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Ficha técnica |

CULINÁRIA | Dona Cacilda da Conceição Dias: Moçambique |

receitas | gastronomia | memórias associativas mestiças.

FILOSOFIA | Myriam Jubilot d’Carvalho: Península Ibérica |

[pseudónimo de Mª de Fátima Oliveira Domingues]

prosa e poesia | crónicas interculturais | ensaio.

REVISÃO | Mª de Fátima Oliveira Domingues: Portugal |

[co-fundadora]

textualidade e contexto | pedagogia | revisão de texto.

PSICOLOGIA CLÍNICA | Fanisse Craveirinha: Europa |

psicoterapias | juventude | reflexões sobre saúde mental quotidiana.

HISTÓRIA | idéias | Adelto Gonçalves: Brasil – Portugal |

resenhas literárias | Lusofonia.

INSTANTÂNEOS | Silvya Galllanni: Portugal – Brasil |

[co-fundadora]

instantâneos | crônicas | poesia | fotografia | revisão gráfica.

ARTE | Mphumo Kraveirinya: ‘Anima Mundi’ |

infografismo | layout | art work | poesia | crítica de arte | esoterika.

COMUNICAÇÃO e CULTURA | João Craveirinha II : CPLP |

[fundador e coordenador]

comunicação e cultura | resenhas | revisão-geral.

E-mail | [email protected]

Facebook | https://www.facebook.com/VuJonga

Instagram | em organização

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VuJonga | magazine digital ilustrado e actualizado,

made in CPLP fundado por: João Craveirinha (CLEPUL);

Silvya Gallanni (RL);

Mª de Fátima Oliveira Domingues (CLEPUL).

Ligações online de VuJonga cadernos literários | 2019/2020.

Silvya Gallanni

https://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=212768

Myriam Jubilot d’ Carvalho |

http://www.myriamdecarvalho.com/

Mphumo Kraveirinya

https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/joo_craveirinha_diversos/

BRASIL | E-book: Recanto das Letras (Américas): https://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=212768&categoria=M

MOÇAMBIQUE | PDF: Jornal O Autarca (África Oriental): https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/jornal_o_autarca_cidade_da_beira/

PORTUGAL | PDF: Macua Blogs (Europa): https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/letras_e_artes_cultura/

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Doutor Honoris Causa, José (João) Craveirinha, nasceu em 28 de Maio de 1922 na

Estrada do ‘Zixaxa’ ao Chamanculo. Filho de um português algarvio, José João

Fernandes, quarentão, sub-chefe da polícia montada colonial, do Alto-Mahé, e de uma

adolescente muJonga, do Minchafutene, de nome Carlota Mangachane Maphumo. Na

década de 1940 mudou-se para o bairro mestiço da Mafalala, na mesma cidade de

Lourenço Marques onde nasceu. ( Registos do sobrinho + velho, João Craveirinha II )

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Mphumo

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Myriam Jubilot d’Carvalho© | artigo

Teatro Dramaturgia

https://www.teatrosaoluiz.pt/espetaculo/festival-musica-viva/

Texto publicado na Edição nº 10 de

VuJonga – Cadernos Literários |

Domingo - 02 / 02 / 2020. Págs.14/18.

(Contém notas à margem do artigo)

VuJonga 10 – cadernos literários Link dessa edição: Ctrl + clique

https://rl.art.br/arquivos/6856528.pdf?1581277933

Teatro São Luiz: visto a 12 de Janeiro 2020, em Lisboa.

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INGREDIENTES:

250 grs de açúcar;

250 grs de castanha de caju moída;

6 a 8 ovos;

Uma colher de café de essência de amêndoa-doce.

MODO DE PREPARAR:

Bater muito bem o açúcar com as gemas de ovos.

Junta-se a castanha de caju moída e por último as claras

de ovos em castelo.

Junta-se a essência de amêndoa doce e bate-se muito bem.

Leva-se ao forno brando coberto com chocolate (frio).

https://loja.istofaz-se.pt/index.php/essencia-amendoa-30ml.html

Segredos do Mundo: Por que as castanhas de caju não podem ser comidas cruas? https://segredosdomundo.r7.com/por-que-as-castanhas-de-caju-nao-podem-ser-comidas-cruas/

Imagem adaptada de MACAUHUB 2013:

‘Moçambique prevê aumento significativo da produção de caju no prazo de cinco anos’

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HONRAR as grandes figuras da História que se opuseram à crueldade e à opressão

existentes nas suas épocas, é um imperativo de consciência.

NA nossa actualidade, há um foco sobre a figura ímpar do Padre António Vieira,

que viveu ao longo do século XVII, entre 1608 e 1697.

O Padre António Vieira é conhecido como defensor dos Índios do Brasil. Mas

esse facto é actualmente referido por alto, como se tivesse sido coisa fácil...

Hoje em dia, devido ao fraco valor que o Ensino neoliberal dá ao estudo da

História, desconhece-se em que moldes funcionaram as sociedades do Passado,

sujeitas aos dois intransigentes Poderes Absolutos dos “antigos regimes”: o Poder

Real, e o Poder da Inquisição.

Hoje em dia, é difícil fazer entender ao grande público por que razão certas figuras

do Passado deixaram uma marca incontornável na História, pois os grandes

obstáculos que lhes apresentava a sociedade da sua época já não são conhecidos, e

acabamos por nos contentar com alguns lugares comuns sobre elas.

Hoje, proponho-me recordar o Padre António Vieira.

Porquê, o Padre António Vieira?

Na nossa actualidade, em que a QUESTÃO RACIAL está em grande foco nas

sociedades ditas “ocidentais”, algumas vozes atentaram contra essa figura maior

não só da nossa História, mas podemos mesmo dizer, da História em geral. O Padre

António Vieira foi alguém que ousou afrontar os PODERES ABSOLUTOS da sua

Myriam Jubilot d’Carvalho© 2020

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época, o século XVII, defendendo sectores da população inferiorizados pelos

“conceitos” que sustentavam a rentabilidade dos processos produtivos de então.

O Padre António Vieira é dessas figuras incontornáveis que sempre merecerão o

nosso respeito, pois denunciar – actualmente – a opressão, não é de modo algum

problemático como o foi há séculos atrás, com a Inquisição e seus carrascos sempre

em guloso (sádico) e interesseiro alerta por mais vítimas.

Como referimos atrás, o Padre António Vieira nasceu no início do século XVII,

em 1608.

Era ele muito criança, seus pais emigraram para o Brasil, então colónia do Reino

de Portugal. Aí, com 6 anos de idade, ingressou no Colégio dos Jesuítas de

Salvador, que tinha sido fundado cerca de 60 anos antes, pelo padre Manuel da

Nóbrega.

Ainda apenas com 18 anos, reconhecendo-lhe o seu talento como escritor, foi

encarregado de escrever, e traduzir para Latim, o relatório anual das actividades

da Província da Companhia de Jesus, o relatório que seria enviado para Roma.

Igualmente muito jovem ainda, com apenas 27 anos, já os seus sermões se

evidenciavam.

Ocorre em Lisboa, a Revolução de 1640. Ele é encarregado de vir à sede do Reino,

apresentar ao rei, D. João IV, a fidelidade da colónia do Brasil. O rei ficou de tal

modo bem impressionado pela sua vivacidade de espírito que, além de o nomear

“pregador régio”, ainda o nomeou embaixador, para que junto das cortes europeias

fosse defender a causa da independência de Portugal em relação ao reino de

Espanha!

Os reis morrem, e outros se lhes seguem. Não foi sempre protegido pelos reis

portugueses. No entanto, nunca desistiu de denunciar as cruéis injustiças da sua

época – a crueldade para com os Escravos Africanos nos Engenhos de Açúcar, a

sujeição contra os Índios, as arbitrárias perseguições aos Cristãos-Novos.

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O Padre António Vieira usava o púlpito para defender as causas que abraçava.

Ousava opor-se à Inquisição. O que finalmente lhe acarretou a prisão, entre 1665

e 1667 (entre os seus 57 e 59 anos), com os respectivos interrogatórios, sempre

insidiosos, a ver se o apanhavam em “heresia” para poderem condená-lo e eliminá-

-lo.

Ficaram famosos os seus sermões.

Um dos seus sermões ainda hoje mais conhecidos, será o “Sermão de Santo

António aos Peixes”, pregado em São Luís do Maranhão, no dia de Santo António

de 1654. Como ele próprio diz: “Este sermão (que todo é alegórico) pregou o Autor

três dias antes de se embarcar ocultamente para o Reino, a procurar o remédio da

salvação dos Índios”. Ele propunha-se obter leis que protegessem os Índios da

ganância dos colonos. Ele cita St. Agostinho: «Os homens com suas más e

perversas cobiças, vêm a ser como os peixes, que se comem uns aos outros.»

No “Sermão da Sexagésima”, de 31 de Janeiro de 1655, ele pergunta-se como é

que sendo a palavra de Deus tão eficaz e poderosa, é possível que dela se veja tão

pouco fruto... No "Sermão do Bom Ladrão”, proferido nesse mesmo ano, tinha ele

47 anos, ele compara o pequeno ladrão que rouba para comer, ao grande ladrão

que rouba impérios. Com esse sermão, ele pretendia mostrar, em Portugal, como

funcionava a colónia do Brasil.

A grande luta do Padre António Vieira foi a favor da dignidade e liberdade dos

Índios.

Também defendeu os Cristãos-Novos, bom motor da economia e conhecedores

dos negócios, mas arbitrariamente perseguidos e condenados aos autos-de-fé.

Ao contrário do que apressadamente se diz, o Padre António Vieira não se bateu

contra o regime esclavagista. O Padre António Vieira foi um homem do seu tempo.

A Escravatura era justificada na própria Bíblia, e pela autoridade que tanto peso

teve no pensamento da Igreja, expressa na palavra de Santo Agostinho.

Mas, ousando guiar-se pela sua própria análise fria e pessoal dos factos que

presenciava – uma insuportável temeridade aos olhos das autoridades de então –

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ele defendia que os africanos que atravessavam os mares para irem servir nos

engenhos do açúcar, deviam ser tratados com caridade!

Digamos que ele não partia do fundamento bíblico para, de dedução em dedução,

nortear a vida que o rodeava; muito pelo contrário, ele induzia a partir da sua

observação objectiva e lúcida, e depois apoiava-se nas Escrituras segundo a sua

leitura muito pessoal, extremamente lógica, baseada na sua apurada observação

humana, sensível ao sofrimento alheio, e impiedosa para com a injustiça e a

crueldade.

Já a sua vida ia bem avançada, na sua estadia em Roma, durante os seis anos que

vão de 1669 até 1674, o Padre António Vieira conseguiu denunciar perante o Papa

os abusos de poder da Inquisição, conseguindo a suspensão das actividades dessa

instituição durante sete anos, e a suspensão das penas a que a mesma o tinha

condenado.

Enfim, uma vida de grande actividade, sempre em permanente luta pela Justiça

Social!■ Myriam Jubilot d’Carvalho

Referências:

* Para a elaboração desta nota biográfica, apoiei-me na obra:

“Padre António Vieira, O Tempo e os seus Hemisférios”,

com coordenação de Maria do Rosário Monteiro e

Maria do Rosário Pimentel; publicada pelas Edições Colibri, em 2011.

* Querendo ter uma ideia sobre a Escravatura e a Igreja,

encontrei na Internet, este interessante artigo de Eva Paulino Bueno.

É breve, sucinto e claro: “O Padre Antônio Vieira e

a escravidão negra no Brasil” (2004):

http://www.espacoacademico.com.br/036/36ebueno.htm#_ftn5

* Querendo alguns leitores colher mais alguma informação na Internet,

aconselhamos este programa de RTP ensina :

https://ensina.rtp.pt/artigo/padre-antonio-vieira-defensor-

dos-indios-e-dos-escravos-negros/

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O Coronavírus bateu-nos à porta, entrou nas nossas vidas sem pedir

permissão e com uma velocidade assustadora. Ninguém nos preparou ou ensaiou

para um cenário com estas características ou dimensão. É um cenário de guerra,

afirmam alguns, outros dizem tratar-se de uma gripezinha que não atingirá a todos

e apenas os mais frágeis. A verdade é que diariamente somos inundados por palcos

de terror, onde ninguém escapa imune, é uma pandemia, e todos, hoje, desdobram-

se em estratégias de sobrevivência, sejam elas em hospitais, empresas, instituições

ou até mesmo em casa. “É a pior crise de sempre!”, “…em mais de 90 anos de vida

não vi algo parecido…”, “Como profissional de saúde não esperei passar por isto

em momento algum…”

Este vírus põe em causa toda a nossa realidade conhecida até agora, abala as

estruturas mais organizadas e assola as entidades mais fragilizadas. A sua

transversalidade é impressionante e as suas consequências ficarão para a história

e, na nossa história. Especialistas de várias áreas ocupam agora a maioria do seu

tempo a tentar desvendar o fenómeno que marcará 2020.

Quem, ao comer as 12 passas, imaginaria que este acontecimento nos traria

a este lugar... Ao lugar onde a ida ao supermercado é caracterizada pela distância

entre as pessoas, pela desconfiança, pelo desinfectar constante; ao lugar onde os

bolos de aniversário assumem diversas formas e a música de parabéns é cantada

através de plataformas virtuais; ao lugar onde sentimos que o risco de vida é

permanente e que não nos dá tréguas.

O Covid-19 já deixou a sua marca e, muitos de nós, percebemos que o seu

carimbo ficará visível bastante tempo.

Passaram mais de duas semanas em isolamento e agora o estado de

emergência é renovado por mais duas, no mínimo… Experienciámos o choque, a

revolta, a zanga e até a corrida desenfreada, na procura da organização forçada que

Dra. Fanisse Craveirinha© 12 de Abril 2020.

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nos vimos obrigados, para estarmos em casa seguros e com algum conforto, a

trabalhar se assim for possível.

Outros, continuam a sair de casa para trabalhar e assegurar que os alicerces

se mantêm e não desabam. Mas também para esses, o medo e angústia se

sobrepõem a tudo, também aqui os lugares se revelam estranhos e sem precedente.

As preocupações estendem-se a todas as áreas da sociedade (da economia à

cultura), mas nós, os psis, observamos com um olhar atento às possíveis

consequências psicológicas e aos efeitos emocionais que daí advêm.

Nos manuais de psicologia não existe a rubrica Covid-19, mas existem

muitos capítulos dedicados ao trauma, às relações, às patologias somáticas, ao luto,

à angústia de separação, às problemáticas ansiosas e aos estados deprimidos.

Sabemos que nesta pandemia, somos remetidos a uma intensidade de fenómenos

psíquicos bastante elevada e que se estende de forma prolongada no tempo. É algo

com o qual não estamos habituados a lidar e por isso se torna extremamente difícil

de suportar. Vamos atravessando várias fases com sentimentos diversos, onde

algumas se tornam particularmente exigentes emocionalmente e vão-se instalando

por vezes sem nos apercebermos.

No início vão predominando sentimentos que se exteriorizam através de

maior ou menor implicância com o próximo mostrando a nossa irritabilidade, a

nossa revolta vai-se transformando e evidenciando a nossa zanga, o choque e o

medo revelam-se quando é preciso assustar os mais velhos com palavras de ordem

para se manterem em casa. E desta forma, vamos mantendo a luta e o combate ao

vírus.

Mas agora, o tempo (e com mais tempo), vai abrindo um espaço amplo e

sonoro ao pensar e ao sentir. E nestes dias de pandemia, o que vamos pensando e

sentindo é algo desagradável e desconfortável, é alguma coisa próxima da

angústia, do sentimento de impotência, que de tão diferente é, nos leva a questionar

se nos pertence. Também há a dúvida, o conflito e a constante ambivalência de

sensações que nos confronta directamente com a persistente incerteza e indefinição

sobre o futuro. Nessa altura podemos ficar apáticos, frustrados, exaustos e

desgastados.

Aceitar e reconhecer esta multiplicidade de sensações ajuda-nos a melhor

suportá-las e desenvolver uma forma mais positiva, apesar das circunstâncias.

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O Covid-19 ainda não existe nos manuais é certo, mas todas as emoções que

nos têm invadido por esta altura, são conhecidas, têm a sua função psíquica

compreendida e podem ser elaboradas por nós de forma saudável, tornando-as

passageiras.

A nossa estrutura psicológica tem uma enorme elasticidade e é capaz de

suportar eventos traumáticos de grande intensidade. A nossa habilidade para nos

adaptarmos e reinventarmos é excepcional. A nossa competência e sabedoria para

criar e fazer o mesmo com menos recursos é surpreendente.

A prova disso está em tudo aquilo que tem sido divulgado nos media, desde

a solidariedade manifestada em todas as frentes, passando pela força e

determinação dos que se encontram na primeira linha, à genialidade das invenções

realizadas em casa, expostas nos vídeos que assistimos. Talvez seja esta a nossa

melhor táctica, a mais saudável, a mais eficaz e aquela que nos vai permitir

rapidamente ultrapassar e fazer face a esta nova verdade.■ Fanisse Craveirinha

POPULAÇÃO MUNDIAL A UM CLIQ:

Informação Estatística Actualizada ao Segundo.

https://www.worldometers.info/

ANEXOS | “Onde posso encontrar informações confiáveis” «Syra Madad, directora sénior do Programa de Patógenos Especiais do Sistema de Saúde e

Hospitais de Nova York, e Stephen Morse, professor de epidemiologia na Universidade de

Columbia, desmascararam 13 dos mitos mais comuns sobre o coronavírus. Eles

explicaram como os pacotes da China não vão deixar você doente e que ficar com COVID-

19 não é uma sentença de morte. Eles também desmentiram a ideia de que isso afeta apenas

as pessoas mais velhas - qualquer pessoa pode pegar o coronavírus.» OMS

Coronavirus aka Covid19 Myths and

reality spoken by Dr Syra Madad

and Dr Stephen Morse

https://www.youtube.com/watch?v=CZ55cwtLKPo

https://www.comicsforgood.com/new-page

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RESENHA

I

A História do Brasil teria que ser contada por um coral de historiadores, apoiados

em narrativas de cronistas, aventureiros, viajantes constrangidos ou deslumbrados.

Uma inicial e lógica exploração feita a partir da costa, seguida de penosas

internações. Todas milagrosamente rápidas, tendo em vista os recursos da época,

pois falamos de um passado de meio milhar de anos. Registros, documentos,

cartas, mapas (de incrível rigor, em face dos recursos da época), bem como a

ansiosa busca de riquezas para uma Europa que experimentara a incubação

medieval e a explosão do Renascimento.

Não à toa, Espanha e Portugal, dois países debruçados sobre o mar, como se

espichando um pescoço geográfico para o Hemisfério Sul ali dominado pelo

Atlântico, lançaram-se à cata de riquezas. A terra lusitana, restrito território, pobre

de recursos naturais, mais do que todos, levou a conquista a sério.

Nenhuma colonização é angelical. Antes é fria, cruel e espoliadora. Assim, dizer

que o Brasil teria se tornado um país melhor se ficasse com espanhóis, com

ingleses, franceses ou (que deslumbramento!) dourados holandeses, nos parece

uma conjectura ingênua. Historicamente (ou fatalmente) ficamos com Portugal. E

será sobre essa nação e seu povo – tão péssimo como os mais péssimos, tão notável

quanto os mais notáveis – que devemos falar.

A saga de Lorena

numa hábil narrativa

Helio Brasil (*)

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II

Em O Reino, a Colônia e o Poder: o governo Lorena na capitania de São Paulo –

1788-1797 (São Paulo, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2019), Adelto

Gonçalves concentra seu foco no momento histórico em que a nação lusitana se

assentava nos trópicos. O Brasil receberia navegadores com destinos mais

definidos. O Rio de Janeiro, embora acossado pelos franceses, politicamente

deixou a posição secundária, abrigando a sede do vice-reinado antes assentada em

Salvador. E faz parte desse foco a referência à conjura mineira, pois daquela

importante capitania se havia desmembrado o território que hoje abriga o Estado

de São Paulo.

Nesse contexto, viu-se o autor da obra obrigado a situar a narrativa a partir de

governadores que antecederam o astro central – Lorena – com dificuldades em

cumprir a missão estruturadora da capitania. Tanto os suspeitos de incúria ou de

alcance no dinheiro público (hábito ainda não abandonado em nossos dias) como

os sabujos e incompetentes.

O lado positivo das ações de Lorena valoriza a narrativa. E vale a pena registrar

uma obra, ainda existente, que surpreendeu por atravessar os séculos: a Calçada

do Lorena, estrada pavimentada originalmente com características ousadas para a

época e que concretizou a indispensável ligação do planalto paulista com o litoral.

Libertava-se a província paulista do porto do Rio de Janeiro. E Adelto nos mostrará

quão fecundo foi o governo de d. Bernardo José Maria da Silveira e Lorena (1756-

1818) para o despertar desse hoje grande Estado brasileiro.

A construção da hábil narrativa nos mostra os governos anteriores corruptos ou

corruptores e com ações mesquinhas, o que faz ressaltar a competência

demonstrada por Lorena. O leitor logo estará envolvido pelos episódios que

antecedem a entrada em cena do nosso personagem, e verá um perfil descrito sem

paixão, mas com o indisfarçável prazer do historiador de reconstruir o protagonista

do livro.

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III

Não caberia o prolongamento dos comentários acerca do conteúdo histórico tão

bem narrado, mas neste breve texto é indispensável focalizarmos também o autor

do livro, consagrado como historiador e pesquisador com títulos obtidos no Brasil

e no exterior.

Adelto Gonçalves é autor de extensa obra, destacando-se as biografias, largamente

premiadas, dos poetas Manuel Maria de Barbosa du Bocage (1765-1805), no livro

Bocage, o perfil perdido (Lisboa, Editorial Caminho, 2003), e Tomás Antônio

Gonzaga (1744-1810), em Gonzaga, um poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro,

Editora Nova Fronteira, 1999). É também célebre e apreciado no terreno da ficção,

trazendo-nos uma bela reconstrução da cidade de Santos nas primeiras décadas do

século XX e os movimentos sociais vistos então como “subversivos”.

Barcelona brasileira (Lisboa, Nova Arrancada, 1999; São Paulo, Publisher Brasil,

2002) e Os vira-latas da madrugada (Rio de Janeiro, Livraria José Olympio

Editora, 1981; Taubaté, Editora Letra Selvagem, 2015) são romances de forte

conteúdo político, não discursivos, lidos com agrado. Livros que nos fazem

esquecer o tempo, sendo devorados com prazer. Situações e personagens com

grande credibilidade, disputando encarnações que lembram o Jorge Amado (1912-

2001) dos tempos de Mar morto (1936). Adelto mostra-se à vontade na escrita

correta e leve. Não se perceberá o hiato porventura existente entre historiador e

criador de histórias.

Da orelha do livro aqui comentado, recorto uma observação precisa de Carlos

Guilherme Mota: “...Lorena tem suas origens familiares, a vida e a ação

esquadrinhadas com a argúcia que define um bom historiador.” Podemos

acrescentar: ...e um excelente escritor.

Rio de Janeiro, abril de 2020.

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O Reino, a Colônia e o Poder: o governo Lorena na capitania de São Paulo – 1788-1797, de

Adelto Gonçalves, com prefácio de Kenneth Maxwell, apresentação de Carlos Guilherme Mota

e fotos de Luiz Nascimento. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 408 páginas,

R$ 70,00, 2019. Site: www.imprensaoficial.com.br

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(*) Helio Brasil, arquiteto, professor universitário, romancista e contista, é autor de uma

trilogia sobre o bairro carioca de São Cristóvão: o livro de não-ficção São Cristóvão: memória e

esperança (Prefeitura do Rio de Janeiro, 2004) e os romances A última adolescência (Bom

Texto, 2004) e Ladeira do Tempo-Foi (Synergia Editora, 2017)). É autor também de O Solar da

Fazenda do Rochedo e Cataguases (Synergia Editora, 2016), em co-autoria com José Rezende

Reis; Cadernos (quase) esquecidos (edição artesanal, 2016); Tesouro: o Palácio da Fazenda, da

Era Vargas aos 450 anos do Rio de Janeiro (Editora Pébola, 2015), em co-autoria com Nireu

Cavalcanti; e Pentagrama acidental, novelas (Editora Ponteiro, 2014). Como contista, publicou

O perfume que roubam de ti... e outras histórias (Synergia Editora, 2018) e participou de várias

coletânâneas.

Representação iconográfica | Helio Brasil Corrêa da Silva

https://www.caurj.gov.br/entrevista-9/

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Filhos são tesouros no mesmo baú do coração de Mãe… e este é o meu Pedrinho em 1.999…

Ah… como o tempo passa… !!!

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VuJONGA – significado.

VuJONGA significa ORIENTE, e também por analogia,

povo vaJonga do ‘Sol Nascente’– em língua Jonga.

ORIENTE – ponto cardeal

de uma das quatro direcções principais da rosa-dos-ventos

[Sul – Norte; Ocidente – Oriente]

ShiJonga ou ‘O Jonga’ é um idioma africano que tem a sua origem

milenar no idioma kiKongo, com sede em Bandundu no ‘Congo-

Kinshassa.’ Daí sairiam migrações cíclicas do povo (ba)Kongo, rumo à

África Austral, tomando rumos diferentes a partir do rio Zambeze, a sul

e a norte.

Posteriormente, em fusão genético-cultural, originou outras

variantes idiomáticas, tais como as dos povos Nhandja (Niassa), Guigóne

(Inhambane), Jonga (Móputso), e ainda outras variantes posteriores tais

como ShiSuate (Suazilândia), Zulo (Natal), Shengane (Gaza), ShiTsua

(Inhambane).

A língua Jonga é, pois, um idioma muito antigo da cultura baNto da

capital de Moçambique. Sofreu várias influências linguísticas no decurso

do tempo. Estas são o registo cultural de épocas em que navegadores

europeus e asiáticos circularam pela costa marítima moçambicana, aí

desenvolvendo relações comerciais – mais pacíficas – umas, e outras

mais conflituosas.

Este idioma, shiJonga, encontra-se actualmente em processo de

extinção, devido a imposições ideológicas do poder político

estabelecido desde 1975.■ coordenador JOÃO Craveirinha

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1º Esboço de Mapa Etno-Etimológico

da região vaJonga - séculos XVI-XIX

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VuJonga – edição literária de autora 2016 /2020 e-Livro Silvya Gallanni: Haikai - Fragrâncias Poéticas

HAiKAi | Poetic Fragrances | e-Book https://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=212768