Comunicação e animação de grupos

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Comunicação e animação de Grupos

Esquema da Comunicação

Emissor Receptor Mensagem

Feed-Back

Codigo Codificação Canal Ruído…

FUNÇÕES DA COMUNICAÇÃO

Função de informação

Função de persuasão e motivação

Função de educação

Função de socialização

Função de distracção

FORMAS DE COMUNICAÇÃO

A LINGUAGEM VERBAL

É a utilização do código linguístico - as palavras.

Pode assumir uma forma oral - diálogo, rádio, televisão, telefone, etc.

Pode assumir uma forma escrita - livros, cartas, jornais, cartazes, etc.

A LINGUAGEM NÃO VERBAL

É a utilização de códigos não-verbais, ou seja, de sinais sonoros e visuais, que usualmente emitimos e recebemos através da “linguagem corporal”.

AS BARREIRAS AO PROCESSO DA COMUNICAÇÃO

Ao nível do emissor-receptor:

Deficiências físicas Habilidades comunicacionais Diferentes quadros de referência Estado de saúde Desmotivação

Ao nível da mensagem

Complexidade da mensagem Impertinência da mensagem

Ao nível do canal

Ruído

Ao nível do código Utilização de diferentes códigos

Ao nível do contexto

Desconhecimento do contexto Não adaptabilidade aos locais

SABER FALAR É :

Organizar as ideias antes de começar a falar;

Dizer apenas o que é importante;

Se o discurso tiver que ser mais longo, fazer um resumo no final;

Ser claro e directo;

Evitar ambiguidades e subentendidos;

Utilizar uma linguagem acessível.

SABER OUVIR É :

Interessar-se sinceramente pelo outro;

Parar de falar e predispor-se a ouvir;

Manter o contacto visual com o interlocutor;

Estar atento às necessidades, aspirações e receios do interlocutor;

Continuar a escutar mesmo que tenha percebido;

Dar o feed-back não verbal adequado;

Responder ou pôr algumas perguntas

Respeitar os silêncios do interlocutor e observar as suas reacções

Comunicação não verbal: “o corpo que fala“

A Linguagem Paralinguística é a forma, modo, como falamos. A voz transmite energia, entusiasmo, interesse, etc. É através da paralinguística que o sujeito veicula sentimentos, emoções, enriquecendo o conteúdo da mensagem verbal.

Devemos tomar em atenção:

Projecção: a voz deve ser projectada tendo em conta a distância com o interlocutor.

Tom: nem muito alto nem muito baixo, deve revelar confiança e interesse.

Timbre: agudo ou grave, sendo este segundo o mais indicado.

Articulação: não se deve arrastar nem comer as palavras. Deve-se abrir a boca e mexer os lábios.

Pronúncia: não devemos preocupar-nos com o nosso sotaque desde que pronunciemos as palavras todas.

Velocidade: em média devem pronunciar-se cerca de 120 palavras por minuto.

Modulação: opõe-se à monocordia. Ajuda a manter o interesse.

Sons parasitas: tais como “humm”, “ahh”, etc, devem ser evitados.

Silêncio - é fundamental no processo de comunicação e pode significar, entre outros, atitude de escuta; corte de comunicação; embaraço.

A Linguagem Cinésica

É a forma de comunicar que envolve os gestos e os movimentos do corpo que se padronizam pela herança cultural:

Os gestos - acompanham e reforçam a linguagem falada;

A postura - é a nossa forma de estar que transmite o nosso estado emocional;

A expressão facial - papel preponderante na interacção social e é a fonte de informação mais importante para a transmissão de sentimentos.

A Linguagem Proxémica

É a utilização do espaço ou o modo como as pessoas se colocam espacialmente em relação às outras

A distância física entre as pessoas depende:▪ da cultura;▪ do tipo de comunicação;▪ do tipo de relação que temos com quem

comunicamos.

FACTORES DE FIDELIDADE NA COMUNICAÇÃO

São o oposto das barreiras São quatro os factores de fidelidade:

HABILIDADES NA COMUNICAÇÃO ATITUDES NÍVEL DE CONHECIMENTO SISTEMA SÓCIO-CULTURAL

HABILIDADES NA COMUNICAÇÃO

Leitura

Audição

Escrita

Palavra

Raciocínio

ATITUDES

A atitude consigo mesmo

A atitude para com o assunto

A atitude para com o outro

NÍVEL DE CONHECIMENTO

Não se pode comunicar sobre aquilo que se desconhece

Por outro lado saber muito também pode ser bloqueador

Deve articular-se o que se sabe com o o nível de conhecimentos do receptor

SISTEMA SÓCIO-CULTURAL

Quer emissor quer receptor são influenciados pela sua posição sócio-cultural

O papel desempenhado socialmente também influencia

Há valores, padrões e formas de comunicação específicas dos vários grupos

Atitudes de comunicação

São um conjunto de palavras ou actos que revelam, de forma implícita ou explícita, uma

intenção em relação ao interlocutor

Atitude de avaliação

Esta atitude consiste em emitir um juízo de valor

Manifesta uma intenção de controlo do comportamento do nosso interlocutor.

Efeitos: Inibição; choque; revolta; tensão; activação de mecanismos de defesa; redução da capacidade de comunicar.

Atitude de orientação

Consiste em dar instruções ao outro sobre a forma como queremos que ele se comporte.

Provoca desnivelamento entre os intervenientes, e pode criar sentimentos de dependência.

Sensação de estar a ser encaminhado ou manipulado

Atitude de apoio

Consiste numa resposta “simpática”, que visa criar acima de tudo bom ambiente

Esta atitude procura atenuar o impacto de algumas situações, ou fortificar o clima positivo entre os interlocutores.

Conformismo; dependência ou recusa da dependência em relação ao outro; impasse na análise ou resolução dos problemas.

Atitude de interpretação

Consiste na explicitação das razões que julgamos estarem subjacentes ao comportamento do interlocutor

Se a explicitação for elaborada correctamente, correspondendo à realidade, poderá ser bem aceite.

Sentimento de incompreensão ou deturpação dos factos

Atitude de exploração

Consiste em pedir informações

Contribui normalmente para clarificar a informação

Aumenta a capacidade de análise do problema; mostra interesse pela situação apresentada; aumenta a profundidade da comunicação;

Atitude de compreensão(ou empática)

Esta atitude traduz-se em reformular claramente as palavras e actos do outro

É uma tentativa de emissor se colocar no lugar do interlocutor para melhor o compreender, como se fosse esse outro

Aumento da capacidade de análise e da racionalidade, sensação de estar a ser ouvido

O Grupo

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O Formador

Agente de mudança com:▪ Competências profissionais▪ Competências psico-sociais

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Intervenção do Formador Possibilitar e promover a participação

de cada formando;

Permitir que cada um possa falar e seja escutado por todos;

Aceitar informações de todos;

Promover relações cordiais entre todos os elementos do grupo;

Evitar situações de vencedores e vencidos;

Encontrar a solução mais aceitável para o grupo;

Ponderar argumentos.

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O Formador deve:

Conhecer-se bem, pessoal e profissionalmente;

Conhecer as características do grupo;

Adaptar os objectivos delineados aos formandos;

Seleccionar métodos e instrumentos pedagógicos mais eficazes;

Adoptar um estilo apropriado e eficaz para o grupo;

Controlar a eficácia pedagógica durante a formação;

Planificar cada sessão de formação;

Prever/prevenir (para evitar) situações de conflito;

Promover uma saudável relação social e pedagógica;

Contornar/vencer os momentos difíceis, tanto ao nível pessoal como do grupo.

Grupo é …

Um conjunto de indivíduos que interagem entre si e que possuem objectivos comuns.

CARACTERÍSTICAS

Interacção É uma reacção recíproca, em que cada

elemento procura situar o outro;

Estrutura Hierarquização dos elementos no grupo,

em que se estabelece a posição de cada elemento;

Coesão Expressa o grau de desejo de pertença

ao grupo;

Normas Modalidades funcionais das

comunicações, processos de intervenção, de trabalho, etc...

Objectivos São as metas que o grupo se propõe a

atingir

Fases do desenvolvimento grupal

Grupo Nominal É um aglomerado de pessoas mais ou menos

estranhas entre si, conhecendo quanto muito o nome ou as actividades profissionais

Grupo Fusional É a fase “quente” do grupo, em que os seus

membros deixam cair as suas “máscaras” e as primeiras linhas de defesa são abandonadas

Grupo Conflitual Os membros implicam-se pessoalmente

e tentam defender ideias e concepções individuais sobre a tarefa ou a organização

Grupo Unitário O grupo torna-se uma unidade de

funcionamento

Grupo Operativo O grupo, uma vez estabelecida a

segurança nas relações interpessoais, tende a estruturar-se em termos de autoridade e de papéis

Indivíduo ou grupo ?Será o rendimento do grupo superior ao do indivíduo?

Vantagens

Os grupos são mais preciso que os indivíduos, produzindo mais soluções correctas;

Cometem-se menos erros em grupo; A quantidade de informação

disponível é maior; Integram-se as contribuições

individuais; Interesse pela tarefa aumenta pelo

facto de se pertencer ao grupo.

Desvantagens

Dispersão e distracção perda de tempo;

Choque de personalidades e procura de liderança que resulta em conflito;

Dificuldade de aplicação de métodos de trabalho em grupo eficazes;

Confusão nas funções a desempenhar

Falta de produtividade de alguns membros

Alguns tipos de formandos…

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O Impecável

Sempre disposto a ajudar; Costuma estar bem informado sobre

variados assuntos; ou

Pode simplesmente ser um charlatão.

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O Impecável

Atitude Conveniente:

Dirigir-lhe as perguntas mais difíceis;

Reforçar a confiança do grupo;

Não permitir que o intimide a si ou ao grupo.

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O Sabichão

Gosta de impor a sua opinião a todos;

Seguro de si;

Participativo;

Colaborador, mas pouco monopolizador.

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O Sabichão

Atitude Conveniente:

As suas contribuições podem ser aproveitadas ( por vezes até utilizadas por todos)

Uma valiosa ajuda em situações de conflito ou mesmo em discussões de grupo

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O Explosivo

Costuma facilmente descontrolar-se;

Tem uma atitude impertinente;

Propenso a ataques despropositados de ira;

Levanta a voz com facilidade;

Causa desconforto no grupo.

53

O Explosivo

Atitude Conveniente:

O formador não deve intervir durante os seus acessos de ira, deve deixá-lo explodir à vontade;

Estas atitudes só farão com que se sinta ridículo;

O grupo acabará por perder o interesse pelas suas atitudes, ignorando-as.

54

O Agressivo

Gosta de ferir os demais;

Opõe-se a tudo;

Reage com agressividade a qualquer observação;

55

O Agressivo

Atitude Conveniente:

Manter-se tranquilo;

Promover esta mesma tranquilidade;

Tentar perceber os factores ou as motivações de tais atitudes;

Tratar do problema em privado.

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O Obstinado

Ignora, sistematicamente os pontos de vista dos outros;

Não admite críticas (nem a si próprio nem ao seu trabalho;

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O Obstinado

Atitude Conveniente:

Mostrar-lhe que todos podem ter uma opinião pessoal;

Promover a troca saudável de opiniões dentro do grupo;

Desmontar alguns dos seus pontos de vista com a ajuda do grupo.

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O Palhaço

Presta-se a todas as brincadeiras;

Troça de tudo (por vezes até de si próprio);

Esconde algumas dificuldades de aprendizagem;

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O Palhaço

Atitude Conveniente:

Elevar-lhe o amor próprio e o auto conceito em termos de aprendizagem;

Procurar sempre a sua contribuição/participação;

Chamá-lo para o grupo, inclui-lo.

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O Pretensioso

Procura situações para se auto promover;;

Tem atitude de superioridade em relação ao grupo;

Exibe os seu conhecimentos sempre que pode, mesmo que irrelevantes;

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O Pretensioso

Atitude Conveniente:

Não dar muita atenção aos seus discursos;

Procurar integrá-lo no grupo, fazendo-o “baixar a crista”;

Promover situações de igualdade de deveres e de direitos.

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O Eloquente

Fala interminavelmente;

Participa muito e em relação a qualquer assunto;

Parece estar sempre a fazer um discurso;

Intervém mesmo a despropósito, monopolizando as atenções.

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O Eloquente

Atitude Conveniente:

Tentar mantê-lo sempre muito ocupado, criando-lhe a ideia do seu trabalho ser indispensável;

Não permitir simplesmente que se afaste do tema em discussão.

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O Sabotador

Procura prejudicar o funcionamento normal dos trabalhos;

Reclama contra todas as incumbências;

Faz perguntas sem sentido para criar instabilidades;

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O Sabotador

Atitude Conveniente:

Cortar-lhe a palavra;

Responder seca e sucintamente às suas perguntas;

Assumir uma atitude segura e firme, sem nunca se intimidar;

Mostrar-lhe que pode ser facilmente dispensável para o grupo.