Comunicação e animação de grupos

65
Comunicação e animação de Grupos

Transcript of Comunicação e animação de grupos

Page 1: Comunicação e animação de grupos

Comunicação e animação de Grupos

Page 2: Comunicação e animação de grupos

Esquema da Comunicação

Emissor Receptor Mensagem

Feed-Back

Codigo Codificação Canal Ruído…

Page 3: Comunicação e animação de grupos

FUNÇÕES DA COMUNICAÇÃO

Função de informação

Função de persuasão e motivação

Função de educação

Função de socialização

Função de distracção

Page 4: Comunicação e animação de grupos

FORMAS DE COMUNICAÇÃO

A LINGUAGEM VERBAL

É a utilização do código linguístico - as palavras.

Pode assumir uma forma oral - diálogo, rádio, televisão, telefone, etc.

Pode assumir uma forma escrita - livros, cartas, jornais, cartazes, etc.

Page 5: Comunicação e animação de grupos

A LINGUAGEM NÃO VERBAL

É a utilização de códigos não-verbais, ou seja, de sinais sonoros e visuais, que usualmente emitimos e recebemos através da “linguagem corporal”.

Page 6: Comunicação e animação de grupos

AS BARREIRAS AO PROCESSO DA COMUNICAÇÃO

Ao nível do emissor-receptor:

Deficiências físicas Habilidades comunicacionais Diferentes quadros de referência Estado de saúde Desmotivação

Page 7: Comunicação e animação de grupos

Ao nível da mensagem

Complexidade da mensagem Impertinência da mensagem

Ao nível do canal

Ruído

Page 8: Comunicação e animação de grupos

Ao nível do código Utilização de diferentes códigos

Ao nível do contexto

Desconhecimento do contexto Não adaptabilidade aos locais

Page 9: Comunicação e animação de grupos

SABER FALAR É :

Organizar as ideias antes de começar a falar;

Dizer apenas o que é importante;

Se o discurso tiver que ser mais longo, fazer um resumo no final;

Page 10: Comunicação e animação de grupos

Ser claro e directo;

Evitar ambiguidades e subentendidos;

Utilizar uma linguagem acessível.

Page 11: Comunicação e animação de grupos

SABER OUVIR É :

Interessar-se sinceramente pelo outro;

Parar de falar e predispor-se a ouvir;

Manter o contacto visual com o interlocutor;

Estar atento às necessidades, aspirações e receios do interlocutor;

Page 12: Comunicação e animação de grupos

Continuar a escutar mesmo que tenha percebido;

Dar o feed-back não verbal adequado;

Responder ou pôr algumas perguntas

Respeitar os silêncios do interlocutor e observar as suas reacções

Page 13: Comunicação e animação de grupos

Comunicação não verbal: “o corpo que fala“

A Linguagem Paralinguística é a forma, modo, como falamos. A voz transmite energia, entusiasmo, interesse, etc. É através da paralinguística que o sujeito veicula sentimentos, emoções, enriquecendo o conteúdo da mensagem verbal.

Page 14: Comunicação e animação de grupos

Devemos tomar em atenção:

Projecção: a voz deve ser projectada tendo em conta a distância com o interlocutor.

Tom: nem muito alto nem muito baixo, deve revelar confiança e interesse.

Timbre: agudo ou grave, sendo este segundo o mais indicado.

Page 15: Comunicação e animação de grupos

Articulação: não se deve arrastar nem comer as palavras. Deve-se abrir a boca e mexer os lábios.

Pronúncia: não devemos preocupar-nos com o nosso sotaque desde que pronunciemos as palavras todas.

Velocidade: em média devem pronunciar-se cerca de 120 palavras por minuto.

Page 16: Comunicação e animação de grupos

Modulação: opõe-se à monocordia. Ajuda a manter o interesse.

Sons parasitas: tais como “humm”, “ahh”, etc, devem ser evitados.

Silêncio - é fundamental no processo de comunicação e pode significar, entre outros, atitude de escuta; corte de comunicação; embaraço.

Page 17: Comunicação e animação de grupos

A Linguagem Cinésica

É a forma de comunicar que envolve os gestos e os movimentos do corpo que se padronizam pela herança cultural:

Os gestos - acompanham e reforçam a linguagem falada;

A postura - é a nossa forma de estar que transmite o nosso estado emocional;

A expressão facial - papel preponderante na interacção social e é a fonte de informação mais importante para a transmissão de sentimentos.

Page 18: Comunicação e animação de grupos

A Linguagem Proxémica

É a utilização do espaço ou o modo como as pessoas se colocam espacialmente em relação às outras

A distância física entre as pessoas depende:▪ da cultura;▪ do tipo de comunicação;▪ do tipo de relação que temos com quem

comunicamos.

Page 19: Comunicação e animação de grupos

FACTORES DE FIDELIDADE NA COMUNICAÇÃO

São o oposto das barreiras São quatro os factores de fidelidade:

HABILIDADES NA COMUNICAÇÃO ATITUDES NÍVEL DE CONHECIMENTO SISTEMA SÓCIO-CULTURAL

Page 20: Comunicação e animação de grupos

HABILIDADES NA COMUNICAÇÃO

Leitura

Audição

Escrita

Palavra

Raciocínio

Page 21: Comunicação e animação de grupos

ATITUDES

A atitude consigo mesmo

A atitude para com o assunto

A atitude para com o outro

Page 22: Comunicação e animação de grupos

NÍVEL DE CONHECIMENTO

Não se pode comunicar sobre aquilo que se desconhece

Por outro lado saber muito também pode ser bloqueador

Deve articular-se o que se sabe com o o nível de conhecimentos do receptor

Page 23: Comunicação e animação de grupos

SISTEMA SÓCIO-CULTURAL

Quer emissor quer receptor são influenciados pela sua posição sócio-cultural

O papel desempenhado socialmente também influencia

Há valores, padrões e formas de comunicação específicas dos vários grupos

Page 24: Comunicação e animação de grupos

Atitudes de comunicação

São um conjunto de palavras ou actos que revelam, de forma implícita ou explícita, uma

intenção em relação ao interlocutor

Page 25: Comunicação e animação de grupos

Atitude de avaliação

Esta atitude consiste em emitir um juízo de valor

Manifesta uma intenção de controlo do comportamento do nosso interlocutor.

Efeitos: Inibição; choque; revolta; tensão; activação de mecanismos de defesa; redução da capacidade de comunicar.

Page 26: Comunicação e animação de grupos

Atitude de orientação

Consiste em dar instruções ao outro sobre a forma como queremos que ele se comporte.

Provoca desnivelamento entre os intervenientes, e pode criar sentimentos de dependência.

Sensação de estar a ser encaminhado ou manipulado

Page 27: Comunicação e animação de grupos

Atitude de apoio

Consiste numa resposta “simpática”, que visa criar acima de tudo bom ambiente

Esta atitude procura atenuar o impacto de algumas situações, ou fortificar o clima positivo entre os interlocutores.

Conformismo; dependência ou recusa da dependência em relação ao outro; impasse na análise ou resolução dos problemas.

Page 28: Comunicação e animação de grupos

Atitude de interpretação

Consiste na explicitação das razões que julgamos estarem subjacentes ao comportamento do interlocutor

Se a explicitação for elaborada correctamente, correspondendo à realidade, poderá ser bem aceite.

Sentimento de incompreensão ou deturpação dos factos

Page 29: Comunicação e animação de grupos

Atitude de exploração

Consiste em pedir informações

Contribui normalmente para clarificar a informação

Aumenta a capacidade de análise do problema; mostra interesse pela situação apresentada; aumenta a profundidade da comunicação;

Page 30: Comunicação e animação de grupos

Atitude de compreensão(ou empática)

Esta atitude traduz-se em reformular claramente as palavras e actos do outro

É uma tentativa de emissor se colocar no lugar do interlocutor para melhor o compreender, como se fosse esse outro

Aumento da capacidade de análise e da racionalidade, sensação de estar a ser ouvido

Page 31: Comunicação e animação de grupos

O Grupo

Page 32: Comunicação e animação de grupos

32

O Formador

Agente de mudança com:▪ Competências profissionais▪ Competências psico-sociais

Page 33: Comunicação e animação de grupos

33

Intervenção do Formador Possibilitar e promover a participação

de cada formando;

Permitir que cada um possa falar e seja escutado por todos;

Aceitar informações de todos;

Promover relações cordiais entre todos os elementos do grupo;

Page 34: Comunicação e animação de grupos

Evitar situações de vencedores e vencidos;

Encontrar a solução mais aceitável para o grupo;

Ponderar argumentos.

Page 35: Comunicação e animação de grupos

35

O Formador deve:

Conhecer-se bem, pessoal e profissionalmente;

Conhecer as características do grupo;

Adaptar os objectivos delineados aos formandos;

Seleccionar métodos e instrumentos pedagógicos mais eficazes;

Page 36: Comunicação e animação de grupos

Adoptar um estilo apropriado e eficaz para o grupo;

Controlar a eficácia pedagógica durante a formação;

Planificar cada sessão de formação;

Page 37: Comunicação e animação de grupos

Prever/prevenir (para evitar) situações de conflito;

Promover uma saudável relação social e pedagógica;

Contornar/vencer os momentos difíceis, tanto ao nível pessoal como do grupo.

Page 38: Comunicação e animação de grupos

Grupo é …

Um conjunto de indivíduos que interagem entre si e que possuem objectivos comuns.

Page 39: Comunicação e animação de grupos

CARACTERÍSTICAS

Interacção É uma reacção recíproca, em que cada

elemento procura situar o outro;

Estrutura Hierarquização dos elementos no grupo,

em que se estabelece a posição de cada elemento;

Page 40: Comunicação e animação de grupos

Coesão Expressa o grau de desejo de pertença

ao grupo;

Normas Modalidades funcionais das

comunicações, processos de intervenção, de trabalho, etc...

Objectivos São as metas que o grupo se propõe a

atingir

Page 41: Comunicação e animação de grupos

Fases do desenvolvimento grupal

Grupo Nominal É um aglomerado de pessoas mais ou menos

estranhas entre si, conhecendo quanto muito o nome ou as actividades profissionais

Grupo Fusional É a fase “quente” do grupo, em que os seus

membros deixam cair as suas “máscaras” e as primeiras linhas de defesa são abandonadas

Page 42: Comunicação e animação de grupos

Grupo Conflitual Os membros implicam-se pessoalmente

e tentam defender ideias e concepções individuais sobre a tarefa ou a organização

Grupo Unitário O grupo torna-se uma unidade de

funcionamento

Page 43: Comunicação e animação de grupos

Grupo Operativo O grupo, uma vez estabelecida a

segurança nas relações interpessoais, tende a estruturar-se em termos de autoridade e de papéis

Page 44: Comunicação e animação de grupos

Indivíduo ou grupo ?Será o rendimento do grupo superior ao do indivíduo?

Page 45: Comunicação e animação de grupos

Vantagens

Os grupos são mais preciso que os indivíduos, produzindo mais soluções correctas;

Cometem-se menos erros em grupo; A quantidade de informação

disponível é maior; Integram-se as contribuições

individuais; Interesse pela tarefa aumenta pelo

facto de se pertencer ao grupo.

Page 46: Comunicação e animação de grupos

Desvantagens

Dispersão e distracção perda de tempo;

Choque de personalidades e procura de liderança que resulta em conflito;

Dificuldade de aplicação de métodos de trabalho em grupo eficazes;

Confusão nas funções a desempenhar

Falta de produtividade de alguns membros

Page 47: Comunicação e animação de grupos

Alguns tipos de formandos…

Page 48: Comunicação e animação de grupos

48

O Impecável

Sempre disposto a ajudar; Costuma estar bem informado sobre

variados assuntos; ou

Pode simplesmente ser um charlatão.

Page 49: Comunicação e animação de grupos

49

O Impecável

Atitude Conveniente:

Dirigir-lhe as perguntas mais difíceis;

Reforçar a confiança do grupo;

Não permitir que o intimide a si ou ao grupo.

Page 50: Comunicação e animação de grupos

50

O Sabichão

Gosta de impor a sua opinião a todos;

Seguro de si;

Participativo;

Colaborador, mas pouco monopolizador.

Page 51: Comunicação e animação de grupos

51

O Sabichão

Atitude Conveniente:

As suas contribuições podem ser aproveitadas ( por vezes até utilizadas por todos)

Uma valiosa ajuda em situações de conflito ou mesmo em discussões de grupo

Page 52: Comunicação e animação de grupos

52

O Explosivo

Costuma facilmente descontrolar-se;

Tem uma atitude impertinente;

Propenso a ataques despropositados de ira;

Levanta a voz com facilidade;

Causa desconforto no grupo.

Page 53: Comunicação e animação de grupos

53

O Explosivo

Atitude Conveniente:

O formador não deve intervir durante os seus acessos de ira, deve deixá-lo explodir à vontade;

Estas atitudes só farão com que se sinta ridículo;

O grupo acabará por perder o interesse pelas suas atitudes, ignorando-as.

Page 54: Comunicação e animação de grupos

54

O Agressivo

Gosta de ferir os demais;

Opõe-se a tudo;

Reage com agressividade a qualquer observação;

Page 55: Comunicação e animação de grupos

55

O Agressivo

Atitude Conveniente:

Manter-se tranquilo;

Promover esta mesma tranquilidade;

Tentar perceber os factores ou as motivações de tais atitudes;

Tratar do problema em privado.

Page 56: Comunicação e animação de grupos

56

O Obstinado

Ignora, sistematicamente os pontos de vista dos outros;

Não admite críticas (nem a si próprio nem ao seu trabalho;

Page 57: Comunicação e animação de grupos

57

O Obstinado

Atitude Conveniente:

Mostrar-lhe que todos podem ter uma opinião pessoal;

Promover a troca saudável de opiniões dentro do grupo;

Desmontar alguns dos seus pontos de vista com a ajuda do grupo.

Page 58: Comunicação e animação de grupos

58

O Palhaço

Presta-se a todas as brincadeiras;

Troça de tudo (por vezes até de si próprio);

Esconde algumas dificuldades de aprendizagem;

Page 59: Comunicação e animação de grupos

59

O Palhaço

Atitude Conveniente:

Elevar-lhe o amor próprio e o auto conceito em termos de aprendizagem;

Procurar sempre a sua contribuição/participação;

Chamá-lo para o grupo, inclui-lo.

Page 60: Comunicação e animação de grupos

60

O Pretensioso

Procura situações para se auto promover;;

Tem atitude de superioridade em relação ao grupo;

Exibe os seu conhecimentos sempre que pode, mesmo que irrelevantes;

Page 61: Comunicação e animação de grupos

61

O Pretensioso

Atitude Conveniente:

Não dar muita atenção aos seus discursos;

Procurar integrá-lo no grupo, fazendo-o “baixar a crista”;

Promover situações de igualdade de deveres e de direitos.

Page 62: Comunicação e animação de grupos

62

O Eloquente

Fala interminavelmente;

Participa muito e em relação a qualquer assunto;

Parece estar sempre a fazer um discurso;

Intervém mesmo a despropósito, monopolizando as atenções.

Page 63: Comunicação e animação de grupos

63

O Eloquente

Atitude Conveniente:

Tentar mantê-lo sempre muito ocupado, criando-lhe a ideia do seu trabalho ser indispensável;

Não permitir simplesmente que se afaste do tema em discussão.

Page 64: Comunicação e animação de grupos

64

O Sabotador

Procura prejudicar o funcionamento normal dos trabalhos;

Reclama contra todas as incumbências;

Faz perguntas sem sentido para criar instabilidades;

Page 65: Comunicação e animação de grupos

65

O Sabotador

Atitude Conveniente:

Cortar-lhe a palavra;

Responder seca e sucintamente às suas perguntas;

Assumir uma atitude segura e firme, sem nunca se intimidar;

Mostrar-lhe que pode ser facilmente dispensável para o grupo.