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Profª Jusciane da Costa e Silva

Momento Linear e Colisões

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Momento Linear e Colisões

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Momento Linear

Colisão de um caminhão (18 rodas) e um carro. Os ocupantes de que carro ficará mais ferido?

O que determina o manejo do taco de bilhar para produzir uma colisão entre as bolas de modo que a bola alvo entre na caçapa?

Essas respostas não pode ser dadas aplicando as Leis de Newton, já que as forças atuantes não pode ser determinadas com exatidão.

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considere uma partícula de massa m, como uma aceleração a = dv/dt

“ a segunda lei de Newton afirma que: a força resultante que atua sobre a partícula é igual a derivada em relação ao tempo da grandeza (mv). Essa grandeza é chamada de Quantidade de movimento ou Momento Linear da partícula.”

Momento Linear e Impulso

)( vmdt

d

dt

vdmamF

vmp Direção e sentido coincidem

com o da velocidade.

smkgIS /..

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Portanto

Momento Linear e Impulso

dt

pdF

“ uma variação rápida no momento linear necessita de uma força grande, enquanto uma variação lenta do momento linear necessita de uma força menor.” Este principio é usado no air bag.

Podemos expressar o momento de uma partícula em termos de suas coordenadas:

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Momento Linear e Impulso

Qual a diferença entre p = mv e k = 1/2 mv2 já que ambos depende da massa e da velocidade?

Matemática: o momento é um vetor cujo módulo depende da velocidade escalar, enquanto a energia cinética é uma grandeza escalar proporcional ao quadrado da velocidade escalar.

Física: temos que definir uma grandeza intimamente relacionada com momento linear denominado IMPULSO.

Consideremos uma F resultante atuando sobre uma partícula durante um intervalo de tempo t de t1 e t2. O impulso da força resultante, J, é definido como a força resultante atuante neste intervalo de tempo.

tFttFJ )( 12

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Impulso é uma grandeza vetorial, que possui mesma direção da força. S.I: N.s Para verificarmos a utilidade do conceito de impulso, vamos

examinar a 2 lei de Newton em termos de momento linear.

dt

pdF

Quando F for constante dp/dt também será.

12

1212

12

12

)(

ppJ

ppttF

tt

ppF

Teorema do Impulso – momento

linear.

Momento Linear e Impulso

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Teorema do Impulso – momento linear também é válido quando as forças não são constantes.

dtFJ

pppddtdt

pddtF

t

t

t

t

t

t

t

t

2

1

2

1

2

1

2

1

12

Definição geral de Impulso.

Podemos definir uma força média Fmed, de forma que mesmo quando a FR varia com o tempo, o impulso será

)( 12 ttFJ med

Momento Linear e Impulso

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Consideremos um gráfico da força

resultante em função do tempo durante

uma colisão.

O impulso é a área embaixo da curva

no intervalo no dado intervalo de tempo.

Essa área é igual a área do retângulo cuja

base é (t2 – t1) e a altura é Fmed.

O impulso pode ser representado por suas coordenadas.

Momento Linear e Impulso

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Comparação entre momento e energia cinética

Diferença fundamental entre momento e energia cinética.

O teorema Impulso-momento linear J = P2 – P1 afirma que as variações do movimento da partícula são produzido pelo impulso, que depende do tempo durante a qual a F atua. No entanto, o teorema trabalho-energia cinética afirma que quando um W é realizado ocorre uma variação na K; o trabalho total depende da distância ao longo da qual a F resultante atua.

Exemplo: Considere uma partícula que parte do repouso no instante t1 de modo que v1 = 0. Seu momento linear inicial é p = 0 e K = 0. Suponha agora que uma FR atua sobre a partícula entre os instantes t1 e t2. Durante esse intervalo a partícula se desloca uma distância d na direção da força. O momento linear da partícula no instante t2 será

O momento linear é igual ao impulso que acelera do repouso à sua velocidade atual.O impulso é igual ao módulo da FR que acelerou a partícula pelo tempo necessário para essa aceleração. Já a energia cinética em t2 é K2 = WT = fd, ou seja, é igual ao WT realizado sobre a partícula para acelerá-lo a partir do repouso.

)( onde 1212 ttFJJJpp med

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Exemplo 02: Suponha que você tenha de escolher agarrar uma bola de 0.5 kg que desloca-se com uma velocidade de 4 m/s ou uma bola de 0,1 kg com v = 20 m/s. Qual das duas bolas seria mais fácil agarrar?

Ambas possui o mesmo módulo p = mv = 0,5 . 4 = 0,1 . 20 = 2 kg m/s. Porém a K da bola maior é mais lenta, dada por K = 4 J enquanto K da bola menor é mais veloz, K = 20 J. Como ambas tem o mesmo momento, então as duas precisam do mesmo impulso para pará-la, contudo o W realizado por sua mão para fazer a bola menor pará é 5x maior do que a bola maior, já que a bola menor possui K cinco vezes maior do que a bola maior. Portanto, para uma dada Fmed exercida por sua mão, ela leva o mesmo tempo para fazer as bolas entrarem em repouso, porém o deslocamento de sua mão e do seu braço é cinco vezes maior para agarrar a bola mais leve.

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Conservação do Momento Linear

O conceito de momento linear é particularmente importante quando ocorre interação entre dois ou mais corpos.

Fint = a força que uma partícula de um sistema exerce sobre a outra.

Fext = a força exercida por um corpo no exterior do sistema sobre uma parte interna ou sobre algum corpo no interior do sistema.

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No caso dos astronautas, a força que o astronauta A exerce sobre o B é FAB e força que B exerce sobre A FBA não existe nenhuma força externa, e dizemos que se trata de um sistema isolado

As forças resultantes de FAB e FBA são

,dt

pdF

dt

pdF B

BAA

AB

Os momentos linear de cada partícula varia, porém estas variações

não são independentes. Pela 3 Lei de Newton FAB = -FBA de modo

que FAB+ FBA=0 0.

)(

dt

ppd

dt

pd

dt

pdFF BABABAAB

As taxas das variações do momento também são iguais e contrárias,

de modo que d/dt(pA + pB)= 0.

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• Portanto o momento linear total P será

Obtemos finalmente

“a taxa de variação do momento linear total P é igual a zero. Portanto o momento linear total do sistema é constante, embora o momento linear de cada partícula possa variar.”

Quando forças externas estão presentes, deverão ser incluídas na equação acima, neste caso o momento linear total não permanece constante. Porém, quando a soma vetorial das forças externas é igual a zero, o momento total volta a ser conservado.

BA ppP

0.dt

PdFF BAAB

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Para um número qualquer de partículas A, B, C,... que interagem apenas mediante a forças internas. O momento total do sistema é

“ a taxa de variação do momento linear total produzida pela soma de cada par de ação e reação das forças internas entre as partículas é igual a zero.”

“quando a soma vetorial das forças externas que atuam sobre um sistema de partícula é igual a zero, o momento linear total do sistema permanece constante” Conservação do momento linear.

Ponto importante é que sua aplicação não depende da natureza detalhada das forças internas entre as partículas do sistema.

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Colisão

Uma colisão é uma interação com duração limitada entre dois ou mais corpos.

Bola de bilhar, acidente de carro e meteoro e a terra.

Numa Colisão há troca de momento e energia em conseqüência de sua interação.

Veremos colisões envolvendo apenas dois corpos que estarão livres que qualquer força externa, ou seja, a força externa será menor que as forças envolvidas nas colisões e portanto desprezíveis.

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Colisões

O momento linear do sistema é conservado, já que as forças externas resultante são desprezíveis. Momento linear final será igual ao momento linear inicial.

Se a energia total não for alterada pela colisão, então K do sistema é conservada (mesma antes e depois da colisão). Tal colisão é chamada Colisão Elástica. Ex: meteoro e bilhar.

Em colisões do cotidiano, alguma energia é transferida da K para outras formas de energia, como sonora e térmica. Dessa forma a energia total do sistema não se conserva. Tal colisão é chamada de Colisão inelástica. Ex: Colisão de automóveis.

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Colisões Inelásticas (1D)

Consideremos dois corpos imediatamente antes e imediatamente depois de sofrerem uma colisão unidimensional. Podemos escrever a lei de conservação do momento linear como

Podemos reescrever como

Se conhecermos as massas e a velocidade inicial, saberemos a velocidade final.

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Consideremos dois corpos de massas m1 e m2, onde m1 > m2 e com m2 inicialmente em repouso (v2i = 0).

Nos referiremos ao corpo parado como alvo e ao corpo incidente como projétil. Após a colisão os corpos grudam e

se movem com velocidade V.

Note que V deve ser menor que a velocidade inicial.

Colisões Inelásticas (1D)

Colisão completamente inelástica

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Colisões Inelásticas (1D) Demonstrar que a energia K total depois da colisão inelástica é menor do que antes da colisão. As energias K antes e depois da colisão é

a razão entre a energia cinética final e inicial é

O membro direito é sempre menor do que 1 porque o denominador é

sempre maior que o numerador.

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Conservação da Energia Mecânica

Exemplo 03: Pêndulo balístico (mede a velocidade da bala).

Conservação do momento

Conservação da Energia

dai

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Colisões Elásticas As forças que atuam numa colisão

elástica são forças conservativas. Em uma colisão elástica a energia cinética

de cada corpo pode variar, no entanto a K total não pode variar.

Colisão elástica entre dois corpos A e B. Começamos com uma colisão 1D. Pela conservação do momento

e da energia cinética, temos

Se conhecermos as massas e as velocidades iniciais, podemos encontraras velocidades finais.

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Consideremos o caso em que uma das partículas está em repouso B antes da colisão. Aplicando a conservação da energia e momento

Reescrevendo

obtemos

Colisões Elásticas

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Massas iguais

Alvo maciço

Projétil maciço

Colisão elástica frontal, o corpo 1 para abruptamente e o 2 segue com a v inicial do corpo 1.

O corpo 1 é rebatido com v inicial e o 2 move-se com a v muito baixa

O corpo 1 continua se mover com v, e o corpo 2 dispara para frente com v aproximadamente o dobro da v inicial da bola 1.

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Colisões Elásticas – Alvo móvel

- Examinar a situação na qual dois corpos estão em movimento antes de colidirem elasticamente um no outro.

- A conservação do momento linear

- Conservação do momento

- Usando alguma álgebra

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Colisões em Duas Dimensões Quando dois corpos colidem, o impulso entre o mesmos determina

os sentidos que os mesmos seguem após a colisão. Quando a colisão não é frontal, os corpos não seguem ao longo de

seus eixos originais. Para colisões bidimensionais num sistema isolado, o momento

linear deve ser conservado

Se a colisão for elástica, K conserva

Escrevendo o momento em termo de

suas componentes:

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Centro de Massa Reformular a Lei de Conservação

em termos do conceito Centro de Massa.

“ Centro de Massa (CM) de um sistema de partícula é o ponto que se move como se ali (1) toda massa do sistema estivesse concentrada e (2) todas as forças externas fosse aplicadas.

Veremos:Localizar o CM em sistema com poucas partículas; Sistemas com o grande número de partículas; Como o CM se move quando forças externas atuam sobre o mesmo.

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Centro de MassaSistema de Partículas Consideremos duas partículas de massas m1 e m2 separadas por

uma distância d

Escolhemos a origem de um eixo x que coincidindo com a massa m1

definimos a posição do CM desse sistema de duas partículas como

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Centro de Massa

Se m2 = 0, só tem uma partícula, e o CM deve estar na posição desta partícula; xCM = 0.

Se m1 = 0, de novo teremos só uma partícula e xCM = d.

Se m1 = m2, o CM deve está a meia distância entre as duas partículas; xCM = ½ d.

Se m1 e m2 0, então o CM estará entre 0 e d, ou seja, o CM estará em algum lugar entre as duas partículas

Situação mais geral.

Se x1 = 0, então x2 = d.

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Centro de Massa

Sistemas de n-partículasConsideremos diversas partículas cujas massas são m1, m2, m3, ...mn.

Suponha que as coordenadas de m1 sejam (x1, y1), as de m2 sejam

(x2,y2) e assim por diante. Definimos o CM como

O vetor posição pode ser escrito como

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Centro de MassaCorpos SólidosEm um bastão de beisebol, contém tantas partículas que nos permite

tratá-lo melhor como uma distribuição contínua de massa. As partículas são representadas por elementos de massa dm, e

portanto a soma se transforma em integral

Quando o corpo homogêneo possui um centro geométrico (cubo, circulo), o CM coincide com o centro geométrico.

Quando o corpo possui eixo de simetria (polia) o CM está sempre situado no eixo.

O centro de massa não existe somente na parte maciça do corpo, o CM da rosca está situado exatamente no centro do buraco.

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Movimento do Centro de Massa O que ocorre com o CM quando as partículas se movem?

vetorialmente

Representando a soma das massas m1 + m2 + mn = M, temos

“ o momento linear total é igual à massa total multiplicada pela velocidade do centro de massa.”

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Movimento do Centro de Massa

Para um sistema de partículas onde a Fext = 0, o momento é constante, e a velocidade do centro de massa também é constante.

Suponha que você marque o CM de uma chave inglesa, situado em um ponto entre a extremidade e o punho da chave. E a seguir coloque a chave em movimento. Apesar de achar o movimento complicado, verá que o movimento do CM segue em linha reta, como se toda a massa estivesse concentrada neste ponto.

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Forças Externas e Movimento CM

Quando a força externa resultante sobre um sistema de partículas não é

igual a zero, então o momento linear não se conserva e a velocidade do

centro de massa deve variar. derivando a última equação, temos

Onde m1a1 é a força que atua sobre a partícula m1 e assim por diante, e

portanto o lado direito é igual a soma de todas as forças externas que atuam

sobre as partículas. Onde o somatório de todas as forças é

Pela terceira lei de Newton todas as forças internas se cancelam aos pares.

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Forças Externas e Movimento CM

Só restam as forças externas, portanto

“Quando forças externas atuam sobre um corpo ou sobre um conjunto de partículas, o centro de massa se move exatamente como se toda a massa estivesse concentrada nesse ponto, e estivesse submetida a uma força igual à resultante de todas as forças que atuam sobre o sistema.”

Resultado importante, pois sem ele nós não podíamos representar uma distribuição contínua como algo puntiforme.

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Forças Externas e Movimento CM

Suponha um projétil disparado por um canhão esteja descrevendo uma trajetória parabólica. Os fragmentos seguem novas trajetórias parabólicas, porem o CM continua a descrever sua trajetória original, exatamente como se todas a massa estivesse ainda concentrada mo CM.