Post on 12-Jan-2016
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Sérgio Fonteles
Componente com maior
presença no corpo humano
50% a 60% da MCT
Tecidos Magros ≈ 75%
Distribuição de água em vários tecidos
Tecido Água (%)
Sangue 83,0
Rins 82,7
Coração 79,2
Pulmões 79,0
Baço 75,8
Músculo 75,6
Cérebro 74,8
Intestino 74,5
Pele 72,0
Fígado 68,3
Esqueleto 22,0
Tecido adiposo 10,0
Se assumirmos que há apenas uma pequena
quantidade de água nas células de gordura (varia de
5 a 10%), a maior diferença na água total do corpo
entre indivíduos de mesmo peso poderia ser devido
a uma diferença no conteúdo de gordura do corpo;
Tomemos o exemplo de dois indivíduos, cujo peso é
igual a 70 kg;
Um deles tem 10% (7 kg) de gordura corpórea e o
outro tem 30% (21 kg) de gordura corpórea;
O indivíduo com 10% de gordura teria 63 kg de massa
livre de gordura, que conteria então 46 kg de água
(63 kg x 0,73), enquanto o indivíduo com 30% de
gordura teria 49 kg de massa livre de gordura,
contendo 35,8 kg de água (49 kg x 0,73);
As mulheres tendem a ter uma porcentagem maior de
gordura corpórea do que os homens;
COMPARTIMENTOS HÍDRICOS DO CORPO
Embora as moléculas de água possam passar
facilmente de uma área para outra, é útil dividir o corpo
em compartimentos separados de fluídos:
Intracelular – 60% da água total do corpo;
Extra-celular – 30% das reservas totais (intersticial e
intravascular);
Transcelular – raramente considerado (inclui fluído
articular, globo ocular, medula espinhal e secreções
digestivas)
Água Total do Corpo e Volume dos Vários Compartimentos
Homem Mulher
Peso Corpóreo 70 kg 55 kg
Água total do corpo 42 L 28 L
Intracelular 26 L 17 L
Extracelular 13 L 9 L
(Intersticial) (10 L) (6,5 L)
(Plasma) (3 L) (2,5 L)
Transcelular 3 L 2 L
Distribuição dos líquidos corporais nos diversos compartimentos, sua magnitude,
suas trocas e relações com as vias de entrada e vias de egresso (Douglas, 2002).
Ingestão de Fluidos
Perda de fluidos
Pele ≈ 530 ml
Suor ≈ 650 ml
Fezes ≈ 100 ml
Ar expirado ≈ 320 ml
Urina ≈ 1400 ml
Água nos alimentos ≈ 1000 ml
Fluídos ≈ 1600 ml
Produção metabólica de água ≈ 400 ml
3000 ml
BALANÇO HIDROELETROLÍTICO DURANTE O EXERCÍCIO
A alteração maior e potencialmente mais séria no
estado do fluido corpóreo durante o exercício está
relacionada com o aumento na produção do suor para
a regulação da temperatura;
Apenas 20 a 25% da energia que utilizamos durante o
exercício resulta em trabalho mecânico real devido a
contrações musculares. O remanescente é liberado na
forma de calor;
O conteúdo eletrolítico é o fator adicional significativo que influencia a necessidade de água
Em menor extensão o conteúdo de proteína que altera o volume de urina
A água das bebidas e alimentos sólidos atende à quase toda a demanda diária
Perdas de
Água Urina
Fezes
Suor
Ar expirado
Pele
Concentrações eletrolíticas de fluidos corpóreos
selecionados
Fluido
Na+
(mEq/L)
Clˉ
(mEq/L)
K+
(mEq/L)
Mg²+
(mEq/L)
Osm
(mOsm/
L)
Suor 40 – 60 30 – 50 3 – 4 1 – 5 80 – 150
Plasma 140 101 4 1 – 2 290
Músculo 9 6 162 31 290
Umidade pode ser mais importante do que a temperatura ambiente
Perda de água pela respiração → umidificação do ar inspirado
ÁGUA E ELETRÓLITOS
Quase todas as reações químicas que ocorrem nas células do corpo dependem do balanço de fluídos;
O adequado balanço hidroeletrolítico é fundamental para a manutenção do fluxo de corrente elétrica dentro de cada uma das células;
Clima quente e úmido
• ≈ 200 ml/dia
Baixa umidade
• ≈ 2 x ↑
Frio e Seco e altitude Elevada
• Trabalho Pesado
• ≈1500 ml/dia
Perdas Respiratórias
Influência da Dieta
O volume sanguíneo e a osmolalidade do fluído intracelular são mantidos em limites restritos
Alterações em cerca de 5 mosmol/L no plasma é suficiente para alterar o funcionamento renal
Rim Conservação máxima de
água
Eliminação máxima de
urina
O Na+, contribui com 50% da osmolalidade total do plasma
A manutenção do equilíbrio osmótico está intimamente relacionado com a ingestão e excreção de Na+ e de água
Rins
Conservam água e eletrólitos por
meio da redução da taxa de perda
Vasoconstricção
Reabsorção de água
ADH - Vassopressina
Reabsorção de Na+
Reduz osmolalidade do suor
Aldosterona
Rins Impotentes para repor um déficit
de fluidos
BALANÇO HIDROELETROLÍTICO DURANTE O EXERCÍCIO
Durante o exercício sem reidratação, duas fontes
podem ser consideradas na adição de suprimento
total de água corpórea:
A primeira fonte é um aumento na produção
metabólica de água. Se considerarmos um homem
gastando energia durante uma corrida numa taxa de
15 kcal/min, podemos encontrar uma produção
metabólica de água de aproximadamente 100g/h;
BALANÇO HIDROELETROLÍTICO DURANTE O EXERCÍCIO
Uma segunda fonte de água durante o exercício é
aquela que é liberada quando o glicogênio muscular
é utilizado como substrato energético durante o
exercício;
Cada grama de glicogênio é armazenado com ≈ 2,7 g
de água, que é liberada durante a glicogenólise;
BALANÇO HIDROELETROLÍTICO DURANTE O EXERCÍCIO
Se assumirmos que o glicogênio corresponde a aproximadamente 80% da energia gasta pelo corredor (que está se exercitando numa taxa de 15 kcal/min):
Aproximadamente 500g de água será liberada por hora;
Durante 1h de exercícios, o corredor terá “adicionado” 600g de água a sua reserva total de fluido sem ter tomado nem mesmo um gole;
CURIOSIDADE
O corredor utilizando uma eficiência mecânica
estimada em 20%, adicionará aproximadamente 720
kcal de calor para seu corpo no curso de 1h de
corrida. Se este calor não fosse removido, sua
temperatura corpórea aumentaria aproximadamente
12°C.
A temperatura interna aumenta 1 a 2°C após 1h de
exercícios!!!
TERMORREGULAÇÃO
Perda de Calor:
- Radiação
- Condução
- Convecção
- Evaporação
Principal defesa
fisiológica contra o
superaquecimento
BALANÇO HIDROELETROLÍTICO DURANTE O EXERCÍCIO
É importante enfatizar que não é meramente a
produção de suor que resulta em remoção de calor.
O calor é removido do corpo quando as alterações da
água do estado líquido para o gasoso ocorrem na
superfície da pele;
A situação ideal para a remoção máxima do calor
seria ter constantemente uma fina camada de suor
formada e imediatamente evaporada sobre toda a
superfície do corpo.
A melhor advertência que pode ser dada com relação
ao exercício no calor é a ingestão de fluidos antes,
durante e após o treinamento.
Em seres humanos, isto é uma adaptação mais
comportamental do que fisiológica;
Quando estamos com sede durante o exercício, já nos
tornamos pelo menos parcialmente desidratados.
A menos que um esforço consciente para que a
reidratação seja feita, a sede será responsável por
apenas uma fração da bebida necessária para uma
reposição suficiente de fluidos;
Quanto um indivíduo deve ingerir de fluidos
durante o exercício?
A resposta estará diretamente relacionada com a
velocidade do esvaziamento gástrico de fluido para o
intestino;
Costill estudou extensivamente esse assunto e parece
que a absorção de água deve se dar numa taxa
máxima de 800 ml/h;
Os fluidos que são hiperosmóticos (superior a 280 ou
290 mOsm/L) para o plasma são absorvidos mais
lentamente. Em outras palavras, o fluido não deve
conter grandes concentrações de açúcar e/ou
eletrólitos;
A habilidade do corpo para absorver água de forma a
manter os níveis de fluido corporal é um fator
limitante no desempenho.
Em atividades de longa duração um indivíduo pode
produzir de 1,0 a 2,0L de suor/h.
A água, mais que a reposição eletrolítica, é de
importância primária durante o exercício.
Em alguns casos, as perdas ou desbalanceamento
eletrolíticos sérios são muito menos freqüentes do
que a desidratação devido à deficiência de água.
As exceções estão postas em repetidas exposições ao
exercício ou ao trabalho no calor, ou eventos de ultra
resistência.
Tipicamente, os problemas começam a ocorrer em
eventos durando mais de 4h e se tornam ainda mais
comuns quando os períodos de atividade se aproximam
ou excedem 8h;
Hiponatremia, ou intoxicação hídrica onde os níveis
de sódio plasmático se tornam diluídos;
Hiponatremia:
incluir 1g de sal por litro de água ingerida durante
os eventos durando mais de 4h, particularmente
quando as condições ambientais são quentes e
úmidas;
Em eventos durando menos de 4h, o tempo mais lógico
para a reposição eletrolítica é após o término da
competição.
Neste período se encoraja a ingestão de alimento não
apenas pelo seu valor eletrolítico, mas também porque
tem sido demonstrado aumentar o consumo de fluidos
e assim auxiliando o processo de reidratação;
Não foi observada vantagem na hiper hidratação
durante sessões de exercícios no calor exceto para o
fato de que esta prática possa retardar o início de
problemas relacionados com a sudorese;
É difícil para um indivíduo ser hiper hidratado pela
ingestão de grandes quantidades de fluidos antes da
competição;
Ritmo de esvaziamento gástrico após uma única ingestão de um bolo
(600ml) ou com ingestão repetida. Solução isotônica a 7% de CH –
eletrólito.
BROUNS, F. Heat – sweat – dehydration – rehydration: a praxis
oriented approach. Journal Sports of Science, n. 9, p. 143-152, 1991
Ferreira et al.
Ferreira et al.
SBME, 2009
RUIZ et al.
RUIZ et al.
RUIZ et al.