Autobiografia de Luís de Camões

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Luís de Camões

Por: Letícia Oliveira

Luís Vaz de Camões nasceu entre 1517 e

1525, provavelmente em Lisboa. Supostamente, pertencia á pequena nobreza e

devido aos seus vastos conhecimentos e cultura, suspeita-se que terá estudado na Universidade de Coimbra, apesar de não haver provas.

Em 1549 para Ceuta, onde permaneceu até 1551 e onde perdeu o seu olho.

Biografia

Em 1572 publicou os Lusíadas Em 1552 foi preso, na Cadeia do Tronco, em

Lisboa, por ter ferido um homem. Passados alguns meses, em 1553, foi liberto, e embarcou para a Índia ao serviço do Rei.

Em 1556 exerceu serviço militar e alguns cargos administrativos na Índia, e esteve preso na prisão de Goa.

Nos anos seguintes, foi soldado e funcionário no Oriente, e pensa-se que exerceu na China o cargo de Provedor dos Defuntos Ausentes.

Em 1556 partiu para Macau onde viveu numa gruta, onde terá escrito grande parte de “Os Lusíadas”

O barco onde ia, com direção á Índia, naufragou

na foz do rio Mekong, mas conseguiu salvar a sua obra.

Em 1560 regressou a Goa e em 1562 acabou por ser aprisionado devido ás suas dívidas, mas foi liberto pelo Vice-Rei D. Francisco Coutinho.

Em 1570 regressou a Lisboa e em 1571 obteve licença para publicar “Os Lusíadas”, mas meses antes da sua publicação, lera-o a D. Sebastião.

Em 1572 D. Sebastião recompensou o poeta pelos serviços prestados.

Morreu em 1580 no dia 10 de Junho, e foi

enterrado numa campa, numa igreja perto do local onde falecera.

Na sepultura de Camões fora escrito, por um amigo dele: “Aqui jaz Luís Vaz de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente. e assim morreu”

Com o terramoto de 1755 o túmulo foi perdido.

“No entanto, sobre a

vida de Camões, é difícil saber distinguir o que é realidade, daquilo que é mito e lenda romântica.

1572-Os Lusíadas 1595 - Amor é fogo que arde sem se ver 1595 - Eu cantarei o amor tão docemente 1595 - Verdes são os campos 1595 - Que me quereis, perpétuas saudades? 1595 - Sobolos rios que vão 1595 - Transforma-se o amador na cousa amada 1595 - Sete anos de pastor Jacob servia 1595 - Alma minha gentil, que te partiste 1595 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades 1595 - Quem diz que Amor é falso ou enganoso 1587 - El-Rei Seleuco. 1587 - Auto de Filodemo. 1587 - Anfitriões

OBRAS

Os Lusíadas

Divide-se em 10 cantos, com um numero variável de estrofes em cada

canto. (o canto mais longo é o X, com 156 estrofes) Cada estância tem 8 versos (oitava) Cada verso tem 10 silabas métricas. Tem o mesmo esquema rimático em todas as estrofes: rima cruzada nos

6 primeiros versos, e rima emparelhada nos 2 últimos

(“As armas e os barões assinalados ---aQue, da Ocidental praia Lusitana, ---bPor mares nunca dantes navegados --aPassaram ainda além da Taprobana, --bEm perigos e guerras esforçados --aMais do que prometia a força humana, -bE entre gente remota edificaram --cNovo reino, que tanto sublimaram; ) --c

Estrutura Externa

Rima cruzada

Rima Emparelhada

Os Lusíadas estão divididos em 4 partes:

Proposição (canto I, est. 3) /o poeta expõe o que se propõe a cantar/ ; Invocação (Canto I, est. 4-5) /Invoca as ninfas do Tejo pedindo-lhes inspiração/ ; Dedicatória (Canto I, est. 6-18) /dedica o poema a D. Sebastião/

Narração (Canto I est. 19-até ao fim) /Narra a viagem de Vasco da Gama á India e a História de Portugal, começando a narração in media res/

E em 4 planos: Plano da Viagem de Vasco da Gama á India (ação central) Plano da História de Portugal Plano do Maravilhoso Plano do Poeta

Estrutura Interna

“Os Lusíadas” é um texto narrativo em prosa,

mais especificamente uma epopeia, escrito na época Renascentista.

Através do uso da epopeia, e da mitologia romana, percebemos que na sua obra, Camões inspirou-se na literatura Greco- Romana, como a epopeia de Homero (a Odisseia) e de Virgílio (Eneida) .

Na sua obra, o poeta pretende narrar e glorificar os feitos do povo português, sendo este o “herói” da obra (um herói colectivo).

Fontes Literárias

Luís de Camões inspirou-se em crónicas de

Fernão Lopes e de Rui de Pina para “Os

Lusíadas” que, apesar de ser uma obra literária

e não uma obra de História, tem factos

historicamente fundamentados, revelando a

imaginação do poeta ao sobrevalorizar as

capacidades humanas dos portugueses.

Fontes Históricas