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Universidade Estadual de Londrina
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
INFLUÊNCIA DA OBESIDADE E FORÇA MUSCULAR NA PREVENÇÃO DA DOR LOMBAR: Um estudo no efetivo
operacional do Corpo de Bombeiros de Londrina - Pr
Ordilei Martins
LONDRINA – PARANÁ 2011
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ORDILEI MARTINS INFLUÊNCIA DA OBESIDADE E FORÇA MUSCULAR NA PREVENÇÃO DA DOR LOMBAR: Um estudo no efetivo
operacional do Corpo de Bombeiros de Londrina - Pr
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Departamento de Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina.
Orientador: Profº. Dr. Ronaldo José Nascimento
Londrina – Paraná
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DEDICATÓRIA
Ao meu pai, pelo exemplo, de carater, honestidades e
dedicação à família...
E minha mãe que não mediu esforços para que um dia
eu chegasse até aqui ...
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EPÍGRAFE
“Procure ser uma pessoa de valor, em vez de
procurar ser uma pessoa de sucesso. O
sucesso é conseqüência”
Albert Einstein
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AGRADECIMENTOS
Agradeço à todos os professores, em especial o professor Ronaldo, meu
orientador, primeiramente por ter aceito me orientar, e principalmente pela
disposição e presteza em me ajudar na elaboração deste trabalho.
Ao grupo de pesquisa que realizou o preenchimento dos questionários e os
testes físicos .
Aos colegas bombeiros que me ajudaram durante o trabalho.
A minha família, principalmente minha esposa que, muitas vezes soube compreender minha ausência como pai e marido, no entanto, sempre me apoiou para que eu pudesse concluir este trabalho.
E por fim à Deus por ter estado sempre ao meu lado durante toda minha
jornada.
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MARTINS, Ordilei. INFLUIÊNCIA DA OBESIDADE E FORÇA MUSCULAR NA PREVENÇÃO DA LOMBALGIA: um estudo no efetivo operacional do Corpo de Bombeiros de Londrina - PR. trabalho de Conclusão de Curso(Graduação em Educação Física Bacharelado) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011.
RESUMO
A dor lombar é uma das alterações musculoesqueléticas mais comuns na sociedade, sendo uma das causas mais freqüentes de incapacidade funcional. Assim, o objetivo do presente estudo foi analisar a prevalência de sintomas de dor lombar e alguns fatores associados, como, força e obesidade no efetivo do Corpo de Bombeiros de Londrina - PR. A amostra foi composta por 30 homens, com idade entre 20 e 51 anos. A medida de força foi realizada utilizando teste abdominal de um minuto, o índice de massa corporal foi realizado a partir de medidas antropométricas, e para verificar a prevalência de dor lombar foi aplicado o questionário nórdico de sintomas osteo-musculares. Inicialmente, o teste de Shapiro Wilk foi utilizado para a análise da distribuição dos dados. A partir daí, foi realizada análise descritiva, sendo as variáveis expressas em valores de média e desvio-padrão (distribuição normal), os valores mínimos, máximos e o percentual descritos. Todas as análises foram realizadas no programa SPSS, versão 13.0. A correlação entre as variáveis, IMC e prevalência de lombalgia; força muscular e prevalência de lombalgia foram realizadas através do teste Qui-quadrado (X²). os resultados encontrados demonstraram que a força muscular localizada está acima da média (84%). No entanto, o indice massa corporal encontra-se abaixo do recomendado pela organização mundial da saúde (60%), com relação a prevalência de lombalgia o estudo mostrou que mais da metade apresentou sintomas de dor lombar, (60%). O teste Qui-quadrado (X²), demonstrou não haver associação significativa (p<0,05), entre lombalgia e força; e lombalgia e obesidade. Sugere-se que outros estudos similares com essa população possam ser realizados, pois informações sobre esse tema serão valiosas para o desenvolvimento de programas de treinamento físico especificos que visem a diminuiçao da ocorrência da lombalgia. Palavras-chave: Obesidade; Força Muscular; Lombalgia; Bombeiro.
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ABSTRACT
Low back pain is one of the most common musculoskeletal changes in society, being one of the most frequent causes of disability. The objective of this study was to assess the prevalence of symptoms of back pain and associated factors, such as strength and obesity in effective Fire Department Londrina - PR. The sample comprised 30 men, aged between 20 and 51 years. The measure of strength testing was performed using an abdominal minute, body mass index was conducted from anthropometric measurements, and to determine the prevalence of low back pain questionnaire was applied Nordic osteo-muscular symptoms. Initially, the Shapiro Wilk test was used to analyze the data distribution. Thereafter, descriptive analysis was performed, with variables expressed in mean and standard deviation (normal distribution), the minimum and maximum values and the percentage described. All tests were performed using SPSS, version 13.0. The correlation between variables, BMI and prevalence of low back pain, muscle strength and prevalence of low back pain were performed using the chi-square (X ²). the results showed that muscular strength is above average (84%). However, the body mass index is below the level recommended by the World Health Organization (60%), with the prevalence of low back pain study showed that more than half had symptoms (60%). The chi-square (X ²), showed no significant association (p <0.05) between back pain and strength, and low back pain and obesity. That similar sxtudies with this population can be performed, for information on this topic are valuable for the development of specific training aimed at reducing the incidence of low back pain.
Keywords: Obesity; Muscle Strength, Low Back Pain and Fireman.
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LISTA DE ANEXOS
ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.......... ....... 34
ANEXO B – OFICÍO DE SOLICITAÇÃO DE COLETA DE DADOS.......... ................ 36
ANEXO C – QUESTIONÁRIO DE IDENFICAÇÃO DE DOR LOMBAR.......... .......... 37
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Classificação de força muscular (localizada) abdominal - Pollock e
Wilmore (1993). ...................................................................................................... .20
Tabela 2 – Características Gerais da Amostra ........................................................ 22
Tabela 3 – Classificação do IMC de acordo com a OMS (1997) ............................ .22
Tabela 4 – Força Muscular Localizada (Abdominal) segundo Pollock e Wilmore
(1993) ...................................................................................................................... .23
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Prevalência de lombalgia ..................................................................... 23
Gráfico 2 – Prevalência de lombalgia x relação com o trabalho ............................. 23
Gráfico 3 – Prevalência de lombalgia x Obesidade ................................................ 24
Gráfico 4 – Prevalência de lombalgia x Força muscular ......................................... 24
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11
2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 13
3 OBJETIVO ........................................................................................................ 14
4 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................ 15
4.1 LOMBALGIA ... ....................................................................................................... 15
4.2 OBESIDADE E LOMBALGIA ...................................................................................... 15
4.3 Força MUSCULAR E LOMBALGIA.............................................................................16
5 METODOLOGIA.................................................................................................... 19
5.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO .................................................................................... 19
5.2 COLETA DOS DADOS .............................................................................................. 19
5.3 TESTE DA FORÇA MUSCULAR .................................................................................. 19
5.4 ANTROPOMETRIA ................................................................................................... 20
5.5 QUESTIONÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE DOR LOMBAR ................................................. 20
5.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA ............................................................................................ 21
6 RESULTADOS ...................................................................................................... 22
6.1 CARACTERISTICAS GERAIS DA AMOSTRA .................................................................. 22
6.2 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL .................................................................................. 22
6.3 FORÇA MUSCULAR LOCALIZADA (ABDOMINAL) ........................................................... 22
6.4 PREVALÊNCIA DE LOMBALGIA .................................................................................. 23
6.5 PREVALÊNCIA DE LOMBALGIA E OBESIDADE .............................................................. 24
6.5 PREVALÊNCIA DE LOMBALGIA E FORÇA MUSCULAR .................................................... 24
7 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 26
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8 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 30
ANEXOS .................................................................................................................. 33
ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO .................................................................... 34
ANEXO B – OFÍCIO DE SOLICITAÇAO DE COLETA DOS DADOS ........................................ 36
ANEXO C – QUESTIONÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE DOR LOMBAR ................................... 37
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1. INTRODUÇÃO
A lombalgia é um problema multifatorial que atinge cada vez mais uma parte
significativa da população (DOMÍNGUEZ et al., 2008). Para SILVA, e col. (2004), a
dor lombar crônica pode ser causada por várias doenças, tais como, doenças
inflamatórias, degenerativas, neoplásicas, e outras. Entretanto, freqüentemente a
dor lombar crônica não decorre de doenças específicas, mas sim de um conjunto de
causas, como por exemplo idade, sexo, baixa atividade física, trabalho físico
pesado, movimentos repetitivos, obesidade, pouca força musucalar e assim por
diante.
O Bombeiro socorrista é um indivíduo habilitado para prestar atendimento
pré-hospitalar fazendo uso de equipamentos especializados, supervisionado de
forma direta ou à distância por um profissional médico (OLIVEIRA; PAROLIN;
TEIXEIRA, 2002). Estes profissionais vivenciam as mais inusitadas situações de
emergência, dentre elas erguer a tábua de imobilização dorsal para a remoção de
vítimas, (SILVA; MENDES, 2008). Diante disso, é provável haver uma prevalência
significativa de lombalgia em Bombeiros socorristas, já que constantemente eles são
submetidos a estas atividades.
Deste modo, os estudos sobre essa temática se tornam importantes e
necessários para compreendermos melhor a etiologia do problema. Porém, neste
estudo serão enfatizados dois possíveis fatores que contribuiem para as dores
lombar, são eles, baixo nível de força muscular e obesidade.
Segundo Bayramoglu, (2001), a fraqueza dos músculos do tronco é um fator
de risco para o surgimento da dor lombar. Em pacientes com dor lombar crônica, os
músculos extensores do tronco normalmente são mais fracos do que os flexores.
Saudek, (1987) acredita que baixos níveis dos componentes de força representam
expressiva incidência de distúrbios músculo-esqueléticos na coluna lombar.
Deyo ( 1991), acredita que a obesidade é outra condição que é identificada,
como fator de risco para doenças da coluna. Já Santos (2000) relata que a lombalgia
é uma característica geralmente associada ao sobre peso. Tal fato está de acordo
com o pensamento de Madeira e col. (2002).
Não foram encontrados, porém, relatos na literatura brasileira, indicando uma
possível relação das variáves, força muscular dos musculos do tronco e obesidade
como fator determinante da prevalência de lombalgia nessa população (bombeiros).
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Essas informações, todavia, são interessantes para que a corporação traçe
alguns direcionamentos para a manutenção de bons índices dessas variáveis ao
longo de toda a vida profissional dos bombeiros.
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2. JUSTIFICATIVA
Sabe-se que a dor lombar é uma síndrome que pode estar associada a vários
fatores, como, idade, sedentárismo, baixa aptidão fisica, postura inadequada,
levantamento de peso excessivo, obesidade excessiva, dentre outras.
Considerando o bombeiro como uma população vulnerável a essa síndrome,
em razão, principalmente das atividades que eles desempenham, torna-se
necessário à análise de alguns fatores causadores dessa doença. Para que dessa
forma, a corporação possa criar estratégias de manutenção e/ou melhora desses
índices ao longo de toda a vida profissional do bombeiro.
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3. OBJETIVO
O objetivo do presente estudo foi analisar a força muscular abdominal e índice
de massa corporal e à prevalênca de dor lombar nos bombeiros operacionais de
Londrina-Pr. Como também, verificar se existe relação entre os sintomas da
lombalgia com variáveis força e IMC.
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4. REVISÃO DA LITERATURA
4.1 Lombalgia
Sucintamente, podemos definir a lombalgia como sendo um sintoma referido na
altura da cintura pélvica, podendo ocasionar proporções grandiosas. O seu
diagnóstico pode ser considerado simples, pois geralmente o quadro clínico da
lombalgia é constituído por dor, incapacidade de se movimentar e trabalhar
(BERNARD, 1993).
A incidência desta dor é mundial e destaca-se entre os principais fatores de
incapacidade funcional para o trabalho, interferindo também na qualidade de vida
(SOUZA JR., 2008; EHRLICH, 2003).
As estruturas músculo-articulares são responsáveis pelo antagonismo das
ações mecânicas da coluna: eixo de sustentação do corpo e, ao mesmo tempo, eixo
de movimentação (Knoplich,1986). A falta ou excesso de esforço físico nessas
estruturas facilmente acarretará danos à mecânica do ser humano em seus
componentes osteomioarticulares.
Sendo assim, obtenção de equilíbrio nas estruturas que compõem a pilastra de
sustentação humana (coluna vertebral), evitando quadros dolorosos a ela
relacionados, não se constitui em tarefa fácil, devido principalmente às constantes
mudanças de posturas realizadas diariamente pelo homem, expondo sua estrutura
morfofuncional a uma série de agravos.
Cecin (1991), em uma pesquisa epidemiológica sobre a prevalência da
lombalgia, na cidade de Uberaba, Minas Gerais; onde foram entrevistados 491
indivíduos de diferentes grupos e não submetidos a trabalhos pesados nas
atividades de vida diária, a lombalgia foi encontrada em 53,4% dos indivíduos.
A maioria dos adultos terá lombalgia em algum momento da vida e as
incidências podem se tornar crônicas, o que acarreta em inabilidade ao trabalho,
representando prejuízos sócio-econômicos incalculaveis.
4.2 Obesidade e lombalgia
Um dos métodos mais utilizados para determinar o percentual de gordura de
um indivíduo é através de medidas de dobras cutâneas. Pode-se, também, utilizar o
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IMC (índice de massa corporal) para estimar a composição corporal em adultos
(NAHAS, 2006).
Segundo Pollock e Wilmore (1993), estudos envolvendo a análise destes
componentes da AFRS são muito importantes, na medida em que, a partir dos
mesmos, torna-se possível verificar em que nível encontra-se determinada
população.
Varios autores, utilizando o Indice de Massa Corporal (IMC) e as pregas
cutâneas, comprovaram a associação da obesidade com a lombalgia (Deyo, 1991).
A “carga extra” que a estrutura ostio-mio-articular é obrigada a suportar pode alterar
o equilibrio biomecânico do corpo, justificando o risco aumentado de lombalgias em
pessoas com excesso de peso e obesas, expondo-se a um risco aumentado para
desenvolver doenças crônico-degenerativas (Toda, e col. 2000).
Brushini e Nery (1995), observaram alteração postural no sujeito obeso; a
presença de abdômen proeminente determina o deslocamento anterior do centro de
gravidade, com o aumento da lordose lombar e inclinação anterior da pelve
(anteversão).
Enquanto não for estudado exatamente como o excesso de peso ou obesidade
podem causar ou contribuir para o aparecimento de lombalgias, é conhecido que as
pessoas que tem peso a mais estão sujeitas a um maior risco de prevalência da
lombalgia, e um aumento da tensão muscular do que os individuos não obesos.
4.3 Força muscular e lombalgia
Não é difícil observar que níveis irrisórios de aptidão física são comuns no estilo
de vida sedentário e em algumas atividades profissionais, nas quais raramente há
necessidade de esforços físicos. Níveis adequados de aptidão física podem
contribuir na postura corporal durante as funções diárias com economia de energia
sem exceder o limite tolerável músculo-articular (Achour, 1995).
Apesar de haver evidências de que grupos ativos têm menor probabilidade de
sofrer lesão e dor na região lombar, ou seja, menos episódios que seus congêneres
sedentários (FLAX,1986), apenas o fato de realizar uma atividade física no cotidiano
não implica fator de proteção para a coluna(UENO,1999).
Segundo Toscano e Egypto (2001), músculos fracos atingem a condição
isquêmica e de fadiga mais facilmente que músculos fortes, aumentando as
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probabilidades de lesões e dificultando manter a coluna em seu alinhamento
adequado. Déficits de força muscular associada à lombalgias ocorrem em função de
que a atrofia muscular resultante leva à sobrecarga de outras estruturas lombares,
bem como a diminuição da coordenação do correto movimento a ser realizado pelas
estruturas osteo-mio-articulares. Existe uma relação direta entre quantidade de
estímulos nocivos inibitórios da função muscular e a força muscular disponível.
Portanto, a diminuição da força seria provavelmente relacionada à dor. Exercícios
adequados podem estimular o restabelecimento que irá diminuir a inibição muscular
e aumentar a força do músculo.
Um estudo japonês demonstrou que indivíduos com uma história prévia de
lombalgia apresentam pouca força muscular no tronco e fraqueza muscular
generalizada, se comparados com aqueles que não apresentam essa patologia
(LEE,1995).
Kisner; Colby, (1992), diz que para que ocorra a diminuição da dor lombar é
necessário o fortalecimento dos músculos abdominais. Greve; Amatuzzi, (1999),
presumem que o tratamento para alívio das causas também deve ser
direcionado à outras ações, podendo incluir perda de peso, exercícios para
melhorar o tônus e a resistência musculares e melhora da postura. A prática de
atividade física regular é benéfica e as pessoas que a praticam diminuem o grau de
dor mais rápido e têm menores chances de recidivas futuras.
De acordo com Kolyniak; Cavalcanti e Aoki, (2004), existem evidências de
que a realização de um programa de exercícios com ênfase no fortalecimento da
musculatura extensora do tronco possa restaurar a função da coluna lombar e possa
prevenir o surgimento da lombalgia. Dessa forma o método Pilates (nível
intermediário-avançado) mostrou-se eficiente para promover aumento do pico de
torque, trabalho total, potência e quantidade de trabalho total dos músculos
relacionados à extensão do tronco. Esses resultados indicam que esse método de
treinamento pode ser utilizado como estratégia para o fortalecimento dessa
musculatura, atenuando o desequilíbrio entre a função dos músculos envolvidos na
extensão e flexão do tronco. Outro estudo, utilizando treinamento de força para
músculos extensores do tronco, acompanhou 400 indivíduos que reportavam
lombalgia por um ano, (LEGGET, S, 1999). Após oito semanas de treinamento (duas
vezes por semana), 80% dos participantes reportaram atenuação dos sintomas da
lombalgia.
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Em estudo de Briganó e Macedo(2005) após a aplicação de um protocolo de
reabilitação de cinesioterapia desenvolvido com sessões individuais de uma hora por
dia, três vezes por dia, em um total de trinta sessões, encontraram influência
significativa da mesma na melhora da lombalgia, mesmo sendo a mobilidade lombar
diminuída quando comparada a indivíduos assintomáticos. Dessa forma, exercícios
de força e flexibilidade são comumente prescritos para prevenir e reabilitar um
indivíduo com esta patologia, obtendo bons resultados.
A utilização de exercícios contra resistência, se realizados de forma
adequada, proporcionam um excelente meio de fortalecimento dos músculos do
abdômen e da região lombar, de modo a sustentar e proteger a coluna vertebral.
Entretanto, como freqüentemente ocorrem muitos indivíduos que tentam ganhar
força muito rapidamente podem realizar exercícios de forma errada. Como resultado,
grupos musculares adicionais são recrutados, a coluna vertebral é alinhada de forma
inadequada, principalmente com arqueamento da região lombar, o que coloca uma
sobrecarga nessa região.
Para Prentice e Voight (2003), o transverso do abdômen é o mais importante
entre os músculos abdominais na manutenção da estabilidade vertebral. Ele atua
para aumentar a pressão intra-abdominal, fornecer estabilização dinâmica contra
forças de rotação e translação na coluna lombar e proporcionar eficiência
neuromuscular ideal para todo o complexo lombo-pelve-quadril. Porém, ao se
trabalhar os movimentos abdominais, erros podem ser cometidos. Se feito
inadequadamente (com os membros inferiores estendidos, a região lombar arqueada
e a cabeça para trás) pode impor uma sobrecarga muito grande à região lombar
(abdominais devem ser sempre realizados com os joelhos flexionados e o queixo no
peito).
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5. METODOLOGIA
5.1 Delineamento do estudo
O estudo é do tipo descritivo, a amostra foi retirada de uma população de 109
bombeiros operacionais da cidade de londrina – Pr. Participaram do estudo 30
Bombeiros, com idade entre 20 e 51 anos, a participação dos militares para o estudo
foi de forma voluntária. Como critérios de inclusão, os participantes deviam ser todos
homens. Foram excluídos aqueles que: apresentam diagnóstico clínico para
doenças reumáticas; e aqueles que sofreram traumatismo de qualquer natureza na
região lombar e bombeiros do sexo feminino.
5.2 Coleta dos dados
Os dados foram coletados no próprio local de trabalho de cada participante da
pesquisa no horário de troca dos plantões, ou seja no período da manhã, entre os
dias 20 e 30 de setembro. Todos foram informados sobre a finalidade do estudo e
também sobre a forma correta do preenchimento dos questionários e assinaram o
termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO A). Foi encaminhado ao
Comandante do Corpo de Bombeiros de Londrina um ofício solicitando a autorização
para coletas dos dados (ANEXO B).
5.3 Teste da Força Muscular
Para medir a força muscular localizada foi utilizado o teste de abdominal em
um minuto, por sua vez, consistiu da realização do maior número de flexão de
tronco em um minuto, sendo que o sujeito, em decúbito dorsal, deveria estar com os
braços cruzados à frente do peito, com as mãos nos ombros e com os joelhos
flexionados, com os pés no chão. A flexão do tronco deveria ser realizada até que os
cotovelos toquem nos músculos do quadríceps (coxa), retornando à posição inicial
até que as escápulas tocassem o solo, contando-se assim um movimento ou uma
flexão. Caso não ocorresse o contato da parte média superior das escápulas com o
solo, a flexão seria considerada incompleta e não seria computada.
Para a classificação quanto à resistência abdominal, foi adotado o critério de
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Pollock e Wilmore (1993), conforme mostra a tabela 01.
Tabela 01. Classificação de força muscular localizada - abdominal Pollock e Wilmore (1993).
CLASSIFICAÇÃO PARA HOMENS (número de repetições por minuto) Idade Excelente Acima da Média Média Abaixo da
Média Fraco
15 - 19 + 48 42 a 47 38 a 41 33 a 37 - 32 20 - 29 + 43 37 a 42 33 a 36 29 a 32 - 28 30 - 39 + 36 31 a 35 27 a 30 22 a 26 - 21 40 - 49 + 31 26 a 30 22 a 25 17 a 21 - 16 50 - 59 + 26 22 a 25 18 a 21 13 a 17 - 12 60 - 69 + 23 17 a 22 12 a 16 07 a 11 - 06
5.4 Antropometria
As medidas antropométricas foram realizadas em todos os participantes do
estudo, de acordo com os procedimentos descritos por Gordon et al. (1988), sendo a
massa corporal aferida por meio de uma balança digital da marca URANO, modelo
PS180A, com precisão 0,1 kg, e a estatura a partir de um estadiômetro de madeira,
com precisão 0,1 cm. Com base nessas informações, foi calculado o índice de
massa corporal (IMC) por meio do quociente massa corporal/ (estatura x estatura),
sendo a massa corporal expressa em quilogramas (kg) e a estatura em metros (m).
Para a classificação quanto ao IMC, foi adotado o critério da OMS (1997),
sendo considerado baixo (<18,5), aceitável ou ideal (18,5 – 24,9), obesidade leve
(25 – 29,9), obesidade moderada (30 – 39,9) e obesidade severa (≥ 40).
5..5 Questionário de identificação de dor lombar
O questionário nórdico de sintomas osteo-musculares (PINHEIRO, et. al 2002),
foi desenvolvido com a proposta de padronizar a mensuração de relatos destes
sintomas, facilitando a comparação dos resultados. Ele é um indicador de disturbios
ósteo-musculares constituido um importante instrumento de diagnóstico do ambiente
ou do posto de trabalho (ANEXO C). Consiste em escolhas multiplas binárias quanto
a ocorrência de sintomas nas diversas regiões anatômicas, visando relatar a
ocorrência dos sintomas, considerando os ultimos 12 meses precedentes, bem como
relatar a ocorrência de afastamentos de atividades rotineiras no últmo ano. Neste
estudo utilizamos apenas os dados relacionados a sintomas de dor lombar. Todos os
individuos que relataram algum incomodo lombar em algum momento nos ultimos 12
meses precedentes ao preenchimento do questionário, foram considerados no
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estudo como portadores de sintomas de lombalgia, ou seja, o individuo que
assinalou no questionário a opção (1) raramente, (2) frequentemente , ou opção (3)
sempre.
5.6 Análise Estatística
Inicialmente, o teste de Shapiro Wilk foi utilizado para a análise da distribuição
dos dados. A partir daí, foi realizada análise descritiva, sendo as variáveis expressas
em valores de média e desvio-padrão (distribuição normal), os valores mínimos,
máximos e o percentual descritos. Todas as análises foram realizadas no programa
SPSS, versão 13.0. elaboram-se tabelas de contingência que relacionaram o IM com
prevalência de lombalgia; força muscular com prevalência de lombalgia, o teste Qui-
quadrado (X²), foi aplicado a cada uma das tabelas de contingência a fim de
determinar ou não a existencia de relação de dependencia entre as variáveis.
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22
6. RESULTADOS
6.1 Quanto as caracteristicas gerais da amostra
As características gerais dos sujeitos são apresentadas na tabela 2.
Tabela 2. Características gerais da amostra.
Média ± DP
Mínimo
Máximo
Idade (anos) 39,65 ± 9,39 20 51 Massa Corporal (Kg) 71,74 ± 8,47 69 100 Estatura (m) 1,78 ± 0,06 1,65 1,87 IMC 25,05 ± 3,11 22,70 37,67
Nota:IMC = índice de massa corporal
6.2 Quanto ao IMC
Segundo a classificação da OMS (1997) a maioria dos avaliados (60%) apresentou valores de IMC abaixo do ideal, conforme demonstra a (tabela 3).
Tabela 3. Classificação do IMC de acordo com a OMS (1997). CLASSIFICAÇÃO
N=30
%
Baixo 0 0 c 12 40 Obesidade Leve 15 50 Obesidade moderada 03 10 Obesidade Severa 0 0
6.3 Quanto à força muscular localizada
De acordo com a classificação de Pollock e Wilmore (1993), percebe-se que a
maioria da amostra (84%) apresenta resistência muscular abdominal acima da
média (tabela 4).
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Tabela 4. Força Muscular Localizada (Abdominal) segundo Pollock e Wilmore (1993). CLASSIFICAÇÃO
N=30
%
Excelente 20 67 Acima da média 05 16 Média 02 7 abaixo da média 02 7 Fraco 01 3.5
6.4 Quanto à Prevalência de lombalgia
Com relação à prevalência de lombalgia o estudo demonstrou que mais da
metade da amostra apresentou sintomas de dor lombar, (60%) (Gráfico1). Sendo
que (66%), dos que relataram dor lombar, acreditam que a dor pode estar
relacionada com o trabalho (Gráfico 2).
Gráfico 1. Sintoma de dor lombar ( n=30)
60%
40%
0%
20%
40%
60%
80%
dor sem dor
Gráfico 2. Relação dos sintomas de dor lombar com o trabalho (n=18)
66%
34%
0%
20%
40%
60%
80%
Relação com o trabalho Não tem relação com o trabalho
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24
6.5 Quanto à relação entre Prevalência de lombalgia e obesidade
Gráfico 03. Prevalência de Lombalgia x Obesidade (n=30)
17%
35%
11%
23%
14%
00%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
sim não
Dor lombar
ideal
leve
moderada
*Teste Qui-Quadrado para (P≤0,05)
Os dados do (gráfico 4) indicam à relação entre a prevalência de lombalgia e a
obesidade. (46%) da amostra apresentaram dor lombar e obesidade leve ou
moderada. No entanto, os dados não demonstraram correlação estatisticamente
significante.
6.6 Quanto à relação entre Prevalência de lombalgia e Força muscular
Gráfico 04. Prevalência de Lombalgia x Força Muscular (n=30)
42%
10%
0%4% 4%
22%
10%
4% 4%
00%5%10%15%20%25%30%35%40%45%
sim não
Dor lombar
excelente acima da média média abaixo da média fraco
*Teste Qui-Quadrado para (P≤0,05)
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Os dados do (gráfico 5) indicam à relação entre a prevalência de lombalgia e a Força
muscular localizada. Os dados não demonstraram correlação estatisticamente
significante. no entanto, foram encontrados valores opostos ao esperado, ou seja,
(52%) da amostra classificada com força muscular excelente ou acima da média
apresentaram dor lombar.
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26
7. DISCUSSÃO
A generalização dos resultados apresentados deve considerar as limitações
inerentes aos estudos transversais e que utilizam instrumentos de
autopreenchimento, e a possibilidade de interferência de fatores não controlados. O
critério de escolha da amostra do presente estudo pode ser também responsável por
vieses decorrentes de auto seleção. É possível, por exemplo, que sujeitos que
apresentem sintomas se disponham mais prontamente a participar de um estudo
desse tipo doque aqueles que não os apresentem.
No componente da AFRS força abdominal, a maioria dos sujeitos estavam
acima da média ou com um nível considerado excelente. Esta característica pode
ser devido à atividade fisica de musculação realizada no quartel pelo militar no seu
horário de serviço no intuito de melhorar o desempenho de suas atividades
profissionais. Com relação o IMC, verificou-se que menos da metade da amostra
encontrava-se dentro dos limites ideais, sendo que mais da metade apresentou
índices de obesidade leve ou moderada. Esses valores sujerem que à atividade
fisica aeróbia realizada pode não estar sendo suficiente para manter o IMC em
níveis aceitáveis, uma outra hipotese poderia estar relacionada com a dieta
alimentar, já que essa variável não foi estudada.
Adicionalmente, alguns estudos mostram que o aumento da massa corporal
com a idade é um fator importante no declínio das funções avaliadas e a atividade
física regular ajuda a manter, dentro de um limite, as funções fisiológicas com o
passar do tempo. Pode-se citar um estudo onde a Força Militar Canadense,
preocupada com os possíveis efeitos adversos da obesidade sobre a imagem e o
desempenho de seus soldados, adotou o IMC para monitorar o excesso de peso
entre seu pessoal. O estudo mostrou que aproximadamente 50% dos homens e 25%
das mulheres apresentaram IMC maior do que 25 kg/m².
De forma semelhante, Legg e Duggan (1996) pesquisaram os efeitos do
treinamento físico militar sobre a aptidão aeróbia, força e resistência muscular dos
Recrutas do Exército Britânico. Os resultados sugerem que três meses de
treinamento básico foi suficiente para melhorar a aptidão aeróbia, mas não para
melhorar a força e resistência muscular. Após cinco meses, porém, foi identificado
aumento da força muscular, sendo sugerido que o período do treinamento foi efetivo
no aumento do peso corporal, aptidão aeróbia e força muscular.
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A prevalência de lombalgia neste estudo foi relevante, mais da metade da
amostra (60%). Estudo semelhantes como de (SILVA, I.; 2010) Também
encontraram valores relevantes de prevalência de lombalgia, no entanto outros
estudos mostram valores mais baixo (Salminen, 1984; Fairbank e col.; 1984).
Um outro dado importante desse estudo é do número expressivo de pessoas
que acreditam que os sintomas de dor lombar podem estar relacionados com o
trabalho executado. Isso pode ser justificado por Moreira (2007) ao relatar que as
principais ações por eles desempenhadas são o levantamento da prancha, na qual
está a vítima e o transporte de equipamentos pesados em locais de difícil acesso.
Marras et al. (1995) complementa, ao afirmar que o carregamento de peso age como
fator para ocorrência de lombalgia. E como os bombeiros executam essas atividades
numa alta frequência, pois trabalham 24 horas ininterruptas e ainda fazem hora extra
frequentemente, de acordo com os dados colhidos, a probabilidade de sentirem dor
lombar é aumentada.
Não é facil proceder a uma analise da literatura de forma a tirar conclusões
acerca da prevalência da lombalgia, pelo fato de os diferentes estudos usarem
diferentes metodologias distintas na avaliaçã da prevalência da lombalgia
dificultando, pois, a comporaçao dos resultados. Assim, é dificíl estabelecer, uma
definição estandardizada de lombalgia devido a multiplicidade de fatores envolvidos.
Embora alguns dados demonstrem que a obesidade e força muscular são
fatores de risco para o desenvolvimento da lombalgia. Esse aspecto não foi
confirmado em nosso estudo. Uma vez que, não houve associação significativa entre
os índices de adiposidade e a prevalência de lombalgia; força e a prevalência de
lombalgia, quando submetidos ao teste Qui-Quadrado (X²). No entanto, (46%) da
amostra apresentou dor lombar e obesidade leve ou moderada, é possível que
outros estudos com uma amostra mais significativa possa demostrar resultados
estatisticamente significantes. Na correlação entre lombalgia e força muscular foram
encontrados valores opostos ao esperado, ou seja, (52%) da amostra classificada
com força muscular excelente ou acima da média apresentaram dor lombar, um
possível motivo para essa relação também pode estar relacionada com questão
postural na realizaçao atividades de trabalho, o fato dos militares de plantão
executar treinamentos com peso sem supervisão nos dias de trabalho, também pode
estar ligado com este indice de dor lombars, uma vez que, no quartel boa parte dos
integrantes realizam treinamento com pesos, porém esse fato não foi objeto de
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28
estudo neste trabalho, dessa forma seriam necessárias mais informaçães para uma
melhor compreensão desses resultados..
A presente pesquisa serviu para caracterizar a amostra, identificando o nível
dos sujeitos para que os líderes da corporação percebam a importância da aplicação
de um programa de treinamento específico voltado às principais necessidades do
grupo em questão, com objetivo de manter os profissionais bombeiros sempre aptos
fisicamente para o desempenho da função. Essa caracterização da amostra
verificada no estudo também pode servir para comparar com outros estudos ou com
sujeitos de outras localidades.
Diante dos resultados encontrados por este estudo supracitado, sujere-se
programas de exercício físico para os bombeiros que se encontrar abaixo dos níveis
exigidos para o desempenho da função, além da realização de avaliações físicas
bimestrais para acompanhar a evolução da aptidão. Na determinação da lombagia
deve ser realizado outros estudos utilizando outros protocolos de avaliação desta
sindrome, e posteriormente realizar programas de treinamento pré e pós de
intervenção. Futuros estudos com os mesmo sujeitos após um longo período de
tempo seriam interessantes para verificar como a população estará em relação ao
sintomas de lombalgia e as aptidões fisicas estudadas nesta pesquisa.
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29
8. CONCLUSÃO
Com base neste estudo, verifica-se que os bombeiros operacionais da cidade
de Londrina – PR, em sua maioria, apresentaram força muscular abdominal acima
da média e, no que diz respeito ao índice de massa corporal, grande parte dos
individuos encontram-se abaixo das recomendações para a saúde.
Quanto a prevalência de dor lombar, verificou-se um percentual bastante
elevado, como também obeservou-se uma ligação entre a dor lombar e o tipo de
trabalho executado pelos bombeiros.
Não foram encontrados valores significativos na correlação entre lombalgia e
obesidade e lombalgia e força muscular localizada.
É possível que os resultados deste estudo ocorreram em virtude de algumas
limitações da amostra. Dentre as limitações do estudo destacam-se: o fato do grupo
de estudo ter sido constituído por voluntários e não por seleção aleatória; o reduzido
número de sujeitos. No entanto, devido as contradições encontradas nos poucos
estudos envolvendo portadores de dor lombar e as variáveis força muscular e
obesidade, fazem-se necessárias mais pesquisas para elucidar as dúvidas
pendentes, para com isso, possamos criar programas de treinamentos específicos
para diminuiçao da prevalência da lombalgia nessa população.
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33
ANEXOS
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34
ANEXO A
Titulo da pesquisa:
INFLUÊNCIA DA OBESIDADE E FORÇA MUSCULAR NA PREVENÇÃO DA LOMBALGIA: UM ESTUDO NO EFETIVO OPERACIONAL DO CORPO DE
BOMBEIROS DE LONDRINA - PR
Prezado(a) Senhor(a):
Gostaríamos de convidá-lo a participar da pesquisa “Influência da obesidade e
força muscular na prevalência de lombalgia no efetivo do Corpo de Bombeiros
de Londrina – PR.”, realizada no Centro de Educação Física e Esportes da
Universidade Estadual de Londrina. O objetivo da pesquisa é avaliar o “Índice de
Massa Corporal, a força muscular e a prevalência de lombalgia”. A sua
participação é muito importante e ela se daria da seguinte forma: os dados serão
coletados no próprio local de trabalho, e será aplicado as seguintes avaliações, a)
Preenchimento de Questionário de Avaliação da Prevalência de dores lombar; b)
Medidas Antropométricas: Massa corporal, Estatura; c) teste de força abdominal:
número máximo de abdominal durante um minuto. Gostaríamos de esclarecer que
sua participação é totalmente voluntária, podendo você: recusar-se a participar, ou
mesmo desistir a qualquer momento sem que isto acarrete qualquer ônus ou
prejuízo à sua pessoa. Informamos ainda que as informações serão utilizadas
somente para os fins desta pesquisa e serão tratadas com o mais absoluto sigilo e
confidencialidade, de modo a preservar a sua identidade.
Os benefícios esperados são: Conhecer a sua condição física com base nos
aspectos relacionados.
Informamos que o senhor não pagará nem será remunerado por sua participação.
Garantimos, no entanto, que todas as despesas decorrentes da pesquisa serão
ressarcidas, quando devidas e decorrentes especificamente de sua participação na
pesquisa.
Londrina, 10 de setembro de 2011.
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Pesquisador Responsável
RONALDO JOSE NASCIMENTO
RG::_ ______________
Eu,________________________________________________________ (nome
por extenso do sujeito de pesquisa), tendo sido devidamente esclarecido sobre os
procedimentos da pesquisa, concordo em participar voluntariamente da pesquisa
descrita acima.
Assinatura (ou impressão
dactiloscópica):___________________________________
Data:______________________
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ANEXO B
OFÍCIO DE SOLICITAÇÃO Ofício nº S/N / 2011 Senhor : Rodrigo Massayuki Nakamura Comandante do 1º SGB - Londrina Corpo de Bombeiros Eu, Ordilei Martins, brasileiro, casado, bombeiro militar, inscrito no CPF sob o nº 025.944.369-76, residente e domiciliado à Rua da Harmonia, 335, Conj. Ruy Virmond Carnacialy, sirvo-me do presente para solicitar a Vossa Excelência autorização para coleta de dados antropométricos (Peso e Altura), teste abdominal de um minuto e aplicação de um questionário para identificar a prevalência de lombalgia nos Bombeiros de londrina, com a finalidade de complementar meu Trabalho de Conclusão de Curso (Ed. Física), na Universidade Estadual de Londrina. Londrina, 10 de Junho de 2011. ___________________________ Ordilei Martins
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ANEXO C