Snbu 2014 - Relatos

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RELATOS DA PARTICIPAÇÃO

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Apresenta os relatos de participação dos bibliotecários do SISTEBIB UFAM no XVIII SNBU, ocorrido em Belo Horizonte em novembro de 2014.

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RELATOS DA PARTICIPAÇÃO

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P Á G I N A 2 Angela Emi Yanai O SNBU sediou a Reunião dos Repositórios Institucionais da Re-

gião Norte, no dia 17 de novembro, o evento contou com a apresentação

do “Histórico e implantação dos Repositórios Institucionais na Região

Norte” pela Diretora da Biblioteca Central da UFPA, Maria das Graças

da Silva Pena, a “Caracterização das Instituições de Ensino e Pesquisa

da Região Norte produtoras do conhecimento” pela Diretora da

Biblioteca Central da UFAM, Célia Regina Simonetti Barbalho. O

Diretor da Biblioteca Central da UFRR, Elton Neves, por sua vez,

coordenou a mesa redonda que tratava da implantação dos RI na Regi-

ão Norte.

A reunião contou, ainda, com a presença Dra. Bianca Amaro, Co-

ordenadora do Laboratório de Metodologias de Trat. e Disseminação da

Informação do IBICT, que tem acompanhado as reuniões dos RI da Re-

gião Norte e tem apoiado a implantação dos RI no país.

Definiu-se durante o evento que a próxima Reunião Norte seria

na cidade de Macapá/AP em 2015, ficando sob a responsabilidade da Bi-

blioteca da UNIFAP.

No dia 18, ocorreu as Reuniões Técnicas do IBICT, que tiveram

como pauta: 60 anos do Ibict, Novos Significados e Desafios, CCN e Co-

mut, Bibliodata, Rede Cariniana de Preservação Digital, Biblioteca

Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e o Repositórios

Institucionais (RI). Na ocasião, o IBICT lançou a TEDE2 (Sistema

de Publicação Eletrônica de Teses e Dissertações), o novo TEDE é

baseado no software DSpace, e possui customizações que também

objetivam o correto armazenamento de informações relativas à Te-

ses e Dissertações.

A partir deste evento, foi possível iniciar a implantação do novo TEDE da UFAM em parceria com o CPD. Atualmente o pro-jeto está em fase de teste para posterior divulgação e lançamento

para a comunidade acadêmica.

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Célia Alexandre de Lira O SNBU 2014 oportunizou aos participantes conhecer as novas

tendências e práticas na área de Ciência da Informação direcionadas pa-

ra as bibliotecas universitárias. O Professor Dr. Juan Carlos Fernández

Molina da Universidade de Granada, Espanha, proferiu a palestra

“Contribuição da biblioteca universitária ao uso ético e legal da informa-

ção no meio acadêmico”, o qual discorreu sobre os direitos de autor, as

poucas habilidades de professores pesquisadores e alunos sobre o uso éti-

co e legal da informação em ambiente digital na academia.

O palestrante destacou a importância das bibliotecas universitá-

rias no sentido de orientar os usuários, entretanto, mostrou resultados de

pesquisas as quais indicam que grande maioria dos profissionais que atu-

am nestes órgãos tem pouco conhecimento sobre as questões que envol-

vem os direitos autorais, mais precisamente no que se refere ao ambiente

digital, tampouco são conscientes de que essas competências fazem parte

de sua nova função profissional.

Portanto, é de suma importância que haja um plano adequado de

capacitação e conscientização dos profissionais a fim de que estes possam

desempenhar este novo papel de ‘formadores/consultores’ e evitar que

outros profissionais se apropriem desta função de conselheiros de ques-

tões éticas e legais da informação nas Universidades.

Vale destacar a contribuição da UFAM para o evento, pois foram

apresentados três trabalhos de Servidores do SISTEBIB, “Contribuição

da Biblioteca Setorial da Faculdade de Direito - UFAM para a

formação de seus usuários”, “Inteligência organizacional no con-

texto do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Ama-

zonas” e “Padrões de recursos humanos para o Sistema de Biblio-

tecas da Universidade Federal do Amazonas”.

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No período de 16 a 21 de novembro de 2014 tive a oportunidade de, pela primeira vez, partici-

par do XVIII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias – SNBU. Neste ano o evento foi realizado na

cidade de Belo Horizonte, MG pelo Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Minas Gerais –

UFMG.

Com o tema “Bibliotecas universitárias e o acesso público à informação: articulando leis, tecno-

logias, prática e gestão” o evento foi de muito aprendizado e troca de saberes e informações, além da

oportunidade de ampliar e agregar conhecimentos sobre o fazer bibliotecário no ambiente universitário.

A conferência de abertura, realizada pelo historiador inglês Peter Burke, com o tema

“Arqueologia do conhecimento e Arqueologia de bibliotecas” já iniciou o evento de forma animadora,

acentuando o papel das bibliotecas juntamente com os bibliotecários no decorrer dos anos até a atuali-

dade, pois mesmo com toda essa explosão de tecnologias que presenciamos, onde vez ou outra nossa

profissão parece estar ameaçada, continuamos firmes na sociedade e no mercado de trabalho.

Em todas as manhãs durante o evento, as conferências e mesas-redondas apresentaram temas

bastante interessantes e que geraram bastantes perguntas e discussões, onde muitos desses temas nos

deparamos diariamente nas bibliotecas, mas muitas das vezes não direcionamos nosso olhar crítico para

essas questões, gerando assim certo comodismo.

A partir de então, pude perceber o tamanho da importância do bibliotecário no meio acadêmi-

co, bem como a necessidade que temos de trabalhar o nosso perfil para sermos profissionais mais atuan-

tes, procurando nos adaptar as novas tecnologias e atuar em múltiplas atividades, como destacou Wal-

domiro Vergueiro em sua apresentação na Mesa Redonda do dia 20 de novembro:

ü - Profissionais do setor de Informação e Documentação estão em permanente mudança;

ü - A profissão deixou de se limitar a um espaço concreto.

E ainda sobre a profissão, Vergueiro apontou:

ü Misto entre técnicas tradicionais dos sistemas de informação e as novas tarefas que colocam o profis-

sional como gerador de informação, intermediário nos processos de comunicação, responsável pela ima-

gem e comunicação institucionais etc.

O evento também tratou bastante sobre questões éticas em suas conferências, começando

com Juan Carlos Fernández Molina, da Universidade de Granada – Espanha, que tratou sobre a

“Contribuição da biblioteca universitária ao uso ético e legal da informação no meio acadê-

mico”. Em sua apresentação enfatizou a questão do direito autoral de alunos, professores e

pesquisadores sobre qualquer que sejam suas criações no ambiente acadêmico, sem que

haja a necessidade de registrá-las (o que até então acreditava que somente o que houvesse

sido registrado oficialmente haveria a legalidade de direito autoral), bem como a distribui-

ção e a reprodução de obras e no quê isso implica eticamente.

No evento também pude prestigiar colegas bibliotecárias que apresentaram trabalhos pro-

venientes da UFAM (elas com certeza foram incentivadoras para que nos próximos eventos

eu também faça submissões), visitei vários estandes de editoras – o que possibilitou melhor

conhecimento sobre as áreas do conhecimento que abrangem, bem como os serviços que disponibilizam

–, de equipamentos de segurança e mobiliários (me encantei e sonhei com nossas bibliotecas melhor

Denise Costa

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No período de 16 a 21 de novembro de 2014 tive a oportunidade de, pela primeira vez, partici-

par do XVIII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias – SNBU. Neste ano o evento foi realizado na

cidade de Belo Horizonte, MG pelo Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Minas Gerais –

UFMG.

Com o tema “Bibliotecas universitárias e o acesso público à informação: articulando leis, tecno-

logias, prática e gestão” o evento foi de muito aprendizado e troca de saberes e informações, além da

oportunidade de ampliar e agregar conhecimentos sobre o fazer bibliotecário no ambiente universitário.

A conferência de abertura, realizada pelo historiador inglês Peter Burke, com o tema

“Arqueologia do conhecimento e Arqueologia de bibliotecas” já iniciou o evento de forma animadora,

acentuando o papel das bibliotecas juntamente com os bibliotecários no decorrer dos anos até a atuali-

dade, pois mesmo com toda essa explosão de tecnologias que presenciamos, onde vez ou outra nossa

profissão parece estar ameaçada, continuamos firmes na sociedade e no mercado de trabalho.

Em todas as manhãs durante o evento, as conferências e mesas-redondas apresentaram temas

bastante interessantes e que geraram bastantes perguntas e discussões, onde muitos desses temas nos

deparamos diariamente nas bibliotecas, mas muitas das vezes não direcionamos nosso olhar crítico para

essas questões, gerando assim certo comodismo.

A partir de então, pude perceber o tamanho da importância do bibliotecário no meio acadêmi-

co, bem como a necessidade que temos de trabalhar o nosso perfil para sermos profissionais mais atuan-

tes, procurando nos adaptar as novas tecnologias e atuar em múltiplas atividades, como destacou Wal-

domiro Vergueiro em sua apresentação na Mesa Redonda do dia 20 de novembro:

ü - Profissionais do setor de Informação e Documentação estão em permanente mudança;

ü - A profissão deixou de se limitar a um espaço concreto.

E ainda sobre a profissão, Vergueiro apontou:

ü Misto entre técnicas tradicionais dos sistemas de informação e as novas tarefas que colocam o profis-

sional como gerador de informação, intermediário nos processos de comunicação, responsável pela ima-

gem e comunicação institucionais etc.

O evento também tratou bastante sobre questões éticas em suas conferências, começando

com Juan Carlos Fernández Molina, da Universidade de Granada – Espanha, que tratou sobre a

“Contribuição da biblioteca universitária ao uso ético e legal da informação no meio acadêmico”. Em sua

apresentação enfatizou a questão do direito autoral de alunos, professores e pesquisadores sobre qual-

quer que sejam suas criações no ambiente acadêmico, sem que haja a necessidade de registrá-las (o que

até então acreditava que somente o que houvesse sido registrado oficialmente haveria a legalidade de

direito autoral), bem como a distribuição e a reprodução de obras e no quê isso implica eticamente.

No evento também pude prestigiar colegas bibliotecárias que apresentaram trabalhos proveni-

entes da UFAM (elas com certeza foram incentivadoras para que nos próximos eventos eu também faça

submissões), visitei vários estandes de editoras – o que possibilitou melhor conhecimento sobre as áreas

do conhecimento que abrangem, bem como os serviços que disponibilizam –, de equipamentos de segu-

rança e mobiliários (me encantei e sonhei com nossas bibliotecas melhor estruturadas), e ainda os de

sistemas para automação de bibliotecas e estandes institucionais.

Denise Costa

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Flaviano Lima de Queiroz Relato de experiências e conhecimentos obtidos na participação do XVIII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, com ênfase em assuntos tratados nas exposições orais e visitas aos stands. O tema tratado por profissionais da Universidade Federal do Ceará sobre a contribuição do Sistema Pergamum na gestão da política de desen-volvimento do acervo e do sistema de bibliotecas, constatou a importância deste produto no mercado de sistemas automatizados pelos resultados obti-dos no armazenamento, controle e disseminação seletiva da informação, e especialmente na prestação de serviços aos usuários. O Pergamum é um produto com possibilidades de adequação às peculiaridades institucionais e às demandas que surgem com as inovações tecnológicas e científicas, o que tem potencializando a gestão do Sistema de Informação da Universidade Federal do Ceará e seu desenvolvimento de coleções. Considerando-se que há perspectivas do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Amazonas em implantar um repositório institucio-nal, e sendo este assunto abordado em diversos trabalhos orais no SNBU, passo a relatar sucintamente um apanhado dos dados colhidos nas pesqui-sas de instituições do ensino superior, tais como a UFLA-Universidade Fe-deral de Lavras, UFRB-Universidade Federal do Recôncavo da Bahia eU-NESP-Universidade Estadual Paulista. O IBICT-Instituto Brasileiro de Ciência e Tecnologia vem ao longo dos anos desenvolvendo softwares para armazenamento e difusão do conhe-cimento científico, tecnológico e artístico produzido pelas Instituições de Ensino Superior. A expansão dos cursos de pós-graduação lato e stricto sensu e a explo-são da produção científica, tecnológica e artística, tem impulsionado as ins-tituições no investimento de tecnologias de ponta que propiciem a guarda segura e a ampla divulgação de seus produtos. O Repositório Institucional surge como uma eficiente ferramenta para este fim. A elaboração do projeto para implantação do Repositório Institucio-nal deve contemplar etapas como: definição da missão, objetivos e equipe

de trabalho, escolha do software, planejamento de custos, análise do contexto, desenvolvimento de políticas de funcionamento que con-templem normas específicas para o depósito, preservação do acervo, estratégias de difusão e avaliação de desempenho. O SNBU também promoveu conferências que foram proferi-das por preletores de altíssimo nível, mesas redondas, reuniões técni-cas, como a do Sistema Pergamum, exposição de produtos e serviços para uso de Sistemas de Bibliotecas nos stands. Propiciou interação e troca de experiências entre profissio-nais de diversas instituições de ensino superior, tanto públicas como privadas do Brasil.

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Ivana de Jesus Ferreira Ao participar do XVIII Seminário Nacional de Bibliotecas Universi-

tárias, realizado em Belo Horizonte, MG, no período de 16 a 21 de novem-

bro de 2014, estivemos envolvidas na exitosa campanha para captação do

Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias – 2016, a ser realizado em

Manaus, pela UFAM, assistimos a palestras, apresentação de trabalhos e na

interação com profissionais de várias partes de nosso país.

Entre as várias apresentações de trabalhos técnicos que assistimos,

cito a de Adriana A. Oliveira, da Universidade Federal de Juiz de Fora

(UFJF) – Inovação e disponibilização de serviços nas bibliotecas da Univer-

sidade Federal de Juiz de Fora.

Neste trabalho ela conta a experiência de implantar o empréstimo de

tablets e netbooks, disponibilização de rede WI-FI na Biblioteca Universi-

tária (BU), aquisição de acervo digital, disponibilização dos scanners plane-

tários, empréstimo de acervo impresso aos alunos de educação a distância,

atendimento online e implantação do sistema para geração automática de

ficha catalográfica para TCCs, Teses e Dissertações defendidos na UFJF.

Em sua apresentação a autora pontuou os benefícios e as dificulda-

des encontradas durante a implantação dos serviços e os métodos utilizados.

Pontuou ainda a necessidade de elaborar métodos para avaliação da aceita-

ção e uso dos serviços pela comunidade acadêmica para análise dos próxi-

mos investimentos em acervo digital, bem como verificação de adequação;

falou que a cada serviço implementado reforça o posicionamento de busca

contínua de atendimento às necessidades dos usuários das Bibliotecas,

gera confiança na equipe, demonstrando o retorno na capacitação contí-

nua e comprometimento da mesma.

O empréstimo de tablets e netbooks, disponibilização da rede Wi-

Fi na Biblioteca e dos scanners planetários contribuíram para o aumento

de usuários no recinto, demonstrando que a comunidade universitária

almeja e necessita de serviços que contribuam para o alcance do objetivo

maior da UFJF: ensino, pesquisa e extensão.

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Lúcia Martins O credenciamento foi rápido, o crachá com código de barras foi um grande facilitador como frequência nos eventos principais, a ameaça de pagar R$ 200,00 a quem o perdesse, era sem dúvida um incentivo para guardá-lo como preciosida-de. Na solenidade de abertura tivemos como conferencista Peter Burke da U-niversidade de Cambridge-Reino Unido, falando sobre “Arqueologia do conheci-mento e arqueologia de bibliotecas”, interessante todo conteúdo abordado, ressal-to que intrigante foi perceber como um “idozinho” tem uma mente antenada, mais inovadora do que muito bibliotecário recém-formado, com questionamentos que nos fazem repensar a postura que estamos tendo diante do fazer profissional. Dentro do tema “Organização da informação, práticas colaborativas e re-des de conhecimento: desafios à atuação Bibliotecária”, cujo eixo temático foi “Organização e serviços de informação”, na segunda-feira pela manhã, ouvimos o conferencista Juan Carlos Fernández Molina da Universidade de Granada-Espanha falar sobre “Contribuição da biblioteca universitária ao uso ético e legal da informação no meio acadêmico”. Já a Mesa redonda trouxe o tema “Organização da informação e do conhecimento em contextos colaborativos e in-tegrados em rede” com Mariângela Fujita da Universidade Estadual Paulista, Si-mone Santos e Cristina Ortega da UFMG. Local com ótima estrutura, várias espaços para os eventos simultâneos, um dos quais participei foi a “Reunião do Comitê Brasileiro de Desenvolvimento de Coleções (CBDC)”, com ampla discussão sobre aquisição de material bibliográ-fico, principalmente de e-books. Ressalto um momento impar para a confraterni-zação com os pares, além do coffee break, a hora do almoço, com várias opções, pontos acessíveis devido o local do evento ter em seu entorno o Mercado Central, restaurantes, shopping e feiras. O tema da terça-feira foi “Políticas de informação e autonomia científica: questões para reflexão” teve como eixo temático “Leis de acesso público à infor-mação e gestão de bibliotecas universitárias” com Marie Pellen do Centre Natio-nal de La Recherche Scientifique – OpenEdition ministrando sobre “OpenEdition: um portal para as ciências sociais e humanas em acesso aberto”. No mesmo dia Mesa Redonda, com tema “Acesso e gestão da informação em ins-tituições superiores de ensino e pesquisa” com Hélio Kuramoto da UFMG, Rosaly Favero Krzyzanowski da Fapesp e Maria Aparecida Moura da UFMG. Nos diversos auditórios eram realizadas a “Comunicação Oral”, onde tive-

mos a representação da Ufam no artigo “Padrões de Recursos Humanos para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Amazonas” de Raquel Lira, Milene Miguel e Célia Simonetti. Tivemos ainda a defesa de dois artigos em formato “Pôster”, sendo um intitulado “Inteligência organizacional no contexto do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Amazonas” das autoras Angela Emi Yanai, Cláudia Souza, Amanda Barbosa e Célia Si-monetti que, de vermelho, apresentou com entusiasmo o conteúdo. O outro artigo “Contribuição da Biblioteca Setorial da Faculdade de Direito-Ufam para a formação de seus usuários” dos autores Raquel Santos Maciel, Rai-mundo Martins de Lima e Lúcia Martins, cuja apresentação arrancou dos

poucos presentes questionamentos que enriqueceram ainda mais as ideias expos-tas.

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A quarta-feira inicia com o tema “Comunicação científica: padrões internacionais, diálogos e repercussões locais”, e Antônio Agenor Briquet de Lemos da UnB, dentro do eixo temático “Comunicação Científica” fala sobre “A comunicação científica nos dias atuais: do produto a comodity”. Pra finalizar os trabalhos pela manhã, tivemos a Mesa Redonda composta por Luís Paulo Bogliolo do Ministério da Cultura, Elenara Almeida da Ca-pes e Kátia Cristina Vaz do Inep, que discutiram o tema “Comunicação científica, inovação e direito autoral”. Na noite deste mesmo dia houve o Baile de Confraternização que reuniu elegância e estilo em momentos de descontração e estreitamento de laços.

Depois de uma noite dançante, a quinta-feira começa como tema “Bibliotecas universitárias: intermediação e produção do conhecimento em tempos de conexões digitais” com eixo temático “Tecnologia”. Ouvimos Murilo Bastos da Cunha da UnB falar sobre “A biblioteca universitária e a gestão de dados científicos”. A mesa redonda desta manhã põe em pauta “Novas agendas de atuação e os perfis profissionais em bibliotecas univer-sitárias”, que reuniu Ricardo Soares da Fundação Dorina Nowill para ce-gos, Lilian Alvares da UnB e Ibict, e Waldomiro Vergueiro da Usp a deba-terem o assunto.

E pra fechar a semana ”Ética, conhecimento e cultura informacio-nal: o papel das bibliotecas universitárias” na fala de Ladislau Dowbor da Puc-SP com a conferência “Ética da informação na era contemporânea: considerações sobre os dilemas éticos e as questões profissionais”, tema ain-da apresentado por Lídia Alvarenga da UFMG com “Ética na sociedade e na Ciência da Informação”.

A sessão de encerramento foi cheia de emoção, primeiro pelo pro-nunciamento do Presidente do XVIII SNBU e depois pela escolha da sede do XIX SNBU. O Maranhão mostra suas belezas e a Diretora da Biblioteca Central mostra a grandeza da Amazônia e suas possibilidades para encantar ainda mais o imaginário de quem ainda não conheceu este enorme pedaço do Brasil. Já não bastasse todo frisson em torno da votação para o local do próximo Seminário, Amazonas ou Maranhão, ainda vem em empate, nem lá nem cá. Depois de tantas idas e vindas para decidirmos pra onde levaríamos o povo bibliotecário do Brasil a discutir novos desafios, democraticamente opta-se por um sorteio. Quanta expectativa, desafio em acolher e descortinar para um público cheio de procuras, um cenário só nosso. Quem vence no sorteio? Ah, nosso Amazonas.

Agora em nossas mãos o compromisso em fazer jus aos anseios dos bibliotecários que virão ouvir os palestrantes, discutir os mais diversos te-mas, envolver-se com assuntos que nascem nos mais diversos espaços por onde circula a informação. E que sejam todos bem vindos.

Lúcia Martins

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Marilena Franco Gonçalves Tendo como tema “ O acesso público a informação “ com ênfase em

leis,tecnologias ,práticas e na gestão, foi realizado em Belo Horizonte, no

período de 16 à 21 de novembro/2014, a 18ª edição do SNBU, o evento foi

promovido pelo Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Minas

Gerais, e contou com a participação de 18 bibliotecários do SISTEBIB/

UFAM.

O historiador Peter Burke, participou da abertura do evento e rela-

tou em inglês, com tradução simultânea, sobre os bibliotecários que fizeram

história, entre eles Melvil Dewey, Paul Otlet e Henri La Fontaine.

Durante o SNBU, os bibliotecários puderam compartilhar informa-

ções e e-mails com profissionais de diversas instituições, os contatos ocorre-

ram nos intervalos das apresentações orais, de pôster e na hora do coffe-

break . Não foi possível assistir a todas as apresentações, pois as mesmas

estavam ocorrendo simultaneamente, portanto, foram escolhidas aquelas

que estavam diretamente ligadas ao dia- dia da biblioteca setorial.

Das apresentações que acompanhamos, destacamos o trabalho da

Marina Yamashita da USP , “ O ABC DA CONSERVAÇÃO ” , que relatou

como foi criada a campanha para conscientizar e sensibilizar os alunos para

que repensassem suas ações enquanto usuários. Apresentou as principais

características, de forma descontraída, de alguns tipos de usuários que fre-

quentam a biblioteca, como por exemplo, o Pharmachemicus, Sujum, Stra-

gus, Ocultum, Cansadus, Celularium , Desorientadus etc...

E o trabalho da Francisca Nascimento da UFES, “ O GRAU DE

SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DA BIBLIOTECA CENTRAL DA U-

FES EM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS E INFRAESTRUTURA OFERE-

CIDOS “ , Analisa a satisfação dos usuários da Biblioteca Central da Uni-

versidade Federal do Espírito Santo (UFES) ,com os serviços e a infraes-

trutura disponibilizada.Utiliza a pesquisa quantitativa, avalia a satisfa-

ção em 3 áreas de atuação da biblioteca : os serviços remotos, os serviços

presenciais e a infraestrutura.

Ao final do evento a cidade de Manaus foi eleita como sede do pró-

ximo SNBU. O evento será promovido pela Universidade do Amazonas

com o apoio da Universidade do Estado do Amazonas e Instituto Fede-

ral do Amazonas.

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Maria Leonora Gomes de Souza Ao comentar importante evento, não podemos deixar de citar, a

faraônica candidatura e efetivação de Manaus, como sede do SNBU 2016. A maioria das palestras, minicursos e apresentações de banners foi importante, e a maioria deixou ensinamentos que deveríamos colocar em prática em nossa Instituição de ensino, pois a Biblioteca Universitária é assunto global e está avançando patamares de estudo e inovações.

Não daria para citar todas as apresentações que gostei, mas citarei a que mais se assemelha a este problema, preocupação que nos faz refletir e analisar procurando meios e recursos para que sejamos vistos e, não apenas isso, mas preocupados em sermos servidores de excelência para muitos, que se enquadram no processo chamado minoria. Realidade essa, que nos emparelha em muitas situações de conflitos e não preparação para receber usuários em todas as condições de acessibilidade.

“A gestão dos serviços informacionais no Sistema de Bibliotecas da

Universidade Federal de Goiás: acessibilidade para pessoas com deficiência físi-

ca, visual e auditiva” de autoria de Rita de Cássia Barbosa Pereira, Eunice Ma-ria Nazarethe Nonato – Universidade Federal de Goiás. Segundo as autoras, a pesquisa permitiu entender a necessidade de providências pelos setores do Sis-tema de Bibliotecas, na obtenção de recursos financeiros para o desenvolvi-mento de projetos para acessibilidade aos serviços e produtos das bibliotecas pelos usuários com deficiência física, visual e auditiva.

Acredita-se que os resultados da pesquisa, contribuem para a ges-tão da Biblioteca Universitária, na identificação de problemas relacionados a ausência de planos, os quais dificultam a gestão da acessibilidade nos serviços oferecidos aos usuários com deficiência. A maior contribuição se dá com o uso das funções administrativas: planejamento, organização, direção e controle. Assim pode oferecer subsídios aos gestores para adequação dos serviços através de planos, com enfoque na acessibilidade como principal fator que contribui

com o direito de ingresso, permanência e utilização de todos os espaços e serviços por pessoa com deficiência, possibilitando a educação inclusiva no ensino superior. As autoras relataram com riqueza de detalhes a necessidade que se tem para planejarmos acessibilidade para os usuários com necessidades especiais que utilizam espaço de nossas bibliotecas. Deve-se refletir e colo-car em prática os direitos existentes em nosso país, pois todos temos direi-to às condições que melhor se adequarem às nossas necessidades as leis re-lativas a acessibilidade pesquisas, cidadania começa do ponto de respeitar-

mos as limitações de cada um.

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Milene Miguel do Vale

A Participação no XVIII Seminário Nacional de Bibliotecas Uni-

versitárias (SNBU 2014), no período de 16 a 21 de novembro de 2014 –

“Bibliotecas Universitárias e o aceso público à informação: Articulando leis,

tecnologias, práticas de gestão”, nos permitiu comparecer à palestras, con-

ferências e reuniões referentes ao desenvolvimento das bibliotecas universi-

tárias e seus serviços, bem como a apresentação de trabalhos orais e expo-

sição de posters relativos ao tema do evento.

Entre as conferências destaco a proferida pelo prof. Juan Carlos

Fernández Molina (Universidade de Granada – Espanha) - “Contribuição

da biblioteca universitária ao uso ético e legal da informação no meio aca-

dêmico”, que nos apresentou os resultados de sua pesquisa, realizada com alunos, professores e bibliotecários na Universidad de Granada em 2009 - O objetivo do professor foi mostrar a situação do uso da informação no meio universitário e verificar as habilidades de professores, alunos e biblio-tecários sobre o tema. Segundo ele todas as obras criadas tanto pelos pro-fessores, como pelos alunos tem direitos autorais, não havendo necesidade de registrá-los. Mostrou que, a maioria dos bibliotecários tem um conheci-mento muito limitado dessas questões, a grande maioria reconhece a sua ignorância do conteúdo básico das limitações a favor das bibliotecas e do ensino. Segundo o conferencista, eles não conhecem as novas tendências copyleft, tão útil para os novos projetos e repositórios digitais o uso ético e legal da informação é essencial no meio acadêmico, a maioria dos professo-res e alunos não têm as habilidades para fazê-lo corretamente. Para o pro-fessor, os bibliotecários devem assumir este novo papel de formadores/

consultores, Se não o fizerem, outros profissionais ocuparão es-

se espaço. O professor finalizou comentando, que o uso ético da informação no ambiente acadêmico é fundamental, destacou o baixo conhecimento do assunto pela comunidade e ressaltou o

dever das bibliotecas de oferecer orientação. Paletta conclui que hoje em dia se conhece muita coisa sobre planejamento, aquisição, organização, controle e desenvolvi-

mento de coleções, mas muito pouco sobre como as pessoas fa-zem uso dos sistemas ou para que fins e como a informação, que é a matéria-prima dos sistemas, está sendo utilizada.

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Também merece destaque a apresentação oral de Francisco Carlos

Paletta – “ Gestão de sistemas de informação em bibliotecas” – Neste tra-

balho Paletta afirma que o uso de tecnologias digitais esta evoluindo em direção a soluções abrangentes de gerenciamento de tecnologia da informa-

ção (TI) para que utilizem um único repositório e uma única interface, re-

duzindo radicalmente os custos e a complexidade do gerenciamento de seus

recursos. Segundo ele, é fundamental automatizar, simplificar e integrar as

funções de gerenciamento de TI a partir de um único console com base na

Web. Entendendo que a Biblioteca não é provedora de TI, mas sim, res-

ponsável pelo seu gerenciamento, tendo como desafio aprender a utilização

básica dos recursos tecnológicos devendo a seguir apropriar-se dos mesmos para gerar novos conhecimentos.

Afirma ainda, que as mudanças ocasionadas pela tecnologia usada para gerar, disseminar, acessar e usar a informação demanda por habilida-des e competências relacionadas ao acesso, uso e disseminação da informa-ção, o que resulta no surgimento de um novo usuário da informação com novas demandas por recursos computacionais e novas capacidades em pro-duzir novos conhecimentos.

Paletta conclui que hoje em dia se conhece muita coisa sobre plane-jamento, aquisição, organização, controle e desenvolvimento de coleções, mas muito pouco sobre como as pessoas fazem uso dos sistemas ou para que fins e como a informação, que é a matéria-prima dos sistemas, está sendo utilizada.

Milene Miguel do Vale

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Rafael L. Medeiros Ferreira

Entre os dias 16 e 21 de novembro de 2014, aconteceu na cida-

de de Belo Horizonte, o XVIII Seminário Nacional de Bibliotecas Uni-

versitárias (SNBU), este foi o primeiro evento científico que participei

enquanto profissional. Participar do XVIII SNBU me permitiu adentrar

às temáticas da biblioteca universitária além do conhecimento teórico.

O encontro com outros profissionais propiciou o diálogo acerca do que

realmente é biblioteca universitária, sua estrutura, serviços, problemas,

responsabilidades e seu papel em dar suporte à pesquisa, ensino e

extensão.

Notou-se, a partir da integração com outros bibliotecários, que

cada unidade de informação é única, com seus profissionais, usuários,

estrutura, demandas, rotinas e dificuldades. Essa troca de informação

foi válida no intuito de adotarmos novas práticas, conhecendo a reali-

dade brasileira, seus pontos fortes e fracos e novos métodos de traba-

lho.

Dentre os trabalhos apresentados, escolhi discorrer sobre o arti-

go escrito pelas bibliotecárias Patrícia Silva e Alex Salustino Silva da

Universidade Federal da Paraíba (UFPB), entitulado “Usando o blog

para promover serviços na biblioteca universitária”.

O texto relata a experiência das bibliotecárias em divulgar os

serviços oferecidos pelo sistema de bibliotecas a partir das

plataformas digitais, foi criado um blog para a biblioteca que

além de divulgar os serviços ofertados, passou a realizar

algumas atividades de referência como a divulgação de no-

vas obras incorporadas ao acervo, confecção de citações,

referências e orientação quanto à ABNT. Segundo uma das

autoras, o blog foi a forma encontrada de investir no marke-

ting institucional sem ônus para a instituição, e segundo ela,

o blog foi bastante assertivo, pois foi capaz de alcançar

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Briquet de Lemos da Universidade de Brasília proferiu a conferência

“A comunicação científica nos dias atuais: de produto a comoditty, a qual

tratou de aspectos econômicos da comunicação científica e da informação

como commodity. Murilo Bastos da Cunha da universidade de Brasília tra-

tou da biblioteca universitária e a gestão de dados científicos. O conferencis-

ta Ladislau Dowbor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC

-SP) discursou sobre ética da informação na era contemporânea abordando

as considerações sobre os dilemas éticos e as questões profissionais.

Cabe destacar que a minha participação no evento teve como princi-

pal objetivo a defesa oral da comunicação científica “Padrões de recursos

humanos para o sistema de bibliotecas da Universidade Federal do Amazo-

nas” a qual apresentou resultado parcial do estudo realizado nas oito Bibli-

otecas Setoriais (BS) do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do

Amazonas (SISTEBIB/UFAM) com o objetivo de definir padrões mínimos

de recursos humanos para unidades de informação, visando garantir a qua-

lidade dos serviços desenvolvidos por cada unidade. Vale ressaltar, que par-

ticipei da campanha vitoriosa de Manaus como sede do XVIV Seminário

Nacional de Bibliotecas Universitárias a ser realizado em 2016.

Rafael L. Medeiros Ferreira

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Raquel Maciel A Bibliotecária Raquel Santos Maciel apresentou, em formato Pôster, o

trabalho intitulado “Contribuição da Biblioteca Setorial da Faculdade de Di-

reito-UFAM para a formação de seus usuários”, o qual é resultado da avaliação

do acervo de livros da Biblioteca Setorial da Faculdade de Direito-UFAM

(BSFD-UFAM). Tendo como orientador o Prof. Dr. Raimundo Martins de Li-

ma, do Departamento de Arquivologia e Biblioteconomia da Universidade Fe-

deral do Amazonas, o trabalho ainda contou com a prestimosa contribuição da

Bibliotecária Lúcia Martins Pereira de Oliveira e teve como objetivo subsidiar

a elaboração da Política de Formação e Desenvolvimento de Coleções para o

Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Amazonas (SISTEBIB-

UFAM).

A pesquisa teve como categorias de análise: cobertura dos assuntos, mé-

dia de duplicação, idade das obras e satisfação dos usuários. Iniciou-se com a

consulta ao acervo de livros para a coleta de informações acerca da cobertura,

média de duplicação e idade das obras. Depois, elaborou-se o questionário para

detectar a satisfação dos usuários acerca dos serviços de consulta local e em-

préstimo domiciliar. Este questionário também contou com uma indagação em

relação à contribuição da Biblioteca Setorial da Faculdade de Direito para a

formação de seus usuários: se a contribuição estava mais ligada ao espaço físico

ou ao acervo de livros.

O referencial teórico foi pautado pelos estudos acerca do comportamen-

to ético na prestação de serviços, da natureza jurídica das bibliotecas e dos pro-

cessos de formação e desenvolvimento de coleções, focalizado, especialmente,

nos autores: Francisco das Chagas de Souza (2013), José Ortega y Gasset

(2006), Simone da Rocha Weitzel (2006), Ana Cristina Mischiati e Marta

Lígia Pomim Valentim (2005) e Suzana Mueller (1984).

A questão da ética na prestação de serviços está ligada ao compor-

tamento livre de preconceitos e de individualizações, ou seja, o indivíduo,

revestido em sua profissão, busca o conhecimento do outro e da instituição

onde está inserido, com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento da

sociedade como um todo e não apenas do atendimento de seus interesses

pessoais.

A natureza jurídica das bibliotecas diz respeito à dependência das

bibliotecas à instituição que a criou, levando-nos ao entendimento de que

seus produtos e serviços devem ser elaborados com base nos objetivos ins-

titucionais e seu atendimento.

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Raquel Alexandre de Lira O Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Minas Gerais (SB/

UFMG) sediou o XVIII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias

(SNBU), com o tema “Bibliotecas universitárias e o acesso público à informa-

ção: articulando leis, tecnologias, práticas e gestão”. O seminário trouxe refle-

xões sobre o novo papel das bibliotecas e dos profissionais da informação, dian-

te da produção contemporânea do conhecimento e do olhar da sociedade civil,

destacou a importância da informação no contexto social em função da edição

de vários dispositivos legais, dentre os quais a Lei de Acesso a Informação.

O Seminário é conhecido como um dos maiores fóruns de debate e refle-

xão na área de biblioteconomia e ciências da informação, a XVIII edição foi

organizada em vários eixos temáticos como: Gestão da Informação e Conheci-

mento; Leis de Acesso Público à Informação; Gestão de Bibliotecas Universitá-

rias; Comunicação Científica e Tecnologia. As temáticas possibilitaram refletir

sobre as práticas bibliotecárias, conhecer novas tecnologias e tornou o ambien-

te propício para troca de experiências.

A palestra de abertura com o título “Arqueologia do conhecimento e

arqueologia de bibliotecas” proferida por Peter Burke da Universidade de Cam-

bridge explanou acerca do papel dos bibliotecários e das bibliotecas na história

do conhecimento. O pesquisador enfatizou a importância desses profissionais e

das bibliotecas no atual contexto de informação fragmentada e da crescente

inovação tecnológica.

A programação do evento teve cinco conferências magnas e quatro me-

sas redondas, além de diversas apresentações orais e em formato pôster. O con-

ferencista Juan Carlos Fernándes Molina da Universidade de Granada pales-

trou sobre a contribuição da biblioteca universitária e o uso ético e

legal da informação no meio acadêmico. Enquanto Marie Pellen do

Centre National da La Recherch Scientifique (CNRS) tratou do Ope-

nEdition como um portal para as ciências sociais e humanas em acesso

aberto. Os estudos sobre a formação e o desenvolvimento de coleções evidenciam a imprescindibilidade de uma Política que apresente critérios e princípios para o desempenho dos processos de seleção, aquisição e avaliação de acer-vos, além do envolvimento dos diversos segmentos institucionais nessas atividades. No que diz respeito à cobertura dos assuntos, os resultados eviden-ciaram um total de 5.435 títulos da área de Direito e 38% deles sendo da

classe 347 – Direito Civil; com baixa cobertura nas demais classes.

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A média de duplicação ficou em 1,66 exemplares por título, considerada extremamente baixa para atender um quantitativo de 126 vagas disponibilizadas anualmente para o Curso de Direito. A pesquisa sobre a idade das obras revelou que a maioria dos títulos, 36%, são da década de 2000, o que pode sugerir que as obras são atualizadas. A segunda etapa da pesquisa foi caracterizada pelo envio, por e-mail, de questionário (com perguntas abertas, fechadas e de múltipla escolha) aos usuários regularmente matriculados no Curso de Direito-UFAM. Do universo de 692 alunos regularmente matriculados, enviou-se o questionário a 555 alunos que possuíam endereço de e-mail cadastrado junto à Pró-Reitoria de Graduação (PROEG), des-ses obteve-se 15% de respostas. Os alunos foram questionados sobre o seu turno de estudo: divididos entre os turnos vespertino e noturno (43% e 42%, respectivamente). Sobre sua frequência à BSFD-UFAM: 1 vez por semana, em sua maioria. Sobre a recuperação física: de dez (10) livros procurados na BSFD a maio-ria respondeu que recupera dois (02) livros e as causas apontadas são a inexistên-cia do título no acervo e a baixa média de duplicação. Sobre a adequação de conteúdo: dos dois (02) livros recuperados a maioria apontou que a adequação ficou entre dois (02) e um (01) livros adequados aos ob-jetivos de busca, sendo a causa da inadequação a desatualização e o pouco apro-fundamento dos assuntos. O questionamento acerca da maior contribuição da BSFD-UFAM para a formação de seus usuários, foi apontado o “espaço físico” como o mais importante nesse contexto, pois a referida biblioteca recebe muitos alunos que desejam utilizar seu espaço para ler seus próprios livros. Por último, comparou-se as referências bibliográficas do Projeto Pedagógi-co do Curso de Direito com o acervo de livros e constatou-se que dos 759 títulos a base do Pergamum-UFAM conta com 389 títulos ou 51,25%. Isso pode explicar os resultados coletados in loco e as respostas dos usuários ao questionário da pesqui-sa. Concluiu-se que pela falta de uma Política de Formação e Desenvolvimen-to de Coleções, documento que deve apresentar os critérios para os processos de seleção, aquisição e avaliação dos acervos, e, consequentemente, pela aleatorieda-de como esses processos foram desempenhados por um longo período de tempo, pode-se explicar os resultados negativos. Dessa forma, após a reconfiguração do Sistema de Bibliotecas da Universi-dade Federal do Amazonas (SISTEBIB/UFAM) e a institucionalização da Política de Formação e Desenvolvimento de Coleções para o SISTEBIB/UFAM, busca-se maximizar as atividades de seleção, aquisição e avaliação dos acervos envolvendo toda a comunidade universitária nesse processo: docentes, discentes e bibliotecá-rios, por meio das Comissões de Seleção e Avaliação de Acervos (CSAA). Por fim, considera-se que esta pesquisa muito contribuiu tanto para o obje-tivo inicialmente proposto como para meu trabalho a frente da Divisão de Seleção e Aquisição (DSA), pois ampliou meus conhecimentos acerca de um determinado acervo e como proceder para a adequação dos acervos aos objetivos institucionais.

Raquel Alexandre de Lira

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Renée Rosanne Vaz Nina Participei da campanha de captação para o próximo SNBU 2016

ocorrer em Manaus, o que foi conseguido pelo esforço e empenho coletivo

junto às colegas da Universidade do Estado do Amazonas e Instituto

Federal do Amazonas (IFAM). Compareci a algumas palestras sobre

Pergamum, acessibilidades, gestão de bibliotecas e serviços entre outras,

que trataram de assuntos diretamente relacionados ao processamento

técnico da informação, como: indexação, vocabulário controlado, acervo

especial e representação descritiva e temática.

Entretanto, foi a palestra do trabalho de Derlita Machado Silva et

al., sob o título Acessibilidade no Sistema de Bibliotecas da Universidade

Federal da Bahia – SIBI/UFBA: uma análise do atendimento ao usuário

pessoa com deficiência - PCD, sobre a acessibilidade na biblioteca e o

atendimento ao usuário, que mais me impressionou. Foi apresentado o

estudo de caso realizado por meio de questionários como instrumento de

coleta de dados, aplicados a uma amostra constituída por 10 servidores

gestores, em 10 das 22 bibliotecas do SIBI/UFBA. Dentre os objetivos

específicos foram destacados elementos necessários para acessibilidade do

usuário PCD, como: estacionamento, rampas de acesso; iluminação,

estrutura física adequada à circulação (sem barreiras), com corrimão,

sinalização no piso, distância entre as estantes e as portas para cadeiras de

rodas, mobiliário com altura e profundidade apropriadas e quantidade

suficientes; terminais de consulta adaptados a pessoa com deficiência

motora e visual; quantidades de obras em braile e materiais audiovisuais;

telefones públicos para surdos, sinalizações e informações dos produtos/

serviços específicos a esses usuários. Também verificaram a

existência de capacitação dos servidores para o atendimento

diferenciado e da inclusão do desenvolvimento e formação de

coleções das bibliotecas com acervo em braile, falados e áudio livros.

A conclusão do estudo foi que as bibliotecas não prestam um

atendimento satisfatório ao usuário PCD, pois foi constatado que

há falta de infra estrutura adaptada e pessoal e serviços qualificados

para o atendimento desse usuário PCD.

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Muito embora, essa conclusão represente a realidade do SIBI/

UFBA, amplamente pesquisada em seus elementos variados, uma crítica ao

estudo aqui é levantada: há falta de coleta de dados sobre usuários PCD

reais existentes na UFBA, além de suas específicas deficiências. Esses dados

confirmariam a real necessidade de treinamentos de pessoal e adaptações de

serviços, instalações, mobiliários, equipamentos e materiais. Serviriam

como fortes argumentos às modificações e qualificações que o ambiente

exige no seu dia a dia.

Essa sempre foi uma preocupação pessoal e profissional. E não há

ação alguma ocorrendo nas unidades da Universidade Federal do Amazonas

(UFAM) para sanar os problemas ou constrangimentos causados pela falta

de acessibilidade para a PCD. A maioria das unidades da UFAM não possui

rampa de acesso ao segundo andar dos prédios, nem sinalização horizontal

ou vertical eficazes para auxiliar e/ou não constranger a PCD. Isso impede o

acesso de cadeirantes ou pessoas com alguma deficiência física ou obesa às

instalações da UFAM, ou, no mínimo, causa constrangimentos a essas

pessoas. Há uma rampa para acesso ao segundo andar em um prédio da

Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (FEFF), mas, a porta, no alto

da rampa está sempre trancada, então, para quê a rampa? Muito menos há

ações nas bibliotecas para minorar esses problemas. A Biblioteca Setorial do

Setor Norte (BSSN) possui suas salas de leitura no segundo andar sem

nenhum acesso por meio de rampa ou elevador. Não há iniciativa nas

nossas as bibliotecas para atendimento, por meios não convencionais, a

essas pessoas que necessitam ter acesso às bibliotecas, informações e ao

conhecimento. Assim, não há acervo em Braille ou sonoro ou pessoas

treinadas ou equipamentos ou qualquer facilidade para PCD.

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Renée Rosanne Vaz Nina

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Rosana G. do Amaral Este pequeno relato diz respeito a nossa participação do Seminário SNBU 2014, ocorrido em Belo Horizonte, no período de 16 a 21 de novembro de 2014, o qual foi muito bem planejado pela Direção do Sistema de Bibliotecas –SISTEBIB/UFAM, como também pela Divisão de Bibliotecas Setoriais- DBS. Foi de grande relevância participar desse espaço de reflexão e debates na área da Biblioteconomia que acontece a cada 02 anos. Com o tema “Bibliotecas universitárias e o acesso público à informação: articulando leis, tecnologias, prá-ticas e gestão”, o Seminário me proporcionou reflexões, um novo olhar sobre o novo papel das bibliotecas e dos profissionais da informação diante da produção do conhecimento. Nos levando a reflexão sobre as práticas bibliotecárias, novas tecnologias e propiciando a troca de experiências, no contexto do acesso a infor-mação e a disseminação do conhecimento. Primeiro dia 16/11/2014. O Conferencista Peter Burke, Universidade de Cam-bridge Reino Unido, Palestrou sobre a Arqueologia do Conhecimento e Arqueo-logia de Bibliotecas, demonstrando toda sua experiência na área. Segundo dia 17/11/2014. Juan Carlos F.Molina Univ. Granada na Espanha em sua Conferência enfatizou a contribuição da biblioteca universitá-ria ao uso ético e legal da informação no meio acadêmico nos apresentou as Ati-vidades de professores e estudantes universitários: questões legais e éticas no ambiente digital, e suas habilidades necessárias para lidar com essas questões como também o Papel da biblioteca universitária. Terceiro Dia 18/11/2014. O Conferencista: Marie Pellen, Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) – OpenEdition na Conferên-cia: OpenEdition: um portal para as ciências sociais e humanas em acesso aber-to. Demonstrou a internacionalização do portal open Edition, na Alemanha, Itália, Portugal, promovendo o livre a cesso através de 4 plataformas: Revu-es.org, Open Edition Books, Calenda e Hypotheses, visando a melhoria das cita-ções.

A Mesa Redonda: Acesso e gestão da informação em instituições superi-ores de ensino e pesquisa Rosaly Favero Krzyzanowski, Fundação de Am-paro à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) , visando o acesso público a informação em C&T. Quarto Dia 19/11/2014. Assistimos a Mesa Redonda: Comunicação científica, inovação e direito autoral Luís Paulo Bogliolo Piancastelli de Si-queira, Secretaria-Executiva do Ministério da Cultura (MinC) levando a di-minuição dos custos de editoração e distribuição, a facilidade para a publi-cação independente, e a ampliação do acesso, diminuição do preço, maior acessibilidade, preservação, empréstimo, cópia privada, leitura, etc.

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Quinto Dia 20/11/2014. O Conferencista: Murilo Bastos da Cunha, Universidade de Brasília (UnB), em sua conferencia : A Biblioteca Universitária e a gestão de dados científicos nos permitiu a refletir sobre como tratar essa proliferação de dados os quais nos trariam novos problemas com armazenamento, indexação e preservação desses dados tais como:Instrumentos de medidas, experimentos/observações, imagens, vídeo e áudio, documentos textuais, planilhas, bases de dados, dados quantitativos, resultados de levantamentos, transcrições de entre-vistas, dados de simulação, modelos, software, slides, artefatos, espécimes, a-mostras, diários, livros de laboratório, desenhos, etc. A mesa redonda: Novas agendas de atuação e os perfis profissionais em Bi-bliotecas Universitárias, Ricardo Lemos Soares, Fundação Dorina Nowill para Cegos (FDNC) , nos trouxe a reflexão sobre a era da informação no Mundo Glo-balizado; Informações digitais, conexões; o direito e a democratização da infor-mação; o acesso a informação para pessoas com deficiência visual. Inclusão e cidadania. Participamos também dos treinamentos Pérgamum e portal da CAPES e os demais treinamentos da Bases de Dados Evolution , DOTLIB entre outras. Assistimos ainda as apresentações oral da biblitoecárias: Raquel Lira e An-gela Nagai na apresentação de Pôster, as quais representaram a contribuição da Universidade Federal do Amazonas, com temas pertinentes ao eixo temático do Evento. Quanto as visitas Técnicas programadas não foram possíveis de acontecer, porém conseguimos visitar ainda a Biblioteca Central da UFMG. Sexto Dia 21/11/2015. O Conferencista: Ladislau Dowbor, Pontifícia Universi-dade Católica de São Paulo (PUC-SP) Conferência: Ética da informação na era contemporânea: considerações sobre os dilemas éticos e as questões profissionais e seus desdobramentos na área da Biblioteconomia Digital A Conferencis-ta: Lídia Alvarenga, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Conferência: Ética na Sociedade e na Ciência da Informação na era da informa-ção digital. Agradecemos a Vice- Reitoria na pessoa do prof. Dr. Hedinaldo Narciso Li-ma na concessão de passagem e diárias. A profa. Dra. Célia Regina Simonetti Barbalho na condução de todo proces-so. Enfatizamos que este Seminário foi o de maior representação efetiva em nú-mero de bibliotecários participantes. Pela primeira vez no Sistema de Bibliote-cas – SISTEBIB o grupo de profissionais teve sua inscrição garantida por meio da Reitoria no Evento. Agradecemos o empenho da profa. Dra. Célia Regina Simonetti Barbalho, diretora do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Amazonas- SI-STEBIB/UFAM no sentido de articular com maestria a presença maciça no E-vento dos profissionais bibliotecários da capital e do interior do Estado do Ama-zonas, e parabenizá-la no empenho em trazer o XIX SNBU - 2016 o qual terá de forma pioneira como Sede: Manaus, o qual também foi disputado estado do

Rosana G. do Amaral

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P Á G I N A 2 3 Siméia Ale Girão Destaques das palestras, mesas redondas e exposições orais relevantes para

o desenvolvimento do conhecimento científico e aplicabilidade, com as adequações necessárias, na execução das tarefas do profissional da informação.

A abertura do evento com a palestra “ARQUEOLOGIA DO CONHECI-MENTO E ARQUEOLOGIA DE BIBLIOTECAS”, proferida por Peter Burke, relatou a história social do conhecimento com ênfase na organização dos suportes informacionais desde a Idade Média até a contemporaneidade. Destacando a atua-ção de Auguste Comte, Paul Otlet e Henri de La Fontaine. Traçou o caminho da informação na Biblioteca de Alexandria e bibliotecas do Reino Unido, e a atuação de profissionais como o filósofo Gottfried Wihelm Leibniz, que contribuiu com a filo-sofia, lingüística comparativa e história. Preparou um catálogo da biblioteca de um duque, em tempo de guerra, incluindo novos assuntos como mecânica e economia. Outro personagem mencionado foi Anthony Panizzi, que destacou-se em sala de aula em uma universidade italiana, sendo contratado para exercer a função de bi-bliotecário assistente. Propôs um sistema de catalogação, considerado por muitos o primeiro que a história relatou, intitulado 91 Regras de Panizzi. Em seus relatos destacou a atuação fundamental de Melvil Dewey, que ajudou a fundar a American Library Association (ALA), instituição que continua contribuindo para o reconhe-cimento do profissional bibliotecário. Seu fanatismo por eficiência transpôs o taylo-rismo das fábricas para dentro das bibliotecas. Sistematizou o conhecimento em categorias dando origem a Classificação Decimal de Dewey (CDD). Otlet e La Fon-taine, responsáveis pelo Mundaneum, posteriormente criaram a Classificação Deci-mal Universal (CDU). Depois surgiu Memex, organizando a informação por associ-ação. Vannevar Bush realizou o sonho tecnológico atual, após a criação da WWW por Tim Berners-Lee. Finalizou seus relatos com a questão: O que significa ser bi-bliotecário no Séc. XXI?

O professor Juan Carlos Fernández Molina da Universidade de Granada pa-lestrou no tema “Contribuição da biblioteca universitária ao uso ético e legal da informação no meio acadêmico”. Mostrou a situação do uso e criação da informa-ção no meio acadêmico, através de professores, alunos e bibliotecários, ressaltando o direito autoral independente de registro em órgãos de propriedade intelectual. Direito que traz consigo a reprodução, distribuição, comunicação ao público, trans-formação, paternidade e integridade, previstos na lei autoral brasileira, com desta-que aos artigos 29 e 107. Ressaltou o uso dos recursos digitais e suas implicações legais e éticas, e a necessidade de um programa de formação, promovido pela biblio-teca, sobre a lei de direitos autorais e o Código Penal brasileiros entre os persona-gens do meio universitário.

Após as palestras abriu-se uma discussão (mesa redonda) em torno do as-sunto “Organização da informação e do conhecimento em contextos colabo-rativos e integrados em rede”. Abordaram-se assuntos relativos à importân-cia da política de indexação com procedimentos sistematizados de cataloga-ção para recuperação de assuntos. Política que deve objetivar a especificida-de e exaustividade, oferecendo uniformidade e segurança ao catálogo. O uso constante da tecnologia disponível na busca da informação nas biblio-

tecas e em outros ambientes presenciais e virtuais, justificam a necessidade de atualização constante dos bibliotecários no uso de ferramentas de busca e adequação das bibliotecas para a eficiência na recuperação da informação. Outro assunto exposto de grande relevância na atualidade é a necessidade de elaboração e implantação de políticas de desenvolvimento de acervo eletrôni-co e digital. A implementação desta política viabilizará a otimização dos re-

cursos disponíveis e evitará o crescimento desordenado do acervo.

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Alguns estudos traçaram o perfil do profissional da informação na era da web. Ressaltou-se a necessidade de mudança e adequação dos currículos ao merca-do de trabalho. O desenvolvimento de habilidades e competências que preencham os campos diversos de atuação. Outro requisito é o domínio no uso de ferramentas e serviços disponíveis, assim como nas tecnologias de informação.

A lei de acesso à informação (LAI) e sua importância foram amplamente esplanadas no seminário.

As duas grandes conferências deste evento foram a de abertura com Peter Burke, e a proferida por Antônio Agenor Briquet de Lemos, sob o título “A CO-MUNICAÇÃO CIENTÍFICA NOS DIAS ATUAIS: DE PRODUTO A COMO-DITTY. Eloqüente na exposição sem script, Briquet fez uma viagem no tempo e no espaço com a comunicação científica interposta com história profissional. A comunicação científica até meados do Séc. XX era mais bem organizada e condicionada pelas sociedades científicas, especialmente pela Royal Society da Inglaterra. Nos anos 50, com a Big Science, novos conhecimentos surgiram e a necessidade de uma nova forma de trabalho. Surge então a figura do revisor, que entre outras formas de pa-gamento por seus serviços recebia separatas de artigos, consolidando um modelo econômico para periódicos. Nos anos 60 a expansão do conhecimento científico é considerada como produto da sociedade, passando a ser visualizado como como-ditty, ou seja, mercadoria produzida em grande escala, destinada a processamento posterior e transformado em produto acabado.

Nos últimos 30 anos o custo dos periódicos cresceu muito, tendo em vista que as editoras e sociedades científicas perceberam que trazia mais lucro do que os livros. No pós 2ª Guerra Mundial o pesquisador marxista J. D. Bernal criticou o modelo de assinatura, propondo a comunicação científica baseada na unidade do artigo, por considerá-la mais justa.

O conferencista comentou que quando trabalhava como correspondente da então Reuters, no Rio de Janeiro, tomou conhecimento do serviço de solicitação de artigos microfilmados à Biblioteca do Exército (atual NLM), e dos campos de guerra no Vietnã, os médicos também solicitavam artigos. Modelo que foi aperfei-çoado e expandido no final da guerra, passando as editoras a oferecer atrativos pa-ra as associações científicas, mercantilizando o conhecimento. Remonta aos anos 30 o pagamento que os autores realizam para publicar. Critica o Qualis e demais indicadores de avaliação, por não serem suficientes para impedir a proliferação das revistas denominadas por ele de “picaretas” que se difundem em larga escala nos países subdesenvolvidos.

Briquet afirma que este fato não é novo, e que no Brasil as editoras sempre assumiam todos os custos. Questiona o comportamento maléfico para o processo da comunicação científica de alguns autores e editores que pagam para ter uma avaliação mais rápida.

A mesa redonda que se seguiu discutiu o direito autoral e a comunicação científica, a crise do periódico pelos altos custos de aquisição/assinatura com foco nas bibliotecas universitárias e a concentração de mercado. O futuro do livro, rela-cionando o impresso e o digital, e a lei autoral brasileira que é a quinta mais restri-tiva do mundo, por não prever exceções e limitações para bibliotecas e arquivos, além de outros impeditivos. Apontam a solução através de propostas de reforma da lei que teve início em 2007 mas, que só serão validadas mediante mudanças le-gislativas e políticas no cenário autoral brasileiro.

A relevância do SNBU está na consistência apresentada através do conhe-cimento científico e suas aplicações, a visita aos stands com as novidades tecnoló-gicas, o reencontro com colegas de profissão que atuam em outros estados e a troca de experiências que nos ajudam nas tomadas de decisão.

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Participou desta

Reunião e fez

este relato, a

Diretora da

Divisão de

Seleção e

Aquisição,

Bibliotecária

Raquel Maciel

Bibliotecários da UFRGS, UNI-RIO, USP e UFRJ idealizaram a criação de um comitê nacional que pudessem tratar de assuntos referentes à formação e ao desen-volvimento das coleções. Após algumas reuniões regionais e uma nacional, esta última ocorrida em Campinas/SP no dia 19 de agosto de 2014, era preciso reunir os bi-bliotecários interessados no tema para que o comitê fosse aprovado e consolidado.

No XVIII SNBU, no dia 19 de novembro de 2014, bibliotecários das mais diversas regiões do país reuniram-se pa-ra ouvir as propostas e aprovar a criação do Comitê Brasileiro de Desenvolvimento de Cole-ções, o qual conta com repre-sentantes em todas as regiões do país e tem como intuito tra-tar sobre os processos de sele-ção, aquisição e avaliação de acervos; coletando dúvidas, experiências e apresentando soluções. Além da aprovação do Comitê e de seus respectivos conselheiros, a

reunião ocorrida no SNBU 2014 objetivou organizar Grupos de Trabalho (GT’S) para desenvol-ver estudos diversos como, por exemplo, sobre as questões rela-tivas à aquisição de livros eletrô-nicos e as peculiaridades da aqui-sição de livros impressos, dentre outros.

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II REUNIÃO NACIONAL DO COMITÊ BRASILEIRO DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES – CBDC

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SISTEBIB/UFAM & SNBU O XVIII SNBU, que privilegiou a discussão sobre as Bibliotecas Universitárias e o acesso públi-co à informação: articulando leis, tecnologias, práti-cas e gestão, trouxe para a reflexão das práticas des-te tipo de unidades de informação, o novo papel das bibliotecas e dos profissionais da informação diante da produção contemporâ-nea do conhecimento e do olhar da sociedade civil, apontando pata a importân-cia da informação no contexto social em função da edição de vários dispositivos legais, dentre os quais a Lei de Acesso a Informação. A delegação da Universidade Federal do Amazonas, em ampla representação no evento, foi composta por 14 profissionais que atuam em Manaus e três que trabalham nas unidades instaladas no interior do Estado. Entretanto, não só a UFAM , mas todo o Amazonas, se fez amplamente representado e participe das temáticas que foram postas em debates. A energia que propiciou a participação de todos, levou ao êxito a proposta de realizar, em 2016, o XIX SNBU em Manaus, proposta esta articulada pelo Fórum de Gestores das Bibliotecas Uni-versitárias do Estado do Amazonas e apoiada por todas as instituições públicas de ensino superior instaladas na Região Norte do país. Esta será uma oportunidade impar para todos os bibliotecários amazonen-ses constituíres suas redes de relacionamento e colaborar para o fortalecimento desta área em nosso Estado. Parabéns a todos os bibliotecários da UFAM que, na sua quase maioria, investiram recursos próprios para participar do evento e consolidaram conheci-mentos para qualificar suas práticas profissionais. Dentre as atividades que a Direção do Sistema de Bibliotecas participou, se destacam a inserção na Reunião dos Repositórios Institucionais da Região Norte, onde a UFAM atua em parceria com demais instituições regionais visando constituir uma rede colaborativa para oferecer visibilidade a produção cientifi-ca amazônica e na Reunião da Comissão Brasileira de Bibliote-cas Universitárias – CBBU, quando a Diretora do SISTE-BIB foi aclamada Diretora de Planejamento e Marketing da CBBU.

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BIBLIOTECÁRIOS DO ESTADO DO AMAZONAS

Page 28: Snbu 2014 - Relatos

APRESENTAÇÃO E VOTAÇÃO DA CANDIDATURA DO AMAZONAS PARA

SEDIAR O XIX SNBU

Page 29: Snbu 2014 - Relatos

Representação da UFAM no XVIII SNBU Angela Emi Yanai

Biblioteca Central

Célia Alexandre de Lira

Biblioteca Central

Celia Regina Simonetti Barbalho

Biblioteca Central

Cristhiane Martins Lima

Biblioteca Setorial do IEAA - Humaitá

Denise Costa

Biblioteca Setorial do ISB - Coari

Ednelza Sarmento Garcia

Biblioteca Setorial do IEAA - Humaitá

Flaviano Lima de Queiroz

Biblioteca Central

Ivana de Jesus Ferreira

Biblioteca Central

Lúcia Martins

Biblioteca Setorial de Ciências Exatas e Engenharias

Marilena Franco Gonçalves

Biblioteca Setorial do Setor Sul

Maria Leonora Gomes de Souza

Biblioteca Central

Milene Miguel do Vale

Biblioteca Central

Rafael L. Medeiros Ferreira

Biblioteca Central

Raquel Maciel

Biblioteca Central

Raquel Alexandre de Lira

Biblioteca Central

Renée Rosanne Vaz Nina

Biblioteca Central

Rosana G. do Amaral

Biblioteca Central

Siméia Ale Girão

Biblioteca Central