Wine Republic em português N7

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    CulturalTempero de cozinha: Mendoza típica!.............

    Mendoza Green Market.......................................

    VinhoCatena-mania...........................................................

    Grandes vinhos para descobrir em Maipú ....

    GuiasVinícolas....................................................................

    Restaurantes............................................................

    Mapa...........................................................................

    Informações úteis...................................................

    Wine Republic Edição nº 7 - 2016.

    20.000 copias - Publicado por Seven Colors SA. Espejo 266, Mendoza,

    Argentina. 54-261-425 5613. Diretor Editorial: Charlie O´Malley.

    Edição e Publicidade: Mariana Gómez Rus · [email protected].

    Colaboradores: Jeanne Coelho [email protected] -Leia

    Zimmermann [email protected] - Emilie Giraud

    [email protected]ção: Donough O’Malley (WWW.pencilrobot.net )

    Desenho: Circlan.com - Jona Conti - [email protected] Catena Zapata- Mariana Gómez Rus-Emilie Giraud- Elizabeth

    Butler.

    Nota: O expressado nesta revista não corresponde

    necessariamente às opiniões editoriais de Wine Republic.

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    AEROPORTO  Tel.: (0261) 5206000. Acceso Norte s/n, El Plumerillo. EMERGÊNCIA Tel.: 911.  CONSULADO GERAL DOBRASIL EM MENDOZA Rivadavia 628. Cidade de Mendoza. Tel.: (0261) 4295988-4295962. EMBAIXADA DO BRASIL EMBUENOS AIRES Cerrito, 1350, Capital Federal.Tel.: (011) 45152400. ADVERTÊNCIA CONTRA ROUBO Fique alerta! Tenhacuidado com sua bolsa, sacola e mochila. Quando estiver caminhando pelas ruas evite levar coisas de valor. Os lugares que

    você deverá ter maior cuidado são: estação rodoviária, ciber cafés e áreas solitárias no Parque General San Martin. PARATROCAR MOEDA ESTRANGEIRA Câmbio! Câmbio! Gritam os “arbolitos” (os que fazem a troca no câmbio negro) em frente àGalería Tonsa (Rua San Martín, 1173). Esse é o melhor lugar para conseguir uma boa cotização da moeda estrangeira. Mas paramelhor informação sobre o câmbio do dia acesse o link: www.ambito.com.

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    Perseverança, trabalho duro, inovação, paixão, umtoque de loucura e alguns golpes de sorte...Esses foram

    os ingredientes que fizeram que Catena se convertessenuma marca ícone dentro e fora do mercado Argentino.A chave de seu êxito? Cada geração desta família deupassos significativos e se esforçou em cuidar do que fezo anterior, destacando-se a figura de Nicolás Catena.A história da vinícola começa nos primeiros anos doséculo XX quando Nicola Catena, o mais jovem deuma numerosa família italiana, decidiu lançar-se àaventura e perseguir o sonho de um futuro melhorpara ele e para seus sucessores. Cruzou o charco e seinstalou na Argentina. Sem falar espanhol e com poucodinheiro no bolso, seu instinto o trouxe até Mendozaonde se dedicou ao que melhor sabia fazer: vinho.Comprou um pequeno vinhedo no Este do estado ecomeçou a elaborar a bebida em pequena escala. Porvolta da década dos 30’, seu filho Domingo trabalhavajunto a Nicola comercializando o vinho no resto dopaís. Nessa época o nome Catena era associado a umaclasse média agrícola bastante respeitada. A meados de1940, Nicolás filho Domingo, ajudava com pequenostrabalhos familiares no sitio embora sua mãe AngélicaZapata tivesse outra ideia para o futuro do seu filho.Assim os anelos parentais eram opostos: enquanto seupai desejava que ele seguisse o negócio familiar , Nicolásjá era Doutor em economia ... realizando o desejo de sua

    mãe. Mas o rumo da história se transformou quando ameados dos anos 60, Angélica e Nicola faleceram numacidente automobilístico e Nicolás teve que escolherentre o futuro acadêmico longe da família ou ajudar seupai tanto na sua vida pessoal como comercial. Teria que

    ajuda-lo a resgatar o negócio da vinícola . Decidiu meter-se de cabeça no negócio familiar e com o passar dos anos

    conseguiu converte-la num poderoso empório argentinoprodutor de vinho fino.

    Quando Nicolás começou a se envolver com a vinícola asituação na Argentina não era boa e a indústria vitivinícolatampouc o estava bem: não somente a má situação econômicarepercutia gravemente, senão que também devia lidar c omuma imagem negativa crescente, consequência da vendade vinho adulterado (com álcool metílico) que terminoucom a vida de várias p essoas. Seu primeiro passo foi mudara forma de vender vinho localmente. Nessa época o vinhoera vendido a granel e os compradores fracionavam e

    revendiam com outra etiqueta. Nicolás convenceu o paia ganhar protagonismo, comprando duas vinícolas paracomeçar a vender seu próprio vinho com sua própriaetiqueta. Investiu em publicidade para tentar reverter umpouco essa má imagem que o vinho carregava nesses dias,associando-o a momentos familiares,encontros, bebidanobre e saudável . E para meados da década dos 70, não

     Nicola desconhe cia o Malbe c e as bondades dosolo mendocino, mas seus vizinhos o alentaramque plantasse. A tradição do Malbec continuoucom Domingo e seguiu com Nicolás que

    convencido pelo seu pai e sua filha Laura (hojeencarregada de continuar o negócio familiar)converteu o Malbec na variedade emblemáticade Catena.

    Construída a semelhança de uma grande pirâmide Maia Catena Zapataemerge do meio dos seus vinhedos como um templo que, ano trás ano, recebemilhões de fervorosos fãs de diferentes partes do mundo procurando renderculto a seu liquido sagrado. Muitos dizem que Mendoza sem Catena ( em seucaminho ou em sua mesa) não é Mendoza. Neste artigo te contamos o porquê.

    Por: Mariana Gómez Rus

    CATENAMANIA 

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    conformado com o vinho que elaborava, decidiu dar umsalto na qualidade. Um enólogo americano assessoroua Catena com a ideia de ter um diagnóstico de comoestava a indústria e o que era necessário para melhorá-la. Basicamente o vinho que se elaborava naquelemomento na Argentina era medíocre: usava-se recursostecnológicos e humanos mínimos, se trabalhava comtecnologia antiquada, manutenção péssima e suja. Os

    processos durante a colheita faziam estragos na uva,oxidando-a e despojando-a do melhor que trazia. Aelaboração e o envelhecimento realizava-se utilizandotanques, mangueiras e grandes vasilhas de carvalhovelhas e furadas que não faziam mais que adicionaroxido e bactérias contaminando o futuro vinho tinto. Atudo isso se somava a indiferença do consumidor quetampouco lhe importava a qualidade e só tomava o queera posto na sua taça. O panorama não era animador.Nicolás Catena tratou de amenizar o problema dacontaminação aplicando sulfitos em todos os cantos davinícola. O uso era excessivo e o risco de contaminaçãodiminuía, mas em contra partida as possibilidades

    de que no dia seguinte após beber esse vinho, vocêsentisse que sua cabeça ia explodir eram enormes. Ascoisas não melhoravam e havia que fazer alguma coisaimediatamente.

    No inicio dos anos 80, Nicolás se instalou um tempoem Califórnia. Ali dava aulas como professor naUniversidade de Berkeley e nos fins de semana sededicava a passear e conhecer vinícolas com sua famíliaem Napa Valley. Sem grandes expectativas chegou àvinícola de Robert Mondavi, que havia se associadoao Barão Philippe de Rothschild com quem elaborava

    OPUS ONE. E algo fez clique. Fruta com toque demadeira. Descobrir essa vinícola foi redescobrir o vinhoamericano e também foi um corte entre o que o velho e onovo mundo significava em matéria de vinhos.

    Nicolás observou seu colega “gringo” e obteveinformações valiosas sobre plantas, vinhedos, clima,terroir, técnicas, barricas etc. Voltou a Mendoza evendeu a vinícola que elaborava vinhos de mesa eficou com Esmeralda, a vinícola de vinhos finos dafamília. Ir à busca da qualidade a princípios dos anos80, em um contexto onde a quantidade e o baixocusto levava vantagem e as vinícolas erradicavamvinhedos de qualidade( envelhecidos e verdadeiros

    tesouros enológicos) substituindo-os por grandesplantações de variedades enológicamente pobres ( comoCerezas, Criolla ou Pedro Gimenez que rendiam maiseconomicamente) era uma aventura louca. NicolásCatena saiu desse molde e conservou cuidadosamentevinhedos antigos, plantou novos e de alta qualidadeenológica. Seguro do que havia visto nos Estados Unidose convencido de que era possível imitar, propôs como

    meta mostrar ao mundo que Argentina também podiafazer bom vinho e começou a incluir variedades comoChardonnay e Cabernet Sauvignon no seu vinhedo “LaPirámide”.

    Com o tempo desc obriu que em vinhedos de maior alturaa uva poderia dar um vinho mais distintivo e profundo.Chegou até os 1400m sobre o nível do mar, acreditandoque poderia dar um salto qualitativo se pusesse àvideira ao limite do estabelecido. Novamente muitos ochamaram de louco, mas sua inovação foi acertada. Maisadiante outros vitivinicultores começaram a imitá-lo e oos custos dos vinhedos em altura foram para as nuvens.

    Para fins dos 80, os vinhedos começaram suametamorfose. Catena Zapata deixou de ser uma lagartapara se transformar numa borboleta e começou aexportar suas novidades. Naquele tempo o vinhoargentino mais caro se comercializava em 4 dólares.Nicolás Catena foi além e determinou que seus vinhosestavam qualitativamente perto de algumas marcascalifornianas, o justo era vender seu vinho em um 30%mais barato que as etiquetas americanas. Foi assim comoCatena começou a vender-se por US$ 15.

    Para meados de 2000 até a atualidade estaCATENAMANIA não parou. Choveram prêmiosreconhecendo sua qualidade e trajetória tanto a nívelnacional como internacional, inclusive Nicolás Catenahá sido nomeado “Homem do Ano” pela revista Decanter.Faz alguns anos uma colheita 97 foi leiloada em 30mil dólares na China. Fazer uma reserva para visitara vinícola é necessário 40-60 dias de antecipação oumais, e o mesmo Robert Parker (no seu último informede 2015) sobre vinhos argentinos para Wine Advocate,da as maiores pontuaçõ es a vinhos que levam na suaetiqueta o nome de “Catena Zapata”.

    Domingo V. Catena com seus pais, irmãos e irmãs.

    Nicolás e sua filha, Laura Catena.

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    Alejandro Vigil , o inimigo em casa. Apesar de Alejandrose considerar mais um viticultor que enólogo, o certo é queele leva mais de uma década à frente do departamento deenologia da vinícola Catena Zapata e é considerado umdos enólogos mais emblemáticos da firma. Há alguns anosse associou com Adrianna ( a filha mais nova de NicolásCatena) para por em funcionamento “Aleanna”, umavinícola que elabora vinhos à maneira antiga, focalizando-se principalmente no Cabernet Franc. Além da elaboraçãode vinho sob o nome “El Enemigo” o projeto tambéminclui um pequeno restaurante (localizado no mesmoterreno onde tem sua casa, em Chachingo, Maipú) onde éum ponto de encontro entre amigos, clientes e visitantes.Longe da imagem corporativa, Alejandro pretende terum contato mais direto e pessoal com clientes e curiososque passam por sua casa que, certamente, o encontram

    na maioria das vezes , aproximando-se para conversarem algumas mesas e fazendo alguma piada do por quêescolheu ser “ El Enemigo”. Aberto de segunda a sábado,poderá aproximar-se a conhecer sua micro vinícola aoar livre e a adega, escolher entre diferentes “flights” devinhos ou contentar o coração com um suculento almoçoque inclui de entrada petiscos frios, “empanadas” , caseirase o prato principal, que consiste em um “bife de chorizo”com variedade de saladas alem duma sobremesa regionalpara finalizar essas delicias de boa vida e vinho. VidelaAranda 7008. Tel. 0261-6974213 [email protected]

    CA.RO.  Uma vinícola dentro de outra. No final dadécada dos 90 nasceu CA.RO, da relação comercialentre Domaines Barons de Rothschild (Chateau Lafite)e Nicolas Catena, com o objetivo de criar o vinho maiselegante da américa do sul, focalizando no blend Malbec– Cabernet sauvignon. A vinícola está localizada na alaNE da antiga vinícola Escorihuela onde Nicolás tem umaparte acionista que utilizou para realizar este projeto comRothschild. Trabalha só três linhas ( Aruma, Amacaya eCA.RO ). Vale a pena fazer um percorrido por suas cavescentenárias e misteriosas, com uma passagem ao séculoXiX. Abre de segunda a sexta das 9h às 19h. Uma boaopção é pegar o horário da ultima visita e ficar para jantar

    no vizinho: 1884, de Francis Mallmann. Presidente alvear151. [email protected]. tel:4530963.

    Ernesto Catena e sua alma negra.  Ernesto é o filho maisvelho de Nicolás Catena e, sem duvida, representa o ladomais vanguardista da família Catena. Logo de estudar emorar no exterior se radicou em Buenos Aires. Fortementeinfluenciado pelo seu avô Domingo animou-se a encararum projeto vitivinícola próprio no Vale de Uco. Ovinhedo chamado “Nakbé” é orgânico e biodinâmico. Jáfaz alguns meses que a vinícola está aberta ao público

    e se pode desfrutar de diferentes maneiras incluindoalmoço, visitas especiais às vinícolas e tardes de golfe.Ernesto é o criador de Tikal, Siesta, Padrillo e AlmaNegra( cujo blend é um mistério a que somos convidadosa descobrir somente através dos nossos sentidos). [email protected]

    Para os Catenamaníacos. Varias agências de enoturismo deMendoza trabalham com Catena Zapata. Recomendamosos programas de Trout & Wine desenhados especialmentepara aqueles que queiram conhecer e saciar sua gula emCatena. Oferecem programas econômicos que combinamCatena com outra vinícola da região, incluindo almoço leve

    e degustações de vinhos jovens por US$135 ou programasmais sofisticados (para os mais fanáticos) incluindo Catenae vinícolas associadas a este nome, com recorridos quepodem durar um ou dois dias, dependendo dos interesses,disposições e orçamentos, incluindo degustações“premium” , guia especializado em português e almoçosharmonizados com vinhos. Sugere-se adiantar a reservajá que é uma das vinícolas mais concorridas de Mendoza.Espejo 266, Te: 0261-4255613- [email protected].

    Vinhedos em altura

    Vínculos-

    Alguns nomes associados a Catena Zapata

    que não deverias deixar de conhecer na

    próxima viagem a Mendoza

    Casa El enemigo

    Cave da vinícola CA. RO

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    A primeira vista Mendoza parece cumprir com todos osrequerimentos de uma “ cidade verde” e ecologicamenteconsciente. A gigantesca e selvagem Cordilheirados Andes, onipresente no campo visual, inspira umrespeito imediato pela natureza. Rodeado de deserto,o oásis de Mendoza é dependente de um frágil sistema

    de canais e alamedas necessários para gerar umidadee sombra. No verão, a frequência dos cortes de água,lembra a seus habitantes a escassez do dito recurso. Aplanificação urbana dos fins do século XIX deu origemao Parque General San Martin, um pulmão verde demais de 450 hectares considerado como um dos parquesmunicipais mais espetaculares e melhor cuidado de todoo continente. Mas a realidade é menos utópica...

    Os mendocinos têm o hábito a gastar demasiadamenteágua e gás. A energia solar é quase inexistente numestado com 340 dias de sol ao ano, a questão dosresíduos deixa muito a desejar e por mais que a cidadeseja plana, somente os ativistas ecológicos maisvalentes têm coragem de circular em bicicleta por foradas- muito poucas- ciclovias disponíveis na cidade.Afortunadamente a agenda verde está aparecendo naCapital Andina. Desde Novembro de 2013, uma iniciativaambiental e bastante popular, o Mendoza Green Market,contribui a difundir iniciativas locais sustentáveis.Segundo Jazmin, uma de suas criadoras, o Green Marketé “ uma ideia louca de três mulheres loucas, agora seguidapor muitas outras pessoas loucas.”

    O certo é que visitar a este mercado verde é uma grande

    oportunidade de sair do circuito turístico tradicionalpara conhecer os produtos e a hospitalidade local.Os últimos mercados se instalaram no “Parque RaúlAlfonsín” no distrito municipal de Godoy Cruz, a poucasquadras do centro da cidade. Ali, podemos encontrarmais de 50 estandes coloridos e floridos onde pequenosprodutores ecológicos oferecem uma grande diversidadede mercadorias e de comidas saudáveis como pizzasfeitas de farinha integral, hambúrguer para vegetarianos, sobremesas livres de glúten, sorvetes orgânicos, iogurtede leite cru, cervejas artesanais, vinhos orgânicos ebiodinâmicos, e além disso, bicicletas recicladas, móveis

    com um toque vintage, plantas e flores.

    “ As pessoas nem sempre compram mas formam umpúblico muito atento e respeitoso e não é estranho verrealizar-se conversas nos estandes de produtores para

    explicar como fazer húmus, dar uma aula improvisadade reciclagem ou contar em que consiste a agriculturabiodinâmica”, diz Jazmin. “No Green Market , pode-seapreciar um ambiente terno e positivo de avós comendoum “cachorro-quente vegano” ou adolescentes que sedeixam convencer com sucos orgânicos caseiros de

    beterraba em vez de coca- cola”. O encontro tambémoferece atividades grátis como ioga, chi kung ou aulas decozinha saudável e música ao vivo. O Green Market éum encontro popular que ocorre cada mês e nestes doisdias de encontro se reúnem em média 30 mil pessoas.O público, muito eclético, está composto de pessoas dobairro, de famílias, de profissionais gastronômicos, e depessoas que passam como ciclistas, hippies, patinadorese artistas...

    Que tão verde é

    Emilie Giroud vai de visita aoGreen Market Mendoza

    Consultar a data do próximo Green Market na página:  

    www.facebook.com/MendozaGreenMarket

    Mendoza?

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    Se existe algo que não arriscamos ficar“sem” é a comida, não é mesmo? Então seela é de vital importância e não podemosabrir mão, que seja, para nosso deleite, comsabor e qualidade. Nesta viagem de imersãogastronômica, convido-os a engolir cadapalavra deste artigo, degustando-as com ossabores locais de Mendoza.

    Por: Jeanne Coelho

    O alimento é algo imprescindível; logo, uma das primeirascoisas que fazemos ao chegar a um novo lugar é procurar

    comida, pois como diz o ditado: saco vazio não fica em pé!Com certeza nos depararemos com muitas novidades locais,principalmente se é no estrangeiro que estamos colocandonossos lindos pezinhos. E é nessa questão que vou atiçar acuriosidade de vocês para que experimentem os famosospratos típicos. Dou ênfase a esse ponto porque é neleque encontraremos o DNA de seu povo, sua identidade.Geralmente esses pratos são preparados com receitasdeixadas pelos povos originários ou pelos ancestrais dafamília, perduraram gerações, e de tanto sucesso, ganharama rua. Então grandes surpresas poderão ocorrer, pois nossopaladar poderá usufruir de sabores que ficarão na memória,

    junto com essa experiência tão boa que é conhecer novasculturas.

    Argentina é terra de boas vacas, portanto os primeirospratos de Mendoza só poderiam ser feitos com ela, a estreladas panelas, a carne. A Carne a la Olla e a Carne a la Masaestão em primeiro lugar na lista que elaborei para vocês.Não lhes passarei nenhuma receita, mas apenas comentareios ingredientes que cada prato contém. A carne a la olla éfeita na panela e leva cebola, cenoura, batata e vinho; podevir acompanhada do Chimichurri que é um molho picantefeito com Azeite de Oliva, sal, pimenta (ají), orégano, alho;fica a gosto do cliente. A Carne a la Masa é feita com carne e

    verduras, cozidas dentro de uma massa de pão, e essa misturagera um sabor inigualável. Depois temos a Humita queleva milho verde, pimentão vermelho, azeite, manjericão,salsinha, e demais condimentos. Ela vem servida ao prato,mas em alguns lugares poderá vir cozida na palha do milho,

    como a nossa pamonha salgada. Agora é a vez das tradicionaisempanadas argentinas (são como nossos pastéis, sendo queassadas no forno). As empanadas mendocinas levam maiorquantidade de cebola do que em outros estados... Muitogostosas! Outro prato é o Tomaticán, preparado com tomate,cebola, pão, pimentão vermelho, ovos e orégano. Excelentecomo guarnição.

    Saindo dos pratos e metendo a mão na massa, encontraremosas tortitas mendocinas. Elas são preparadas com farinha detrigo manteiga ou gordura, têm a forma de uma bolachaMaria... Ótimas acompanhantes de um cafezinho emqualquer hora do dia. Você poderá encontrá-las em qualquerpadaria, mas na Via Veneto (Amigorena, 78 - Mendoza) elassão especiais. E convenhamos de que não existe nada melhordo que dar uma paradinha em um café, sentar em uma mesa,levantar o dedo e pedir: por favor, um cafezinho e umatortita. Mas cuidado! Isso pode até viciar... Eu que o diga.

    Os pratos típicos poderão ser encontrados em algunsrestaurantes locais, mas apesar de terem os mesmosingredientes a preparação terá sua particularidade, claro.Mas minha primeira recomendação é um pouquinho forada cidade; o restaurante se chama Los Negritos e fica a 80quilômetros da capital, localizado em Las Vegas – Potrerillos.Ele surgiu de um projeto familiar que se fez realidade commuito êxito, e seu nome é em homenagem aos donos dolocal. O lugar já é maravilhoso por encontrar-se no meiodas montanhas, e a viagem até lá é muito interessante porcausa das paisagens que você vai visualizando... Um show deimagens da Cordilheira dos Andes para serem contempladase registradas... Então prepare a máquina fotográfica! Ao

    chegar ao restaurante, você é atendido pelos própriosdonos que oferecem um cardápio com receitas familiares,e percebe-se o carinho e amor que dedicam ao ambiente.Isso faz a diferença! Um detalhe na ornamentação mechamou à atenção: quadros pendurados nas paredes comreceitas, escritas a mão, de pratos típicos nos transmitemcompromisso, simplicidade e nos remetem a um ambientepessoal como a casa de um familiar ou amigo. Tambémdesperta o nosso desejo oculto de ser acolhido e sentir-se bem. Vale a pena ir lá, com certeza! Recomendo provara Carne a la Masa e também o Cutriaco, outro prato típicoque só encontrei aí. O Cutriaco é feito com carne em troços

    pequenos, envolvida em um delicioso molho, rodeada debatatas crocantes... Sabores para recordar!

    Tempero

    de cozinha:Mendozatípica!

    Empanadas

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    Agora dentro da cidade, você encontrará esses pratos, porexemplo, no Restaurante Retortuño cuja especialidade écomida típica de Mendoza, e oferece shows musicais: asmúsicas Cuyanas (seriam como nossas músicas regionais),

    que embelezam a noite em um ambiente aconchegante erústico. Ele funciona apenas nos fins de semana, horárionoturno, com variação no cardápio. Visitei-o e proveipequenas porções de vários pratos: carne a la olla, carne decerdo, frango ao alecrim, pastéis e empanadas. Os pastéis,diferentes das empanadas, são fritos e doces, feitos comqueijo, açúcar e canela (muito bom!). E de sobremesa proveidoce de Alcayota com nozes. A alcayota é uma fruta commuita fibra e ao mastigá-la você sente um crac crac desua crocância... Ótima combinação com as nozes! Sobre aornamentação do local, cada mesa possui luz de velas, e derepente, se você deseja uma noite romântica, escolhe o/a

    acompanhante e o lugar é perfeito! A comida é boa e de panode fundo, algo imprescindível para nós brasileiros: música.Outro detalhe importante que considero é o valor: fixoe acessível. Inclui a comida e o show musical, a bebida é aparte. Vale a pena conhecer o lugar!

    Agora se você estiver passeando ou fazendo compras pelocentro, dê uma passadinha no Mercado Central – Calle LasHeras – Centro de Mendoza, e coma as deliciosas empanadasmendocinas ou uma saborosa Humita. As duas opçõeslhe deixarão satisfeito. Ademais, todo mercado tem seuencanto... Passear por seus corredores descobrindo objetos,iguarias... Ele é contato direto com gente como a gente. Élugar descontraído, cheio de surpresas e alegrias. Você nãoconcorda? E aí freguês! O que vai levar hoje?

    Vou fazer uma pequena indagação: vocês acham quebeleza põe mesa? Eu diria que sim. Um prato visualmentemagnífico, em um lugar visualmente belo, vai deixá-lo comágua na boca e a sensação de que a bem-aventurança existe,e as comidas irresistíveis também. Portanto, ao deparar-secom esses pratos diferentes e de nomes estranhos, não resistae deixe-se levar pela impressão, mande a dieta pras cucuiase seja feliz, pois em uma viagem, as oportunidades não sedevem deixar escapar. Senão babau... Dançou! Provar novos

    sabores, novas emoções faz com que ao final digamos: valeu!E no caso da comida típica mendocina, você dirá: valeu cadacentavo que paguei! E então, vai provar?

    Carne a la masa

    Cutriaco

    Tortitas

    Alcayotacom nozes

     Faça sua reserva!

    Los Negritos Bodegón de montaña.Los Olmos s/n Las Vegas, Potrerillos,

    Mendoza [email protected]ário de funcionamento: sexta, sábado,domingo e feriado, a partir das 12:00 hCoordenadas de GPS: S 33013370 - W69272293 Retortuño

    Dorrego, 173 – Guaymallén – MendozaHorário de funcionamento: sexta e sábado –22:00 hFone: 0261 431 6300

     Mercado CentralPatricias Mendocinas e Las Heras, cidade deMendozaHorário de funcionamento: segunda atesabado- de 10 ate 20 h.

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    Altocedro Gran Reserva 2012. 97% Malbec, 3%Semillón. Este Malbec poderoso fermenta e envelhecepor 24 meses em barricas novas de carvalho francês.

    Seu criador, Karim Mussi nos conta que uma pequenaparticipação do Semillón estabiliza a cor, aportaelegância, realça a fruta e aumenta a acidez queintensifica seu tempo de guardado. Exótico e longofinal na boca. Degustá-lo em AMP, a exclusiva cave doenólogo Karim Mussi. [email protected]

    Cuarto Centenário. É um blend de Malbec, Cabernetsauvignon e Petit Verdot elaborado com uvas daregião de Maipú. descansa 18 meses em barricas novasde carvalho francês. Se apresenta violeta intenso,

    com aromas e sabores que lembram ameixa, amorae especiarias. Bom corpo e estrutura. desfrutar navinícola don Manuel Villafañe é uma experiência quenão se esquece facilmente. [email protected].

    Finca Agostino. 70% Sirah, 30% Malbec. Ambos varietaisdo distrito de Barrancas (Maipu) são criados em barricasseparadas pelo espaço de 10 meses para logo realizaro assemblage. Vermelho Violáceo intenso, amoras ecerejas no cheiro, especiarias e notas de café e tabaco,produto do envelhecimento em carvalho. Um vinhodelicioso que pode acompanhar seu almoço na próximavisita na Finca Agostino. [email protected]

    Gran Enemigo Cabernet Franc. Cabernet Franc 97% +Malbec 3%. Colhidos em 4 tempos (um mês e meio entre aprimeira e a última). Fermentação em barris de carvalhofrancês e em seguida envelhecimento por 7 mesesmais em barricas. Extrema delicadeza e personalidade,notas minerais e fruta para este Enemigo que obteve98 pontos na última degustação organizada por RobertParker para a revista Wine Advocate em 2015. [email protected]

    Eolo 2012. Procurando a harmonia perfeita de todassuas particularidades, a colheita do Malbec iconede Trivento acontece em seis etapas que, depois davinificação, passa 18 meses em barricas novas decarvalho francês. no cheiro se apresenta entre floral,frutal e achocolatado. Na boca é fresco, redondo e desutil doçura. [email protected]

    Piedra Infinita 2013. Este Malbec apresenta frutas

    vermelhas que se completam com notas mineraisdistintivas (pedra molhada e grafito). Na boca éprofundo. Um vinho de grande estrutura e acidez. Naúltima degustação de vinhos argentinos, organizadapor Robert Parker para a revista Wine Advocate, Piedra

    GRANDES VINHOS PARA DESCOBRIR EM MAIPÚ

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    Infinita colheu 97 pontos. Sem dúvida uma etiqueta ater em conta na sua próxima visita na vinícola FamíliaZuccardi. [email protected]

    Prestige 2009.  É um assemblage de 72% Malbec, 23%Cabernet Souvignon e 5% Sirah que tem 18 mesesde envelhecimento em barrica de carvalho francês.Boa intensidade e coloração, na boca aparece frutamadura, caramelo e um toque de chocolate. Elaboradosob a supervisão de Michel Rolland em Mendoza ecustodiado por Brigitte e Philippe, donos da vinícolaCarinae, a quem com certeza terás o prazer de conhecerpessoalmente durante a visita. [email protected]

    Suono 2011. Este mega blend composto de 75% Malbec,

    18% Cabernet Sauvignon, 4% Cabernet Franc e 3% PetitVerdot se elabora em pequenos tanques de 1000 litros,sem bombas nem remontagens para em seguida passar28 meses em barricas de carvalho francês e americano.Só se elaboram 3000 garrafas anuais desta viagemselvagem e profunda. Possui 15,8% de álcool e ameritapasso para o decante. Se queres provar instu, é possívelvisitar ao seu criador, Brennan Firth, quem elaborapequenas partidas especiais (0261- 154671015)

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    VALLE DE UCO

    LUJÁN DE CUYO

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    OJO DE VINOVinícola do artista suíço Dieter Maier,quem veio na Argentina apaixonadopela natureza e os Malbecs paraelaborar os seus próprios vinhosorgânicos. O restaurante se chama Ojode Agua e conta com o chef revelação,Jaime Baeza, quem harmoniza àperfeição pratos e vinhos. (261)155731688/[email protected]

    DIAMANDES.Propriedade da família Bonnie, degrande tradição vitivinícola francesa.Forma parte do famoso “Clos de los7 “, estreitamente ligada ao enólogoMichel Rolland. Rua: Clodomiro Silvas/n- Vista Flores, Tunuyán – Mendoza.

    Tel: +5492616575472/ +542614760696www.diamandes.com

    EL ENEMIGO.Alejandro Vigil, um dos enólogos maistalentosos da Argentina abre as portasda sua vinícola e de seu restaurante,colorido e pouco convencional. VidelaAranda 7008, Maipu. Tel: 2616974213 –www.enemigowines.com

    TRIVENTO.Localizada ao Sul de Maipu. Éinvestimento da chilena Concha y Toro.A vinícola tem um lindo deck que dáde frente ao vinhedo. Oferece toursem bicicleta, tira-gosto e degustaçõesespeciais. Ruta 60 e Canal Pescara,

    Maipu. Tel:2614137156. www.trivento.com

    FINCA AGOSTINO. Elegante vinícola de investimentocanadense, localizada em Barrancas.Oferece almoços cuja harmonizaçãocom vinhos te fascinará. Pode-sevisitar a vinícola, assistir uma aulade cozinha ou desfrutar de umacavalgada. Carril Barrancas 10590,Maipu. Tel:2615249358. www.fincaagostino.com

    DON MANUEL VILLAFAÑE. Vinícola moderna com umalonga história familiar vinculada

    à elaboração de vinho. Amplasinstalações e lindo vinhedo. Vinhosintensos e complexos, nosso favorito:Cuarto Centenário. Ruta 60 s/n , Rodeodel Medio, Maipu. Tel: 2615083067.www.dmvwines.com

    MAIPÚ

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    Grill Q

    PAN & OLIVA -O CULTO AO AZEITE DE OLIVA

    Há vários anos a vinícola Zuccardimistura o melhor dos seus vinhosjunto com o melhor da gastronomiano restaurante da vinícola: Casa delVisitante. Lá a proposta é clássica eeficaz: churrasco tradicional argentino,acompanhado dos melhores vinhosda casa. Mas, ao longo do tempo, opúblico tornou-se gigante e a Zuccarditeve a necessidade de criar uma novaproposta com um outro conceito. Deaí nasce o Pan & Oliva. Um restaurantemais pequeno, entre aconchegante edescontraído, baseado principalmentena cozinha mediterrânea incluindosalgadinhos, massas e saladas. Mas avedete de Pan & oliva é, sem dúvida,o azeite de oliva que, desde o começo( enquanto espera às refeições) ficapresente na mesa, incluindo trêsvariedades bem diferentes paraacompanhar com pão quentinho,

    recém saído do forno.  A cozinha aberta permite-nos ver oamassar e o cortar das massas, poderáinteragir com os chefs, tirar umas fotose até pedir alguma receita.

    Você pode combinar uma visita àvinícola antes do almoço e uma outra

    visita à olivícola, às 15:30h.Há que provar!Reservas: 54 261 4410000/ [email protected] provincial 33 km 7,5. FrayLuis Beltrán. Maipú. Mendoza

    JOSEFINAJosefina Restó é um lugar de elegânciana festiva rua Arístides Villanueva.O restaurante, que leva o nome daafilhada da proprietária Ana Ochoa,mistura harmonicamente o urbanoe o natural, o íntimo e o industrial.De dia, a luz natural inunda o lugar ecria a atmosfera ideal para desfrutarde um almoço em paz. Depois dotrabalho, poderás deleitar-te competiscos acompanhados de umaseleção rotativa de vinho por taça. E

    ao entardecer, a luz tênue das velaste deixará com ânimo para um jantarfino. A comida é Gourmet, eclética,estacional e muito pessoal- uma fusãodas receitas tradicionais da mãe deAna e da sua própria experiência decozinha internacional. Não deixede provar os raviólis de salmãodefumado temperado com manteiga,molho de sálvia e queijo. Conselho atodos os fanáticos do vinho: Josefinae sua reconhecida sommelier

    organizam regularmente um curso decombinações “ Saber de Sabor”! www.josefinaresto.com.arArístides Villanueva 165, Mendoza5500, Argentina Tel: + 54261 4233531.

    Pan & Oliva

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    EL MERCADITOUm pátio muito vintage cheio de plantas, bandeirinhascoloridas, consigna felizes e boa música flutua no ar destemercadinhio, a que passen desfrutável o ano inteiro. Olugar convida, assim é, a que pasem e desfrutem: saladasfrescas e variadas, sanduíches criativos e saborosospratos tradicionais. Sua seleção de vinhos é curta mas

    inclui nomes gloriosos! E as sobremesas são  mesmouma perdição. Rua Arístides Villanueva 521 (esquina

    Granaderos), tel.: (261) 4638847/Filial Chacras: Viamonte4961, tel.: (261) 4962267.

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