Luís%20 Vaz%20de%20 Camões[1]

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Nesta entrevista de 10 perguntas pretende-se conhecer melhor quem foi o maior escritor da história de Portugal, ele o autor de ”Os Lusíadas”. Quase 430 anos após a sua morte, Luís de Camões conta-nos como foi a sua vida e como foi o escritor que marcou quatro séculos dos portugueses.

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Bruno: Quando e onde nasceu, o senhor, Luís Vaz de Camões, o grande escritor português e autor d’ “Os Lusíadas”?

L.Camões: Já morri há 429 anos e só agora é que me perguntam isso…Com isto da idade não me recordo bem da data e do local mas penso que entre 1517 e 1525, em Chaves. A minha família era Galega mas fixou-se em Chaves. Acabou por se mudar para Coimbra e depois para Lisboa.

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Bruno: O que é que me pode dizer sobre a sua família?

L.Camões: Ora bem, a minha família era adorável…o meu pai era Simão Vaz de Camões e a minha mãe, Ana de Sá e Macedo. Sou…perdão…fui trineto de Vasco Pires de Camões e familiar de Vasco da Gama por via materna.

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Bruno: O que é que admira mais nos seus pais?

L.Camões: Gostava muito dos meus pais…eles sempre me apoiaram nos estudos…apesar disso ficaram contentes por mim quando os abandonei para integrar a corte de D.João III em 1542. Foi assim que ganhei fama de poeta.

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Bruno: Portanto, interrompeu os estudos para integrar a corte de D.João…

L.Camões: Certamente. Contudo terei frequentado o curso de Humanidades…penso que no Mosteiro de Santa Cruz, onde vivia um padre, meu tio, D.Bento de Camões.

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Bruno: Sei que viveu em Ceuta durante cerca de dois anos…

L.Camões: Estava ligado à casa de D.Francisco de Noronha, Conde de Linhares e era preceptor de D.António seu filho. Assim, para Ceuta terei seguido, como militar, em 1549 e por lá ficado até 1551. Foi aí que num dos cercos tive um olho vazado pela fúria de Marte.

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Bruno: Após a passagem por Ceuta regressou a Lisboa. Como foi a sua vida nessa altura?

L.Camões: Ora, após voltar de Ceuta, retomei uma vida boémia. Tive vários amores, um deles a própria Infanta, irmã de D.Manuel I. Acabei por ser desterrado de Constância.

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Bruno: Como é que foi a sua vida em Goa?

L.Camões: Foi em Goa que escrevi grande parte da minha obra. Estudei os costumes e a geografia dos cristãos e hindus. Em 1556 fui para Macau. Vivi numa gruta que agora tem o meu nome. Lá escrevi parte d’Os Lusíadas. Após o naufrágio na foz do rio Mekong, onde consegui preservar Os Lusíadas, escrevi “Sobôlos Rios”. Foi aí que perdi Dinamene, minha companheira levada pelo mar.

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Bruno: Mas voltou a Goa depois do naufrágio…

L.Camões: Sim, em 1560 voltei para Goa, onde fui preso por dívidas. Através de longos poemas pedi ajuda, primeiro a D.Constantino de Bragança, depois a D.Francisco Coutinho, ambos vice-reis da Índia. Depois disso passei pela ilha de Moçambique onde Diogo do Couto me pagou a viagem até Lisboa. Em 1570 lá estava, em Lisboa.

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Bruno: Falemos um pouco da sua grande obra, Os Lusíadas.

L.Camões: Os Lusíadas são um canto lírico, que narra a história dos descobrimentos portugueses e algumas não relacionadas, mas vividas no mesmo tempo. Tal como já disse quase o perdi naquele naufrágio no rio Mekong. Tenho orgulho em dizer que escrevi a obra mais conceituada da história portuguesa.

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Bruno: Diga-me então quais as suas obras mais conhecidas…

L.Camões: “Amor é fogo que arde sem se ver” , o “Eu cantarei o amor tão docemente”, “Verdes são os Campos” , “Que me quereis perpétuas saudades?”, “Sobôlos Rios”, Transforma-se o amador na cousa amada”, “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, Quem diz que amor é falso ou enganoso”, “Sete anos de Pastor Jacob servia”, Alma minha gentil, que te partiste”, “El-rei Seleuco”, “Auto de Filodemo”, “Anfitriões”.

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Os Lusíadas

As armas e os barões assinaladosQue, da ocidental praia lusitana,

Por mares nunca de antes navegados

Passaram ainda além da Taprobana,Em perigos e guerras esforçados,

Mais do que prometia a força humana,

E entre gente remota edificaramNovo reino, que tanto sublimaram.

(...)Cantando espalharei por toda a

parte,Se a tanto me ajudar o engenho e

arte

Luís Camões, in Lusíadas

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Bruno Bento Nº7

Tiago Esteves Nº28

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