 38,38

16 25,63 13,45 15,17 20,43 25,16 29,92 35,18 36,90

17 22,50 11,94 13,56 18,75 23,50 28,35 33,54 35,16

Rapazes

7 27,03 14,48 16,29 21,63 27,05 31,89 37,22 39,03

8 28,20 17,19 18,90 23,89 28,95 33,63 38,62 40,32

9 30,37 19,54 21,16 25,90 30,68 35,26 39,99 41,62

10 31,72 21,52 23,08 27,66 32,25 36,77 41,35 42,91

11 33,05 23,13 24,66 29,17 33,66 38,18 42,69 44,22

12 34,26 24,38 25,90 30,43 34,91 39,47 44,00 45,52

13 35,56 25,26 26,79 31,44 35,99 40,65 45,30 46,83

14 36,78 25,77 27,34 32,20 36,91 41,72 46,58 48,15

15 37,41 25,92 27,54 32,72 37,66 42,67 47,85 49,47

16 36,96 25,70 27,41 32,98 38,26 43,52 49,09 50,80

17 37,64 25,12 26,93 32,99 38,69 44,25 50,31 52,13

Fonte: Guedes & Guedes, 1997.

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5. Teste motor que envolve resistência cardiorrespiratória.Faixa etária Média

PercentisP5 P10 P25 P50 P75 P90 P95

Moças7 144,90 113,22 118,12 131,52 144,16 159,80 170,20 175,10

8 149,25 114,64 119,79 133,86 147,13 160,40 174,46 179,61

9 148,71 115,60 120,96 135,59 149,40 163,21 177,85 183,20

10 147,95 116,08 121,62 136,73 150,98 165,24 180,35 185,88

11 149,95 116,10 121,77 137,26 151,87 166,49 181,97 187,65

12 156,25 115,15 121,42 137,19 152,07 166,95 182,72 188,49

13 152,43 114,73 120,57 136,53 151,58 166,63 182,59 188,43

14 149,91 113,34 119,22 135,26 150,39 165,53 181,57 187,45

15 151,07 111,49 117,36 133,39 148,52 163,65 179,68 185,55

16 151,56 109,16 114,99 130,92 145,95 160,98 176,90 182,74

17 141,81 106,37 112,13 127,85 142,69 157,53 173,25 179,01

Rapazes7 155,20 121,98 126,83 140,06 152,55 165,04 178,28 183,13

8 158,41 124,63 130,25 145,59 160,06 174,54 189,88 195,49

9 166,34 127,84 134,09 151,14 167,23 183,32 200,37 206,62

10 171,70 131,61 138,34 156,72 174,06 191,40 209,77 216,50

11 178,91 135,94 143,01 162,32 180,54 198,76 218,07 225,14

12 187,71 140,83 148,10 167,95 186,68 205,42 225,27 232,54

13 188,35 146,27 153,60 173,61 192,49 211,37 231,37 238,70

14 192,35 152,28 159,52 179,29 197,95 216,60 236,37 243,61

15 198,74 158,84 165,86 184,99 203,06 221,13 240,27 247,28

16 208,12 165,97 172,61 190,73 207,84 224,95 243,08 249,71

17 206,47 173,65 179,77 196,50 212,28 228,06 244,78 250,90

Fonte: Guedes & Guedes, 1997.

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Tabela de classificação do VO2 máx.

Nível de Aptidão Física de Cooper para Mulheres - VO2 max. ml(kg.min)-1

Idade Muito Fraca

Fraca Regular Boa Excelente Superior

13 - 19 -25 25,1 a 39,9

31,0 a 34,9 35,0 a 38,9

39,0 a 41,9 > 42,0

Nível de Aptidão Física de Cooper para Homens - VO2 max. ml(kg.min)-1

Idade Muito Fraca

Fraca Regular Boa Excelente Superior

13 - 19 -35 35,1 a 38,3

38,4 a 45,1 45,2 a 50,9

51,0 a 55,9 > 56,0

Fonte: Cooper, 1983.

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Gráfico referente ao IMC de meninos de 0 à 20 anos

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Gráfico referente ao IMC de meninas de 2 à 20 anos

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Gráfico referente á massa corporal e estatura de meninos de 2 à 20 anos

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Gráfico referente à massa corporal e estatura de meninas de 2 à 20 anos

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Classificação de gordura corporal relativa de crianças e adolescentes de 7 a 17 anos.

Classificação Masculino FemininoExcessivamente Baixa

Até 6% Até 12%

Baixa 6,01 a 10% 12,01 a 15% Adequada 10,01 a 20% 15,01 a 25%Moderadamente alta 20,01 a 25 % 25,01 a 30%Alta 25,01 a 31% 30,01 a 36%Excessivamente alta Maior que 31,01% Maior que 36, 01 % Fonte: Bristish Journal of Nutrition, v. 63, n. 2, 1990.

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