colisões 2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL CENTRO DE TECNOLOGIA - CTEC

ENGENHARIA QUÍMICA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

COLISÕES ELÁSTICAS E INELÁSTICAS

ALUNO: RAFAEL DA SILVA OLIVEIRA DE HOLANDA

PROFESSOR(A): RODRIGO DE PAULA ALMEIDA LIMA

2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE TECNOLOGIA

ENGENHARIA QUÍMICA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

COLISÕES ELÁSTICAS E INELÁSTICAS

Relatório do experimento acima citado realizado

no laboratório de física 1, sob a orientação do

professor Rodrigo de Paula Almeida Lima,

como requisito para avaliação da disciplina

laboratório de física 1.

Maceió – 2014

3

Sumário

1. OBJETIVO ......................................................................................................................................... 4

2. MATERIAIS UTILIZADOS ................................................................................................................... 5

3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ................................................................................................. 6

4. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 8

5. RESULTADOS ................................................................................................................................. 12

6. CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 17

7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 18

8. ANEXO A ........................................................................................................................................ 19

9. ANEXO B ........................................................................................................................................ 20

10. ANEXO 1 ................................................................................................................................... 22

11. ANEXO 2 .................................................................................................................................... 23

12. ANEXO 3 .................................................................................................................................... 24

13. ANEXO 4 .................................................................................................................................... 25

14. ANEXO 5 .................................................................................................................................... 26

15. ANEXO 6 .................................................................................................................................... 27

4

1. OBJETIVO

Verificar a veracidade da lei de conservação do momento e da energia mecânica entre

dois corpos que colidem elasticamente e inelasticamente.

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2. MATERIAIS UTILIZADOS

Qt.

Trilho 120cm; 01

Cronômetro digital multifunções com fonte DC 12V; 01

Sensores fotoelétricos com suporte fixador (S1 e S2); 02

Y de final de curso com fixador U para elástico; 01

Unidade de fluxo de ar; 01

Cabo de força tripolar 1,5m; 01

Mangueira aspirador 1,5”; 01

Barreira para choque; 02

Suporte em U com elástico para choque; 01

Carrinho para trilho azul; 01

Carrinho para trilho preto; 01

Porcas borboletas; 02

Arruelas lisas; 07

Manípulos de latão 13mm 07

Balança digital. 01

Pino para carrinho com agulha 01

Pino para carrinho com massa aderente 01

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3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Parte I – Colisões Elásticas

Montamos o equipamento conforme esquema da Figura 3.

Figura 1 - Montagem experimental para estudo de colisões elásticas.

Fixamos nos carrinhos a bandeirinha e no primeiro carrinho o suporte em U com

elástico para choque. Ajustamos os sensores de tal modo que ficassem no centro do trilho e

pelo menos 0,40m um do outro. Colocamos o segundo carrinho entre os sensores S1 e S2, de

modo que permitisse a passagem completa do primeiro carrinho pelo sensor S1.

Selecionamos a função F3 do cronômetro e demos ao primeiro carrinho um impulso,

movimentando-o para se chocar com o segundo carrinho que estava em repouso (v = 0).

Quando o primeiro carrinho passou pelo sensor S1, o cronômetro foi acionado e medimos o

intervalo de tempo correspondente ao deslocamento de 0,10m (tamanho da bandeirinha).

Quando o segundo carinho passou pelo sensor S2, o cronômetro foi acionado e

medimos o intervalo de tempo correspondente ao deslocamento de 0,10m (tamanho da

bandeirinha).

Medimos a massa dos carrinhos m1 e m2.

Por fim, calculamos o momento e a energia cinética dos carrinhos antes e após a

colisão.

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Parte II – Colisões Inelásticas

Utilizamos o equipamento conforme esquema da Figura 1.

Fixamos nos carrinhos os acessórios para o choque inelástico (pino com agulha + pino

com massinha) e ajustamos os sensores de tal modo que fiquem no centro do trilho e pelo

menos 0,40m um do outro.

Colocamos o segundo carrinho entre os sensores, de modo que permitisse a passagem

completa do primeiro carrinho pelo primeiro sensor e selecionamos a função F3 do

cronômetro.

Demos ao primeiro carrinho um impulso, movimentando-o para se chocar com o

segundo carrinho que estava em repousou (v = 0). Quando o primeiro carrinho passou pelo

sensor S1, o cronômetro foi acionado e medimos o intervalo de tempo correspondente ao

deslocamento de 0,10m (tamanho da bandeirinha).

Quando o segundo carinho passou pelo sensor S2, o cronômetro foi acionado e

medimos o intervalo de tempo correspondente ao deslocamento de 0,10m (tamanho da

bandeirinha).

Medimos a massa dos carrinhos m1 e m2.

Por fim, calculamos o momento e a energia cinética dos carrinhos antes e após a

colisão.

8

4. INTRODUÇÃO

Em física procura-se saber o comportamento dos corpos após a colisão. Para isto são

usadas as leis de conservação de energia cinética e momento linear, conforme o tipo de

colisão.

Colisão é a interação entre dois ou mais corpos, com mútua troca de quantidade de

movimento e energia. Dois carros se chocando em uma esquina, a bola branca do jogo de

sinuca atingindo a "bola sete" no jogo de sinuca, a bola derrubando os pinos num jogo de

boliche. Estes são exemplos clássicos de choque ou colisões. Em física procura-se saber o

comportamento dos corpos após a colisão. Para isto são usadas as leis de conservação de

energia cinética e momento linear, conforme o tipo de colisão.

Define-se o momento linear, ou quantidade de movimento linear (Q) de um corpo,

como sendo o produto da massa do mesmo pela sua velocidade. [1]

Na situação descrita no

início da introdução teórica, temos que o momento linear (Q) não deve variar, seja a colisão

elástica ou inelástica, pois a resultante das forças externas é nula e, portanto as forças

envolvidas são todas forças externas, entretanto, a energia cinética total (Ec) poderá ou não

permanecer a mesma antes e depois da colisão, sendo assim, podemos classificá-las em

colisões elásticas e colisões inelásticas.

Dizemos que uma colisão é elástica quando a soma das energias cinéticas dos corpos

antes da interação é igual a soma das energias cinéticas após a interação.

Figura 2 - Colisões elásticas.

De acordo com a Figura2 temos que antes da colisão o corpo de massa m1 tinha uma

energia cinética E1i e um momento linear Q1i e o corpo de massa m2 tinha uma energia

cinética E2i e um momento linear Q2i que podem ser expressos pelas fórmulas:

9

Após a colisão as fórmulas são as mesmas, mas agora os corpos terão energias

diferentes do que tinham antes da colisão, que são representadas com o índice f (final), assim:

Como há conservação de energia e momento pode-se escrever que a energia total e o

momento total inicial e final do sistema de corpos não variam, desta maneira:

Outra forma de colisão é a colisão inelástica e dizemos que uma colisão é inelástica

quando não é conservada a energia cinética do sistema, (Ec), dos corpos que colidem. Embora

um sistema de corpos em colisão inelástica sempre perca energia cinética, a quantidade de

movimento do sistema, (Q), sempre se conserva.

Figura 3 - Colisão inelástica.

De acordo coma Figura 3 temos que o carrinho 2, com massa m2, está inicialmente

em repouso (v2i = 0). Após a colisão os carrinhos aderem um ao outro perdendo então a

quantidade de energia cinética máxima permitida pela conservação de quantidade de

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movimento, e se movem em conjunto, ambos com a mesma velocidade (v1f = v2f = vf), desta

forma temos que:

O momento do sistema antes da colisão é:

O momento do sistema depois da colisão é:

Aplicando a conservação do momento, temos Qi = Qf temos que:

A energia cinética após a colisão é menor do que era antes da colisão (Ef < Ei), sendo

então utilizadas para seu calculo as equações abaixo:

Para o cálculo das velocidades utilizamos a Equação 16, onde é o deslocamento em

metros e t o tempo em segundos.

Utilizando diferenciais para calcular a variação da velocidade média, temos, por

medidas indiretas que:

(

) (

)

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Onde:

é o desvio médio de tempo;

é o desvio do deslocamento da partícula;

Onde:

é o desvio médio do peso;

é o desvio da velocidade;

DESVIO PERCENTUAL = (DESVIO/VALOR ENCONTRADO) ∙ 100%

Com isso chegaremos que a quantidade de movimento total dos corpos envolvidos na

colisão se conserva, independentemente se o choque seja elástico ou inelástico. O movimento

do centro de massa não é afetado pelo processo da colisão.

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5. RESULTADOS

Parte I - Colisões Elásticas

O cronômetro indicou dois valores de tempo: o primeiro foi o tempo necessário para

0,100 m (pino com placa na parte superior do primeiro carrinho) passar pelo sensor 1 e o

segundo foi o tempo necessário para 0,100 m ± 0,001 (pino com placa na parte superior do

segundo carrinho) passar pelo sensor 2, onde o erro 0,001 é um erro instrumental na medida.

Os dados de tempo obtidos encontram-se na Tabela 1

Tabela 1 - Tempos obtidos no experimento de colisão elástica.

T1 - Tempo do 1° sensor (s) 0,230 ±0,001

T2 - Tempo do 2° sensor (s) 0,221±0,001

Vale ressaltar que o erro atribuído a cada medida de tempo é o erro instrumental, uma

vez que não dá para aplicar medidas indiretas. Pois só foi feito uma única medida de tempo

para cada movimento.

Como a velocidade do primeiro carrinho foi nula após o choque, calculamos as

velocidades desenvolvidas pelos carrinhos antes e depois do choque utilizando a Equação

(16). Os resultados obtidos estão dispostos na Tabela 2. Lembrando que carrinho 2

encontrava-se parado antes do choque.

Tabela 2 - Velocidade dos carrinhos antes e após a colisão elástica.

Carrinho Velocidade antes do

choque (m/s)

Velocidade depois do

choque (m/s)

1 0,435 ±0,002 0

2 0 0,452±0,002

Observe que os erros aplicados a cada velocidade foi calculado usando a equação 17

( ver anexo1).

Considerando que a massa do carrinho 1 azul com o fixador em U é de 0,21472

kg±0,001 e a massa do carrinho 2 preto é de 0,23222kg±0,001 calculamos a quantidade de

movimento do sistema antes (utilizando as Equações 2 e 4) e após a colisão (utilizando as

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Equações 6 e 8). Os dados obtidos encontram-se na Tabela 3.Lembrando que o erro aplicado

as massas, também é um erro instrumental adquirido durante o experimento.

Tabela 3 - Quantidade de movimento antes e após a colisão elástica.

Com isso podemos calcular o erro da conservação quantidade de movimento do

experimento utilizando a equação 18 e( ver anexo 2), onde chegamos que: Q1=0,093±8,6 10-4

e Q2f=0,105 9,1210-4

, e sua margem percentual é dada pela equação 20( ver anexo 2).

Nº Qa (Kg.m/s) Desvio %

1 0,093±8,6 10-4 0.92

2 0,105 9,12 10-4 0,87

Tabela4 - Erro percentual da quantidade de movimento antes e após a colisão elástica.

Considerando um erro de 5% podemos confirmar a veracidade da lei de conservação

da quantidade de movimento

Em seguida, calculamos a energia cinética do sistema antes (utilizando as Equações 1

e 3) e após a colisão (utilizando as Equações 5 e 7). Os dados obtidos estão dispostos na

Tabela 4.

Tabela 5 - Energia cinética do sistema antes e após a colisão elástica.

Eca (J) 0,020

Ecd (J) 0,024

Com isso podemos calcular o erro da conservação da energia cinética antes e após a

colisão. Observe que, para o erro da energia cinética do movimento, temos que usar a

equações 19( ver anexo 3), onde chegaremos aos seus respectivos desvios percentuais pela

equação 20, ver tabela 6.

Carrinho Qa (Kg.m/s) Qd (Kg.m/s)

1 0,093 0

2 0 0,105

14

Nº Ec(J) Desvio %

1 0,020±2,89 10-4 1,4

2 0,024±3,11 10-4 1,3

Tabela 6 – Erro percentual da energia cinética do sistema antes e após a colisão elástica.

Considerando um erro de 5% podemos confirmar que a energia cinética do sistema se

conservou, evidenciando a veracidade da lei de conservação da energia cinética para colisões

elásticas.

Parte II – Colisões Inelásticas

O cronômetro indicou dois valores de tempo: o primeiro foi o tempo necessário para

0,100 m±0,001 (pino com placa na parte superior do primeiro carrinho) passar pelo sensor 1 e

o segundo foi o tempo necessário para 0,100 m (pino com placa na parte superior do segundo

carrinho) passar pelo sensor 2. Os dados de tempo obtidos encontram-se na Tabela 7.

Lembrando que tanto o cronômetro quanto o comprimento da placa possuem um erros

instrumental de 0,001.

Tabela 7 - Tempos obtidos no experimento de colisão inelástica.

T1 - Tempo do 1° sensor (s) 0,250±0,001

T2 - Tempo do 2° sensor (s) 0,503±0,001

Calculamos as velocidades desenvolvidas pelos carrinhos antes e depois do choque

utilizando a Equação (16). Os resultados obtidos estão dispostos na Tabela 8. Lembrando que

carrinho 2 encontrava-se parado antes do choque e após o choque os carrinhos possuem a

mesma velocidade pois se encontram unidos e seus erros de velocidade são dados pela

equação (17), (ver anexo 4).

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Tabela 8 - Velocidade dos carrinhos antes e após a colisão inelástica.

Carrinho Velocidade antes do

choque (m/s)

Velocidade depois do

choque (m/s)

1 0,400±2,4 10-3

0,199±2,4 10-3

2 0

Considerando que a massa do carrinho 1 azul é de 0,21472kg e a massa do carrinho

2 preto é de 0,23222 g calculamos a quantidade de movimento do sistema antes (utilizando a

Equação 11) e após a colisão (utilizando a Equação 12). Os dados obtidos encontram-se na

Tabela 7.

Tabela 9 - Quantidade de movimento antes e após a colisão inelástica.

Com isso podemos calcular o erro da conservação quantidade de movimento do

experimento. Observe que, para o erro da quantidade de movimento, temos que usar as

equações 18 ( ver anexo 5), e com a equação 20 podemos encontrar seu desvio percentual

mostrado na tabela 10.

Nº Q(Kg.m/s) Desvio %

1 0,0859±4,5 10-4

0,52

2 0,0889±1,47 10-3

1,6

Tabela 10 – Erro percentual da quantidade de movimento antes e após a colisão inelástica.

Considerando um erro de 5% podemos confirmar que a quantidade de movimento do

sistema se conservou, evidenciando a veracidade da lei de conservação da quantidade de

movimento.

Em seguida, calculamos a energia cinética do sistema antes (utilizando a Equação

14) e após a colisão (utilizando a Equação 15). Os dados obtidos estão dispostos na Tabela 11.

Carrinho Qa (Kg.m/s) Qd (Kg.m/s)

1 0,0859 0,0889

2 0

16

Tabela 11 - Energia cinética do sistema antes e após a colisão inelástica.

Eca (J) 0,017

Ecd (J) 0,009

Com isso podemos calcular o erro da conservação da energia cinética antes e após a

colisão. Observe que, para o erro da energia cinética do movimento, temos que usar a equação

19 (ver anexo6),onde chegaremos nos seus respectivos desvios percentuais, mostrado na

tabela 12.

Nº Ec(J) Desvio %

1 0,017±2,86 10-4

1,6

2 0,009±21,69 10-4

24,1

Tabela 12 - Erro percentual da energia cinética do sistema antes e após a colisão inelástica.

Como o erro obtido não respeita a tolerância de erro admitida (5 %), isso indica a

Energia Cinética (Ec) não foi conservada. No entanto, este resultado já era esperado, por se

tratar de uma colisão inelástica.

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6. CONCLUSÃO

De acordo com o experimento realizado e os dados obtidos, podemos comprovar a

realidade das colisões elásticas e inelásticas. Podemos comprovar também, que no choque

elástico há conservação de energia cinética enquanto no choque inelástico parte da energia

cinética é perdida, enquanto que em ambos os choques há conservação da quantidade de

movimento.

Finalmente, podemos dizer que todos os resultados foram satisfatórios atendendo

todos os padrões de resultados esperados.

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7. REFERÊNCIAS

[1] Haliday. D. Fundamentos da Física: Mecânica. 8 ed. Rio de Janeio: Ronaldo Sergio de

Biase, 2008. Vol. 1.

[2] Halliday, David - Fundamentos de Física Vol.2: Gravitação, Ondas e Termodinamica,

8ª ed. Rio de Janierio, LTC, 2009.

[3] Tipler, P. Física para Cientistas e Engenheiros: Mecânica. 6 ed. Vol 1.

[4] Azeheb. Manual de instruções e guia de experimentos: Trilho de ar linear.

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8. ANEXO A

20

9. ANEXO B

21

22

10. ANEXO 1

23

11. ANEXO 2

24

12. ANEXO 3

25

13. ANEXO 4

26

14. ANEXO 5

27

15. ANEXO 6

28