Urografia excretora - Abordagem completa

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Urografia Excretora

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HEITOR LEANDRO heitorleandroadm@gmail.com

O que é a urografia excretora? A urografia excretora ou (U. Intravenosa)

- (Pielografia Excretora) é um exame radiológico que faz uso de um contraste iodado para estudar a árvore excretora urinária a partir dos rins, visando avaliar a estrutura e funcionamento de todo sistema urinário.

Fluxo do sistema; Capacidade funcional dos rins; Obstruções.

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IndicaçõesAs principais indicações clínicas da urografia

excretora incluem: 1- Aumento da massa abdominal (crescimento anormal

que envolve o abdômen) 2- Cálculos renais ou ureterais (pedras) 3- Traumatismo renal (pancada) 4- Dor no flanco 5- Hematúria (sangue na urina) 6- Hipertensão renal ( aumento da pressão interna no rim) 7- Infecções do trato urinário 8- Nefroptose (queda do rim com o paciente em pé) 09- Carcinoma de bexiga (CA) 10- Rim em ferradura (formato de ferradura) 12- Hidronefrose (dilatação do rim por obstrução) 13- Pielonefrite (inflamação do trato urinário ascendente) 14 – Hipernefroma (Carcinoma de células renais )

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Contra-Indicações Bronquite asmática. Reações alérgicas à todo e qualquer produto

que tenha Iodo. Anúria, ou ausência de excreção de urina. Doença renal ou hepatite grave. Insuficiência renal aguda ou crônica. Insuficiência cardíaca congestiva. Anemia falciforme. (predominante em negros) Feocromocitoma. (tumor raro da glândula

adrenal) Diabetes. Uso de Glucophage/metformina). (medicamento

para diabetes que deve ser interrompido 48h antes do exame). Evitar Acidose láctica

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PREPARO DO PACIENTE Início no dia anterior Almoço normal, evitando apenas

alimentos que deixem resíduos (verduras, legumes, feijão, milho verde,etc)

14:00h dissolver 1 envelope de Picolax em um copo de água, deixar na geladeira e tomar as 14:30h

É necessário tomar bastante líquido (o laxante provoca diarréia)

Medicações habituais (exceto METIFORMINA)

Jejum a partir das 23:00h exceto líquidos5

CRIANÇA 1 a 4 Anos: 1 Supositório de Glicerina 3h

antes do exame – Jejum absoluto 5 a 7 Anos: 1 CP de Ducolax 20h antes e

1 Supositório de Glicerina 3h antes do exame.

8 a 12 Anos: 30ml de Laxol 20h antes e Supositório de Glicerina 3h antes.

Medicações habituais (exceto METIFORMINA)

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PREPARO DO PACIENTE

Realizar limpeza intestinal por via retal (fleet-enema) se necessário, e conforme pedido do médico radiologista que realizará este exame.

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PROCEDIMENTOS FINAIS Coleta da anamnese; Explicar todo o procedimento ao

paciente e sobre o exame a ser realizado;

Serão feitas várias radiografias com o tempo marcado a cada radiográfico.

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PREPARO DA SALA1. Tipo e quantidade corretos de

contraste (iônico e não iônico)2. Agulhas estéreis incluindo scalps

19/21 3. Algodão, álcool e esparadrapo4. Torniquete (garrote)5. Bacia ou toalha para vômito6. Identificador de tempo de cada

radiografia7. Faixa compressora

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Fatores Técnicos

Radiografia panorâmica do abdome: deve-se usar em torno de 65-75 KV, um mAs alto e baixo tempo de exposição, principalmente para otimizar a visualização das lesões que contêm cálcio.

Contraste iodado iônico/não-iônico venoso. Normalmente utiliza-se 1ml/kg de peso. ( 75 kg = 75 ml de contraste) injetado em BOLO. 4 a 5ml por Segundo.

Obs: O exame deve ser acompanhado por médico radiologista que a qualquer momento, a depender da situação e da indicação do exame, pode alterar o protocolo básico.

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Contraste

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CONTRASTE PCT SEM ANTECENDENDE ALERGICO:

Pode-se utilizar contraste iodado iônico.

PCT COM ANTECENDENTES ALERGICOS

(não especifico ao IODO)Realizar preparo profilático a base de antialérgicos;Utilizar contraste iodado não iônico.

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REAÇÕES LEVES

Náuseas e vômitos Prurido Espirros Extravasamento: queimação ou

dormência no local da injeção Resposta vasovagal (medo):

fraqueza, tonteira, sudorese, sensação de desmaio

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REAÇÕES MODERADAS

Exige medicação

Urticária excessiva Taquicardia Urticárias gigantes Muito vômito

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REAÇÕES GRAVES Exigem tratamento IMEDIATO

Pressão arterial muito baixa Parada cardiorrespiratória Perda da consciência Convulsões Edema laríngeo Cianose Dificuldade respiratória Choque profundo

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PÓS ADM DE CONTRASTE SEGUNDO ANTONIO BIASOLI

A maior parte das reações adversas ocorrem 25 minutos após a administração do contraste. O paciente deve ser orientado quanto estes infortúnios e jamais deve ficar só durante o exame.

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Considerações sobre a administração de contraste por Técnico em Radiologia.

Resolução nº 2 de 2005 CONTERArt. 6º - Todos os exames que necessitam de contraste iodados ou outros produtos farmacológicos para a sua realização, incluindo procedimentos médicos, deverão ser executados em conjunto com o médico, respeitando as atribuições profissionais de cada um. (LEI No 7.394)

Parágrafo único - Não é de competência do Técnico ou Tecnólogo em Radiologia a administração de produtos radiofármacos. http://www.conter.gov.br/uploads/legislativo/n._022005.pdf

Resolução nº 6 de 2009 CONTERPermanece o Artigo nº 6 e o Artigo nº 8 revoga o parágrafo único do mesmo artigo da Resolução nº 2 de 2005.http://www.conter.gov.br/uploads/legislativo/n_062009.pdf

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2005 2009

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Considerações sobre a administração de contraste por Técnico em Radiologia.

 

CONTER em resolução deixou a questão no ar, apenas atribui responsabilidade ao medico, que deve supervisionar o exame. Resolução nº 6 de 28/05/2009 / CONTER

CFM a pedido do CRTR 6ª Região (Porto Alegre - RS), se pronunciou dando autonomia ao profissional de radiologia, desde que este tenha treinamento e habilitação para o procedimento e devendo ser supervisionado pelo medico.

  http://aproterj.com.br/noticias/81-destaques/131-os-profissionais-das-tecnicas-radiologicas-podem-administrar-contraste

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Faixa de Compressão

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Contra Indicação Para o Uso de Faixa de Compressão

Possíveis cálculos ureterais.

Massa abdominal.

Aneurisma de aorta. (saliência ou inchaço na parte da aorta que passa pelo abdômen)

Cirurgia abdominal recente.

Dor abdominal intensa.

Trauma abdominal agudo.

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Anatomia de Estudo

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CONTRASTE

Estudo Renal

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FILTRAGEM

• Por dia: 180 L

• Por hora: 7,5 L

• Por minuto: 125 ml

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Protocolo Básico de Exame Urografia Excretora

- Radiografia simples panorâmica (planigrafia dos rins sem contraste);

- Injetar rapidamente o contraste;

- Radiografia panorâmica 5 minutos após o início da injeção do contraste;

- Fazer compressão se o paciente não estiver com dor ou se o paciente suportar a compressão;

- Radiografia localizada 10 minutos;

- Soltar a compressão ao realizar a radiografia panorâmica de 15minutos;

- Radiografia panorâmica 20 minutos;

- Radiografia panorâmica 25 minutos em ORTOSTATICO, após esvaziamento vesical. Para observar resíduo de contraste em bexiga.

10 Passos Exame

Urografia Excretora

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1° Radiografia Piloto(panorâmica)

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1° Radiografia Piloto

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Serve para observar o preparo intestinal e se

a técnica está adequada para o

exame.Filme: 30x40 ou 35x43RC: Nível da C. Ilíaca

2° Contraste Iodado1ml/kg Injetado em bolo

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3° Localizada com 05 minutos

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3° Localizada com 05 minutos

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Estudar os cálices renais e pelve renal

cheios de contraste.

Pelve Renal

Cálice Renal

Ureter

4° Usar Faixa Compressora

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Posição de Trendelenburg

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5° Localizada com 10 minutos

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Estudar os cálices renais e pelve renal

cheios de contraste.

Pelve Renal

Ureteres

Cálice Renal

6° Soltar a Faixa

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7° Panorâmica com 15 minutos

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7° Panorâmica com 15 minutos

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radiografia panorâmica para documentar a

excreção pelos ureteres.

8° Panorâmica com 20 minutos

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8° Panorâmica com 20 minutos

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Realizar radiografia panorâmica

para documentar a excreção pelos

ureteres e esvaziamento

dos rins.

9° Bexiga pré-miccional (cheia)

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Incidência localizada de bexiga, pré miccional.

Obs: Esta incidência

fica a critério do medico.

10° Pós-miccional ou Residual(panorâmica)

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10° Pós-miccional ou Residual

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Incidência localizada de bexiga, pós

micção. Observa-se

resíduo de contraste em

bexiga..

Imagens Patológicas E

Variações Anatômicas

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Cálculos Renais

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A litíase/nefrolitíase, cálculo urinário ou pedra no rim, como são comumente

conhecidos os cálculos renais, na verdade são uma desordem causada

por uma estrutura cristalina que se forma nas várias partes do trato urinário.

São depósitos organizados de sais minerais nos rins ou em qualquer parte do

aparelho urinário.

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Nefrotomografia pós injeção de contraste, evidenciando cálculos renais bilaterais,

Rim esquerdo com cateter Duplo “J” implantado.

Cálculos Renais

Cateter Duplo J

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Cistos RenaisOs cistos renais são dilatações de alguma parte do nefron.

A principal razão para o aparecimento dos cistos é o aumento da pressão interna dos rins.

Estenose de JUP

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Junção Uretero-Piélica:

fechamento parcial ou total

da junção entre a pelve renal e o

ureter.

Estenose de Ureter

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Estreitamento de um segmento da ureter.

Imagem bem evidenciada nesta reconstrução

coronal na modalidade de

tomografia.

Divertículo Ureteral

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Urotomografia

São dilatações anormais da uretra

Podem ocorrer em homens mulheres

Ser congênitos ou adquiridos após o nascimento

Imagem adquirida por TC comreconstrução multiplanar.

Hipertensão Renal

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Aumento da pressão interna nos rins.

Para este protocolo necessita de intervalos menores para este estudo. (1min, 2min, 3min, 5min)

Hidronefrose (inchaço, dilatação do rim).

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Observa uma distensão da pelve renal e dos

cálices renais. Em sua maioria acontece por

cálculos na pelve renal ou ureteres, também

tumores que obstruem a excreção do contraste (urina), em gestantes pode ocorrer

se o feto estiver comprimindo os ureteres.

Hidronefrose

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Carcinoma de células Renais

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Fístula vesico-vaginal

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Fistula vesico-vaginal consiste de uma comunicação entre a bexiga e a vagina, levando a perda contínua de urina. As fistulas surgem principalmente após procedimentos cirúrgicos na região pélvica, em especial histerectomia. Outras causas como radioterapia, tumor de colo de útero, infecções, etc., também podem levar ao surgimento de uma fístula . Os principais sintomas são perda de urina contínua e infecção urinária, associadas a história de manipulação cirúrgica da região pélvica. A quantidade de perda urinária varia de acordo com a gravidade da fístula, ou seja, fístulas menores tendem a ter uma perda menor de urina.

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Fístula vesico-vaginal

Rim de Ferradura

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Imagem por Ressonância

Duplicidade Uretral

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Observa a duplicação de 1 ou dos 2 ureteres ou pelve renais.

Este fator não altera a saúde do paciente.

Duplicidade Uretral

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Duplicidade Uretral(peça anatômica)

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Rim ectópico

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É um rim normal que não ascende ao abdome, permanecendo na pelve.

Este fator não altera a saúde do paciente, embora nas mulheres, pode ela pode interferir no mecanismo do parto.

Imagem adquirida por TC com

reconstrução multiplanar.

Rim ectópico

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Nefroptose(patologia)

Nefroptose (também chamada de rim flutuante ou ptose renal) é uma condição anormal na qual o rim cai para baixo na pélvis quando o paciente é posto para cima. É mais comum em mulheres que em homens. Foi um das doenças mais controversas entre doutores em sua diagnose e seus tratamentos.

Realiza-se uma radiografia panorâmica, com o paciente de pé pós injeção de contraste iodado. É necessário uma boa imagem em ortostático, com os rins bem cheios de contraste. 67

Ectopia Renal cruzada

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Ectopia Renal cruzada

Referências Bibliográficas

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• Kenneth L. Bontrager, MA, RT(R) Tratado de Técnica Radiológica e Base Anatômica• Antonio Biasoli Jr. Técnicas radiográficas 2006

Outras Pesquisas Sites:• Pro-renal: www.pro-renal.org.br • CONTER: www.conter.gov.br• CRTR 6°: www.crtr6-rs.org.br• Radiologia Blog: www.crtr6-rs.org.br

ORIENTAÇÃO

Prof. RAQUEL FRANCISCA DA SILVA

Prof. JOÃO PEDRO VIEIRA COSTA

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