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Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Saúde Coletiva Prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em Cuiabá obtidas por inquérito telefônico - VIGITEL Elizana de Fátima Garcia Soares Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, para a obtenção do Título de Mestre em Saúde Coletiva. Área de concentração: Saúde Coletiva. Linha de Pesquisa: Epidemiologia Orientadora: Profª. Drª. Lenir Vaz Guimarães Co-orientador: Prof. Dr. Neuber José Segri Cuiabá 2014

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Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Saúde Coletiva

Prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em Cuiabá obtidas por inquérito telefônico -

VIGITEL

Elizana de Fátima Garcia Soares

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, para a obtenção do Título de Mestre em Saúde Coletiva. Área de concentração: Saúde Coletiva. Linha de Pesquisa: Epidemiologia Orientadora: Profª. Drª. Lenir Vaz Guimarães Co-orientador: Prof. Dr. Neuber José Segri

Cuiabá 2014

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Prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em Cuiabá obtidas por inquérito telefônico -

VIGITEL

Elizana de Fátima Garcia Soares

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, para a obtenção do Título de Mestre em Saúde Coletiva. Área de concentração: Saúde Coletiva. Linha de Pesquisa: Epidemiologia Orientadora: Profª. Drª. Lenir Vaz Guimarães Co-orientador: Prof. Dr. Neuber José Segri

Cuiabá 2014

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Dados Internacionais de Catalogação na Fonte

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pela autora

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

S676p Soares, Elizana de Fátima Garcia.

Prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em Cuiabá obtidas por inquérito telefônico – VIGITEL / Elizana de Fátima Garcia Soares.

– 2014. 128f. ; 30 cm.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Lenir Vaz Guimarães.

Co-orientador: Prof. Dr. Neuber José Segri. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Saúde Coletiva, Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Cuiabá, 2014.

1. Vigilância; 2. epidemiologia; 3. prevalência; 4.doenças crônicas. I. Título.

É expressamente proibida a comercialização deste documento tanto na sua forma

impressa como eletrônica. Sua reprodução total ou parcial é permitida

exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, desde que na reprodução figure a

identificação do autor, título, instituição e ano da dissertação.

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

Avenida Fernando Corrêa da Costa, 2367 - Boa Esperança - Cep: 78060900 -CUIABÁ/MT Tel : (65) 3615-8884 - Email : [email protected]

FOLHA DE APROVAÇÃO

TÍTULO : "Prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Cuiabá por

Inquérito Telefônico - VIGITEL"

AUTORA: Mestranda ELIZANA DE FÁTIMA GARCIA SOARES

Dissertação defendida e aprovada em 30 / 05 / 2014

Composição da Banca Examinadora:

Presidente Banca / Orientadora: Doutora LENIR VAZ GUIMARÃES Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO Examinador Interno: Doutora MARIA SILVIA AMICUCCI SOARES MARTINS Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO Examinador Externo: Doutora PRISCILA MARIA STOLSES B. FRANCISCO Instituição: UNIVERSIDADE DE CAMPINAS

CUIABÁ, 30 / 05 / 2014

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DedicatóriaDedicatóriaDedicatóriaDedicatória Aos meus paismeus paismeus paismeus pais pelos ensinamentos desde os primeiros balbuciares,

passos, e pelo carinho, amor e cuidados dispensados a mim.

Aos meus irmãosmeus irmãosmeus irmãosmeus irmãos, cunhadas e cunhados por fazerem parte da minha história.

Aos meus sobrinhos e sobrinhassobrinhos e sobrinhassobrinhos e sobrinhassobrinhos e sobrinhas que eu amo tanto.

À EdyEdyEdyEdy que desde sempre me incentivou a buscar novos

conhecimentos.

Em especial à CiraCiraCiraCira que durante alguns trajetos de dificuldade não poupou esforços para me ajudar; da mesma forma à minha irmã

ElianaElianaElianaEliana que além de ajudar, muitas vezes faz o papel de psicóloga me aturando por horas no telefone.

A Lela, Lucy e IvoneLela, Lucy e IvoneLela, Lucy e IvoneLela, Lucy e Ivone, que sem o apoio delas esse título não sairia, por

oferecerem cuidados, atenção e amor à minha pequena Elena.

As minhas sempre princesas Eliza, Eloiza e ElenaEliza, Eloiza e ElenaEliza, Eloiza e ElenaEliza, Eloiza e Elena que por vezes superam minha ausência e falta de atenção a elas. Amo vocês!

Ao meu digníssimo e amado esposo EvandroEvandroEvandroEvandro que desde que me

conheceu incentivou-me a estudar; mesmo que em vários momentos suas palavras duras, difíceis, até desmotivadoras (creio eu com intenção de me provocar e fazer com que eu enchesse de gás e

seguisse em frente), sempre contribuindo para meu crescimento acadêmico, profissional e pessoal, além de ser um revisor e ainda me

custear. Por fim, valeu Preto, te amo!

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AgradecimentosAgradecimentosAgradecimentosAgradecimentos

Primeiramente à DeusDeusDeusDeus por me conceder o dom maior que é a vida. À minha orientadora, Profa. Dra. Lenir Vaz GuimarãesProfa. Dra. Lenir Vaz GuimarãesProfa. Dra. Lenir Vaz GuimarãesProfa. Dra. Lenir Vaz Guimarães pela dedicação, compreensão e pelas orientações indispensáveis para a concretização deste trabalho. Ao PPPProf.rof.rof.rof. Dr Dr Dr Dr Neuber José Segri Neuber José Segri Neuber José Segri Neuber José Segri, pelo apoio e orientações imprescindíveis na construção atuando na co-orientacão deste trabalho. Ao PPPProf. Mariano Martínez Espinosarof. Mariano Martínez Espinosarof. Mariano Martínez Espinosarof. Mariano Martínez Espinosa por conduzir a orientação inicial deste trabalho. Aos funcionários do Instituto de Saúde Coletiva, em especial à Jurema e ao HailtonJurema e ao HailtonJurema e ao HailtonJurema e ao Hailton, pelo acolhimento e apoio constante ao longo desse tempo de convivência. À minha família e a todosminha família e a todosminha família e a todosminha família e a todos que, das mais diversas formas, contribuíram para a concretização deste trabalho. Aos colegas colegas colegas colegas e amigose amigose amigose amigos do curso de Mestrado em Saúde Coletiva que nos momentos de angústia e desespero estavam ali ofertando apoio. Àquelas pessoas que de forma direta ou indiretamentepessoas que de forma direta ou indiretamentepessoas que de forma direta ou indiretamentepessoas que de forma direta ou indiretamente contribuíram para meu aprendizado dando condições para que eu chegasse até aqui. Aos amigos (as) colegasamigos (as) colegasamigos (as) colegasamigos (as) colegas ou alguém que eu tenha esquecido e que por ventura não tenham sido mencionados, o meu sincero agradecimento. À Coordenação Nacional do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas – VIGITEL - Ministério da Saúde do Brasil que cedeu o banco de dados para a realização da pesquisa. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico– CNPq, pelo auxílio financeiro.

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Onde quer que haja mulheres e homensOnde quer que haja mulheres e homensOnde quer que haja mulheres e homensOnde quer que haja mulheres e homens

há sempre o que fazer, há sempre o que fazer, há sempre o que fazer, há sempre o que fazer,

há sempre o que ensinar, há sempre o que ensinar, há sempre o que ensinar, há sempre o que ensinar,

há sempre o que aprender. há sempre o que aprender. há sempre o que aprender. há sempre o que aprender.

Paulo Freire.Paulo Freire.Paulo Freire.Paulo Freire.

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Soares, EFG. Prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em Cuiabá obtidas por inquérito telefônico – VIGITEL [dissertação de mestrado]. Cuiabá: Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso; 2014.

Resumo

INTRODUÇÃO - O perfil epidemiológico da população brasileira aponta para um aumento das doenças crônicas não transmissíveis - DCNT, que atualmente representam a primeira causa de morbidade e mortalidade no Brasil. OBJETIVO - Analisar as prevalências das doenças crônicas não transmissíveis na população com 18 anos e mais, residentes em Cuiabá e a sua associação com variáveis demográficas, socioeconômicas, e comportamentos relacionados à saúde, no ano de 2008. MÉTODOS - Estudo epidemiológico de delineamento transversal de base populacional, com residentes de Cuiabá, Mato Grosso, no ano de 2008, utilizando as informações do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - VIGITEL. As prevalências das doenças crônicas foram estimadas e a sua associação com as demais variáveis estudadas foi feita por meio do teste de qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott), sendo consideradas estatisticamente significativas as associações com p≤0,05. As análises estatísticas foram feitas no módulo survey do programa Stata versão 11. RESULTADOS – A doença crônica mais prevalente foi a hipertensão arterial (22,25%) seguida de asma/bronquite (8,68%), diabetes mellitus (4,16%) e osteoporose (4,15%). Maiores prevalências de hipertensão e osteoporose foram observadas nas mulheres e nos idosos. A prevalência de diabetes foi maior nos idosos, sem diferença entre os sexos e a asma/bronquite teve suas frequências distribuídas semelhantemente entre todas as faixas etárias. O excesso de peso e a obesidade também apresentaram associações estatisticamente significativas com a hipertensão e diabetes. Verificou-se que a hipertensão, diabetes e osteoporose são estatisticamente associadas entre si e possuem relação inversa com a escolaridade e avaliação o estado de saúde. CONCLUSÃO - Os resultados do presente estudo confirmam a necessidade do controle das doenças crônicas em Cuiabá visando a redução da prevalência, incentivo de práticas de atividade física, educação alimentar e melhoria da assistência à saúde.

Descritores: Vigilância, epidemiologia, prevalência, doenças crônicas.

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Soares, EFG. Prevalence of chronic diseases in Cuiabá obtained by telephone survey - VIGITEL [dissertation]. Cuiabá: Public Health Institute, Federal University of Mato Grosso, 2014.

Abstract

INTRODUCTION - The epidemiological profile of the population indicates an increase in non-communicable chronic diseases - NCDs, which currently represent the first cause of morbidity and mortality in Brazil. OBJECTIVE - To analyze the prevalence of chronic diseases in the population aged 18 years and older living in Cuiabá and its association with demographic and socioeconomic variables, overweight, obesity, lifestyle and health status. METHODS - A population based cross-sectional Epidemiological study with residents of Cuiabá, Mato Grosso, in 2008, using information from the Surveillance System and Risk Factors for Chronic Diseases and Protection Telephone Survey - VIGITEL. The prevalence of chronic diseases were estimated and its association with the other variables was performed using chi-square (Rao-Scott) test, and considered statistically significant associations with p ≤ 0.05. Statistical analyses were performed using ‘svy’ commands in Stata version 11. RESULTS - The most prevalent chronic disease was hypertension (22.25%) followed by asthma / bronchitis (8.68%), diabetes mellitus (4.16%) and osteoporosis (4.15%). Higher prevalence of hypertension and osteoporosis were observed in women and the elderly. The prevalence of diabetes was higher in the elderly, with no difference between sexes and asthma / bronchitis had their frequencies similarly distributed among all age groups. Overweight and obesity also showed statistically significant associations with hypertension and diabetes. It was found that hypertension, diabetes and osteoporosis are statistically associated with each other and have an inverse relation to the level of education and self-rated health. CONCLUSION - The results of this study confirm the necessity of controlling chronic diseases in Cuiabá aimed at reducing the prevalence, encouraging practices of physical activity, nutrition education and improving health care. Descriptors: surveillance, epidemiology, prevalence, chronic diseases.

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ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO 17

2 REVISÃO TEÓRICA 21

2.1 DOENÇAS CRÔNICAS: PREVALÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO NA

POPULAÇÃO

22

2.1.1 Hipertensão Arterial Sistêmica 22

2.1.2 Diabetes Mellitus 25

2.1.3 Asma/Bronquite 28

2.1.4 Osteoporose 30

3 O SISTEMA VIGITEL 35

3.1 DADOS EXTRAÍDOS DO VIGITEL 37

3.1.1 Excesso de peso 37

3.1.2 Atividade física 40

3.1.3 Tabagismo 41

3.1.4 Consumo de álcool 42

4 JUSTIFICATIVA 45

5 OBJETIVOS 47

5.1 OBJETIVO GERAL 47

5.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS 47

6 MÉTODO 49

6.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO 49

6.1.1 Tipo e local de estudo 49

6.1.2 População do estudo e procedimento de amostragem 50

6.1.3 Variáveis do estudo 51

6.1.3.1 Variáveis dependentes 51

6.1.3.2 Variáveis independentes 52

6.1.4 Processamento e análise estatística 53

6.1.5 Considerações éticas 54

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7 RESULTADOS 56

7.1 DESCRIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DE

ESTUDO E PREVALÊNCIA DAS DCNT

56

7.2 PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS E SUA ASSOCIAÇÃO

COM VARIAVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS,

COMPORTAMENTOS RELACIONADOS À SAÚDE

62

7.2.1 Hipertensão Arterial Sistêmica 62

7.2.2 Diabetes Mellitus 67

7.2.3 Osteoporose 72

7.2.4 Asma/bronquite 76

7.3 PREVALÊNCIAS E ASSOCIAÇÕES ENTRE AS DCNT 81

8 DISCUSSÃO 87

9 CONCLUSÕES

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

102

106

11 REFERÊNCIAS 108

12 ANEXO 121

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Distribuição da população de estudo segundo variáveis demográficas e socioeconômicas, Cuiabá MT, 2008. 57

57

Tabela 2 – Prevalência de excesso de peso e obesidade, segundo sexo, Cuiabá MT, 2008.

58

Tabela 3 – Distribuição percentual do consumo, frequência de consumo de bebida alcoólica e tabagismo, segundo sexo, Cuiabá MT, 2008.

59

Tabela 4 – Percentual, frequência e modalidade de atividade física e prática de assistir TV segundo o sexo, Cuiabá MT, 2008.

60

Tabela 5 – Distribuição da autoavaliação do estado de saúde, segundo sexo, Cuiabá MT, 2008.

61

Tabela 6 – Prevalência das Doenças Crônicas Não Transmissíveis - DCNT, Cuiabá- MT, 2008.

62

Tabela 7 – Prevalência de hipertensão arterial sistêmica, segundo características sociodemográficas, Cuiabá-MT, 2008.

63

Tabela 8 – Prevalência de hipertensão arterial sistêmica segundo variáveis excesso de peso e obesidade, Cuiabá MT, 2008.

64

Tabela 9 – Prevalência da hipertensão arterial sistêmica segundo consumo de bebida alcoólica e tabagismo, Cuiabá-MT, 2008.

65

Tabela 10 – Prevalência da hipertensão arterial sistêmica segundo prática e modalidade de atividade física e hábito de assistir TV, Cuiabá-MT, 2008.

66

Tabela 11 – Prevalência da hipertensão arterial sistêmica segundo autoavaliação do estado de saúde, Cuiabá-MT, 2008.

67

Tabela 12 – Prevalência de diabetes mellitus segundo características sociodemográficas, Cuiabá-MT, 2008.

68

Tabela 13 – Prevalência de diabetes mellitus segundo variáveis excesso de peso e obesidade da população de estudo, Cuiabá MT, 2008.

69

Tabela 14 – Prevalência de diabetes mellitus segundo consumo, frequência de consumo de bebida alcoólica e tabagismo, Cuiabá-MT, 2008.

70

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2

Tabela 15 – Prevalência de diabetes mellitus, segundo prática, modalidade de atividade física e hábito de assistir TV, Cuiabá-MT, 2008.

71

Tabela 16 – Prevalência de diabetes mellitus segundo autoavaliação do estado de saúde, Cuiabá-MT, 2008.

71

Tabela 17 – Prevalência de osteoporose segundo características sociodemográficas, Cuiabá-MT, 2008.

73

Tabela 18 – Prevalência de osteoporose segundo excesso de peso e obesidade, Cuiabá MT, 2008.

74

Tabela 19 – Prevalência de osteoporose segundo consumo, frequência de consumo de álcool e tabagismo, Cuiabá-MT, 2008.

74

Tabela 20 – Prevalência de osteoporose segundo características de atividades físicas e hábito de assistir TV, Cuiabá-MT, 2008.

75

Tabela 21 – Prevalência de osteoporose segundo autoavaliação do estado de saúde, Cuiabá-MT, 2008.

76

Tabela 22 – Prevalência de asma/bronquite, segundo características sociodemográficas, Cuiabá-MT, 2008.

77

Tabela 23 – Prevalência asma/bronquite, segundo variáveis excesso de peso e obesidade, Cuiabá MT, 2008.

78

Tabela 24 – Prevalência de asma/bronquite, segundo consumo e frequência de bebida alcoólica e tabagismo, Cuiabá-MT, 2008.

79

Tabela 25 – Prevalência de asma/bronquite, segundo atividade, modalidade de atividade física e hábito de assistir TV, Cuiabá-MT, 2008.

80

Tabela 26 – Prevalência de asma/bronquite segundo de autoavaliação do estado de saúde, Cuiabá-MT, 2008

81

Tabela 27 – Prevalência de Diabetes/ Osteoporose/ Asma/bronquite nos hipertensos, Cuiabá-MT, 2008.

82

Tabela 28 – Prevalência de Hipertensão/ Osteoporose/ Asma/bronquite nos diabéticos, Cuiabá-MT, 2008

83

Tabela 29 – Prevalência de Hipertensão/ Diabetes/ Asma/bronquite em indivíduos com Osteoporose, Cuiabá-MT, 2008.

84

Tabela 30 – Prevalência de Hipertensão/ Diabetes/ Osteoporose nos asmáticos, Cuiabá-MT, 2008.

85

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SIGLAS UTILIZADAS

CDC – Centers for Disease Control and Prevention

DATASUS – Sistema de dados do Sistema Único de Saúde

DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis

FEBRASCO - Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IC –Intervalo de Confiança

IDF – International Diabetes Federation

ISAAC - International Study for Asthma and Allergies in Childhood

IMC –Índice de Massa Corporal

MS – Ministério da Saúde

MT – Mato Grosso

NOF – National Osteoporosis Foundation

OMS – Organização Mundial de Saúde

p – p-valor

PA – Pressão Arterial

PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio

SBC –Sociedade Brasileira de Cardiologia

SBH – Sociedade Brasileira de Hipertensão

SBR – Sociedade Brasileira de Reumatologia

SUS –Sistema Único de Saúde

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TV – Televisão

VIGITEL –Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por

Inquérito por Telefone

WHO – World Health Organization

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INTRODUÇÃO

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1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas ações de políticas públicas reduziram significantemente,

ou erradicaram várias doenças infecto contagiosas no Brasil e, com isso, as doenças

crônicas não transmissíveis tornaram-se cada vez mais significativas (FREESE, 2006).

As mudanças no perfil epidemiológico, na transição epidemiológica e/ou

transformações na estrutura demográfica provocaram mudanças dos padrões de

morbidade e mortalidade no século XX (MS, 2011; MEDRONHO, 2009). Em Freese

(2006), pode ser observado a transição epidemiológica como sendo a forma de

organização das sociedades, que determina importantes transformações, substituição

ou superação de um perfil epidemiológico por outro, em um determinado período de

tempo. O mesmo autor ressalta que os países considerados emergentes apresentam um

perfil epidemiológico complexo, devido as contradições e desigualdades existentes

entre as classes sociais, com distribuição de renda bastante heterogênea. Devido a tal

fato, publicações sobre transição epidemiológica no decorrer dos anos têm sofrido

diversas críticas, principalmente ao se generalizar as diversas realidades baseadas em

estudos com referências sobre os países desenvolvidos (MEDRONHO et al., 2009).

Com a redução e controle das doenças infecciosas e consequentemente uma

redução significativa do coeficiente de mortalidade infantil ampliou-se a expectativa

de vida. Contudo, a longevidade associada a mudanças na estrutura etária da

população, no processo de transição demográfica, aponta o Brasil, dentre outros países

em desenvolvimento, lideres em enfermidades por DCNT (FREESE, 2006).

O aumento das doenças cardiovasculares, diabetes, neoplasias e respiratórias

crônicas, dentre outras DCNT, passaram a representar grande impacto econômico para

a saúde devido aos altos custos anuais em hospitalizações, assistência ambulatorial e

cuidados em saúde, destacando-se como as principais causas de óbito entre os idosos

(MS, 2002; CDC, 2008).

A população brasileira com idade superior a 60 anos tem aumentado a uma

taxa maior na década de 2000 quando comparado com a década de 1960 (IBGE,

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18

2010), consequentemente a caracterização do perfil epidemiológico para essa

população é de relevância para as DCNT, assim como, também, para os fatores de

risco.

O aumento da prevalência das DCNT é consequência direta da urbanização

acelerada, do aumento progressivo da expectativa de vida, do maior acesso aos

serviços de saúde e meios de diagnósticos, de mudanças no padrão alimentar, do

aumento do tabagismo e do sedentarismo, entre outros fatores (MS, 2002 e CDC,

2008).

As doenças crônicas não transmissíveis são de etiologia múltipla, de

progressão geralmente lenta o que caracteriza longos períodos de latência, de longa

duração e muitas vezes irreversíveis (MS, 2008). São caracterizadas como um

conjunto de enfermidades mais freqüentes, tanto em relação à morbidade quanto à

mortalidade da população mundial nas últimas décadas (FREESE, 2006).

Por não possuírem causas claramente definidas, as investigações identificaram

diversos fatores de risco. Assim, tais fatores têm papel fundamental na compreensão

da etiologia das DCNT. As circunstâncias do ambiente ou as características das

pessoas, sejam essas características herdadas ou adquiridas, são consideradas por

Pereira (2002), como “fatores de risco” que dão às pessoas uma maior probabilidade

de danos à saúde.

Os fatores de risco podem ser classificados em não modificáveis e

modificáveis. Os não modificáveis são definidos pelo sexo, idade e genética dos

indivíduos. Os modificáveis são definidos pelo comportamento como tabagismo,

alimentação, inatividade física, consumo de álcool e outras drogas. Os fatores de risco

comportamentais são potencializados pelos fatores condicionantes socioculturais,

econômicos e ambientais (WHO, 2011).

Se, de um lado, é possível identificar a erradicação e o controle de

determinadas doenças transmissíveis e, de outro, o aumento de doenças não

transmissíveis e respectivos os fatores de risco como um dos principais vetores que

possam orientar as ações públicas de saúde, um mapeamento das prevalências das

DCNT faz-se necessário. Ao observar a relevância das doenças crônicas não

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transmissíveis, tais como, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus,

asma/bronquite e osteoporose no perfil epidemiológico brasileiro, surgiu como

pergunta: - como a prevalência de hipertensão, diabetes, asma/bronquite e osteoporose

se distribui na população de Cuiabá, segundo as variáveis demográficas,

socioeconômicas e comportamentos relacionados à saúde?

Para a obtenção de tais prevalências, bancos de dados são criados e

alimentados em vários países. No Brasil, o Ministério da Saúde tem feito esforços

para identificar os fatores de risco por meio de sistemas de vigilância. Uma pesquisa

recente que se tornou conhecida é o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e de

Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – VIGITEL.

Em 2003 foi realizado, na cidade de São Paulo, o primeiro inquérito por

telefone sobre comportamento de risco e morbidade referida de agravos não

transmissíveis, como projeto piloto, que deu origem aos demais inquéritos realizados a

partir de 2006 em todas as capitais do país e no Distrito Federal (MS, 2006). Monteiro

et al. (2005) mostraram que aspectos como a representatividade da amostra de

indivíduos estudados, custo e agilidade do sistema de monitoramento, para a

identificação de fatores de risco para DCNT, a partir de entrevistas telefônicas, podem

alcançar bom desempenho em áreas urbanas brasileiras semelhantes a São Paulo.

No inquérito por telefone, as entrevistas são realizadas via telefone fixo

residencial, permitindo a obtenção de dados por meio de questionários que são

aplicados diretamente às pessoas sorteadas (SEGRI, 2008).

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REVISÃO TEÓRICA

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21

2 REVISÃO TEÓRICA

Os países da América do Norte e Europa foram os pioneiros na epidemiologia

das DCNT e a partir dos estudos foram propostos tratamentos e metodologias para

prevenção e controle dessas doenças (JACOBY, 2004; STEIN, 2004;).

Consideradas como epidemia, as DCNT constituem um sério problema de

saúde pública para os 193 países observados pela Organização Mundial de Saúde –

OMS. Contudo, a frequência destas enfermidades é inversamente proporcional ao

investimento em políticas públicas que garantam alterações positivas nos

determinantes sociais de saúde (MS, 2008).

Para a WHO (2008), as DCNT representam um dos principais desafios de

saúde para o desenvolvimento global nas próximas décadas e apresenta impacto

econômico mundial, principalmente nos países em desenvolvimento, sendo

consideradas substancialmente relevantes pelos gastos do Sistema Único de Saúde no

Brasil.

Dados do Ministério da Saúde (2008) mostram, que as DCNT são responsáveis

por 63,00% de todas as mortes ocorridas no mundo, ou cerca de 36 milhões de mortes

prematuras em 2008. Destas, 69,00% ocorreram em países de baixa e média renda.

Há uma projeção do aumento da mortalidade por doenças não transmissíveis

de 28,1 milhões de mortes em 1990 para 49,7 milhões em 2020 (MURRAY e LOPES,

2007). Os mesmos autores descrevem que o que poderá influenciar essa mudança nos

próximos 25 anos será principalmente o envelhecimento da população mundial, onde

haverá um declínio das taxas de mortalidade por doenças transmissíveis.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados em 2011, no

Plano de ações estratégicas, as doenças como hipertensão arterial, câncer, acidente

vascular cerebral, infarto, diabetes e doenças respiratórias crônicas, constituem sérios

problemas de saúde, pois correspondem a cerca de 70,00% das causas de mortes,

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atingindo fortemente as camadas da população de baixa escolaridade e renda (MS,

2011).

Os fatores comportamentais de risco apontam para a maioria das mortes por

DCNT e por parte de doenças advindas a essas enfermidades (WHO, 2008). Dentre

esses fatores destacam-se cada vez mais o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas

alcoólicas, alimentação inadequada, a inatividade física, a obesidade, as dislipidemias,

a ingestão excessiva de gordura trans (origem animal), a ingestão insuficiente de

frutas, legumes e verduras (MS, 2006; WHO, 2011).

Para evitar uma pandemia e consequências mais graves geradas por essas

doenças é necessário investir na prevenção e no controle das DCNT e seus fatores de

risco (ISER et al., 2011).

2.1 DOENÇAS CRÔNICAS: PREVALÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO NA

POPULAÇÃO

2.1.1 Hipertensão Arterial Sistêmica

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial

caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se

frequentemente às alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo e às

alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de complicações

cardiovasculares fatais e não-fatais (SBC, 2010 e WILLIAMS, 2010).

Ressalta-se que, de acordo com a VI Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial

são considerados hipertensos os indivíduos com pressão arterial sistólica igual ou

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maior a 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica igual ou maior igual a 90 mmHg

(SBC, 2010).

Estima-se que, para até o ano de 2020, cerca de 11 milhões de pessoas na

América Latina e Caribe morrerão de doenças cardiovasculares (ORDÚÑEZ, 2001) e

que a mortalidade por esta causa está cada vez mais prematura, referente às pessoas

com idade inferior a 60 anos. O mesmo autor relata que se os fatores de risco, quando

conhecidos e colocados em ação, podem reduzir e prevenir as doenças

cardiovasculares.

A hipertensão arterial sistêmica é responsável por 7,1 milhões de mortes, o que

corresponde a 13,00% do total de óbitos ocorridos no mundo. No Brasil, está presente

na população adulta cuja prevalência oscila entre 15,00% a 30,00%, o que equivale a,

aproximadamente, 30 milhões de pessoas gerando elevados custos sociais e

econômicos, dada a morte prematura ou à sobrecarga na demanda por serviços

assistenciais (SILVA, 2010).

Estudo realizado por Barros et al., (2011) com dados da Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicílio – PNAD – para os anos de 2003 e 2008 revelou que a

hipertensão arterial tem maior prevalência para o gênero feminino, e tende a aumentar

com a idade, atinge mais a raça/cor indígena (vermelha) ou preta. Os mesmos autores

descrevem que para a maioria das doenças pesquisadas, a menor escolaridade

apresentou maiores prevalências nessas doenças. Para Sociedade Brasileira de

Hipertensão (SBH, 2006) a prevalência de hipertensão arterial é inversamente

proporcional ao nível de escolaridade e à renda, isto é, quanto maior o grau de

instrução e capacidade econômica, menor a incidência de hipertensão.

Em Nobres, município de pequeno porte do estado de Mato Grosso, foi

realizado um estudo que encontrou uma prevalência de 30,10% de HAS na população

de 18 a 90 anos de idade, sem diferença significativa entre o gênero. Esse estudo

encontrou que a hipertensão arterial está associada à fatores como faixa etária (quanto

mais avançada a idade maior a prevalência), o índice de massa corpórea igual ou

maior que 25Kg/m2, principalmente para indivíduos com 30 anos ou mais (ROSÁRIO

et al., 2009).

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Em Cuiabá, Barbosa et al. (2009) observaram uma prevalência de 28,30% de

hipertensos na população adulta. Os mesmos autores verificaram que há um aumento

da prevalência da HAS à medida que a idade vai aumentando para ambos os sexos,

entre os indivíduos com menores níveis de escolaridade, com o aumento do consumo

excessivo de bebidas alcoólicas, sedentarismo que, contribuem para o aumento da

prevalência das DCNT. Nesse estudo Barbosa et al. (2009) confirmam a importância

do excesso de peso total e do acúmulo de gordura visceral com o aumento da

prevalência da HAS. Os mesmos relatam que a composição corpórea de diferentes

populações devido a raça, idade, alimentação e atividade física podem não refletir o

mesmo risco para a HAS e ou outras doenças cardiovasculares.

No país, as doenças cardiovasculares além de serem a principal causa de

morte, são ainda responsáveis por alta frequência de internações, ocasionando custos

médicos e socioeconômicos elevados para a saúde, advindos principalmente de

complicações tais como: doença cerebrovascular, doença arterial coronariana,

insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônica e doença vascular de extremidades.

Estudos clínicos demonstraram que a detecção, o tratamento e o controle da HAS são

fundamentais para a redução dos eventos cardiovasculares (SBC, 2010).

Segundo Lessa (2008), a hipertensão é a mais frequente das DCNT, sendo

também o principal fator de risco para complicações de doenças cardiovasculares,

além de doença renal crônica terminal.

Dados do inquérito telefônico (VIGITEL) revelam maior prevalência de

diagnóstico de hipertensão entre as mulheres. Esta patologia aumenta a incidência

com uma relação direta com a idade, principalmente em indivíduos acima de 65 anos,

achados esses que estão em concordância ao estudo de Barros et al. (2011). Em

pessoas com idade inferior a 24 anos não houve registros, pois o número de casos era

insuficiente para determinar qualquer estimativa com precisão aceitável. No ano de

2006, os dados registrados foram de 20,60% da população pesquisada com o

diagnóstico de hipertensão arterial. Para os anos seguintes os dados foram semelhantes

do ponto de vista estatístico nos anos de 2007, 2008 e 2009, que são respectivamente

21,80%, 22,30% e 23,90%. Para o ano de 2010, os dados apontaram para 22,00% da

população que fez parte da pesquisa.

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2.1.2 Diabetes Mellitus

O diabetes mellitus é descrito por Freese (2006) como uma doença que

constitui uma ameaça crescente à saúde pública para o século XXI. O Centers for

Disease Control and Prevention (CDC, 2012), define o diabetes como um grupo de

doenças metabólicas, onde ocorre distúrbio no sistema endócrino. Tais doenças são

caracterizadas por níveis elevados de glicose no sangue decorrente da produção,

secreção e ação do hormônio insulina, que é produzido e regulado pelo pâncreas.

Para a WHO (2013) a diabetes é uma doença crônica, que ocorre quando o

pâncreas não produz insulina suficiente, ou quando o corpo não pode utilizar

eficazmente a insulina que produz. Isto leva a um aumento da concentração de glicose

no sangue, fenômeno que é conhecido por hiperglicemia.

A International Diabetes Federation - IDF - (2013) aponta o diabetes como

uma doença não contagiosa crônica, incurável, de custo elevado com estimativas

crescentes mundialmente, mas em grande parte pode ser evitável. Ela é responsável

por milhões de mortes mundialmente, geradas principalmente devido suas

complicações debilitantes.

A American Diabetes Association (ADA, 2013) descreve a seguinte

classificação para glicemia:

- Glicemia de jejum com valores de referência entre 70 mg/dl e 99mg/dl e

inferiores a 140mg/dl 2 horas após sobrecarga de glicose, denotando níveis normais;

- Glicemia de jejum com valores entre 100 a 125mg/dl, situação caracterizada

como intolerância à glicose e

- Duas amostras colhidas em dias diferentes com resultado igual ou superior a

126mg/dl, ou a glicemia aleatória, (feita a qualquer hora) igual ou superior de

200mg/dl na presença de sintomas é diagnosticada diabetes.

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Ainda o pré-diabetes caracteriza-se pela glicemia de jejum alterada e a

tolerância à glicose diminuída. Essas categorias são fatores de risco para o

desenvolvimento do diabetes e de doenças cardiovasculares (SBD, 2013).

A Organização Mundial da Saúde segue os mesmos critérios da American

Diabetes Association no diagnóstico de diabetes podendo ser diagnosticado pelo

exame simples da glicemia, tanto para adultos como crianças.

A doença diabetes pode ser do tipo I, do tipo II ou gestacional. O diabetes do

tipo I, ou também chamado insulino dependente, ou ainda diabetes juvenil é um

distúrbio metabólico caracterizado pela ausência de produção e secreção de insulina

devido a um processo de destruição auto-imune das células beta das ilhotas de

Langerhans no pâncreas, onde há uma falência múltipla dessas células (CDC, 2012).

Diabetes tipo II ou diabetes não insulino dependente, de inicio na fase adulta

do indivíduo, segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC, 2012) é

definida como distúrbio metabólico caracterizado por deficiência relativa na produção

de insulina, redução da ação e maior resistência a esse hormônio.

O diabetes e pré diabetes desenvolvem com maior frequência em afro-

americanos, latinos, nativos americanos e asiáticos americanos da Ilhas do Pacífico,

bem como a população idosa. Embora todas as pessoas de todas as idades e raças

corram o risco de desenvolver diabetes o grupo que apresenta maior risco são os

citados acima (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2013).

O diabetes tornou-se uma epidemia global que afeta mais de 200 milhões de

pessoas mundialmente, as estimativas prevêem que esse número possa atingir até 380

milhões de pessoas com essa doença em 2025 (WHO, 2013). A International Diabetes

Federation (IDF, 2013) aponta que o número estimado de adultos vivendo com

diabetes subiu para 382 milhões, representando 8,30% da população mundial adulta.

Estima que para o ano de 2035 este número deverá aumentar para 592 milhões de

pessoas, ou 10,10% dos adultos, o que equivale a cerca de mais três pessoas com

diabetes a cada 16 segundos. Estimativas apontam que 80,00% das pessoas que tem

diabetes vivem em países de baixa e média renda, a maioria dessas pessoas tem idade

entre 40 e 59 anos (IDF, 2013).

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O número de diabéticos na população entre 20 e 79 anos de idades existentes

em 2013, aponta o Brasil com a 4ª população de diabéticos, o país com maior

população com diabetes mellitus é a China, seguida da Índia e Estados Unidos.

Estimativas indicam que o diabetes irá aumentar no Brasil, assim como nos demais

países (IDF, 2013).

A International Diabetes Federation (IDF, 2012) descreve que mais de 371

milhões de pessoas têm diabetes e esse número está aumentando em todos os países.

Descreve ainda, que 4,8 milhões de pessoas morreram devido ao diabetes e considera

que apenas metade das pessoas que possuem essa doença são diagnosticadas.

O desenvolvimento econômico e a urbanização, trazem mudanças no estilo de

vida e aumento da expectativa de vida, a International Diabetes Federation (2012),

refere sendo estes fatores as principais causas da epidemia do diabetes.

A ausência do diagnóstico pode levar a danos causados pelo diabetes mal

controlado, os quais são em sua maioria silenciosos, ocorrem lentamente antes de

serem notados. O não-controle do diabetes pode causar algumas complicações como

cegueira, amputação de membros, insuficiência renal, derrame cerebral, disfunção

erétil, úlcera nos pés, depressão, entre outros problemas (MS, 2013).

Para a saúde pública é viável a prevenção e o controle do diabetes evitando as

complicações, reduzindo os custos financeiros para o sistema de saúde (MS, 2013).

O Center for disease Control and Prevention (CDC, 2013) descreve como os

principais fatores de risco para diabetes, seja para tipo I, II ou gestacional, os fatores

auto-imunes, genéticos e ambientais, histórico familiar, obesidade, aumento da cintura

abdominal, inatividade física e raça. Segundo o Ministério da Saúde (2013) os

indivíduos com maior risco da doença são obesos, com idade superior quarenta anos,

com pressão arterial ou nível de colesterol elevados.

Estudo realizado com os dados do VIGITEL (2006), em Cuiabá, mostrou

maior prevalência de diabetes em indivíduos com idade acima de 65 anos (18,00%;

IC95%: 12,1;24,4). Vale observar que não houve registros de dados para pessoas com

idade inferior a 44 anos em nenhum dos anos em que a pesquisa foi realizada. A

prevalência geral no município de Cuiabá foi de 3,80% em 2006, e maior no sexo

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feminino. No ano de 2007, registrou-se 6,00% (IC95%: 4,6;7,5) da população adulta

(18 anos e mais) com diagnóstico de diabetes, sendo neste ano a maioria do sexo

masculino. Para o ano de 2008, observaram-se prevalências sobrepostas entre os

sexos. Em 2009, a prevalência foi de 4,90% (IC95%: 3,9;6,0) e a faixa etária mais

acometida foi aquela acima de 55 anos. No ano de 2010, foi verificada prevalência de

7,20% (IC95%: 5,6;8,8), revelando um aumento de aproximadamente 3,00%

comparado ao primeiro ano de realização do inquérito por telefone que foi de 3,80%

(IC95%: 3,0;4,7) com maior proporção entre as mulheres. Para o ano de 2012, a

prevalência geral de diabetes para o município de Cuiabá foi de 6,90% (IC95%:

5,5;8,3), observou a sobreposição do intervalos de confiança em relação à prevalência

de diabetes nos últimos anos descritos. Vale ressaltar que há aumento gradativo de

diabetes e hipertensão para homens e mulheres com o aumento da idade, assim como

também em pessoas com excesso de peso e obesas.

2.1.3 Asma/bronquite

A asma é definida pela WHO (2013), como uma doença crônica caracterizada

por ataques recorrentes de falta de ar e chiado no peito, que variam em gravidade e

frequência de pessoa para pessoa. O Ministério da Saúde (2013) define-a como uma

doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores caracterizada pela hiper-

responsividade - sensibilidade anormal a substâncias do meio ambiente – das mesmas

e pela limitação variável ao fluxo aéreo, sendo geralmente reversível (GUIMARÃES,

2002).

A asma ainda é considerada uma doença de origem multifatorial. Porém, é

sabido que os fatores de risco para o desenvolvimento dessa doença incluem a

exposição ambiental, tais como os produtos irritantes químicos, os alérgenos, o fumo

de tabaco, a poluição da atmosfera, juntamente com a predisposição genética e

consequentemente desencadeando reações alérgicas e/ou irritação das vias aéreas.

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Outros fatores possíveis que podem ser incluídos são: a exposição ao ar frio, excitação

emocional extrema, a atividade física e alguns medicamentos, fatores esses que

contribuem para o aparecimento e ou exacerbação da asma (WHO, 2013).

A Organização Mundial de Saúde (2013) estima que 235 milhões de pessoas

no mundo sofrem de asma, sua ocorrência é principalmente em crianças e idosos,

atinge todos os países, no entanto, mais de 80,00% das mortes ocorridas por asma são

em países de renda baixa e média-baixa.

O International Study for Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC),

divulga que a estimativa de prevalência de asma no Brasil situa-se em torno de

20,00%. É responsável por aproximadamente 350.000 internações hospitalares no

SUS por ano (MS, 2013).

Estudos realizados em adolescentes de 13 a 14 anos de idade em Cuiabá,

embora sendo de população diferente do presente estudo, apontam que a prevalência

de asma foi de 24,9%, com predomínio do gênero masculino (AMORIM, 2001). No

ano de 2009 novos estudos de prevalência e fatores de risco para asma foram

realizados também em adolescentes de 13 a 14 anos e observou-se que a prevalência é

bastante alta (19,1%) no município e apresenta elevado índice de sub-diagnóstico

(JUCÁ, 2009).

O Ministério da Saúde (2013) classifica a asma de acordo com a frequência e a

intensidade dos sintomas e com os parâmetros da função pulmonar. Estima-se a

distribuição da classificação da seguinte forma: 60,00% dos casos de asma são

intermitentes ou persistentes leves, 25,00-30,00% dos casos moderados e 5,00-10,00%

graves, sendo os casos graves são os responsáveis pela maior parte da mortalidade

associada à asma.

Os sintomas da asma apresentam grande complexidade e são pouco

explicados. Cukier (2010) ressalta a importância que deve ser dada na atenção no que

os pacientes expressam, seu desconforto, além de realizar uma avaliação objetiva da

função pulmonar e de fornecer orientações adequadas para alívio dos sintomas.

Os sintomas podem ocorrer em apenas um dia ou prolongar-se em semanas em

indivíduos afetados, podendo piorar durante a atividade física ou à noite (WHO,

2013).

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Os principais episódios que a asma apresenta clinicamente são dispnéia,

sibilância, tosse seca e sensação de aperto torácico (MS, 2013). Apesar da asma ser

uma doença crônica, portanto não apresentar cura, seus sintomas são reversíveis,

utilizando-se de medicamentos e também evitando os desencadeadores de asma, como

os estímulos que causam irritação e inflamação das vias aéreas, assim, há um controle

da mesma, o que permite que os indivíduos acometidos por essa doença gozem de

uma melhor qualidade de vida.

No Brasil a prevalência de sintomas de asma ainda é uma das mais altas da

América Latina, com tendência média para uma diminuição (SOLË et al, 2007). O

conhecimento sobre sua prevalência e seus fatores associados é importante para

auxiliar no planejamento de ações para a redução e o controle da morbidade e

mortalidade a ela relacionada (SOUSA et al., 2012).

Segundo a WHO (2013) o tratamento inclui, portanto, medidas educacionais

sobre a exposição aos alérgenos e outros desencadeantes específicos, fisioterapia

respiratória e terapia medicamentosa, objetivando minimizar os sintomas que limitam

as atividades diárias, prevenir crises recorrentes, diminuir as visitas às emergências, as

hospitalizações e manter a função pulmonar o mais próximo possível do normal. Além

disso, reduzir a incapacidade e morte prematura relacionadas à asma. A falta de uso ou

o mal uso de medicamentos apropriados e/ou a adesão ao tratamento pode levar o

indivíduo à morte (WHO, 2013)

2.1.4 Osteoporose

A osteoporose é um distúrbio osteometabólico caracterizado tanto pela perda

de massa óssea, quanto pela alteração da microarquitetura trabecular, causando

fragilidade óssea e, consequentemente, o aumento do risco de fraturas, mesmo ao

mínimo trauma ou esforços mecânicos (SBR, 2002 e FONTES et al., 2012). Com a

perda de massa, os ossos tornam-se menos densos e de menor resistência mecânica.

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Pequenas quedas ou, até mesmo, o simples ato de espirrar ou esbarrar em móveis

podem levar a fraturas em alguns casos (NOF, 2013). Para a Sociedade Brasileira de

Reumatologia, esta DCNT pode ser assim definida: - “Osteoporose é uma doença que

pode atingir todos os ossos do corpo, fazendo com que fiquem fracos e com

possibilidade de quebrarem aos mínimos esforços” (SBR, 2011).

Cerca de 10 milhões de americanos tem osteoporose e por volta de 34 milhões

estão em risco de adquiri-la. São estimados aproximadamente que metade das

mulheres americanas acima de 50 anos, e um a cada quatro homens vão sofrer fraturas

de osso devido à osteoporose (NOF, 2013).

No Brasil estima-se que a prevalência de osteoporose entre as mulheres na

pós-menopausa é de aproximadamente 40,0% (PINHEIRO e EIS, 2010).

Na América do Sul o conhecimento da epidemiologia de osteoporose é

precário pela falta de estudos (CURVO, 2005), bem como o número de estudos sobre

sua prevalência, principalmente no Brasil (FRAZÃO e NAVEIRA, 2006). Embora

sejam poucos os estudos sobre a prevalência da osteoporose, a dificuldade de

encontrar estudos referentes às fraturas por osteoporose não é tão grande quanto os de

prevalência. Pinheiro e Eis (2010) reforçam que ainda pouco se sabe sobre a

epidemiologia da osteoporose e fraturas ósseas devido ao número baixo de estudos em

amostras com representatividade da população brasileira. No Brasil, Pinheiro et al.

(2010), descrevem que as fraturas têm sido a segunda mais importante causa de morte

na população idosa devido às quedas. Porém, a incidência de quedas é variada e

depende de alguns fatores, tais como sexo, idade, fatores genéticos, hábitos de vida e

história pessoal.

A osteoporose é uma doença crônica que pode ser prevenida desde a infância

através do consumo de alimentos rico em cálcio e vitamina D combinados atividade

física e à exposição diária ao sol - em horários recomendados pela Organização

Mundial de Saúde, antes das 10 horas da manhã e após as 16 horas, limitando a

exposição aos raios ultra violetas do sol no meio do dia (SBR, 2011; WHO, 2013 e

NOF, 2013). Evitar o consumo de fumo e álcool, também reduz a probabilidade da

contrair esta doença. O tratamento medicamentoso também poderá reduzir o risco de

fraturas, com a redução ou estagnação da perda de massa óssea e/ou ainda na

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reconstituição da densidade óssea, embora, o aumento na densidade mineral óssea em

resposta ao tratamento não quer dizer que exista uma correlação direta com a redução

das fraturas (NOF, 2013).

São muitos os estudos de prevalência por fraturas relacionadas à osteoporose,

no entanto, os estudos referentes à prevalência da doença osteoporose apresentam

maior dificuldade para serem encontrados. A prevalência de osteoporose e incidência

de fraturas variam de acordo com o sexo e a raça, prevalecendo a raça caucasiana em

mulheres pós-menopausa (SBR, 2002), é preciso considerar a miscigenação no país.

Pinheiro et al. (2010), descrevem que no Brasil, as fraturas têm sido a segunda mais

importante causa de morte na população idosa devido as quedas. Porém, a incidência

de quedas é variada e depende de alguns fatores, tais como sexo, idade, fatores

genéticos, hábitos de vida e história pessoal (PINHEIRO et al., 2010).

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose são:

menopausa, envelhecimento, fator hereditário, dieta pobre em cálcio, excesso de fumo

e álcool, imobilização prolongada, falta de atividade física e uso prolongado de alguns

medicamentos que reduzem a massa óssea (SBR, 2011). No Brasil, agrega a esses

fatores de risco a doença diabetes Mellitus tipo I que está associado à redução da

densidade óssea consequentemente maior risco de fraturas por osteoporose

(PINHEIRO el al., 2010).

Vale ressaltar que as variáveis sexo, idade, massa adiposa, fatores genéticos,

sedentarismo e o tabagismo, início tratamento e a duração da doença tem influência no

prognóstico (parecer médico quanto ao desfecho ou seguimento de uma doença) da

osteoporose (PINHEIRO et al., 2010).

Segundo a NOF (2013) as fraturas por osteoporose ocorrem com mais

frequência nos ossos do quadril, coluna e punho, ocasionando dores fortes,

provocando o encurtamento da pessoa, podendo afetar a postura. Entre os idosos que

fraturam o quadril, 20,00% morrem dentro de um ano por problemas relacionados

com o osso fraturado ou com a cirurgia para repará-lo e, aqueles que sobrevivem

necessitam de cuidados prolongados, levando-o ao isolamento e possíveis sintomas

psicossociais, sendo os mais frequentes a depressão e perda de auto-estima, além de

ansiedade, afetando diretamente a recuperação do indivíduo.

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A limitação devido à morbidade e dependência da pessoa causada pela dor,

limitações físicas, mudanças no estilo de vida prejudicam os relacionamentos

interpessoais e papéis sociais dos que são acometidos pela doença e suas famílias

(NOF, 2013).

Ao perceber a carência de estudos no Brasil sobre a epidemiologia, prevalência

e incidência da osteoporose, haja vista que a maioria dos estudos encontrados não são

referentes à população brasileira, observa-se a necessidade de pesquisas com amostras

representativas, associando fatores de risco para osteoporose, fraturas pela mesma e

suas reincidências, juntamente com a prevalência e incidência para essa população.

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SISTEMA VIGITEL

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3 O SISTEMA VIGITEL

O Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas

– VIGITEL do Ministério da Saúde, tem por objetivo monitorar continuamente a

frequência e distribuição dos principais determinantes e condicionantes das DCNT em

nosso meio (MS, 2008) É realizado anualmente, ampliando o conhecimento do perfil

epidemiológico da população adulta e fornecendo subsídios aos estados e municípios

para o planejamento de ações de promoção de saúde (ISER, 2011), assim, promovem

melhoria na qualidade de vida dos brasileiros (MS, 2012).

A pesquisa vem sendo realizada desde 2006 pela Secretaria de Vigilância em

Saúde e a Secretaria de Gestão Estratégica e conta com suporte técnico-científico do

Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São

Paulo (NUPENS/USP) (MS, 2008).

Além de implantar o inquérito por telefone (VIGITEL), o Ministério da Saúde

possui outros planos estratégicos contendo ações para o enfrentamento das Doenças

Crônicas Não Transmissíveis. Em 2011 foi elaborado um plano de enfrentamento para

essas doenças, que visa indicar vetores para o manejo e detenção, nos próximos dez

anos, das doenças crônicas não transmissíveis, no Brasil. A exemplo de enfrentamento

para as DCNT, cita-se a Política Nacional de Atenção Básica - Portaria GM/MS nº

648, de 2006, que estabelece as diretrizes e normas para a organização da Atenção

Básica; a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), prioriza ações no campo

da alimentação saudável, atividade física, prevenção do uso do tabaco e álcool (MS,

2011); o Programa Academia da Saúde, criado em 2011, visa à promoção de atividade

física, dentre outros (MS, 2011); o Programa Alimentação Saudável, visa o aumento

de oferta de alimentos saudáveis à população, acordo entre indústrias para a redução

do sal e do açúcar, implantação do plano intersetorial de obesidade (MS, 2011); os

Planos de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não

transmissíveis no Brasil (MS, 2011), dentre outros.

Segundo o Ministério da Saúde (2011), a partir do VIGITEL, reforços de

políticas públicas para enfrentar as DCNT tem sido propostos e implementados, a

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exemplo tem-se a Organização da Vigilância de DCNT, cujo objetivo é conhecer a

distribuição, a magnitude e a tendência das doenças crônicas e agravos e seus fatores

de risco, além de apoiar as políticas públicas de promoção à saúde (MS, 2011).

O sistema de entrevistas telefônicas tem como características potenciais a

simplicidade, baixo custo e agilidade na coleta de dados, possibilitando a divulgação

dos dados rapidamente, o que difere do sistema de entrevistadas domiciliares. Para

Segri et al. (2010), além de agilidade para conhecer o estado de saúde da população, é

preciso considerar suas contribuições no que tange às orientações para planejamento

de ações e novas políticas de saúde pública, Francisco et al. (2013), completam

descrevendo que as informações obtidas por meio de pesquisas telefônicas podem

fornecer informações rápidas imprescindíveis no monitoramento de fatores de risco

modificáveis e na avaliação de intervenções para novas políticas de promoção da

saúde no Brasil. O referido sistema baseia-se essencialmente em inquéritos anuais

realizados por meio de entrevistas telefônicas em amostras probabilísticas da

população residente em domicílios cobertos com linhas fixas de telefone

(MONTEIRO et al., 2005).

Em contrapartida, os aspectos negativos também existem neste tipo de

pesquisa. Tendo como principais desvantagens um menor controle do entrevistador

sobre a entrevista e entrevistado, falta de contato visual com o entrevistado e também

ao acesso à residência. Além disso, a pessoa entrevistada pode interromper a

entrevista a qualquer momento, desligando o telefone. Entretanto a desvantagem

principal deste tipo de pesquisa é a abrangência limitada pela cobertura telefônica,

onde apenas as pessoas com telefones residenciais podem participar da mesma, o que

acaba por limitar, de certa forma, a população alvo (SEGRI, 2008), estudo que

comparou estimativas relativas a várias variáveis usualmente contempladas em

inquéritos de saúde para entrevistados que possuem linha telefônica residencial

reafirma que a exclusão dos moradores sem linha telefônica é realmente a principal

limitação para as pesquisas realizadas por esse meio, porém, a utilização de técnicas

estatísticas permite reduzir os vícios de não cobertura (SEGRI et al., 2010).

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3.1 DADOS EXTRAÍDOS DO VIGITEL

O VIGITEL juntamente com outros inquéritos, tem possibilitado o

conhecimento sobre as DCNT no país, contribuindo com informações para subsidiar

as metas de redução de fatores de risco que poderão atingir o país nos próximos 10

anos, através da elaboração do Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não-

Transmissíveis (MS, 2011).

Neste item são descritas informações e análises a partir dos dados obtidos do

Ministério da Saúde com base no DATASUS que fornecem informações da pesquisa

do VIGITEL, disponíveis em Ministério da Saúde para os anos de 2006 a 2012.

Diante deste fato, nos próximos itens será suprimida a referência supra citada em cada

parágrafo.

Os resultados aqui descritos são fatores de risco para as doenças crônicas não

transmissíveis. Esses resultados são apenas para a população com idade igual ou

maior a 18 anos da cidade de Cuiabá, conforme população entrevistada pelo

VIGITEL.

3.1.1 Excesso de peso

Segundo Silva et al. (2011) a Organização Mundial de Saúde estima que um

bilhão de pessoas encontram-se com excesso de peso, destas 300 milhões são obesas.

Os dados estatísticos fornecidos pela pesquisa direcionados ao excesso de peso são um

tanto quanto mais elevados que o número de fumantes.

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A epidemia de sobrepeso e obesidade nos países com maiores PIB do mundo

já acontece, assim como também em vários países emergentes, com perspectivas de

pandemia, o que determinam graves consequências sociais, pois os países emergentes

não estão preparados para deter o aumento de cidadãos com tais patologias que

prevalecerão nas próximas décadas (YACH et al., 2004; LESSA, 2004).

A partir das informações contidas no banco de dados do VIGITEL, das

pessoas entrevistadas em Cuiabá, 45,00% (IC95%: 41,7–48,5) apresentaram excesso

de peso no ano de 2006. Do ano de 2006 para 2007 os dados mostraram um aumento

de pessoas com excesso de peso. No ano de 2008, 48,40%, (IC95%: 44,9-51,9). Em

2009, a prevalência manteve-se em 46,70%, (IC95%: 42,7-50,6) e no ano de 2010,

maior proporção ou prevalência, foi observada de pessoas com excesso de peso,

atingindo 50,40% (IC95%: 46,7;54,0), com predominância do sexo masculino em

54,1% (IC95%: 48,8;59,4). Nos outros anos os dados referentes ao excesso de peso

não foram diferentes do ano de 2010. Na Pesquisa do VIGITEL para o ano de 2012, o

percentual de homens com excesso de peso foi de 57,70% (IC95%: 52,9;62,5) e

46,30% (IC95%: 42,5;50,1) nas mulheres de Cuiabá. O estado nutricional foi

calculado a partir do cálculo de IMC, sendo o peso e a altura autorreferidos.

A obesidade entre os adultos brasileiros está em expansão e nos últimos anos

atingiu pelo menos 10,0% da população em todas as regiões do país (CONDE, 2011).

Quanto à porcentagem de pessoas obesas pesquisada nos anos de 2006, 2007, 2008 e

2009, a partir dos dados do VIGITEL, foram respectivamente 13,6%, 14,5%, 14,1% e

13,9%. Em 2010 o percentual foi de 18,7%, porém ainda com sobreposição aos

intervalos de confiança, em 2012 a prevalência foi de 19,2% (IC 95%: 16,7;217).

Observando as informações contidas no DATASUS, do Ministério da Saúde,

para o município de Cuiabá, os anos de 2006, 2008 e 2010 verifica-se um maior

número de pessoas obesas do sexo masculino. Já para os anos de 2007 e 2009, foi

observada maior obesidade entre as mulheres. Levando em conta a faixa etária, o

maior número de obesos nestes 5 anos de pesquisa é verificado nas pessoas com idade

entre 45 e 54 anos, seguidos daquelas com 55 a 64 anos, enquanto as faixas de menor

registro, ou até mesmo insuficiente para determinar qualquer estimativa com precisão

aceitável foram as pessoas acima de 65 anos e as que estão entre 18 e 24 anos. Embora

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os dados apresentem um viés à expansão da obesidade, no Brasil é menos intensa nas

mulheres, entre grupos econômicos mais elevados ou com mais anos de escolaridade

ou em regiões mais desenvolvidas do país (MONTEIRO, 2002).

Segundo Hu (2008), estima-se que em 2025 a obesidade atinja 20,00% da

população no Brasil. Isso significa que em apenas 15 anos o número de pessoas

obesas poderá chegar ao dobro. O aumento de excesso de peso e obesidade na

população brasileira e seus fatores associados, requer, assim como em outros países, o

desenvolvimento de sistemas de monitoramento e vigilância que permitam o

acompanhamento da evolução desses problemas, como também de seus determinantes

(CONDE e BORGES, 2011), e estabeleçam estratégias para a prevenção e controle

das DCNT, através das ações voltadas a melhoria das condições de vida e

comportamentos saudáveis (BARROS et al., 2011).

Em relação ao comportamento e estilo de vida da população cuiabana, o

VIGITEL aponta as seguintes informações: - os níveis de atividade física da

população adulta são baixos (15,00%) e apenas 18,20% consomem cinco porções de

frutas e hortaliças em cinco ou mais dias por semana; 34,00% consomem alimentos

com elevado teor de gordura e 28,00% consomem refrigerantes 5 ou mais dias por

semana, o que contribui para o aumento da prevalência de excesso de peso e

obesidade, que atingem 48,00% e 14,00% dos adultos e idosos, respectivamente, além

de elevar a prevalência das DCNT, a prevalência de excesso de peso no ano de 2012

foi de 51,80% (IC95%: 48,7;54,80) e de obesidade foi de 19,20% (IC95%: 16,7;21,7).

Ações como estratégias para combate à obesidade no campo da alimentação

saudável ressaltam o incentivo ao aleitamento materno que tem sido uma importante

iniciativa do Ministério da Saúde, no Departamento de Análise de Situação de Saúde

por meio do Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas

não transmissíveis (DCNT) no Brasil e o Guia de Alimentação Saudável, da

rotulagem dos alimentos e dos acordos com a indústria para a eliminação das gorduras

trans e, recentemente, para a redução de sal nos alimentos, para a prevenção e

promoção de saúde para o diagnóstico de hipertensão arterial (MS, 2011).

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3.1.2 Atividade física

De acordo com Hallal et al. (2011), artigos científicos que descrevem

tendências temporais de atividade física no Brasil são raros. Em sua análise, a prática

de atividade física no tempo livre, ou seja, de lazer, parece estabilizada nos últimos

anos nas capitais brasileiras e a atividade física de deslocamentos tornou-se mais

frequente, constituindo um importante indicador na implantação de políticas públicas.

Nos anos de 2007 a 2010 os homens são os que menos praticaram atividades

físicas. Pessoas com idade superior a 65 anos possuem maior índice de inatividade e

na faixa de 25 a 54 anos observam-se as menores proporções, dependendo do ano de

pesquisa. Em 2007, os dados apontam que 11,60% encontravam-se fisicamente

inativos, seguidos dos anos subsequente 17,30%; 11,40% e 14,70%, os dados são

semelhantes do ponto de vista estatístico.

Embora as políticas de saúde tenham sido implantadas para motivar as

atividades físicas, observando os dados de 2006 a 2010 a atividade física suficiente no

lazer teve um decréscimo, ao contrário do que se esperava. Em 2006 a porcentagem de

pessoas que realizava atividade física suficiente no lazer era de 16,90% (IC95%:

15,3;18,5). Nos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010 são respectivamente 15,00%

(IC95%: 12,8;17,10), 16,40% (IC95%: 13,8;19,1), 14,80% (IC95%: 12,2;17,4) e

14,10% (IC95%: 12,0;16,2). Dos anos de 2006 à 2010 foi observado uma

sobreposição de intervalos de confiança nas estimativas das pessoas que faziam esta

atividade. O sexo masculino é mais adapto à prática de atividade física, a frequência é

maior entre as pessoas com 18 anos e 24 anos de idade.

A prática de atividade física moderada e regular em níveis adequados apontam

benefícios para a saúde, como reduzir risco de doenças cardiovasculares, diabetes,

alguns tipos de câncer, depressão, além de diminuir o risco de fraturas de quadril,

vertebral e controlar o peso (WHO, 2010).

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A recomendação de prática de atividade física para adultos de 18 a 64 anos de

idade é fazer pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade

moderada ou fazer pelo menos 75 minutos de intensidade vigorosa atividade física

aeróbica ou uma combinação equivalente de atividade moderada e de vigorosa

intensidade durante a semana. Para adultos inativos e idosos e aqueles com limitações,

aconselha-se procurar o médico antes de se esforçar para alcançar os níveis

recomendados de atividade física. A recomendação para idosos de 65 anos e mais é de

150 minutos de atividade aeróbica moderada ou 75 minutos de aeróbica intensa.

Idosos com mobilidade reduzida devem realizar atividade física três ou mais dias por

semana, para melhora do equilíbrio e para evitar quedas e consequentemente, fraturas

(WHO, 2011).

3.1.3 Tabagismo

O Ministério da Saúde (2010) descreve o tabaco como líder das causas

preveníveis de morte. Estima-se que anualmente morrem cerca de 5,4 milhões de

pessoas por câncer de pulmão e doenças cardiovasculares, dentre outras.

Fortes aliados para o controle do tabagismo no Brasil, que teve início nos anos

80 foram as estratégias de medida legislativas, educacionais e regulamentação de

produtos do tabaco (IGLESIAS et al., 2008).

Entre as ações de enfrentamento do tabagismo, destacam-se as ações

regulatórias descritas na Lei no. 9.294 de 15 de julho de 1996, como proibição da

propaganda de cigarros, advertências sobre o risco de problemas nos maços do

produto. Outra ação é a adesão à Convenção-Quadro do Controle do Tabaco em 2006

(MS, 2012).

A partir dos dados encontrados no sistema VIGITEL, foi feita uma análise

quanto ao hábito tabágico que caracterizou os indivíduos como fumantes, aqueles

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independentemente da quantidade de cigarros, frequência e duração do hábito de

fumar, e ex fumante todo indivíduo que, tendo fumado no passado, não mais o faz.

Observou-se que em 2006, na região Centro-oeste, na cidade de Cuiabá, a

porcentagem de fumantes foi de 16,90% (IC95%: 13,9 - 20,0), no ano de 2007; o

percentual de fumantes foi de 14,10% (IC95%: 11,7 - 16,4); em 2008 a porcentagem

dos fumantes continuou sem diferença estatística ( 13,70%; IC95%: 11,1 - 16,3) e, no

ano subsequente, continuou da mesma forma, (11, 20%; IC95%: 9,1 - 13,4). No ano

de 2010 a prevalência de tabagismo chegou a 15,00% (IC95%: 12,0 - 18,0).

Em todos os anos analisados a prevalência do tabagismo foi maior entre os

homens. Estas evidências tornam-se fundamentais em termos de políticas públicas. A

redução da prevalência de fumantes de forma efetiva há de prevenir parte das DCNT

que acometem a população brasileira (SILVA et al., 2011).

3.1.4 Consumo de álcool

Outra variável observada é o consumo abusivo do álcool. O VIGITEL

considera consumo abusivo de bebidas alcoólicas indivíduos com consumo de cinco

ou mais doses para homens ou quatro ou mais doses para mulheres em uma única

ocasião, pelo menos uma vez nos últimos 30 dias. Considerado correspondente a uma

dose de bebida alcoólica uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de

cachaça ou qualquer outro tipo de bebida destilada.

O consumo abusivo de álcool é maior entre o sexo masculino em todos os anos

da pesquisa. A faixa etária da população que mais abusa do uso do álcool é a de 25 a

44 anos de idade em Cuiabá. Os que menos consomem álcool são as pessoas acima de

55 anos. Independente do teor alcoólico e da quantidade consumida, o consumo

abusivo de bebidas alcoólicas é nocivo à saúde, tanto para quem consome quanto para

aqueles (as) que possam sofrer danos diretos advindos de acidentes ou violência,

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devido o consumo alcoólico de outrem (ISER, 2011). Para Moura (2011), o consumo

maior de bebidas alcoólicas de forma abusiva está entre a população de adultos

jovens, que não possuem união estável e que estão inseridos no mercado de trabalho.

Em Cuiabá, no ano de 2007, foi realizado um estudo com a população estudantil de

adolescentes, que apontou que os adolescentes inseridos no mercado de trabalho

fazem uso precoce de drogas ilícitas que para Stipp et al. (2007) são drogas sem

restrições para seu consumo e que os efeitos dessas drogas na saúde mental e física do

adolescente independe do sexo. Torna-se um problema cada vez mais preocupante

para a saúde pública de Cuiabá, consequentemente para a Saúde Pública brasileira

(SOUZA e FILHO, 2007).

Embora o consumo e a dependência de drogas lícitas e ilícitas não sejam

considerados uma DCNT, dados destas variáveis são informações importantes na

análise dessas doenças, pois, são fatores de risco modificáveis que podem contribuir

para ocorrência de doenças crônicas, a exemplo do uso crônico e indiscriminado do

álcool que causa prejuízo no convívio social e contribui para o aumento da

prevalência das DCNT (STIPP et al., 2007).

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JUSTIFICATIVA

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4 JUSTIFICATIVA

O Inquérito por telefone, VIGITEL permite obter, por meio de uma amostra

probabilística, informações primordiais a respeito das DCNT na população das

capitais brasileiras e Distrito Federal. A partir desses dados é possível traçar e

estabelecer estratégias de enfrentamento dos principais determinantes de riscos à

saúde e os fatores associados às doenças crônicas não transmissíveis, subsidiando

políticas públicas de prevenção e promoção da saúde. Tais medidas podem melhorar a

avaliação e o monitoramento dos programas de vigilância à saúde além de aprimorar e

otimizar a gestão de recursos e do processo de vigilância em saúde pública, com o

objetivo de reduzir os índices de morbidade e mortalidade da população por Doenças

Crônicas Não Transmissíveis.

A partir dos dados publicados pelo sistema VIGITEL, uma investigação de

cada cidade participante da pesquisa faz-se necessária. Portanto, considerando que as

análises de associação não foram feitas de forma específica para a população adulta e

idosa residente em Cuiabá, Mato Grosso, estudos de tais dados são de significativa

relevância regional. Assim, uma investigação e a análise dos dados obtidos do

VIGITEL, com a finalidade de estimar a prevalência das DCNT e suas associações

com os principais com os fatores de risco, possibilitarão a definição de indicadores

que possam orientar políticas de saúde em Cuiabá - Mato Grosso.

Diante de tal desafio, este trabalho objetiva realizar a primeira análise das

doenças crônicas não transmissíveis, a publicação de informações a respeito dos dados

obtidos pelo inquérito telefônico.

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OBJETIVOS

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5 OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

Analisar a prevalência das doenças crônicas não transmissíveis na população

de 18 anos e mais residente em Cuiabá e a sua associação com variáveis

demográficas, socioeconômicas e comportamentos relacionados à saúde, no ano de

2008.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Caracterizar a população de estudo segundo as variáveis demográficas,

socioeconômicas e comportamentos relacionados à saúde;

● Estimar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus,

asma/bronquite e osteoporose na população;

● Investigar a associação entre as DCNT com as variáveis demográficas,

socioeconômicas e comportamentos relacionados à saúde;

● Estimar a prevalência das DCNT e a associação existente entre elas.

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MÉTODO

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6 MÉTODO

6.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO

6.1.1 Tipo e local de estudo

A presente investigação trata-se de um estudo epidemiológico de delineamento

de corte transversal, de base populacional, com adultos e idosos, residentes na capital

do Estado de Mato Grosso - Cuiabá, a partir dos dados obtidos do Sistema VIGITEL,

no ano de 2008.

O município de Cuiabá localiza-se na região Centro-Oeste do Brasil, é o

Centro Geodésico da América do Sul, com uma área geográfica de 3.362.755 Km².

Segundo o censo realizado em 2010 pelo IBGE, a população de Cuiabá é de 551.098

habitantes, com densidade demográfica de 163,88 hab/Km² (IBGE, 2010).

O município de Cuiabá tem cobertura de 0,30% de assistência federal de

saúde, 2,60% de cobertura assistencial estadual, 34,30% de cobertura municipal e com

a maioria de cobertura sendo a assistência privada de 62,80%. A cidade está servida

com 145 estabelecimentos de saúde cobertos pelo SUS (IBGE, 2010). A cobertura de

telefone fixo em Cuiabá, no ano de 2010, segundo dados do Censo 2010 é de 46,70%

(IBGE, 2010).

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6.1.2 População do estudo e procedimento de amostragem

A população alvo da pesquisa é composta por indivíduos com idade igual ou

superior a 18 anos, cujas informações foram obtidas do Inquérito Telefônico -

VIGITEL, do ano de 2008.

A amostra para a pesquisa será a mesma contida no VIGITEL que visa uma

amostra probabilística da população de adultos residentes, servidos por pelo menos

uma linha telefônica fixa no ano, na cidade de Cuiabá, capital de Mato Grosso. O

sistema estabelece um tamanho amostral de no mínimo 2000 indivíduos, com 18 ou

mais anos de idade, para que possa estimar com coeficiente de confiança de 95% e

erro máximo de cerca de 2% a frequência de qualquer fator de risco na população

(MS, 2008).

A primeira etapa da amostragem do VIGITEL consiste em um sorteio

sistemático e estratificado de acordo com cada região ou prefixo das linhas

telefônicas, onde é realizado a partir do cadastro eletrônico de linhas residenciais fixas

das empresas telefônicas que cobrem as cidades, sendo no mínimo cinco mil linhas

telefônicas por cidade. As linhas sorteadas em cada cidade são ressorteadas e

divididas em 25 réplicas de 200 linhas, cada réplica reproduzindo a mesma proporção

de linhas por região da cidade ou prefixo telefônico (MS, 2008).

A segunda etapa da amostragem do VIGITEL consiste inicialmente, na

identificação, dentre as linhas sorteadas, daquelas que são elegíveis para o Sistema, ou

seja, linhas residenciais ativas. Essa etapa é executada em paralelo à realização das

entrevistas. Não são elegíveis para o Sistema aquelas linhas que correspondem a

empresas que não mais existem ou se encontram fora de serviço, ou ainda não

respondem a seis tentativas de chamadas feitas em dias e horários variados, incluindo

sábados e domingos e períodos noturnos, e que, provavelmente, correspondem a

domicílios fechados (MS, 2008).

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Para cada linha elegível, uma vez obtida a aquiescência dos seus usuários em

participar do sistema, procede-se à enumeração dos indivíduos com 18 ou mais anos

de idade que residem no domicilio e, a seguir, ao sorteio de um desses indivíduos para

ser entrevistado.

As recusas em participar do sistema de monitoramento, foram de 5,8% das

linhas elegíveis para as cidades participantes do inquérito (Brasil, 2008).

6.1.3 Variáveis do estudo

6.1.3.1 Variáveis dependentes

Para este estudo as variáveis dependentes foram consideradas as doenças

crônicas não transmissíveis autorreferidas pelos entrevistados e foram considerados

apenas os registros com respostas (sim/não).

• Hipertensão arterial sistêmica

• Diabetes mellitus

• Osteoporose

• Asma/bronquite

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6.1.3.2 Variáveis independentes

Como variáveis independentes, foram consideradas as variáveis conforme

questionário referido no VIGITEL 2008 (ANEXO 1).

● Demográficas

Idade: 18 anos ou mais categorizada nas seguintes faixas etárias: 18-24, 25-34,

35-44, 45-54, 55-64 e 65 e mais anos de idade. A idade de 18 e 19 anos, embora ainda

adolescente, para os estudos do VIGITEL foram consideradas adulto e maiores de 60

idosos.

Sexo: masculino e feminino.

Raça/cor relatada: branca, negra, amarela (ascendência oriental), parda ou

morena, vermelha (ascendência indígena).

Estado civil: solteiro, casado/juntado, viúvo, ou separado/divorciado.

● Socioeconômicas

Escolaridade: expressa em anos de estudo, categorizadas nas faixas de ≤ 3

anos, 4 a 7 anos, 8 a 10 anos, 10 a 14 anos e ≥ 15 anos.

● Comportamentos relacionados à saúde

• Excesso de peso e obesidade

O excesso de peso foi considerado como sobrepeso e caracterizado como o

indivíduo com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou maior a 25kg/m², e, em

idosos (60 anos ou mais), igual ou maior a 22kg/m² (WHO, 2000), calculado a partir

do peso em quilogramas dividido pelo quadrado da altura em metros. Para adultos

foram considerados obesos os indivíduos com IMC igual ou superior a 30kg/m² e para

idosos, aqueles que apresentaram um IMC igual ou maior a 27kg/m² (WHO, 2000).

• Estilo de vida e estado de saúde

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• Prática de atividade física expressa por dois indicadores: prática de atividade

física (sim/não) e a modalidade do exercício físico ou esporte, pelo menos uma vez

por semana ou mais, obtido pelas perguntas: “O(a) sr(a) pratica o exercício pelo

menos uma vez por semana?” e “Quantos dias por semana o(a) sr(a) costuma praticar

exercício físico ou esporte?”. E se assiste TV diariamente.

• Tabagismo (fumante/ fumante passivo/ ex-fumante): fumante expressa

indivíduos que fumam, independentemente da quantidade de cigarros e frequência e

duração do hábito de fumar, fumante passivo é aquele indivíduo não fumante que

convive com pelo menos um fumante, seja no domicílio ou no trabalho e ex fumante

todo indivíduo que tendo fumado no passado, não mais o faz.

• Consumo abusivo de bebida alcoólica e frequência de consumo de álcool:

considera-se como consumo abusivo de bebidas alcoólicas os indivíduos com

consumo de cinco ou mais doses para homens ou quatro ou mais doses para mulheres

em uma única ocasião, pelo menos uma vez nos últimos 30 dias. Considerado

correspondente a uma dose de bebida alcoólica uma lata de cerveja, uma taça de vinho

ou uma dose de cachaça ou qualquer outro tipo de bebida destilada.

• Auto-avaliação de saúde: a auto-avaliação da saúde é obtida com uma única

pergunta em que o indivíduo classifica seu estado de saúde em muito bom, bom,

regular ou ruim, muito ruim, não sabe e não quis informar.

6.1.4 Processamento e análise estatística

A partir dos dados do VIGITEL foram calculadas estimativas globais de

prevalência das DCNT e as associações segundo as demais características

(demográficas, socioeconômicas, excesso de peso e obesidade, estilo de vida e estado

de saúde), bem como seus respectivos Intervalos de Confiança (IC95%). Para verificar

a associação entre cada DCNT e as demais características do estudo.foram realizados

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testes do qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott), sendo consideradas estatisticamente

significativas as associações com p<0,05. Na análise dos dados foi utilizado o

programa Stata versão 11 que permite considerar os aspectos do delineamento

complexo da amostra (diferentes probabilidades de seleção dos indivíduos).

6.1.5 Considerações éticas

O Projeto VIGITEL foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em

Pesquisa para Seres Humanos do Ministério da Saúde. O consentimento livre e

esclarecido foi substituído pelo consentimento verbal, obtido por ocasião dos contatos

telefônicos com os entrevistados, por se tratar de entrevista por telefone (VIGITEL,

2008).

Quanto ao presente estudo foi solicitado à Coordenação Nacional do

Ministério da Saúde do Brasil, autorização para o uso do banco de dados primário do

ano de 2008. Foram asseguradas a confidencialidade das informações analisadas e

divulgadas, não identificando os indivíduos entrevistados.

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RESULTADOS

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7 RESULTADOS

7.1 DESCRIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DE

ESTUDO E PREVALÊNCIA DAS DCNT

A distribuição da população segundo variáveis demográficas indicou que

52,18% são do sexo feminino, 50,93% encontra-se entre 18 a 34 anos de idade,

65,65% declararam-se pardas e 55,44% referiram-se casados. Quanto a escolaridade,

25,61% dos entrevistados autorreferiram ter entre 4 a 7 anos de estudo e 31,62% entre

11 a 14 anos de estudo (Tabela 1).

A distribuição de indivíduos com excesso de peso foi de 51,53% nos homens e

45,21% nas mulheres e, da obesidade, foi de 14,65% para os homens e 13,62%

respectivamente. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas nas

prevalências encontradas segundo o sexo (Tabela 2).

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Tabela 1 – Distribuição da população de estudo, segundo variáveis demográficas e socioeconômicas, Cuiabá MT, 2008. VARIÁVEIS CATEGORIAS n %* IC95%

SEXO Masculino 806 47,82 44,25 51,40

Feminino 1206 52,18 48,60 55,75

IDADE 18 a 24 295 24,05 20,44 28,07

25 a 34 417 26,88 23,69 30,33

35 a 44 460 22,26 19,82 24,90

45 a 54 386 13,74 12,05 15,64

55 a 64 245 7,37 6,30 8,60

65 e mais 209 5,70 4,77 6,79

RAÇA/COR Branca 703 28,21 25,50 31,09

Negra 117 5,39 4,25 6,80

Parda 1166 65,65 62,54 68,63

Amarela/vermelha 17/2 0,75 0,40 1,42

ESTADO CIVIL Solteiro 639 36,90 33,36 40,57

Casado 1087 55,44 51,84 58,99

Viúvo 148 3,66 2,94 4,55

Separado 138 4,01 3,10 5,17

≤ 3 anos 139 9,20 7,12 11,83

4 a 7 anos 272 25,61 22,03 29,56

ANOS DE ESTUDO 8 a 10 anos 266 21,18 18,16 24,55

11 a 14 anos 809 31,62 28,89 34,49

≥ 15 anos 520 12,38 11,09 13,80

Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *Porcentagem corrigida pelo peso

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Tabela 2 – Prevalência de excesso de peso e obesidade, segundo sexo, Cuiabá MT,

2008.

Masculino Feminino

VARIÁVEIS %*(IC95%) %**(IC95%) Total (%) p-valor*** Excesso de peso Sim 51,53 (46,00;57,02) 45,21 (41,00;49,50) 51,57 Não 48,47 (42,98;54,00) 54,79 (50,50;59,00) 48,43 0,076 Obesidade Sim 14,65 (11,69;18,21) 13,62 (10,86;16,94) 14,14 Não 85,35 (81,79;88,31) 86,38 (83,06;89,14) 85,86 0,649 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *Porcentagem corrigida pelo peso na população masculina; **Porcentagem corrigida pelo peso na população feminina; ***Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

A Tabela 3 mostra a população de estudo segundo as variáveis consumo de

bebida alcoólica e tabagismo por sexo, onde 54,96% dos homens ingerem bebida

alcoólica enquanto das mulheres, 23,68% (p<0,001). Verificou-se que a maioria da

população que tem o hábito de ingerir bebida alcoólica, 60,60% do sexo masculino,

53,65% do sexo feminino ingere de uma a duas vezes por semana, 6,26% dos homens

e 1,74% das mulheres consomem bebida alcoólica todos os dias da semana.

A frequência de fumantes foi de aproximadamente 17,00% na população

masculina, enquanto na feminina foi de 10,52%. Dentre as pessoas que declararam ser

fumantes passivos 39,00% são do sexo masculino e 35,45% do feminino. A

frequência de ex-fumantes foi maior nos homens (31,99%), enquanto nas mulheres foi

de 17,88% com significância estatística (p<0,001) como pode ser observado na Tabela

3.

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Tabela 3 – Distribuição percentual do consumo, frequência de consumo de bebida alcoólica e tabagismo, segundo sexo, Cuiabá MT, 2008.

Masculino Feminino VARIÁVEIS %*(IC95%) %**(IC95%) Total(%) p-valor** Consumo bebida alcoólica

Sim 54,96 (49,54; 60,27) 23,68 (20,27; 27,46) 38,64 Não 45,04 (39,73; 50,46) 76,32 (72,54; 79,73) 61,36 <0,001 Frequência consumo de álcool/semana

1 a 2 dias 60,60 (53,17;67,58) 53,65 (45,36;61,75) 58,38 3 a 4 dias 12,40 (7,93;18,89) 4,21 (1,77;9,84) 9,80 5 a 6 dias 2,88 (1,46;5,60) 0,96 (0,21;4,30) 2,27 Todos dias 6,27 (4,15;9,36) 1,74 (0,66;4,48) 4,82 <1 x dia/sem 5,66 (3,27;9,61) 13,16 (8,60;34,12) 8,06 <1 x dia/mês 12,19 (8,48;17,22) 26,24 (19,64;34,12) 16,68 <0,001 Fumantes Sim 17,16 (12,96; 22,36) 10,52 (8,29;13,25) 86,31 Não 82,84 (77,64; 87,04) 89,48 (86,45;91,71) 13,69 0,008 Fumantes Passivos Sim 39,19 (33,96;44,67) 35,45 (31,16;39,77) 37,24 Não 60,81(55,33;66,04) 64,55 (60,23;68,64) 62,76 0,282 Ex-fumantes Sim 31,99 (26,86;37,59) 17,88 (13,96;2262) 75,37 Não 68,01 (62,41;73,14) 82,12 (77,38;86,04) 24,63 0,001 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *Porcentagem corrigida pelo peso na população masculina; **Porcentagem corrigida pelo peso na população feminina; ***Teste de associação pelo Quadrado de Pearson (Rao-Scott).

Ao avaliar a frequência de atividade física observou-se maior frequência

(54,30%) no sexo masculino quando comparado ao feminino (31,73%), com

significância estatística. Em relação à prática de atividade física na população,

observou-se sedentarismo em 57,48% dos indivíduos (Tabela 4). Entre os homens

42,20% realizam algum tipo de atividade física de 1 a 2 dias na semana e, entre as

mulheres 33,61% praticam algum tipo de atividade de 3 a 4 dias na semana. A

modalidade mais praticada entre o sexo masculino foi o futebol com 42,31%, seguida

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da caminhada/corrida com 35,84%, enquanto para o sexo feminino a modalidade

praticada com maior frequência foi a caminhada/corrida com quase 70,00% , como

pode ser verificado na Tabela 4.

Na Tabela 4 também foi observado que grande parte da população tem o

hábito de assistir televisão (73,00%), referente o hábito de assisti-la ocorre com

porcentagens similares para os sexos masculino (74,93%) e feminino (71,24%),

p=0,288.

Tabela 4 – Percentual, frequência e modalidade de atividade física e prática de assistir TV segundo o sexo, Cuiabá MT, 2008. Masculino Feminino VARIÁVEIS %*(IC95%) %**(IC95%) Total(%) p-valor*** Atividade física Sim 54,30 (48,84;59,65) 31,73 (27,99;35,73) 42,52 Não 45,70 (40,35;51,16) 68,27 (64,27;72,01) 57,48 <0,001 Frequência (dias) atividade física

1 a 2 dias/sem 42,20 (34,58;50,21) 27,80 (22,06;34,38) 36,76 3 a 4 dias/sem 28,69 (22,01;36,46) 33,61 (27,59;40,21) 30,55 5 a 6 dias/sem 18,66 (14,14;24,21) 29,70 (24,12;35,96) 22,83 Todos dias/sem 10,45 (6,75;15,84) 8,89 (5,52;14,03) 9,86 0,010 Tipo de atividade física

Caminhada/corrida 35,84 (29,44;42,79) 69,13 (62,81;74,81) 48,81 Futebol 42,31 (34,68;50,32) 0,92 (0,16;5,10) 26,19 Musculação 8,08 (5,56;11,61) 7,53 (5,18;10,81) 7,87 Ginástica/hidro 1,63 (0,66;3,96) 11,52 (8,43;15,54) 5,48 Bicicleta 4,20 (2,29;7,58) 3,12 (133;7,18) 3,78 Outros 7,94 (4,45;13,76) 7,78 (4,42;13,33) 7,88 <0,001 Assiste TV diariamente Sim 74,93 (69,74;79,48) 71,24 (66,32;75,71) 73,00 Não 25,07 (20,52;30,26) 28,76 (24,29;33,68) 27,00 0,288 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *Porcentagem corrigida pelo peso na população masculina; **Porcentagem corrigida pelo peso na população feminina; ***Teste de associação pelo Quadrado de Pearson (Rao-Scott).

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Na Tabela 5 observou-se que 51,76% dos indivíduos do sexo masculino

autoavaliaram seu estado de saúde sendo bom, seguido, de 25,55% que referiram seu

estado de saúde regular e aproximadamente 5,00% referiram como ruim ou muito

ruim. A população do sexo feminino auto avaliou sua condição de saúde onde 44,90%

referiram sendo bom, 33,49% referiram o estado de saúde regular e mais de 5,00%

considerou como ruim ou muito ruim Não foram verificadas diferenças estatísticas

significativas nas frequências encontradas (p=0,094).

Tabela 5 – Distribuição da autoavaliação do estado de saúde, segundo sexo, Cuiabá MT, 2008.

Masculino Feminino AVALIAÇÃO DE SAÚDE %*(IC95%) %**(IC95%) Total(%) p-valor***

Muito bom 18,61 (14,92;22,96) 15,80 (12,13;20,33) 17,15 Bom 51,76 (46,28;57,19) 44,90 (40,32;49,58) 48,18 Regular 25,55 (20,85;30,90) 33,49 (29,45;37,60) 29,69 Ruim 3,44 (2,01;5,85) 4,72 (3,26;6,78) 4,11 Muito ruim 0,64 (0,16;2,53) 1,08 (0,55;2,10) 0,87 0,094 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *Porcentagem corrigida pelo peso na população masculina; **Porcentagem corrigida pelo peso na população feminina; ***Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

As prevalências das DCNT, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus,

asma/bronquite e osteoporose na população adulta e idosa residente no município de

Cuiabá - Mato Grosso, no ano de 2008 são apresentadas na Tabela 6. Observou-se que

22,25% da população de estudo era hipertensa, 4,15% referiram diabetes mellitus,

4,16% osteoporose e 8,68% asma/bronquite.

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Tabela 6 – Prevalência das Doenças Crônicas Não Transmissíveis - DCNT, Cuiabá- MT, 2008. DCNT n* %** IC95%

HIPERTENSÃO Sim 573 22,25 19,88 24,83 Não 1438 77,75 75,17 80,12 Total 2011 100,00 ... DIABETES MELLITUS Sim 121 4,15 03,29 05,22 Não 1889 95,85 94,77 96,71 Total 2010 100,00 ... OSTEOPOROSE Sim 126 4,16 3,12 5,53 Não 1880 95,84 94,47 96,88 Total 2006 100,00 ... ASMA/BRONQUITE Sim 180 8,68 7,18 10,46 Não 1830 91,32 89,54 92,82 Total 2010 100,00 ... Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *população estudada; ** Porcentagem corrigida pelo peso.

7.2 PREVALÊNCIA DAS DOENÇAS CRÔNICAS E SUA ASSOCIAÇÃO

COM VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS E COMPORTAMENTOS

RELACIONADOS À SAÚDE

7.2.1 Hipertensão Arterial Sistêmica

A prevalência da hipertensão arterial sistêmica aumentou proporcionalmente

com o aumento da idade. Na faixa etária de 18 a 24 anos a prevalência foi de 6,25%,

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enquanto na faixa etária de 65 e mais a prevalência foi de 61,15% (p<0,001). Em

relação ao sexo, verificou-se diferença estatisticamente significativa. A prevalência de

hipertensão nas mulheres foi de 24,96,% e nos homens de 19,30% (p= 0,025). Com

relação a variável raça/cor observou-se maior prevalência de hipertensão arterial

(35,16%) nos adultos/idosos da raça negra e nos da raça/cor branca foi de 25,32%

(p=0,005). Observou-se a prevalência de 56,43% de hipertensão entre os viúvos e

36,14% entre os separados (p≤0,001). Ao ser observado os anos de estudo, notou-se

uma prevalência de 34,81% na população com 3 ou menos anos de estudo e 20,43%

nas pessoas com 15 anos ou mais de estudo (p=0,004) (Tabela 7).

Tabela 7 – Prevalência de hipertensão arterial sistêmica, segundo características sociodemográficas, Cuiabá-MT, 2008.

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Sim VARIÁVEIS n/Total* %** IC95% p-valor*** Sexo Masculino 208/805 19,30 16,09 22,98 Feminino 365/841 24,96 21,63 28,62 0,025 Faixa Etária (anos) 18 a 24 17/295 6,25 03,21 11,84 25 a 34 41/417 11,12 07,34 16,51 35 a 44 107/460 23,34 18,78 28,62 45 a 54 136/286 35,61 29,75 41,94 55 a 64 139/245 56,89 49,32 64,15 65 e mais 133/208 61,15 52,43 69,22 <0,001 Raça/Cor Branca 194/703 25,32 21,15 30,00 Negra 46/117 35,16 25,22 46,58 Parda 322/1165 19,80 16,93 23,01 Amarela/vermelha 7/17 22,66 8,01 49,65 0,005 Estado Civil Solteiro 90/639 10,33 7,44 14,18 Casado 329/1086 26,73 23,34 30,43 Viúvo 93/148 59,43 48,24 69,72 Separado 61/138 36,14 25,86 7,86 <0,001 Continua...

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Tabela 7 – Prevalência de hipertensão arterial sistêmica, segundo características sociodemográficas, Cuiabá-MT, 2008.

Continuação HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Sim VARIÁVEIS n/Total* %** IC95% p-valor*** Anos de estudo ≤ 3 anos 74/139 34,81 25,03 46,06 4 a 7 anos 119/272 27,85 21,55 35,17 8 a 10 anos 76/266 19,23 14,19 25,54 11 a 14 anos 181/808 16,26 13,54 19,40 ≥ 15 anos 119/520 20,43 16,92 24,46 0,004 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada pelo peso “representa” a porcentagem da população de hipertensos; ***Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

Ao associar hipertensão com as variáveis excesso de peso e obesidade

observou-se prevalências maiores entre os indivíduos com excesso de peso (31,33%) e

entre os obesos (50,38%), como mostra a Tabela 8.

Tabela 8 – Prevalência de hipertensão arterial sistêmica segundo variáveis excesso de peso e obesidade, Cuiabá MT, 2008.

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Sim

VARIÀVEIS n/Total* %** IC95% p-valor*** Excesso de peso Sim 353/920 31,33 27,42 35,53 Não 168/955 12,70 10,31 15,55 <0,001 Obesidade Sim 156/288 50,38 42,13 58,61 Não 365/1587 17,00 14,85 19,40 <0,001 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; * População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população hipertensa; ***Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

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Ao analisar a Tabela 9 observou-se que a hipertensão arterial não foi associada

ao consumo de bebida alcoólica. Dentre os indivíduos que auto relataram consumir

álcool diariamente a prevalência foi de 32,93%. Notou-se que a prevalência da

hipertensão arterial entre os que fumam foi de 20,39% e entre aqueles que se

declararam ser fumantes passivos a prevalência foi de 19,35% e para os ex-fumantes a

prevalência encontrada foi de 28,33% (p=0,012).

Tabela 9 – Prevalência da hipertensão arterial sistêmica segundo consumo de bebida alcoólica e tabagismo, Cuiabá-MT, 2008.

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Sim

VARIÀVEIS n/Total* %** IC95% p-valor***

Consumo de bebida alcoólica

Sim 199/746 20,26 16,66 24,40 Não 374/1265 23,51 20,45 26,86 0,212 Frequência consumo de álcool/semana

1 a 2 dias 101/414 18,24 13,64 23,92 3 a 4 dias 15/64 16,15 8,40 28,79 5 a 6 dias 3/15 16,21 4,08 46,82 Todos dias 14/44 32,93 18,38 51,71 <1 x dia/sem 17/72 18,67 8,64 35,79 <1 x dia/mês 49/137 27,43 18,90 38,00 0,275 Fumantes Sim 59/238 20,39 14,67 27,62 Não 514/1773 22,55 19,99 25,33 0,556 Fumantes passivos Sim 165/662 19,35 15,76 23,54 Não 408/1349 23,98 20,91 27,34 0,079 Ex-fumantes Sim 165/444 28,33 22,55 34,92 Não 349/1329 20,27 17,76 23,03 0,012 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população de hipertensos; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

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A prevalência de hipertensão entre os que praticam atividade física foi de

19,93% (p=0,123). Entre os hipertensos a prevalência dos que praticam

ginástica/hidroginástica foi de 36,84% (p<0,001) e 23,89% entre aqueles que assistem

TV (p=0,045).

Tabela 10 – Prevalência da hipertensão arterial sistêmica segundo prática e modalidade de atividade física e hábito de assistir TV, Cuiabá-MT, 2008.

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Sim

VARIÁVEIS n/Total* %** IC95% p-valor***

Atividade física Sim 242/924 19,93 16,64 23,70 Não 331/1097 23,97 20,71 27,56 0,110 Tipo de atividade física Caminhada/corrida 169/525 28,10 22,92 33,95 Futebol 15/137 9,39 4,97 17,03 Musculação 8/87 9,12 4,11 19,03 Ginástica/hidro 33/77 36,84 24,24 51,52 Bicicleta 5/29 7,33 2,47 19,81 Outros 12/69 9,49 4,46 19,09 <0,001 Assiste TV diariamente Sim 474/1523 23,89 21,16 26,84 Não 99/488 17,83 13,39 23,33 0,045 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população de hipertensos; ***Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson(Rao-Scott).

Na Tabela 11 verifica-se que quanto mais elevada a prevalência de

hipertensão, pior é a autoavaliação da saúde (p<0,001). Notou-se que a prevalência da

hipertensão arterial sistêmica entre os entrevistados que autorreferiram sua saúde

como ‘muito ruim’ foi de 75,89%.

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Tabela 11 – Prevalência da hipertensão arterial sistêmica segundo autoavaliação do estado de saúde, Cuiabá-MT, 2008.

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Sim

Avaliação de saúde

n/Total*

%**

IC95%

p-valor***

Muito bom 39/386 11,48 7,24 17,72 Bom 233/949 17,91 14,82 21,48 Regular 248/574 31,90 27,08 37,10 Ruim 34/75 33,88 21,84 48,44 Muito ruim 15/20 75,89 47,47 91,64 <0,001 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população de hipertensos; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

7.2.2 Diabetes Mellitus

A Tabela 12 descreve a prevalência de diabetes mellitus em relação as

características sociodemográficas. Observou-se prevalência de diabetes mellitus foi de

4,27%, para o sexo masculino e de 4,05% para o feminino (p>0,05). Com relação à

variável faixa etária verificou-se que a prevalência do diabetes aumenta na medida em

que a idade aumenta e acomete mais a faixa etária de 55 a 64 anos com 16,02%, com

diferença estatisticamente significativa em relação as demais categorias (IC95%:

11,35 - 22,13). Quanto à raça/cor verificou-se prevalência de 11,41%, na raça/cor

negra, e 3,89% na parda. Os ascendentes orientais e indígenas não apresentaram

diabetes. Dentre a característica do estado civil, os separados (12,67%) e os viúvos

(12,39%) apresentaram prevalências maiores (p<0,001).

Ao observar o nível de escolaridade notou-se que a prevalência de diabetes foi

de 14,09% em pessoas que fizeram admissão/ginásio, seguido com a prevalência de

10,56% daqueles que referiram nunca ter estudado (p=0,008). (Tabela 12).

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Tabela 12 – Prevalência de diabetes mellitus segundo características sociodemográficas, Cuiabá-MT, 2008.

DIABETES MELLITUS Sim VARIÁVEIS n/Total* %** IC (95%) p-valor*** Sexo Masculino 53/805 4,27 3,02 6,01 Feminino 68/1205 4,05 2,97 5,50 0,822

Faixa etária (anos) 18 a 24 1/294 0,37 0,05 2,62 25 a 34 6/417 1,29 0,46 3,54 35 a 44 12/460 1,74 0,88 3,41 45 a 54 33/386 10,71 7,07 15,90 55 a 64 37/245 16,02 11,35 22,13 65 e mais 32/208 11,88 7,74 17,82 0,001 Raça/Cor Branca 35/703 3,51 2,29 5,35 Negra 12/117 11,41 5,58 21,93 Parda 74/1164 3,89 2,91 5,18 0,112

Estado Civil Solteiro 17/638 1,74 0,86 3,48 Casado 69/1086 4,60 3,41 6,17 Viúvo 17/148 12,39 7,20 20,51 Separado 18/138 12,67 7,35 20,98 <0,001

Anos de estudo ≤ 3 anos 16/139 6,95 3,92 12,05 4 a 7 anos 22/272 4,51 2,69 7,45 8 a 10 anos 20/266 4,24 2,42 7,33 10 a 14 anos 38/807 3,18 2,10 4,77 ≥ 15 anos 25/520 3,79 2,40 5,93 0,309 Notas:IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população de diabéticos; ***Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

A prevalência dos diabéticos com excesso de peso foi de 7,16% e de 8,63% de

diabéticos obesos, com diferenças estatisticamente significativas, podendo ser

observadas na Tabela 13.

Ao analisar a Tabela 14 notou-se que a prevalência de diabetes mellitus foi de

3,64% nos indivíduos que referiram uso de bebida alcoólica e dentre aqueles que

relataram consumirem álcool todos os dias da semana a prevalência foi de 11,76%,

sem diferença estatística entre as categorias analisadas.

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Tabela 13 – Prevalência de diabetes mellitus segundo variáveis excesso de peso e obesidade da população de estudo, Cuiabá MT, 2008.

DIABETES MELLITUS Sim VARIÁVEIS n/Total* %** IC (95%) p-valor*** Excesso de peso Sim 88/920 7,16 5,45 9,36 Não 28/955 1,81 1,15 2,83 <0,001 Obesidade Sim 36/288 8,63 5,70 12,85 Não 80/1587 3,70 2,78 4,91 0,007 IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população de diabéticos; ***Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

A prevalência de diabetes associada às variáveis relacionadas ao consumo de

álcool e tabagismo não apresentaram diferenças estatísticas (Tabela 14).

A análise da associação entre diabetes mellitus e estilo de vida, não apontou

diferenças nas prevalências para a prática de atividade física. Ao considerar o tipo de

modalidade para a atividade física, observaram-se diferenças (p=0,005). Em relação

ao fato do entrevistado assistir TV diariamente, observou-se diferença significativa

(p=0,026) nas prevalências de diabetes mellitus entre os que assistem (4,77%) em

relação aos que não assistem diariamente foi de 2,48% (Tabela 15).

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Tabela 14 – Prevalência de diabetes mellitus segundo consumo, frequência de consumo de bebida alcoólica e tabagismo, Cuiabá-MT, 2008.

DIABETES MELLITUS Sim

VARIÁVEIS n/Total* %** IC95% p-valor***

Consumo de álcool Sim 37/746 3,64 2,43 5,40 Não 84/1264 4,48 3,37 5,93 0,404 Frequência consumo álcool/semana

1 a 2 dias 22/414 3,66 2,21 5,98 3 a 4 dias 2/64 1,92 0,45 7,73 5 a 6 dias 2/15 6,15 1,38 24,34 Todos dias 4/44 11,76 3,22 34,81 <1 x dia/sem 2/72 1,56 0,29 7,94 <1 x dia/mês 5/137 2,90 1,00 8,18 0,103 Fumantes Sim 16/238 3,47 1,93 6,15 Não 105/1772 4,26 3,32 5,46 0,521 Fumantes passivos Sim 39/662 3,09 2,10 4,52 Não 82/1348 4,79 3,60 6,34 0,069 Ex-fumantes Sim 38/444 5,55 3,62 8,42 Não 67/1328 3,75 2,74 5,10 0,142 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população de diabéticos; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

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Tabela 15 – Prevalência de diabetes mellitus, segundo prática, modalidade de atividade física e hábito de assistir TV, Cuiabá-MT, 2008.

DIABETES MELLITUS Sim VARIÁVEIS n/Total* %** IC95% p-valor*** Atividade física Sim 57/924 4,60 3,27 6,43 Não 64/1086 3,82 2,78 5,23 0,434 Tipo de atividade física Caminhada/corrida 38/525 6,12 4,08 9,08 Futebol 2/137 1,60 0,33 7,44 Musculação 1/87 0,26 0,04 1,83 Ginástica/hidro 12/77 16,25 8,01 30,18 Bicicleta 3/29 6,10 1,76 19,07 Outros 1/69 0,66 0,09 4,77 0,005 Assiste TV diariamente Sim 100/1522 4,77 3,36 6,14 Não 21/488 2,48 1,45 4,19 0,026 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população de diabéticos; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

Na Tabela 16 observou-se que 14,11% foi a prevalência de diabetes entre os

que autoavaliaram o estado de saúde como sendo ruim (p<0,001).

Tabela 16 – Prevalência de diabetes mellitus segundo autoavaliação do estado de saúde, Cuiabá-MT, 2008.

DIABETES MELLITUS Sim Avaliação

de saúde n/Total* %** IC95% p-valor*** Muito bom 5/386 0,72 0,25 2,04 Bom 28/949 1,77 1,04 3,00 Regular 72/574 8,57 6,40 11,38 Ruim 13/75 14,11 7,05 26,25 Muito ruim 3/17 7,23 1,83 24,23 <0,001 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população de diabéticos; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

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7.2.3 Osteoporose

As prevalências de osteoporose segundo variáveis sociodemográficas são

apresentadas na Tabela 17. Notou-se maior prevalência da doença no sexo feminino

com 5,86 % (p=0,031). Quanto a faixa etária verificou-se que a maior prevalência é

verificada entre as pessoas de 65 anos e mais (idosos) com 27,83%. Não houve

registro de osteoporose em indivíduos com 18 a 24 anos de idade (p<0,001).

Embora para raça/cor não tenha dado diferença estatística, vale ressaltar que

não houve ocorrência de osteoporose em ocidentais e indígenas. Em relação ao estado

civil, os viúvos apresentaram maior prevalência em relação aos demais (24,78%)

(p<0,001).

A prevalência de osteoporose em relação aos anos de estudo foi de 10,06% na

população com igual ou menor a 3 anos de estudo, com diferença estatisticamente

significativa (Tabela 17).

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Tabela 17 – Prevalência de Osteoporose segundo características sociodemográficas, Cuiabá-MT, 2008.

OSTEOPOROSE Sim

VARIÁVEIS n/Total* %** IC (95%) p-valor***

Sexo Masculino 15/803 2,30 0,97 5,36 Feminino 111/1203 5,86 4,60 7,45 0,031

Faixa etária (anos) 25 a 34 1/416 1,67 0,24 10,84 35 a 44 2/460 0,89 0,21 3,69 45 a 54 22/385 4,74 2,87 7,72 55 a 64 45/243 17,76 12,77 24,16 65 e mais 56/207 27,83 20,77 36,19 <0,001

Raça/cor Branca 41/700 4,66 3,20 6,74 Negra 1/117 0,32 0,04 2,28 Parda 81/1163 4,21 2,84 6,20 0,224

Estado civil Solteiro 13/639 2,35 0,80 6,68 Casado 59/1082 3,68 2,70 5,01 Viúvo 37/148 24,78 17,03 34,58 Separado 17/137 8,70 4,96 14,84 <0,001 Anos de estudo ≤ 3 anos 23/137 10,06 6,00 16,36 4 a 7 anos 38/271 6,94 3,94 11,96 8 a 10 anos 17/265 2,82 1,49 5,26 10 a 14 anos 27/807 1,35 0,83 2,20 ≥ 15 anos 18/520 2,38 1,36 4,12 <0,001 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população com osteoporose; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

A prevalência de osteoporose entre as pessoas que apresentaram excesso de

peso foi de 3,72% e naquelas que estão obesas foi de 5,94%. Quando comparadas com

aquelas pessoas que não possuíam excesso de peso ou obesidade, respectivamente,

não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (Tabela 18).

Ao analisar a Tabela 19 nota-se que a prevalência da osteoporose segundo as

variáveis relativas ao consumo de bebida alcoólica (sim/não) e hábito tabágico não

apresentaram diferenças estatisticamente significativas (p>0,05).

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Tabela 18 – Prevalência de osteoporose segundo excesso de peso e obesidade, Cuiabá MT, 2008.

OSTEOPOROSE Sim VARIÁVEIS n/Total* %** IC (95%) p-valor*** Excesso de peso Sim 56/918 3,72 2,71 5,08 Não 47/952 3,78 2,13 6,63 0,957 Obesidade Sim 24/288 5,94 3,66 9,51 Não 79/1582 3,39 2,25 5,07 0,077 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população com osteoporose; *** Teste de associação pelo Quadrado de Pearson (Rao-Scott).

Tabela 19 – Prevalência de osteoporose segundo consumo, frequência de consumo de álcool e tabagismo, Cuiabá-MT, 2008.

OSTEOPOROSE Sim

VARIÁVEIS n/Total* %** IC95% p-valor*** Consumo de álcool Sim 22/746 2,82 1,20 6,48 Não 104/1260 5,01 3,91 6,40 0,192 Frequência consumo de álcool/semana

1 a 2 dias 10/415 3,43 1,06 10,52 3 a 4 dias 1/64 0,29 0,04 2,14 5 a 6 dias 1/15 1,61 0,21 11,40 Todos dias 2/43 3,95 0,81 17,10 <1 x dia/sem 4/72 3,24 1,00 9,96 <1 x dia/mês 4/137 1,82 0,58 5,54 0,545 Fumantes Sim 14/237 3,93 1,98 7,66 Não 112/1769 4,20 3,07 5,72 0,860 Fumantes passivos Sim 29/658 3,45 1,65 7,08 Não 97/1348 4,58 3,54 5,91 0,470 Ex-fumantes Sim 36/442 4,79 3,17 7,17 Não 76/1327 3,96 2,60 6,00 0,528 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população com osteoporose; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

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Na Tabela 20, verifica-se que houve associação estatística significativa entre

osteoporose e a prática de atividade física (p=0,037). A prevalência de osteoporose foi

estatisticamente maior naqueles que referiram a prática, ginástica e hidroginástica

12,75%.

Tabela 20 – Prevalência de Osteoporose segundo características de atividades físicas e hábito de assistir TV, Cuiabá-MT, 2008.

OSTEOPOROSE Sim

VARIÁVEL n/Total* %** IC95% p-valor***

Atividade física Sim 49/924 2,94 2,06 4,18 Não 77/1082 5,07 3,46 7,36 0,037 Tipo de atividade física Caminhada/corrida 35/525 4,34 2,86 6,53 Musculação 1/87 0,22 0,03 1,56 Ginástica/hidro 10/77 12,75 6,09 24,79 Bicicleta 2/29 1,23 0,28 5,21 Outros 1/69 0,80 0,11 5,66 <0,001 Assiste TV diariamente Sim 106/1520 4,70 3,39 6,49 Não 20/486 2,69 1,57 4,58 0,076 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população de osteoporose; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

Observou-se associação estatisticamente significativa entre osteoporose e

avaliação subjetiva da saúde. As prevalências de osteoporose variaram entre 10,51%,

entre aqueles que se consideravam com saúde ruim, e 0,93% naqueles com saúde

muito boa, como mostra a Tabela 21.

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Tabela 21 – Prevalência de Osteoporose segundo autoavaliação do estado de saúde, Cuiabá-MT, 2008.

OSTEOPOROSE Sim Avaliação de

saúde n/Total* %** IC95% p-valor*** Muito bom 6/385 0,93 0,33 2,61 Bom 44/948 3,43 1,89 6,13 Regular 57/571 6,23 4,48 8,63 Ruim 16/75 10,51 5,69 18,62 Muito ruim 1/20 1,65 0,21 11,73 <0,001 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população de osteoporose; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

7.2.3 Asma/bronquite

As prevalências de asma/bronquite segundo as variáveis sociodemográficas

dos indivíduos não foram estatisticamente diferentes. As prevalências foram de 9,98%

nas mulheres, de 11,12% nas pessoas com idade entre 18 a 24 anos, de 4,66% nas da

raça/cor branca e 9,05% nos solteiros, em orientais e índios não houve asmáticos.

Quando observado os anos de estudos, a prevalência de asma/bronquite foi de 12,12%

entre aqueles com 3 ou menos anos de estudos e de 10,38% entre os indivíduos com

10 a 14 anos de estudos (p>0,05) (Tabela 22).

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Tabela 22 – Prevalência de asma/bronquite, segundo características sociodemográficas, Cuiabá-MT, 2008.

ASMA/BRONQUITE Sim

VARIÁVEIS n/Total* %** IC95% p-valor***

Sexo Masculino 69/804 7,26 5,46 9,58 Feminino 111/1206 9,99 7,76 12,76 0,094

Faixa etária (anos) 18 a 24 36/294 9,61 6,47 14,05 25 a 34 36/417 6,64 4,02 10,76 35 a 44 47/460 11,12 7,87 15,47 45 a 54 31/385 8,75 5,91 12,77 55 a 64 12/245 5,29 2,83 9,65 65 e mais 16/209 9,14 4,86 16,52 0,300

Raça/cor Branca 41/700 4,66 3,20 6,74 Negra 1/117 0,32 0,04 2,28 Parda 81/1163 4,21 2,84 6,20 0,224

Estado civil Solteiro 65/638 9,05 6,71 12,11 Casado 93/1086 8,90 6,84 11,50 Viúvo 15/148 8,16 4,38 14,68 Separado 7/138 2,76 1,21 6,18 0,267

Anos de estudo ≤ 3 anos 15/138 12,12 6,30 22,04 4 a 7 anos 17/272 6,14 3,49 10,58 8 a 10 anos 26/266 7,92 4,95 12,44 10 a 14 anos 83/808 10,38 8,09 13,22 ≥ 15 anos 39/520 8,61 6,18 11,86 0,278 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população com asma/bronquite; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

Levando em consideração o excesso de peso e a obesidade a prevalência de

indivíduos com asma/bronquite é de aproximadamente 10,00% para os indivíduos que

apresentaram excesso de peso e 9,13% para indivíduos obesos (p>0,05) como pode ser

observado na Tabela 23.

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Tabela 23 – Prevalência asma/bronquite, segundo variáveis excesso de peso e obesidade, Cuiabá MT, 2008. ASMA/BRONQUITE

Sim VARIÁVEIS

n/Total* %** IC (95%) p-valor*** Excesso de peso Sim 84/954 9,78 7,39 12,83 Não 85/920 8,35 6,36 10,87 0,420 Obesidade Sim 28/288 9,13 5,82 14,04 Não 141/1586 9,02 7,28 11,14 0,962 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população com asma/bronquite; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

Ao analisar a prevalência de asma/bronquite associada ao consumo de bebida

alcoólica, verificou-se que a prevalência entre os que consomem bebida alcoólica foi

de 8,26% e entre aqueles que consomem com frequência de 5 a 6 dias semanais foi de

12,69%. Não houve significância estatística para as variáveis analisadas (p>0,05)

(Tabela 24).

A prevalência de asma/bronquite não esteve estatisticamente associada ao

tabagismo, como pode ser visto na Tabela 24.

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Tabela 24 – Prevalência de asma/bronquite, segundo consumo e frequência de bebida alcoólica e tabagismo, Cuiabá-MT, 2008.

ASMA/BRONQUITE Sim

VARIÁVEIS n/Total* %** IC95% p-valor***

Consumo de álcool Sim 72/747 8,26 6,10 11,09 Não 108/1263 8,95 7,02 11,35 0,681 Frequência consumo de álcool/semana

1 a 2 dias 35/415 8,02 5,17 12,23 3 a 4 dias 9/64 9,85 4,41 20,56 5 a 6 dias 1/15 12,69 1,80 53,49 Todos dias 6/44 7,85 2,96 19,19 <1 x dia/sem 11/72 9,85 4,98 18,55 <1 x dia/mês 10/137 6,91 3,12 14,61 0,955 Fumantes Sim 25/238 8,13 4,68 13,73 Não 155/1772 8,77 7,16 10,69 0,796 Fumantes passivos Sim 74/661 10,42 7,79 13,80 Não 106/1349 7,65 5,96 9,77 0,110 Ex-fumantes Sim 38/444 7,65 5,01 11,51 Não 117/1328 9,02 7,30 11,10 0,486 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população com asma/bronquite; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

A prevalência de asma/bronquite entre os praticantes de atividade física foi de

8,60%, não sendo encontrada associação entre a prática de atividade física e a doença

(p=0,936). Em relação a modalidade de atividade física praticada, observa-se maior

prevalência de asma entre os que referiram musculação (21,34% com p<0,05). Entre

os asmáticos não foi verificada a prática de ciclismo como mostra a Tabela 25.

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Tabela 25 – Prevalência de asma/bronquite, segundo atividade, modalidade de atividade física e hábito de assistir TV, Cuiabá-MT, 2008.

ASMA/BRONQUITE Sim

VARIÁVEL n/Total* %** IC95% p-valor***

Atividade física Sim 72/923 8,60 6,48 11,34 Não 108/1087 8,74 6,77 11,21 0,936 Tipo de atividade física Caminhada/corrida 37/525 8,31 5,67 12,01 Futebol 16/136 7,73 4,32 13,44 Musculação 9/87 21,34 10,42 38,76 Ginástica/hidro 5/77 4,34 1,57 11,41 Outros 5/69 7,73 2,47 21,71 0,044 Assiste TV diariamente Sim 130/1522 8,75 6,99 10,90 Não 50/488 8,50 5,96 11,99 0,892 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população com asma/bronquite; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

Na associação entre a asma/bronquite com a autoavaliação de saúde verificou-

se que as prevalências foram semelhantes e não apresentaram significância estatística

(Tabela 26).

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Tabela 26 – Prevalência de asma/bronquite segundo de autoavaliação do estado de saúde, Cuiabá-MT, 2008.

ASMA/BRONQUITE Sim Avaliação de

saúde n/Total* %** IC(95%) p-valor*** Muito bom 27/385 5,96 3,69 9,51 Bom 81/949 8,40 6,37 11,01 Regular 58/575 9,66 6,85 13,45 Ruim 9/74 12,55 5,49 26,16 Muito ruim 4/20 26,39 7,57 61,08 0,131 Notas: IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população com asma/bronquite; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

7.3 PREVALÊNCIAS E ASSOCIAÇÕES ENTRE AS DCNT

A prevalência de diabetes entre os indivíduos hipertensos foi de 12,68%, e a

prevalência de osteoporose nestes mesmos indivíduos foi de 9,38%, ambos com

diferença estatisticamente significativa (p<0,001) em relação às prevalências no grupo

de não hipertensos. No entanto, a prevalência de asma/bronquite é semelhante,

independentemente da presença da hipertensão (p=0,579), como pode ser visto na

Tabela 27.

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Tabela 27 – Prevalência de Diabetes/ Osteoporose/ Asma/bronquite nos hipertensos, Cuiabá-MT, 2008.

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Sim

DCNT n/Total* %** IC95% p-valor***

Diabetes Mellitus Sim 84/121 12,68 9,78 16,27 Não 489/1889 87,32 83,73 90,22 <0,001 Osteoporose Sim 74/126 9,38 7,13 12,25 Não 495/1879 90,62 87,75 92,87 <0,001 Asma/Bronquite Sim 49/180 9,47 6,77 13,11 Não 523/1829 90,53 86,89 93,23 0,579 Notas:IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população com HAS e demais morbidades; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

Na tabela 28 foi verificada maior prevalência de hipertensão entre os

diabéticos (67,95%) que entre aqueles que não possuem diabetes (20,28%). A mesma

relação se verificou para a osteoporose, a prevalência desta doença também foi maior

(p=0,006) no grupo dos diabéticos (9,80%). No entanto, não houve diferença na

prevalência de asma/bronquite entre aqueles que referiram ter ou não diabetes

(p=0,927).

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Tabela 28 – Prevalência de Hipertensão/ Osteoporose/ Asma/bronquite nos diabéticos, Cuiabá-MT, 2008.

DIABETES MELLITUS Sim

DCNT n/Total* %** IC95% p-valor***

HAS Sim 84/573 67,95 55,77 78,10 Não 37/1437 32,05 21,90 44,23 <0,001 Osteoporose Sim 16/126 9,80 5,37 17,20 Não 104/1878 90,20 82,80 94,62 0,006 Asma/Bronquite Sim 10/180 8,96 4,51 17,02 Não 111/1828 91,04 82,98 95,49 0,927 Notas:IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população com DM e demais morbidades; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

Ao analisar a Tabela 29, é possível observar que entre os indivíduos que

possuem osteoporose, a prevalência de hipertensão foi de 49,88% e de diabetes foi de

9,72%. Já a prevalência de asma não apresentou diferença estatisticamente

significativa (p=0,703).

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Tabela 29 – Prevalência de Hipertensão/ Diabetes/ Asma/bronquite em indivíduos com Osteoporose, Cuiabá-MT, 2008.

OSTEOPOROSE Sim DCNT n/Total* %** IC95% p-valor*** HAS Sim 74/569 49,88 35,87 63,90 Não 52/1436 50,12 36,10 64,13 <0,001 Diabetes Mellitus Sim 16/120 9,72 5,19 17,48 Não 110/1884 90,28 82,52 94,81 0,006 Asma/Bronquite Sim 13/180 9,87 5,06 18,39 Não 113/1824 90,13 81,61 94,94 0,703 Notas:IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população com osteoporose e demais morbidades; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

Na verificação da associação entre asma/bronquite e as demais doenças

crônicas analisadas não foram observadas diferenças estatisticamente significativas

nas prevalências de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e osteoporose

entre aqueles que possuíam ou não asma/bronquite (Tabela 30).

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Tabela 30 – Prevalência de Hipertensão/ Diabetes/ Osteoporose nos asmáticos, Cuiabá-MT, 2008.

ASMA/BRONQUITE Sim

DCNT n/total* %** IC95% p-valor***

HAS Sim 49/572 24,24 17,47 32,59 Não 131/1437 75,76 67,41 82,53 0,579 Diabetes Mellitus Sim 10/121 4,29 2,13 8,43 Não 170/1887 95,71 91,57 97,87 0,927 Osteoporose Sim 13/126 4,73 2,45 8,92 Não 167/1878 95,27 91,08 97,55 0,703 Notas:IC - Intervalo com 95% de confiança; *População estudada; **Ajustada para “representar” a porcentagem da população com asma/bronquite e demais morbidades; *** Teste de associação pelo Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott).

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DISCUSSÃO

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7 DISCUSSÃO

O presente estudo estimou a prevalência das Doenças Crônicas Não

Transmissíveis DCNT - hipertensão arterial, diabetes mellitus, osteoporose e

asma/bronquite. Trata-se de um estudo de corte transversal, de base populacional, com

dados secundários, onde se observou prevalência de hipertensão arterial sistêmica de

22,25% entre os adultos e idosos residentes em Cuiabá, Mato Grosso - com

prevalência maior para o sexo feminino contrapondo alguns dos estudos já existentes

(JARDIM et al., 2007; NASCENTE et al., 2009 e OLIVEIRA et al., 2013) e

corroborando com Rosário et al., (2009) e Francisco et al., (2011). Ao comparar o

sexo, os homens apresentaram 2,38 vezes mais chances de desenvolver hipertensão

arterial sistêmica em adultos até 60 anos na cidade de Curitiba/PR (ULBRICH et al.,

2012), em estudo de Muniz et al. (2012) mostraram uma crescente tendência entre

homens.

Considerando o aumento significativo na população de idosos e sendo essa a

fase de maior frequência de acometimento das doenças crônicas não transmissíveis,

Lebrão e Laurenti (2005) em seus achados descreveram que a doença crônica mais

frequente é a hipertensão arterial sistêmica com prevalência muito elevada (52,80%)

no município de São Paulo. Um outro estudo realizado também em São Paulo –

capital, mostrou prevalência de hipertensos de 46,90% em população idosa, com

prevalência maior entre as mulheres. Em Campinas – SP, a prevalência de hipertensão

foi de 22,30% em população de igual ou maior a 18 anos, apontou maior prevalência

entre o sexo feminino (24,10%), em idosos (60 anos e mais) a prevalência de foi de

54,80% e de 17,20% em indivíduos de 18 a 59 anos (FRANCISCO et al., (2011). A

raça/cor que mais sofre com a hipertensão é a não branca segundo Mendes et al.

(2013), assim como em Moreira et al. (2013), concordando com o estudo presente,

onde há predomínio de hipertensos na raça/cor negra.

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Estudo de hipertensão realizado em Cuiabá em pessoas com idade igual ou

maiores a 18 anos, por Cassanelli (2005), apresentou prevalência de 33,40%. Em

Nobres - cidade de pequeno porte do Estado de Mato Grosso – a prevalência foi de

30,10% em população acima de 18 anos com predomínio de hipertensão arterial

sistêmica nas mulheres, embora não significativo. O estudo também mostrou maior

prevalência em indivíduos com idade superior a 60 anos. Em estudo realizado também

em Nobres/MT pelos mesmos autores, onde foram trabalhados os fatores associados à

hipertensão, não se observou diferença significativa quanto ao sexo (ROSARIO et al.,

2009), assim como em estudo realizado na população adulta de Cuiabá/MT por

Araújo (2003). Em outro estudo realizado na cidade de Sinop/MT, Martins et al.

(2010) observaram a prevalência de hipertensão de 23,20% na população adulta, com

predomínio no sexo masculino e aumento da prevalência com o aumento da idade, os

autores não encontraram associação de hipertensão, com raça/cor. Esperandio et al.

(2013) apresentaram elevada prevalência de indivíduos idosos com hipertensão

(67,40%) de 4 municípios da Amazônia Legal.

Na cidade de Goiânia, Jardim et al. (2007) encontraram alta prevalência de

hipertensão arterial sistêmica entre os maiores de 18 anos (36,40%), e observaram que

a população masculina possui maior prevalência quando comparada à feminina e

também com o aumento da idade. No interior de Goiás em uma cidade de pequeno

porte, Nascente et al. (2009) verificaram prevalência de hipertensão arterial de 32,70%

na população entre 18 e 78 anos de idade, com maior tendência em homens e aumento

da prevalência com o aumento da idade.

Observou-se que na medida em que aumenta a faixa etária a prevalência de

hipertensão se eleva, acordando com diversos estudos sobre prevalência de

hipertensão arterial sistêmica (NASCENTE et al., 2009; ROSÁRIO et al., 2009;

MARTINS et al., 2010, BARROS et al., 2011, FRANCISCO et al., 2011, OLIVEIRA

et al., 2013 e OLIVEIRA et al., 2014).

Estudo de Moreira et al. (2013) em ambientes urbano e rural do Brasil

mostraram prevalência de hipertensão arterial sistêmica de 20,90% em população de

20 anos e mais, aumentando na medida em que a idade aumenta, sendo a prevalência

maior no sexo feminino.

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No município de Porto Velho em Rondônia, Oliveira et al. (2013) observaram

a prevalência de hipertensão arterial sistêmica de 25,70% em maiores de 16 anos de

idade, com predominância do sexo masculino e tendência crescente ao longo das

faixas etárias.

A ocorrência de hipertensão ao considerar a situação conjugal prevalece entre

viúvos, acordando com Mendes et al. (2013) em estudo realizado com a população

idosa em São Paulo, fato esse justificado por Dupre et al. (2009) que retrata a

instabilidade conjugal como fator que interfere na qualidade de vida, podendo

desestabilizar o emocional e acarretar o adoecimento com cronicidade precoce e levar

até morte. Porém, os estudos de Rosário et al. (2009) e Weissheimer (2011), diferem

contrapondo ao estudo presente quando não encontraram associações significativas

para o estado conjugal, ambos realizados no Estado de Mato Grosso.

Assim, como em outros estudos (NASCENTE et al., 2009; ROSÁRIO et al.,

2009; MARTINS et al., 2010; BARROS et al., 2011; FRANCISCO et al., 2011,

MALTA et al., 2012; MOREIRA et al., 2013; OLIVEIRA et al., 2013), foi observado

que a escolaridade apresentou associação inversa à hipertensão arterial sistêmica,

quanto menor a escolaridade, maior a prevalência de hipertensão arterial sistêmica.

Em pesquisa com idosos foi observado que aqueles sem escolaridade tinham menor

controle da pressão arterial quando comparados aos idosos que tinham mais estudo

(ESPERANDIO, 2012).

No presente trabalho houve uma associação entre hipertensão arterial

sistêmica, excesso de peso e obesidade, bem como no estudo apresentado por

Nascente et al. (2009), que mostra uma associação entre hipertensão arterial e índice

de massa corporal, apresentando prevalência de hipertensão arterial sistêmica alta

(36,50%) em indivíduos com excesso de peso e de 54,50% nos obesos. Da mesma

forma, Jardim et al. (2007), em população adulta (maiores de 18 anos de idade),

encontraram associação de sobrepeso e obesidade com a prevalência de hipertensão.

Esperandio (2012) em estudo com idosos encontrou associação entre hipertensão e

obesidade e Rosário et al. (2009) também descreve que a prevalência de hipertensão é

maior em pessoas com excesso de peso. Excesso de peso e elevados níveis de

triglicerídeos e de glicemia também sugeriram maior prevalência de hipertensão no

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estudo de Oliveira et al. (2013). Ainda, Muraro et al. (2013) também encontraram

associação entre excesso de peso e prevalência de hipertensão arterial sistêmica.

Em São Paulo a comorbidade de maior prevalência para as doenças crônicas

foi a obesidade, e dentre as DCNT a de maior prevalência é a hipertensão arterial

sistêmica (CARVALHO et al., 2012). Um estudo recente com a população adulta de

Alta Floresta –MT aponta a obesidade como um fator de risco de maior prevalência na

faixa etária mais elevada, de acordo com os achados do presente estudo (OLIVEIRA

et al., 2014).

O excesso de peso e principalmente a obesidade, podem ser considerados

fatores predisponentes para o desenvolvimento da hipertensão arterial, sendo

responsávéis por até 30% dos hipertensos (SBH, 2010), Fontbonne et al. (2013), em

estudo no Estado de Pernambuco, descrevem que o sobrepeso e a obesidade são

geralmente mais prevalentes nas mulheres e que aumentam a prevalência da

hipertensão arterial e do diabetes na população de idade média de 60 anos.

Neste estudo, a prevalência de hipertensão arterial não indicou diferenças

estatisticamente significativas entre os consumidores de bebida alcoólica, achados

corroborados por Weissheimer (2011) e Araújo (2003). Porém, apresentou uma

associação importante entre tabagismo e hipertensão arterial sistêmica, esta foi mais

alta em ex-fumantes, assim como foi evidenciada nos estudos de Costa et al. (2007),

Esperandio (2012) e Moreira et al. (2013), fato este que é justificado por Martins et al.

(2010) como consequência da causalidade reversa, ou seja, provavelmente, indivíduos

hipertensos são orientados a deixar o hábito de fumar. Estudo como o de Rosário et al.

(2009) e de Weissheimer (2011) não apresentaram associação entre tabagismo com a

hipertensão arterial sistêmica.

A prevalência de hipertensão entre os praticantes de atividade física não

diferiu estatisticamente daqueles que não praticam. A prevalência de hipertensão

arterial sistêmica foi maior para as pessoas que assistem televisão diariamente,

podendo ter uma relação com o sedentarismo, uma vez que Rosário et al. (2009)

aponta a existência de associação entre o sedentarismo e a hipertensão em estudo

realizado em Nobres/MT. O conhecimento dos benefícios da atividade física na

prevenção e controle da hipertensão arterial sistêmica, assim como no diabetes

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mellitus, está associado ao elevado nível econômico, indicando estreitamento entre

atividade física e saúde entre a classe social mais favorecida (KNUTH et al., 2009).

Neste mesmo estudo as mulheres apresentam maior conhecimento sobre a função do

exercício físico na prevenção e tratamento dessas morbidades, evento que segundo os

autores é explicado em função do maior acesso e frequência aos serviços de saúde.

Consequentemente recebem mais informações, teoria que é reforçada por Fontbonne

et al. (2013) que retrataram maior frequência do uso dos serviços médicos.

O presente estudo observou também prevalência de 4,15% de diabetes

mellitus. Lebrão e Laurenti (2005) encontraram prevalência de 17,90% de diabéticos

em população de 60 anos e mais no município de São Paulo. Em Bambuí – MG,

Passos et al. (2005) apresentaram uma prevalência de diabetes em idosos de 14,59% e

para a população adulta foi de 2,33%. Nos estudos de Costa et al. (2006) observaram

uma prevalência de 7,10% na população adulta (20 a 69 anos) de Pelotas e Fidelis et

al. (2009) identificaram prevalência de 5,90% para população com idade a partir de

seis anos, em um município de Minas Gerais, A prevalência destes se assemelhou ao

estudo presente devido a proximidade dos valores das prevalências. Francisco et al.

(2010) encontraram prevalência estimada em 15,40% em idosos com 60 anos ou mais

residentes em municípios do Estado de São Paulo. Lyra et al. (2010) em um estudo

com a população adulta no sertão de Pernambuco, apresentaram prevalência de

diabetes mellitus de 13,60%, sendo mais elevada entre o gênero feminino, assim como

em estudo realizado em Teixeiras/MG que também encontraram maior prevalência

entre as mulheres (FIDELIS et al., 2009). A prevalência de diabetes foi de 6,00% em

população adulta (18 anos e mais) e acontece mais entre o sexo feminino em

residentes de Campinas (FRANCISCO et al., 2011).

Ao associar o diabetes mellitus com as características demográficas observou-

se que a prevalência de diabetes foi proporcionalmente maior no sexo masculino,

acometendo mais pessoas de raça/cor negra, separados, das quais apenas a situação

conjugal apresentou significância estatística.

Este e outros estudos mostraram que a prevalência de diabetes aumenta

progressivamente com a idade, alguns estudos têm observado que há uma relação

inversa após os 80 anos, com uma tendência a diminuir a prevalência de diabetes

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mellitus (LEBRÃO e LAURENTI (2005); FIDELIS et al., 2009; FRANCISCO et al.,

2010, FRANCISCO et al., 2011; MENDES et al., 2011), fato esse que para Lima-

Costa et al., (2003) se justifica pelo viés de sobrevivência.

Quanto à situação conjugal a prevalência de diabetes mellitus foi maior para os

indivíduos separados e viúvos (7,35% e 7,20%) respectivamente. Mendes et al. (2011)

encontraram elevada prevalência de diabéticos (24,23%) entre os viúvos e menor

prevalência entre os solteiros. Os viúvos apresentaram prevalência 60,00% maior

quando comparados aos casados, assim como apresentou o presente estudo.

A escolaridade não apresentou associação estatisticamente significativa com a

doença, embora com maior proporção entre as pessoas com menor escolaridade.

Estudo realizado por Lyra et al. (2010) verificaram que, entre os diabéticos, o grau de

escolaridade era baixa ou inexistente (analfabeto). Mendes et al. (2011) também

descreveram que a prevalência de diabetes é maior entre idosos com menor

escolaridade. A prevalência de diabetes é de 4,20% para indivíduos adultos com

menor escolaridade (FRANCISCO et al., (2011). A escolaridade em portadores de

diabetes também tem influência quanto à adesão ao tratamento farmacológico ou não.

Fatores socioeconômicos, informações e conhecimento a respeito da doença levam as

pessoas a uma maior adesão à terapia medicamentosa, além de fazer com que elas

gerenciem melhor sua doença (SOUZA et al., 2012 e GRILLO et al., 2013).

Para as variáveis excesso de peso e obesidade observou-se diferença estatística

significativa contribuindo para o aumento da prevalência de diabetes mellitus. A

prevalência de sobrepeso e obesidade em diabéticos e hipertensos com mais de 20

anos de idade, (idade média de 60 anos), foi extremamente elevada (FONTBONNE et

al., 2013). A obesidade é tida como o estado mais grave do excesso de peso e é uma

das doenças que integram o grupo de doenças e agravos não transmissíveis (LINO et

al., 2011).

Francisco et al. (2010), utilizaram o índice de massa corporal para a avaliação

da obesidade e observaram associação significante com o diabetes. Estudo realizado

por Treviño et al. (2011) corroboram com os tais achados.

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A prevalência de diabetes de mellitus foi mais alta entre os indivíduos que

consomem bebida alcoólica diariamente quando comparada aos que não consomem

diariamente. Em relação ao tabagismo, a prevalência é mais relevante entre os ex-

fumantes, porém, ambas sem diferenças estatísticas, resultado que apresenta em

concordância com pesquisa realizada em idosos em São Paulo (MENDES et al.,

2011). O consumo de bebida alcoólica apresentou-se diferente do estudo de Mendes et

al. (2011), onde a prevalência de diabéticos é maior entre os indivíduos que não

consomem bebida alcoólica e/ou nunca consumiram. Fontbonne et al. (2013)

relataram prevalência de 13,00% dos indivíduos hipertensos e diabéticos tabagistas.

Ao observar a prática de atividade física notou-se que a modalidade da

atividade tem significância estatística na prevalência de diabetes mellitus, sendo que

as mais praticadas foram ginástica/hidroginástica e caminhada/corrida. Fontbonne et

al. (2013) apresentaram a inatividade física com percentual aproximado de 70,00% do

total da amostra de 35 municípios do Estado de Pernambuco, sendo que em

municípios de grande porte essa percentagem cai por volta de 64,00%, índice muito

elevado. O exercício físico pode oferecer benefícios para o controle dos níveis

glicêmicos, assim como no controle metabólico e tratamento da doença (FIDELIS et

al., 2009), além de ser uma estratégia para a prevenção da mesma (CDC, 2013).

A prática do exercício física proporciona benefícios, influenciam diretamente à

população diabética, pois além de atuar na prevenção e redução da obesidade reagem

na geração de anti-oxidantes fisiológicos aumentando a sensibilidade das células,

impactando positivamente a saúde dos diabéticos, e dos indivíduos pré-diabéticos e

com resistência à insulina (VENKATASAMY et al., 2013).

O conhecimento sobre o papel da atividade física é maior quando referido ao

tratamento em comparação à prevenção (KNUTH et al., 2009). O sedentarismo

apresenta custos mais elevados para os serviços de saúde, além de, levar os diabéticos

tipo 2 a maior consumo de medicamentos para controle da doença (CODOGNO et al.,

2012).

A prevalência de diabetes mellitus e a autoavaliação de saúde apresentou uma

relação direta: quanto pior a avaliação do estado de saúde, maior a prevalência da

doença. Entre os idosos diabéticos que participaram da pesquisa de Mendes et al.

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(2011),na comparação entre aqueles que consideram seu estado de saúde “ruim/muito

ruim” a razão de prevalência foi de 4,39 vezes e daqueles que consideram a saúde em

“ótimo/excelente”. Em contra partida, no estudo de Francisco et al. (2010), 72,20%

dos idosos diabéticos consideraram seu estado de saúde entre excelente e bom, não

relatando complicações decorrentes da doença. No estudo de Mendes et al., 30,21%

dos idosos diabéticos em São Paulo avaliaram sua saúde como ruim, muito/ruim.

Ao analisar a osteoporose, neste estudo verificou-se prevalência de 4,16% com

predominância do sexo feminino, na população de idade igual ou superior a 65 anos,

nos indivíduos que referiram raça/cor branca e nos viúvos, com dados estatisticamente

significativos, provavelmente devido a idade média das pessoas nessa categoria.

Frazão (2006), descreve que a taxa de prevalência de osteoporose apresenta

grande variação, com valores de 0,40% em mulheres com pré menopausa até 40,00%

nas mulheres com 70 anos ou mais e mesmo sendo a osteoporose a doença

osteometabólica mais comum, há poucos estudos sobre sua prevalência. Bandeira e

Carvalho (2007) relataram que a osteoporose tem alta prevalência em nosso país, e

que os dados na literatura ainda são limitados, além de escassos e conflitantes. Em

seus estudos observaram prevalência de 28,80% na coluna lombar e 18,80% no colo

do fêmur em mulheres pós menopausa e notaram que a prevalência de osteoporose se

eleva com a idade. Em estudo apresentado por Martini et al. (2009), 4,40%

autorreferiram presença de osteoporose, podendo este.valor estar subestimado, pois a

prevalência é aproximada por ser baseada em relato de diagnóstico médico, o que

representa mais o acesso aos serviços de saúde do que a prevalência real da

osteoporose . No Brazilian Osteoporosis Study – BRAZOS - de Pinheiro et al. (2010)

foi observada prevalência de 6,00% na população brasileira. Indivíduos maiores de 40

anos referiram ter diagnóstico médico de osteoporose, e os autores relatam que sua

prevalência ainda não está muito bem analisada, embora os fatores de risco já estejam

bem determinados. Francisco et al., (2011) apresentaram prevalência de osteoporose

em adultos de 18 anos e mais de 3,80% e observaram maior importância da doença

entre o sexo feminino e nas faixas etárias mais avançadas.

Um fato relevante a ser considerado para diagnóstico de osteoporose e,

consequentemente para prevalência da mesma, são as quedas, que frequentemente

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ocorrem entre os idosos e que geralmente têm como consequência as fraturas que

podem ocasionar complicações serias a esses idosos.

Estudos mostraram que a osteoporose tem como principal consequência, as

fraturas por fragilidade óssea, dando a ela alta prevalência associada à incapacidades

físicas podendo ocasionar até a morte. Durante o primeiro ano da queda com fraturas,

os pacientes morrem geralmente devido a complicações decorrentes do evento

(PINHEIRO e EIS, 2010).

No que se refere à escolaridade o presente estudo apresentou uma prevalência

maior para quem tem baixa escolaridade, acordando com Bandeira e Carvalho (2007),

Martini et al. (2009) e Francisco et al., (2011).

Foi observado neste estudo que a prevalência de osteoporose tende ser maior

entre os indivíduos que encontram-se obesos. Ao analisar o excesso de peso, a

prevalência apresenta maior tendência para aqueles indivíduos que não estão acima do

peso, quando comparada aos que estão com excesso de peso, embora, não tenha sido

estatisticamente significativo.

Há pesquisas que correlacionam o excesso de peso e a obesidade

positivamente na conservação da densidade mineral óssea, além de descreverem que a

perda rápida de peso, como em cirurgias bariátricas, pode levar a uma perda óssea

significativa, podendo atingir até 10,00% do colo do fêmur (PEREIRA et al., 2007).

Rosen e Bouxsein (2006) descreveram que existem condições clínicas em que o ganho

de peso ocorre concomitantemente à perda óssea mineral, para tanto, muito ainda se

tem que estudar a respeito de obesidade associada à osteoporose, pois, ainda não há

meios clínicos para distingui-las. Porém, a obesidade tem impactos negativos sobre a

população, acarretando problemas de saúde, psicológicos e afetando a qualidade de

vida de muitos pacientes (PAULA e ROSEN, 2010).

Os indivíduos que consumem bebida alcoólica diariamente tiveram maior

prevalência de osteoporose em relação àqueles que consomem com menor frequência.

Para os tabagistas a prevalência foi maior para os ex-fumantes. Estudo realizado por

Pinheiro et al. (2010) mostrou maior chance de fraturas por baixo impacto nas pessoas

que eram tabagistas.

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Àqueles indivíduos que não praticam atividade física apresentaram maior

prevalência de osteoporose. A prática à atividade física, segundo Dourador (1999),

deve ser estimulada e tem como principais benefícios: melhorar o desempenho físico e

o equilíbrio, evitando acidentes como quedas. A caminhada é fator de proteção no

risco de fraturas (BANDEIRA e CARVALHO, 2007; MARTINI et al., 2009).

Pinheiro et al. (2010) apontam o sedentarismo como fator de risco de fratura por

fragilidade óssea, identificado na população 76,00% de sedentarismo. Souza (2010)

relata que hábitos poucos saudáveis na infância e adolescência e o aumento absoluto e

relativo da população idosa têm elevado a incidência de osteoporose, assim como, de

fraturas decorrentes da osteoporose. Os exercícios com peso e os de velocidades são

eficazes para o ganho de massa óssea, além do ganho de massa muscular contribuindo

para melhor resposta neuromuscular, que consequentemente diminuem as quedas e

riscos de fraturas (SOUZA, 2010).

Ao estudar o estado de saúde destacou-se no geral, que, quanto maior a

prevalência de hipertensão, diabetes mellitus, osteoporose e asma/bronquite pior a

autoavaliação da saúde indicando que presença de doenças crônicas são fortes

preditoras da pior autoavaliação da saúde.

O estudo de Mendes et al., (2011) verificou razão de prevalência de 4,39, ou

seja, maior prevalência de diabéticos com pior avaliação subjetiva da saúde. Em

contra partida, no estudo de Francisco et al., (2011), 72,20% dos idosos diabéticos

consideraram seu estado de saúde entre excelente e bom, não relatando complicações

decorrentes da doença. A presença de incapacidade para as atividades básicas de vida

diária, baixa qualidade de vida, o analfabetismo, o aumento da idade e condição

econômica podem ser alguns dos fatores determinantes na auto avaliação de saúde

(LEBRÃO e LAURENTI, 2005).

Ao pesquisar a prevalência de asma/bronquite percebeu-se a pouca existência

de estudos sobre prevalência de asma em adultos no Brasil, o que é reafirmado por

Pizziquini, (2008) e Silva e Silva, (2013) que acrescentam também a escassez de

estudos referentes à mortalidade por asma. Os estudos que apresentam a prevalência

de asma, geralmente são estimados através de comparação entre os estudos pré-

existentes ou baseadas em registros, como por exemplo, dados de internações

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hospitalares por doenças do sistema respiratório (FIORI et al., 2012). Em sua maioria,

os estudos têm apresentado prevalência em populações infantis e adolescentes (MELO

et al., 2011). No Brasil, Ache et al. (2005) descreveram que a prevalência de asma

depende da região analisada, podendo apresentar dados muito distintos.

O presente estudo observou 8,68% de prevalência de asma/bronquite. Não

foram observadas diferenças estatisticamente significativas nas prevalências de

asma/Bronquite segundo as variáveis estudadas.

Em estudo realizado por Solé e Camilo-Nunes (2008) com objetivo de revisar

problema da asma e da rinite alérgica no Brasil, observaram que em pesquisas que

modificaram o questionário padrão para asma e acrescentaram bronquite como

sinônimo de asma, a prevalência desta enfermidade apresentou aumento significativo.

Vieira et al. (2008) encontraram prevalência de asma de 25,00% na população

adulta em três municípios de Minas Gerais, acordando com esta pesquisa Leal et al.

(2011), em estudo de revisão bibliográfico relataram que a asma é uma das doenças

crônicas que tem alta prevalência.

A prevalência de asma/bronquite na população adulta (18 anos e mais) de

Campinas foi de 3,30% (FRANCISCO et al., 2011).

Fiori et al. (2012) observaram um aumento de 32,20% na prevalência de asma

em adultos ao comparar dois estudos de base populacional no Sul do Brasil, e também

observaram maior prevalência em mulheres, pessoas com baixa renda familiar e

raça/cor não branca. Como também apresentaram Sousa et al. (2012), a razão de

prevalência de asma é duas vezes maior em indivíduos de cor preta e parda quando

comparados à cor branca, divergindo do estudo presente, que encontrou maior

frequência na raça branca, embora, não tenha tido significância estatística. Sousa et al.

(2012) ainda completam que diferenças biológicas podem ter papel importante na

ocorrência de asma e referem determinantes sobre a raça negra como: identidades,

acesso a recursos e aos serviços de saúde, que também podem elevar o risco de asma.

O estudo de Aranha et al. (2011) corrobora com o presente estudo ao apontar não

haver associação entre etnias e a doença respiratória.

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Nesta pesquisa a escolaridade não apresentou uma relação de tendência de que

quanto mais baixo o grau de escolaridade maior a prevalência de asma/bronquite ou

vice versa. Estudo como o de Ache et al. (2005) destaca que a baixa escolaridade dos

pais, assim como outros fatores, apresentam risco para desenvolvimento de asma, suas

complicações e hospitalizações em crianças e adolescentes, embora compopulação

diferente do presente estudo. Dalcin et al. (2011) em pesquisa com população de 14 e

mais anos de idade relataram que o nível educacional entre os participantes do estudo

por eles realizados era baixo, onde a maioria era da raça/cor branca, viviam em união

estável e possuía baixa renda. As intervenções educativas, embora escassas,

juntamente às orientações adequadas, além de capacitação dos profissionais da rede

básica, são fatores fundamentais que interferem no controle dos que desencadeiam as

crises asmáticas (VIEIRA et al., 2008; KUBO e NASCIMENTO et al., 2013).

Neste estudo as prevalências de asma/bronquite entre indivíduos com excesso

de peso/obesidade ou não, não foram estatisticamente significativos. Ressalta-se que

tanto o excesso de peso quanto a obesidade alteram a mecânica respiratória

diminuindo a capacidade funcional e aumentando o risco para o desenvolvimento de

refluxo gastresofágico, podendo agravar os sintomas da asma (PELEGRINO et al.,

2007). A obesidade é um fator que debilita a saúde física e psicológica do ser humano

e pode afetar a qualidade de vida (SILVA et al., 2006; GARCÍA-SANCHO et al.,

2012 e OLIVEIRA-CAMPOS et al., 2013).

No estudo de Camilo et al. (2010) foi retratado que houve aumento

significativo das prevalências de asma e obesidade nas últimas décadas e que a

associação entre ambas aumentaram o risco de desenvolver outras doenças crônicas

não transmissíveis. Segundo os mesmos autores supracitados há uma necessidade de

se conhecer melhor a influência da obesidade e sedentarismo na etiologia da asma,

entendendo que a obesidade por si não pode ser considerada como única responsável

pela etiologia e aumento da prevalência da asma. Há de se considerar outros fatores

como a genética, fatores ambientais, imunológicos dentre outros. Os mesmos sugerem

que futuros estudos deverão buscar respostas para a relação entre obesidade e asma. A

prevalência de asma encontrada em um grupo de adultos obesos no município de

Aracajú/SE foi de 18,50% com predomínio nas mulheres (MELO et al., 2011). Para

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Forte et al. (2013) não houve associação entre obesidade e controle de asma, no

entanto, Fiori et al. (2012) relataram que a obesidade é fator que contribui

positivamente para o controle de asma.

Não houve associação estatística entre consumo de bebida alcoólica,

tabagismo, prática de atividade física e aumento da prevalência de asma/bronquite.

A realização de atividade física pelos asmáticos é menor, com impacto na

qualidade de vida,, e tendem a praticar atividades leves como assistir televisão, usar

excessivamente computadores (CAMILO et al., 2010).

Em programa de exercício respiratório com população idosa de portadores de

asma, foram obtidos efeitos positivos com redução de sintomas e uso de

medicamentos. Os idosos apresentaram melhorias na qualidade de vida, nos limites

físicos, sociais e também econômicos, além de minimizar o absenteísmo, porém, após

determinado período (1 mês) de cessação do programa de exercícios respiratórios, os

pacientes apresentaram impactos negativos, concluindo que o estado clínico e

qualidade de vida podem estar relacionados ao estado físico do paciente (GOMIEIRO

et al., 2011).

Maiores exposições ao tabaco aumentam o número de hospitalizações e

mortalidade por asma (SOLÉ e CAMELO-NUNES, 2008). A exposição quando

intradomicialiar, como observada no estudo de Ache et al. (2005) é um fator de risco

para o desenvolvimento da asma, eleva a prevalência dos sintomas e aumenta a

gravidade dessa enfermidade. O tabaco interfere na relação direta do controle e agrava

os sintomas, faz com que os asmáticos façam maior uso de medicamentos, aumentem

as visitas aos serviços de emergências, além de levar a uma piora na qualidade de vida

(DIAS-JUNIOR et al., 2009). O tabagismo e obesidade tiveram associação com a

prevalência de asma (FIORI et al., 2012), sua cessação e redução da obesidade

contribuem para o controle da doença.

Em um estudo realizado em Porto Alegre com pacientes de quatorze anos ou

mais, mostrou que o conhecimento sobre a asma teve impacto positivo sobre o manejo

da mesma. Os pacientes que participaram da pesquisa aderiram melhor ao tratamento,

fizeram maior uso das medicações prescritas e reduziram o número de pacientes aos

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serviços de emergência (DALCIN et al., 2011). Pacientes portadores de asma que não

tem controle ou tem parcial controle sobre a doença, apresentaram impacto negativo

maior na saúde, assim como nas atividades diárias quando comparados aos pacientes

com asma controlada. Ainda, apresentam pior qualidade de vida e fazem mais uso dos

serviços de saúde (ANDRADE et al., 2010 e GAZZOTTI et al., 2013).

Considerando que esse estudo é oriundo de uma base de dados obtida por

inquérito telefônico, tem-se como principal limitação a não contemplação de toda

população, ou seja, a exclusão dos moradores de Cuiabá que não possuem linha

telefônica fixa. Uma outra limitação é por se tratar de um estudo de corte transversal,

o que não permite inferir relação de causalidade.

Para unidades da federação com taxas acima de 70% de cobertura de

domicílios com linha telefônica residencial tornam-se confiáveis para a realização das

entrevistas em inquéritos por amostragem (BERNAL E SILVA, 2009). No ano de

2010 a cobertura de telefone fixo em Cuiabá Foi de 46,70% (IBGE, 2010).

Ao comparar estimativas obtidas por inquérito domiciliar e telefônico

Francisco et al. (2013) mostraram que parte dos resultados globais foram semelhantes,

em geral as estimativas por inquérito telefônico convergiram para o mesmo sentido

das estimativas do inquérito domiciliar.

Apesar de suas limitações os estudos por inquérito telefônico têm-se revelado

fortes aliados para obter informações sobre o estudo de saúde da população, a baixo

custo-benefício, de maneira ágil quando comparados à inquérito domiciliar, além de

contribuir de forma efetiva nas ações de promoção e prevenção das DCNT.

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CONCLUSÕES

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9 CONCLUSÕES

A maioria da população é do sexo feminino, mais de 50,00% tem entre 18 a 34

anos, sendo maior parte da raça/cor parda e casados(as). Os homens apresentam-se

com prevalências mais elevadas de excesso de peso, obesidade; consomem mais

bebida alcoólica e com maior frequência e fazem maior uso do tabaco ou o fizeram.

As mulheres são mais sedentárias.

As prevalências das Doenças Crônicas estudadas foram próximas da literatura

e chama atenção a prevalência de hipertensão arterial sistêmica que foi bastante

elevada 22,25%, embora condizente aos outros estudos e ocorre com maior

prevalência no sexo feminino, na raça/cor negra, em viúvos com baixa escolaridade.

As variáveis atividade física, consumo e frequência de bebida alcoólica, tabagismo

não indicaram diferenças estatísticas significativas.

A prevalência de diabetes mellitus foi de 4,15%. Ocorre mais no sexo

masculino, tem prevalência aumentada entre os 45 a 64 anos de idade, acima de 65

anos há uma redução na prevalência de diabetes, acomete mais os indivíduos

separados e viúvos, com menor escolaridade. O excesso de peso e a obesidade

estiveram associados à prevalência de diabetes. A modalidade de atividade física

praticada e o hábito de assistir TV tem influência na prevalência de diabetes de

mellitus.

A prevalência de osteoporose foi de 4,16%, doença essa que apresentou maior

prevalência entre as mulheres, com baixa escolaridade, e elevada prevalência em

idosos acima de 65 anos de idade. As variáveis raça/cor, excesso de peso, obesidade,

consumo de bebida alcoólica e tabagismo, e o hábito de assistir TV, não apresentaram

diferenças estatísticas.

Observou-se prevalência de asma/bronquite de 8,68%. A asma/bronquite não

apresentou associação com escolaridade, porém, a baixa escolaridade aliada à falta de

conhecimentos sobre as DCNT possuem relações diretas para o aumento da

prevalência, bem como para o agravamento dessas doenças. As prevalências das

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doenças estudadas apresentaram mais elevadas para aqueles indivíduos com menor

escolaridade.

O sexo feminino apresenta predomínio na prevalência das DCNT. As DCNT

apresentaram uma relação direta com a idade e, quanto mais velho o indivíduo

geralmente maiores são as prevalências das DCNT, porém, para a asma/bronquite

foram observadas prevalências variadas entre as faixas etárias.

A prevalência de hipertensão arterial sistêmica e de diabetes mellitus é maior

na raça/cor negra, enquanto para a osteoporose e asma a prevalência foi maior na

branca.

Outro aspecto interessante encontrado foi em relação à situação conjugal, onde

foi observada maior frequência de DCNT em viúvos e separados, com exceção de

asma/bronquite que apresenta maior tendência para os solteiros, tal fato pode estar

relacionado aos hábitos característicos da idade que pode ser investigado em trabalhos

futuros.

O excesso de peso, obesidade e tipo de atividade física também se mostraram

como fatores modificáveis que aumentam a probabilidade de ocorrência das DCNT.

Uma observação importante foi que para a osteoporose o excesso de peso e a

obesidade se mostraram como fatores protetores, no entanto, deve-se ressaltar que

essas variáveis contribuem na ocorrência das quedas.

Bebida alcoólica e variáveis relacionadas ao tabagismo não mostraram

associações as DCNT, com exceção aos ex-fumantes em hipertensos.

Dentre as DCNT do estudo, a asma/bronquite apresentou peculiaridades que a

difere das demais, pois, apresentou associação com apenas duas variáveis de estudo,

além de não associar-se às outras DCNT.

Também é importante ressaltar que quanto maior a prevalência das DCNT pior

é a avaliação do estado de saúde. Este fato pode levar a conclusão de que as DCNT

têm influência na qualidade de vida das pessoas, além, de poder levar a uma reflexão a

respeito da insatisfação com a assistência na saúde.

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O presente estudo verificou que é muito elevada a prevalência de diabetes

mellitus e osteoporose entre os hipertensos. Dentre os diabéticos a prevalência de

hipertensos foi de 12,68% e 9,72% para os indivíduos que têm osteoporose. Para

aqueles que possuem osteoporose a prevalência de hipertensos e diabéticos foi de

9,38% e 9,80%, respectivamente. Todas as DCNT consideradas, com exceção de

asma/bronquite, apresentaram-se significantemente associadas entre si.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao estudar a prevalência de hipertensão arterial, diabetes mellitus, osteoporose

e asma/bronquite em igual ou maiores a 18 anos algumas dificuldades foram

encontradas, notando carência de estudos brasileiros sobre as prevalências dessas

doenças, em especial na região do Centro-Oeste Brasileiro, ainda mais

especificamente em Cuiabá/MT com essa faixa etária, com exceção de hipertensão

que foi encontrados estudos os quais permitiram comparação ao estudo presente. Para

asma/bronquite vários estudos regionais foram encontrados, porém, a prevalência

estudada era em crianças e adolescentes.

Para trabalhos futuros sugere que sejam realizados estudos que estabeleçam a

prevalência de diabetes mellitus, osteoporose, asma/bronquite com a população de

adultos e idosos, para também ampliar o conhecimento do comportamento e

monitoramento das DCNT, no que concerne aos fatores de risco e aos indicadores de

saúde, como meio de prevenir e/ou controlar as DCNT em Cuiabá.

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REFERÊNCIAS

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11 REFERÊNCIAS

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ANEXO

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12 ANEXO MODELO DO QUESTIONÁRIO ELETRÔNICO Operador: XXXXXX Réplica: XXXXXX Cidade: XXXXXX Confirma a cidade: sim não (agradeça e encerre; excluir do banco amostral e da agenda) 1. Réplica XX número de moradores XX número de adultos XX 2. Bom dia/tarde/noite. Meu nome é XXXX. Estou falando do Ministério da Saúde, o número do seu telefone é XXXX? sim não 3. Sr(a), gostaria de falar com o(a) sr(a) NOME DO SORTEADO. Ele(a) está? sim não - Qual o melhor dia da semana e período para conversarmos com o(a) Sr(a) NOME DO SORTEADO? residência a retornar. Obrigado(a), retornaremos a ligação. Encerre. Posso falar com ele agora? sim não - Qual o melhor dia da semana e período para conversarmos com o(a) Sr(a) NOME DO SORTEADO? residência a retornar. Obrigado(a), retornaremos a ligação. Encerre. 4. O(a) sr(a) foi informado sobre a avaliação que o Ministério da Saúde está fazendo? sim (pule para q5) não - O Ministério da Saúde está avaliando as condições de saúde da população brasileira e o seu número de telefone e o(a) sr(a) foram selecionados para participar de uma entrevista. A entrevista deverá durar cerca de 7 minutos. Suas respostas serão mantidas em total sigilo e serão utilizadas junto com as respostas dos demais entrevistados para fornecer um retrato das condições atuais de saúde da população brasileira. Para sua segurança, esta entrevista poderá ser gravada. Caso tenha alguma dúvida sobre a pesquisa, poderá esclarecê-la diretamente no Disque-Saúde do Ministério da Saúde, no telefone: 0800-61-1997. O(a) sr(a) gostaria de anotar telefone agora ou no final da entrevista? 5. Podemos iniciar a entrevista? sim (pule para q6) não - Qual o melhor dia da semana e período para conversarmos? residência a retornar. Obrigado(a), retornaremos a ligação. Encerre. 6. Qual sua idade? (só aceita ≥ 18 anos e < 150) ____ anos (se < 21 anos, pule q12 a q13) 7. Sexo: masculino (pule a q14) feminino (se > 50 anos, pule a q14) 8. Até que série e grau o(a) sr(a) estudou? curso primário 1 2 3 4 admissão curso ginasial ou ginásio 1 2 3 4 1º grau ou fundamental ou supletivo de 1º grau 1 2 3 4 5 6 7 8 2º grau ou colégio ou técnico ou normal ou científico ou ensino médio ou supletivo de 2º grau 1 2 3 3º grau ou curso superior 1 2 3 4 5 6 7 8 ou + pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado) 1 ou + nunca estudou não sabe (só aceita q6>60) Não quis responder

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9. O(a) sr(a) sabe seu peso (mesmo que seja valor aproximado)? (só aceita ≥ 30 Kg e < 300kg)____,___ kg não sabe não quis informar 10. Quanto tempo faz que se pesou da última vez? menos de 1 semana entre 1 semana e 1 mês entre 1 mês e 3 meses entre 3 e 6 meses 6 ou mais meses nunca se pesou não lembra 11. O(a) sr(a) sabe sua altura? (só aceita ≥ 1,20m e <2,20m) __ m ____ cm não sabe não quis informar 12. O(a) sr(a) lembra qual seu peso aproximado por volta dos 20 anos de idade? (apenas para q6 > 20 anos) sim não (pule para q14) 13. Qual era? (só aceita ≥ 30 Kg e < 300kg) ________ kg não quis informar 14. A sra está grávida no momento? sim não não sabe

Agora eu vou fazer algumas perguntas sobre sua alimentação. 15. Em quantos dias da semana o(a) sr(a) costuma comer feijão? 1 a 2 dias por semana 3 a 4 dias por semana 5 a 6 dias por semana todos os dias (inclusive sábado e domingo) quase nunca nunca 16. Em quantos dias da semana, o(a) sr(a) costuma comer pelo menos um tipo de verdura ou legume (alface, tomate, couve, cenoura, chuchu, berinjela, abobrinha – não vale batata, mandioca ou inhame)? 1 a 2 dias por semana 3 a 4 dias por semana 5 a 6 dias por semana todos os dias quase nunca (pule para q21) nunca (pule para q21) 17. Em quantos dias da semana, o(a) sr(a) costuma comer salada de alface e tomate ou salada de qualquer outra verdura ou legume cru? 1 a 2 dias por semana 3 a 4 dias por semana 5 a 6 dias por semana todos os dias quase nunca (pule para q19) nunca (pule para q19) 18. Num dia comum, o(a) sr(a) come este tipo de salada: no almoço (1 vez no dia) no jantar ou no almoço e no jantar (2 vezes no dia) 19. Em quantos dias da semana, o(a) sr(a) costuma comer verdura ou legume cozido junto com a comida ou na sopa, como por exemplo, couve, cenoura, chuchu, berinjela, abobrinha, sem contar batata, mandioca ou inhame? 1 a 2 dias por semana 3 a 4 dias por semana 5 a 6 dias por semana todos os dias quase nunca (pule para q21) nunca (pule para q21)

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20. Num dia comum, o(a) sr(a) come verdura ou legume cozido: no almoço(1 vez no dia) no jantar ou no almoço e no jantar (2 vezes no dia) 21. Em quantos dias da semana o (a) sr(a) costuma comer carne vermelha (boi, porco, cabrito)? 1 a 2 dias por semana 3 a 4 dias por semana 5 a 6 dias por semana todos os dias quase nunca (pule para q23) nunca (pule para q23) 22. Quando o(a) sr(a) come carne vermelha com gordura, o(a) sr(a) costuma: tirar sempre o excesso de gordura visível comer com a gordura não come carne vermelha com muita gordura 23. Em quantos dias da semana o (a) sr(a) costuma comer frango? 1 a 2 dias por semana 3 a 4 dias por semana 5 a 6 dias por semana todos os dias quase nunca (pule para q25) nunca (pule para q25) 24. Quando o(a) sr(a) come frango com pele, o(a) sr(a) costuma: tirar sempre a pele comer com a pele não come pedaços de frango com pele 25. Em quantos dias da semana o(a) sr(a) costuma tomar suco de frutas natural? 1 a 2 dias por semana 3 a 4 dias por semana 5 a 6 dias por semana todos os dias quase nunca (pule para q27) nunca (pule para q27) 26. Num dia comum, quantas copos o(a) sr(a) toma de suco de frutas natural? 1 2 3 ou mais 27. Em quantos dias da semana o(a) sr(a) costuma comer frutas? 1 a 2 dias por semana 3 a 4 dias por semana 5 a 6 dias por semana todos os dias quase nunca (pule para q29) nunca (pule para q29) 28. Num dia comum, quantas vezes o(a) sr(a) come frutas? 1 vez no dia 2 vezes no dia 3 ou mais vezes no dia 29. Em quantos dias da semana o(a) sr(a) costuma tomar refrigerante (ou suco artificial tipo tampico)? 1 a 2 dias por semana 3 a 4 dias por semana 5 a 6 dias por semana todos os dias quase nunca (pule para q32) nunca (pule para q32) 30. Que tipo? normal diet/light ambos 31. Quantos copos/latinhas costuma tomar por dia? 1 2 3 4 5 6 ou + não sabe

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32. Em quantos dias da semana o(a) sr(a) costuma tomar leite? (não vale leite de soja) 1 a 2 dias por semana 3 a 4 dias por semana 5 a 6 dias por semana todos os dias quase nunca (pule para q34) nunca (pule para q34) 33. Quando o sr(a) toma leite, que tipo de leite costuma tomar? integral desnatado ou semidesnatado os dois tipos não sabe 34. Quantos dias na última semana, o (a) sr(a) comeu fora de casa? 1 2 3 4 5 6 Todos os dias da semana Nenhum 35. O(a) sr(a) costuma consumir bebida alcoólica? sim não (pula para q41) 36. Com que frequência o(a) sr(a) costuma ingerir alguma bebida alcoólica? 1 a 2 dias por semana 3 a 4 dias por semana 5 a 6 dias por semana todos os dias menos de 1 dia por semana menos de 1 dia por mês (pule para q41) 37. Nos últimos 30 dias, o sr chegou a consumir mais do que 5 doses de bebida alcoólica em uma única ocasião? (mais de 5 doses de bebida alcoólica seriam mais de 5 latas de cerveja, mais de 5 taças de vinho ou mais de 5 doses de cachaça, uísque ou qualquer outra bebida alcoólica destilada) (só para homens) sim (pule para q39) não (pule para q41) 38. Nos últimos 30 dias, a sra chegou a consumir mais do que 4 doses de bebida alcoólica em uma única ocasião? (mais de 4 doses de bebida alcoólica seriam mais de latas de cerveja, mais de 4 taças de vinho ou mais de 4 doses de cachaça, uísque ou qualquer outra bebida alcoólica destilada) (só para mulheres) sim não (pule para q41) 39. Em quantos dias do mês isto ocorreu? em um único dia no mês; em 2 dias em 3 dias em 4 dias em 5 dias em 6 dias em 7 ou mais dias Não sabe 40. Neste dia (ou em algum destes dias), o(a) sr(a) dirigiu logo depois de beber? 1o sim não 41. O(a) sr(a) costuma adicionar sal na comida pronta, no seu prato, sem contar a salada? não sim, sempre ou quase sempre sim, de vez em quando

Nas próximas questões, vamos perguntar sobre suas atividades físicas do dia a dia. 42. Nos últimos três meses, o(a) sr(a) praticou algum tipo de exercício físico ou esporte? sim não (pule para q47) (não vale fisioterapia) 43. Qual o tipo principal de exercício físico ou esporte que o(a) sr(a) praticou? ANOTAR APENAS O PRIMEIRO CITADO caminhada (não vale deslocamento para trabalho) caminhada em esteira corrida

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corrida em esteira musculação ginástica aeróbica hidroginástica ginástica em geral natação artes marciais e luta bicicleta futebol basquetebol voleibol tênis outros 44. O(a) sr(a) pratica o exercício pelo menos uma vez por semana? sim não – (pule para q47) 45. Quantos dias por semana o(a) sr(a) costuma praticar exercício físico ou esporte? 1 a 2 dias por semana 3 a 4 dias por semana 5 a 6 dias por semana todos os dias 46. No dia que o(a) sr(a) pratica exercício ou esporte, quanto tempo dura esta atividade? menos que 10 minutos entre 10 e 19 minutos entre 20 e 29 minutos entre 30 e 44 minutos entre 45 e 59 minutos 60 minutos ou mais 47. Nos últimos três meses, o(a) sr(a) trabalhou? sim não – (pule para q52) 48. No seu trabalho, o(a) sr(a) anda bastante a pé? sim não não sabe 49. No seu trabalho, o(a) sr(a) carrega peso ou faz outra atividade pesada? sim não não sabe 50. O(a) sr(a) costuma ir a pé ou de bicicleta de casa para o trabalho: sim não (pule para q52) 51. Quanto tempo o(a) sr(a) gasta para ir e voltar do trabalho? menos que 20 minutos entre 20 e 29 minutos 30 minutos ou mais 52. Quem costuma fazer a faxina da sua casa? eu sozinho (pula) eu com outra pessoa outra pessoa (pule para q54) 53. A parte mais pesada da faxina fica com: o(a) sr(a) ou outra pessoa ambos 54. O(a) sr(a) costuma assistir televisão todos os dias? sim (pule para q56) não 55. Quantos dias por semana o(a) sr(a) costuma assistir televisão? 5 ou mais 3 a 4 1 a 2 não costuma assistir televisão (pule para q57) 56. Quantas horas por dia o(a) sr(a) costuma assistir televisão? menos de 1 hora entre 1 e 2 horas entre 2 e 3 horas entre 3 e 4 horas entre 4 e 5 horas entre 5 e 6 horas mais de 6 horas

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57. O(a) sr(a) fuma? sim, diariamente sim, ocasionalmente não – (pule para q61) 58. Quantos cigarros o(a) sr(a) fuma por dia? 1-4 5-9 10-14 15-19 20-29 30-39 40 ou + 59. Que idade o(a) sr(a) tinha quando começou a fumar regularmente? (só aceita ≥5 anos e £ q6) ______ anos não lembra 60. O(a) senhor(a) já tentou parar de fumar? sim (pule para q64) não (pule para q64) 61. O(a) sr(a) já fumou? sim não (pule para q64) 62. Que idade o(a) sr(a) tinha quando começou a fumar regularmente? (só aceita ≥5 anos e £ q6) ______ anos não lembra 63. Que idade o(a) sr(a) tinha quando parou de fumar? (só aceita ≥ 62 e £q6) ______ anos não lembra

Para fi nalizar, nós precisamos saber: 64. Qual seu estado civil atual? solteiro casado/ juntado viúvo separado/divorciado 65. A cor de sua pele é: branca negra parda ou morena amarela (apenas ascendência oriental) vermelha (confirmar ascendência indígena) não sabe não quis informar 66. Além deste número de telefone, tem outro número de telefone fixo em sua casa? (não vale extensão) sim não – (pule a q93) 67. Se sim: Quantos no total? ____números ou linhas telefônicas 68. Há quanto tempo tem telefone fixo em sua residência? menos de 1 ano entre 1 e 2 anos entre 2 e 3 anos entre 3 e 4 anos entre 4 e 5 anos mais de 5 anos não lembra 69. O(a) sr(a) tem celular? sim não não quis informar

Agora estamos chegando ao final do questionário e gostaríamos de saber sobre seu estado de saúde. 70. O(a) sr(a) classificaria seu estado de saúde como: muito bom, bom, regular ou ruim muito ruim não sabe não quis informar

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71. Algum médico já lhe disse que o(a) sr(a) tem pressão alta? sim não não lembra 72. E diabetes? sim não não lembra 73. E infarto, derrame ou acidente vascular cerebral (AVC)? sim não não lembra 74. E colesterol ou triglicérides elevado? sim não não lembra 75. E osteoporose (doença/fraqueza dos ossos)? sim não não lembra 76. E doenças como asma, bronquite asmática, bronquite crônica ou enfisema? sim não (pule para q78) não lembra(pule para q78) 77. E ainda tem? (asma, bronquite asmática, bronquite crônica ou enfisema) sim não não sabe 78. A sra já fez alguma vez exame de papanicolau, exame do colo do útero? (apenas para sexo feminino) sim não pule para q80) não sabe pule para q80) 79. Quanto tempo faz que a sra fez exame de papanicolau? menos de 1 ano entre 1 e 2 anos entre 2 e 3 anos entre 3 e 5 anos 5 ou mais anos não lembra 80. A sra já fez alguma vez mamografia, raio x das mamas? (apenas para sexo feminino) sim não pule para q82) não sabe pule para q82) 81. Quanto tempo faz que a sra fez mamografia? menos de 1 ano entre 1 e 2 anos entre 2 e 3 anos entre 3 e 5 anos 5 ou mais anos não lembra 82. Quando o(a) sr(a) fica exposto ao sol, por mais de 30 minutos seja andando na rua, no trabalho ou no tempo livre, costuma usar alguma proteção? sim não (pule para q84) não fica exposto mais de 30 minutos(pule para q84) 83. Que tipo de proteção o(a) sr(a) costuma usar? filtro solar chapéu, sombrinha ambos 84. Nos últimos 12 meses, o(a) sr(a) sentiu necessidade ou precisou buscar atendimento médico ou psicológico para problemas relacionados a sua saúde mental ,como ansiedade, nervosismo, angústia ou depressão? sim não (pule para q86) não quis informar (pule para q86) 85. O(a) sr(a) conseguiu ser atendido ? sim não não quis informar 86. Atualmente, o(a) sr(a) usa algum método para evitar a gravidez? Sim Não, não uso (pule para q89) Não, não tenho atividade sexual (pule para q89) Não quis informar (pule para q89) 87. Que método o(a) sr(a) usa atualmente com maior frequência? Se mulher Laqueadura – ligadura de trompa Camisinha Pílula

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DIU Diafragma Injeção Implante hormonal Outros Se homem Vasectomia Camisinha Outros 88. Qual método o(a) sr(a) gostaria de usar? Se mulher Laqueadura – ligadura de trompa Camisinha Pílula DIU Diafragma Injeção Implante hormonal Outros Se homem Vasectomia Camisinha Outros